quarta-feira, 21 de abril de 2021

A IMPORTÂNCIA DA BOA CONSCIÊNCIA

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 3 – QUINTA-FEIRA* *SÉRIE:* A IGREJA – Coluna e Base da Verdade COLUNA E BASE DA VERDADE – EZRA MA *Leitura bíblica:* Mt 14:24-31; At 23:1; 24:16; 2 Tm 1:3; Tt 1:15; 1 Jo 1:9 *Ler com oração:* Muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo! (Hb 9:14). ............................................. *A IMPORTÂNCIA DA BOA CONSCIÊNCIA* A definição oficial de fé que a Bíblia nos dá é: “A fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem” (Hb 11:1). Na experiência, fé é receber tudo o que Deus planejou, fez e deu a nós. Deus manda o “caminhão” cheio da fé (objetiva), e nossa fé (subjetiva) só precisa abrir as portas, receber o caminhão da palavra, descarregar e desfrutar. Uma definição subjetiva de fé é: fé é agirmos ou reagirmos com base na palavra de Deus, a qual é a verdade. Deus fala, nós cremos no que Ele falou e damos um passo de fé. Um exemplo é a passagem em que Pedro anda por sobre as águas (Mt 14:24-31). Pedro quis ter uma experiência forte e disse ao Senhor: “Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas” (v. 28). Pedro não foi tolo de sair andando sobre as águas, mas esperou o Senhor falar. Quando o Senhor disse: “Vem!”, Pedro foi e andou sobre as águas. Pedro creu na palavra do Senhor e agiu baseado nela. Querido leitor, Deus está esperando você agir. Deus quer fazer um milagre em sua vida. Você está no meio de um mar tempestuoso? As ondas e o vento querem engolir você? Jesus está andando sobre o mar. Você ora para o Senhor vir salvá-lo; Ele, então, fala com você, mas você não crê e não reage. Jesus diz: “Você quer ser salvo? Venha!”. Mas você fica dentro do barco. Lembre-se de que fé é ouvir, crer e agir. Não é dizer: “Eu tenho fé que vai dar tudo certo!”. Se Deus não falar e você agir, terá problemas. Fé é agir quando Deus fala! E, quando Deus fala com você, seja na palavra ministrada numa reunião ou numa transmissão, seja lendo a Bíblia, você deve responder: “Senhor, eu reconheço Tua voz! No meio do ruído deste mundo, eu ouço Tua voz! Eu creio!”. Aí, então, você vai e dá um passo. Essa é a fé de que precisamos nos dias atuais, no tempo de degradação. Assim é a fé que é a coluna. A fé dentro de nós também faz parte da coluna e base da verdade. O último dos sete itens é a consciência e veremos como todos os itens estão conectados. A fé (objetiva) é o conteúdo da economia de Deus, que, por sua vez, é a administração da casa de Deus. Deus quer transportar isso tudo para dentro de nós. Ele, então, envia Sua palavra, a qual é a verdade. A verdade é o conteúdo, e a realidade dessa fé é a palavra que Deus quer transportar para dentro de nós. Isso é feito por meio do ministério. Assim, essa verdade precisa ser ministrada para nós. Essa ministração vem mediante os sãos ensinamentos, as sãs palavras, a linguagem sadia que temos na vida da igreja. A vida eterna, por sua vez, é o meio que Deus usa, é o poder para levar a cabo essa verdade, essa realidade divina da fé. A vida eterna que está dentro de nós é que nos dá poder. Quando essa palavra entrou em nós, recebemos a vida eterna, a qual nos dá o poder para viver essa realidade, essa verdade. O viver que expressa essa realidade é a piedade. É a expressão de Deus com tudo o que Ele é e com todas as Suas riquezas. A fé subjetiva é nossa reação à verdade da fé, nossa reação à palavra. E quanto à consciência? A consciência é o teste que mede nossa situação, nosso estado. É uma verificação para nos preservar na fé a fim de não naufragarmos. É como o nível de óleo do carro. Se acender a luz vermelha no painel do carro, sabemos que o óleo está baixo. Sempre precisamos verificar o nível do óleo; caso contrário, o motor pode fundir. Deus nos deu um método de verificação: nossa consciência. Por isso, especialmente nos dias de degradação dos tempos atuais, é preciso manter a consciência sensível, a qual também faz parte da coluna e base da verdade. O inimigo quer destruir a consciência do ser humano. Muitas pessoas já estão sem consciência. Um exemplo disso são os governantes em geral. Tudo pode, tudo é aceitável; nada de tabus, padrão, moralidade. No tempo do fim, o inimigo quer destruir essa coluna, mas, na igreja, podemos cuidar de nossa consciência para manter essa coluna em pé. Se não conservarmos uma consciência boa e limpa, nossa fé ficará prejudicada, ou seja, a coluna cairá (1 Tm 1:5, 19; 3:9). Se não cuidarmos de nossa consciência, ela corre o risco de ficar cauterizada, como lemos: “Pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência” (1 Tm 4:2). A palavra grega para “cauterizar” é “marcar com ferro quente”. É o ferro quente que os criadores de gado usam para marcar o couro de seus animais. Depois da queimadura, quando aquele couro sara, fica uma casca grossa, insensível, cauterizada. Se rejeitarmos os avisos de nossa consciência, é como se o ferro quente a queimasse até torná-la insensível. Paulo disse a Tito que a consciência e a mente dos impuros já estão corrompidas (Tt 1:15). Por isso nós que cuidamos da casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, precisamos servir com uma consciência pura, tanto diante de Deus, quanto dos homens (2 Tm 1:3; At 23:1; 24:16). O que devemos fazer? Pelo sangue precioso de Cristo podemos purificar nossa consciência, conforme lemos: “Muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!” (Hb 9:14). Podemos confessar nossos pecados, nossos erros e ser purificados de toda injustiça, mantendo nossa consciência pura (1 Jo 1:9). Louvado seja o Senhor! *Pergunta:* O que significa, na prática, ter a consciência cauterizada? *Meu ponto-chave:*

PIEDADE E FÉ SUBJETIVA

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 3 – QUARTA-FEIRA* *SÉRIE:* A IGREJA – Coluna e Base da Verdade COLUNA E BASE DA VERDADE – EZRA MA *Leitura bíblica:* 1 Tm 1:9, 19; 2:10; 3:16; 2 Tm 1:5 *Ler com oração:* Exercita-te, pessoalmente, na piedade. Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser (1 Tm 4:7b-8). ............................................. *PIEDADE E FÉ SUBJETIVA* A palavra “piedade”, que aparece muito nas cartas a Timóteo, em grego é a substantificação da palavra “Deus”. Em inglês há a palavra God que é “Deus”, godly, que é “parecido com Deus”, e godliness ( piedade)que, em português, seria “Deusdade”. Mas essa palavra não existe. O inglês, nesse sentido, é muito mais flexível que o português. A palavra “piedade”, no português, tem outros significados. Vamos explicar esses significados e, principalmente, o que significa a palavra “piedade” no contexto bíblico. No âmbito social, as pessoas entendem a piedade como devoção. Assim, uma pessoa piedosa seria alguém devoto, muito religioso, que tem um ar espiritual. Outro sentido de “piedade” é compaixão, comiseração, dó, misericórdia. Um exemplo disso é o pedido daquele cego a Jesus: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão [piedade] de mim!” (Mc 10:47b). Também significa uma pessoa que é afável, que tem consideração pelas outras pessoas, que cuida bem dos animais e dos seres humanos, e assim por diante. Por exemplo: “O governador teve piedade da população carente. Ele baixou alguns decretos para ajudar a população”. Ele teve, assim, consideração. Agora, no sentido bíblico, em grego, “piedade” está ligada a Deus. Nas epístolas a Timóteo e Tito, “piedade” significa um viver que expressa Deus, ou seja, as pessoas olham para você e veem Deus expresso. Isso é piedade. É ter Deus em sua vida, em seu viver. Quando você fala e age, as pessoas conseguem ver Deus. É a vida de Deus vivida e expressa na igreja. Leiamos: “Para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito” (1 Tm 2:2b). Paulo pediu a Timóteo que ensinasse as pessoas a orar pelas autoridades, para que tenhamos uma vida tranquila e mansa, a fim de expressar Deus. No versículo 10, ele fala de mulheres piedosas, ou seja, irmãs que expressam Deus em seu viver. A definição de piedade, portanto, é Deus manifestado na carne (1 Tm 3:16). As pessoas não conhecem Deus nem conseguem vê-Lo, mas, quando olham para você, veem Deus manifestado na carne. Esse é o grande mistério da piedade! Paulo faz uma analogia de piedade com o exercício físico, cuja palavra em grego tem o radical de “ginástica” (1 Tm 4:7b-8). Precisamos exercitar nosso espírito, ou seja, precisamos praticar uma ginástica espiritual para expressar Deus. Expressar Deus não é uma atitude que devemos ter só para com as pessoas de fora, mas, em primeiro lugar, para com os de nossa casa: “Mas, se alguma viúva tem filhos ou netos, que estes aprendam primeiro a exercer piedade para com a própria casa e a recompensar a seus progenitores; pois isto é aceitável diante de Deus” (1 Tm 5:4). Muitas vezes falhamos nisso! Procuramos expressar Deus na frente dos irmãos, nas reuniões, entre os amigos, mas nos esquecemos de expressar Deus em nossa casa. Os ensinamentos, ou seja, a doutrina, não são meramente para aumentar nosso conhecimento, mas para nos levar a ter uma vida que expresse Deus: “Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade” (1 Tm 6:3). No meio cristão, infelizmente existem líderes que têm certo ar espiritual e usam isso para atrair multidões, mas o objetivo deles é o lucro, e isso é o uso errado da piedade: “Altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro. De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento” (1 Tm 6:5-6). Digo isso com muito temor e tremor, porque isso é algo vergonhoso e que nós, servos de Deus, devemos rejeitar. Obedeçamos à advertência de Paulo: “Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão” (v. 11). É interessante notar o quanto a palavra “piedade” aparece nessas três epístolas que abordamos. Vivemos em tempos de degradação nesta época do fim. O que o inimigo mais teme é que tenhamos uma vida que expresse Deus; ele não teme nosso conhecimento bíblico. Podemos recitar as palavras de Gênesis a Apocalipse, falar muitas doutrinas e saber pregar, mas o que o inimigo realmente teme é nosso viver que expressa Deus. Paulo continua aconselhando Timóteo: “Tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes” (2 Tm 3:5). Nesse versículo, vemos que há homens que têm aparência de espirituais, têm forma de piedade, mas não têm conteúdo. Se queremos expressar Deus, seremos perseguidos e sofreremos bullying na escola, na faculdade e até no ambiente de trabalho: “Todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Tm 3:12). Hoje há cristãos que querem se candidatar a cargos políticos, afirmando que o intuito é representar os cristãos e ajudar o país. Entretanto não há como viver piedosamente nesse meio sem ser perseguido. Nos tempos do fim, aqueles que querem expressar Deus em seu viver devem preparar-se para ser perseguidos, e a perseguição final será a do anticristo. Inclusive, devemos orar pelos cristãos que vivem nos países totalitários. Na China, por exemplo, em anos recentes houve certa liberdade, mas agora há uma perseguição muito forte contra os cristãos genuínos. Têm sido tirados deles todos os privilégios sociais, econômicos, tudo. É muito difícil ser hoje um cristão na China. Em nossas orações, devemos lembrar-nos de nossos milhões de irmãos que vivem lá. Atentemos ao versículo a seguir: “Para promover a fé que é dos eleitos de Deus e o pleno conhecimento da verdade segundo a piedade” (Tt 1:1b). A verdade não é só doutrina, é a realidade, como já falamos. A verdade é a palavra que, quando chega a nós e nós a acolhemos, produz efeito em nossa fé e nos faz experimentar a realidade de Deus. Quando estamos com fome e ingerimos uma refeição, ficamos com o sentimento de saciedade. O alimento torna-se real dentro de nós. Essa verdade, que é a realidade, é segundo a piedade, ou seja, é para expressarmos Deus. Quanto mais realidade da verdade temos, mais expressamos Deus. Quando temos muita letra, sem a realidade da verdade, ficamos orgulhosos. Todavia a verdade, que é a realidade daquilo que Deus nos fala, produz em nós a expressão de Deus. Neste versículo, mais uma vez, lemos sobre um viver real que expressa Deus: “Educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente” (Tt 2:12). O que vemos no mundo hoje é a impiedade. Não há expressão de Deus. Há muitas coisas no mundo que nós, cristãos genuínos que amamos a Deus, nem sabemos que existe. Existe um mundo totalmente tenebroso que funciona durante a noite. É o mundo que expressa Satanás, o pai da mentira, o Diabo. E o mundo inteiro está indo nessa direção. Isso é a impiedade, é a iniquidade. Hoje há muitos que praticam a impiedade, negando a expressão de Deus (1 Tm 1:9). Lemos uma advertência quanto aos “falatórios inúteis e profanos, pois os que deles usam passarão a impiedade ainda maior” (2 Tm 2:16). Vamos apresentar agora o penúltimo item: a fé. Essa é a fé subjetiva, ou seja, é nossa capacidade de crer. A fé objetiva é tudo o que Deus é (Sua Pessoa) e tudo o que Deus faz (Sua obra). A fé subjetiva está em nosso espírito e, conforme recebemos os “caminhões” da palavra, vai aumentando e saturando nosso ser tripartido. Essa fé é nossa ação de crer em Deus e em Sua palavra. Ouvimos a palavra e reagimos a ela, crendo em tudo o que Deus faz e fala. É algo subjetivo, que está dentro de nós. Vamos ler alguns versículos que mencionam essa fé. Ao crer no Senhor por intermédio da pregação de Paulo, Timóteo foi gerado por ele na fé: “A Timóteo, verdadeiro filho na fé” (1 Tm 1:2a). Paulo disse a Timóteo: “O intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia” (v. 5). Deus não quer que tenhamos uma fé fingida, hipócrita (2 Tm 1:5). Podemos enganar os homens, mas não enganamos a Deus. Essa fé sem fingimento, sem hipocrisia, é nossa fé interior, ou seja, nossa capacidade de crer, de assimilar, de receber a palavra de Deus. Ela está vinculada a uma boa consciência, e, se rejeitarmos a boa consciência, naufragaremos na fé (1 Tm 1:19). Paulo fala muitas vezes do par “fé e amor” (1 Tm 1:14; 2:15; 6:11; 2 Tm 1:13; Tt 2:2). Quanto mais amamos o Senhor, mais apreciamos e valorizamos Sua palavra, mais cremos nela. E quanto mais cremos em Sua palavra, mais nós O amamos. Paulo também exorta Timóteo a tornar-se padrão dos fiéis, a fugir das paixões da mocidade e seguir de perto seu ensino, procedimento, fé e amor, entre outros itens (1 Tm 4:12; 2 Tm 2:22; 3:10). Essas exortações pessoais de Paulo a Timóteo também são para nós. Hoje o Senhor está falando conosco. Precisamos ter essa fé interior e reagir à palavra de Deus. Isso é crucial para termos um viver que expressa o Senhor. *Pergunta:* Explique, de acordo com o contexto bíblico, o que é piedade. *Meu ponto-chave:*