terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Governados pela vida de Deus


Governados pela vida de Deus

Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário

 - O ministério que seguimos e praticamos

Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe [...]. Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade (Hb 12:5-6, 10b)

Mt 16:21-25; 22:13; 24:51; 25:30; Lc 13:28

Em Cesareia de Filipe, o Senhor antecipou para os discípulos as coisas que ocorreriam quando Ele fosse entregue nas mãos dos principais sacerdotes e escribas. Jesus prenunciou que padeceria muitos sofrimentos, incluindo ser crucificado. Isso contrariou Pedro, que O amava, por isso passou a reprová-Lo, pois não desejava que o Senhor fosse morto (Mt 16:21-22). Se o Senhor não morresse na cruz, não ressuscitaria nem providenciaria a salvação para todo aquele que Nele crê. Desse modo, a vida de Deus não estaria disponível e a igreja não seria gerada, tampouco teríamos o sangue redentor derramado em nosso favor.

Satanás tentou barrar o propósito de Deus utilizando a opinião de Pedro, proveniente de sua vida da alma. O Senhor Jesus, porém, repeliu Satanás e, na mesma ocasião, mostrou que o caminho para O seguirmos é negarmos a nós mesmos (vs. 23-24). Em outras palavras, Ele revelou que para vivermos a vida da igreja, devemos segui-Lo, renunciando a vida da alma e tudo o que dela provém. Quanto mais negamos a nós mesmos, mais ganhamos da vida de Deus e assim, salvamos nossa alma (v. 25).

O Senhor nos tem conduzido a praticar essa palavra, porque negar a vida da alma é o primeiro requisito para governarmos o mundo que há de vir. O mundo vindouro será entregue a pessoas cheias da vida de Deus e por Ele governadas. Como a vida divina não pode governar pessoas que se apegam ao próprio ponto de vista e opinião, devemos negar o ego todas as vezes que percebemos sua manifestação. Isso é tomar a cruz, com a qual mortificamos os feitos do velho homem.

Negar a si mesmo é uma prática de grande importância para todo filho de Deus, isto é, para todo aquele que já foi regenerado. Deus deseja que todos os Seus filhos amadureçam e reinem com Cristo no reino milenar. Se, porém, não negarmos a nós mesmos, estaremos despreparados para o reino e seremos lançados para as trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes (Mt 22:13; 24:51; 25:30; Lc 13:28). O milênio será a época destinada à disciplina e ao amadurecimento dos filhos de Deus que não aproveitaram a presente era para crescer na vida divina. Portanto o Senhor ainda usará de misericórdia com aqueles que não houverem amadurecido até a manifestação do reino, pois Ele é um Deus cheio de amor. Embora essa disciplina e amadurecimento visem à preparação para a nova Jerusalém, o desejo de Deus é que nos tornemos filhos maduros hoje, na igreja, permitindo que Sua vida nos governe.

Ouvir o Senhor de maneira nova


Ouvir o Senhor de maneira nova

Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário

 - O ministério que seguimos e praticamos

A revelação das tuas palavras esclarece e dá entendimento aos simples (Sl 119:130)

Mt 16:12, 17-18; 1 Co 3:10-11

No capítulo 16 do Evangelho de Mateus, o Senhor Jesus levou Seus discípulos para as bandas de Cesareia de Filipe a fim de lhes dar revelação. Antes disso Ele os alertou para que se acautelassem acerca do ensinamento dos fariseus e saduceus (v. 12). Isso é muito significativo. Cesareia de Filipe era o ambiente adequado para que os discípulos recebessem a pura Palavra de Deus, pois ali, estavam longe de qualquer interferência religiosa ou doutrinária. Hoje ocorre o mesmo conosco: para ouvirmos a Palavra de Deus com exatidão, sem mistura, precisamos nos esvaziar dos antigos conceitos e tradições. Precisamos ouvi-Lo de maneira nova. Por outro lado, quando transmitimos a Palavra a outros, não devemos inserir nosso ensinamento particular. Isso também caracteriza o “fermento” que faz o alimento espiritual “levedar”, prejudicando a revelação que Deus deseja nos conceder.

Nessa ocasião, em Cesaréia de Filipe, Deus Pai revelou a Pedro a pessoa do Senhor Jesus (como Filho do Deus vivo) e Sua obra (como o Cristo). Jesus veio ao mundo para, como o Cristo, fazer a obra de Deus. Essa maravilhosa revelação não veio da mente de Pedro, mas sim do próprio Pai que está nos céus. Graças a Deus por conceder aos homens tão grandiosa revelação!

Ao ouvir as palavras faladas por Pedro, o Senhor ficou satisfeito e prosseguiu, dizendo: “Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (vs. 17-18). Embora Pedro houvesse recebido uma revelação proveniente diretamente do Pai, o Senhor lhe disse que a igreja não seria edificada sobre um ensinamento obtido por Pedro, mas sim sobre Ele próprio, a Rocha (1 Co 3:10-11).

Cristo é a única base e fundamento da igreja. Infelizmente, assim como Jesus foi confundido com alguns profetas do Antigo Testamento e com João Batista, o termo “igreja” tem sido utilizado erroneamente para designar um prédio físico ou uma determinada organização humana baseada em ensinamentos particulares.

A igreja é muito importante aos olhos do Senhor. Ela foi gerada a partir de Sua morte na cruz. Para que ela surgisse, foi necessário primeiramente que o Senhor, como o Cordeiro Pascal, se dirigisse a Jerusalém, onde foi examinado pelos principais escribas e fariseus durante quatro dias. Nele não se encontrou qualquer delito ou pecado. Assim, como Cordeiro de Deus, sem defeito, o Senhor Jesus foi crucificado e morto. Ele entregou a Si mesmo para gerar a igreja.

Além disso, foi dada à igreja a autoridade do Senhor, representada pelas chaves do reino dos céus. Quando edificamos sobre Cristo como a Rocha e crescemos na vida de Deus, possuímos autoridade para que as portas do Hades não prevaleçam contra a igreja. Com Sua autoridade podemos ligar na terra o que tem sido ligado nos céus. Mas, se edificamos sobre um ensinamento, sobre outra pessoa ou sobre nós mesmos, não somos investidos de qualquer autoridade. Apenas Cristo é o fundamento da igreja, pois somente Ele concede a autoridade que nos qualifica para o reino dos céus.

A vida da igreja é para o reino


A vida da igreja é para o reino

Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário

- O ministério que seguimos e praticamos

Sabeis, ainda, de que maneira, como pai a seus filhos, a cada um de vós, exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória (1 Ts 2:11-12)

Mt 24:14; Fp 3:13-14; 2 Pe 1:8

A igreja não é uma organização ou um templo, mas é um viver que o Senhor nos preparou para desfrutarmos da Palavra e crescermos em vida, para sermos aperfeiçoados e purificados a fim de sermos úteis a Ele. Esse viver é o caminho que nos conduz ao reino.

Hoje a nossa meta tem de ser o reino; por isso não paremos nossa corrida espiritual. Tampouco nos prendamos aos conceitos e tradições (Fp 3:13-14). Precisamos avançar! Hoje é tempo de praticarmos a revelação da Palavra para que a vontade de Deus seja feita e Seu reino seja estabelecido na terra.

As revelações das verdades que ouvimos não devem servir para nos manter estáticos, mas ativos, apressando a vinda do Senhor (2 Pe 1:8). Uma vez que o reino dos céus está tão próximo, precisamos dar atenção ao que o Senhor está nos falando hoje e viver o que é mais importante: negar o ego e crescer na vida divina, praticar a Palavra e ser aperfeiçoado em nossos ministérios, abrir nossos corações para acolher nossos irmãos em Cristo e pregar o evangelho do reino por toda a terra (Mt 24:14).

No passado estávamos focados em nós mesmos. Nossa atitude nos isolou da comunhão com muitos irmãos em Cristo. Hoje temos sido encorajados a ter muitos bookafés em cada cidade, para que possamos suprir a vida de Deus a todos e encorajar Seus filhos a crescer em vida para reinar com Cristo na era vindoura (1 Ts 2:11-12). Que todos nós ganhemos esse encargo e tenhamos parte nesse comissionamento. Jesus é o Senhor!

A maneira de seguir o Senhor na vida da igreja


A maneira de seguir o Senhor na vida da igreja

Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário

 - O ministério que seguimos e praticamos

Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro e, no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem [...]. A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha (Ap 1:12-15)

Jo 6:63; 2 Co 3:6-9; 1 Pe 4:12-13

Não importando qual era nossa condição no passado, após nascermos de novo, Deus nos colocou na vida da igreja a fim de crescermos em Sua vida e sermos aperfeiçoados para desempenhar nossos serviços, cooperando com a obra do ministério, que é edificar o Corpo de Cristo. Essa edificação é uma questão de vida, isto é, da vida divina ser acrescentada a nós. Não é um prédio nem uma organização para impormos nossa autoridade; tampouco é uma questão de meras doutrinas ou conhecimento bíblico.

Para que essa edificação ocorra, precisamos do ministério que nos supre Espírito e vida (2 Co 3:6-9; Jo 6:63). Por meio do Espírito, ganhamos vida e aprendemos a viver pela vida de Deus. Além disso, por estarmos no espírito, enquanto servimos ao Senhor, aproveitamos as oportunidades para negar a vida da alma. Também precisamos ser aperfeiçoados em nossos ministérios a fim de, quando Jesus voltar, entrarmos no reino para servir e reinar com Ele.

A genuína vida da igreja é um viver de seguir o Senhor. Ao segui-Lo, deparamo-nos com o maior obstáculo: nosso ego, nossa vida da alma. Por isso é importante queimar o ego e suas opiniões no fogo do Espírito. Talvez a sua opinião seja boa, mas ela precisa passar pelo fogo purificador do Espírito, para que sua alma seja purificada e aprenda a depender somente do Senhor, a seguir apenas o Senhor. Esse é o caminho que nos conduz ao reino.

Depois que Pedro percebeu que havia o fogo do Espírito em seu interior, ele constantemente se voltava ao espírito e se arrependia, permitindo que esse fogo santo queimasse suas impurezas, sua vida da alma. Ao atingir a maturidade Ele disse: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando” (1 Pe 4:12-13).

Os cuidados do mundo, a fascinação das riquezas, os deleites e prazeres da vida, bem como nossas opiniões, são como os espinhos da parábola do semeador que nos impedem de crescer em vida. Não adianta tentar cortá-los, pois eles sempre crescem, aparecendo no nosso dia a dia e nos distraindo da vontade de Deus.

Precisamos aprender com Pedro, nas inúmeras situações que surgem em nossa vida e serviço ao Senhor, a nos voltar ao nosso espírito, onde há o fogo do Espírito, para queimar esses “espinhos”, negando a nós mesmos. Dessa maneira, poderemos seguir o Senhor e fazer Sua vontade.