quinta-feira, 29 de outubro de 2020

FIÉIS, SINCEROS E HUMILDES NO SERVIÇO A DEUS

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 – QUINTA-FEIRA (páginas 30 e 31)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: DEUS NOS CHAMA PARA SEU REINO E GLÓRIA – (1 TS 2:12)
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
2 Co 2:17; 4:2; 1 Tm 6:3-5, 10a; Tt 1:11
Ler com oração:
A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra (Pv 29:23).

FIÉIS, SINCEROS E HUMILDES NO SERVIÇO A DEUS
Temos visto que, ao se dirigir aos tessalonicenses, Paulo não o fez com motivação impura ou buscando algum interesse próprio. Esse assunto nos ajuda a refletir sobre o propósito, a maneira e a intenção de nosso serviço a Deus: “A verdade é que nunca usamos de linguagem de bajulação, como sabeis, nem de intuitos gananciosos. Deus disto é testemunha” (1 Ts 2:5). Essas palavras são muito atuais e se contrapõem à triste realidade presente no cristianismo de forma geral, em que é possível perceber muita linguagem de bajulação, badalação e adulação com o objetivo de agradar a homens. Essa questão é seríssima, e o próprio Paulo tratou disso com bastante firmeza, conforme lemos: “Esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos” (Rm 16:18), ou seja, enganam o coração dos simples e inocentes.
Na Epístola de Judas, também encontramos outra passagem bastante firme no tocante a isso: “Os tais são murmuradores, são descontentes, andando segundo as suas paixões. A sua boca vive propalando grandes arrogâncias; são aduladores dos outros, por motivos interesseiros” (v. 16). Querido leitor, que o Senhor limpe nosso coração dessas coisas. Esse tipo de situação acontecia na época de Paulo, mas também acontece em nosso tempo. Que nosso serviço a Deus não seja por ganância, buscando algum proveito, especialmente na área financeira, cobiçando o dinheiro das pessoas.
Paulo expõe que alguns mercadejavam a Palavra, isto é, vendiam-na por preço; ele, todavia, servia com sinceridade da parte de Deus (2 Co 2:17). Tudo isso é muito significativo e precisa incomodar-nos. Ao lidar com a Palavra de Deus, devemos ter sempre muito temor e tremor; jamais diluí-la, mas apresentá-la como de fato é. Além disso, ao pregar a Palavra, devemos crer que, se as pessoas estiverem no espírito, receberão revelação para entender o que consta nas Escrituras, sem a necessidade de darmos algum tipo de desconto ao que Deus disse. A Palavra de Deus deve ser apresentada de forma pura, sem mistura (4:2).
Em suas cartas pastorais a Timóteo e Tito, de forma veemente, Paulo falou contra aqueles que utilizavam seu ar de piedade, de espiritualidade, para obter lucro, mesmo que para isso fosse preciso perverter a verdade a fim de atingir um propósito ganancioso (1 Tm 6:3-5; Tt 1:11). Infelizmente ainda existem, em nosso tempo, pessoas que agem dessa maneira.
O apóstolo Pedro também deixou sua contribuição ao escrever: “Movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme” (2 Pe 2:3). Quão séria é essa questão! O Senhor hoje nos testa e espera que todos sejamos aprovados. É lamentável como alguns servos de Deus são reprovados na questão das finanças, uma área em que muitos caem, comprovando a tese bíblica de que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1 Tm 6:10a).
A grande tentação para os servos de Deus é a glória humana. A esse respeito, veja o que Paulo escreveu: “Também jamais andamos buscando glória de homens, nem de vós, nem de outros” (1 Ts 2:6). Muitos, ao servir a Deus, começam com humildade, mas, com o passar do tempo, por serem reconhecidos, passam a buscar a glória humana. Isso é muito perigoso, pois pode levá-los à ruína como servos de Deus. Vamos conservar a simplicidade e não permitir que o sucesso seja a razão de nossa queda. Hoje, o Senhor tem levantado muitos irmãos e irmãs jovens que desempenham funções importantes na igreja. Irmãos, nós que ministramos a Palavra de Deus temos muito temor. Falo isso de coração, porque jamais queremos, em tempo algum, roubar a glória de Deus. Queremos continuar sendo os irmãos simples que o Senhor levantou para servir as igrejas.
O maior perigo é o sucesso. Quando fracassamos, o perigo é a possibilidade que temos de desistir e não perseverar. Mas, quando estamos no caminho do sucesso, a glória dos homens será sempre o maior perigo. Que sejamos simples e humildes, reconhecendo sempre que toda glória é do Senhor!