quinta-feira, 20 de março de 2014

A DEGRADAÇÃO DA IGREJA EM ÉFESO ATÉ EFÉSIOS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - SEXTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM capítulo 4: A ÊNFASE DOS ESCRITOS DE PAULO

Leitura bíblica: 2Tm 1:6-7; Gl 1:6-7, 2:16-21, 3:2-5; Cl 1:15-19; Ef 1

Ler com oração: Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda. (2Tm 4:6-8)


A DEGRADAÇÃO DA IGREJA EM ÉFESO ATÉ EFÉSIOS

A degradação na igreja em Éfeso

Conforme já explicamos, a igreja em Éfeso recebeu cuidados especiais de Paulo; foi lá que ele permaneceu mais tempo, três anos, além de, mais tarde, ter recebido uma carta onde ele descreve maravilhosamente a economia neotestamentária de Deus. A palavra Éfeso significa desejável, todavia, a condição da igreja não era nada desejável. Quando Paulo escreveu a Primeira Epístola a Timóteo, a situação da igreja não era boa. Havia pessoas que abusavam do conhecimento para se ocuparem com fábulas e genealogias sem fim, com doutrinas e discussões. Timóteo foi deixado em Éfeso justamente para que eles se voltassem para a economia de Deus, na fé (1 Tm 1:3-7).

Todos os da Ásia abandonaram Paulo

Paulo escreveu a Segunda Epístola a Timóteo, pois a situação da igreja em Éfeso havia piorado. Timóteo não suportou a pressão ali existente e seu espírito se apagou. Paulo teve de encorajá-lo: “Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos. Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação” (1:6-7). Depois de animar Timóteo, Paulo diz: “Estás ciente de que todos os da Ásia me abandonaram; dentre eles cito Fígelo e Hermógenes” (v. 15).

Paulo combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé

Mesmo em um quadro aparentemente tão negativo, Paulo declara que combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé (2 Tm 4:7). Ele sabia que seu ministério de edificação das igrejas no contato direto com os irmãos não teve resultado tão satisfatório, mas entendeu que Deus queria que ele desse continuidade à sua incumbência ministerial por meio de seus escritos, para que a revelação que recebera não se perdesse. O seu ministério epistolar foi um sucesso.
Ao completar seus escritos, Paulo tinha consciência de que chegara o tempo de sua partida, pois cumprira sua comissão: “Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira e guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda” (vs. 6-8).

Resumo dos principais livros escritos por Paulo
Gálatas

A motivação de Paulo ter escrito a Epístola aos Gálatas foi para alertá-los sobre o que pregavam alguns judeus cristãos, ou seja, os judaizantes. Eles ensinavam que, além da fé em Cristo, ainda era necessário praticar as obras da lei, perturbando, dessa forma, os crentes gálatas e pervertendo o evangelho de Cristo (1:6-7). Essa carta é um dos livros mais importantes da Bíblia, revelando pela primeira vez o plano da salvação de Deus na nova aliança, isto é, a economia neotestamentária de Deus.
A fé em Cristo Jesus constitui a base principal do plano de Deus. O homem não é justificado pelas obras da lei, e, sim, mediante a fé em Cristo. A cruz de Cristo libertou o homem da escravidão da lei; pois por ela o homem morreu para a lei a fim de viver para Deus. Isso é graça de Deus, pois do contrário teria Cristo morrido em vão (2:16-21).
Os gálatas receberam o Espírito pela palavra da fé que lhes foi pregada (3:2-5). Toda realidade espiritual está no Espírito: “Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos pela fé o Espírito prometido” (v. 14). Pelo cumprimento dessa promessa o plano de Deus tornou-se realizável e real para o homem.
No capítulo quatro Paulo continua a mostrar que todo homem, salvo pela graça em Cristo Jesus, precisa crescer e amadurecer para ser herdeiro de Deus. Para isso, em Sua “economia doméstica”, Deus colocou o homem regenerado na vida da igreja, onde há tutores e curadores para ajudá-lo a crescer e ser aperfeiçoado (vs. 1-7). Agora esse homem não vive mais pela sua carne, antes, seu andar é guiado pelo Espírito, e, consequentemente, produz o fruto do Espírito (5:16-25).
Esse é um esboço da economia neotestamentária de Deus, com seus principais elementos que são: a graça, a fé, Cristo, a igreja e o Espírito. Para melhor entendimento, podemos assemelhar o livro de Gálatas com a fuselagem, a parte central do corpo de um avião, visto que essa epístola é a base do conteúdo da economia neotestamentária de Deus. Entretanto, sabemos que um avião não pode alçar voo somente com a fuselagem. Há a necessidade de outras partes, igualmente importantes. É o que veremos em seguida.
Colossenses

Tomando como ilustração o avião, ainda temos outras partes indispensáveis que são as asas do mesmo; portanto, além da Epístola aos Gálatas há necessidade de outros escritos para compor esse “avião” da economia neotestamentária de Deus. No episódio do tumulto havido no templo em Jerusalém, no final da terceira viagem de Paulo, vimos que Deus preservou a vida de Paulo para que, em Roma, ele escrevesse outros quatro livros de grande valor, sendo um deles a Epístola aos Colossenses.
O destaque dessa carta é Cristo, o qual é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. Ele é o único elo de ligação entre o Deus Criador e a criação. Nele foram criadas todas as coisas; tudo foi feito por meio Dele e para Ele; Ele é a Cabeça do corpo, da igreja. Ele é o Princípio, o Primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, porque aprouve a Deus que Nele residisse toda a plenitude (Cl 1:15-19).
Esse livro nos revela que Deus tem um mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos Seus santos, ou seja, Cristo é a esperança da glória do homem (vs. 25-27). Somente em Cristo temos acesso ao Seu reino (v. 13), e somente Nele o homem será coroado de glória e honra, pois Ele é o Autor da salvação com a responsabilidade de conduzir muitos filhos à glória (Hb 2:7, 9-10). Portanto, a Epístola aos Colossenses, tão bem descrita por Paulo enfatizando que o mistério de Deus é Cristo, representa a primeira asa desse avião, para que a economia de Deus consiga “levantar voo” e alcance as pessoas.

Efésios

Podemos dizer que a outra asa do avião, mencionado como exemplo acima, é representada pela Epístola aos Efésios, cujo conteúdo é de uma riqueza sem par. Ela começa com o dispensar do Deus Triúno para produzir a igreja, a qual é o Seu corpo, a plenitude Daquele que a tudo enche em todas as coisas. A obra do Pai foi ter-nos escolhido em Cristo antes da fundação do mundo, e ter-nos ainda predestinado para sermos Seus filhos herdeiros, por meio de Jesus Cristo. A obra do Filho foi realizar a redenção; pelo Seu sangue temos a remissão dos pecados; Nele convergirão todas as coisas, tanto as do céu como as da terra. A obra do Espírito é selar para Deus todos os que creram em Cristo, e garantir que receberão a herança, que é o reino (Ef 1).
No capítulo dois Paulo revela que, quando estávamos mortos em delitos e pecados, como materiais tão vis aos olhos de Deus, fomos salvos pela graça; Ele fez de nós Sua obra-prima (vs. 1-10).
Essa carta também nos revela que Cristo tem um mistério: a igreja, o Seu corpo. Foi dada a Paulo a graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo, e manifestar qual seja a dispensação desse mistério, desde os séculos oculto em Deus, que criou todas as coisas, para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida agora dos principados e potestades nos lugares celestiais, segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus nosso Senhor (3:7-11).
O capítulo quatro revela que os membros do Corpo de Cristo precisam ser aperfeiçoados, a fim de que todos os santos executem a obra do ministério, a edificação do Corpo de Cristo (vs. 11-13). Desse ponto em diante, Paulo mostra como deve ser a vida normal da igreja: andar na graça, andar na verdade, andar no amor, andar na luz e andar no espírito. Dessa forma temos as duas asas do avião representadas por Colossenses que trata do mistério de Deus, que é Cristo, e Efésios, que trata do mistério de Cristo que é a igreja. Assim o avião está completo.

GUERRAS E RUMORES DE GUERRAS / Entendendo a Profecia de Mateus 24

GUERRAS E RUMORES DE GUERRAS / Entendendo a Profecia de Mateus 24


Mateus 24 é citado freqüentemente para explicar eventos atuais. Muitas pessoas sugerem que as notícias de hoje foram preditas por Cristo, para nos falar de sua volta. De acordo com tais interpretações deste texto, cada terremoto ou outro desastre natural, e cada conflito entre nações ou ameaça de guerra, em qualquer canto do mundo, é mais uma prova de que Jesus estará voltando logo.

Mas a profecia de Mateus 24 está se cumprindo agora? Para entender este texto, precisamos lê-lo cuidadosamente e, com mente aberta, pondo de lado nossas idéias preconcebidas e o sensacionalismo dos modernos “especialistas em profecias.” Neste artigo, consideraremos brevemente o conteúdo de Mateus 24 e 25. (Marcos 13 e Lucas 21 tambêm registram a mesma profecia básica. Este artigo segue o testo de Mateus 24)

O Ambiente e as Circunstâncias

Jesus estava em Jerusalém, durante sua semana final. Os chefes judeus já haviam desafiado sua autoridade, mas não tinham tido sucesso em suas tentativas para desacreditá-lo. Frustrados, começaram a planejar sua morte. Jesus lamentava a infidelidade daqueles que residiam na “Cidade Santa” (Mateus 23:37-39).

A Profecia Básica da Destruição do Templo (Mateus 24:1-3)

Quando Cristo estava saindo do templo, predisse que ele seria totalmente destruído: ”Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada” (24:2). Os apóstolos perguntaram sobre esta profecia:” Dize-nos quando acontecerão estas cousas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século” (24:3).

A Resposta de Jesus (Mateus 24:4-39)

É possível que os apóstolos tenham concluído que a destruição do templo e o fim do mundo aconteceriam ao mesmo tempo, mas nesta resposta a sua pergunta, Jesus fez uma distinção entre estes dois acontecimentos. Podemos saber com certeza que os sinais mencionados nos versículos 4-33 não estão falando das notícias de hoje ou de acontecimentos futuros, por causa das claras palavras de Jesus no versículo 34: ”Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.” Jesus falou mais ou menos no ano 30 d.C. O templo foi destruído pelo exército romano em 70 d.C. Alguns daqueles que ouviram a profecia viveram para ver seu cumprimento. Jesus esclareceu que os sinais que ele deu guerras, terremotos, falsos Cristos, grande tribulação, etc. iriam acontecer durante a vida de alguns dos seus ouvintes.

Jesus disse que o templo seria destruído depois da vinda de falsos Cristos e de falsos profetas (24:4-5,11,23-26), e depois de terríveis calamidades (guerras, fomes e terremotos – 24:6-8). Ele também disse que haveria perseguição (24:9-10) e aumento de pecado (24:12-13), e que o evangelho seria pregado por todo o mundo (24:14), antes que Jerusalém chegasse ao seu fim. Deste modo, Jesus estava dando algum conforto aos seus apóstolos, dizendo que a queda de Jerusalém não aconteceria imediatamente. Eles teriam tempo para cumprir sua missão antes da destruição de Jerusalém.

Estas coisas aconteceram antes de 70 d.C.? Sabemos que sim, porque Jesus disse que aconteceriam! Além desta profecia, a História nos fala de catástrofes naturais, perseguições e guerras, nesse tempo. De maior importância do que a evidência histórica, podemos nos voltar para a própria Bíblia. O Novo Testamento fala do sofrimento da fome (Atos 11:27-30), de falsos profetas (2 Pedro 2) e da perseguição contra os fiéis (Atos 8:1-3; etc.). E, exatamente como Jesus predisse, os zelosos discípulos levaram o evangelho a todo o mundo. Alguns anos antes da destruição do templo, Paulo dizia que o evangelho ”. . . foi pregado a toda criatura debaixo do céu” (Colossenses 1:23). Todas estas coisas tinham que acontecer antes da destruição do templo.

Na profecia de Mateus 24, Jesus também falou dos sinais que mostrariam aos discípulos alertas que o tempo da queda de Jerusalém tinha chegado. Ele falou especialmente do ”abominável da desolação” (24:15). Aqui, ele usa a mesma linguagem que Daniel usava para falar dos exércitos gentios entrando na cidade santa e no templo (veja Daniel 9:27; 11:31; 12:11). A profecia paralela de Lucas 21:20-24 torna claro que este é o significado desta linguagem. Jesus advertiu seus seguidores que estivessem prontos para fugir quando isto acontecesse. Ele disse que eles deveriam orar para que sua fuga não fosse complicada por mau tempo ou restrições do dia do sábado (24:20)

[Algumas pessoas interpretam esta referência ao sábado como evidêcia de que os cristão têm que continuar a observar esta lei do Velho Testamento, que era realmente um sinal da aliança entre Deus e os israelitas (Êxodo 31:12-18). Uma explicação melhor deste texto é encontrada em Neemias 13:15-22, onde Neemias instituiu a prática de fechar as portas da cicade no sábado para evitar violações da lei, durante o tempo do Velho Testamento.]

Ele também avisou que seria mais difícil para as mulheres grávidas e mães de crianças pequenas (24:19).

Para fixar sobre seus ouvintes o significado deste terrível dia de destruição, Jesus usou linguagem como a que encontramos nas profecias do Velho Testamento, de total destruição de nações e povos. Quando lemos os versículos 29-31, dois pontos nos ajudam a perceber que Jesus ainda está  falando de Jerusalém, e não do fim do mundo:

1. O limite de tempo que Jesus determinou em sua profecia, no versículo 34. Tinha que ser cumprido naquela geração.

2. O fato que as profecias do Velho Testamento usam a mesma linguagem para falar da destruição de reinos e cidades terrestres. Jesus disse: ”Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados” (24:29). À primeira vista, isso pode soar como o fim literal do mundo. Mas tal linguagem é usada em outros lugares, para falar da extinção de reis e reinos aqui na terra: Faraó do Egito (Ezequiel 32:2,7-10), nações gentias (Joel 3:12-15), Babilônia (Isaías 13:9,10,13). É claro que tal linguagem não profetiza, necessariamente, o fim do mundo, mas pode ser usada para falar dos julgamentos físicos contra nações, que ocorreram há muito tempo.

Jesus continuou, nos versículos 30 e 31, com figuras de julgamento do que se encontram no Velho Testamento. Ele disse que o Filho do homem viria nas nuvens, para julgar e salvar. Encontramos linguagem semelhante em passagens que falam do julgamento contra povos físicos, tais como Joel 3:16 e Amós 5:17-20. O Dia do Senhor não é necessariamente a segunda vinda de Cristo. Tal linguagem pode descrever a vinda de Deus em julgamento contra uma nação ou cidade.

Por que Jesus deu aos seus seguidores tais sinais detalhados sobre o julgamento contra Jerusalém? É claro, pela linguagem dos versículos 32-33, que ele queria que estivessem alertas e vigilantes. Se pudessem ver os sinais que ele tinha predito, teriam oportunidade para fugir e evitar serem destruídos (24:15-20).

Depois de afirmar que a destruição do templo seria acompanhada por claros sinais e que seria cumprida naquela geração (24:34-35), Jesus falou, nos versículos 36-39 ”. . . a respeito daquele dia . . .” que viria sem aviso. Ele não deu uma data, nem sinais para identificar sua segunda vinda. De fato, nos versículos seguintes, ele mostra que sua segunda vinda ser  súbita, inesperada e sem sinais de advertência.

Parábolas do Julgamento Final (Mateus 24:40 – 25:30)

Depois de falar de coisas que tinham que acontecer naquela geração (até os versículos 34-35), Jesus falou de sua segunda vinda, como algo que aconteceria no momento escolhido pelo Pai, porém não revelado a ninguém (24:36-39). Ele ressalta este ponto com uma série de parábolas que descrevem sua segunda vinda. Estas parábolas todas enfatizam à importância de se estar preparado para sua volta. Jesus falou dos trabalhadores no campo (24:40-42), do ladrão na noite (24:43-44), da diferença entre os servos bons e os maus (25:45-51), do contraste entre os tolos e os prudentes (25:1-13) e da importância de preparar-se para a volta do Mestre, como é explicado na parábola dos talentos (25:14-30).

Descrição do Julgamento Final (Mateus 25:31-46)

A parte final do capítulo 25 descreve o julgamento final, mostrando que Jesus se sentará no trono do julgamento, separando os servos desobedientes dos fiéis. Essa separação será final: ”E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna”(25:46).

Aplicações

Entre as muitas lições que podemos aprender, no estudo deste texto, é importante que lembremos duas:

1. Que o cuidadoso estudo dos trechos bíblicos em seu contexto pode ajudar- nos a evitar que sejamos desencaminhados por doutrinas humanas sensacionalistas, tais como o pré-milenismo. Deveríamos sempre começar pela Bíblia, e não pelas últimas manchetes dos jornais.

2. Que precisamos estar sempre preparados para a volta de Cristo. Ele não enviará sinais para nos avisar da sua volta. Pode acontecer daqui a milhares de anos, ou pode acontecer hoje à noite. Ladrões não mandam cartas com antecedência para avisar suas vítimas, e Deus não mandará aviso antecipado da volta de Cristo. Aqueles que estão preparados, nada têm a temer. Os despreparados enfrentam o trágico futuro de eterno sofrimento, separados de Deus. Que cada um se prepare para estar com Cristo na eternidade!

Por Dennis Allan

UM JOVEM NO EGITO

UM JOVEM NO EGITO


José teve uma infância complicada. Sua mãe morreu quando ele era pequeno, e seu pai teve muita dificuldade em viver com esta perda. Os meio-irmãos de José o maltratavam e o pai aumentou a tensão entre eles por mostrar uma forte preferência por José.

Aos 17 anos de idade, este jovem foi vendido por seus irmãos e se tornou escravo no Egito. Os irmãos convenceram seu pai que José estivesse morto. De fato, ele estava em outro país, rejeitado e esquecido pela família.

Era comum, na época em que José vivia, pensar que “os deuses” exercessem poder limitado e local. Até muito tempo depois de José, os gregos e romanos criaram sistemas mitológicos nos quais os diversos “deuses” tiveram poderes limitados sobre determinados aspectos do universo. Diante desses fatos, a fé de José se torna ainda mais impressionante. Longe da terra prometida aos descendentes de seu bisavô, no meio de um povo com seus próprios “deuses” e costumes religiosos, José não vacilou na sua confiança no único verdadeiro Deus.

Como escravo, José se mostrou íntegro e foi rapidamente promovido à posição de administrador geral dos negócios de Potifar. A mulher de Potifar viu este jovem atraente trabalhando dia após dia, e tentou seduzi-lo. José resistia aos avanços da mulher, explicando-lhe seus motivos: “Tem-me por mordomo o meu senhor e não sabe do que há em casa, pois tudo o que tem me passou ele às minhas mãos. Ele não é maior do que eu nesta casa e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porque és sua mulher; como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?” (Gênesis 39:8-9). Esta postura de José oferece um exemplo importante em vários sentidos:

(1) José acreditou na soberania universal do único Deus. Se ele cedesse à tentação, mesmo longe da terra dos descendentes de Abraão, pecaria contra Deus!

(2) José acreditou num padrão absoluto e universal de moralidade. Adultério é adultério em qualquer lugar.

(3) José não tentou justificar um pecado escondido. Qual dano poderia resultar de um pecado escondido cometido por um jovem longe de casa? Se José cogitou alguma desculpa deste tipo, teve o caráter de descartar tais noções e manter a sua integridade.

(4) José respeitou o casamento como um pacto inviolável. Ele não tratou o casamento de Potifar como algum arranjo insignificante entre pessoas que não conheciam o Senhor. O casamento nunca foi subordinado por Deus a alguma instituição religiosa, pois foi dado aos seres humanos pelo Criador, e deve ser respeitado por todos. Mesmo um casamento entre dois pagãos é um casamento digno de respeito.

(5) Quando a tentadora não desistiu, José fugiu. Literalmente fugiu! Manter-se puro diante de Deus foi mais importante do que o emprego, a liberdade ou a própria vida.

José passou anos na prisão por um crime que não cometeu, mas devido à sua fé, esse homem foi abençoado e usado por Deus para salvar a nação israelita. Vale a pena ser fiel!

O LIVRO DE APOCALIPSE

O LIVRO DE APOCALIPSE


Autor: Apocalipse 1:1,4,9 e 22:8 especificamente identificam o apóstolo João como o seu autor.

Quando foi escrito: O livro do Apocalipse foi provavelmente escrito entre os 90 e 95 dC.

Propósito: A Revelação de Jesus Cristo foi dada a João por Deus “para mostrar aos seus servos o que em breve há de acontecer.” Este livro é cheio de mistérios sobre coisas que virão. É o último aviso de que o mundo certamente terminará e que o julgamento é certo. Dá-nos um pequeno vislumbre do céu e de todas as glórias que aguardam aqueles que mantêm as suas vestes brancas. O livro de Apocalipse leva-nos através da grande tribulação, com todas as suas aflições, e do fogo final que todos os infiéis terão de enfrentar pela eternidade. O livro recorda a queda de Satanás e a condenação que o aguarda juntamente com seus anjos. Vemos também as tarefas de todas as criaturas e anjos do céu, assim como as promessas dos santos que viverão para sempre com Jesus na Nova Jerusalém. Como João, é difícil encontrar palavras para descrever o que lemos no livro do Apocalipse.

Versículos-chave: Apocalipse 1:19: “Escreva, pois, as coisas que você viu, tanto as presentes como as que estão por vir.”

Apocalipse 13:16-17: “Também obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem certa marca na mão direita ou na testa, para que ninguém pudesse comprar nem vender, a não ser quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o número do seu nome.”

Apocalipse 19:11: “Vi o céu aberto e diante de mim um cavalo branco, cujo cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro. Ele julga e guerreia com justiça.”

Apocalipse 20:11: “Depois vi um grande trono branco e aquele que nele estava assentado. A terra e o céu fugiram da sua presença, e não se encontrou lugar para eles.”

Apocalipse 21:1: “Então vi um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia.”

Resumo: O Apocalipse é pródigo de descrições coloridas das visões que nos anunciam os últimos dias antes do retorno de Cristo e a introdução do novo céu e nova terra. O Apocalipse começa com cartas às sete igrejas da Ásia Menor, revelando em seguida a série de devastações derramadas sobre a terra; a marca da besta, “666″; a decisiva batalha do Armagedom; o aprisionamento de Satanás; o reino do Senhor, o julgamento do Grande Trono Branco e a natureza da cidade eterna de Deus. Profecias sobre Jesus Cristo são cumpridas e uma última chamada ao Seu Senhorio nos assegura de que Ele voltará em breve.

Conexões: O livro de Apocalipse é a culminação de profecias sobre o fim dos tempos, começando com o Antigo Testamento. A descrição do anticristo mencionado em Daniel 9:27 é totalmente desenvolvida no capítulo 13 de Apocalipse. Fora do Apocalipse, exemplos da literatura apocalíptica na Bíblia são Daniel capítulos 7-12, Isaías capítulos 24-27, Ezequiel capítulos 37-41 e Zacarias capítulos 9-12. Todas essas profecias se reúnem no livro do Apocalipse.

Aplicação Prática: Você já aceitou a Cristo como seu Salvador? Se sim, então você não tem nada a temer do julgamento de Deus sobre o mundo tal como descrito no livro do Apocalipse. O Juiz está do nosso lado. Antes do julgamento final começar, temos de testemunhar aos amigos e vizinhos sobre a oferta de Deus de vida eterna em Cristo. Os acontecimentos deste livro são reais. Temos de viver vidas que comprovem o que realmente acreditamos para que os outros notem nossa alegria sobre o futuro e desejem juntar-se a nós nessa nova e gloriosa cidade.

OS QUATRO LIVROS QUE PAULO ESCREVEU NO PERÍODO INICIAL EM ROMA ATÉ TRANSMITIR A HOMENS FIÉIS E IDÔNEOS PARA INSTRUIR A OUTROS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - QUINTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM capítulo 4: A ÊNFASE DOS ESCRITOS DE PAULO

Leitura bíblica: At 28:16, 30-31; Fp 4:22, 1:30-31; 1Tm 1:3-7

Ler com oração: O qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério. (1Tm 2:4; 2Tm 4:1-5)


OS QUATRO LIVROS QUE PAULO ESCREVEU NO PERÍODO INICIAL EM ROMA ATÉ TRANSMITIR A HOMENS FIÉIS E IDÔNEOS PARA INSTRUIR A OUTROS

Os quatro livros que Paulo escreveu no período inicial em Roma

Conforme relatamos no capítulo anterior, chegando em Roma, apesar dele ser prisioneiro, foi permitido a Paulo morar por sua conta, tendo por companhia o soldado que o guardava, enquanto esperava o julgamento (At 28:16). Por dois anos ele permaneceu na própria casa que alugara, onde recebia todos que o procuravam, pregando o reino de Deus (vs. 30-31).
Os dois anos que Paulo esteve em Roma foram muito frutíferos a ponto de suas palavras alcançarem até o palácio imperial (Fp 4:22) e toda a guarda pretoriana (1:12-13). Enquanto estava em Roma, escreveu os quatro livros mais importantes dentre suas epístolas: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom, por volta do ano 64 (Ef 3:1; 4:1; 6:20; Fp 1:13; Cl 4:3, 10, 18; Fm 9, 22-23).

Os últimos quatro livros escritos antes de seu martírio
1 Timóteo

Depois de passar dois anos em Roma na casa em que alugara, devido à demora do seu processo de julgamento, Paulo teve oportunidade de viajar e aproveitou para visitar as igrejas. Aproximadamente um ano antes, Paulo havia escrito a Epístola aos Efésios e estava ansioso para saber como eles receberam essa palavra. Ele fez questão de passar por Éfeso, quando estava de viagem rumo da Macedônia (1 Tm 1:3).
O que Paulo viu em Éfeso não foi nada animador, visto que em lugar de usarem o espírito para receber luz na palavra tão elevada que lhes enviara por carta, eles se ocuparam com fábulas e genealogias sem fim, que antes promoviam discussões do que a economia de Deus na fé (v. 4). Eles se enveredaram pelo caminho do mero conhecimento intelectual, perderam-se em vã conversação, pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que diziam, nem os assuntos sobre os quais faziam ousadas asseverações (vs. 6-7).
Como resultado, a igreja em Éfeso dava sinais de degradação espiritual, motivo pelo qual Paulo deixou ali seu jovem cooperador para ajudá-los a saírem da esfera anímica para a prática da verdade no espírito (v. 3). Portanto, a Primeira Epístola a Timóteo deve ter sido escrita na Macedônia, por volta do ano 65.

Tito

Depois disso Paulo foi a Creta e também ali deparou com a situação de degradação na igreja. Deixou Tito, outro cooperador seu, para colocar ordem na igreja, repreendendo-os severamente para que fossem sadios na fé e não se ocupassem com fábulas judaicas nem com mandamentos de homens desviados da verdade (Tt 1:5, 13-14). De Creta Paulo partiu para Nicópolis, na Acaia, ao sul da Grécia, onde pretendia passar o inverno (3:12). Portanto a Epístola a Tito deve ter sido escrita em Nicópolis, por volta do ano 65.

Hebreus

A Epístola aos Hebreus nos revela que o mundo que há de vir não será mais entregue aos anjos, como no primeiro mundo, antes, Deus determinou que o homem irá assumir esse governo. Ao longo do texto, o autor desvenda como Deus fará isso, uma vez que o homem, aparentemente, não tem condição nenhuma de assumi-lo. Somente Paulo tinha qualificação para escrever essa carta com conteúdo tão profundo; a menção de Timóteo no final dela, reforça a ideia de que foi escrita por Paulo (Hb 13:23). Provavelmente ele escreveu aos hebreus em Mileto, pouco antes de voltar a Roma (2 Tm 4:20), pois a saudação no final da epístola diz: “Os da Itália vos saúdam” (Hb 13:24). Isso pode significar que ele ainda não estava em Roma, portanto a Epístola aos Hebreus deve ter sido escrita em Mileto, por volta do ano 67.

2 Timóteo

Provavelmente Paulo tenha sido subitamente preso em Trôade e levado para Roma, pois pediu para Timóteo trazer-lhe a capa e os livros que havia deixado na casa de Carpo, em Trôade (2 Tm 4:13). Isso deve ter ocorrido devido à perseguição promovida por Nero. A Segunda Epístola a Timóteo foi então escrita na prisão em Roma, por volta do ano 67.

A atitude de Paulo para com as verdades recebidas
Pleno conhecimento da verdade

Na Primeira Epístola a Timóteo, Paulo mostra sua visão quanto às verdades que recebeu do Senhor: “O qual [Deus] deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (2:4). A revelação que ele recebera do plano da salvação de Deus para o homem, a economia neotestamentária de Deus, precisava ser passada a todos os homens.
Paulo não fez parte dos doze apóstolos que receberam a mesma revelação do próprio Senhor Jesus enquanto esteve com eles. Os doze apóstolos andaram com Jesus, que os ensinou na prática, no dia a dia; não numa sala de aula, mas conforme surgiam as mais variadas situações, enquanto deparavam com diferentes pessoas, durante os três anos e meio que conviveu com eles. Paulo, porém, não teve essa mesma oportunidade, pois recebeu toda a visão num curto período de tempo, como se estivesse fazendo um curso intensivo de mestrado. Ele recebeu um “pacote” completo de revelação, e sabia que tinha a responsabilidade de passá-la adiante. Daí sua grande preocupação para que todos chegassem ao pleno conhecimento da verdade, isto é, conhecessem a visão completa da economia de Deus.

Transmitir a homens fiéis e idôneos para instruir a outros

Quando escreveu a Segunda Epístola a Timóteo, Paulo já estava na prisão romana e tinha consciência de que o tempo de sua partida era chegado (4:6). Ele pede a Timóteo: “E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros” (2:2).
Paulo fez a sua parte ao pregar a palavra conforme a visão que recebera de Deus; todavia, o tempo de sua partida estava próximo e ele já não tinha como dar continuidade a isso, por isso incumbiu seu jovem cooperador de fazê-lo: “Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. [...] Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério” (4:1-5).
Como Paulo havia recebido o “pacote” completo das verdades do Novo Testamento, seu foco era passar o conhecimento dessas verdades a homens fiéis e idôneos, capazes de transmitir a outros. Essa foi sua grande preocupação durante todo seu ministério. Todavia, esse seu desejo não produziu o esperado, visto que no final de seu ministério as igrejas sob seu cuidado estavam em degradação.