segunda-feira, 10 de março de 2014

A GRAÇA E A VERDADE VIERAM POR MEIO DE JESUS CRISTO ATÉ JESUS É A VERDADE

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADE
QUE É A VERDADE?

Leitura bíblica:  Is 55:1; 1 Jo 4:8-10; Jo 3:16; 1 Jo 3:16, 1:5-7; Ef 4:17

Ler com oração: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. (Jo 1:1-4, 14, 17)

A GRAÇA E A VERDADE VIERAM POR MEIO DE JESUS CRISTO ATÉ JESUS É A VERDADE

A graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo


O apóstolo João havia amadurecido em vida quando escreveu seu evangelho, o qual começa dizendo: “No princípio era o Verbo [a Palavra], e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:1-4). O Filho é a Palavra; a vida está Nele e a vida é a luz dos homens. Aqui vemos a correlação entre a Palavra, a vida e a luz.
A Palavra (o Verbo) se fez carne na pessoa de Jesus, e “habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (v. 14). A lei foi dada por intermédio de Moisés; “a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (v. 17b). Quando Jesus veio à terra, a Palavra chegou até nós, e Ele trouxe Consigo vida, luz, graça e verdade.    

Amor e graça
                                                   
Antes de prosseguir abordando sobre a graça e a verdade, vamos conhecer um pouco sobre a relação existente entre o amor e a graça. A graça refere-se a Deus Pai ter-nos dado gratuitamente o Seu próprio Filho, que morreu como propiciação por nossos pecados, e nos deu a Sua vida para que vivêssemos por meio dela. Isaías profetizou a esse respeito: “Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite” (55:1).
Deus nunca trilha pelo caminho da elitização, dispensando-Se somente àqueles que têm dinheiro, posses ou acesso aos Seus benefícios; pelo contrário, todos têm iguais condições para comprar, sem dinheiro e sem preço, o que por Deus é oferecido ao homem: Seu próprio Filho para a nossa salvação e desfrute.
Portanto, a origem da graça é o amor de Deus. Em sua primeira epístola, João revela: “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1 Jo 4:8-10).
Deus é amor, e esse amor O fez enviar-nos Seu Filho para nos salvar; Sua salvação é gratuita e disponível a todos, basta buscá-Lo. Quando o amor de Deus se manifesta a nós, ele se torna graça; Jesus Cristo é quem trouxe a graça da parte de Deus até nós: Ele mesmo é a graça. Aleluia!
A melhor definição para amor é doação. O nosso Deus é doador; tudo teve origem Nele, é Ele quem nos dá tudo que precisamos para nossa existência: ar, água, sol, chuva etc. Contudo, a maior demonstração de amor é Deus se doar para o homem por meio de Seu Filho. O apóstolo João nos dá a melhor definição do amor de Deus: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3:16).
O amor de Deus é tão imenso que O fez dar Seu único Filho para o homem receber Sua vida como graça por meio da fé. Deus é amor, Ele é o doador, e o homem é o receptor da graça. Todos os que Nele creem recebem a vida eterna, e essa vida possui o “gene” do amor de Deus, por isso João afirma: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos” (1 Jo 3:16). A vida de Deus faz de nós, Seus filhos, igualmente doadores desse amor aos irmãos.

Luz e verdade
         
O apóstolo João revelou em sua primeira epístola que Deus também é luz: “Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 Jo 1:5-7).
É muito difícil definir a luz; João só conseguiu dizer que Deus é luz e não há Nele treva nenhuma, isto é, Deus é o que é, pois Ele é totalmente transparente; Nele não há nada a esconder; Ele é a própria luz e Nele não há sequer sombras. Ele é a própria realidade do universo, portanto, quem anda nas trevas não consegue praticar a verdade, visto que somente quem anda na luz pode fazê-lo. Deus é luz, que veio até nós por meio de Jesus Cristo para que O desfrutemos como a verdade. Quem pratica a verdade anda na luz de Deus, pois Nele não há treva nenhuma; Nele não há falsidade, ou seja, em Deus não há nada que não seja a verdade, pois Deus é a verdade.
O mesmo não pode ser afirmado com relação ao homem sem Deus: ele é vazio, carece de realidade; pode ter uma boa aparência exterior, mas por dentro é totalmente diferente, pois nele falta a verdade. O apóstolo Paulo disse que os gentios, isto é, os homens sem Deus, andam na vaidade dos seus próprios pensamentos (Ef 4:17). A respeito disso também disse o Pregador no livro de Eclesiastes: “Vaidade de vaidades! Tudo é vaidade”. Toda a vida humana sem Deus é vaidade; por isso, Deus que é luz, quer encher o homem de realidade. Foi Jesus Cristo quem trouxe ao homem não somente a graça, mas também a verdade, a realidade.

Jesus é a verdade

Quando se aproximava o momento de Sua partida, Jesus disse aos discípulos: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também. E vós sabeis o caminho para onde eu vou. Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14:1-6).
O conceito de Tomé, que é o mesmo de muitos, era que Jesus iria partir para preparar muitas moradas físicas, a ponto de alguns até falarem que Ele estaria nos preparando mansões celestiais. O que Jesus disse foi que Ele iria por meio de Sua morte e voltaria logo em seguida por meio da ressurreição, e não como alguns pensam, que seria na Sua segunda vinda. A afirmação de Jesus: “Quando eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também”, significa que, em ressurreição, Jesus terá como receber os que Nele creem, para os levar ao Pai, o qual é o lugar da morada que Jesus mencionou.
Quando Filipe replicou-Lhe, pedindo para mostrar o Pai, Jesus disse: “Não crês que estou no Pai e que o Pai está em mim?” (v. 10a). Jesus é o caminho para se chegar até o Pai; a Sua morte e ressurreição visam justamente preparar-nos um lugar em Deus Pai. Jesus também é a verdade e a vida. A verdade, portanto, não pode ser meramente uma doutrina bíblica, mesmo que seja corretíssima, antes, a verdade é o próprio Senhor Jesus.