sábado, 10 de outubro de 2020

LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA A LUTA ENTRE A CARNE E O ESPÍRITO

 LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA

DIA: 10/10/2020


TERCEIRA SEMANA – SÁBADO (Páginas 76 à 78)


Ler com oração:

Rm 8:6   A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz;


A LUTA ENTRE  A CARNE  E O ESPÍRITO 


    Os cristãos vivem em constante luta. Sua mente é um campo de batalha. O apóstolo Paulo chamou os irmãos da igreja em Corinto de carnais, pois a mente deles, a parte líder da alma, estava, a todo o momento, voltada para as coisas humanas, terrenas e caídas, conforme lemos: “Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais” (1 Co 3:1-2). Apesar de serem convertidos e terem o Espírito no seu interior, mesclado ao seu espírito, os irmãos de Corinto tinham dificuldade de exercitar o Espírito. A falta de exercício do Espírito faz com que nossa mente corra, rapidamente, para praticar as coisas da carne. Em nós mesmos, a mente jamais terá forças para buscar ou para querer fazer a vontade de Deus. Por isso precisamos exercitar o espírito por meio da leitura bíblica, da oração, do louvor, das reuniões e dos serviços da igreja. 


    O ambiente da igreja é espiritual; assim, devemos buscar, ao máximo, colocar nossa mente nas coisas do alto. Como vivemos a vida da igreja? No Espírito ou na carne? Depende de onde está nossa mente. Lembre-se: nossa mente não tem vida própria. Ela é comparada a um pêndulo que penderá para um lado ou para o outro. Ou vivemos no Espírito ou estamos na carne (Rm 8:6). Se buscarmos o Senhor, praticando os itens apresentados acima, o Espírito que em nós habita, controlará nossa mente; e, assim, seremos uma bênção para Deus e para a igreja. O resultado de exercitar o Espírito é vida e paz.

 

    Em Gálatas 5:17, lemos: “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer”. Querido leitor, a maior guerra não ocorre fora de nós, mas em nosso interior. Quem decide o vencedor dessa guerra é sua própria mente. A carne, se colocada no Espírito, será subjugada, e você desfrutará, da parte de Cristo, vida abundante e paz plena. Invocar o nome do Senhor é algo poderoso para nos manter no Espírito. Quanto mais invocarmos Seu nome, mais estaremos nessa esfera espiritual. Faça sua escolha! Não troque esse ambiente espiritual por nada. Decida viver no Espírito!


 CIÚMES  E CONTENDAS OU AS COMPAIXÕES DE CRISTO?



    Em 1 Coríntios 3:3, lemos: “Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?”. Aqui, Paulo revela o motivo de os coríntios serem carnais. O viver dos irmãos era pautado nas preferências que geravam ciúmes e contendas na igreja. Entre nós, há ciúmes ou não? Por vezes, nossas dificuldades não são tão expostas como as da igreja em Corinto; porém, no interior, podemos alimentar ciúmes em relação a determinado irmão que fala bem ou se destaca nos serviços. Todos nós temos o “veneno” do ciúme em nossa natureza caída. Precisamos viver no Espírito, que, por meio do poder da cruz de Cristo, tratará de maneira completa esse sentimento negativo. Porém, caso não seja tratado e continuemos vivendo a vida da igreja sem dar atenção a esse assunto, nossa carne se alimentará desse “veneno” que gera destruições no ambiente da igreja. O resultado disso será uma igreja dividida pelas contendas e preferências. Que Deus tenha misericórdia de nós e nos livre dessa situação. 


    Por outro lado, existe algo contrário aos ciúmes e à contenda, capaz de trazer uma esfera de paz, alegria e encorajamento no viver da igreja. Em Filipenses, lemos: “Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias” (2:1). São os entranhados afetos e misericórdias de Cristo. A expressão “entranhados afetos” refere-se à humanidade de Cristo em Sua profundidade, ou seja, no mais íntimo do Seu ser; uma compaixão que sai das Suas entranhas.


     Devemos expressar a todos os homens as ternas misericórdias que Cristo demonstrou por nós, ao perdoar nossos pecados. Por exemplo, somente poderemos nos compadecer de alguém com dor de dente, se tivermos passado por essa mesma situação dolorosa e desconfortável. Alguém que não tenha sentido essa dor não entenderá a queixa da pessoa que está nessa situação. Porém, se soubermos o quanto dói, iremos compadecer-nos imediatamente. Lembraremos o quanto é desconfortável e diremos que somente um dentista poderá salvar essa pessoa. Assim é a humanidade de Cristo. Ele passou por tudo que estamos vivenciando hoje e sabe como ter empatia, encorajar-nos, aliviar nossas dores e, por fim, salvar-nos. Da mesma maneira que Cristo cuida de nós, devemos cuidar uns dos outros. Assim, o viver da igreja será muito abençoado.