terça-feira, 6 de outubro de 2020

LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA A LEI DO ESPÍRITO DA VIDA É SUPERIOR

 LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA

DIA: 06/10/2020


TERCEIRA SEMANA – TERÇA-FEIRA (Páginas 65 à 67)


Ler com oração:

Rm 8:2  porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte.


A LEI DO ESPÍRITO DA VIDA É SUPERIOR 


    Em Romanos 7, vemos a ação da lei em nossa carne. Paulo apresenta três leis: a lei do pecado e da morte, a lei da nossa mente e a lei de Deus. A lei é uma força que obriga a pessoa fazer algo. 

    A lei do pecado e da morte está em nossos membros, forçando-nos a cometer o mal, e não o bem. Leiamos: “Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. [...] Mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros” (Rm 7:21, 23). 


    A lei da nossa mente opera na mente humana e natural, e deseja cumprir a lei de Deus por meio de esforços próprios. “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado” (Rm 7:25). Porém, na prática, ao tentarmos cumprir os mandamentos de Deus com a nossa mente, fracassamos e, com a frustração e o desânimo, percebemos que não passamos de escravos do pecado. 


    A lei de Deus é exterior a nós e refere-se ao caráter de Deus em forma de mandamento. Os Dez Mandamentos são um resumo do que Ele é. Em Êxodo 19, vemos que o desejo do Senhor não era entregar a lei para que o homem cumprisse, pois Ele sabia que para qualquer homem seria impossível cumprir todos os itens ali descritos. O desejo de Deus era que o homem, ao observar o alto padrão da lei, reconhecesse sua incapacidade e se arrependesse, pedindo a Ele graça e socorro para viver tal padrão (Rm 7:22, 25).


     O apóstolo Paulo, embora tivesse um “currículo” invejável de conduta e integridade no judaísmo, ao perceber o conflito dessas três leis em sua vida, reconheceu sua condição miserável. Leiamos: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7:24). Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor! A solução está no capítulo 8, que revela uma lei que é superior às outras. É a lei do Espírito da vida. Aleluia! O desespero de Paulo, ao perceber que não era possível viver debaixo dessas três leis, foi transformado em esperança ao se deparar com a lei do Espírito da vida. “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte” (8:1-2). 


    Se estamos em Cristo Jesus, não há mais condenação. A condenação por querer fazer o bem e não conseguir e por praticar o que não queremos praticar, está na lei do pecado e da morte, que atua na nossa carne. Quando desfrutamos de Cristo e estamos conectados a Ele, a condenação desaparece. 


    Em Romanos 8:3, lemos: “Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado”. O pecado habita na nossa carne, por isso é impossível cumprir os mandamentos de Deus, a lei de Deus. Para que esse problema tivesse um fim, Ele enviou Seu filho na semelhança de carne pecaminosa, e, no momento de Sua crucificação, o próprio Deus condenou o pecado. A expressão “semelhança de carne pecaminosa” significa que em Cristo não havia pecado, mesmo tendo sido tentado em todas as coisas, à nossa semelhança (Hb 4:15b). 


    No Antigo Testamento, lemos: “Disse o Senhor a Moisés: Faze uma serpente abrasadora, põe-na sobre uma haste, e será que todo mordido que a mirar viverá. Fez Moisés uma serpente de bronze e a pôs sobre uma haste; sendo alguém mordido por alguma serpente, se olhava para a de bronze, sarava” (Nm 21:8-9). Essa serpente de bronze simboliza Cristo. 


    No Evangelho de João, Jesus afirmou: “E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna” (3:14-15). A serpente de bronze tinha a semelhança de uma cobra, porém não possuía veneno. Moisés levantou essa serpente em uma haste e a colocou num lugar alto, para que as pessoas que tinham sido mordidas e envenenadas, ao olhar para ela, fossem curadas. Da mesma forma, Cristo foi levantado, como um espetáculo ao mundo, e crucificado, para que os pecadores, envenenados pelo pecado, ao olhar para a cruz, fossem salvos eternamente. 


   Querido leitor, o Senhor Jesus, à nossa semelhança, como uma serpente de bronze, foi levantado na cruz, porém Nele não havia o veneno do pecado. Tudo isso é para que eu e você tenhamos a chance de ser salvos ao olhar para a obra da cruz. Louvado seja o Senhor!


 "O Senhor Jesus, à nossa semelhança, como uma serpente de bronze, foi levantado na cruz, porém Nele não havia o veneno do pecado. Tudo isso é para que eu e você tenhamos a chance de ser salvos ao olhar para a obra da cruz. Louvado seja o Senhor!"