quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O MINISTÉRIO DA LETRA E O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - SEXTA-FEIRA


 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 18: O ministério da nova aliança [2] – (2 Co 3:12–4:6)

Leitura bíblica:  Rm 2:28-29; 7:6, 9-11; Gl 3:21

Ler com oração:  [Deus] nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica (2 Co 3:6). O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida (Jo 6:63).

O MINISTÉRIO DA LETRA E O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO

Hoje, veremos os resultados dos dois ministérios: o da letra, mata; o do Espírito, dá vida (2 Co 3:6b).
Podemos discernir se estamos recebendo ou ministrando a Palavra na letra ou no Espírito por meio de seus resultados. Quando recebemos a Palavra e nos sentimos inertes, é porque nada foi acrescentado ao nosso espírito, uma vez que a absorvemos meramente como um conhecimento intelectual a mais. Ao contrário disso, quando nossa atitude para com a verdade é de ouvi-la com espírito, recebendo-a com um “coração de carne”, nos enchemos da vida divina que está contida na Palavra. Em nosso interior há regozijo, pois recebemos Espírito e vida.
A fim de explicar melhor a questão de que a letra mata e o Espírito dá vida, leiamos alguns versículos: “É, porventura, a lei contrária às promessas de Deus? De modo nenhum! Porque, se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, seria procedente de lei” (Gl 3:21). Nesse versículo vemos que não é a letra no papel que dá a vida, mas é o Espírito que chega até nós por meio da Palavra de Deus, ou seja, é o Espírito que soprou aquela letra. Assim, quando minha atitude é de usar meu espírito para ler e receber aquela palavra, eu ganho vida.
Romanos 7:9-11 mostra que o mandamento, que é a Palavra de Deus, deveria nos dar vida, mas acabou resultando em morte, porque recebemos a Palavra, meramente como letra, como conhecimento. Nós simplesmente achamos que conseguimos fazer algo, e, quando tentamos cumprir o mandamento na letra, sem o espírito, o resultado que obtemos é morte, desencorajamento, desânimo. Por fim, desistimos de prosseguir e morremos.
Enquanto na antiga aliança tentamos fazer as coisas exteriormente, segundo a letra, para agradar homens, nossa atitude na nova aliança diz respeito ao nosso interior, “a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus” (Rm 2:29). Na nova aliança não realizamos a obra de Deus apenas para outros verem, mas porque somos movidos pelo Espírito em nosso coração.
O que adianta para Deus realizarmos Sua obra apenas exteriormente, sem haver mudança em nosso coração? O Senhor tem nos dado poderosíssimas ferramentas para pregarmos o evangelho do reino. Hoje o Senhor não está preocupado com nossas atividades exteriores, mas com o nosso coração. A essência do que fazemos não são as ferramentas, mas o que Ele é: “Deus é amor”. Ele ama as pessoas e quer ganhá-las. Se, ao servirmos o Senhor, nosso coração estiver frio, apenas cheio de conhecimento, devemos nos colocar de joelhos e orar: “Senhor, muda meu interior!”.
Além disso, nós que estamos em Cristo Jesus já fomos libertados da lei, da caducidade da letra, de modo que servimos em novidade de espírito, tudo é novo! (Rm 7:6). Tudo depende da atitude que tomamos: se permanecermos na letra, o resultado é velhice e morte; mas, se praticarmos Suas Palavras no espírito, desfrutaremos novidade de vida.
Portanto, em nossa casa, no trabalho, nas reuniões, tudo o que fizermos deve ser a partir do nosso espírito. Dessa maneira estaremos no ministério da nova aliança e conseguiremos levar outros para onde estamos. Amém!

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A ÊNFASE DO MINISTÉRIO DA NOVA ALIANÇA

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - QUINTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 18: O ministério da nova aliança [2] – (2 Co 3:12–4:6)

Leitura bíblica:  Ez 11:19; Rm 2:27, 29; 2 Co 3:3-6

Ler com oração: Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra (Rm 7:6). Estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações (2 Co 3:3).

A ÊNFASE DO MINISTÉRIO DA NOVA ALIANÇA

Uma atitude correta para com as verdades é tomá-las em oração, invocando o nome do Senhor, exercitando o espírito. Dessa maneira, extraímos Espírito e vida das verdades e assim temos força para praticá-las. Quando Paulo fala de “letra” em seus escritos, ele está se referindo às palavras escritas em papel (Rm 2:27, 29; 7:6; 2 Co 3:6). Se a tomamos sem a disposição de praticá-la, então isso é letra, ou seja, uma verdade não praticada.
Em 2 Coríntios 3:2 diz: “Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens”. No ministério da nova aliança, no ministério de Espírito e vida, a nossa ênfase não é a letra ou simplesmente expor o que está escrito. Pelo contrário, a ênfase desse ministério são as pessoas. Esse ministério foi iniciado pelo apóstolo Paulo e, mais tarde, desenvolvido pelo apóstolo João. Quando esteve em Éfeso, o apóstolo João, enquanto cuidava dos irmãos, levou-os a praticar as palavras do apóstolo Paulo, ajudando-os a ter foco nas pessoas, e não na mera exposição da letra.
Prosseguindo no versículo 3, lemos: “Estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações”. Se compararmos o ministério da antiga aliança com o da nova aliança, constataremos que a primeira escreve cartas com tinta e a segunda com o Espírito do Deus vivo.
Aplicando essas definições percebemos que há duas maneiras de se ministrar a Palavra: um modo é ensinar apenas o que está escrito no papel, isto é, transmitir o conhecimento obtido da letra impressa com tinta; o outro, usando a mesma fonte, pode suprir as pessoas com o Espírito do Deus vivo. A diferença está na atitude tomada para se ministrar a Palavra. Certamente, o segundo esmerou-se na oração, na dependência ao Senhor, não se tornando apenas um repetidor das letras escritas em papel, mas tocou no Espírito e O transmitiu aos irmãos.
Ainda no versículo 3, vemos outra importante atitude para com as verdades. O ministério da antiga aliança escrevia palavras em tábuas de pedras; a nova aliança, porém, é escrita nos corações. As “tábuas de pedra”, representam as páginas impressas, mas o desejo do Senhor é: “Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne” (Ez 11:19).
Em 2 Coríntios 3:5 lemos: “Não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus”. Se olharmos para nós mesmos, veremos que não somos dignos de ser ministros da nova aliança se a nossa suficiência não vier de Deus. O que devemos ter em mente é que Aquele que nos chamou é capaz de nos habilitar como Seus ministros.
O ministério da nova aliança, portanto, não é da letra, mas do Espírito (2 Co 3:6). A antiga aliança que fora escrita em tábuas de pedra, e nos dias atuais, com tinta em papel, pode ser comparada a um manual de regras, exigindo dos irmãos aquilo que ninguém consegue praticar. Na nova aliança, porém, recebemos a Palavra pelo Espírito do Deus vivo, podemos praticá-la e transmiti-la aos corações das pessoas. Essa deve ser nossa atitude.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A LINHA DAS VERDADES DO APÓSTOLO PAULO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - QUARTA-FEIRA


NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 18: O ministério da nova aliança [2] – (2 Co 3:12–4:6)

Leitura bíblica:  2 Co 12:1-4; Gl 1:15-17; Ef 6:17-18; Fp 3:5-6; Cl 1:25

Ler com oração:  O mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos; aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória (Cl 1:26-27).

A LINHA DAS VERDADES DO APÓSTOLO PAULO

Conforme vimos ontem, no Novo Testamento há duas linhas bem distintas com respeito às verdades. A linha dos apóstolos, cujo conteúdo foi resultado da convivência deles com o Senhor; e a linha de Paulo, que teve origem nas revelações que recebeu.
Paulo não conviveu com o Senhor e tampouco tinha conhecimento da economia neotestamentária. Tratando-se de um judeu zeloso das tradições de seus pais, Paulo (antes chamado de Saulo) era um fariseu radical (Fp 3:5-6). Mesmo sendo tão jovem, ele participou do apedrejamento de Estevão (At 7:58). Contudo, quando estava a caminho de Damasco para prender os que invocavam o nome do Senhor, Este lhe apareceu e lhe fez um chamamento.
Depois de ser batizado, invocando o nome do Senhor, Paulo viveu um pouco a vida da igreja em Damasco. Em seguida, o Senhor o levou ao deserto da Arábia, onde, no terceiro céu, revelou-lhe Sua economia (2 Co 12:1-4; cf. Gl 1:15-17; Ef 1:3-6). Ele era um expert na economia do Antigo Testamento, mas precisava ser equipado com o plano de Deus no Novo Testamento. Pode ser que ele tenha permanecido ali por quarenta dias a exemplo do tempo em que Moisés ficou no monte para receber as tábuas da aliança, e, também do tempo em que Jesus permaneceu com Seus discípulos falando das coisas concernentes ao reino de Deus (Dt 9:9; At 1:3).
Paulo não só obteve a revelação como também foi incumbido de documentar tudo, a fim de anunciar às gerações posteriores o mistério que estivera oculto dos séculos e gerações (Ef 3:1-5; Cl 1:25-27). Como vimos anteriormente, mais da metade dos livros do Novo Testamento são de sua autoria.
Vejamos o quanto de contribuição podemos obter de algumas epístolas do apóstolo Paulo¹ . A Epístola aos Romanos, por exemplo, fala acerca do evangelho de Deus. Esse evangelho diz respeito ao Filho e se desdobra em dois aspectos: como Filho de Davi, ou Filho do Homem, Ele veio em carne para derramar Seu sangue e cumprir as exigências da lei, cumprindo nossa redenção e nos salvando por Sua graça. Como Filho de Deus, Ele nos salva por Sua vida; o propósito de sermos salvos é crescermos na vida de Deus até à maturidade, isto é, até sermos herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo (1:1-4; 5:9-10; 8:16-17, 31).
Sob o ponto de vista da economia de Deus e seus detalhes, temos cinco de suas epístolas, as quais comparamos no volume 1 desta série à figura de um avião: a Epístola aos Gálatas, representada pela fuselagem desse avião, trata da visão geral da economia de Deus; Efésios e Colossenses, representadas pelas asas, dão ênfase, respectivamente, ao mistério de Cristo (Ef 3:4-6; 5:32) e ao mistério de Deus (Cl 2:2); a carta aos Filipenses, relacionada com o destino almejado por esse avião, nos apresenta a meta, para nos levar ao prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo (3:14); e Filemom, que representa a pista de decolagem para alcançarmos a meta proposta, aborda como tema principal o amor que devemos ter de uns para com os outros (vs. 5, 7, 9).
A questão, no entanto, é: qual tem sido nossa atitude para com as verdades contidas nessas epístolas? Não podemos nos contentar em apenas “entender” com a mente, mas precisamos ter disposição para praticá-las. A mente é somente a porta de entrada; devemos prosseguir para o espírito, experimentando-as em nosso viver. Quando agimos assim, obtemos espírito e vida das verdades!
Uma maneira muito prática de extrairmos vida das verdades e aplicá-las ao nosso viver é por meio de ler e orar a Palavra. Como, geralmente, praticamos isso nas reuniões da igreja, é possível que sejamos levados a tomar as palavras dos versículos para proclamá-las aos irmãos. Isso não está errado, contudo não se aplica ao ler e orar. Como exemplo, podemos usar 2 Co 3:6: “[Deus] nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica”. Podemos usar este versículo para fazer a seguinte oração: “Senhor, obrigado por me mostrar que a letra mata, mas o Espírito dá vida. Senhor, me ajuda a sair da esfera da letra. Tu sabes que minha mente é muito ativa. Quando leio a Tua Palavra, começo a cobrar dos irmãos e acabo ‘matando-os’. Perdoa-me, Senhor. A Tua palavra diz que o Espírito dá vida, por isso me ajuda a experimentar mais do Espírito”. Esse é apenas um exemplo de como podemos falar com Deus, isto é, orar usando a própria Palavra de Deus; do contrário, estaremos apenas lendo e proclamando a Palavra para os irmãos. Ler-orar é tomar a Palavra de Deus e transformá-la em sua oração. À medida que você lê a Palavra e repete com ênfase o que lê, misture sua leitura à oração para ter comunhão com Deus. Amém!

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A LINHA DAS VERDADES DOS APÓSTOLOS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - TERÇA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 18: O ministério da nova aliança [2] – (2 Co 3:12–4:6)

Leitura bíblica:  Jo 1:1, 14; At 2:41; 4:4

Ler com oração:  Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus (At 4:13).

A LINHA DAS VERDADES DOS APÓSTOLOS

As verdades precisam tornar-se nossa realidade. As verdades bíblicas em si são provenientes da Palavra, que no grego é logos. À medida que exercitamos nosso espírito, o logos (a palavra objetiva, estática; algo que está fora de nós) torna-se rhema, isto é, a palavra dinâmica, subjetiva, nossa realidade. Para exemplificarmos, leiamos João 1:1: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. A palavra “verbo” é o equivalente a “palavra”, no grego. Assim, a Palavra, nesse versículo é logos, portanto ela precisa tornar-se rhema, ou seja, ser a nossa prática, a nossa realidade de vida. Do mesmo modo que um copo d’água, preso em nossas mãos, não terá efeito em nosso organismo, se conhecermos apenas a Palavra em nossa mente, mas não a tomarmos como nossa vida, não experimentaremos sua eficácia em nosso viver. A atitude correta, portanto, é tomar a água. Se apenas descrevermos, com riqueza de detalhes, toda a composição da água e sua importância para a vida, não conseguiremos desfrutar de seus benefícios. Quando, porém, nós a ingerimos, saciamos nossa sede. Assim deve ser nossa atitude para com as verdades: precisamos experimentar a “água viva” que está na Palavra.
No Novo Testamento vemos duas linhas bem distintas com respeito às verdades: a linha de Paulo e a dos apóstolos; esta representada principalmente pelos escritos de Pedro e João. O que estes apóstolos receberam se originou do convívio deles com o Senhor Jesus. Enquanto esteve com eles, o Senhor usou todas as oportunidades, situações ou fatos para aperfeiçoá-los. Isso os ajudou a aprender lições de paciência, amor, longanimidade e tolerância.
Por terem a presença física do Senhor, os discípulos não tinham liberdade para fazer o que queriam. Inúmeras vezes o Senhor os restringiu, os corrigiu e os ajudou a prosseguir. Pedro, por exemplo, foi o principal apóstolo a ser ajudado e corrigido pelo Senhor enquanto andava com Ele fisicamente. João, por sua vez, também aprendeu lições de maneira muito rápida. Embora tenha sido menos exposto em suas falhas do que Pedro, ele aproveitava as lições deste e as aplicava à sua vida. Isso lhe poupou alguns tipos de sofrimento.
Depois da morte e ressurreição do Senhor Jesus, com o início da vida da igreja em Jerusalém, eles tiveram um bom começo; estavam cheios do Espírito por invocar o nome do Senhor. Esse vigor espiritual fez com que muitas pessoas fossem acrescentadas à vida da igreja (At 2:41; 4:4).
A Palavra de Deus crescia, e, “em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé” (6:7). Por falta de maturidade dos apóstolos, esses sacerdotes introduziram o judaísmo na vida da igreja, causando-lhe muito prejuízo espiritual. Contudo o Senhor, mais uma vez, permitiu-lhes aprender lições com esses sofrimentos. Por meio das experiências do fogo do Espírito Santo, eles amadureceram (Mt 3:11; cf. 1 Pe 1:6-7).
No final da vida, os apóstolos Pedro e João no seu ministério derradeiro, escreveram suas epístolas. Tanto nas epístolas de Pedro como nas de João vemos as lições aprendidas a partir de suas experiências pessoais. São experiências humanas e profundas expressas com palavras bastante simples, com as quais podemos nos identificar. São as verdades que vieram da vivência, da experiência de convivência que tiveram com o Senhor Jesus e do aperfeiçoamento que Ele lhes deu. Essa é a linha do Espírito e da vida.

domingo, 19 de janeiro de 2014

A ATITUDE CORRETA PARA COM A LEITURA DA BÍBLIA

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - SEGUNDA-FEIRA


 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 18: O ministério da nova aliança [2] – (2 Co 3:12–4:6)

Leitura bíblica: Mt 7:24-27; At 8:26-39; 2 Tm 3:16-17; 2 Pe 1:20-21

Ler com oração:  Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente; cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente (1 Co 14:15).

A ATITUDE CORRETA PARA COM A LEITURA DA BÍBLIA

Nesta semana, daremos continuidade ao encargo iniciado na semana passada sobre “O ministério da nova aliança”. Os ministros da nova aliança precisam ser pessoas cheias do Espírito e da vida divina (2 Co 3:7). Além disso, devem conhecer as verdades para praticá-las e experimentá-las, tendo como resultado espontâneo a transformação em seu viver.
O tema desta série do Alimento Diário – Nossa atitude para com as verdades – não se trata de um assunto doutrinário. A Bíblia é a Palavra de Deus, soprada por Ele aos Seus servos (2 Tm 3:16; 2 Pe 1:20-21). O que nos falta, porém, é uma atitude correta para com as verdades bíblicas. Vemos inúmeras interpretações, divisões, doutrinas, discussões acaloradas e barreiras entre o povo de Deus, porque muitos têm tomado as verdades apenas como doutrinas, como argumentação teológica. A ênfase do Senhor, entretanto, é que pratiquemos Sua Palavra (Mt 7:24-27).
Uma das atitudes que devemos tomar para evitar os conflitos de interpretação é usar corretamente nossa mente para compreender as Escrituras. O apóstolo Paulo, disse aos coríntios: “Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente; cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente” (1 Co 14:15); ele também disse que a mente posta no espírito é vida e paz (Rm 8:6b). Esses versículos mostram a importância de se usar a mente, porém submetida ao espírito, pois quando assim o fazemos, conseguimos interpretar corretamente a Palavra de Deus. Desse modo, somos supridos de vida e, quando falamos o que lemos, suprimos de vida as pessoas.
Quando usamos a mente, sujeita ao espírito, temos uma compreensão adequada da Palavra de Deus. Precisamos ler com atenção e desenvolver a capacidade de interpretar o que lemos, senão corremos o risco de entendê-la e recebê-la equivocadamente.
As faculdades mentais são imprescindíveis para termos uma correta compreensão e interpretação da Bíblia. A mente foi criada por Deus com capacidade para compreender as coisas. Um exemplo disso é o mercado financeiro onde há muitos especialistas que conseguem ler e compreender diagramas e gráficos, a fim de investir corretamente o dinheiro das empresas. Nós, por outro lado, precisamos do Espírito que está no nosso espírito, para ler, compreender e interpretar a Palavra, a fim de tomarmos a direção correta de Deus para nós.
Outra atitude que devemos tomar ao ler a Bíblia é interpretá-la com a própria Bíblia. Não devemos interpretá-la com nossos conceitos teológicos, ou mesmo nossa cultura e antecedentes; antes precisamos conhecer a Bíblia de maneira que a interpretemos, usando os fatos nela contidos. Um exemplo prático de alguém que sabia interpretar as Escrituras é Felipe. Em obediência ao Espírito, ele correu acompanhando uma carruagem onde estava um eunuco etíope que lia uma passagem do profeta Isaías (At 8:27-30). Como o eunuco afirmou que não compreendia o que lia (vs. 31, 34), Felipe passou a explicar-lhe (v. 35; cf. Is 53:7-8) e, de uma maneira muito simples, lhe falou sobre Jesus e o batismo. O resultado dessa explicação foi que o eunuco creu no Senhor e foi batizado (At 8:37-38).
A correta leitura, compreensão e interpretação das Escrituras, portanto, faz com que muitos “eunucos” sejam ajudados a compreender o propósito de Deus e levados a praticá-lo. Amém!

A NOSSA ATITUDE PARA COM O MINISTÉRIO DA NOVA ALIANÇA

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - DOMINGO

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 17: O ministério da nova aliança [1] – (2 Co 3:1-11)

Leitura bíblica: Lc 19:11-19; Jo 15:1-4; Hb 12:25; Ap 2:26-27; 12:5

Ler com oração: Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados (Hb 9:15).

A NOSSA ATITUDE PARA COM O MINISTÉRIO DA NOVA ALIANÇA

Durante essa semana vimos que Deus nos habilitou para sermos ministros da nova aliança. Apesar de sermos tão imperfeitos Ele deseja que hoje sejamos Seus ministros, para que na manifestação de Seu reino governemos as nações juntamente com Ele (Lc 19:11-19; Ap 2:26-27; 12:5).
Precisamente por isso é tão importante que neguemos nossa vida da alma, exercitando nosso espírito, para que a vida de Deus tenha liberdade em nos transformar. Há vários anos o Senhor tem repetido essas palavras para nós, pois nossa reação a essa verdade ainda é muito pequena. Não recusemos ou resistamos a esse falar, pois o próprio Senhor é quem nos adverte dos céus (Hb 12:25).
Para que alcancemos essa realidade, o Senhor nos revelou maneiras práticas de nos mantermos no Espírito, como invocar o Seu nome e guardar Sua Palavra. Além dessas coisas, devemos estar envolvidos pela comunhão do Corpo de Cristo, vivendo a vida da igreja. Todas essas coisas foram doadas para nós pelo Espírito. Não podemos permanecer vivendo na esfera do conhecimento segundo o ministério da letra, onde buscamos ser autossuficientes, independentes de Deus e isolados dos demais irmãos. Se estivermos no ministério do Espírito, no ministério da nova aliança, cada vez mais sentiremos necessidade de orar e estar em comunhão uns com os outros.
Enquanto o ministério da letra nos faz estéreis, o ministério do Espírito nos faz dar abundantes frutos de vida (Jo 15:1-4). O Senhor tem colocado essa escolha diante de nós e pacientemente tem nos aguardado. Precisamos mudar nossa atitude para com as coisas de Deus, intensificando nossa consagração mediante a oração e o contato diário com a Palavra, além de manter constante comunhão com os irmãos. Igualmente devemos dedicar tempo na leitura de livros espirituais, que nos auxiliam em nossa experiência prática. Procedendo assim estaremos constituídos com a Pessoa do Senhor. Então Seu amor irá crescer em nós, tornando-nos aptos para ministrá-Lo aos outros.
Deus deseja que sejamos ministros da nova aliança, Sua carta viva aos homens. Nesse ministério somos habilitados por Deus para dispensar Espírito e vida para as pessoas. Se praticarmos essas palavras muitas cartas vivas serão produzidas, muitos ministros surgirão e juntos iremos reinar com Cristo na era vindoura. Que a vida de Deus se expanda por toda a terra, enchendo-a da permanente e sobre-excelente glória do Espírito.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

A SOBRE-EXCELENTE GLÓRIA DO MINISTÉRIO DO ESPÍRITO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - SÁBADO


 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 17: O ministério da nova aliança [1] – (2 Co 3:1-11)

Leitura bíblica:  Rm 5:20; 7:8-10, 24-25a; 8:1-4; 2 Co 3:7, 9; Hb 7:19

Ler com oração:  Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor (Rm 5:20-21).

A SOBRE-EXCELENTE GLÓRIA DO MINISTÉRIO DO ESPÍRITO

Nós fomos habilitados para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito, o qual supre vida (2 Co 3:6). Isso significa que, quando não estamos no espírito, fatalmente exercemos o ministério da letra, cujo resultado é morte.
A letra está relacionada com o conhecimento, com a lei. Todavia o mero conhecimento da lei é incapaz de levar o homem a cumprir a vontade de Deus. Hebreus 7:19 nos diz que a lei jamais aperfeiçoou coisa alguma. Essa condição foi descrita pelo apóstolo Paulo em Romanos 7:8-10, quando escreveu: “Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda sorte de concupiscência; porque, sem lei, está morto o pecado. Outrora, sem a lei, eu vivia; mas, sobrevindo o preceito, reviveu o pecado, e eu morri. E o mandamento que me fora para vida, verifiquei que este mesmo se me tornou para morte”.
A lei é santa; e o mandamento, santo justo e bom (v. 12). Porém ela, por si só, não pode dar vida (Gl 3:21). Além disso, o homem não é capaz de cumpri-la, por causa da dureza de seu coração. Por isso a lei avultou o pecado no homem (Rm 5:20), resultando em morte. Isso porque ela apenas faz exigências, mas não capacita ninguém a cumpri-la. Por essa razão é que Paulo afirma: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor” (7:24-25a). Hoje nós temos o Espírito, que nos capacita, habilitando-nos para cumprirmos a justiça de Deus transformando-nos em Seus ministros da nova aliança.
Por fim Romanos 8:1-4 nos diz: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o Seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito”.
O ministério da letra produz uma aparente glória, o conhecimento, que logo se desvanece, ou seja, perde seu brilho (2 Co 3:7). Ele também é chamado de ministério da condenação (v. 9a). Entretanto o ministério do Espírito possui uma sobre-excelente e permanente glória, que nos salva mediante a vida divina. Esse é o ministério da justiça (v. 9b), no qual somos conduzidos pelo Espírito a praticar Sua vontade (v. 10).

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

OS FRUTOS DO MINISTÉRIO DA NOVA ALIANÇA

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - SEXTA-FEIRA

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 17: O ministério da nova aliança [1] – (2 Co 3:1-11)

Leitura bíblica:  Jo 7:45-49; 1 Co 8:1b-3; 2 Co 3:6-7

Ler com oração:  O SENHOR disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu, continuarei a fazer obra maravilhosa no meio deste povo; sim, obra maravilhosa e um portento; de maneira que a sabedoria dos seus sábios perecerá, e a prudência dos seus prudentes se esconderá (Is 29:13-14).

OS FRUTOS DO MINISTÉRIO DA NOVA ALIANÇA

A grande diferença apresentada pelo apóstolo Paulo entre o ministério da letra e o ministério da nova aliança é que, enquanto o primeiro escreve com tinta em papel, este último inscreve o Espírito nos corações. Por isso Paulo diz em 2 Coríntios 3:4-6: “E é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus; não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus, o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica”.
O ministério da letra nos induz a pensar por nós mesmos, levando-nos a argumentar, questionar e debater doutrinas. Esse é o ministério da morte citado por Paulo, pois está voltado apenas para o conhecimento da letra (v. 7). Nesse ministério da letra, o homem busca servir a Deus, contudo sem depender da graça divina, servindo-O só de boca e lábios, mas com um coração distante Dele (Is 29:13).
Por isso o caminho para agradarmos o Senhor com nosso serviço é a oração. O Senhor precisa ser a fonte de tudo que fazemos. Se a fonte de nosso serviço estiver em nossa própria capacidade, se formos autossuficientes, o resultado será morte e decepção. Mas, se nossa suficiência vem do Senhor, ao nos esvaziarmos de nós mesmos e nos enchermos do Espírito, independente do que aconteça, o resultado será vida e edificação (2 Co 3:6).
O ministério da letra produz pessoas soberbas e exclusivistas, cheias de conhecimento, que desprezam e condenam os outros. Esse é o resultado do ministério da letra, um “grupo de elite” que despreza aqueles que não têm conhecimento (Jo 7:45-49). Paulo já havia advertido os coríntios dizendo: “O saber ensoberbece, mas o amor edifica. Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber. Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido por ele” (1 Co 8:1b-3). O ministério do Espírito, por sua vez, gera pessoas humildes e inclusivas, cheias da vida de Deus, que amam a Deus e aos homens. Esse ministério está acessível para todo aquele que tem a vida de Deus e tem como objetivo a edificação do Corpo de Cristo.
É possível que no passado muitos de nós fôssemos orgulhosos, pois estávamos no ministério da letra, mas a misericórdia do Senhor nos alcançou e diante de Sua luz nos arrependemos. Hoje estamos no ministério do Espírito e da vida, reconhecendo que nossa suficiência vem de Deus. Graças a Deus!


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

PRODUZIR CARTAS VIVAS DE CRISTO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - QUINTA-FEIRA


 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 17: O ministério da nova aliança [1] – (2 Co 3:1-11)

Leitura bíblica: Rm 7:6; 2 Co 3:1-6

Ler com oração:  Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo (Hb 8:8-10).

PRODUZIR CARTAS VIVAS DE CRISTO

No Antigo Testamento Deus fez uma aliança com Seu povo, segundo a qual deveria guardar a lei mosaica, composta por Seus mandamentos escritos em pedras. Esses mandamentos, porém, eram exteriores ao homem. Louvamos ao Senhor que hoje, na era da graça, recebemos uma nova aliança firmada por Deus e inscrita no coração do homem (Hb 8:8-10). O Senhor deseja que essa nova aliança seja anunciada por toda a terra e, para isso, fez-nos Seus ministros.
Em 2 Coríntios 3:1-3 Paulo diz: “Começamos, porventura, outra vez a recomendar-nos a nós mesmos? Ou temos necessidade, como alguns, de cartas de recomendação para vós outros ou de vós? Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens, estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações”. Isso nos mostra que um ministro da nova aliança não precisa ser eloquente nem possuidor de vasto conhecimento doutrinário, mas dever ser um instrumento do Espírito para inscrever Sua “carta”, Suas palavras, no coração das pessoas. Dessa maneira, os que recebem essas palavras se tornam “uma carta viva”, cujo testemunho pode ser “lido” pelas pessoas. Além disso, não apenas o Espírito é inscrito no coração das pessoas, como, ao mesmo tempo, as pessoas são inscritas em seu coração.
Um ministro da nova aliança precisa estar completamente envolvido e comprometido com seu comissionamento, amando e cuidando daqueles que o Senhor lhe confiou. Por essa razão é tão importante compreendermos o ministério de João, por meio do qual nos libertamos da caducidade da letra e aprendemos a escrever cartas vivas por meio do Espírito. Para isso devemos ter um espírito exercitado, um coração alargado e servir em novidade de vida (2 Co 6:11; Rm 7:6).

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

CRER E REAGIR POSITIVAMENTE À PALAVRA

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - QUARTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 17: O ministério da nova aliança [1] – (2 Co 3:1-11)

Leitura bíblica:  Rm 10:17; 2 Co 1:12-22

Ler com oração:  Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio. Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo e nos ungiu é Deus, que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração (2 Co 1:20-22).

CRER E REAGIR POSITIVAMENTE À PALAVRA

Em 2 Coríntios Paulo escreveu: “Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que, com santidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas, na graça divina, temos vivido no mundo e mais especialmente para convosco” (1:12). Aqui vemos que nossa confiança não deve se basear em sabedoria humana, ou seja, no conhecimento, mas na graça divina, por intermédio da qual podemos viver com santidade e sinceridade diante de Deus e dos homens. Devemos ser simples, santos e sinceros, vivendo pela graça de Deus.
Ainda nos versículos 17-19 lemos: “Ora, determinando isto, terei, porventura, agido com leviandade? Ou, ao deliberar, acaso delibero segundo a carne, de sorte que haja em mim, simultaneamente, o sim e o não? Antes, como Deus é fiel, a nossa palavra para convosco não é sim e não. Porque o Filho de Deus, Cristo Jesus, que foi, por nosso intermédio, anunciado entre vós, isto é, por mim, e Silvano, e Timóteo, não foi sim e não; mas sempre nele houve o sim”. Quando não estamos vivendo no espírito, mas na mente caída do velho homem, nos tornamos instáveis e confusos, vacilando entre o sim e o não. Na esfera da vida da alma, do ego, ficamos impedidos de discernir a vontade de Deus e somos tomados por muitas dúvidas.
Porém o versículo 20 prossegue nos dizendo: “Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio”. Graças à fidelidade divina, em Cristo temos sempre o “sim” de Deus, a confirmação do cumprimento de Suas promessas. Se tomarmos Sua Palavra no espírito, teremos segurança quanto à direção que Dele recebemos, para a qual diremos “amém”. Todavia, se permanecermos em nós mesmos, ficaremos cheios de incertezas e passaremos a questionar e desacreditar de Suas promessas. Nossa atitude para com as verdades será determinada pela proporção da fé com que as recebemos. Se enfraquecermos na fé, seremos tomados por dúvidas e arrazoamentos. Que o Senhor nos livre da incredulidade!
A solução é nos voltarmos ao Senhor para ouvir Seu falar (Rm 10:17 – VRC). Se tivermos comunhão com o Senhor, nos esvaziando de nós mesmos e nos enchendo com Sua vida, certamente Ele nos libertará de nossas descrenças e conceitos naturais, infundindo Sua fé em nós.
Muitos cristãos, porém, ainda têm dúvida acerca dessas coisas e deixam de buscar luz diante do Senhor. Por isso Deus tem nos dado uma direção e uma comissão, visando à pregação do evangelho do reino, à edificação do Corpo de Cristo e à manifestação de Seu reino vindouro. Deus tem preparado para nós salvação completa – espírito, alma e corpo: “O qual nos livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos” (2 Co 1:10). Para isso Ele nos colocou no viver da igreja para nos aperfeiçoar a viver no espírito e a negar a nós mesmos a fim de sermos ministros de Sua nova aliança e estarmos aptos para reinar com Ele no mundo que há de vir.
Não apenas temos Cristo como o “sim” para todas as promessas de Deus como também fomos selados por Seu Espírito, o qual é o penhor, a garantia de que podemos ser herdeiros de todas as Suas promessas (vs. 21-22). Que em nós também sempre haja o “sim” para o que Deus prometeu em Sua palavra. Aleluia!

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O CAMINHO PARA SER BEM-SUCEDIDO NA VIDA ESPIRITUAL

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - TERÇA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 17: O ministério da nova aliança [1] – (2 Co 3:1-11)

Leitura bíblica: Mc 8:34-35; Rm 6:6-8; 7:18; Cl 3:5

Ler com oração:  Se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição, sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; porquanto quem morreu está justificado do pecado (Rm 6:5-7).

O CAMINHO PARA SER BEM-SUCEDIDO NA VIDA ESPIRITUAL

Ontem vimos que o Senhor conhece nossa real condição e, por isso, permite que passemos por provações, pois por meio delas somos quebrantados, reconhecemos nossa fragilidade e total dependência Dele. Quando isso acontece, podemos dizer como o apóstolo Paulo: “Mas, se somos atribulados, é para o vosso conforto e salvação; se somos confortados, é também para o vosso conforto, o qual se torna eficaz, suportando vós com paciência os mesmos sofrimentos que nós também padecemos” (2 Co 1:6).
É importante discernir como temos nos portado em meio às provações: se somos teimosos ou perseverantes. Se passamos por provações por causa de nossas opiniões, gostos e desejos, somos teimosos; mas, se passamos por elas por causa da vontade de Deus, isso mostra que somos perseverantes. Se nos deixarmos ser iluminados pelo Senhor, veremos que temos sido mais teimosos que perseverantes.
Por isso o versículo 9 nos diz: “Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos”. Depositar toda nossa confiança somente no Senhor é o caminho para que sejamos bem-sucedidos em nossa vida espiritual.
Entretanto, para que tenhamos essa realidade, precisamos perceber que em nós mesmos não temos solução! (Rm 7:18). Não temos jeito! Nosso velho homem foi crucificado juntamente com Cristo (6:6-8). Agora nos cabe fazer morrer nossa natureza terrena (Cl 3:5). Desse modo, ao nos identificarmos com Sua morte, podemos experimentar o poder da ressurreição em nosso viver. Quem conhece o Senhor e o poder de Sua ressurreição não precisa temer a morte. Aleluia!
O problema é a confiança que depositamos em nossa própria capacidade de resolver as situações que enfrentamos no dia a dia, que nos leva, em muitos momentos, a agirmos de maneira independente do Senhor. Não percebemos que nossa vida da alma está totalmente contaminada pelo pecado e não tem nenhuma serventia para Deus. Por isso ela precisa ser crucificada e morta, mas essa escolha Deus deixou para cada um de nós fazermos, caso queiramos segui-Lo: “Então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á” (Mc 8:34-35).
Mesmo querendo seguir o Senhor temos muita dificuldade de abrir mão de nossa vida da alma. Por não dependermos Dele, em oração e súplica, somos guiados pela teimosia dos nossos próprios pensamentos, sendo geralmente confundidos e enredados por nossas razões, que parecem ser boas, e insistimos em acreditar que somos capazes de alguma coisa. Infelizmente nossa experiência muitas vezes é afetada por essa teimosia.
Contudo, por nos amar, Ele nos permite passar por situações que nos expõem e revelam nossa insuficiência. Então, finalmente, aprendemos a não confiar em nós mesmos, mas no Deus que ressuscita os mortos.


domingo, 12 de janeiro de 2014

CONSOLADOS POR DEUS PARA CONSOLAR OUTROS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - SEGUNDA-FEIRA


NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 17: O ministério da nova aliança [1] – (2 Co 3:1-11)

Leitura bíblica: 2 Co 1:3-7

Ler com oração:  Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas (2 Co 4:17-18).

CONSOLADOS POR DEUS PARA CONSOLAR OUTROS

O tema desta série do Alimento Diário, “Nossa atitude para com as verdades”, aborda a maneira como os filhos de Deus aplicam o que receberam na Palavra e como isso influencia o seu viver. Isso é extremamente importante para o cumprimento do propósito eterno de Deus.
No início de sua Segunda Epístola aos Coríntios, Paulo discorre acerca das tribulações experimentadas por ele que marcaram seu ministério. O modo como Paulo lidou com as provações contribuiu para seu crescimento e amadurecimento, aperfeiçoando-o para ser um ministro da nova aliança.
O apóstolo diz: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus” (2 Co 1:3-4). Ao passarmos por tribulações e angústias, recebemos o cuidado amoroso de Deus e somos consolados. Essas experiências nos levam a conhecer o Senhor mais intensamente, nos capacitando a consolar pessoas que também estão sendo atribuladas. Dessa forma, tornamo-nos um canal no qual o consolo do Senhor alcança outros, suprindo-os com Sua vida.
Mesmo quando passamos por tribulações precisamos perceber que isso também é a misericórdia de Deus por nós. Esse processo é necessário em nossas vidas, pois dessa maneira a dureza de nosso coração pode ser quebrantada. Essa dureza é proveniente do nosso ego, da vida da alma, que sempre busca ser independente de Deus. Uma vez quebrantados pelas tribulações do dia a dia, Deus tem como trabalhar Sua vida em nós, e essas experiência produzem para nós um eterno peso de glória (4:17).
Deus criou a alma do homem composta por três partes: mente, vontade e emoção. O pensamento, a escolha e o amor do homem deveriam estar direcionados para o Senhor, vinculados com Seu propósito. Porém, com a queda do homem no jardim do Éden, o pecado entrou na humanidade e a alma dele foi danificada. A partir de então, o homem passou a usar essas faculdades exclusivamente para seu próprio proveito, rejeitando Deus como sua fonte e apegando-se ao que pensa, ao que quer e ao que gosta.
No entanto Deus não desistiu da humanidade, e mediante a obra redentora de Cristo na cruz fomos resgatados para Ele e incluídos em Seu plano eterno. Por meio de Seu Espírito o Senhor trabalha naqueles que O receberam. Até mesmo as provações pelas quais passamos são instrumentos úteis para Deus trabalhar Sua natureza divina em nós. Louvado seja o Senhor! Amanhã veremos mais sobre o objetivo de Deus em permitir que passemos por essas experiências.



O EVANGELHO DO REINO É PARA TODA A TERRA


ALIMENTO DIÁRIO / DOMINGO

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES (Mt 24:14)

Leitura bíblica: Mt 24:45-47; Jo 13:17; 1 Jo 1:1-3

Ler com oração: E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim (Mt 24:14).

O EVANGELHO DO REINO É PARA TODA A TERRA

Graças ao Senhor! Ao longo das Escrituras, Ele nos tem mostrado qual deve ser nossa atitude para com as verdades. Elas devem ser praticadas (Jo 13:17). A primeira delas é que devemos nos arrepender porque está próximo o reino dos céus. Em virtude da proximidade do reino, devemos nos voltar ao Senhor, colocando nossa mente no espírito, e deixar para trás nossos conceitos e religiosidade, para Lhe sermos úteis, alimentando nossos conservos com a palavra da vida (1 Jo 1:1-3).
Também vimos que a igreja revelada pelo Senhor em Mateus 16 sugere algo dinâmico, um viver, uma vez que ekklesía significa a assembleia dos que foram chamados para fora (v. 18). Quando não percebemos o que está por detrás da revelação acerca da igreja, corremos o risco de valorizar mais o “templo”, a estrutura, do que o viver. Para evitar essa equivocada compreensão, o Senhor permitiu que o templo em Jerusalém (símbolo do centro de adoração no Antigo Testamento) fosse destruído, e Seu Corpo, a igreja (a habitação de Deus no espírito) fosse edificada. Graças ao Senhor, no viver da igreja temos irmãos amadurecidos espiritualmente que assistem os filhos de Deus como tutores que ensinam, e como curadores que cuidam de seus conservos, para que cresçam e se tornem herdeiros (Gl 4:1-2; Mt 24:45-47).
O reino está próximo! Que o Senhor nos encha de graça para que nossa atitude para com as verdades seja a de praticá-las, a fim de pregar o evangelho do reino em toda a terra e ajudar muitos filhos de Deus a crescer, entrar no reino e, juntamente com Cristo, governar sobre as nações! Amém!

sábado, 11 de janeiro de 2014

PRATICAR AS VERDADES NO ESPÍRITO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 8 - SÁBADO


MENSAGEM 16: Extrair vida das verdades (2 Co 3:5-6)

Leitura bíblica: Mt 3:11; 3 Jo 4; Ap 1:9-13; 2:1-7

Ler com oração: Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta. [...] Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro (Ap 1:10, 12).

PRATICAR AS VERDADES NO ESPÍRITO

Ontem vimos a importância de invocarmos o nome do Senhor para estarmos no espírito, provando não apenas do Espírito Santo, mas de O Espírito. Nesse O Espírito não apenas ganhamos vida, como também experimentamos o fogo que queima as impurezas da alma.
Quando tinha sua vida da alma exposta, Pedro sabia que precisava negá-la, mas isso não era algo tão fácil de praticar. Graças ao Senhor, em Sua maturidade, ele recebeu luz de que no Espírito também havia o fogo e, portanto, se permanecesse no espírito, teria força para se arrepender e “queimar” suas impurezas interiores. Assim, ao escrever suas epístolas, Pedro era alguém totalmente no espírito.
Nos evangelhos podemos observar que Pedro tinha sempre a iniciativa de falar, e João era mais observador. Mesmo no livro de Atos, quando Pedro e João estavam juntos, era Pedro quem tinha a palavra, embora João fosse um com ele. Quando Pedro foi martirizado, João também deveria ter sido morto, mas, provavelmente por não ter exercido o papel de líder, foi mantido preso pelo império romano. Nos anos em que esteve aprisionado, em seu exílio em Patmos, João também aprendeu a viver no espírito, desfrutando do Espírito da realidade. Ali ele recebeu as visões referentes ao fim dos tempos e as registrou no livro de Apocalipse.
Quando teve a visão dos candeeiros de ouro, que representavam as sete igrejas da Ásia, João teve conhecimento da situação da igreja em Éfeso, que já não era boa desde a época de Paulo. No entanto João, depois de solto, foi para lá e ajudou os irmãos a exercitarem o espírito para ganhar vida. Creio que eles passaram a invocar o nome do Senhor e a ter uma atitude adequada para com as Palavras escritas por Paulo. Dessa maneira, a igreja em Éfeso foi restaurada a uma condição desejável, a ponto de enviar irmãos para servirem em Corinto e outras cidades.
Esse era o encargo de João: levar todos os irmãos ao espírito para que pudessem praticar a verdade, conforme ele mesmo registra em sua terceira epístola: “Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade” (3 Jo 4).

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A IMPORTÂNCIA DE INVOCAR O NOME DO SENHOR

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 8 - SEXTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 16: Extrair vida das verdades (2 Co 3:5-6)

Leitura bíblica:  Rm 10:9-13; 1 Jo 4:7-21

Ler com oração:  Não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam (Rm 10:12).

A IMPORTÂNCIA DE INVOCAR O NOME DO SENHOR

Em Atos 2 os cento e vinte galileus receberam o derramamento do Espírito Santo e passaram a falar em vários dialetos, conforme foi profetizado pelo profeta Joel, ainda no Antigo Testamento (Jl 2:28-32). Muitos cristãos ainda hoje valorizam esse tipo de manifestação exterior do Espírito. Todavia, diante da crítica dos judeus que estavam em Jerusalém zombamdo dos discípulos, Pedro se levantou e falou sobre o item mais importante dentro daquela profecia: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (At 2:21). Por meio de invocar o nome do Senhor, muito mais do que ser revestido exteriormente pelo Espírito Santo, podemos receber em nosso interior o Espírito que dá vida, isto é, ganhar a própria vida de Deus.
Quando invocamos esse nome, a vida de Deus ganha espaço em nós e se manifesta por meio do amor (1 Jo 4:16). Esse é um grande teste para saber se temos invocado com realidade ou apenas da boca para fora. Ao clamarmos: “Ó Senhor Jesus!”, imediatamente nos voltamos ao espírito, onde temos O Espírito, e, assim, ganhamos mais da vida de Deus. Quanto mais vida temos, mais amamos as pessoas.
Por isso a linha dos doze apóstolos, que teve início em Atos e chamamos de linha da vida, consistia em levar todos a invocar o nome do Senhor. Em nosso meio, essa verdade foi-nos revelada nos anos 60. No início, fazíamos de uma forma militar, começando a invocar logo pela manhã, em nossa comunhão com o Senhor. Embora não compreendêssemos muito bem sobre o que estávamos fazendo, continuamos a fazê-lo até estar no espírito. A prática de invocar o nome do Senhor foi posteriormente levada para Taiwan e depois trazida ao Brasil. Invocar o nome do Senhor nos introduz no espírito, onde ganhamos vida e força para negarmos nossa vida da alma. Louvado seja o Senhor!

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

O FOGO DO ESPÍRITO NA EXPERIÊNCIA DE PEDRO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 8 - QUINTA-FEIRA

MENSAGEM 16: Extrair vida das verdades (2 Co 3:5-6)
Leitura bíblica: Mt 3:11; 13:1-20

O FOGO DO ESPÍRITO NA EXPERIÊNCIA DE PEDRO

Em sua experiência, Pedro era alguém com uma vida da alma muito forte, o que o desqualificaria a reinar com o Senhor. No entanto, quando atingiu a maturidade, ele aprendeu o segredo de queimar as impurezas de sua alma no fogo do Espírito que estava em seu interior. Em outras palavras, ele aprendeu a aplicar o que está registrado em Mateus 3:11b: “Ele vos batizará com Espírito Santo e com fogo”.
No passado, a interpretação que fazíamos era de que, se alguém recebesse o Senhor, seria batizado com o Espírito Santo, mas quem não O recebesse, seria batizado com fogo inextinguível mencionado no versículo 12. No entanto a Bíblia não fala em “Espírito Santo ou fogo”, mas “Espírito Santo e fogo”. Antes de recebermos essa revelação, enfatizávamos os sofrimentos provenientes de acidentes, doenças, ou perda de emprego como forma de nos ajudar a perder nossa vida da alma. Percebíamos, no entanto, que, passadas as tribulações, nosso ego ou ser natural muitas vezes voltava ainda mais forte. Por que isso acontece?
A parábola do semeador pode nos ajudar a obter mais luz (Mt 13:3-9). Nessa parábola, o Senhor nos mostra quatro tipos de solo. O primeiro solo é aquele junto ao caminho, uma terra batida onde a semente não consegue penetrar devido à intensa circulação de pessoas, que acabou por compactar o solo. Como a semente lançada não entra na terra, as aves do céu, que representam o maligno, vêm e a arrebatam. A lição que extraímos desse tipo de solo é a necessidade de afofar a terra. No segundo tipo de solo havia terra, mas também muitas pedras que prejudicavam a retenção da água, essencial para o desenvolvimento da semente. Pelo fato de não ter raízes profundas, a planta seca com o calor do sol, mostrando que as pedras precisam ser arrancadas da terra. O terceiro tipo de solo tem muitos espinhos, que sufocam a planta e a impedem de receber a luz do sol e frutificar. Pela nossa experiência, cortar os espinhos não é suficiente, é preciso arrancá-los e queimá-los no fogo do Espírito para tornar nosso coração uma boa terra que dê frutos a cem, a sessenta e a trinta por um.
Portanto não basta reprimir o ego diante das circunstâncias, pois ele voltará; precisamos “queimar” as impurezas da alma por meio do fogo do Espírito, que está em nosso espírito. Sempre que nossa vida da alma for exposta, não vamos nos justificar, mas nos arrepender. Dessa maneira, o Espírito irá queimar o que precisa ser queimado em nós.


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

TODAS AS VERDADES PRECISAM SER TRANSFORMADAS EM VIDA

ALIMENTO DIÁRIO - MENSAGEM 16 - Extrair vida das verdades (2 Co 3:5-6)
Leitura bíblica:  Jo 6:63

TODAS AS VERDADES PRECISAM SER TRANSFORMADAS EM VIDA

Baseado nas revelações que recebeu quando foi arrebatado, em espírito, ao terceiro céu, provavelmente quando esteve nas regiões da Arábia, Paulo escreveu catorze epístolas, ou seja, mais da metade dos livros que compõem o Novo Testamento. Embora ele tenha registrado tudo isso em forma de letras no papel, ao ler seus escritos precisamos usar o espírito. É o que lemos em 2 Coríntios 3:6, que fala sobre os ministros da nova aliança, que são ministros não da letra, e sim do Espírito, porque a letra mata, mas o Espírito vivifica. Esse Espírito mencionado no versículo não é o Espírito Santo, mas O Espírito. Nesse O Espírito temos a obra do Pai, do Filho e também do Espírito Santo, representadas por aquelas três unidades de medida de Êxodo 30. Essa é uma verdade básica que todos nós precisamos conhecer e aplicar em nosso viver.
Todas as cartas de Paulo são muito importantes, especialmente aquelas que são conhecidas como o coração da Bíblia: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. De nossa parte, entretanto, como ministros da nova aliança, não da letra, mas do Espírito, a atitude ao lermos suas epístolas deve ser de usar nosso espírito para que seu conteúdo se torne vida para nós.
A outra linha ministerial que nos apresenta as verdades no Novo Testamento é a linha da vida, formada pelas experiências dos doze discípulos que estiveram com o Senhor Jesus em Seu ministério terreno, a qual é representada principalmente pelos escritos de Pedro e João quando atingiram a maturidade espiritual. Tudo o que eles escreveram era algo que haviam experimentado. Pedro, por exemplo, quando jovem, teve sua vida da alma frequentemente exposta pelo Senhor, mas, ao escrever suas epístolas, já se encontrava maduro.
Todavia o mais importante para nós não é apenas conhecer a história deles, mas sim aplicarmos as lições que eles aprenderam nesse período de amadurecimento e que estão contidas nas suas cartas. Como aqueles que querem crescer na vida de Deus e amadurecer para reinar com Cristo no mundo que há de vir (Hb 2:5-8), precisamos transformar as verdades em vida, isto é, por meio do espírito fazer com que tudo que foi escrito se torne nossa realidade prática.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O ÓLEO SAGRADO DA UNÇÃO E O ESPÍRITO

ALIMENTO DIÁRIO - MENSAGEM 16: Extrair vida das verdades (2 Co 3:5-6)

Leitura bíblica: Êx 30:22-25; Mt 27:51; Jo 14:17; 16:13; Gl 5:16, 25; Hb 10:20

O ÓLEO SAGRADO DA UNÇÃO E O ESPÍRITO


Êxodo 30:22-25 diz: “Disse mais o Senhor a Moisés: Tu, pois, toma das mais excelentes especiarias: de mirra fluida quinhentos ciclos, de cinamomo odoroso a metade, a saber, duzentos e cinquenta ciclos, e de cálamo aromático duzentos e cinquenta ciclos, e de cássia quinhentos ciclos, segundo o ciclo do santuário, e de azeite de oliveira um him. Disto farás o óleo sagrado para a unção”. Aqui podemos ver uma ilustração que diferencia o Espírito Santo, que é representado pelo azeite, de O Espírito, tipificado pelo óleo sagrado da unção. Além do azeite, esse óleo era composto por quatro especiarias: mirra fluida (que representa a morte do Senhor Jesus), cinamomo odoroso (a eficácia de Sua morte), cálamo aromático (a ressurreição do Senhor Jesus) e cássia (o poder de Sua ressurreição contra o inimigo).
Essas quatro especiarias eram divididas em três medidas de quinhentos ciclos. Sabemos que, na Bíblia, o número três nos remete ao Deus Triúno: Pai, Filho e Espírito, e o quatro, à criatura (Ez 1:5; Ap 4:6-8), da qual o homem é o principal representante, mostrando que em O Espírito temos não somente o viver humano do Senhor, como também Sua divindade. Por meio dessa composição maravilhosa, o Deus Triúno trabalha e infunde em nós tudo o que Ele é e cumpriu. As três medidas de quinhentos ciclos também revelam para nós como o Deus Triúno pode “ungir-nos” com O Espírito.
Temos quinhentos ciclos de mirra e quinhentos de cássia, mas a outra medida de quinhentos ciclos aparece dividida em duas metades de duzentos e cinquenta (exatamente as especiarias relacionadas no meio da composição), pois se refere ao Filho, o segundo do Deus Triúno, que foi partido por nós. Isso é muito significativo, pois, da mesma forma, havia um véu no tabernáculo que separava o Santo Lugar do Santo dos Santos, o qual era fixado sobre quatro colunas, compondo três entradas. Quando o Senhor Jesus foi crucificado, aquele véu rasgou-se ao meio, de alto a baixo, conforme registrado em Mateus 27:51. Quando lemos Hebreus 10:20, vemos que aquele véu representava a carne do Senhor Jesus, que foi partido por nós para nos abrir um caminho ao Santo dos Santos, à presença de Deus. Aleluia!
Finalmente, um him de azeite de oliveira – que representa o Espírito Santo (Is 61:1; Lc 4:18) – era acrescentado às quatro especiarias. O resultado era um unguento que o Senhor chamou de óleo sagrado da unção, o perfume composto, que tipifica O Espírito.
Em Atos 2, no dia de Pentecostes, os cento e vinte galileus provaram o derramamento exterior do Espírito Santo. Eles haviam sido enviados pelo Senhor Jesus para pregar o evangelho do reino, mas não eram pessoas eloquentes. Por esse motivo, eles permaneceram em oração por dez dias, ao fim dos quais ficaram cheios do Espírito Santo.
A grande maioria dos irmãos no meio cristão apenas conhece o Espírito Santo no Seu aspecto de poder, mas talvez nunca tenham ouvido falar em O Espírito. Hoje, quando falamos em andar no espírito (Gl 5:16, 25), precisamos perceber que nosso espírito está unido a O Espírito (Jo 3:6; 1 Co 6:17). O título “O Espírito” é mais completo que Espírito Santo, pois agrega em si toda a experiência humana do Senhor Jesus quando esteve na terra, Sua morte, ressurreição e tudo o que Ele cumpriu e obteve (Jo 7:37-39). Assim como o óleo sagrado da unção era composto de várias especiarias, podemos dizer que O Espírito inclui vários outros títulos apresentados nas Escrituras, tais como o Espírito de Deus, o Espírito do Senhor, o Espírito Santo, o Espírito de Jesus, o Espírito de Cristo, o Espírito que dá vida (1 Co 15:45b) e o Espírito da realidade (Jo 14:17; 16:13). Por meio desse Espírito todo-inclusivo, podemos desfrutar da vida de Deus e ser guiados à prática das verdades até se tornarem nossa realidade. Isso é maravilhoso!

AS DUAS LINHAS MINISTERIAIS QUE REVELAM AS VERDADES NEOTESTAMENTÁRIAS

ALIMENTO DIÁRIO - MENSAGEM 16:

Leitura bíblica:  At 9:15; Jo 7:38-39; Rm 8:11; Gl 1:17; 2 Co 12:1-4

AS DUAS LINHAS MINISTERIAIS QUE REVELAM AS VERDADES NEOTESTAMENTÁRIAS

Temos visto que, no Novo Testamento, as verdades são provenientes de duas linhas ministeriais, uma das quais é representada pelo apóstolo Paulo, e a outra, pelos doze apóstolos.
A primeira linha ministerial se baseia nas visões e revelações que Paulo recebeu de Deus quando esteve no terceiro céu, as quais ele registrou em forma de cartas. Quando lemos suas epístolas, podemos ver a comissão de Deus confiada ao apóstolo: transmitir as verdades a respeito da economia neotestamentária de Deus (Ef 3:1-4; Cl 1:25). A outra linha é a dos doze apóstolos, que chamamos de linha da vida, pois se baseia nas experiências que eles tiveram com o Senhor Jesus quando Ele esteve na terra. Precisamos avaliar nossa atitude em relação às verdades apresentadas por essas duas linhas ministeriais: se iremos apenas estudá-las e analisá-las ou se buscaremos extrair vida delas.
Quanto a Paulo, sabemos que ele foi chamado para ser apóstolo entre os gentios (At 9:15). Paulo fora instruído aos pés de Gamaliel e se tornara um fariseu ortodoxo, irrepreensível quanto à lei, o que o destacou de entre os seus contemporâneos (Gl 1:14-15). Portanto cremos que ele estava bastante claro em relação às verdades do Antigo Testamento, mas ainda não conhecia a economia neotestamentária de Deus. Por isso precisava ser preparado para exercer seu ministério. Após sua conversão, no caminho para Damasco, Paulo esteve nas regiões da Arábia, onde provavelmente foi arrebatado, em espírito, ao terceiro céu, e recebeu a revelação de toda a economia de Deus no Novo Testamento, conforme ele mesmo relata em 2 Co 12:1-4.

domingo, 5 de janeiro de 2014

AMARRADOS À VIDEIRA MAIS EXCELENTE

MENSAGEM 15: Ele amarrará o seu jumentinho à videira (Gn 49:8-12)


Leitura bíblica:  Gn 49:11-12; Jo 15:1


AMARRADOS À VIDEIRA MAIS EXCELENTE

O segredo de amadurecer para reinar juntamente com o Leão da tribo de Judá é estar amarrado à Vide (Gn 49:11-12). Essa transição é muito difícil, porque ainda somos piores que os filhotes de Ezequiel 19:1-3; somos “jumentinhos” que almejam ser “leões”. Queremos ser reis e reinar com o Senhor, mas nossa condição está longe disso, pois temos uma natureza tão teimosa quanto a do jumento. Todavia temos esperança se estamos amarrados à Videira mais excelente, que é o próprio Senhor Jesus (Jo 15:1).
Amarrados à Videira podemos alimentar-nos de Seu fruto. Isso reforça que nossa atitude para com as verdades não deve ser de aprendê-las em forma de intelectualidade, mas todos os dias comê-las em forma de uva, que simboliza o suprimento abundante do Espírito e da vida. Além disso, não podemos dar descanso para nossa vida da alma; antes, devemos “atá-la”, isto é, negá-la e nos alimentar de Cristo.

sábado, 4 de janeiro de 2014

LEÃO, LEOA, LEÃOZINHO E... FILHOTES

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 7 - SÁBADO - MENS 15

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 Ele amarrará o seu jumentinho à videira (Gn 49:8-12)

Leitura bíblica:
Gn 49:9-12; Ez 19:1-12; Ap 5:5

Ler com oração:

Digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um (Rm 12:3).

LEÃO, LEOA, LEÃOZINHO E... FILHOTES

Gênesis 49:9 diz: “Judá é leãozinho; da presa subiste, filho meu. Encurva-se e deita-se como leão e como leoa; quem o despertará?”. Um leãozinho não cresceu nem amadureceu. Subir da presa quer dizer acabar de comer e estar satisfeito. Nessa passagem temos o leão, a leoa e o leãozinho. Os leões são os valentes que protegem o bando, as leoas são as que caçam, e os leõezinhos permanecem no bando até se tornar adultos. Uma vez crescidos, são expulsos do bando e devem formar seu próprio bando. Judá é leãozinho, aprendendo a caçar, mas um dia será leão adulto e reinará.
Ezequiel 19:1-3 diz: “E tu levanta uma lamentação sobre os príncipes de Israel e dize: Quem é tua mãe? Uma leoa entre leões, a qual, deitada entre os leõezinhos, criou os seus filhotes. Criou um dos seus filhotinhos, o qual veio a ser leãozinho, e aprendeu a apanhar a presa, e devorou homens”. Aqui vemos quatro categorias: leão, leoa, leãozinho e os filhotes. Depois que crescem um pouco, os filhotes tornam-se leõezinhos.
O versículo 4 diz: “As nações ouviram falar dele, e foi ele apanhado na cova que elas fizeram e levado com ganchos para a terra do Egito”. Esse trecho se refere ao rei Joacaz, que reinou três meses e foi levado para o Egito. Isso quer dizer que, quando alguém consegue alguns feitos e realizações, não deve pensar que é alguma coisa; antes, é como leãozinho que acha que já é leão. Igualmente nós precisamos aprender muito e negar a nós mesmos, ou seremos “levados cativos para o Egito”. Temos de ser sempre humildes, aprendendo com os irmãos, pois somos, no máximo, “leõezinhos”, se é que ainda não somos “filhotes”.
Os versículos 5-7 dizem: “Vendo a leoa frustrada e perdida a sua esperança, tomou outro dos seus filhotes e o fez leãozinho. Este, andando entre os leões, veio a ser um leãozinho, e aprendeu a apanhar a presa, e devorou homens. Aprendeu a fazer viúvas e a tornar desertas as cidades deles; ficaram estupefatos a terra e seus habitantes, ao ouvirem o seu rugido”. Por vezes, há pessoas que “rugem” para que os outros os ouçam, isto é, querem reivindicar seu domínio e autoridade sobre os demais, mas todos percebem que é apenas um “leãozinho”, ou seja, não tem crescimento de vida suficiente.
A seguir os versículos 8-9 dizem que as províncias ao redor se ajuntaram contra ele, estenderam sobre ele a rede, e ele foi apanhado na cova que elas fizeram. Ele foi levado ao rei da Babilônia, para que não se ouvisse mais sua voz nos montes de Israel. Isso se refere a Jeoaquim, de Judá, porém também pode ser aplicado a nós, quando achamos que sabemos ou podemos algo.
O versículo 10 mostra a fonte dos reis de Judá: “Tua mãe, de sua natureza, era qual videira plantada junto às águas; plantada à borda, ela frutificou e se encheu de ramos, por causa das muitas águas”. Judá era como videira plantada junto às águas que cresceu, deu frutos e muitos galhos. E o versículo 11 afirma que esses galhos fortes eram para cetros de dominadores. Porém a estatura de Judá elevou-se “entre os espessos ramos, e foi vista na sua altura com a multidão deles. Mas foi arrancada com furor e lançada por terra, e o vento oriental secou-lhe o fruto; quebraram-se e secaram os seus fortes galhos, e o fogo os consumiu” (vs. 11-12). Quando estamos plantados junto às águas é que damos frutos, ou seja, quando estamos no espírito é que nossa obra é bem-sucedida. Por isso devemos lembrar-nos de que tudo o que temos não foi por nossa força. Quando nos alimentamos das verdades e as praticamos, tornamo-nos cada vez mais parecidos com leão, mas ainda não somos leão, somos, no máximo, leãozinho. Temos de esperar a vinda do Siló. Ele é o verdadeiro Leão.
Apocalipse 5:5 mostra que o Leão da tribo de Judá é Cristo, o Cordeiro que foi imolado por nós (cf. Jo 1:29). Apenas seremos transformados de leãozinho a leão quando vivermos pela vida do Leão da tribo de Judá. Quando Sua vida nos encher totalmente, seremos de fato semelhantes a Ele. Ele reinará no mundo que há de vir e os que amadurecerem e crescerem em vida reinarão com Ele.


Ponto-chave:
Estar sempre “plantado junto às águas”.

Pergunta:
Que lições você pode aplicar em sua vida a partir do texto de Ezequiel 19:1-11?

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

REINAR EM VIDA

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 7 - SEXTA-FEIRA - MENS 15


 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 Ele amarrará o seu jumentinho à videira (Gn 49:8-12)

Leitura bíblica: Gn 49:9; Mt 20:25-30; Rm 5:17

Ler com oração: Eis aí está que reinará um rei com justiça, e em retidão governarão príncipes. Cada um servirá de esconderijo contra o vento, de refúgio contra a tempestade, de torrentes de águas em lugares secos e de sombra de grande rocha em terra sedenta (Is 32:1-2).

REINAR EM VIDA

Reinar diz respeito à autoridade que vem pela vida. Romanos 5:17 diz: “Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo”. Essa não é a autoridade de posição, de poderio e intimidação. A autoridade com que vamos reinar naquele dia depende de como a usamos hoje. Se nunca obedecemos ao Senhor nem nos submetemos aos irmãos, como vamos ser reis juntamente com Cristo em Seu reino? Todos precisamos aprender o princípio espiritual de que a autoridade de Deus vem pela quantidade da vida divina que temos. Portanto hoje temos de aprender lições de submissão e obediência para que essa vida cresça e tenhamos autoridade para reinar.
Vejamos um exemplo: João Batista foi incumbido por Deus de ser o precursor do Senhor Jesus. Como filho de sacerdotes, ele tinha garantida toda a sua sobrevivência, tinha ofício garantido e renda garantida. Mas ele abandonou tudo isso e, em vez de servir no templo com veste sacerdotal, foi para o deserto, vestindo pelos de camelo e se alimentando de gafanhotos e mel silvestre.
No início de seu serviço a Deus, quando era simples, João Batista não se preocupava com roupa, com comida boa ou com status; antes, só tinha um encargo que queimava dentro dele: ser a voz que clamava no deserto: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus!” (Mt 3:2). A voz que ecoava no deserto, de um homem de aspecto desprezível, com pelos de camelo, sem grandes discursos culturais, conseguiu levar multidões ao arrependimento. Ele pregava com intrepidez, pois era cheio do Espírito desde o ventre materno (Lc 1:15). Isso mostra que quem faz a obra é o Espírito! Deus precisa do homem, mas para ser apenas um canal para o Espírito atuar.
Como precursor, João sabia que, quando o Senhor Jesus viesse, seria mais poderoso que ele (Mt 3:11). Segundo o que ele afirmou, pensávamos que, após Jesus ser batizado, João iria pedir para que Ele o batizasse e, então, abandonaria tudo para seguir o Senhor, como fizeram Pedro, João e outros. Mas isso não ocorreu. Quando o homem tem êxito ou sucesso no serviço a Deus, em geral perde a simplicidade e não consegue abrir mão do que realizou.
O mesmo ocorre hoje com irmãos responsáveis das igrejas. Depois que a igreja em uma cidade já se estruturou, já tem um bom local de reuniões e um bom número de irmãos servindo, muitos perdem a simplicidade e consideram aquilo tudo como “sua” obra, da qual não podem abrir mão.
Por isso o Senhor ensinou aos discípulos que quem quisesse ser o maior deveria ser servo (Mt 20:25-28). Esse é o padrão do reino dos céus que o próprio Senhor seguiu. Nossa comissão hoje é pregar evangelho do reino, crescer em vida e ser reis naquele dia. Por isso não devemos confiar em nada que não seja o próprio Deus. Mesmo que tenhamos diversos serviços, não é neles que confiamos. Ainda continuamos a depender do Senhor.
Os irmãos responsáveis devem aprender a não se apoiar naquilo que já obtiveram, mas exercitar o espírito e deixar o Espírito ter plena liberdade de fazer o que quer. Se quisermos ser os “reizinhos” hoje, aqui na terra, um dia podemos descobrir que fizemos tudo errado e vamos ser repreendidos pelo Senhor. É melhor sermos servos hoje, que buscam crescimento na vida de Deus, seguindo o ministério do Espírito e vida, para que no futuro tenhamos autoridade sobre as nações.


Ponto-chave: Seguir o Senhor para não perder a simplicidade.

Pergunta: De onde procede a verdadeira autoridade espiritual?

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

A IMPORTÂNCIA DOS LIVROS NA PREGAÇÃO DO EVANGELHO DO REINO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 7 - QUINTA-FEIRA - MENS 15

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 Ele amarrará o seu jumentinho à videira (Gn 49:8-12)

Leitura bíblica:  Gn 49:7-10

Ler com oração:
  Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande  voz, como de trombeta, dizendo: O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas (Ap 1:10-11a). Bem-aventurados aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo (v. 3).

A IMPORTÂNCIA DOS LIVROS NA PREGAÇÃO DO EVANGELHO DO REINO

Em sua bênção profética, Jacó disse: “Judá, teus irmãos te louvarão; a tua mão estará sobre a cerviz de teus inimigos; os filhos de teu pai se inclinarão a ti” (Gn 49:8). Judá prefigura todos os crentes do Novo Testamento no aspecto da realeza, assim como Levi os prefigura no aspecto do sacerdócio. Somos da tribo de Judá, tribo de reis, de realeza. Dessa tribo só sai reis. Todos nela vão reinar.
Os versículos 9-10 dizem: “Judá é leãozinho; da presa subiste, filho meu. Encurva-se e deita-se como leão e como leoa; quem o despertará? O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés, até que venha Siló; e a ele obedecerão os povos”. Siló, que quer dizer paz, prefigura o Senhor Jesus. Ele vai governar Seu reino em paz. Nós O aguardamos para tomar posse do reino juntamente com Ele. Ó Senhor Jesus! Mas, para Siló vir, depende de nós. Nós dizemos: “Maranata! Vem, Senhor Jesus!”, mas por que Ele ainda não veio? Todos os cristãos na terra clamam por Sua vinda. Se o Senhor Jesus viesse mais cedo, sofreríamos menos. O Senhor quer voltar; porém, como vai voltar se os reis não estão preparados para reinar com Ele? Portanto Ele está esperando por nós.
Não só nós, que temos essa visão, precisamos crescer a fim de reinar com Ele, mas nossa comissão, que é pregar esse evangelho do reino a toda a terra habitada, deve ser cumprida, a fim de levar muitos também a crescer em vida para reinar com Cristo. E um modo de cooperar com o crescimento dos filhos de Deus é por meio da colportagem. Por meio dos livros, a Palavra interpretada pode ser levada a todos e pode alimentá-los com as verdades para que cresçam na vida divina.
Outra ferramenta para alcançar todos os tipos de pessoas é o BooKafé. Quem entra ali não têm a sensação de que está entrando numa reunião ou culto de determinada igreja. O BooKafé é um ambiente em que todos os filhos de Deus podem ser alimentados espiritualmente. Pelo fato de ficar aberto a semana toda, e várias horas no dia, muitas pessoas podem ser contatadas, evangelizadas e supridas com livros que as ajudam a entender a Palavra de Deus.
Por isso precisamos ter encargo pelos livros, pois por meio deles as pessoas levam alimento espiritual para alimentar-se. Devemos ter pressa em que o evangelho do reino seja pregado, porque Deus tem pressa. Não podemos ficar parados; temos muito trabalho a fazer. Os livros são como “embalagens” usadas para transportar o alimento. Por meio deles as palavras saudáveis que nos ajudam a crescer na vida de Deus estão alcançando todos os continentes! Graças ao Senhor!
Sabemos que o Senhor pode avançar mais rápido, mas isso depende da nossa atitude. Que Ele abra nossos olhos espirituais a fim de vermos Sua vontade eterna. Assim, ganharemos o encargo de ler os livros que ajudam a nos preparar para a vinda do Senhor e também apresentá-los às pessoas a fim de que o evangelho do reino alcance toda a terra e mais filhos de Deus estejam prontos para reinar com Cristo. Jesus é o Senhor!


Ponto-chave: O Senhor tem pressa para voltar.

Pergunta: Que atitude você tem em relação aos livros espirituais?

A CARACTERÍSTICA ESPECIAL DO SER HUMANO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 7 - QUARTA-FEIRA - MENS 15


 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
Ele amarrará o seu jumentinho à videira (Gn 49:8-12)

Leitura bíblica: Gn 2:7; Jo 4:24; Hb 2:5

Ler com oração:  Que é o homem, que dele te lembres? Ou o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste e o constituíste sobre as obras das tuas mãos (Hb 2:6-7). Na verdade, há um espírito no homem, e o sopro do Todo-Poderoso o faz sábio (Jó 32:8).

A CARACTERÍSTICA ESPECIAL DO SER HUMANO

Hebreus 2:5-8 revela que não foi a anjos que Deus sujeitou o mundo que há de vir, porque aos anjos Ele já dera oportunidade no primeiro mundo. Apesar de eles serem seres espirituais, não foram criados com espírito que pudesse receber a vida de Deus. Então tinham de administrar o mundo conforme a capacidade que Deus lhes concedera. Quando um arcanjo, com sua muita capacidade, administrou bem o primeiro mundo, o orgulho apareceu e o danificou. Assim ele se tornou o adversário de Deus, Satanás.
Deus formou o homem do pó da terra, e o passo seguinte foi o ato mais importante do universo até então: Deus soprou nas suas narinas o fôlego de vida, algo que procedeu do próprio Deus. Se tivesse simplesmente dito: “Haja homem”, como fez com os demais itens da criação, o homem não seria nada diferente das demais coisas. Contudo, com a união de algo já existente, um corpo feito do pó da terra, com o sopro que saiu do próprio Deus, o fôlego de vida, o homem passou a ser alma vivente (Gn 2:7).
Por ter em si esse fôlego de vida soprado por Deus, o homem é o único ser que foi criado com algo que saiu do próprio Deus. Esse fôlego de vida se tornou o espírito do homem. Os anjos são espirituais, mas não têm esse sopro de Deus. Nós temos um espírito que veio a existir pelo sopro de Deus. Por isso qualquer ser humano tem alguma coisa divina dentro de seu ser, que é o sopro de Deus, o espírito humano.
O que falta ao ser humano agora é receber o próprio Deus, que é Espírito (Jo 4:24), dentro de seu espírito humano. Somente o homem tem essa capacidade. Pode-se pregar o evangelho para um cachorro, porém nada vai acontecer; mas, ao pregar para o homem, Deus tem a possibilidade de entrar em seu espírito. Basta invocar: “Ó Senhor Jesus!”, e algo muito maravilhoso, muito miraculoso, acontece dentro dele: ele é salvo, porque tem um espírito criado pelo sopro de Deus.
O ser humano foi criado para reinar, por isso Deus lhe entregou o mundo que há de vir (Hb 2:5). O versículo 6 diz: “Antes, alguém, em certo lugar, deu pleno testemunho, dizendo: Que é o homem, que dele te lembres? Ou o filho do homem, que o visites?”. Ao olhar para a imensidão do universo, vemos que a terra não é nada, e o homem sobre a terra, muito menos. Não somos nada no universo. Por isso o texto diz: “Que é o homem, que dele te lembres? Ou o filho do homem, que o visites?”.
O início do versículo 7 diz que Deus fez o homem por um pouco, por pouco tempo, menor do que os anjos, isto é, em capacidade, habilidade. Podemos ser menos capazes, menos poderosos do que os anjos, mas temos algo que eles não têm, que foi criado para recebermos o próprio Deus. Por isso o versículo 7 continua: “De glória e de honra o coroaste e o constituíste sobre as obras das tuas mãos”. Em Sua presciência Deus já anteviu que vamos, um dia, ser coroados de glória e de honra. A glória é entrar no reino de Deus e a honra é governar, reinar, juntamente com Cristo.


Ponto-chave: Todo homem tem algo divino dentro dele.

Pergunta: Qual a importância do espírito humano?

sábado, 28 de dezembro de 2013

SERVIR EM COORDENAÇÃO COM OUTROS IRMÃOS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 6 - DOMINGO - MENS 14


NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 O ministério que permanecerá até que o Senhor venha (Jo 21:18-23)

Leitura bíblica: At 21:4, 10-12; 22:17-18; 1 Co 12:21-27

Ler com oração:  Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres (Jo 21:18).

SERVIR EM COORDENAÇÃO COM OUTROS IRMÃOS

A quarta característica adicional do ministério do apóstolo João é que ele se coordenava com outros. Leiamos mais uma vez João 21:18: “Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres”. Esse registro feito por João é tremendo! Embora a comunhão tenha sido entre o Senhor e Pedro, João não perdeu tempo em tomá-la para si.
Ao dizer: “Quando eras mais moço”, Jesus estava se referindo à imaturidade de Pedro. Por isso ele se cingia a si mesmo. E “cingir-se”, nesse versículo, descreve um hábito que havia entre os judeus de colocar um cinto de pano quando saíam para trabalhar, caminhar ou viajar. Em outras palavras, cingir-se a si mesmo é o mesmo que não precisar consultar ninguém, não precisar ter comunhão, tomar todas as decisões. Quando, porém, fosse mais velho, Pedro estenderia as mãos. Isso é um sinal de que precisamos dos irmãos. Uma vez agindo assim, outros nos cingirão e nos levarão para onde não queremos.
Aprender a se coordenar com outros é atitude crucial para fazer a vontade do Senhor. A pregação do evangelho do reino através das ferramentas que o Senhor nos deu, do BooKafé, da colportagem, das casas abertas para o BooKafé caseiro, para o lugar de oração, com tantos livros, e das famílias maravilhosas que o Senhor deu para nós na vida da igreja, só terá êxito se nos coordenarmos uns com os outros.
O inimigo, porém, também sabe disso e sutilmente tenta evitar que haja coordenação entre nós. Por isso o Senhor levantou servos para ajudar-nos a manter nossas mãos estendidas para sermos conduzidos para onde Ele quer. Dessa forma, quando visitarmos algum lugar com intuito de falar, pratiquemos o ministério de João. Aproveite para encorajar os irmãos a praticarem a palavra que tem sido ministrada a nós.
A Bíblia é repleta de lições importantes para nós. A experiência, por exemplo, do apóstolo Paulo é repleta de bons princípios e também de advertências. Ao lermos o livro de Atos, podemos inferir que Paulo teve dificuldade para se coordenar com os outros. No início de seu ministério ele não tinha muita paciência para aperfeiçoar outros. Quando estava para fazer sua segunda viagem com Barnabé, ele não quis dar uma nova chance a João Marcos, seu jovem cooperador, pelo fato de tê-los abandonado na primeira viagem. Por causa disso, Paulo e Barnabé tiveram uma grande discussão, que os levou a se separarem (At 15:39-40).
Embora em sua segunda viagem tivera uma boníssima coordenação com Silas, isso não se repetiu na terceira viagem, quando Paulo estava sozinho (19:1). Na ocasião em que Paulo decidiu ir à Jerusalém, houve várias advertências para que não fosse (20:36-38; 21:4, 10-12; 22:17-18). Ele, contudo, não atentou para nenhuma delas. No fim de sua vida, ele mesmo disse que todos os da Ásia o abandonaram (2 Tm 1:15). Mais uma vez, ele ficou sozinho. A razão, entretanto, só o Senhor sabe.
No final da vida de João, no entanto, vemos que ele estava com vários servos (Ap 1:1). Ele era o servo do Senhor e tinha muito servos juntamente com ele. Graças ao Senhor! Essa é a característica do ministério do Espírito e vida, isto é, envolver todos os irmãos. Se estivermos praticando o ministério de João, devemos servir com muitos e muitos irmãos. Se depois de muitos anos de serviço ao Senhor acabamos sozinhos, isso mostra que não estamos praticando o ministério que permanecerá até que o Senhor venha.
O ministério do apóstolo João é, portanto, o ministério do Espírito, da vida, da Palavra, do amor, da luz e das verdades, que são realidades. E com todas as experiências, João seguia os outros, cooperava com outros, edificando sobre o que já tinham feito e estava disposto a se coordenar com todos os demais servos.
Assim como João em sua maturidade, devemos admitir que precisamos uns dos outros. Entre os servos, devemos dizer que precisamos um dos outros; entre marido e mulher, devemos dizer que precisamos um do outro.


Ponto-chave: Aprender a servir em coordenação.

Pergunta: Quais são as diferenças entre o final do ministério de Paulo e o de João?

AS CARACTERÍSTICAS ADICIONAIS DO MINISTÉRIO DE JOÃO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 6 - SÁBADO - MENS 14

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
O ministério que permanecerá até que o Senhor venha (Jo 21:18-23)

Leitura bíblica: Mc 10:37-44

Ler com oração:  Entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos (Mc 10:43-44).

AS CARACTERÍSTICAS ADICIONAIS DO MINISTÉRIO DE JOÃO

Além das seis características do ministério do apóstolo João, há algumas que são adicionais. A primeira delas é que ele jamais tomava a frente, mas sempre seguia os outros. Quando João era mais novo, ele tentou tomar a frente (Mc 10:37-40). Já maduro, no entanto, ele era alguém que servia sob a liderança de Pedro. Em Atos dos Apóstolos é comum vermos a expressão “Pedro e João” (3:1, 3; 4:13, 19; 8:14), indicando que João não tinha interesse em ser o primeiro.
Essa característica de João foi resultado de ele ter aprendido a lição com o Senhor, que diz: “Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos” (Mc 10:42-44). Nossa atitude não deve ser a de querer ser o primeiro, mas a de servir os outros.
A segunda característica adicional do ministério do apóstolo João é que ele aprendia rápido as lições por meio do erro dos outros. Enquanto Pedro demorava para aprender as lições, João, porém, muito rapidamente as compreendia. Além disso, João aprendia muito com os erros de Pedro.
Essa atitude de João era um sinal de humildade. Não pensemos que sabemos de tudo e temos respostas para todas as perguntas. Antes, precisamos nos humilhar e aprender com os outros. Aprenda com os que servem contigo, com a esposa, com os filhos e os demais irmãos próximos a nós.
A liderança, por exemplo, é resultado de alguém que aprendeu a seguir outros. Sem essa lição, não será possível ser um bom líder. João aprendeu a tirar lições das experiências dos outros. Por isso, depois de todos os apóstolos terem dormido no Senhor, Deus pôde usá-lo para liderar o ministério derradeiro, de Espírito e vida.
A terceira característica adicional do ministério do apóstolo João é que ele não tinha ambição. Em seu ministério, João não se preocupava em apresentar coisas inéditas. Ainda que pudesse fazer isso, uma vez que na ilha de Patmos, ele recebera quatro grandes visões – a história da igreja (Ap 1:10); a administração de Deus (4:2); o julgamento da grande Babilônia (17:3); e a consumação do plano de Deus (21:10).
Cremos que, quando chegou a Éfeso, João humildemente tomou a Epístola de Paulo aos Efésios e os ajudou a praticá-la. Certamente, essa atitude foi resultado de ele ter negado sua vida da alma durante aqueles vinte anos de exílio.
Em nosso serviço ao Senhor, hoje, devemos também aprender essa lição. Certo cooperador fora convidado para servir na América Central. A obra ali já havia começado sob a liderança de outros cooperadores. Este, entretanto, por ter aprendido essa lição de humildade, submeteu-se aos que serviam antes dele. Ele edificou sobre o que os outros já tinham feito. Ele sempre dava um passo atrás, apenas reforçando o que aqueles fizeram. Dessa forma, nessa obra não há disputas, brigas ou barreiras.
Que possamos também assimilar essas características do ministério do apóstolo João em sua maturidade!


Ponto-chave: Grande é o que serve.

Pergunta: Quais são as três características adicionais do ministério de João?

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O MINISTÉRIO DE JOÃO É DE LUZ E DE VERDADE

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 6 - SEXTA-FEIRA - MENS 14

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 O ministério que permanecerá até que o Senhor venha (Jo 21:18-23)

Leitura bíblica: Jo 3:21; 8:32

Ler com oração:  De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida (Jo 8:12). Respondeu- lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (14:6).

O MINISTÉRIO DE JOÃO É DE LUZ E DE VERDADE

A quinta característica do ministério do apóstolo João é que seu ministério é cheio de luz. Vamos ler quatro versículos que comprovam que esse ministério é de luz: “A vida estava nele e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:4). A luz é proveniente da vida que está na Palavra.
Em João 8:12 também diz: “De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida”. Por um lado essa luz expõe nossa condição, é a luz do mundo; por outro, infunde vida em nós a fim de crescermos e não pecarmos mais.
Então, em sua primeira epístola, ele reforça: “Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (1 João 1:5). Na pessoa de Deus não há trevas, somente luz. Assim, quanto mais de Sua natureza temos, mais luz expressamos. E, se queremos saber se alguém está na luz é só verificar se ele mantém comunhão com os outros: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (v. 7).
A sexta característica do ministério do apóstolo João é que seu ministério é de realidade. A palavra verdade também pode ser traduzida como realidade. Sendo assim, andar na verdade é o mesmo que andar em realidade. A verdade só tem serventia quando se torna nossa realidade. Para que isso aconteça, devemos praticar a verdade. À medida que a praticamos, saímos do campo doutrinário, isto é, da esfera do conhecimento, e ela se torna nossa vida.
Isso é como a comida saudável: quando está nas prateleiras, ela não tem nada a ver conosco. Quando, porém, a comemos, ela passa a ser parte de nosso organismo, nossas células, nossa realidade. Sua expressão em nós se dá em fazer nosso rosto ficar rosado, nossa pele hidratada, a pressão e todos os sinais vitais normais.
A verdade na Bíblia deve se tornar realidade para nós. Em João 1:14 e 17 vemos: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. [...] Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo”. Enquanto a lei fora dada, a graça e a verdade vieram. Só algo vivo pode vir. Nesse caso, vemos que todas as características do ministério do apóstolo João estão relacionadas à pessoa viva do Senhor Jesus! Seu ministério é de Espírito, vida, amor, luz e verdade. Deus é Espírito, vida, amor, luz e verdade. Ele é a realidade de tudo!
As epístolas do apóstolo João são uma descrição da saúde da igreja em Éfeso após sua ajuda. Ela passou a praticar a verdade. Leiamos 2 João 4: “Fiquei sobremodo alegre em ter encontrado dentre os teus filhos os que andam na verdade, de acordo com o mandamento que recebemos da parte do Pai”. Por meio desse enfoque, podemos ser salvos da esfera doutrinária, da esfera de mero conhecimento, para tocar a esfera da realidade, da prática, de andar na verdade.
Por fim 3 João 3-4 diz: “Pois fiquei sobremodo alegre pela vinda de irmãos e pelo seu testemunho da tua verdade, como tu andas na verdade. Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade”. Esse texto mostra para nós não apenas a maior alegria do apóstolo João, mas a maior alegria de Deus: de ver que todos nós andamos na verdade, ou seja, praticamos a verdade. Louvado seja o Senhor!


Ponto-chave: A evidência de que estamos andando na luz é manter comunhão uns com os outros.

Pergunta: Por que andar na verdade produz tanta alegria para o apóstolo João?