segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O CHAMAMENTO, AS VIAGENS MINISTERIAIS E AS EPÍSTOLAS DO APÓSTOLO PAULO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 4 - SEGUNDA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 O Espírito da realidade (Jo 14:16-18; 16:13)

Leitura bíblica:  At 9:1-19; 13:1-3; 21:7-36; 2 Co 12:1-4; Gl 1:13-17

Ler com oração:  A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo (Ef 3:8).

O CHAMAMENTO, AS VIAGENS MINISTERIAIS E AS EPÍSTOLAS DO APÓSTOLO PAULO

No volume anterior da série, vimos que no Novo Testamento encontramos duas linhas ministeriais: a primeira, representada pelo apóstolo Paulo, e a segunda, pelos doze apóstolos que andaram com o Senhor Jesus.
Paulo era um perseguidor da igreja e prendia todos aqueles que invocavam o nome do Senhor. Contudo, quando estava no caminho para Damasco, o próprio Senhor lhe apareceu como numa grande luz e disse: “Saulo, Saulo por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (At 9:4-5). Naquele momento, Paulo percebeu que Aquele que falava com ele era o Senhor, e ao perseguir os que invocavam o Seu nome, estava perseguindo o próprio Jesus. Isso é algo grandioso! Quando invocamos o nome do Senhor, nos tornamos um com Ele e nos identificamos com o próprio Jesus.
Depois desse episódio, Paulo ficou cego por três dias, até que Ananias, um irmão de Damasco, foi até ele e lhe transmitiu o chamamento do Senhor, dizendo que ele seria um instrumento para levar esse nome aos gentios e reis (v. 15). Até aquele momento, entretanto, Paulo conhecia apenas o Antigo Testamento, pois havia crescido aos pés de Gamaliel, um mestre da lei, mas jamais havia estado com o Senhor Jesus pessoalmente e, portanto, precisava ser preparado por Deus para exercer o seu ministério.
Na Segunda Epístola aos Coríntios 12:2-4, Paulo narra sua experiência de ser arrebatado ao terceiro céu, onde ouviu palavras inefáveis. Isso deve ter acontecido provavelmente enquanto esteve nas regiões da Arábia (Gl 1:17). Cremos que, por meio dessa experiência, Deus mostrou a Paulo todo o conteúdo de Sua economia neotestamentária, para que ele pudesse, posteriormente, registrar por escrito tais palavras em suas catorze epístolas.
A Bíblia registra que, pouco depois de sua conversão, por duas vezes tentaram tirar a vida de Paulo. A primeira foi em Damasco, quando pregava ousadamente em nome de Jesus, demonstrando que Ele é o Cristo. A segunda foi em Jerusalém, pelo fato de ele falar e discutir com os helenistas judeus acerca de Jesus (At 9:20-30). Por fim, os irmãos o enviaram para Tarso, onde ficou por um tempo até ser levado por Barnabé para servir na igreja em Antioquia (11:25-26). Ali, enquanto orava com os demais irmãos, o Espírito Santo separou tanto Barnabé quanto Paulo para a primeira viagem (13:1-3). A partir de então, o apostolado de Paulo foi sendo confirmado.
Podemos dizer que sua segunda viagem foi a mais frutífera, uma vez que ele estava acompanhado por Silas, que era um homem muito espiritual e deve ter sustentado Paulo em todas as dificuldades pelas quais passaram. Em tudo eles foram guiados pelo Espírito, e o resultado foi maravilho! Aqui vemos quão importante é termos companheiros espirituais que cooperem conosco, principalmente nas situações difíceis.
Na sua terceira viagem, Paulo decidiu, por conta própria e contra o falar dos irmãos e do profeta Ágabo, ir a Jerusalém para levar pessoalmente as ofertas aos santos (21:10-13). Uma vez em Jerusalém, Paulo encontrou milhares de judeus que haviam crido, vivendo ainda sob os preceitos da religião judaica. Tiago, que era o líder ali, propôs a Paulo que, a fim de ser aceito pelos judeus, cumprisse um voto juntamente com mais quatro pessoas, e ele aceitou, contradizendo tudo o que havia ensinado até então (Gl 2:16-21; 3:1-3). Que isso nos sirva de lição e possamos permanecer fiéis ao chamamento do Senhor, levar o Seu nome a todas as pessoas, ser guiados pelo Espírito e não nos deixar levar pelos impulsos de nosso zelo natural!
Quando estavam por findar os sete dias para o cumprimento do voto, Paulo foi descoberto pelos judeus que haviam vindo de outros lugares à Jerusalém, os quais pretendiam matá-lo (At 21:27-31). O Senhor, sabendo que o ministério de Paulo não estava concluído, preservou sua vida, enviando um comandante romano que mandou prendê-lo (v. 33).
Antes de ser preso, Paulo havia escrito seis epístolas: uma aos Gálatas, outra aos Romanos, duas aos Coríntios e duas aos Tessalonicenses. Depois de apelar para César, em Roma, onde ficou em prisão domiciliar, Paulo alugou uma casa e ali escreveu mais quatro cartas, que consideramos ser as principais epístolas: Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom. Por fim, enquanto aguardava seu julgamento, foi-lhe permitido sair de Roma e visitar algumas igrejas. Durante esse período Paulo escreveu ainda mais quatro epístolas (duas para Timóteo, uma para Tito e outra aos Hebreus), totalizando catorze epístolas. Assim, ao finalizar a Segunda Epístola a Timóteo, sua última carta, ele disse ao seu cooperador: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” (4:7).


Ponto-chave:  Ter companheiros espirituais.

Pergunta:  Que lições podemos extrair das três viagens ministeriais de Paulo?