quinta-feira, 26 de junho de 2014

CUIDAR DAS PESSOAS COM VISTAS À EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 5 - SEXTA-FEIRA


 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES 
MENSAGEM 13: As verdades na linha da vida [2] – (2 Pe 1:3-4)

Leitura bíblica: Mt 3:1-6, 15-17; Lc 3:21-23; At 9:20-25

Ler com oração: Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo (Ef 4:11-12).


CUIDAR DAS PESSOAS COM VISTAS À EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO


Como ministros da nova aliança, todos fazemos parte do único ministério da edificação do Corpo de Cristo, por isso, não devemos fazer nada para nós mesmos.
Nos evangelhos vemos o exemplo de João Batista. Como precursor do Senhor Jesus, ele veio antes Dele, preparando o caminho e endireitando Suas veredas, anunciando que estava próximo o reino dos céus e pregando o batismo de arrependimento (Mt 3:1-6). Muitos creram na sua pregação, foram batizados e passaram a segui-lo. O problema é que, mesmo depois que o Senhor Jesus veio, eles continuaram a ser seus discípulos em vez de seguir o Filho de Deus.
Antes de iniciar Seu ministério terreno, como homem normal que cumpria a justiça de Deus, o Senhor Jesus foi batizado por João Batista. Nesse momento, os céus se abriram, o Espírito Santo desceu sobre o Senhor em forma corpórea como pomba e o Pai falou dos céus: “Este é meu Filho amado, em quem me comprazo” (v. 17). A partir daí, o Senhor iniciou Seu ministério (Lc 3:23a). Uma vez que o Senhor havia vindo, João Batista, como Seu precursor, deveria ter posto fim a seu ministério e, juntamente com seus discípulos, seguido o Senhor. Contudo isso não aconteceu: João deu continuidade a seu ministério. Mais tarde, isso gerou vários problemas, inclusive certa rivalidade entre os seus discípulos e os do Senhor.
Quando alguém que serve o Senhor tem várias pessoas sob seus cuidados, corre o risco de pensar que essas pessoas são “dele”. Ao ver que as pessoas se aproximam dele cada vez mais, ele as considera seus discípulos. Esse tipo de pensamento é uma das características da vida da alma, da vaidade do ego. Infelizmente esse fato ocorreu com João Batista.
Quando foi aprisionado por Herodes, João Batista enviou seus discípulos ao Senhor Jesus para perguntar-Lhe: “És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” (Mt 11:3). Era como se ele dissesse: “Se de fato és o Cristo que viria, por que me deixas aqui encarcerado? Não tens poder para me libertar?”. O Senhor Jesus respondeu aos discípulos de João: “Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço” (vs. 4-6). O Senhor não havia atendido à expectativa de João de ser liberto, mas isso não deveria ser uma pedra de tropeço para ele.
O apóstolo Paulo também chegou a ter seus discípulos, mas o Senhor não permitiu que ele continuasse esse tipo de discipulado. Quando estava em Damasco, no início de sua vida cristã, Paulo pregou o evangelho, e isso produziu um grupo de pessoas que passaram a segui-lo. O Senhor, porém, fez surgir uma situação em que Paulo foi perseguido pelos judeus de Damasco e teve de fugir da cidade à noite para salvar a vida. Nessa ocasião, visto que as portas da cidade estavam vigiadas, “seus discípulos tomaram-no de noite e, colocando-o num cesto, desceram-no pela muralha” (At 9:25). Essa foi uma salvação do Senhor não apenas em relação à perseguição, como também ao fato de ter discípulos.
Sempre que pregarmos o evangelho e pessoas forem ganhas, devemos logo introduzi-las no viver normal da igreja para evitar que elas se tornem nossas seguidoras, e não do Senhor. Toda a nossa obra tem apenas um fim: a edificação do Corpo de Cristo. Disso sempre devemos nos lembrar.

Ponto-chave:
Seja tudo feito para a edificação do Corpo.

A OBRA TRANSFORMADORA DO ESPÍRITO EM NÓS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 5 - QUARTA - FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 13: As verdades na linha da vida [2] – (2 Pe 1:3-4)

Leitura bíblica: 1 Co 6:17; 15:45; 1 Pe 1:6-7

Ler com oração: "Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de CRISTO, para que também, na revelação de Sua Glória, vos alegreis exultando" (1 Pe 4:12-13).

A OBRA TRANSFORMADORA DO ESPÍRITO EM NÓS

Apesar de não termos o Senhor Jesus conosco em carne, tampouco Seus doze apóstolos, podemos receber as verdades na linha da vida, a mesma que eles receberam diretamente do Senhor, principalmente por meio dos escritos de Pedro e João. Para recebê-las como Espírito e vida precisamos tão somente estar no espírito. Hoje o Senhor Jesus é o Espírito (2°Co 3:17) que habita em nós (Rm 8:9-11). Quando invocamos o Seu nome, estamos no espírito e Nele ganhamos vida, pois Ele é o Espírito que dá vida (1°Co 15:45).

Em seus escritos e baseado em suas experiências de vida, o apóstolo Pedro nos descreveu que a obra transformadora que está ocorrendo em nós tem dois aspectos: um deles é que o Senhor nos purifica, eliminando a velha vida e natureza caída que herdamos de Adão (1 Pe 1:22-23); o outro aspecto é que a vida e a natureza de Deus, uma vez existindo em nós, podem ser aumentadas e nos fazer entrar no Reino Eterno do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2°Pe 1:3-11).

O apóstolo Pedro experimentou esse crescimento porque negou bastante a si mesmo. Antes ele tinha uma vida da alma muito forte, porém, por meio de muitas provas de “fogo”, ele foi transformado. Por isso ele disse em sua primeira epístola: “Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa Fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” (1 Pe 1:6-7).

Segundo sua experiência a obra transformadora do Espírito em nós é como a purificação do ouro: ela acontece por meio de alta temperatura. Assim como o ouro, que, quando colocado no cadinho, por ser mais pesado, vai para o fundo, deixando as impurezas à tona, nossa alma também possui muitas impurezas, herdadas de Adão, que se manifestam quando passamos por provações e são facilmente removidas quando nos arrependemos. Assim o valor de nossa Fé é confirmado e somos transformados pelo Espírito.

Especialmente quando servimos na vida da igreja podemos ver o quanto a vida da alma, nosso ego, se manifesta. Contudo, porque amamos o Senhor, sempre que nos voltamos ao nosso espírito, Ele nos ilumina. Isso produz um constrangimento interior que nos leva a orar e a nos arrepender perante Ele. Dessa maneira, o Espírito do Senhor, que habita em nosso espírito e é fogo consumidor, pode eliminar as impurezas da alma, do nosso velho homem e do nosso ser natural.

Como ministros da Nova Aliança, devemos desenvolver uma maior sensibilidade para discernir quando servimos pela vida da alma e, ao sermos iluminados pelo Senhor, imediatamente nos arrependermos. Agindo assim, mais da vida e natureza divinas poderão ser dispensadas a nós. Aleluia!


Ponto-chave:
Ser purificado pelo fogo que há no Espírito.