sábado, 24 de outubro de 2020

LIBERTAÇÃO DA IDOLATRIA E CONVERSÃO A DEUS

 ALIMENTO DIÁRIO

*SEMANA 1 – SÁBADO (páginas 18, 19 e 20)*
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem:*O PODER DO EVANGELHO – (1 Ts 1:5))
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
Ec 3:11; 1 Ts 5:23
Ler com oração:
Eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura (1 Ts 1:9-10).

LIBERTAÇÃO DA IDOLATRIA E CONVERSÃO A DEUS
O testemunho dos tessalonicenses teve uma repercussão marcante em toda a região da Macedônia e Acaia. Estamos diante de uma igreja nova, de poucos meses, mas visivelmente transformada (1 Ts 1:9-10). Aqui, Paulo, mais uma vez, não enfatiza milagres nem atitudes a que os homens e os cristãos em geral dão importância. Ele ressalta a transformação de vidas por intermédio de seu testemunho naquela cidade. Paulo afirma: “Pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro” (v. 9). Era como se Paulo dissesse: “Nossa presença no meio de vocês causou toda essa transformação”.
As palavras e o viver de Paulo e seus cooperadores geraram entre os tessalonicenses três atitudes que estão relacionadas com a estrutura do viver da igreja. Primeiramente, eles deixaram os ídolos para se converter a Deus (obra de fé), depois, começaram a servir o Deus vivo e verdadeiro (labor de amor). Por fim, passaram a aguardar dos céus a Jesus (perseverança da esperança).
Podemos afirmar que uma coisa é deixar os pecados e voltar-se para Deus, e outra é deixar os ídolos e voltar-se para Ele. Muitos cristãos hoje, de certa maneira, deixaram os pecados grosseiros e se voltaram para Deus. Mas a pergunta que fazemos é: será que todos eles deixaram os ídolos? Ao analisarmos a natureza humana, entendemos por que as pessoas se apegam a ídolos. Leiamos: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim” (Ec 3:11). Esse versículo se relaciona com este: “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5:23). Esses versículos são revolucionários.
O ser humano compõe-se de três partes: espírito, alma e corpo. O corpo é a parte exterior. Na parte intermediária, temos nossa alma, a parte psicológica (psique), que se compõe de três partes: a intelectual, que é a nossa mente; a emocional, que é a nossa emoção; e a parte volitiva, que é a nossa vontade. Na parte mais interior, está o espírito humano. Apesar de reconhecer a existência do corpo e da alma, poucos sabem que dentro de si também há um espírito humano, uma parte que está escondida lá em seu âmago, em seu íntimo. É aí que Deus colocou a eternidade, conforme lemos em Eclesiastes, no coração do homem, sem que este o perceba (3:11).
O homem tem a eternidade dentro de si, e a única maneira de preencher esse vazio é com o próprio Deus. Assim, é possível compreender por que, desde os primórdios de sua existência, o ser humano procura preencher esse vazio com coisas materiais (dinheiro, casas, carros, tecnologia etc.) ou com prazeres para sua alma (viagens, sucesso, entretenimento etc.), sem com isso se sentir satisfeito. Agora, sabemos que, por mais que tente, o ser humano nunca conseguirá preencher esse vazio, pois a eternidade está em seu coração. Essa eternidade, que é o espírito humano, só pode ser preenchida com o próprio Deus, que é eterno. Todas as pessoas têm uma necessidade natural de adorar ao Deus vivo e verdadeiro. Desde indígenas, que adoram estátuas ou elementos da natureza, até aqueles que se declaram ateus, todos sentem necessidade de adorar a Deus, mas, como se negam a fazer isso, criam seus próprios ídolos.
Existem duas categorias de idolatria: a visível e a oculta. Em muitos países, a idolatria é ostensiva, visível, com imagens e estátuas de ídolos. Em outros lugares, a idolatria é oculta, como o culto às celebridades, aos bens materiais, ao dinheiro e aos prazeres. Mas, afinal, o que é ídolo? Ídolo é tudo aquilo que toma o lugar de Deus. É algo muito sutil. Os ídolos podem impedir você de se consagrar ao Senhor. Muitos idolatram celebridades do mundo da música, do cinema, dos esportes, da política e, agora, das redes sociais. Alguns ainda conservam em suas casas quadros desses ídolos. Embora não sejam imagens de santos, são igualmente ídolos.
Vimos que os cristãos tessalonicenses deixaram os ídolos para se converter a Deus. “Converter” no sentido original da palavra em português significa voltar-se. As pessoas da província da Macedônia, onde se encontrava a cidade de Tessalônica, viviam profundamente enraizadas na idolatria. Mas muitas delas experimentaram o poder do evangelho, foram libertas dos ídolos e se voltaram para o Deus vivo e verdadeiro. Que transformação! Essa experiência todos nós precisamos ter na igreja! Louvado seja o Senhor.