domingo, 18 de outubro de 2020

O CORAÇÃO DA BÍBLIA PRINCÍPIO DA MORTE E RESSURREIÇÃO

 LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA


QUARTA SEMANA – DOMINGO 18/10 (Páginas 106 à 109)


Ler com oração:

2 Tm 2:22   Fuja dos desejos malignos da juventude e siga a justiça, a fé, o amor e a paz, com aqueles que, de coração puro, invocam o Senhor.


PRINCÍPIO DA MORTE E RESSURREIÇÃO 


    No versículo 33 de 1 Coríntios 15, lemos: “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes”. A expressão “más conversações” também pode ser traduzida por “más companhias”. Enquanto orientava seu jovem cooperador Timóteo, Paulo disse o seguinte: “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor” (2 Tm 2:22). Nossos companheiros devem ser pessoas positivas na igreja, de coração puro, que invocam e amam o Senhor. Não nos associemos aos que espalham boatos e conversas negativas, e só causam desânimo. Que na vida da igreja nos ajudemos mutuamente em amor, buscando a sobriedade e tendo conhecimento de Deus (1 Co 15:34). 


    Nos versículos 35 a 39, Paulo mostra como ocorre a ressurreição dos mortos, usando como referência a vida vegetal (1 Co 15). Toda e qualquer semente, quando semeada, “não nasce, se primeiro não morrer” (v. 36). Se você semear uma semente na terra, ela, primeiramente, morrerá, para depois germinar, crescer, florescer e frutificar a trinta, a sessenta e a cem por um (Mt 13:8). Esse é o princípio na vida de ressurreição. 


    O Senhor Jesus comparou-Se a um grão de trigo. No Evangelho de João 12:24, lemos: “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto”. Esse é o princípio da ressurreição. Jesus foi a semente de vida que, caindo na terra, morreu, e não ficou na morte, mas ressuscitou. Quando ressuscitou, produziu muito fruto. Nós somos esse fruto, o resultado dessa semeadura. Nos versículos 40 e 41, o apóstolo Paulo mostra que há diversos tipos de corpos e, entre eles, há diversos níveis de glória (1 Co 15). Isso se aplica aos diversos níveis do galardão que receberemos. No caso da parábola das minas (Lc 19:16-19), o que negociou sua mina e rendeu dez, recebeu autoridade sobre dez cidades; o que negociou sua mina e rendeu cinco, recebeu autoridade sobre cinco cidades. Essa ilustração mostra que tudo depende de nosso rendimento espiritual na vida da igreja. Deus é conhecido como galardoador dos que O buscam (Hb 11:6). Se buscamos pouco, receberemos pouco; se, entretanto, buscamos muito, receberemos muito. 


    Nos versículos 42 a 44 de 1 Coríntios 15, vemos a dualidade do corpo, antes e depois da ressurreição. Quando experimentarmos a ressurreição, nosso corpo será incorruptível, glorioso, espiritual e cheio de poder, isto é, não será mais anímico (governado pela alma), mas governado pelo Espírito. Podemos ver todos esses atributos no Cristo ressurreto, conforme lemos: “Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante” (v. 45). O Senhor Jesus é o Espírito que dá vida. E, como último Adão, o Senhor encerrou o velho homem na cruz. Agora, temos apenas Cristo. 

    Com a morte e a ressurreição, o Senhor se tornou o Espírito que dá vida. E os que creem em Cristo recebem esse Espírito prometido (Jo 7:37-39). Hoje, Jesus já foi glorificado, pois morreu e ressuscitou. Podemos unir-nos a Ele como um só espírito (1 Co 6:17); podemos experimentá-Lo por meio da Palavra, que é espírito e vida (Jo 6:63); e, à medida que vivemos no Espírito de Deus mesclado ao nosso espírito, cumprimos a economia, o plano de Deus. O resultado é que a fé objetiva, o que está escrito na Palavra, se tornará nossa fé subjetiva, nossa experiência com a Palavra.


 TRAGADA FOI A MORTE PELA VITÓRIA 


    Em 1 Coríntios 15, versículos 46 a 49, o apóstolo Paulo prossegue fazendo um paralelo entre o primeiro homem, Adão, e o segundo homem, Cristo. O primeiro homem é natural e terreno, enquanto o segundo homem é espiritual e celestial. Por isso devemos trazer a imagem do segundo homem, Cristo. Nesse sentido, o que nos diferencia das outras pessoas? A única e grande diferença é que nós, cristãos, temos o Espírito. Contudo, se vivemos na carne, é possível que cometamos as mesmas coisas que elas cometem. Então a responsabilidade é nossa. 


    Viver no espírito é a maneira de praticarmos a palavra profética, é o caminho para termos a realidade do reino dos céus hoje e garantirmos nossa entrada em sua manifestação na era vindoura. Sem viver no espírito, não haverá realidade alguma; antes, seremos naturais e terrenos, como todos os demais descendentes do velho Adão. 

    O versículo 50 continua: “Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção” (1 Co 15). Absolutamente nada proveniente da corrupção, isto é, do velho Adão, poderá herdar o reino de Deus. Paulo fez uma lista das coisas oriundas da carne em 1 Coríntios 6:9-10. No entanto, no versículo 11 desse mesmo capítulo, ele nos encoraja: “Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus”. 


    Na genuína vida cristã, que é conforme a vontade de Deus, não existe a opção de ficar em cima do muro. Deixar de viver no espírito é, automaticamente, escolher viver na carne. As obras da carne são terríveis (Gl 5:19-21) e estão relacionadas ao corpo: prostituição, impureza, lascívia; à alma: inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas; e a questões de ordem espiritual: idolatria e feitiçarias. Porém, em meio a tantas coisas negativas provenientes do velho Adão, temos mais uma palavra de encorajamento: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (vs. 22-23). Essas coisas são provenientes da vida divina, que recebemos ao crer no Senhor e está crescendo em nós! 

    Em 2 Timóteo 3:1-5 temos uma relação de coisas negativas provenientes do legado do velho Adão; são situações características do tempo do fim. Diante dessas questões, devemos seguir a recomendação de Paulo: “Foge também destes”. 


    Finalmente, chegamos aos versículos 51 a 58 de 1 Coríntios 15: “Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão”. Esses versículos nos trazem esperança. Aleluia! Nosso corpo corruptível será revestido de incorruptibilidade; ou, em outras palavras, nosso corpo de humilhação será igual ao corpo da glória de Cristo (Fp 3:20-21). 

    Dessa forma, concluímos o capítulo 15 de 1 Coríntios. Em outra publicação, abordaremos o capítulo 16, que trata das ofertas de riquezas materiais e tem uma relação muito grande com a ressurreição. Jesus é o Senhor!