quarta-feira, 30 de setembro de 2020

O CORAÇÃO DA BÍBLIA A VIDA DINÂMICA DA IGREJA

 LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA

DIA: 30/09/2020


SEGUNDA SEMANA – QUARTA-FEIRA (Páginas 43 à 47)


Ler com oração:

Rm 10:13  porque "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo".


      Capítulo três 

 

A VIDA DINÂMICA DA IGREJA

    Na história de Abraão, vimos que ele foi justificado pela fé (Gn 15:6; Rm 4:3; Gl 3:6); agora, para entender como a salvação de Deus se aplica a nós, veremos, no capítulo 10 de Romanos, o encargo de Paulo pelo evangelho. Os que foram justificados pela fé e pregam o evangelho precisam de um ambiente adequado para crescer até atingir a maturidade. Por isso, neste capítulo, também veremos Romanos 12, que fala sobre a vida dinâmica da igreja. 


    No início de Romanos 10, Paulo abre seu coração e fala com pesar sobre os judeus. Seu desejo era que eles também recebessem a salvação: “Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles são para que sejam salvos. Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém não com entendimento. Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus” (vs. 1-3). Nesses versículos, fica claro o desespero de Paulo para mostrar ao povo de Israel que o homem não é justificado por obras da lei, mas pela fé (Gl 2:16; Rm 3:20; 5:1-2).


     No versículo 4, é dito: “Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10). Isso significa que, antes de Cristo, nenhum homem conseguiu cumprir a lei. Somente Ele a cumpriu e lhe pôs fim. Por isso Paulo diz que o fim da lei é Cristo. Hoje, somos justificados pela fé, e não mais pela lei. 


  A HUMANIDADE PERFEITA DE CRISTO 



    Em Romanos 10:5-7, lemos: “Ora, Moisés escreveu que o homem que praticar a justiça decorrente da lei viverá por ela. Mas a justiça decorrente da fé assim diz: Não perguntes em teu coração: Quem subirá ao céu?, isto é, para trazer do alto a Cristo; ou: quem descerá ao abismo?, isto é, para levantar Cristo dentre os mortos”. Nesses versículos, vemos a encarnação de Cristo, Seu viver humano, Sua morte, Sua ressurreição e, por fim, Sua ascensão. Deus aprovou o sacrifício de Cristo, ressuscitando-O dentre os mortos (At 2:32-33).

     Em Atos 13:33, lemos: “Como Deus a cumpriu plenamente a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus, como também está escrito no Salmo segundo: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei”. Mas Jesus já não era Filho de Deus? Sim! Porém, através da ressurreição, Sua humanidade foi aprovada por Deus e introduzida na divindade. Se Deus não tivesse aprovado Seu viver humano e Seu sacrifício na cruz, não teria ressuscitado o Senhor Jesus dentre os mortos. Diante disso, a ressurreição é uma evidência de que a obra de Cristo foi aprovada por Deus Pai.

 

Confessar com a boca e crer com o coração 

    Em Romanos 10:8, lemos: “Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos”. Aqui, Paulo estava pregando o evangelho para os judeus. Essa palavra que está perto de nós é o próprio Cristo (Jo 1:1). Você quer ser justificado? Basta crer. Paulo mostra que crer é algo simples, uma vez que Cristo, como a Palavra, está perto de nós, na nossa boca e no nosso coração. Essa é a palavra da fé que pregamos. Vocês acham que pregar o evangelho é difícil? Que é necessário saber a Bíblia toda, de Gênesis a Apocalipse? Aqui, vemos que é algo muito mais simples. 


    Prosseguindo em Romanos 10, vejamos como é simples receber a salvação em Cristo Jesus: “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação” (vs. 9-10). Esses versículos mostram que antes devemos confessar com a boca e, depois, crer com o coração. Quando pregamos o evangelho, devemos levar as pessoas a invocar o nome do Senhor, pois, se invocarem, seu coração também crerá. 


INVOCAR O NOME  DO SENHOR SALVAÇÃO E RIQUEZA 



    Os versículos a seguir, mostram o caminho prático para sermos salvos e enriquecidos espiritualmente: “Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido. Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam” (Rm 10:11-12). Quando invocamos o nome do Senhor, recebemos a salvação e somos introduzidos em uma nova família: a igreja. Nessa família, não importa a raça, a classe ou a condição, uma vez que Cristo é o Senhor de todos, rico para com todos os que O invocam. Quanto mais você O invoca, mais rico Ele se torna. Você não precisa buscar desfrute, alegria e felicidade no mundo, pois tudo isso está nesse Nome. O nome de Jesus está acima de todas as coisas, e podemos invocá-lo em toda e qualquer situação. 


    Veremos, agora, alguns versículos sobre invocar o nome do Senhor. Leiamos Deuteronômio 4:7: “Pois que grande nação há que tenha deuses tão chegados a si como o Senhor, nosso Deus, todas as vezes que o invocamos?”. Quando invocamos o nome do Senhor, Ele se achega a nós. Leiamos, também, Salmos 86:5: “Pois tu, Senhor, és bom e compassivo; abundante em benignidade para com todos os que te invocam”. Podemos desfrutar as riquezas de Cristo, invocando esse precioso Nome. O Senhor é bom, compassivo e abundante em benignidade para com todos os que O invocam. 


    Continuando: “Porque inclinou para mim os seus ouvidos, invocá-lo-ei enquanto eu viver. [...] Então, invoquei o nome do Senhor: ó Senhor, livra-me a alma. [...] Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor” (Sl 116:2, 4, 13). Querido leitor, nos momentos de angústia e tristeza, devemos invocar o nome do Senhor.


     Igualmente, quando estamos alegres, devemos invocar: “Vós, com alegria, tirareis água das fontes da salvação. Direis naquele dia: Dai graças ao Senhor, invocai o seu nome, tornai manifestos os seus feitos entre os povos, relembrai que é excelso o seu nome” (Is 12:3-4).

     Em Atos 7:59-60, lemos: “E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu”. Se estivéssemos no lugar de Estêvão, qual seria nossa reação? Certamente, ficaríamos com raiva daquelas pessoas. Todavia o sentimento dele foi de misericórdia, pois orou pelos que o apedrejavam. Aqui, vemos a realidade do que o Senhor falou em Mateus 5:39: “Mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra”. Somente os que invocam o nome do Senhor conseguem ter essa reação. 


    Vejamos o que Paulo escreveu aos coríntios: “À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso” (1 Co 1:2). Os cristãos do Novo Testamento tinham a prática de invocar o nome do Senhor. Eles invocavam em qualquer lugar, sem restrição ou constrangimento. O próprio Paulo, antes de se converter, perseguia os que invocavam o nome do Senhor (At 9:13-14), que é a principal característica de um cristão. Que possamos invocar o nome do Senhor várias vezes durante todo o dia. 


PREGAR O EVANGELHO PARA EXPANDIR O REINO DE DEUS


     O encargo de Paulo pelo evangelho era muito forte (1 Co 9:16-23). Ele tinha o desejo de visitar a igreja em Roma e de lá partir para a Espanha, para pregar o evangelho onde a palavra de Cristo ainda não havia sido anunciada (Rm 15:19-24). Precisamos ter esse espírito de pregar o evangelho em lugares que ainda não têm o testemunho de Cristo, para expandir o reino de Deus na terra.


     Em Lucas 4:17-19, lemos: “Então, lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor”. Há muitos pobres, cativos, cegos e oprimidos, espiritualmente, no mundo. Alguns podem ter uma condição social favorável, mas interiormente seu estado é lastimável. É nossa função levar a cura às pessoas por meio do evangelho (At 26:18). 

    O Senhor nos comissionou para pregar o evangelho: “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28:18-20).