terça-feira, 25 de março de 2014

UNS PARA A VIDA ETERNA, E OUTROS PARA HORROR ETERNO ATÉ SEREMOS SEMELHANTES A ELE

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 3 - TERÇA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM capítulo 5: O MINISTÉRIO DE PEDRO

Leitura bíblica: Dn12:2; Dt 32:39-40; Jo 3:14-16; Rm 8:6; Cl3:1-2; 1 Co 15:42-50

Ler com oração: Havia, entre os fariseus, um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. Este, de noite, foi ter com Jesus e lhe disse: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. (1 Jo 3: 1-2)


UNS PARA A VIDA ETERNA, E OUTROS PARA HORROR ETERNO ATÉ SEREMOS SEMELHANTES A ELE

Uns para a vida eterna e outros para horror eterno


Poucos têm essa consciência, mas o homem foi criado com a eternidade no coração, que é o espírito humano, e a alma surgiu em função da criação do espírito, portanto, o espírito e a alma do homem não morrerão jamais. Todavia, isso não é vantagem alguma se o homem não receber a vida eterna de Deus. Nas profecias de Daniel há uma passagem que diz: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno” (Dn 12:2). Isso significa que se o homem não receber a vida eterna hoje, crendo no Senhor Jesus, irá para vergonha e horror eterno. Que lástima, mesmo desejando morrer não o conseguirão! Por isso, precisamos alertar todo homem sobre isso e pregar o evangelho a fim de salvá-lo desse destino horrível.

O dom gratuito de Deus é a vida eterna

Deus é o grande EU SOU, somente Ele é Deus, e não há nenhum outro além Dele. Somente Deus possui a vida eterna (Dt 32:39-40). Ele nos criou com a eternidade no coração, com o objetivo de nos dar Sua vida eterna. Mas como receber a vida eterna? O Senhor Jesus explicou a Nicodemos: “E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna. Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:14-16). O grande amor de Deus é demonstrado pela doação de Seu próprio Filho ao homem, a fim de nos salvar da perdição eterna e nos dar Sua vida eterna. Ele tornou tudo muito simples: basta crer no Filho para receber a vida eterna (v. 36).
O homem já possui um invólucro de eternidade no coração, que é o espírito; todavia, essa eternidade precisa receber como seu conteúdo a vida divina, que é eterna. Quando cremos no Senhor, nascemos de Deus; essa é a salvação do nosso espírito; nunca mais participaremos da vergonha e horror eterno. Que presente recebemos de Deus! Por isso Paulo fala em Romanos: “O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (6:23).

A vida eterna também em nossa alma

A salvação de Deus é completa, Ele deseja salvar o nosso espírito, alma e corpo, conforme já explicamos. Agora que cremos no Senhor e recebemos a salvação do espírito, como receber também a salvação em nossa alma? Paulo explica na Epístola aos Romanos que se inclinarmos a nossa mente para a carne, resultará em morte; mas se a inclinarmos ao Espírito, teremos vida e paz (8:6). A nossa alma voltada sempre para o Espírito, receberá a vida eterna.

A árvore do conhecimento do bem e do mal

O homem foi criado com um espírito, como um invólucro de eternidade para receber a vida eterna de Deus. A alma surgiu em consequência disso, portanto, ela também foi feita para viver na esfera da eternidade. Todavia, quando a serpente propôs a Eva o fruto do conhecimento do bem e do mal; ao comê-lo, o homem rebaixou sua alma ao nível terreno do certo e do errado, do bem e do mal. O que Deus tinha para o homem era algo celestial, eterno, que sobrepuja tudo que é terrenal. Pelo fato de o homem haver escolhido o que é terreno, o problema de sua alma não é buscar somente o bem ou o mal, o certo ou errado, mas ficar limitado apenas ao plano humano, que não cumpre a vontade de Deus.
Por essa razão, Jesus disse certa vez aos judeus: “Vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima; vós sois deste mundo, eu deste mundo não sou” (Jo 8:23). A salvação de Deus é para nos libertar do plano terreno para vivermos no plano celestial, espiritual e da fé. Por isso Paulo afirma em Colossenses: “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra” (Cl 3:1-2).

Negar a vida da alma – uma libertação

Pedro foi repreendido pelo Senhor não porque queria o mal Dele, mas porque não cogitava das coisas de Deus, e, sim, das dos homens. Não há outro caminho para agradar a Deus, senão negar a vida da alma com todas as limitações humanas e receber a vida eterna de Deus, com todo o poder da fé, do Espírito. Jesus disse: “Se alguém quiser vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida [alma] perdê-la-á; e quem perder a vida [alma] por minha causa achá-la-á” (Mt 16:24-25).
Negar a vida da alma não é uma perda para o homem, mas uma libertação e santa barganha. Somos libertos do plano terreno do certo e do errado, libertos de viver pela razão, para ganharmos a vida eterna de Deus com todos os seus atributos sobre-humanos. As epístolas de Pedro têm grande valor na nossa experiência para ajudar-nos nisso. O fogo do Espírito pode queimar todas as impurezas terrenas, para experimentarmos todas as prerrogativas da vida eterna.

A vida cristã: uma história de fé

A palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus, disse Paulo (1 Co 1:18). A cruz aniquila o que há de terreno em nós, para começarmos uma vida em outra esfera, em outra dimensão, a dimensão da fé. Aprouve a Deus salvar os que creem, pela loucura da pregação (v. 21). A vida cristã é para ser vivida totalmente na esfera da fé, na esfera do Espírito, e não mais do certo e do errado, do bem e do mal. Infelizmente muitos cristãos ainda vivem e servem a Deus no plano terreno, limitados pelo tempo e espaço como todo ser humano.
Deus quer infundir cada vez mais a Sua vida eterna em nossa alma, libertando-a da escravidão do plano terreno, para vivermos no plano celestial, espiritual. Para isso é de suma importância a prática de invocar o nome do Senhor, pois ela nos leva a viver no espírito. Em seguida, é importante aprendermos a negar a nossa vida da alma, cooperando com o trabalho de Deus em nós. Assim, como está relatado na Segunda Epístola de Pedro, sobre a base da fé, Deus quer acrescentar Sua natureza em nós, até sermos como Ele é, plenos de Sua vida e natureza.

O primeiro homem é terreno; o segundo homem é do céu

Paulo em sua primeira carta aos coríntios revela que durante o tempo em que vivemos no corpo terreno é para semearmos para que o nosso ser tripartido alcance a incorrupção, glória e poder, mediante a salvação completa de Deus: “Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual” (1 Co 15:42-44).
O primeiro homem, Adão, é terreno, pois é formado da terra; mas o segundo homem, Cristo, é do céu. O primeiro homem foi feito alma vivente, é, portanto, natural; o segundo homem é espírito vivificante, é, portanto, celestial: “Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, e sim, o natural; depois, o espiritual. O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu. Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial. Isto afirmo, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção” (vs. 45-50).
Que alento é saber que Deus está trabalhando em nós com Sua vida e natureza, transformando-nos em homens celestiais, espirituais, cheios da imagem do que é celestial, com o objetivo de herdar o reino de Deus. Todo o nosso ser: espírito, alma e corpo, será salvo pela vida e natureza de Deus, e transferido para o plano celestial.

Seremos semelhantes a Ele

O apóstolo João viu essa maravilha: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é” (1 Jo 3:1-2). Hoje ainda não temos noção completa do que realmente é ser um filho de Deus, assim como com olhos naturais, o mundo não conheceu Cristo como o Filho de Deus. Contudo, já dá para termos uma noção do que haveremos de ser, visto que seremos semelhantes a Cristo quando Ele se manifestar naquele dia. Havemos de vê-Lo como Ele é.
A vida cristã não se resume em práticas de bom comportamento ou de ética e moral, pois tudo isso ainda está no plano terreno. A salvação completa de Deus é para nos levar para outra dimensão, a da fé e do espírito. Transcenderemos sobre o tempo e o espaço naquele dia. Paulo tenta explicar esse fato em sua Primeira Epístola aos Coríntios: “Porque agora vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor” (1 Co 13:12-13).
Tudo que conseguimos entender hoje é como ver as coisas por espelho, que é muito limitado e obscuro; pois vemos tudo em duas dimensões. Mas naquele dia veremos face a face, veremos tudo em três dimensões, veremos as coisas espirituais como elas são. Na verdade estaremos vendo as coisas na dimensão de Deus, que é o amor. Não será em 2D nem em 3D, pois não será em qualquer dimensão do conhecimento do homem, mas na dimensão do Deus eterno.
A contribuição de Pedro é muito grande para vermos a grande salvação de Deus a ser revelada naquele dia; Deus ainda está trabalhando em nós até nos tornar como Ele é em vida e natureza. Deus é amor, e nós seremos como Ele é, e viveremos na dimensão de Deus. Por isso, o autor de Hebreus exclama: “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?” (2:3).