sexta-feira, 8 de novembro de 2013

CUIDAR DA RETAGUARDA – NOSSAS FAMÍLIAS

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 7 / SEXTA-FEIRA


SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES

 Andar na graça e na verdade (Ef 4:1, 7, 17, 21)
Leitura bíblica: Ne 4:6-7, 13, 17; Mt 24:43-44; Ef 4:21-24

Ler com oração: E sabeis, ainda, de que maneira, como pai a seus filhos, a cada um de vós, exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória (1 Ts 2:11-12).

CUIDAR DA RETAGUARDA – NOSSAS FAMÍLIAS

Além do aspecto coletivo de nosso andar, também há o aspecto individual, pessoal. Não somente devemos praticar a Palavra no aspecto coletivo, mas também no individual. Em Efésios 4:21-22 lemos: “Se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus, no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano”. Esses versículos mostram que devemos nos despojar do velho homem. Isso diz respeito à nossa velha maneira de viver em nossa casa e nos demais aspectos do nosso dia a dia.
No versículo 23 lemos: “Vos renoveis no espírito do vosso entendimento”. Hoje, estamos passando por uma transição em nossa vida da igreja com o fim de introduzirmos a próxima fase que é o reino. Para isso, nossa mente precisa ser renovada com o Espírito. Em seguida, Paulo prossegue: “E vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (v. 24). Esse é o andar na verdade aplicado ao aspecto individual.
No Novo Testamento, é possível encontrar, no grego, duas palavras distintas para andar. A primeira é peripateo e a segunda é stoicheo. A primeira indicando o andar individual e a segunda um andar coletivo, como de um exército quando marcha. A vida da igreja e a obra, comparados a esse exército, requer que estejamos coordenados e andando numa só direção. Na obra, por exemplo, temos várias frentes, tais como: a pregação do evangelho, por meio do BooKafé e da colportagem, nos continentes americano, africano, europeu e asiático.
Para que essas frentes estejam saudáveis, é necessário cuidar da retaguarda. Isto diz respeito à vida da igreja onde moramos. Um soldado bem alimentado e treinado, com uma retaguarda para mantê-lo, consegue ir à guerra e permanecer na frente de batalha. Do contrário, o que se pode esperar? Na segunda guerra mundial, por exemplo, a Alemanha tinha uma frente de batalha fortíssima. Mas, depois de alguns anos, por descuidar da retaguarda, não conseguiram sustentar a guerra e a perderam.
Dentre os quatro aspectos de nossa retaguarda, um em especial, merece nossa atenção – a família. Em nosso meio há fortes testemunhos de famílias inteiras consagradas à pregação do evangelho do reino, dispondo suas casas como lugar de oração, a fim de que as pessoas sejam alcançadas. Sem contar que hoje, já temos mais de quinhentas unidades do BooKafé espalhadas pelo mundo. Diante desse panorama tão positivo, não podemos achar que o inimigo de Deus irá ficar de braços cruzados.
Portanto, não podemos relaxar nossa guarda. Em Mateus 24:43-44 o Senhor disse: “Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá”. Embora o contexto desses versículos se refira à segunda vinda de Cristo, quando os aplicamos ao cuidado que um pai deve ter com sua família, podemos dizer que se um pai não cuida, o ladrão vem e arromba a sua casa, destruindo seu casamento, filhos e serviço a Deus.
Hoje, por causa dessa falta de cuidado, o inimigo tem investido o máximo para danificar as famílias. Infelizmente, não são poucos os divórcios e jovens envolvidos com fornicação. Afora isso, há constantes quedas nas ofertas para suprir as necessidades nas diversas frentes da batalha espiritual. Por isso, precisamos redobrar nossos cuidados.
Quando Neemias empreendeu a reconstrução dos muros de Jerusalém, algumas brechas precisavam ser reparadas (4:6-7). Para tal, ele usava as famílias, que fechavam essas brechas (v. 13). O grande benefício dessa obra era não deixar o inimigo entrar por alguma brecha existente na cidade. Assim as famílias, com uma das mãos, faziam a obra de reparação e, com a outra, seguravam uma arma (v. 17). Essas famílias servem de modelo para nós: de um lado, precisamos reunir a família para orar, ler a Bíblia e os livros espirituais; de outro devemos envolvê-la com a pregação do evangelho e cuidado de outros. Se tivermos uma vida familiar forte e equilibrada, não só asseguraremos nossa própria saúde espiritual, como seremos uma referência para ajudar outras famílias.
Essas palavras são para nos estimular a vigiar, cuidando da retaguarda, e a avançar de maneira saudável e forte na batalha a favor do reino.


Ponto-chave: Não deixar que a casa seja arrombada pelo inimigo.

Pergunta: Que significa a expressão: com uma das mãos, faziam a obra de reparação e, com a outra, seguravam uma arma?