quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O CAMINHO PARA SERMOS ÚTEIS AO SENHOR

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 4 - SEXTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 O Espírito da realidade (Jo 14:16-18; 16:13)

Leitura bíblica: Jo 19:34; 1 Co 12:3; Rm 1:1-4; 1 Tm 1:3-4; 5:23; Ap 2:4-5

Ler com oração:  Levanta-te e firma-te sobre teus pés, porque por isto te apareci, para te constituir ministro e testemunha, tanto das coisas em que me viste como daquelas pelas quais te aparecerei ainda, livrando-te do povo e dos gentios, para os quais eu te envio, para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim (At 26:16-18).

O CAMINHO PARA SERMOS ÚTEIS AO SENHOR

Depois de escrever Apocalipse, João foi para Éfeso, onde a igreja passava por um momento bastante complicado (Ap 2:4-5). Paulo já havia escrito para aquela igreja uma carta completa contendo toda a economia neotestamentária de Deus. Nos primeiros três capítulos, vemos o dispensar do Deus Triúno, que gerou a igreja, os componentes da igreja e a maneira de manifestarmos a multiforme sabedoria de Deus por meio da igreja como o mistério de Cristo. Os três últimos capítulos de Efésios falam do viver prático na igreja, que abrange cinco tipos de andar: na graça, na verdade, no amor, na luz e no espírito, que implica nos enchermos do Espírito (Ef 5:18).
Contudo os irmãos em Éfeso consideraram todas essas palavras apenas na sua mente, usando a Epístola de Paulo para promover discussões entre si. Ciente dessa situação, o apóstolo pediu ao seu cooperador Timóteo que permanecesse ali, a fim de promover a economia de Deus entre os santos (1 Tm 1:3-4). O jovem Timóteo, no entanto, não teve êxito em trazê-los para o espírito, e chegou a ponto de adoecer diante de toda aquela esfera negativa (5:23).
Quando foi para Éfeso, João viu que a necessidade dos irmãos não era de mais conhecimento, mas de praticar as primeiras obras com espírito e vida. Por isso cremos que ele deve ter introduzido a prática de invocar o nome do Senhor. Quando O invocamos, imediatamente estamos no espírito (1 Co 12:3): Ó Senhor Jesus! Esse nome pode salvar não apenas o nosso espírito, mas principalmente a nossa alma.
Além disso, tal como ocorrera com Pedro anos antes, João também aprendeu a negar a si mesmo. A experiência desses dois apóstolos nos ensina que, independentemente de nosso perfil ser impulsivo, como o de Pedro, ou mais discreto, tal qual o de João, todos precisamos aprender a negar a vida da alma para podermos ser úteis ao Senhor.
O Evangelho de João mostra que o Senhor morreu antes mesmo de derramar Seu sangue (Jo 19:30, 34). Isso significa que Sua morte não foi somente para resolver o problema dos nossos pecados, mas para crucificar com Ele nossa carne, nosso velho homem, que é a fonte dos pecados (Rm 6:6). Uma vez crucificado com Ele o nosso velho homem, podemos ser salvos dos pecados e receber Sua vida. Após entregar o espírito, um soldado abriu o lado de Jesus com uma lança, e logo saiu sangue e água. O sangue é para redimir-nos dos nossos pecados (Cl 1:14; Hb 9:22), e a água representa a vida de Deus pela qual obtivemos o novo nascimento (Jo 3:3-5). O problema é que muitos cristãos estacionaram na experiência da regeneração, ou seja, no estágio inicial da salvação.
A grande maioria dos filhos de Deus vive confortavelmente sua vida cristã, importando-se apenas com seu desfrute pessoal, sem se dar conta de que seu ego está crescendo continuamente. Essa é a razão de haver tantas opiniões distintas no meio do povo de Deus e não poucas divisões na igreja. Embora tenham crido no evangelho da graça, que mostra o que o Senhor fez por nós na cruz para nos dar a vida eterna, não percebem que o novo nascimento é apenas o início, a base para se ver e entrar no reino de Deus. Depois da regeneração ainda há um bom caminho para se andar a fim de crescer na vida divina até atingir a maturidade e receber como herança o prêmio de reinar com o Cristo. Esse caminho do novo nascimento até o reino é o conteúdo do evangelho do reino, a respeito do qual veremos amanhã.


Ponto-chave: Invocar o nome do Senhor e negar a vida da alma para sermos úteis ao Senhor.

Pergunta: Qual era a real necessidade dos irmãos em Éfeso quando João saiu da ilha de Patmos?