segunda-feira, 26 de outubro de 2020

NOSSO PROCEDIMENTO DEVE CORRESPONDER A NOSSO EVANGELHO

ALIMENTO DIÁRIO*SEMANA 2 – SEGUNDA-FEIRA (páginas 23, 24 e 25)

SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: DEUS NOS CHAMA PARA SEU REINO E GLÓRIA – (1 TS 2:12)
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
Fp 1:27-30; 1 Ts 2:1-2
Ler com oração:
O nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós (1 Ts 1:5).

NOSSO PROCEDIMENTO
DEVE CORRESPONDER A NOSSO EVANGELHO

O título da mensagem desta semana é “Deus nos chama para o Seu reino e glória”, que também é o tema geral de nosso estudo sobre as epístolas aos tessalonicenses. Ao longo da semana, vamos considerar alguns aspectos preciosos do segundo capítulo da primeira epístola.
Veremos como a conduta pura, piedosa, justa e irrepreensível de Paulo foi decisiva para que o evangelho impactasse positivamente os tessalonicenses. Seu procedimento foi como o de uma mãe e um pai que se doam aos filhos, pelo que exortava os irmãos a atender ao chamado de Deus para viver de modo digno do evangelho, trilhando um caminho apertado. Embora envolvesse sofrimento, esse caminho, com perseverança, redundaria numa ampla entrada no reino.
A visita de Paulo à cidade de Tessalônica foi bastante proveitosa: “Porque vós, irmãos, sabeis, pessoalmente, que a nossa estada entre vós não se tornou infrutífera”(1 Ts 2:1). A palavra “estada” no grego significa entrada e também aparece no primeiro capítulo como “ingresso” (v. 9). Quando o apóstolo disse ainda que ela “não se tornou infrutífera”, o significado literal é “não foi em vão”.
O testemunho, o procedimento e a conduta de Paulo e seus companheiros, e não a operação de milagres ou coisas exteriores, contribuíram para a grande repercussão do evangelho naquela cidade (1 Ts 1:5). Tudo isso é muito significativo e nos mostra a importância de cuidar de nossa pessoa e conduta, pois o evangelho não é só palavra, mas, antes de tudo, diz respeito a nosso procedimento.
Como tem sido nosso testemunho entre as pessoas que estão próximas de nós, como os vizinhos, por exemplo? Quando o cachorro de um deles late sem parar e isso nos incomoda, qual é nossa reação? São pequenas situações como essa que revelam nosso tipo de viver. Se um casal cristão briga frequentemente a ponto de os vizinhos ouvirem gritaria e pratos e copos sendo quebrados, o que essas pessoas dirão? E se esse casal, motivado a pregar o evangelho, decide bater às portas dos vizinhos e dizer: “Olá, podemos orar por vocês?”. Bem, a probabilidade de essa oração ser rejeitada é grande, uma vez que o testemunho do casal não condiz com sua pregação. Quando isso ocorre, podemos dizer que o ingresso daquele casal na vizinhança foi infrutífero. Querido leitor, a pregação do evangelho não é apenas uma questão de falar, tampouco se resume a orar pelas pessoas, mas, principalmente, é um tipo de viver que inspira os outros a aceitar o mesmo Senhor a quem servimos e por quem fomos salvos.
Demos sequência à leitura: “Apesar de maltratados e ultrajados em Filipos, como é do vosso conhecimento, tivemos ousada confiança em nosso Deus, para vos anunciar o evangelho de Deus, em meio a muita luta” (1 Ts 2:2). A pregação do evangelho é uma questão muito séria e envolve grande luta espiritual contra o inimigo de Deus. Como exército de Deus, precisamos aprender a lutar junto com os irmãos, em unidade e com perseverança.
A maior dificuldade de lutar juntos em prol do evangelho são nossas diferenças de alma. Nesse sentido, Paulo fez um apelo para que vivêssemos de modo digno do evangelho de Cristo, e, para isso, seria necessário estar firmes em um só espírito, como uma só alma, que é a nossa maior dificuldade (Fp 1:27-30). Muitas vezes, nossas diferentes personalidades, gostos e vontades nos afastam uns dos outros, mas o Senhor, por meio de Seu Espírito e de Sua palavra, nos reconcilia com os irmãos, apesar de nossas diferenças. E é assim que, efetivamente, conseguimos lutar juntos pela fé do evangelho. Quando percebemos nossas diferenças de alma e permitimos que o Espírito as supere, nenhum adversário (quer seja interno, como o medo, a indecisão, a dúvida, a falta de autoestima, as mentiras do inimigo para nos desanimar; quer seja externo, como as dificuldades circunstanciais) pode prevalecer contra nós.