sábado, 31 de outubro de 2020

CHAMADOS PARA TRILHAR O CAMINHO DA GLÓRIA

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 – SÁBADO (páginas 34 e 35)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: DEUS NOS CHAMA PARA SEU REINO E GLÓRIA – (1 TS 2:12)
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
1 Ts 2:7, 11-12
Ler com oração:
Para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo (2 Ts 2:14).


CHAMADOS PARA TRILHAR O CAMINHO DA GLÓRIA

O relacionamento de Paulo com a igreja em Tessalônica é, de fato, inspirador. De um lado, seu procedimento era semelhante ao de uma mãe que acalenta, alimenta e pega no colo seus filhos. De outro, sua conduta também era como a de um pai que exorta (1 Ts 2:7, 11). E foi com essas credenciais, de mãe e pai, que Paulo pôde dizer: “Exortamos, consolamos e admoestamos” (v. 12). Querido leitor, é desse tipo de irmão que a vida da igreja precisa. Por vezes ouvimos alguém dizer: “Aquela irmã é uma mãe para mim”, ou “aquele irmão é um pai”. Todos precisamos ser mães e pais uns dos outros. Mães que cuidam, alimentam, dão carinho, e pais que exortam, corrigem, consolam, admoestam!
Paulo reforça a questão do rogo e da exortação, como se lê: “Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como de nós recebestes, quanto à maneira por que deveis viver e agradar a Deus, e efetivamente estais fazendo” (1 Ts 4:1a). E, no final da epístola, mais uma vez ele diz: “Exortamo-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos”(5:14a). Na igreja, precisamos de pais que nos admoestem. Tudo isso nos mostra como Paulo se preocupava com aqueles irmãos, de modo a estar sempre pronto a exortá-los como pai.
Mas qual era a razão da exortação de Paulo? Leiamos: “Exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória” (1 Ts 2:12). A expressão grega para “viverdes” é peripateo, que diz respeito ao andar diário e pessoal. Paulo estava convocando os irmãos a que andassem no dia a dia de forma digna de Deus, que nos chama para Seu reino e glória. Andar de modo digno é andar de acordo com a vontade de Deus. Mas por que Deus nos chama para andar de modo digno? Porque Ele nos escolheu. Amado leitor, Deus escolheu você, você mesmo que está recebendo esta palavra. Hoje, você está sendo chamado porque foi escolhido por Deus antes mesmo de nascer. Atenda a Seu chamado, pois Ele é fiel e o ajudará a percorrer esse caminho. O que cabe a nós é apenas perseverar. “Fiel é o que vos chama, o qual também o fará” (1 Ts 5:24).
O chamamento de Deus se dá mediante a pregação do evangelho, conforme lemos: “Para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo” (2 Ts 2:14). Portanto, todas as vezes que você ouvir a palavra de Deus ser proferida, é o evangelho vindo até você. Esse evangelho visa conduzir-nos a alcançara glória. Este é o destino de nosso chamamento: Seu reino e glória (1 Ts 2:12).
O apóstolo Pedro também reforçou essa questão do chamamento e nos deu importantes contribuições, como lemos aqui: “Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar” (1 Pe 5:10). Pedro confirma que nossa ida para a glória não será simples, mas mediante sofrimento. Contudo esse sofrimento, quando comparado com a glória do reino, se torna suportável. Permaneçamos firmes e oremos uns pelos outros, pois queremos que todos cheguem ao destino final, o reino.
A primeira vinda do Senhor Jesus foi precedida de uma proclamação e um chamado ao arrependimento: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”(Mt 3:2). Hoje, às portas de Sua segunda vinda, nós também podemos perceber o chamamento de Deus para que nos arrependamos, isto é, tenhamos uma mudança de mente, de atitude e de postura. Vamos aguardar a vinda do Senhor como um soldado de Seu exército, de prontidão!
Se perguntarmos: “Quem quer o reino?”, todos dirão: “Eu quero!”. Mas, se perguntássemos: “Quem quer sofrer?”, alguns iriam esmorecer. Não estamos com isso dizendo que devemos orar ao Senhor pedindo mais sofrimentos, pois os que nos são destinados surgem de forma espontânea e são suficientes. Nossa necessidade é perseverar mesmo em meio a sofrimentos!

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

UM VIVER IMPACTANTE E INSPIRADOR

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 – SEXTA-FEIRA (páginas 32 e 33)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: DEUS NOS CHAMA PARA SEU REINO E GLÓRIA – (1 TS 2:12)
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
Jo 13:14-16; 1 Co 9:1-12; 2 Co 11:9; 12:14; 1 Ts 2:8; 2 Ts 3:8
Ler com oração:
Embora pudéssemos, como enviados de Cristo, exigir de vós a nossa manutenção, todavia, nos tornamos carinhosos entre vós, qual ama que acaricia os próprios filhos (1 Ts 2:7).

UM VIVER IMPACTANTE E INSPIRADOR
Temos visto como a conduta de Paulo entre os tessalonicenses foi impactante. Atentemos ao que ele disse: “Embora pudéssemos, como enviados de Cristo, exigir de vós a nossa manutenção, todavia, nos tornamos carinhosos entre vós, qual ama que acaricia os próprios filhos” (1 Ts 2:7). Esse versículo é muito humano e muito doce. A tradução literal para “enviados” é apóstolos, e, como tal, Paulo tinha direitos sobre aquela igreja, de modo a dela exigir sua manutenção. Com base na autoridade apostólica que tinha, Paulo poderia impor aos tessalonicenses o peso de sua manutenção. Ele continua: “Porque vos recordais, irmãos, do nosso labor e fadiga; e de como, noite e dia labutando para não vivermos à custa de nenhum de vós, vos proclamamos o evangelho de Deus” (v. 9). No entanto, em vez de se fazer pesado aos irmãos, Paulo trabalhou com as próprias mãos, noite e dia, para não viver à custa de ninguém. Mesmo trabalhando e labutando, ele conseguiu pregar o evangelho. Que exemplo excelente!
Paulo também falou sobre os direitos que possuía por ser apóstolo (1 Co 9:1-12). Quando esteve em Corinto, Paulo trabalhou com as próprias mãos, humilhou-se e abriu mão de sua posição de dignidade para servir, seguindo o exemplo do Senhor Jesus. Nosso Senhor não reivindicou Sua posição; antes, até mesmo lavou os pés de Seus discípulos, e é com essa humildade que nós também devemos servir (Jo 13:14-16). Em vez de usar do direito de impor coisas sobre os tessalonicenses, Paulo se comparou a uma mãe que acalenta os filhos e deles cuida com carinho. Foi assim que Paulo se relacionou com a igreja em Tessalônica (1 Ts 2:7). É dessa forma carinhosa que devemos lidar com os irmãos, como nos foi ensinado por Paulo com seu exemplo.
Paulo não apenas pregou o evangelho aos tessalonicenses, mas lhes deu a própria vida (1 Ts 2:8). Note que “vida” aqui é “vida da alma”, psiquê, em grego, e isso envolve sacrifício, desdobramento, desprendimento. Paulo não enfatizou atos milagrosos, como cura, expulsão de demônios ou outras formas de demonstração de poder, mas apresentou seu testemunho de uma vida cristã normal, que inclui fé, amor e esperança.
O apóstolo trabalhou muito e nunca quis ser pesado a ninguém, pelo que chegou a trabalhar noite e dia (1 Ts 2:9; 2 Ts 3:8). Quanta disposição ele tinha! Mesmo envolvido em seus afazeres diários, jamais deixou de pregar o evangelho e dar testemunho do que o evangelho havia feito em sua vida. O trabalho nunca foi um impedimento ao exercício de seu ministério. Mesmo sendo apóstolo, separado para realizar a obra de Deus, Paulo tinha por profissão confeccionar tendas e, por onde passava, trabalhava, mas, principalmente, pregava o evangelho (At 18:3).
Veja como era sua vida por suas próprias palavras: “E nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos” (1 Co 4:12a). Ele sempre buscou trabalhar para não se fazer pesado a ninguém, embora os irmãos de Filipos se tivessem associado a seu apostolado e o suprido em algumas ocasiões (2 Co 11:9; Fp 4:15-16). Paulo nunca esteve interessado nos benefícios de ser apóstolo; antes, sua atitude sempre foi a de doar-se (2 Co 12:14). Esse foi seu testemunho entre os tessalonicenses e foi isso que causou impacto.
Por fim, ainda sobre sua conduta entre os tessalonicenses, Paulo escreveu: “Vós e Deus sois testemunhas do modo por que piedosa, justa e irrepreensivelmente procedemos em relação a vós outros, que credes” (1 Ts 2:10). A conduta piedosa é para com Deus, a conduta justa é para com os homens e a conduta irrepreensível é para com Deus, para com os homens e também para com Satanás, a fim de que este não tenha motivo de nos repreender ou acusar. No início do versículo 11, ele reforça: “E sabeis, ainda, de que maneira [...]”. A conduta do apóstolo Paulo deve inspirar-nos a buscar o mesmo tipo de viver piedoso, justo e irrepreensível. Louvado seja o Senhor!

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

FIÉIS, SINCEROS E HUMILDES NO SERVIÇO A DEUS

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 – QUINTA-FEIRA (páginas 30 e 31)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: DEUS NOS CHAMA PARA SEU REINO E GLÓRIA – (1 TS 2:12)
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
2 Co 2:17; 4:2; 1 Tm 6:3-5, 10a; Tt 1:11
Ler com oração:
A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra (Pv 29:23).

FIÉIS, SINCEROS E HUMILDES NO SERVIÇO A DEUS
Temos visto que, ao se dirigir aos tessalonicenses, Paulo não o fez com motivação impura ou buscando algum interesse próprio. Esse assunto nos ajuda a refletir sobre o propósito, a maneira e a intenção de nosso serviço a Deus: “A verdade é que nunca usamos de linguagem de bajulação, como sabeis, nem de intuitos gananciosos. Deus disto é testemunha” (1 Ts 2:5). Essas palavras são muito atuais e se contrapõem à triste realidade presente no cristianismo de forma geral, em que é possível perceber muita linguagem de bajulação, badalação e adulação com o objetivo de agradar a homens. Essa questão é seríssima, e o próprio Paulo tratou disso com bastante firmeza, conforme lemos: “Esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos” (Rm 16:18), ou seja, enganam o coração dos simples e inocentes.
Na Epístola de Judas, também encontramos outra passagem bastante firme no tocante a isso: “Os tais são murmuradores, são descontentes, andando segundo as suas paixões. A sua boca vive propalando grandes arrogâncias; são aduladores dos outros, por motivos interesseiros” (v. 16). Querido leitor, que o Senhor limpe nosso coração dessas coisas. Esse tipo de situação acontecia na época de Paulo, mas também acontece em nosso tempo. Que nosso serviço a Deus não seja por ganância, buscando algum proveito, especialmente na área financeira, cobiçando o dinheiro das pessoas.
Paulo expõe que alguns mercadejavam a Palavra, isto é, vendiam-na por preço; ele, todavia, servia com sinceridade da parte de Deus (2 Co 2:17). Tudo isso é muito significativo e precisa incomodar-nos. Ao lidar com a Palavra de Deus, devemos ter sempre muito temor e tremor; jamais diluí-la, mas apresentá-la como de fato é. Além disso, ao pregar a Palavra, devemos crer que, se as pessoas estiverem no espírito, receberão revelação para entender o que consta nas Escrituras, sem a necessidade de darmos algum tipo de desconto ao que Deus disse. A Palavra de Deus deve ser apresentada de forma pura, sem mistura (4:2).
Em suas cartas pastorais a Timóteo e Tito, de forma veemente, Paulo falou contra aqueles que utilizavam seu ar de piedade, de espiritualidade, para obter lucro, mesmo que para isso fosse preciso perverter a verdade a fim de atingir um propósito ganancioso (1 Tm 6:3-5; Tt 1:11). Infelizmente ainda existem, em nosso tempo, pessoas que agem dessa maneira.
O apóstolo Pedro também deixou sua contribuição ao escrever: “Movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme” (2 Pe 2:3). Quão séria é essa questão! O Senhor hoje nos testa e espera que todos sejamos aprovados. É lamentável como alguns servos de Deus são reprovados na questão das finanças, uma área em que muitos caem, comprovando a tese bíblica de que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1 Tm 6:10a).
A grande tentação para os servos de Deus é a glória humana. A esse respeito, veja o que Paulo escreveu: “Também jamais andamos buscando glória de homens, nem de vós, nem de outros” (1 Ts 2:6). Muitos, ao servir a Deus, começam com humildade, mas, com o passar do tempo, por serem reconhecidos, passam a buscar a glória humana. Isso é muito perigoso, pois pode levá-los à ruína como servos de Deus. Vamos conservar a simplicidade e não permitir que o sucesso seja a razão de nossa queda. Hoje, o Senhor tem levantado muitos irmãos e irmãs jovens que desempenham funções importantes na igreja. Irmãos, nós que ministramos a Palavra de Deus temos muito temor. Falo isso de coração, porque jamais queremos, em tempo algum, roubar a glória de Deus. Queremos continuar sendo os irmãos simples que o Senhor levantou para servir as igrejas.
O maior perigo é o sucesso. Quando fracassamos, o perigo é a possibilidade que temos de desistir e não perseverar. Mas, quando estamos no caminho do sucesso, a glória dos homens será sempre o maior perigo. Que sejamos simples e humildes, reconhecendo sempre que toda glória é do Senhor!

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

DIGNOS DA CONFIANÇA DE DEUS

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 – QUARTA-FEIRA (páginas 28 e 29)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: DEUS NOS CHAMA PARA SEU REINO E GLÓRIA – (1 TS 2:12)
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
At 26:28; 2 Co 11:23-28; Gl 1:10; 1 Ts 2:4
Ler com oração:
Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno (Sl 139:23-24).

DIGNOS DA CONFIANÇA DE DEUS
Deus tem um forte desejo de nos entregar o Seu evangelho! Mas, para que isso ocorra, primeiramente, precisamos ser aprovados por Ele. Quando Deus nos confia algo, isso arde em nosso coração de tal maneira que até nos faz perder o sono. Portanto, aqui cabe uma pergunta bastante singela: Como você tem vivido? Despreocupadamente ou como se algo queimasse em seu coração?
Nossa intenção, ao falar essas palavras, não é condenar ninguém, mas transmitir o sentimento que Deus colocou em nosso coração. Fazemos isso com temor e tremor. Será que podemos dizer: “Deus me confiou o evangelho”? Existe algo queimando dia e noite em nosso coração como acontecia com Paulo? Ao observar bem as experiências da vida dele, vemos que ele viajava muito, foi preso, fustigado com varas, açoitado várias vezes, sofreu três naufrágios (2 Co 11:23-27), mas nenhuma dessas experiências chegou a inquietá-lo tanto como a preocupação com as igrejas! Isso, sim, ardia em seu coração (v. 28). Certa vez, Paulo foi preso e, ao ser interrogado pelo rei Agripa, pregou-lhe o evangelho e quase o persuadiu a ser cristão (At 26:28). Durante seu discurso, ele fez ainda a seguinte declaração: “Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial”(v. 19). Querido leitor, a experiência de Paulo é inspiradora. Existe um fogo que arde em você? Vamos reagir e pedir juntos: “Senhor, aprova-me e confia-me Teu evangelho”!
Paulo realmente tinha certeza de que Deus lhe confiara o evangelho, conforme ele declara em algumas passagens, como em sua primeira epístola a Timóteo: “Segundo o evangelho da glória do Deus bendito, do qual fui encarregado” (1 Tm 1:11); na epístola a Tito: “Em tempos devidos, manifestou a sua palavra mediante a pregação que me foi confiada por mandato de Deus, nosso Salvador” (Tt 1:3); e na primeira epístola aos coríntios: “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho! Se o faço de livre vontade, tenho galardão; mas, se constrangido, é, então, a responsabilidade de despenseiro que me está confiada” (1 Co 9:16-17). Concluindo, Paulo diz que seu compromisso é agradar a Deus, e não aos homens. Os tessalonicenses viram em Paulo alguém devidamente conectado a Deus e comprometido com a missão que lhe fora confiada. Confira: “Assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração” (1 Ts 2:4b).
Paulo sempre foi uma pessoa convicta de que seu dever era agradar a Deus; se agradasse a homens, não seria servo de Cristo (Gl 1:10). Embora sirvamos as pessoas, e devemos fazê-lo com sabedoria, prudência e discernimento para não ofender ninguém levianamente, tenhamos sempre em mente que nosso objetivo é, acima de tudo, agradar a Deus.
Querido leitor, ainda que a carta aos tessalonicenses tenha sido dirigida a irmãos novos, não podemos desprezar seu conteúdo. Essas palavras devem levar-nos de volta à simplicidade, fazendo-nos examinar nossa condição espiritual para descobrir se há algum problema com o fundamento de nossa fé que nos impeça de avançar.
No livro de Salmos, há duas passagens que nos mostram a importância de adotar uma atitude humilde diante de Deus, como fez o rei Davi, pedindo a Ele que o sondasse interiormente: “Examina-me, Senhor, e prova-me; sonda-me o coração e os pensamentos” (Sl 26:2); e “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno” (139:23-24). É esse tipo de humildade que Deus requer de nós para que sejamos aprovados e considerados dignos de receber a comissão de pregar o evangelho. Que Deus nos carimbe a todos com “Aprovado!”, “Aprovado!”, “Aprovado!”. Que o “fogo” do evangelho queime em todos nós e que haja uma enorme “fogueira” queimando em todas as cidades. Aleluia!

terça-feira, 27 de outubro de 2020

TESTADOS E APROVADOS PARA SERVIR A DEUS

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 – TERÇA-FEIRA (páginas 26 e 27)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: DEUS NOS CHAMA PARA SEU REINO E GLÓRIA – (1 TS 2:12)
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
1 Ts 2:3-4; 2 Tm 2:15
Ler com oração:
Visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração (1 Ts 2:4).

TESTADOS E APROVADOS PARA SERVIR A DEUS
Veremos hoje alguns pontos relevantes da mensagem desta semana. Paulo disse: “Pois a nossa exortação não procede de engano, nem de impureza, nem se baseia em dolo” (1 Ts 2:3). Esse versículo desvenda o coração do apóstolo Paulo, pois ele afirma que não exortava os irmãos com segundas intenções. O engano, a que se refere, diz respeito à meta e à razão pelas quais as coisas são feitas; a impureza diz respeito à motivação; e o dolo está relacionado ao meio, ao método usado para se alcançar algo, e implica astúcia e malícia, ou seja, é um procedimento fraudulento. A conduta de Paulo não tinha como objetivo alcançar proveito pessoal, suas motivações não eram impuras, e os meios que utilizava eram legítimos. Há outra passagem confirmando as palavras do apóstolo: “Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia” (2 Co 4:1-2a).
Paulo prossegue: “Pelo contrário, visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração” (1 Ts 2:4). A palavra “aprovados” no grego é dokimazo, que significa “ser testado” ou “ser examinado”. Essa expressão era utilizada para o teste de pureza de metais, para saber se uma moeda era genuína ou adulterada pela mistura de outros metais. Na atualidade, Deus tem usado a pandemia da Covid-19 para nos testar, para provar nosso coração. Tudo aquilo por que temos passado tem sido um teste para nosso coração, inclusive o isolamento social. Uma vez que estamos próximos do tempo do fim, o Senhor está, com Seu carimbo, aprovando ou reprovando Seus filhos. Ele nos examina para detectar impurezas em nosso coração, porque precisamos ser purificados para ser aprovados por Deus, a fim de “nos confiar ele o evangelho”! Ó Senhor Jesus!
O termo dokimos, do mesmo radical dokimazo, é encontrado neste versículo: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar” (2 Tm 2:15a). Essa segunda expressão diz respeito àquele que foi aprovado. Querido leitor, que sejamos obreiros aprovados por Deus. Para servir a Deus em Seu exército, precisamos ser aprovados, e, por essa razão, somos testados constantemente. Qual é nossa condição? Estamos comprometidos, focados e engajados? Qual é nossa motivação ao nos alistar no exército de Deus? Essas perguntas são para nossa reflexão.
Para ficar mais esclarecidos com respeito a esses termos usados por Paulo, consideremos o contexto da época. As moedas eram produzidas com metais valiosos, como o ouro e a prata, derretidos e colocados em formas próprias. Cada moeda tinha um peso específico, conforme seu valor. Em seguida, as moedas eram polidas, para facilitar o manuseio, e colocadas em uso. Uma vez que eram usadas no comércio, pessoas mal-intencionadas cortavam pequenas lascas das moedas, adulterando-as. Essa questão era tão séria na época, que, em Atenas, em um século, foram decretadas oitenta leis que proibiam essa prática. O termo dokimos designava homens honestos que se recusavam a negociar usando moedas adulteradas, os quais eram chamados pelo povo de dokimos ou “aprovados”.
E hoje, como Deus nos vê? Somos aprovados a ponto de Ele nos confiar o evangelho? Precisamos estar diante de Deus com temor e tremor, a fim de que Ele nos examine e veja se há em nós algo impuro. E como saber se fomos ou não aprovados por Deus? A resposta está no fato de Deus nos confiar ou não o evangelho. Portanto, hoje, vimos como é o viver e o procedimento de alguém chamado por Deus, sem engano, impureza, dolo e astúcia. Que o Senhor nos purifique para que Lhe sejamos úteis.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

NOSSO PROCEDIMENTO DEVE CORRESPONDER A NOSSO EVANGELHO

ALIMENTO DIÁRIO*SEMANA 2 – SEGUNDA-FEIRA (páginas 23, 24 e 25)

SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: DEUS NOS CHAMA PARA SEU REINO E GLÓRIA – (1 TS 2:12)
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
Fp 1:27-30; 1 Ts 2:1-2
Ler com oração:
O nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós (1 Ts 1:5).

NOSSO PROCEDIMENTO
DEVE CORRESPONDER A NOSSO EVANGELHO

O título da mensagem desta semana é “Deus nos chama para o Seu reino e glória”, que também é o tema geral de nosso estudo sobre as epístolas aos tessalonicenses. Ao longo da semana, vamos considerar alguns aspectos preciosos do segundo capítulo da primeira epístola.
Veremos como a conduta pura, piedosa, justa e irrepreensível de Paulo foi decisiva para que o evangelho impactasse positivamente os tessalonicenses. Seu procedimento foi como o de uma mãe e um pai que se doam aos filhos, pelo que exortava os irmãos a atender ao chamado de Deus para viver de modo digno do evangelho, trilhando um caminho apertado. Embora envolvesse sofrimento, esse caminho, com perseverança, redundaria numa ampla entrada no reino.
A visita de Paulo à cidade de Tessalônica foi bastante proveitosa: “Porque vós, irmãos, sabeis, pessoalmente, que a nossa estada entre vós não se tornou infrutífera”(1 Ts 2:1). A palavra “estada” no grego significa entrada e também aparece no primeiro capítulo como “ingresso” (v. 9). Quando o apóstolo disse ainda que ela “não se tornou infrutífera”, o significado literal é “não foi em vão”.
O testemunho, o procedimento e a conduta de Paulo e seus companheiros, e não a operação de milagres ou coisas exteriores, contribuíram para a grande repercussão do evangelho naquela cidade (1 Ts 1:5). Tudo isso é muito significativo e nos mostra a importância de cuidar de nossa pessoa e conduta, pois o evangelho não é só palavra, mas, antes de tudo, diz respeito a nosso procedimento.
Como tem sido nosso testemunho entre as pessoas que estão próximas de nós, como os vizinhos, por exemplo? Quando o cachorro de um deles late sem parar e isso nos incomoda, qual é nossa reação? São pequenas situações como essa que revelam nosso tipo de viver. Se um casal cristão briga frequentemente a ponto de os vizinhos ouvirem gritaria e pratos e copos sendo quebrados, o que essas pessoas dirão? E se esse casal, motivado a pregar o evangelho, decide bater às portas dos vizinhos e dizer: “Olá, podemos orar por vocês?”. Bem, a probabilidade de essa oração ser rejeitada é grande, uma vez que o testemunho do casal não condiz com sua pregação. Quando isso ocorre, podemos dizer que o ingresso daquele casal na vizinhança foi infrutífero. Querido leitor, a pregação do evangelho não é apenas uma questão de falar, tampouco se resume a orar pelas pessoas, mas, principalmente, é um tipo de viver que inspira os outros a aceitar o mesmo Senhor a quem servimos e por quem fomos salvos.
Demos sequência à leitura: “Apesar de maltratados e ultrajados em Filipos, como é do vosso conhecimento, tivemos ousada confiança em nosso Deus, para vos anunciar o evangelho de Deus, em meio a muita luta” (1 Ts 2:2). A pregação do evangelho é uma questão muito séria e envolve grande luta espiritual contra o inimigo de Deus. Como exército de Deus, precisamos aprender a lutar junto com os irmãos, em unidade e com perseverança.
A maior dificuldade de lutar juntos em prol do evangelho são nossas diferenças de alma. Nesse sentido, Paulo fez um apelo para que vivêssemos de modo digno do evangelho de Cristo, e, para isso, seria necessário estar firmes em um só espírito, como uma só alma, que é a nossa maior dificuldade (Fp 1:27-30). Muitas vezes, nossas diferentes personalidades, gostos e vontades nos afastam uns dos outros, mas o Senhor, por meio de Seu Espírito e de Sua palavra, nos reconcilia com os irmãos, apesar de nossas diferenças. E é assim que, efetivamente, conseguimos lutar juntos pela fé do evangelho. Quando percebemos nossas diferenças de alma e permitimos que o Espírito as supere, nenhum adversário (quer seja interno, como o medo, a indecisão, a dúvida, a falta de autoestima, as mentiras do inimigo para nos desanimar; quer seja externo, como as dificuldades circunstanciais) pode prevalecer contra nós.

domingo, 25 de outubro de 2020

EXPERIMENTAR O PODER DO EVANGELHO

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 1 – DOMINGO (páginas 21 e 22)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: O PODER DO EVANGELHO – (1 Ts 1:5))
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
1 Tm 6:10; Ap 18:2
Ler com oração:
Sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna (1 Jo 5:20).

EXPERIMENTAR O PODER DO EVANGELHO
Sabemos que há duas categorias de idolatria: a visível e a oculta. A idolatria oculta também se apoia em um tripé que substitui Deus em nossa vida: a tecnologia, o dinheiro (relacionado ao poder) e o prazer. A tecnologia está ligada à fé. As pessoas confiam no celular, no computador, no sistema financeiro. O dinheiro está relacionado ao amor, pois a Bíblia nos revela que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1 Tm 6:10). Nós aguardamos a vinda do Senhor. Mas quem está envolvido com o mundo da idolatria só tem esperança em ter mais prazer e vive refém do sistema de entretenimento. Hoje, muitos tomam essas provedoras de filmes e séries de televisão como esperança de divertimento e satisfação nos momentos atuais de isolamento social. Outros ainda idolatram sua carreira, pois ela ocupa o primeiro lugar em sua vida. Todavia, precisamos lembrar que o tripé tecnologia-dinheiro-prazer compõe a estrutura daquilo que a Bíblia chama de torre de Babel, que consiste atualmente na grande Babilônia. Deus já está começando a derrubar essa grande Babilônia (Ap 18:2).
O poder do evangelho é capaz de libertar-nos de toda forma de idolatria e fazer-nos voltar para Deus. Todos precisamos ir diante do Senhor e perguntar: “Senhor, eu tenho ídolos?”. O celular tornou-se um poderoso ídolo. Muitos, quando acordam, pegam o celular, e não a Bíblia. Há jovens totalmente usurpados pelos jogos on-line. Lembre-se: tudo o que toma o lugar de Deus em sua vida se torna um ídolo. Se você tem tempo para todas essas coisas, mas não tem tempo para ler a Bíblia, orar, sair para pregar o evangelho, significa que você ainda não foi liberto da idolatria. Creia no poder do evangelho: deixe os ídolos e volte-se para o verdadeiro Deus.
A experiência com o poder do evangelho também fez com que os de Tessalônica se dispusessem a servir o Deus vivo e verdadeiro. Esse serviço está relacionado ao labor de amor. O amor que Deus colocou em nosso coração é que nos leva a servir nosso Deus vivo e verdadeiro. Servir o Deus verdadeiro não é tão difícil. Sabemos que nosso Deus não é de ouro, prata ou pedra. Nosso Deus nos ouve, nos vê e também fala conosco. Devemos perguntar-nos: meu Deus é vivo? Para responder a isso, devemos fazer mais uma pergunta: como é minha vida diária? Você está conectado a Ele diariamente? Que tipo de Deus seus familiares, colegas, amigos veem em você? Você tem um Deus que o governa e o corrige? O seu Deus é vivo? O que eles ouvem mais de sua boca: louvor e agradecimentos a Deus ou reclamações? Saiba que nossa vida diária afeta diretamente a imagem que nossos familiares, amigos e colegas têm de nosso Deus.
Por fim, os tessalonicenses aguardavam dos céus o Filho de Deus, conforme lemos: “E para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura” (1 Ts 1:10). Aguardar dos céus o Filho indica a perseverança da esperança. O que aguardamos hoje? Não estamos dizendo que não devamos fazer planos para nossa vida. Podemos e devemos fazer planos para nossa família, filhos, trabalho, mas, acima de tudo, o que aguardamos? A economia do país melhorar? Esperamos ganhar mais dinheiro? Ou aguardamos dos céus o Filho de Deus? O que estamos dizendo é que precisamos estar focados em Cristo. Cristo é nosso único destino. Cristo é nosso único futuro. Não coloque sua esperança neste mundo, ainda mais nestes tempos finais.
Mesmo já tendo a vida divina em nós, vamos experimentar o poder do evangelho para nossa plena salvação. O Senhor quer salvar-nos para estarmos em Seu reino e, para isso, quer levar-nos a perseverar até o fim. Esse processo envolve a transformação de nossa vida. O evangelho não é só palavra, não é doutrina, é o poder do Espírito Santo! O evangelho é nosso viver. Não importa se você é um cristão novo ou antigo, Deus quer salvá-lo até o fim. Ele quer que você experimente o poder do evangelho em sua vida! Ele está esperando por isso.

sábado, 24 de outubro de 2020

LIBERTAÇÃO DA IDOLATRIA E CONVERSÃO A DEUS

 ALIMENTO DIÁRIO

*SEMANA 1 – SÁBADO (páginas 18, 19 e 20)*
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem:*O PODER DO EVANGELHO – (1 Ts 1:5))
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
Ec 3:11; 1 Ts 5:23
Ler com oração:
Eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura (1 Ts 1:9-10).

LIBERTAÇÃO DA IDOLATRIA E CONVERSÃO A DEUS
O testemunho dos tessalonicenses teve uma repercussão marcante em toda a região da Macedônia e Acaia. Estamos diante de uma igreja nova, de poucos meses, mas visivelmente transformada (1 Ts 1:9-10). Aqui, Paulo, mais uma vez, não enfatiza milagres nem atitudes a que os homens e os cristãos em geral dão importância. Ele ressalta a transformação de vidas por intermédio de seu testemunho naquela cidade. Paulo afirma: “Pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro” (v. 9). Era como se Paulo dissesse: “Nossa presença no meio de vocês causou toda essa transformação”.
As palavras e o viver de Paulo e seus cooperadores geraram entre os tessalonicenses três atitudes que estão relacionadas com a estrutura do viver da igreja. Primeiramente, eles deixaram os ídolos para se converter a Deus (obra de fé), depois, começaram a servir o Deus vivo e verdadeiro (labor de amor). Por fim, passaram a aguardar dos céus a Jesus (perseverança da esperança).
Podemos afirmar que uma coisa é deixar os pecados e voltar-se para Deus, e outra é deixar os ídolos e voltar-se para Ele. Muitos cristãos hoje, de certa maneira, deixaram os pecados grosseiros e se voltaram para Deus. Mas a pergunta que fazemos é: será que todos eles deixaram os ídolos? Ao analisarmos a natureza humana, entendemos por que as pessoas se apegam a ídolos. Leiamos: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim” (Ec 3:11). Esse versículo se relaciona com este: “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5:23). Esses versículos são revolucionários.
O ser humano compõe-se de três partes: espírito, alma e corpo. O corpo é a parte exterior. Na parte intermediária, temos nossa alma, a parte psicológica (psique), que se compõe de três partes: a intelectual, que é a nossa mente; a emocional, que é a nossa emoção; e a parte volitiva, que é a nossa vontade. Na parte mais interior, está o espírito humano. Apesar de reconhecer a existência do corpo e da alma, poucos sabem que dentro de si também há um espírito humano, uma parte que está escondida lá em seu âmago, em seu íntimo. É aí que Deus colocou a eternidade, conforme lemos em Eclesiastes, no coração do homem, sem que este o perceba (3:11).
O homem tem a eternidade dentro de si, e a única maneira de preencher esse vazio é com o próprio Deus. Assim, é possível compreender por que, desde os primórdios de sua existência, o ser humano procura preencher esse vazio com coisas materiais (dinheiro, casas, carros, tecnologia etc.) ou com prazeres para sua alma (viagens, sucesso, entretenimento etc.), sem com isso se sentir satisfeito. Agora, sabemos que, por mais que tente, o ser humano nunca conseguirá preencher esse vazio, pois a eternidade está em seu coração. Essa eternidade, que é o espírito humano, só pode ser preenchida com o próprio Deus, que é eterno. Todas as pessoas têm uma necessidade natural de adorar ao Deus vivo e verdadeiro. Desde indígenas, que adoram estátuas ou elementos da natureza, até aqueles que se declaram ateus, todos sentem necessidade de adorar a Deus, mas, como se negam a fazer isso, criam seus próprios ídolos.
Existem duas categorias de idolatria: a visível e a oculta. Em muitos países, a idolatria é ostensiva, visível, com imagens e estátuas de ídolos. Em outros lugares, a idolatria é oculta, como o culto às celebridades, aos bens materiais, ao dinheiro e aos prazeres. Mas, afinal, o que é ídolo? Ídolo é tudo aquilo que toma o lugar de Deus. É algo muito sutil. Os ídolos podem impedir você de se consagrar ao Senhor. Muitos idolatram celebridades do mundo da música, do cinema, dos esportes, da política e, agora, das redes sociais. Alguns ainda conservam em suas casas quadros desses ídolos. Embora não sejam imagens de santos, são igualmente ídolos.
Vimos que os cristãos tessalonicenses deixaram os ídolos para se converter a Deus. “Converter” no sentido original da palavra em português significa voltar-se. As pessoas da província da Macedônia, onde se encontrava a cidade de Tessalônica, viviam profundamente enraizadas na idolatria. Mas muitas delas experimentaram o poder do evangelho, foram libertas dos ídolos e se voltaram para o Deus vivo e verdadeiro. Que transformação! Essa experiência todos nós precisamos ter na igreja! Louvado seja o Senhor.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

CRER NO PODER TRANSFORMADOR DO EVANGELHO

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 1 – SEXTA-FEIRA (páginas 16 e 17)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: O PODER DO EVANGELHO – (1 Ts 1:5))
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
Jo 20:19; At 2:4, 14; 13:52; Rm 14:17; Gl 5:22; 1 Pe 5:3
Ler com oração:
Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1:16)

CRER NO PODER TRANSFORMADOR DO EVANGELHO
Nós, que já cremos no Senhor Jesus, temos a tendência de pensar nos outros sempre que ouvimos falar sobre o evangelho. Pensamos nos familiares, vizinhos, amigos e até desconhecidos. Querido leitor, todos nós, que já recebemos o evangelho, precisamos crer no poder que ele tem de operar em nossa vida. Muitas vezes não cremos que o evangelho possa mudar-nos. Como, então, esperar que ele mude outras pessoas? Se eu não crer, minhas palavras não terão peso e não transmitirão convicção. Muitos acham que, por já serem salvos, não precisam mais dessa palavra, julgando que ela deve ser destinada apenas aos incrédulos. Certamente, já estamos salvos da perdição eterna, mas todo cristão precisa, todos os dias, ser salvo do mundo, do pecado, de sua personalidade difícil, de sua dificuldade de se coordenar com outros e de viver em paz com eles. Nossa pregação não deve estar fundamentada apenas em palavras, mas no poder de uma vida transformada. O apóstolo Paulo afirmou ousadamente: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder” (1 Co 2:4). E quanto a nós?
“O reino de Deus consiste não em palavra, mas em poder” (1 Co 4:20). Hoje, querido leitor, precisamos desse poder na igreja, em nosso lar, em nossa vida pessoal, em nosso serviço a Deus. O evangelho é o poder para salvação de todo aquele que crê (Rm 1:16). Você crê? Não pense que você já se graduou no evangelho. Toda vez que Deus nos fala por meio da palavra profética, Ele nos prega o evangelho, nos dá esperança, nos motiva. Nessas horas, que atitude devemos ter? Devemos crer no evangelho (Mc 1:15).
Muitos associam o poder do evangelho a um toque na testa que derruba pessoas ou à expulsão de demônios. Todavia o verdadeiro poder é o que transforma vidas, é o que reconcilia marido e mulher, que consegue fazer pessoas diferentes servir juntas e em harmonia na igreja. Se uma igreja está dividida, o verdadeiro poder é aquele que consegue derrubar a parede que separa os irmãos e novamente os juntar. Depois da morte de Jesus, os discípulos estavam trancados em uma casa com medo dos judeus, mas, quando receberam o Espírito, foram libertos do medo e passaram a pregar o evangelho àqueles de quem antes se escondiam (Jo 20:19; At 2:4, 14). Os que são tímidos, os que têm medo de servir a Deus, de pregar o evangelho, quando se enchem do poder que vem do Espírito Santo, tornam-se ousados. Um dos grandes adversários que temos em nosso interior é o medo, mas o poder do evangelho nos liberta do temor de nos consagrar totalmente a Deus.
Uma das principais manifestações de que estamos cheios do Espírito é a alegria (1 Ts 1:6; At 13:52; Rm 14:17; Gl 5:22). Existe hoje um mal-entendido com relação a encher-se do Espírito Santo. Muitos pensam que a evidência de uma pessoa estar cheia do Espírito Santo é falar em línguas. Mas, nas epístolas aos tessalonicenses, Paulo nada disse sobre “falar em línguas”. No capítulo um de 1 Tessalonicenses, Paulo apresenta uma evidência de alguém que está cheio do poder do Espírito Santo: a alegria (v. 6). Por isso, alegremo-nos no Senhor. Mesmo no meio desta pandemia e do isolamento social, queremos e podemos encher-nos da alegria do Espírito. Louvado seja o Senhor!
O poder do evangelho se manifestou entre os tessalonicenses por meio do viver e do testemunho de Paulo e seus companheiros: “Com efeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo” (1 Ts 1:6). Aqui vemos a importância do exemplo. Aquela igreja foi tão impactada pelo testemunho de Paulo que passou a imitá-lo. Os apóstolos se tornaram seus modelos (1 Co 4:16; 11:1; Fp 3:17; 2 Ts 3:7, 9). Paulo os encorajava a ser seus imitadores, assim como ele procurava ser de Cristo. Os líderes devem pastorear a igreja, não com ordens, mas com o exemplo (1 Pe 5:3). Por imitar os apóstolos, a igreja em Tessalônica, apesar de ser nova, tornou-se modelo para os irmãos da Macedônia e Acaia (1 Ts 1:7-8).
A pregação do evangelho nos leva a viver a obra de fé, o labor de amor e a perseverança da esperança. Mesmo em meio a provações, existe esperança! Louvado seja o Senhor!


quinta-feira, 22 de outubro de 2020

A OBRA DE FÉ, O LABOR DE AMOR, A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA E O PODER DO EVANGELHO

 *ALIMENTO DIÁRIO*

SEMANA 1 – QUINTA-FEIRA (páginas 14 e 15)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: O PODER DO EVANGELHO – (1 Ts 1:5))
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
1 Ts 1:8, 10; 2:19; 3:12; 4:9-10, 13-18
Ler com oração:
O nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós (1 Ts 1:5).

A OBRA DE FÉ, O LABOR DE AMOR, A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA E O PODER DO EVANGELHO
Lemos algo tremendo que diz respeito a nosso viver: “Recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 1:3). Essa passagem nos apresenta a estrutura da vida da igreja. A tradução literal do grego dessa porção é a seguinte: “Recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da vossa obra de fé, do vosso labor de amor e da vossa perseverança da esperança”.
A fé relaciona-se à obra. Nossa obra não é uma obra qualquer, pois a natureza e a força que a move é a fé. Trabalhamos e servimos ao Senhor porque cremos. Por exemplo, o trabalho dos colportores dinâmicos é uma obra de fé. Toda manhã eles saem com fé: eles têm uma meta, oram e contatam as pessoas. Vidas são salvas por uma breve oração. Mas essa oração é cheia de fé! O amor está relacionado com o labor. O labor é mais do que um trabalho. Limpar a casa é um trabalho doméstico, mas, quando uma mãe cuida de seu bebê, isso é labor. O labor tem uma motivação que nos leva a afadigar-nos e dedicar-nos integralmente a uma atividade. Essa motivação é o amor. O amor é a característica do labor. E a esperança tem a ver com a perseverança. O que nos leva a perseverar até o fim é a esperança. Os tessalonicenses haviam perdido a esperança em relação aos que tinham morrido, mas Paulo revelou-lhes que a salvação é eterna, que o Senhor Jesus os livraria da ira vindoura e que eles também seriam arrebatados e estariam novamente juntos (1 Ts 1:10; 4:13-18). Essas palavras deram esperança aos cristãos de Tessalônica. A fé direciona-se para Deus (1:8), o amor direciona-se para os santos (3:12; 4:9-10) e a esperança direciona-se para a vinda do Senhor (2:19).
Paulo usa a expressão “nosso evangelho” (1 Ts 1:5), ou seja, o evangelho fazia parte de sua vida. O evangelho não deve ser apenas palavras para nós, mas deve ser parte de nosso viver. Querido leitor, foi esse fato que levou os tessalonicenses a ter uma grande transformação em tão pouco tempo; e esse é o evangelho que devemos ter e pregar. Paulo explicou: “O nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo” (1 Ts 1:5a). O evangelho não é só o que você prega, é o que você vive! Vemos a importância do evangelho no viver dos cristãos genuínos, e sempre precisamos lembrar que o evangelho não é somente palavra, o evangelho é poder. É o poder no Espírito Santo! O evangelho é o poder de transformar vidas, e não apenas a vida dos outros, mas a minha vida. Uma vida transformada é, por si só, uma poderosa pregação do evangelho!
Também vemos, nesses versículos iniciais, que não podemos ter dúvidas no coração: “E em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós” (1 Ts 1:5b). O procedimento de Paulo e seus cooperadores em Tessalônica foi uma verdadeira pregação do evangelho! As pessoas devem olhar para um cristão e pensar: “É essa vida que eu quero para mim”.
Leiamos: “Para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho” (2 Ts 2:14). Mais uma vez vemos Paulo usar a expressão “o nosso evangelho”, o que confirma que o evangelho fazia parte de sua pessoa. O evangelho é o poder de Deus. Querido leitor, queremos que todos tenhamos a plena convicção do poder do evangelho para nos transformar e para influenciar a vida de outras pessoas. Esse evangelho não é só o da graça para a salvação eterna, mas é o evangelho do reino, do poder que nos levará a ser um vencedor. Esse é o poder que Deus quer que tenhamos! Aleluia!