sexta-feira, 2 de abril de 2021

O REINO DO MUNDO

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 4 – SEXTA-FEIRA* *SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA *AFINAL, O QUE DETÉM O ANTICRISTO? – PEDRO DONG* *Leitura bíblica:* Dt 13:14; 19:15; Lc 4:5-7; Jo 12:31; Ef 2:2-3; Cl 1:13 *Ler com oração:* O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos (Ap 11:15). ............................................. *O REINO DO MUNDO* A lei promulgada por Deus para o povo de Israel no Antigo Testamento se tornou o fundamento para a cultura e o ordenamento jurídico do mundo ocidental. Exemplo disso é o descanso de um dia a cada sete dias para a recuperação física do trabalhador. Incorporado ao direito trabalhista de várias nações, ele é considerado por muitos como a contribuição mais original de Israel às leis do mundo. A preocupação com a justiça é um ponto central da lei judaica, que também é a essência das legislações de todos os povos. Na sociedade humana, os ricos e poderosos levam vantagem, mas Deus estabeleceu, em Deuteronômio: “Não sereis parciais no juízo, ouvireis tanto o pequeno como o grande; não temereis a face de ninguém, porque o juízo é de Deus; porém a causa que vos for demasiadamente difícil fareis vir a mim, e eu a ouvirei” (1:17). É muito difícil, na justiça humana, não se fazer acepção de pessoas. Por isso Deus determinou: “Não torcerás a justiça, não farás acepção de pessoas, nem tomarás suborno; porquanto o suborno cega os olhos dos sábios e subverte a causa dos justos” (Dt 16:19). Deus se preocupava com a justiça em Israel, que era Seu povo. Com frequência, levantam-se pessoas que advogam a necessidade de se favorecer os pequenos, uma vez que os grandes já são mais favorecidos. Contudo isso também não está correto de acordo com a natureza justa de Deus. Por isso, em Levítico, está registrado: “Não farás injustiça no juízo, nem favorecendo o pobre, nem comprazendo ao grande; com justiça julgarás o teu próximo” (19:15). Não se pode favorecer nem o pobre nem o grande. Isso é fazer justiça. A lei era a manifestação da natureza divina. Ela inspirou também o direito processual de muitos povos, ressaltando a necessidade de investigar, interrogar e inquirir. Não se pode julgar levianamente, mas é necessário investigar os fatos, fazer inquisição e diligências para que se julgue com justiça (Dt 13:14). Não se pode condenar ninguém pelo testemunho de uma só pessoa, sob a pena de se cometer injustiça (Dt 19:15). A legislação brasileira também é baseada em disposições da lei dada por Deus mediante Moisés. Os princípios do direito constitucional, penal, civil, comercial, trabalhista e processual em nosso país têm como fundamento a lei de Deus. Como exemplo, no Código de Processo Civil Brasileiro, temos a proibição de penhorar instrumentos necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão. Isso é o que lemos: “Não se tomarão em penhor as duas mós, nem apenas a de cima, pois se penhoraria, assim, a vida” (Dt 24:6). Impedidas de moer os grãos, as pessoas não poderiam prover sua subsistência. Esses pequenos itens ilustram como nossa justiça está baseada naquela que Deus estabeleceu para Israel, Seu povo. Nosso Deus é justiça e amor. Quão bom seria se o homem realmente adorasse e amasse a Deus e seguisse Sua palavra. Teríamos paz e justiça para todo o sempre. Todavia hoje existe um complô contra Deus, orquestrado pelo querubim que se julgou superior a todos. Motivado por orgulho, ele buscou ser igual ao Altíssimo. Ele, como o leviatã, descrito no livro de Jó, é rei sobre todos os animais orgulhosos e em toda a história tenta arrastar o homem para seu caminho. Essa percepção é importante para compreendermos o mistério da iniquidade. Em Gênesis, temos o início da história de Ninrode, neto de Cam, um dos filhos de Noé: “Cuxe gerou a Ninrode, o qual começou a ser poderoso na terra. Foi valente caçador diante do Senhor; daí dizer-se: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor” (10:8-9). Quando adolescente, eu lia essa passagem e achava muito positiva. Eu tinha Ninrode como herói. Contudo a conotação da expressão “poderoso caçador diante do Senhor” é negativa, pois está no contexto de um homem que percebeu seu poder, o qual poderia exercer sobre outros seres humanos colocando-os sob seu domínio. Ele foi o primeiro a estabelecer um reino com governo humano. O reino do mundo surgiu com Ninrode, que foi o primeiro tipo do anticristo e o primeiro a se opor a Deus. Satanás usurpou a autoridade dos reinos do mundo que lhe havia sido entregue quando foi criado para governar o mundo de outrora. Quando foi lançado fora do monte de Deus por causa da iniquidade e da arrogância em seu coração, ele deveria devolver essa autoridade a Deus. Entretanto não o fez. Pelo contrário, fundou uma autoridade paralela à autoridade de Deus, chamada pela Bíblia de império das trevas. Uma vez em posse da autoridade sobre os reinos do mundo, que começaram com Ninrode, Satanás a ofereceu ao Senhor Jesus quando O tentou no deserto (Ez 28:15-17; Cl 1:13; Lc 4:5-7). Ele é o príncipe deste mundo e entregou seus reinos a homens como Ninrode com o fim de levar a humanidade a se opor a Deus (Jo 12:31; Ef 2:2-3). Contudo, a despeito de todos os seus esforços malignos, o reino do mundo será restituído à autoridade divina na segunda vinda do Senhor Jesus, conforme lemos em Apocalipse: “O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos” (11:15). Aleluia! *Pergunta:* Como Satanás usa a autoridade que usurpou para se opor a Deus? *Meu ponto-chave:*