sábado, 12 de outubro de 2013

A VERDADE NAS EPÍSTOLAS DE PAULO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 3 / SÁBADO


SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 03: O Senhor levanta o ministério de Paulo (At 9:3-6, 10-16; 22:12-16)
Leitura bíblica: Jo 1:1; 6:63; 1 Co 2:1-5; 2 Co 3:1-4; 2 Tm 1:14

Ler com oração: Não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus, o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito, porque a letra mata, mas o espírito vivifica (2 Co 3:5-6).

A VERDADE NAS EPÍSTOLAS DE PAULO

A segunda linha das verdades é a de Paulo. Ele não andou com o Senhor durante Seu ministério terreno, mas teve uma experiência de conversão muito forte, por meio da qual o Senhor deu-lhe uma comissão. O principal encargo que Deus deu a Paulo foi o de registrar, por escrito, o conteúdo da economia neotestamentária de Deus, a fim de que nada se perdesse.
Paulo era uma pessoa muito culta e, por essa razão, utilizou palavras difíceis para escrever suas epístolas. Devido a isso, a maioria dos cristãos e estudiosos da Bíblia, tomam seus escritos apenas para estudo teológico, agregando muitas dissertações e tratados sobre o que ele escreveu, porque o fez de uma maneira muito profunda. As pessoas se preocupam em analisar a letra das cartas de Paulo e se esquecem do propósito de Deus, a saber: que tomemos Sua Palavra como Espírito e vida. No entanto, o próprio Paulo se preocupava com essa situação e alertou os irmãos de Corinto: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus” (1 Co 2:4-5). Apesar de os escritos de Paulo serem de difícil compreensão, ainda assim precisamos deles, bem como das verdades escritas pelos apóstolos Pedro e João.
Devemos observar o Espírito que está na Palavra: “A letra mata, mas o espírito vivifica” (2 Co 3:6). A Bíblia é a Palavra de Deus, mas, se a tomarmos como letra, o resultado será morte. Por isso, não vamos perder tempo com discussões e debates pela internet, onde se defende esse ou aquele ponto de vista. Quando Deus incumbiu Paulo de escrever suas epístolas, Seu desejo era transmitir vida às igrejas. Ao lermos as epístolas de Paulo, de Pedro, de João, ou qualquer outra porção da Palavra, precisamos sempre nos voltar ao espírito, porque no espírito temos a vida.
Em outras palavras, precisamos armazenar a Palavra de Deus em nós por meio do Espírito (2 Tm 1:14) e aplicá-la a nossa experiência para, por fim, transmiti-la a outros. Em João 1:1 lemos: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. No original grego Verbo é logos, a palavra objetiva, aquela que está escrita: a palavra que é o próprio Deus, mas numa perspectiva estática. João 6:63 nos diz que “as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida”. Aqui não temos logos, mas rhema. Podemos ilustrar a diferença entre uma e outra da seguinte forma: logos é a água na caixa d’água, parada ali, e, rhema é a água que sai da torneira quando a abrimos, que satisfaz a sede e utilizamos para preparar os alimentos e para limpar. Logos é a palavra parada, rhema é a palavra que flui, a palavra que você vive e experimenta. Aplicando à nossa experiência, não podemos deixar a palavra “parada” na caixa d’água permanentemente. Isso não quer dizer que não precisamos mais da palavra escrita (logos). Pelo contrário, devemos dedicar um tempo diário à leitura da Bíblia e dos livros espirituais, que são de grande ajuda para nós. O que Deus deseja é que apliquemos essa palavra em nosso dia a dia, e não só viver acumulando conhecimento como uma grande caixa d’água sem utilidade. De maneira prática, pregar o evangelho é a maneira de “abrir a torneira” e permitir que “a água saia de nós” e sacie a sede espiritual das pessoas com quem mantemos contato.


Ponto-chave: A letra mata, mas o Espírito dá vida.
Pergunta: Explique a relação entre logos e rhema concernente à sua leitura da Bíblia.