domingo, 16 de março de 2014

O FINAL DA SEGUNDA VIAGEM DE PAULO E SILAS ATÉ PAULO VISITA MACEDÔNIA E ACAIA

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - DOMINGO

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES

MENSAGEM capítulo 3: A IDA DE PAULO A JERUSALÉM E SUA CONSEQUÊNCIA

Leitura bíblica:  At 19:21; 16:1-4

Ler com oração:  Quando eu estava de viagem, rumo da Macedônia, te roguei permanecesses ainda em Éfeso para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina, nem se ocupem com fábulas e genealogias sem fim, que, antes, promovem discussões do que o serviço de Deus, na fé. (1 Tm 1:3-4)


O FINAL DA SEGUNDA VIAGEM DE PAULO E SILAS ATÉ PAULO VISITA MACEDÔNIA E ACAIA

O final da segunda viagem de Paulo e Silas

Depois das experiências maravilhosas em Filipos, Paulo e Silas foram a Tessalônica, Bereia e Atenas pregando a palavra de Deus (At 17). Em seguida Paulo partiu para Corinto e lá encontrou certo judeu chamado Áquila, natural do Ponto, recentemente chegado da Itália, com Priscila, sua mulher, em vista de ter Cláudio decretado que todos os judeus se retirassem de Roma. Paulo aproximou-se do casal, e, posto que eram do mesmo ofício, passou a morar com eles, e trabalhavam juntos, pois a profissão deles era fazer tendas (18:1-3).
Quando Silas e Timóteo desceram da Macedônia, Paulo se entregou totalmente à Palavra, testemunhando aos judeus que o Cristo é Jesus (v. 5). Havendo oposição por parte dos judeus, Paulo deixou a sinagoga e foi para os gentios (v. 6), e ali permaneceu um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus (v. 11). De Corinto, passou por Cencreia onde fez o voto de nazireu, raspando a cabeça. O motivo de Paulo ter assumido o voto é desconhecido. Paulo levou consigo Priscila e Áquila até Éfeso e ali os deixou. Em Éfeso, pregava aos judeus na sinagoga; logo em seguida, embarcando, viajou para Cesareia e de lá subiu a Jerusalém, antes de voltar para Antioquia (vs. 7-22).
Não se sabe ao certo a razão de Paulo ter ido até Jerusalém antes de voltar para a Antioquia. Ele poderia ter navegado diretamente para Antioquia. Algum motivo ele tinha para se encontrar com os de Jerusalém, e certamente isso teve grande influência na sua terceira viagem.

A terceira viagem de Paulo

Havendo passado algum tempo em Antioquia, Paulo saiu, atravessando sucessivamente a região da Galácia e Frígia, confirmando todos os discípulos. Nesse meio tempo, chegou a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, chamado Apolo, homem eloquente e poderoso nas Escrituras. Era ele instruído no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus, conhecendo apenas o batismo de João (At 18:23-25).
Priscila e Áquila expuseram a Apolo com mais exatidão, o caminho do Senhor. Aconteceu que, estando Apolo em Corinto, Paulo, tendo passado pelas regiões mais altas, chegou a Éfeso, achando ali alguns discípulos que só conheciam o batismo de João. E eles, tendo ouvido a Paulo, foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falavam em línguas como profetizavam (At 18:26–19:6).
Na sua terceira viagem, Paulo voltou a usar a sinagoga para arrazoar e persuadir os judeus com respeito ao reino de Deus. Depois de frequentar a sinagoga por três meses, por causa da dureza de coração dos judeus, ele passou a discorrer diariamente na escola de Tirano, que era um espaço para eventos culturais e filosóficos. Durou isto dois anos, dando ensejo a que todos os habitantes da Ásia ouvissem a palavra do Senhor, tanto judeus como gregos (vs. 8-10).

Algumas peculiaridades da terceira viagem

Chama-nos atenção de que não há menção de Silas ou de outro cooperador como companheiro de Paulo nessa viagem, somente dos que lhe ministravam: Timóteo e Erasto (At 19:22). Também não vemos na terceira viagem o que caracterizou a segunda: a dependência absoluta do Espírito a ponto de buscarem um lugar de oração para começar a obra em Filipos, quando o costume era usar a sinagoga para se iniciar a obra numa cidade. Pela primeira vez também Paulo impõe as mãos sobre os discípulos para que recebessem o derramamento do Espírito Santo, falando em línguas e profetizando.
Outra peculiaridade refere-se aos milagres extraordinários feitos pelas mãos de Paulo, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais de seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas e os espíritos malignos se retiravam (vs. 11-12). Paulo também nunca ficou tanto tempo em uma cidade como em Éfeso; três meses ele passou discutindo na sinagoga, e dois anos gastou discursando na escola de Tirano; totalizando três anos em Éfeso conforme o registro de Atos 20:31.
A base da formação da igreja em Éfeso foi, por um lado, o batismo do Espírito Santo com o falar em línguas, profecias e milagres extraordinários; por outro lado, foram mais de dois anos de palavras de revelação e conhecimento. Apesar disso, a situação da igreja não era boa, de acordo com a carta que Paulo escreveu ao seu jovem cooperador Timóteo, que foi deixado em Éfeso.

Problemas na igreja em Éfeso

Timóteo foi deixado em Éfeso anos depois da terceira viagem de Paulo, porque a situação da igreja naquela cidade não estava nada bem. Havia pessoas que se ocupavam com fábulas e genealogias sem fim, que antes promoviam discussões do que a economia de Deus na fé (1 Tm 1:3-4). Essas pessoas perderam-se em loquacidade frívola, isto é, tinham o hábito de falar muitas palavras sem importância, fúteis ou levianas, e “pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações” (vs. 6-7). Essa situação indica, sem dúvida alguma, problemas na formação da igreja.

Paulo resolveu ir a Jerusalém

Por ocasião da terceira viagem, ao final de sua permanência em Éfeso, Paulo manifesta sua decisão de ir a Jerusalém, passando pela Macedônia e Acaia (At 19:21). Isso nos permite inferir que na viagem anterior, ele havia se comprometido de alguma forma com a liderança da igreja em Jerusalém, de levar-lhes a coleta das ofertas para a necessidade dos santos.
Na Primeira Epístola aos Coríntios, escrita no final de sua permanência em Éfeso, Paulo diz: “Quanto à coleta para os santos [de Jerusalém], fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for. E, quando tiver chegado, enviarei, com cartas, para levarem as vossas dádivas a Jerusalém, aqueles que aprovardes. Se convier que eu também vá, eles irão comigo” (16:1-4). Paulo ainda não tinha certeza de que ele iria pessoalmente a Jerusalém levar as ofertas. Tudo indica que essa decisão foi tomada em Corinto.

Paulo visita Macedônia e Acaia

Depois do tumulto levantado por um ourives, chamado Demétrio, Paulo partiu para a Macedônia e depois chegou à Grécia, onde ficavam as cidades de Atenas, Corinto e Cencreia; muito provavelmente ele tenha ficado em Corinto, onde se demorou três meses. Houve uma conspiração por parte dos judeus contra ele quando estava para embarcar rumo à Síria, então determinou voltar pela Macedônia (At 20:1-3). De Filipos, Paulo e alguns que o acompanhavam navegaram até Trôade, onde ficaram por uma semana; dali foram para Assôs, Metilene e chegaram a Mileto, de onde Paulo mandou chamar os presbíteros da igreja em Éfeso (vs. 13-17). Paulo decidiu não aportar em Éfeso, pois queria passar o dia de Pentecostes em Jerusalém.