sábado, 10 de abril de 2021

PROMOVER A ECONOMIA DE DEUS NA FÉ

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 1 – SÁBADO* *SÉRIE:* A IGREJA – Coluna e Base da Verdade COLUNA E BASE DA VERDADE – EZRA MA *Leitura bíblica:* 1 Co 12:28; 1 Tm 1:7; 4:1-3; 6:3-7, 20-21 *Ler com oração:* O intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia (1 Tm 1:5). ............................................. *PROMOVER A ECONOMIA DE DEUS NA FÉ* Ontem vimos um esboço do conteúdo de 1 Timóteo.Hoje, de forma breve, trataremos do primeiro item desse conteúdo: a advertência contra a apostasia e o declínio da igreja. Paulo rogou a Timóteo que exortasse principalmente os presbíteros da igreja em Éfeso, a que “não ensinem outra doutrina”. Essa expressão “ensinar outra doutrina”, no grego, é heterodidaskaleo, formada pelo prefixo hétero, que significa diferente, mais a palavra didaskaleo, oriunda da palavra didaskalos, que significa professor, ensinar. Então heteroditaskaleoquer dizer ensinar coisas diferentes. Essa palavra didaskalos também é encontrada em 1 Coríntios (12:28) e se refere a “mestres”, isto é, professores, aqueles que ensinam. Outra ocorrência da palavra grega didaskalos está na Epístola aos Efésios: “Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (4:11). Aqui “mestres” é didaskalos. Desse modo, chegamos a duas conclusões: que havia os que ensinavam coisas diferentes na igreja em Éfeso, e esses eram os que tinham autoridade para ensinar, logo os líderes, os presbíteros. Outras doutrinas são as coisas diferentes do ensinamento de Paulo. São coisas baseadas nas ideologias e filosofias daquela época, como o gnosticismo. Eram até ensinamentos bonitos, no entanto Paulo comparou-os com o que lemos a seguir: “Nem se ocupem com fábulas e genealogias sem fim, que, antes, promovem discussões do que o serviço de Deus, na fé” (1 Tm 1:4). Recordemos que a expressão “serviço de Deus”, segundo o original grego, é economia de Deus. Desse modo, o versículo pode ser lido como segue: “Nem se ocupem com fábulas e genealogias sem fim, que, antes, promovem discussões do que a economia de Deus na fé”. Esses líderes não promoviam a administração da casa de Deus. Pelo contrário, promoviam distrações. Existem hoje muitos ensinamentos que parecem bons, mas nos distraem da palavra profética e da palavra fundamental. Na época de Timóteo, já havia esse desvio na igreja em Éfeso devido a alguns que ensinavam sobre a lei. Paulo os chama de “mestres da lei”, os quais ensinavam a lei mosaica (1 Tm 1:7). Certamente havia algo de bom nesses ensinamentos, mas estavam fora da economia de Deus. A fim de expor o desvio que havia na igreja em Éfeso, Paulo fala novamente sobre os que ministravam ensinamentos diferentes das sãs palavras (1 Tm 6:3-5). Igualmente aconselhou Timóteo a guardar o que lhe fora confiado, pois os que não fizeram isso desviaram-se da fé por confiar em heresias (vs. 20-21; 4:1-3). Tudo isso faz parte do primeiro item da advertência de Paulo contra a apostasia e o declínio da igreja. Esses ensinamentos diferentes fazem a igreja cair em heresias. Há muitas heresias no meio cristão hoje em dia. Querem modernizar a Bíblia a fim de que a homossexualidade seja aceita. Querem adequar a Bíblia à realidade social do século XXI, por julgá-la antiquada para os dias de hoje. Tudo isso são heresias. A igreja hoje deve ser a guardiã da verdade, a coluna e a base da verdade. Os ensinamentos diferentes e as heresias tornam-se a semente para a degradação da igreja. Isso foi o que aconteceu com a igreja em Éfeso. Preocupado com isso, Paulo escreveu sua segunda carta a Timóteo a fim de “vacinar” a igreja. Lemos em 1 Timóteo 1:4: “nem se ocupem com fábulas e genealogias sem fim, que, antes, promovem discussões do que o serviço de Deus, na fé” (1 Tm 1:4). Aqui Paulo menciona dois tipos de distrações: fábulas e genealogias sem fim. Vejamos alguns versículos que falam de fábulas: “não se ocupem com fábulas judaicas, nem com mandamentos de homens desviados da verdade” (Tt 1:14); “mas rejeita as fábulas profanas e de velhas caducas. Exercita-te, pessoalmente, na piedade” (1 Tm 4:7); “e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas” (2 Tm 4:4). Essas fábulas eram rumores, boatos, notícias, lendas e tradições sobre personagens bíblicos, histórias essas que eram verdadeiras ou falsas, muitas vezes exageradas, que eram uma distração. Havia também as fábulas judaicas de milagres, de invenção rabínica. As genealogias sem fim eram genealogias do Antigo Testamento, adornadas com fábulas. Na epístola a Tito, Paulo escreveu: “Evita discussões insensatas, genealogias, contendas e debates sobre a lei; porque não têm utilidade e são fúteis” (3:9). Assim como naquela época havia irmãos influenciados por essas coisas, hoje infelizmente também há. Há cristãos que passam o dia inteiro na internet pesquisando teorias da conspiração. Querido leitor, tudo isso visa nos distrair. As fábulas e genealogias sem fim só geravam discussões, mas não promoviam a economia de Deus na fé. Essa palavra “discussão” no grego é “questionamento”, “debate”. Você entra na esfera mental e passa a questionar a verdade. As discussões geram contendas. Esse é o princípio satânico desde o jardim do Éden. A serpente conseguiu enganar Eva, levando-a a duvidar da palavra de Deus. Ela, por sua vez, achando o fruto bonito e apetitoso, infelizmente comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal, caindo na armadilha (Gn 3:1-6). Ainda sobre os questionamentos e discussões, leiamos: “É enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas” (1 Tm 6:4); “repele as questões insensatas e absurdas, pois sabes que só engendram contendas” (2 Tm 2:23); “evita discussões insensatas, genealogias, contendas e debates sobre a lei; porque não têm utilidade e são fúteis” (Tt 3:9). Essa repetição de Paulo demonstra que era um problema sério que havia na igreja. Vejamos os nossos dias. Em época de eleição, quanto questionamento! Irmãos que se amam começam a brigar nos grupos de WhatsApp, defendendo um candidato em detrimento de outro. Também há agora a guerra das vacinas, que mencionamos dias atrás. Alguns irmãos se recusam a se vacinar e criticam os que querem. Aqueles passam a enviar vídeos sobre isso e aquilo, inclusive os conflitos quanto às profilaxias e tratamentos da Covid-19. Como líderes das igrejas, recomendamos apenas o que as autoridades sanitárias e o nosso Comitê de Orientação em Saúde, formados pelos nossos irmãos médicos, nos passam. Cada um tem sua consciência e convicção. Se esses assuntos têm causado debates, acordemos, pois certamente o inimigo está perto com sua armadilha para nos dividir e nos desviar do cuidado da casa de Deus, a igreja. *Pergunta:* O que são “ensinamentos diferentes”, “fábulas” e “genealogias”? *Meu ponto-chave:*