domingo, 29 de junho de 2014

AS VERDADES CONTIDAS NA PALAVRA DE DEUS DEVEM SER EXPERIMENTADAS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 6 - SEGUNDA-FEIRA

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 14: As verdades na linha da vida [3] – (2 Pe 1:5-8)

Leitura bíblica: Mt 3:11; 2 Co 3:6; 1 Pe 1:5-6, 9

Ler com oração: Eu [Jesus] vim para que tenham vida, e a tenham em abundância (Jo 10:10b).

AS VERDADES CONTIDAS NA PALAVRA DE DEUS DEVEM SER EXPERIMENTADAS

Ao longo das últimas semanas, temos visto que as verdades registradas no Novo Testamento podem ser separadas em duas linhas, ou duas fontes principais: a linha do apóstolo Paulo, que recebeu as verdades mediante revelações divinas quando foi arrebatado ao paraíso, e a linha dos doze apóstolos.
As catorze epístolas de Paulo apresentam as verdades na forma de letra, as quais nos trazem muita ajuda espiritual. Contudo o próprio apóstolo nos alertou que nós fomos habilitados para ser ministros da nova aliança, não da letra, mas do espírito. Ou seja, devemos tomar no espírito as palavras das Escrituras a fim de ganhar vida. Caso contrário, se as tomarmos na letra, morreremos espiritualmente (2 Co 3:6).
As verdades apresentadas pela linha dos doze apóstolos são representadas principalmente pelos escritos de Pedro e João. Eles estiveram com o Senhor, andaram com Ele, e foram por Ele ensinados e corrigidos. A esta linha chamamos de linha da vida.
Ao ler as Epístolas de Pedro, percebemos que são palavras que vieram de sua experiência pessoal. Durante muito tempo, Pedro lutou contra a sua vida da alma, e a Palavra nos mostra que ele tinha dificuldade em renunciar às suas opiniões e vontade naturais. A solução para o problema da forte vida da alma de Pedro está registrada em Mt 3:11, onde lemos que o Senhor Jesus, quando viesse, batizaria com Espírito Santo e com fogo. Aqui vemos que o Espírito e o fogo são inseparáveis ou, em outras palavras, onde está o Espírito Santo, também há fogo, e é por meio desse fogo que o Espírito queima as impurezas que estão em nossa alma.
Em sua maturidade, Pedro certamente experimentou o queimar do fogo do Espírito e, por essa razão, em sua primeira carta ele nos encoraja a exultar na salvação preparada para revelar-se no último tempo, mesmo sendo contristados por várias provações, pois sabia que o resultado de passarmos por tudo isso seria a salvação da nossa alma (1 Pe 1:5-6, 9). Para ilustrar o processo de purificação da nossa alma, Pedro usa a figura do ouro que é purificado pelo fogo (v. 7). Disso, vimos também que, em nossa experiência, precisamos aprender a exercitar nosso espírito e submeter nossa alma ao fogo do Espírito que habita em nosso interior. Esse é o caminho para confirmar o valor da nossa fé, que é muito mais precioso que o ouro perecível. Louvado seja o Senhor por essas verdades que estão na linha da vida!


Ponto-chave:
O Espírito como fogo queima as impurezas de nossa alma.

UM TESTEMUNHO DE CONVERSÃO AO SENHOR

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 5 - DOMINGO

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 13: As verdades na linha da vida [2] – (2 Pe 1:3-4)

Leitura bíblica: 1 Pe 1:2; Sl 39:4-7

Ler com oração: Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo (Tt 3:4-5).

UM TESTEMUNHO DE CONVERSÃO AO SENHOR

Embora eu tenha nascido na região de Xangai, cresci em Taiwan e fui um empresário bem próspero. Mesmo ganhando muito dinheiro, em meu interior eu me sentia muito vazio.
Todo domingo à tarde um senhor chamado Cha visitava meus pais. Isso ocorria de maneira frequente, quer fizesse sol ou chovesse, até mesmo se houvesse tufões. Lembro-me que esse sacerdote vinha e se sentava na sala com meus pais para lhes falar a Palavra de Deus, enquanto nós, os filhos, ficávamos num ambiente à parte, jogando mahjong.
Esse jogo era bastante comum em Taiwan naquela época, sendo um jogo de sorte e azar que estimulava a cobiça de ganhar dinheiro do outro jogador. Em nosso caso, porém, não jogávamos para apostar, mas apenas para fazer amizade com as pessoas. Mesmo assim, eu sabia em meu interior que não deveria jogar e me justificava: “Não é um jogo de verdade, é apenas por causa dos amigos”.
Na véspera de um desses domingos, houve uma grande tempestade com vítimas fatais, porém o senhor Cha não deixou de visitar a minha família; no domingo à tarde, lá estava ele falando sobre a Bíblia aos meus pais, e nós jogando. A sensação que eu tinha era como se eles estivessem no céu, e nós, no inferno.
No período do ano novo chinês a jogatina era aberta a todos, a fim de satisfazer o prazer das pessoas. Como proprietários e donos de uma fábrica, pagávamos o salário todo em espécie para que os funcionários pudessem também gastar nos jogos de sorte e azar e ter um momento de lazer.
Certa noite, após pagar meus funcionários, fiquei sem dinheiro no bolso e passei a caminhar pelas ruas de Taipei muito triste, pensando: “Que significado tem a vida? Fiz tantas coisas, tenho empresas, mas estou aqui solitário”. Por fim cheguei à frente de uma catedral. Eu não sabia que era ali onde o senhor Cha servia. Eu não diferenciava igreja, catedral ou templo. Entrei naquele lugar e vi o senhor Cha no momento da eucaristia, que eles celebravam para se lembrar do Senhor. Eu me assentei ali e me colocaram a hóstia na boca. Creio que aquele momento foi o início da obra do Senhor em mim para me levar à salvação (1 Pe 1:2).
Tempos depois, aconteceu algo muito interessante. Como eu era um homem de negócios, viajava muito para o Japão a fim de trazer mercadorias para Taiwan. Todo o período da viagem durava entre dois e três meses. O meio de transporte usado na época eram aviões bimotores com hélice. Numa dessas viagens uma das hélices parou de funcionar, porém o piloto conseguiu aterrissar sem nenhum acidente. Esse fato me fez pensar ainda mais: “De que adianta ganhar tanto dinheiro? Se o avião caísse, seria o fim. Além disso, tenho um grande vazio em meu interior. Que me falta?” (cf. Sl 39:4-7). Eu me lembro muito bem que isso ocorreu numa quarta-feira.
Ao chegar a Taiwan, meu irmão mais velho foi me buscar no aeroporto e não me levou para casa, mas para um local de reuniões da igreja, onde acontecia uma reunião para recém-salvos. Ali eu não entendia nada; só me recordo claramente de que, atrás do orador, eu vi a figura de três círculos concêntricos no quadro representando o espírito, a alma e o corpo do ser humano. O irmão que pregava falou muitas coisas, porém eu não entendi nada. Na ânsia de me ver salvo de fato, meu irmão mais velho pediu a esse irmão que cuidasse de mim. Então, ele começou a falar comigo: “Senhor Dong, todos nós somos pecadores”. Eu fiquei bravo e disse: “O quê!? Está me chamando de pecador!? Tudo que faço é segundo a moral e não errei em nada. Não sou pecador, você é que é pecador!”. Eu gostava de tudo muito correto segundo meu padrão e fiquei irritado com o que aquele irmão me falara. Essa minha resposta frustrou meu irmão mais velho, mas mesmo assim ele não perdeu sua esperança em mim.
Três dias depois, no sábado, haveria reunião de batismo em que meu irmão mais velho, meus pais e os outros irmãos e irmãs meus seriam batizados juntamente com cerca de outras quatrocentas pessoas. Minha família já havia se convertido. Éramos uma família de onze pessoas, e eu era o único que ainda não me havia rendido ao Senhor Jesus. Devido ao rogo de todos eles, eu também fui batizado naquele sábado e passei a me reunir normalmente.
Algo que me chamava a atenção é que meu pai, após ser salvo, embora tivesse problema de surdez, estava presente em todas as reuniões. Mesmo não conseguindo entender a mensagem falada, ele considerava que era sua responsabilidade e obrigação estar na reunião. Ele conhecia sua função e importância como membro do Corpo de Cristo. Participando das reuniões, não demorou muito até que eu também tivesse minha experiência de salvação. Então, depois disso, fui introduzido no viver normal da igreja e comecei a servir ao Senhor. Louvado seja o Seu nome!


Ponto-chave:
A soberania e o arranjo de Deus para nos salvar.