terça-feira, 11 de março de 2014

ABENÇOADOS PARA COOPERAR COM O REINO DEUS

ABENÇOADOS PARA COOPERAR COM O REINO DEUS

Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida (1 Tm 6:17-19)

Lc 12: 29-31; Jo 15:5

A primeira tentação que o Senhor Jesus venceu em Mateus 4 tem relação com a subsistência. Quanto a isso, Deus é fiel em suprir cada filho Seu. No Antigo Testamento, Ele prometeu ao povo de Israel a boa terra de Canaã, onde havia abundância de águas e variedade de alimentos.
O trigo existente na boa terra de Canaã tipifica a morte do Senhor Jesus, e a cevada, Sua ressurreição. Na boa terra havia, ainda, a videira, que representa o Senhor Jesus como a árvore da vida, e as figueiras simbolizando o quanto frutificamos para Deus. Quando o Senhor Jesus estava a caminho de Jerusalém, passou um tempo em Betânia, na casa de Lázaro, Marta e Maria. Certo dia Ele sentiu fome e se dirigiu a uma figueira para ver se nela havia algum fruto. Como ali encontrou somente folhas, amaldiçoou a figueira, e ela secou.
Infelizmente, às vezes somos como essa figueira. Mesmo com uma boa aparência, ou seja, com muitas folhas, não produzimos frutos para Deus. Essa é uma lição para nós. Não devemos nos importar meramente com a aparência, mas sim em produzir frutos para o Senhor (Jo 15:2).
As romeiras que havia na boa terra, por sua vez, apontam para a abundância da vida de Deus, que, ao crescer, quebra todas as barreiras. Quando a romã amadurece, suas sementes se multiplicam a tal ponto que racham a casca, sendo lançadas para fora do fruto. Também devemos ser assim em nosso viver espiritual: que a vida divina cresça e amadureça em nós, a ponto de quebrar a dura “casca” da nossa vida da alma e alcançar as pessoas que nos cercam
(v. 5). Além disso, na boa terra havia as oliveiras, que produzem a oliva para se fazer azeite. Como sabemos, o azeite da oliveira representa o Espírito de Deus.
Tamanha era a riqueza da terra de Canaã, que até as pedras continham ferro e cobre, de modo que nada faltaria ao povo de Israel ali. Porém, em Deuteronômio 8:17-18, o Senhor os advertiu, dizendo: “Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas. Antes, te lembrarás do SENHOR, teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê”.
Do mesmo modo, no Novo Testamento, podemos testificar que muitos filhos de Deus recebem bênçãos materiais, a tal ponto que excedem a real necessidade, chegando a sobejar. Não é normal utilizarmos tudo o que possuímos para nosso próprio benefício. Diante disso, precisamos considerar diante do Senhor aquilo que Ele deseja que ofertemos para suprir a necessidade do reino. Hoje estamos nos preparando para governar o mundo que há de vir, por isso não vamos ajuntar tesouros sobre a terra, mas investir no reino dos céus (Lc 12:29-31).


À medida que seguirdes, pregai que está próximo o reino dos céus (Mt 10:7)

À medida que seguirdes, pregai que está próximo o reino dos céus (Mt 10:7)

Mt 3:2; 4:17

Vimos que o Evangelho de Mateus apresenta pelo menos três ocasiões em que é enfatizado que o reino dos céus está próximo (Mt 3:2; 4:17; 10:7). Em cada um desses momentos, vemos que a vinda do reino está associada ao arrependimento e à pregação do evangelho. Por isso, quando lemos “arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”, precisamos experimentar a realidade dessas palavras.
Pela misericórdia de Deus o evangelho do reino nos alcançou, trazendo-nos a revelação da necessidade de crescermos em vida. À medida que a vida de Deus cresce em nós, somos capacitados a perceber quando nossa natureza anímica se manifesta. Quanto mais recebemos a luz divina, mais somos conduzidos ao arrependimento e, por fim, nos deixamos ser purificados pelo fogo do Espírito.
Por isso buscamos viver no espírito, invocando o nome do Senhor e negando a nós mesmos. O resultado dessas práticas é um viver segundo a vontade de Deus, que nos prepara para o dia em que o reino dos céus irá se manifestar.
O Senhor também deseja nos enviar para pregar o evangelho do reino a todas as pessoas. Muitos cristãos conhecem somente o evangelho da graça, isto é, o que Cristo fez por eles na cruz. Cabe, portanto, àqueles que já tiveram a revelação do evangelho do reino essa comissão especial de anunciar a todos os homens que o reino está próximo.
Hoje, Deus está trabalhando em nosso coração a fim de torná-lo uma boa terra. Por outro lado, Ele deseja que sejamos Seus semeadores. A Palavra de Deus nos mostra que a pregação do evangelho do reino, o evangelho da vida, é uma semente que devemos semear. Que o Senhor nos dispense mais de Sua graça e nos aperfeiçoe nesse encargo de levar e semear a vida divina a todos. Amém!

O ESPÍRITO DA VERDADE ATÉ TRÊS UNIDADES DE QUINHENTOS SICLOS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - TERÇA-FEIRA
NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 MENSAGEM capítulo 1: QUE É A VERDADE?

Leitura bíblica:  Jo 16:13; Ex 30:22-25; Gl 5:24; Rm 6:5; Fp 3:10; Is 45:5-6

Ler com oração: E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós...Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne. (Jo 14:16-17; Hb 10:19-20)


O ESPÍRITO DA VERDADE ATÉ TRÊS UNIDADES DE QUINHENTOS SICLOS


O Espírito da verdade

Enquanto Jesus vivia em carne, não era possível estar para sempre com Seus discípulos, por isso Ele disse: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós” (Jo 14:16-17). Para que isso ocorresse o Senhor teria de morrer e em ressurreição voltar como o Espírito da verdade para entrar nos discípulos e estar para sempre com eles.
Jesus habitava com Seus discípulos fisicamente, mas após a ressurreição, voltaria como o Espírito para entrar em todo aquele que Nele cresse. O Espírito da verdade, ou o Espírito da realidade, é quem nos guiará a toda verdade ou realidade: “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir” (Jo 16:13).

O óleo sagrado da unção

O livro de Êxodo registra as instruções do Senhor acerca da fórmula do óleo da unção: “Disse mais o SENHOR a Moisés: Tu, pois, toma das mais excelentes especiarias: de mirra fluida quinhentos siclos, de cinamomo odoroso a metade, a saber, duzentos e cinquenta siclos, e de cálamo aromático duzentos e cinquenta siclos, e de cássia quinhentos siclos, segundo o siclo do santuário, e de azeite de oliveira um him. Disto farás o óleo sagrado para a unção, o perfume composto segundo a arte do perfumista; este será o óleo sagrado da unção” (Êx 30:22-25).

As quatro especiarias

O óleo da unção era usado para consagrar sacerdotes, reis e também os móveis do tabernáculo, inaugurando-os para o serviço a Deus. O óleo usado para esse fim não era simplesmente o azeite de oliveira, que, de acordo com a Palavra, representa o Espírito de Deus, pois nesse óleo Deus mandou Moisés adicionar quatro especiarias. Na Bíblia, o número quatro representa a criação de Deus. Isso pode ser visto nos quatro seres viventes descritos no livro de Ezequiel, entre os quais o homem toma a liderança (Ez 1:5-10; Ap 4:6). Podemos afirmar, então, que foram adicionados elementos da humanidade de Jesus ao azeite de oliveira.
A mirra era uma especiaria usada para embalsamar os mortos; ela representa, portanto, a morte de Cristo. Na carta aos romanos, Paulo diz que todos os que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na Sua morte, sendo crucificado com Ele o nosso velho homem (Rm 6:3, 6). A mirra representa o elemento da morte de Cristo adicionado ao Espírito de Deus.
O cinamomo odoroso era usado como remédio para matar germes e bactérias; ele representa a eficácia da morte de Cristo. Na Epístola aos Gálatas, Paulo afirma que os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências (5:24). O cinamomo representa a eficácia da morte de Cristo, capaz de neutralizar a nossa carne, com suas paixões e concupiscências. Esse elemento também foi adicionado ao óleo composto da unção.
O cálamo é uma planta que nasce e cresce numa região pantanosa, onde nenhuma outra espécie sobreviveria. O cálamo aromático representa, portanto, a ressurreição de Cristo. A esse respeito, o apóstolo Paulo também disse: “Porque, se fomos unidos com ele [Cristo] na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição” (Rm 6:5). A ressurreição de Cristo é outro elemento que compõe o óleo sagrado da unção.
A cássia era usada antigamente como repelente de insetos e de serpentes. Ela representa o poder da ressurreição de Cristo. A Epístola aos Filipenses diz: “Para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte” (3:10). O poder da ressurreição é o quarto elemento da humanidade de Cristo adicionado ao óleo composto da unção.

Um him de azeite de oliveira

Na Bíblia, o número um representa o Deus único; além Dele não há Deus (1 Tm 1:17; Rm 16:27; Is 45:5-6). Um him de azeite de oliveira é a base para formar o óleo composto da unção, com a adição das quatro especiarias. Por meio da encarnação, viver humano, crucificação e ressurreição de Cristo, a humanidade de Jesus foi mesclada com a divindade.
Ademais, o azeite acrescentado às especiarias contém ainda outro significado: um (him) mais quatro (especiarias) totalizam cinco, que na Bíblia é o número da responsabilidade. Na parábola das dez virgens, cinco eram prudentes e foram fiéis quanto à responsabilidade de levar azeite nas vasilhas, mantendo acesas suas lâmpadas, enquanto as cinco néscias foram negligentes (Mt 25:2-8). Portanto, Deus e o homem em Cristo, juntos, arcam com a responsabilidade de realizar a vontade divina, de acordo com o que vemos na Bíblia: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8:16); e “Aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele” (1 Co 6:17).

Três unidades de quinhentos siclos

Outro fato importante é constatar que as quatro especiarias estão divididas em três unidades de peso de quinhentos siclos. A primeira e a quarta especiarias, a mirra e a cássia, são de quinhentos siclos cada. As duas especiarias do meio, o cinamomo e o cálamo, são de duzentos e cinquenta siclos cada uma, que somadas totalizam quinhentos siclos. O número três, dessas unidades de peso, representa o Deus Triúno: o Pai, o Filho e o Espírito, indicando que no óleo composto da unção está o próprio Deus Triúno.
Para compreender melhor por que a segunda unidade de quinhentos siclos é dividida ao meio, isto é, em duas metades de duzentos e cinquenta siclos devemos recorrer à figura do tabernáculo. Entre o Santo Lugar e o Santo dos Santos havia quatro colunas sobre as quais estava pendurado um véu (Êx 26:31-33). Quatro colunas oferecem três entradas, que representam o Pai, o Filho e o Espírito.
Quando Jesus foi crucificado, clamou com grande voz e entregou o espírito; o véu do santuário se rasgou em duas partes, de alto a baixo, indicando que foi algo realizado por Deus (Mt 27:50-51). Quando o véu foi rasgado, a entrada do meio foi liberada. A primeira e a terceira entradas não puderam ser abertas indicando que o Pai e o Espírito não poderiam ser rasgados, ou seja, partidos. Mas o Filho foi partido por nós na cruz, abrindo-nos um caminho para entrar no Santo dos Santos: “Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne” (Hb 10:19-20).
Aleluia! Hoje temos acesso ao Santo dos Santos, que simboliza o nosso espírito onde está a arca da aliança, que representa Deus. O Espírito da verdade como o óleo composto da unção está em nosso espírito. Podemos entrar a qualquer momento na presença de Deus, por meio do sangue de Jesus vertido na cruz por cada um de nós. Agora entendemos porque Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, pois Ele mesmo abriu o caminho para irmos até o Pai, vivermos sempre no espírito em comunhão constante com Deus (Gl 5:16, 25).