domingo, 2 de setembro de 2012

ESPÍRITO, ALMA E CORPO


O conceito corrente da constituição dos seres humanos é dualista: alma e corpo. Segundo este conceito, a alma é a parte interior espiritual invisível, enquanto que o corpo é a parte corporal externa visível. Embora haja algo de certo nisto, contudo, é inexato. Esta opinião vem de homens caídos, não de Deus. Além da revelação de Deus não há nenhum conceito seguro. Que o corpo é a cobertura externa do homem é, sem dúvida alguma, correto, mas a Bíblia jamais confunde o espírito e a alma como se fossem a mesma coisa. Não só são diferentes em condições, mas também suas naturezas diferem uma de outra. A Palavra de Deus não divide o homem em duas partes de alma e corpo. Pelo contrário, trata o homem como um ser tripartido: espírito, alma e corpo. 1 Tessalonicenses 5:23, 24 diz:

«E o próprio Deus de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, e ele também o fará..»

Este versículo mostra claramente que o homem está dividido em três partes. O apóstolo Paulo se refere aqui à santificação total dos crentes: «vos santifique completamente». Segundo o apóstolo, como se santifica uma pessoa por completo? Guardando seu espírito, alma e corpo.
Com isso, é fácil compreender que o conjunto da pessoa compreende estas três partes.
Este versículo também faz uma distinção entre espírito e alma, pois de outro modo Paulo teria dito simplesmente «sua alma». Posto que Deus distinguiu o espírito humano da alma humana, concluímos que o homem está composto, não de dois, mas sim de três partes: espírito, alma e corpo.
Tem alguma importância a divisão em espírito e alma? É um assunto de primordial importância porque afeta tremendamente a vida espiritual do crente. Como um crente pode compreender  a vida espiritual se não conhecer o alcance do mundo espiritual? Sem compreender isto como pode crescer espiritualmente?
O fracasso em distinguir entre o espírito e a alma é fatal para a maturidade espiritual. Com freqüência os cristãos consideram espiritual o que é anímico (ou seja, da alma), e desta maneira permanecem em um estado anímico e não procuram o que é espiritual seriamente.
Como poderemos escapar do fracasso se confundirmos o que Deus dividiu?
O conhecimento espiritual é muito importante para a vida espiritual. Acrescentemos, não obstante, que para o crente é de igual importância, ou mais, ser humilde e estar disposto a aceitar o ensino do Espírito Santo. Se o for, o Espírito Santo lhe concederá a experiência de dividir espírito e alma, embora possivelmente não tenha muito conhecimento sobre esta verdade. Por um lado, o crente mais ignorante, sem o mínimo entendimento da divisão de espírito e alma, pode, entretanto, experimentar esta divisão na vida real. Por outro lado, o crente mais informado, conhecedor por completo da verdade sobre espírito e alma, pode, entretanto, não vivê-la em sua experiência. Muito melhor é o caso da pessoa que pode ter tanto o conhecimento como a experiência.
No entanto, a maioria carece desta experiência. Em conseqüência, é bom começar por guiá-los a que conheçam as diferentes funções do espírito e da alma e em seguida animá-los a procurar o que é espiritual.
Outras partes da Bíblia fazem a mesma diferenciação entre espírito e alma.

«Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.» (Hb. 4:12).

Neste versículo, o escritor divide os elementos não corporais do homem em duas partes, «alma e espírito». Aqui se menciona a parte corporal através das juntas e das medulas — órgãos motores e sensoriais. Quando o sacerdote utiliza a faca para cortar e dividir totalmente o sacrifício, não pode ficar nada oculto. Inclusive se separam as juntas e as medulas (tutanos). Da mesma maneira o Senhor Jesus usa a Palavra de Deus sobre seu povo para separá-lo todo, para penetrar inclusive até a divisão do espiritual, o anímico e o físico. E daqui se deduz que, posto que se pode dividir a alma e o espírito, devem ser diferentes em sua natureza. Assim, é evidente aqui que o homem é um composto de três partes.

O REINO EDIFICA A IGREJA


“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; dar-te-ei as chaves do Reino dos céus; o que ligares, pois, na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16:18-19).
“Vós também, quais pedras vivas, sois edificados como casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus por Jesus Cristo” (1 Pe 5:5).
“Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento levanta um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; pois aquele dia a demonstrará, porque será revelada no fogo, e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se permanecer a obra que alguém sobre ele edificou, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele prejuízo; mas o tal será salvo, todavia como que pelo fogo” (1 Co 3:11-15).
“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito” (Ef 2:20-22).
Vamos orar:
Querido Pai celestial, quando nos reunimos no nome do Teu Filho amado, nosso Senhor Jesus, Te louvamos e Te agradecemos porque Tu amaste a Igreja e Te deste por ela. Te agradecemos e louvamos porque Tu também amas Teu Reino e, Senhor, pedimos que nós, também, possamos amar Tua Igreja e possamos amar Teu Reino. Oramos para que Tu aumentes em nosso coração tal amor por Teu Reino e pela Tua Igreja porque são coisas que Tu carinhosamente amas. Oh Senhor Tu irás pelo teu Espírito falar ao nosso coração e nos conduzir àquilo que Tu estas buscando. Encomendamos este tempo em Tuas mãos no nome de nosso Senhor Jesus. Amém.

PROGREDIR CADA VEZ MAIS


PROGREDIR SEMPRE

Todas as vezes que nos arrependemos genuinamente, o Senhor se acrescenta a nós como vida, elevando nossa humanidade. Assim, passamos a participar da natureza divina. Nossa necessidade hoje é reunirmos toda nossa diligência e progredirmos do amor fraternal ao amor ágape, perseverando em viver segundo o ministério ulterior de João, enfatizando a prática de invocar o nome do Senhor, de guardar a Sua palavra e de negar a vida da alma.
Hoje podemos fazer parte do ministério de João, que é o ministério de Espírito e vida. Todos podem ser aperfeiçoados para aperfeiçoar os santos para a obra do Senhor por meio destes três pontos: invocar o nome do Senhor, guardar a Palavra e negar a vida da alma.
Mantendo-nos nesse fluir da vida, exercitando-nos na piedade, iremos gradualmente progredir em nossa experiência, até o ponto de alcançarmos o nível do amor ágape, quando a plenitude de Deus em nós nos capacita a amar todas as pessoas, assim como Ele as ama.

A GRAÇA E A VERDADE 1


Duas vezes aparece no primeiro capítulo de João a frase "graça e verdade", ambas referidas ao Senhor Jesus Cristo. Ele veio "cheio de graça e de verdade"; e "a graça e a verdade" vieram por meio dele. Em seguida, entre ambas as frases estão esta outra, tanto ou mais maravilhosa do que aquela: "e graça sobre graça".
A graça é o dom imerecido de Deus para o homem. É a mão de Deus estendida ao homem, para que este a agarre por meio da fé. A verdade ao contrário, significa realidade, veracidade. Cristo é a graça de Deus e a verdade de Deus. A graça de Deus, em Cristo, levanta-nos, e a verdade nos ilumina, mostrando-nos as coisas como são – não como parecem ser.
Quando os homens se encontravam com Jesus conheciam a graça e a verdade de Deus. A graça os perdoava, e os levantava de sua prostração, no entanto a verdade permitia a eles alcançar o verdadeiro conhecimento de Deus e de si mesmos.
No Evangelho de João tudo está ordenado para mostrar a Cristo como a graça e como a verdade de Deus. Porque Deus não só quer nos receber e nos perdoar, como também quer nos mostrar as coisas como são, para que não estejamos enganados.
Quando recém conhecemos o Senhor vimos principalmente a graça – quase tudo era graça; mas passado um tempo, Deus começou a nos mostrar a verdade referente a nós mesmos, a nossa realidade. Começou a nos despir das nossas aparências, e começamos a nos sentir envergonhados de nós mesmos. A verdade de Deus começava a fazer o seu trabalho de descobrimento.
Mas em seguida, para que não nos "consumíssemos de demasiada tristeza", renova-nos a sua graça e nos diz: "Assim como é –e apesar disso– eu te amei, e te amo. Não me surpreendes com as suas misérias, antes, porém, por causa delas, te escolhi, para mostrar em ti o meu amor e o meu poder".
Assim, com o passar dos anos, a graça e a verdade sempre andam juntas, realizando a sua preciosa obra em nossos corações. Um pouco de graça e algo de verdade, nas doses precisas para não nos envaidecer, nem para nos desanimar. Deus quer que avancemos paralelamente no conhecimento de Deus e no conhecimento de nós mesmos, para que não estejamos enganados, como outros.
Deus não só sente prazer em nos perdoar, mas também em nos transformar, para que sejamos semelhantes ao Seu amado Filho Jesus Cristo. A frase que está no meio, dizíamos, é "e graça sobre graça". E ela nos faz pensar que a graça ultrapassa a verdade. Sem a graça, a verdade nos derruba; e por isso, enquanto estejamos em um corpo de carne como o que levamos, necessitaremos "graça sobre graça", uma e outra vez.