quarta-feira, 26 de março de 2014

INÍCIO DO CAPÍTULO 6 ATÉ PRESERVADO PELO SENHOR

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 3 - QUARTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM capítulo 6: O MINISTÉRIO DE JOÃO E A NOSSA REAÇÃO


Leitura bíblica:  Jo 21; 1 Co 12:20-27

Ler com oração:  Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante. [...] Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros. (Ec 4:9-10; Rm 12:3-5)

INÍCIO DO CAPÍTULO 6 ATÉ PRESERVADO PELO SENHOR

Chegamos ao ministério de João. Para entendermos a importância desse ministério, como ele é tão crucial para o desenvolvimento e cumprimento da vontade de Deus na terra, precisamos, primeiramente, ver o que nos é revelado pelo Senhor no último capítulo do Evangelho de João.

Ausência física, mas sempre presente

Após a morte e ressurreição do Senhor Jesus, Ele apareceu a Seus discípulos. Dentre Suas manifestações, a terceira delas foi no mar de Tiberíades (Jo 21:1; 6:1). O Senhor os havia instruído que permanecessem em Jerusalém, até que do alto todos fossem revestidos de poder (Lc 24:47-49). Com a ausência física do Senhor, Pedro e mais seis discípulos, talvez por se sentirem mais livres, descomprometidos ou até mesmo inseguros, resolveram voltar a pescar (Jo 21:2-3a).
Dessa maneira, eles esqueceram a comissão que Deus lhes havia dado, deixando Jerusalém e indo para a Galileia. Embora fossem pescadores profissionais, o texto registra que durante toda a noite nada apanharam (v. 3b). Ao clarear da madrugada, o Senhor apareceu e perguntou-lhes: “Filhos, tendes aí alguma coisa de comer?” (v. 5). A resposta, porém, foi: “Não”. O Senhor, entretanto, persistiu: “Lançai a rede à direita do barco e achareis” (v. 6).
Eles devem ter se perguntado como aquilo era possível, uma vez que, pela experiência deles, apenas pelo movimento das águas era-lhes possível perceber onde havia peixes. Contudo eles obedeceram à palavra do Senhor e foram bem-sucedidos (v. 11). João, então, se deu conta de que era o Senhor e contou a Pedro (v. 7). Ao chegarem à praia, viram que o Senhor já lhes havia preparado alimento (v. 9). Isso era uma demonstração de que o Senhor Jesus estava ali, suprindo-os.

Uma restrição saudável em nosso serviço ao Senhor

Depois de terem comido, o Senhor dirigiu a palavra a Pedro, perguntando-lhe: “Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros?” (v. 15a). A expressão amas-me mais do que estes outros?, também pode ser traduzida para amas-me mais do que estas coisas?. Era como se o Senhor lhe perguntasse: “Você ama a Mim mais do que seu barco e demais ferramentas de seu sustento?”. O Senhor registrou essa situação para falar conosco, em nossos dias: A quem amamos mais? Nossos meios de sustento, ou ao Senhor? Em seguida, Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo” (v. 15b). O Senhor, então, acrescentou: “Apascenta os meus cordeiros” (v. 15c). Jesus repetiu essa pergunta uma segunda vez (v. 16), mas, na terceira, a resposta de Pedro tinha um tom diferente: “Pedro entristeceu-se por Ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo” (v. 17). Pedro não conseguiu entender a insistência do Senhor no assunto que a seu ver era tão simples.
Nesse momento, o Senhor falou algo importantíssimo para Pedro: “Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres” (v. 18). Ser “mais moço”, nesse versículo, diz respeito à idade espiritual de Pedro, isto é, sua imaturidade espiritual; por isso ele tinha muita liberdade de ir para onde queria ou de fazer o que queria, independente dos outros. No entanto, quando ele amadurecesse, já não seria assim. Sua liberdade seria tolhida e teria de se coordenar com outros (1 Co 12:20-27). Essa palavra também se aplica a nós. O Senhor anela pelo nosso crescimento espiritual.
Ao contrário do que pensamos, o crescimento espiritual nos faz servir em coordenação com outros irmãos. Não é recomendado servirmos ao Senhor sozinhos ou de forma isolada (Ec 4:9-10). Todavia, não pense que por causa disso, você deve exigir essa postura dos irmãos, como se fosse cabeça sobre eles. Devemos, sim, sempre estar dispostos a nos submeter e nos coordenar com outros no serviço ao Senhor. Ainda que não gostemos, o Senhor quer nos mostrar que, hoje, precisamos contar com a ajuda dos demais irmãos (Rm 12:3-5). Assim como Pedro, nós também precisamos aprender essa lição para sermos cada vez mais úteis ao Senhor e à Sua obra.

“Se eu quero que ele permaneça até que Eu venha”

Pedro, ao ser exortado pelo Senhor, “voltando-se, viu que também o ia seguindo o discípulo a quem Jesus amava [...]. Vendo-o, pois, Pedro perguntou a Jesus: E quanto a este?” (Jo 21: 20-21). Era como se quisesse dizer: “Por que o Senhor só fala de mim!? E quanto a João, não vai dizer nada!?”. A resposta do Senhor, porém, a Pedro foi: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me” (v. 22).
Então, se tornou corrente entre os irmãos o dito de que aquele discípulo não morreria. O próprio João se encarregou de explicar o assunto: “Ora, Jesus não dissera que tal discípulo não morreria, mas: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?” (v. 23). Em outras palavras, ele mesmo sabia que seria impossível permanecer vivo até a volta do Senhor por causa da limitação e brevidade da vida humana. O que, então, permaneceria até a volta do Senhor? Hoje podemos afirmar que, sem dúvida, seria o seu ministério.
A vida física de João passou, mas suas palavras não. O ministério de João permanecerá até a volta do Senhor.

Preservado pelo Senhor

Quando os cristãos foram perseguidos pelo império romano no primeiro século, os apóstolos de maior destaque, como Pedro e Paulo, foram martirizados, mas Deus preservou a vida de João. Pela soberana vontade do Senhor ele foi exilado na ilha de Patmos (Ap 1:9). Enquanto permaneceu ali, com certeza, aproveitou a oportunidade para desfrutar de uma intimidade maior com o Senhor, considerar muitas coisas que viu e ouviu do Senhor e, assim, amadureceu na vida divina e se tornou ainda mais útil em Suas mãos.