sábado, 26 de setembro de 2020

LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ

 LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA

Dia: 26/09/2020


PRIMEIRA SEMANA – SÁBADO (Páginas 27 à 31)


Ler com oração:

Ex 19:5  Agora, se me obedecerem fielmente e guardarem a minha aliança, vocês serão o meu tesouro pessoal entre todas as nações. Embora toda a terra seja minha,


           Capítulo dois

     A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ


     No capítulo anterior, vimos que as cinco epístolas de Paulo que estamos abordando enfatizam que não podemos desistir das pessoas por causa de filosofias humanas, mas devemos ajudá-las, amando-as e cuidando delas para que cresçam em vida e sejam úteis na igreja e na obra do Senhor até atingir a maturidade.


     O tema deste capítulo é muito importante para a fundamentação de nossa vida cristã. Ao longo dele, discorreremos acerca da experiência de Abraão, que foi justificado pela fé. Uma vez que a justificação pela fé está em oposição à justificação pelas obras da lei, também explanaremos acerca do surgimento da lei e suas nuances ao longo do Antigo Testamento. 


    Em Romanos 3:21-24, lemos: “Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que creem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus”. No início, o homem desobedeceu a Deus ao comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. A desobediência fez com que o pecado entrasse no mundo, e, pelo pecado, a morte (5:12). Esse “legado” do velho Adão foi passado a todos os homens, de geração a geração.


     Desse modo, o homem tornou-se injusto diante de Deus por causa da desobediência. Hoje, ele precisa conquistar sua justificação. Os versículos acima mostram que o homem pode ser justificado pela fé em Cristo Jesus. 

 

   A INSTITUIÇÃO DA LEI 


    O homem é justificado pela fé, e não por obras da lei (Rm 3:28). Contudo o homem natural gosta de fazer obras para Deus a fim de sentir-se justificado. Desde a época de Caim, podemos enumerar vários personagens da Bíblia que tentaram servir a Deus de acordo com sua capacidade e vontade. Todavia Ele sempre rejeitou esse tipo de serviço.


     No capítulo 20 de Êxodo, foi instituída a lei. Antes, nos versículos 4 a 6 do capítulo 19, vemos palavras doces e amorosas faladas pelo Senhor ao povo de Israel: “Tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águia e vos cheguei a mim. Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa”. Esses versículos mostram a intenção original de Deus: ter um povo singular em toda a terra, do qual Ele mesmo cuidaria, dando-lhe o suprimento necessário. Ele queria aproximar-se desse povo para fazer dele reino de sacerdotes e nação santa.


     No entanto o povo respondeu: “Tudo o que o Senhor falou faremos” (Êx 19:8). O povo de Israel não conhecia a si mesmo. Eles pensavam que conseguiriam agradar a Deus por meio de sua força e capacidade. Isso desagradou ao Senhor. 


    Como resposta, no capítulo vinte, Deus deu ao povo os Dez Mandamentos, mostrando um pouco de Seus atributos e exigências e expondo a condição caída do homem. Os Dez Mandamentos desenvolveram-se na lei, com seus estatutos e ordenanças (Êx 20—24). Daí em diante, o povo tentava agradar a Deus cumprindo a lei. No entanto sabemos que ninguém, por si mesmo, consegue cumpri-la, pois, se falhar em apenas um item, será reprovado. 


        O  TABERNÁCULO


     No capítulo 25 de Êxodo, Deus pediu a Moisés que construísse o tabernáculo. Mais uma vez, o Senhor demonstrou Sua intenção de estar perto do homem, conforme lemos: “E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles” (Êx 25:8). 

    O primeiro móvel que encontramos no tabernáculo é o altar do holocausto (27:1-8), que ficava no átrio (vs. 9-19). O fogo do altar vinha de Deus (Lv 9:24) e ardia continuamente, sem se apagar (6:13). 


    Depois, temos a bacia de bronze. Esta ficava entre a tenda da congregação e o altar do holocausto, e era utilizada por Arão e seus filhos para lavar as mãos e os pés (Êx 30:17-21). O bronze, na Bíblia, tipifica o juízo. Hoje, na igreja, passamos pelo juízo de Deus (1 Pe 4:17), e, no Dia do Senhor, todos seremos julgados por Ele (2 Co 5:10). 


    Após passar pela bacia de bronze, o sacerdote adentrava o interior do tabernáculo, o Santo Lugar. Para entrar, o sacerdote passava por cinco colunas. De acordo com a Segunda Epístola aos Coríntios, podemos dizer que essas colunas representam os embaixadores de Cristo, aos quais Deus concedeu o ministério da reconciliação (5:18-20). Hoje nós somos esses embaixadores de Cristo, chamando as pessoas que estão no “átrio” para entrar no “Santo Lugar” e ter uma experiência real do tabernáculo; isto é, reconciliamos as pessoas com Deus.


     Ao entrar no Santo Lugar, do lado direito, estava a mesa da proposição (Êx 25:23-30). Sobre essa mesa ficavam expostos os pães e as taças de vinho para libação. Ela representa nossas reuniões, ou seja, o momento em que nos alimentamos da Palavra de Deus. Sempre há suprimento em nossas reuniões. Do lado oposto da mesa estava o candelabro (vs. 31-40). Sua luz nunca se apagava (Lv 24:4). Através do candelabro recebemos a luz de Deus. No meio do Santo Lugar, ficava o altar de incenso (Êx 30:1-10), que representa nossas orações (Ap 5:8). Oramos ao Senhor, e essa oração sobe para Deus como aroma agradável. Ele, então, move Seu braço e atende a oração da igreja. 


    Avançando, vemos o limite entre o Santo Lugar e o Santo dos Santos. Ali existiam quatro colunas, que representam os apóstolos que estão diante da arca do Testemunho, contemplando a glória de Deus (Gl 2:9). No átrio havia a luz natural do sol e da lua. No Santo Lugar havia a luz artificial do candelabro. Todavia, no Santo dos Santos, não havia luz natural nem artificial; era a glória de Deus que enchia e iluminava aquele local por completo (Êx 40:34-35). O véu que separava o Santo Lugar do Santo dos Santos foi rasgado em duas partes, de alto a baixo, com a morte do Senhor Jesus (Mt 27:45-51). O véu ter sido rasgado de alto a baixo mostra algo feito por Deus. Isso significa que Ele aprovou a morte de Cristo. Hoje, não precisamos pedir licença ou obter uma autorização por escrito para entrar na presença do Senhor. E não há horário, mas a qualquer momento podemos ter comunhão com Ele (Hb 10:19-20).


     A arca do Testemunho e seu conteúdo 

    O tabernáculo foi construído segundo o modelo que Deus mostrou para Moisés no deserto (Êx 25:9). Nessa época, o véu que separava o Santo Lugar do Santo dos Santos estava pendurado nessas quatro colunas, obstruindo a entrada para o Santo dos Santos. As colunas formavam três entradas, que representam o Deus Triúno – o Pai, o Filho e o Espírito. Quando o Senhor Jesus morreu, o véu do meio foi rasgado. Esse véu representa o Filho, que foi partido por nós na cruz. 


    No Santo dos Santos havia a arca do Testemunho (vs. 10-15), que tinha dois côvados e meio de comprimento e um côvado e meio de largura. Ela era feita de madeira de acácia, coberta e revestida de ouro puro por dentro e por fora, representando o mesclar da divindade (ouro) com a humanidade (madeira). O Santo dos Santos é o lugar onde o homem pode encontrar-se com Deus para contemplar Sua glória e ser transformado por ela (2 Co 3:18).


     Dentro da arca havia as tábuas da lei, a vara de Arão que floresceu, e uma urna de ouro contendo o maná (Hb 9:4). Sobre a arca ficava uma tampa, chamada de propiciatório (Êx 25:16-22), com as mesmas medidas da arca. Nela, havia dois querubins talhados, um em cada ponta.


     Ninguém, com exceção de Moisés, tinha livre acesso ao Santo dos Santos. O sumo sacerdote entrava apenas uma vez por ano, no dia da expiação (Lv 23:27), levando o sangue de touros e bodes para aspergir sobre o propiciatório e fazer a expiação pelos seus pecados e pelos pecados do povo (Lv 16:1-28). Nossos pecados fazem separação entre nós e Deus (Is 59:1-2), e, por causa do pecado, fomos destituídos da glória de Deus (Rm 3:23).


    Dentro da arca da Aliança, debaixo do propiciatório, havia as tábuas da lei, condenando-nos e expondo nossa fraqueza em virtude do pecado. Acima do propiciatório havia os querubins, que representam a glória de Deus (Hb 9:5), indicando que, por causa do pecado, permanecemos carentes da glória de Deus. Nessa tampa, no propiciatório, o sangue dos animais era aspergido para a expiação dos pecados. Era ali que Deus se encontrava com Moisés (Êx 25:22).


sexta-feira, 25 de setembro de 2020

LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA Todo membro do Corpo de Cristo é útil

 LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA

DIA: 25/09/2020


PRIMEIRA SEMANA – SEXTA-FEIRA (Páginas 23 à 25)


Ler com oração:

Ef 4:12  com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado,


Todo membro do Corpo

        de Cristo é útil 


    Paulo compara a igreja ao corpo humano, onde há vários membros diferentes uns dos outros (Rm 7:4; 12:5; 1 Co 10:16; 12:27; Ef 1:22-23; 4:12; Cl 1:18). Mesmo assim, os diversos membros estão unidos por causa da vida. A cabeça, Cristo, comanda o corpo; e nós, membros, nos coordenamos por meio da vida para fazer a vontade do Senhor. Isso é a multiforme sabedoria de Deus. Ele está trabalhando em nós para que sejamos Sua obra-prima (cf. Ef 2:10, a palavra “feitura”, em grego, é poiema, obra-prima). Precisamos uns dos outros. Que nenhum irmão se sinta inútil, pois no Corpo todos nós somos úteis para Deus. 


    Paulo teve ainda de escrever uma carta para Filemom, solicitando, em nome do amor, que Onésimo fosse recebido de volta, como irmão amado em Cristo, e não como escravo (Fm 9-16). O apóstolo estava manifestando o amor ágape, proveniente de suas entranhas, do mais íntimo de seu ser; e solicitava que Filemom aceitasse Onésimo de volta, não por obrigação, mas de livre e boa vontade. E, se houvesse ainda alguma pendência, ele, Paulo, pagaria qualquer dívida (Fm 17-19).


 O perigo da filosofia na igreja 

    A relutância de Filemom em aceitar o irmão de volta pode estar relacionada ao problema pelo qual a igreja em Colossos estava passando. Filosofias e vãs sutilezas, tais como gnosticismo, ceticismo e misticismo, se haviam infiltrado na vida da igreja. Essas coisas interrompem o crescimento de vida no Corpo. Talvez por isso Filemom não tivesse crescido em vida o suficiente; e, por esse motivo, não tinha amor e graça para receber Onésimo. A cura para esse problema é viver intensamente a vida da igreja e desfrutar apenas da Palavra de Deus, da presente verdade, apresentada pelos pais da igreja, os apóstolos. 


    Hoje é muito comum receber vídeos, via rede social, WhatsApp, com testemunhos de pessoas boas, que não têm relação alguma com o evangelho. Não sigamos o exemplo dos incrédulos. Há muitos exemplos de amor e diversos testemunhos de vida na igreja. Esses vídeos de incrédulos dão dicas de como ser uma boa pessoa, todavia introduzem filosofias do gnosticismo, asceticismo e misticismo (Cl 2:8). Essas coisas abrem brechas para a ação de principados e potestades. Daí o motivo de a igreja em Colossos não avançar nas questões práticas e espirituais. Quando escreveu aos colossenses, Paulo falou sobre a fé, o amor e a esperança (1:4-5). Ele teve fé no potencial de Onésimo, o aperfeiçoou em amor e teve esperança de que Onésimo se tornaria útil para Deus, na igreja. 


Não desistir das pessoas

     Os escritos de Paulo mostram que ele amadureceu em decorrência das experiências obtidas na vida da igreja e na obra. Os vários sofrimentos pelos quais passou, fizeram com que ele crescesse em vida. Vimos que, no início da segunda viagem missionária, o apóstolo não quis levar o jovem João Marcos, que não tinha suportado os sofrimentos da viagem e tinha voltado para casa. Posteriormente, mais maduro, Paulo teve fé, amor e esperança suficientes para aperfeiçoar uma pessoa que havia defraudado seu senhor e fugido para Roma, onde recebeu o evangelho. Onésimo foi gerado na fé durante o período de algemas do apóstolo. Ele recebeu ajuda de Paulo, cresceu em vida e foi enviado para Colossos, tornando-se um apóstolo: “Em sua companhia, vos envio Onésimo, o fiel e amado irmão, que é do vosso meio. Eles vos farão saber tudo o que por aqui ocorre” (Cl 4:9).


     Em sua maturidade, Paulo recebeu João Marcos de volta: “Saúda-vos Aristarco, prisioneiro comigo, e Marcos, primo de Barnabé (sobre quem recebestes instruções; se ele for ter convosco, acolhei-o)” (v. 10). O apóstolo, até mesmo, pôde contar com sua cooperação na obra: “Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores” (Fm 24). Marcos se havia tornado útil para o Senhor: “Toma contigo Marcos e traze-o, pois me é útil para o ministério” (2 Tm 4:11). Marcos cresceu em vida, e Paulo teve humildade para solicitar sua ajuda no ministério. Nós precisamos ter esperança nos irmãos, crendo que a obra que o Senhor começou será concluída. Vai dar certo! Cada irmão será aperfeiçoado em amor!


quinta-feira, 24 de setembro de 2020

LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA A TRAJETÓRIA DE PAULO E SEU ENCONTRO COM ONÉSIMO

 LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA

DIA:24/09/2020


PRIMEIRA SEMANA – QUINTA-FEIRA (Páginas 19 à 23)


Ler com oração:

At 13:4  Enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.


A TRAJETÓRIA  DE PAULO E SEU ENCONTRO COM

              ONÉSIMO 


     Enquanto Paulo estava preso em Roma, foi-lhe permitido morar em uma casa alugada, onde recebia todos que o procuravam, anunciando-lhes a Palavra de Deus (At 28:30-31). Certamente, foi nesse período que Paulo pregou o evangelho a Onésimo, que era escravo de Filemom e havia fugido de seu senhor. Mas, antes de nos aprofundarmos nesse assunto, vejamos um pouco da trajetória de Paulo. 


    Quando ainda se chamava Saulo e perseguia a igreja, o Senhor lhe apareceu como uma grande luz no caminho de Damasco (At 9:1-3). Ele reconheceu o Senhor e creu, foi batizado, e logo começou a pregar o evangelho (vs. 4-12, 17-20). Saulo passou por dificuldades e voltou para Tarso, sua cidade natal, sendo resgatado por Barnabé e levado para Antioquia para viver com os irmãos da igreja naquela cidade (vs. 23-30; 11:25-26). A igreja em Antioquia era composta de gentios convertidos a Cristo. Os irmãos ali viviam com alegria e singeleza de coração, e havia liberdade no Espírito. Lá, pela primeira vez, os discípulos do Senhor foram chamados de cristãos (At 11:26).


     Nessa igreja, Paulo aprendeu a servir em coordenação com os irmãos. Certo dia, “servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram” (At 13:2-3). Foi assim que Barnabé e Paulo fizeram a primeira viagem missionária (13:4b—14:28). Eles percorreram a região da Galácia, pregando o evangelho e gerando a igreja em Listra, em Derbe e em Icônio. 


    O jovem João Marcos também os acompanhou na viagem, entretanto, diante dos sofrimentos e tribulações, os abandonou e voltou para a casa de Maria, sua mãe (At 12:12, 25; 13:13). Na volta, Paulo e Barnabé estabeleceram aqueles que mais se destacavam entre os irmãos como presbíteros nas igrejas. Estes eram irmãos novos, por isso logo foram influenciados pelos de Jerusalém, que propagavam que, além de crer em Cristo, era necessário circuncidar-se, conforme a lei. Isso trouxe perturbação nas igrejas dos gentios (15:1). 


    Barnabé e Paulo decidiram ir à Jerusalém para tratar desse assunto (At 15:2). Chegando lá, reuniram-se com os presbíteros e apóstolos para debater a questão (vs. 4-6). Pedro esclareceu que fora escolhido por Deus para levar a palavra do evangelho aos gentios, pois a porta da salvação também lhes havia sido aberta (vs. 7-11). Tiago, líder da igreja em Jerusalém, tomou a palavra e encerrou o debate, argumentando que os gentios deveriam ser deixados em paz e que precisavam apenas guardar alguns itens da lei: evitar a idolatria, a impureza sexual, a carne de animais sufocados e o sangue (vs. 13-21). Então os apóstolos e os presbíteros redigiram uma carta que deveria ser lida nas igrejas dos gentios, tendo como conteúdo a decisão que tomaram. E elegeram Silas e Judas, irmãos notáveis, para acompanhar Paulo e Barnabé (vs. 22-30). 


    A carta foi lida em Antioquia, e os irmãos se alegraram (At 15:31). Findada a missão, Judas partiu para Jerusalém e Silas resolveu permanecer ali (vs. 32-34). Paulo e Barnabé decidiram revisitar as igrejas da Galácia para verificar como estavam os irmãos. Barnabé quis levar João Marcos, seu primo (vs. 36-38), entretanto Paulo não o admitiu, pois não achava justo levar alguém que os abandonara na primeira viagem. Ele estava no início de seu ministério, por isso ainda não era maleável. “Houve entre eles tal desavença, que vieram a separar-se. Então, Barnabé, levando consigo a Marcos,

 navegou para Chipre” (v. 39). 


    Paulo tomou a Silas e partiu para rever as igrejas. Essa viagem foi marcada pelo direcionamento do Espírito, “as igrejas eram fortalecidas na fé e, dia a dia, aumentavam em número” (At 16:5). Após percorrerem a região frígio-gálata, pretendiam ir para a Ásia, entretanto foram impedidos pelo Espírito Santo de pregar a Palavra ali. Nas proximidades de Mísia, tentaram ir para Bitínia, contudo o Espírito de Jesus não o permitiu (vs. 6-7). Então, desceram a Trôade, onde Paulo teve a visão de um varão macedônio que lhes pedia ajuda. Diante disso, entenderam que precisavam ir para a Macedônia pregar o evangelho (v. 10).


     Em Filipos, primeira cidade do distrito da Macedônia, foram a um lugar de oração junto ao rio, onde encontraram um grupo de mulheres que estavam orando. Uma delas, chamada Lídia, vendedora de púrpura, os acolheu em sua casa (At 16:11-15). Nessa cidade, Paulo libertou uma jovem possessa de um espírito adivinhador (vs. 16-18). Os donos dessa jovem chamaram as autoridades e acusaram falsamente os apóstolos de perturbar a ordem da cidade (vs. 19-21). Paulo e Silas foram acoitados e detidos no cárcere interior, e lhes amarraram os pés no tronco (vs. 22-24). Possivelmente qualquer outra pessoa reclamaria com Deus por tais circunstâncias; contudo, por volta da meia noite, eles oravam e cantavam louvores, e todos na prisão os escutavam (v. 25). Que testemunho magnífico! Deus não teve outra reação, a não ser libertá-los. A terra tremeu, e os alicerces da prisão foram abalados. Todas as portas se abriram, e caíram as cadeias de todos (v. 26). O carcereiro despertou do sono e, vendo todas as celas abertas, desesperou-se e fez menção de se matar. “Mas Paulo bradou em alta voz: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos!” (v. 28). A Palavra de Deus era mais importante do que a liberdade deles, por isso ninguém fugiu da prisão. Então o carcereiro os levou para casa, cuidou deles e foi batizado, juntamente com toda a sua família (vs. 29-34). Assim foi o princípio da igreja em Filipos. Por obedecerem ao Espírito, a segunda viagem missionária foi bem-sucedida. Por fim, Paulo e Silas partiram dali. Eles deveriam ir diretamente para Antioquia, onde estava a igreja que os enviou, mas antes passaram por Jerusalém para saudar a igreja (18:22). 


    Ao final da terceira viagem missionária, novamente Paulo quis ir para Jerusalém, mesmo após seus cooperadores terem recomendado que ele não fosse para lá (At 21:4, 12). Também Ágabo, um profeta, revelou-lhe que cadeias o aguardavam em Jerusalém (vs. 10-11). Contudo Paulo prosseguiu, encontrou-se com a igreja e ali viu dezenas de milhares que zelavam pela lei (v. 20). Estes o convenceram a pagar a despesa de quatro pessoas que estavam fazendo voto (vs. 23-26). Aquele que paga a despesa se torna um com o voto, concorda com o seu cumprimento. Assim, os judeus comprovariam que Paulo não era contra o judaísmo. Ele se viu obrigado a concordar com a sugestão que lhe foi oferecida. 


    Se o voto fosse concluído, o ministério neotestamentário, confiado a Paulo, estaria acabado. Soberanamente, quando o voto estava para ser concluído, judeus vindos da Ásia viram Paulo, alvoroçaram o povo e arrastaram-no para fora do templo, procurando matá-lo (At 21:27-30). Deus usou a guarda romana para preservar a vida de Paulo, livrando-o da fúria do povo. Ele foi recolhido à fortaleza e, posteriormente, enviado, sob escolta, para Cesareia (vs. 31-34; 23:23). Lá, Paulo se fortaleceu e pôde declarar que não foi desobediente à visão celestial que havia recebido (26:19). Deus ainda poupou sua vida a fim de usá-lo para registrar a revelação da economia neotestamentária de Deus em epístolas, o que ocorreu quando ele esteve preso em Roma. Ali, Paulo registrou as visões que recebera no terceiro céu. Ele permaneceu preso por dois anos em Cesareia, até que, como cidadão romano, usou seu direito de apelar para César e foi enviado para ser julgado em Roma (25:11).


     Paulo navegou para Roma, como prisioneiro, sob guarda. Todavia, por causa das tribulações que surgiram na viagem, Deus o colocou como autoridade e confiou-lhe a vida daqueles que viajavam com ele; e, mesmo passando por naufrágio, nenhuma vida se perdeu (At 27:21-26, 33-36). Os náufragos foram acolhidos na ilha de Malta, onde várias curas e milagres ocorreram pelas mãos do apóstolo (28:1-10). Os habitantes da ilha supriram suas necessidades e os encaminharam a Roma. Chegando lá, foi permitido a Paulo alugar uma casa, onde recebia todas as pessoas que o procuravam e lhes pregava o evangelho com intrepidez (vs. 16, 23, 30-31). Todos que ali entravam, recebiam ajuda espiritual, pois ouviam a palavra do Senhor Jesus. Até mesmo a guarda pretoriana e os da casa de César ouviram a palavra e creram (Fp 1:13; 4:22). Isso mostra que a estadia de Paulo em Roma foi muito produtiva. Que, assim como o apóstolo, levemos a Palavra a todas as pessoas em todo lugar. 


    Cremos que foi nesse contexto que Paulo encontrou Onésimo e pregou-lhe o evangelho (Fm 10). Este era um escravo, provavelmente fugido de Colossos, por haver defraudado seu senhor, que encontrou o apóstolo em Roma (v. 18). Talvez, Paulo ministrasse algum tipo de treinamento em sua casa, pois vários cooperadores iam até ele. Onésimo se firmou na igreja e passou a cooperar com Paulo. 


    Como Onésimo era de Colossos, Paulo o enviou de volta para a casa de seu senhor, a fim de acertar sua vida pregressa (Fm 11, 15, 20). Ao ler a Epístola a Filemom, percebemos que talvez já tivessem ocorrido tentativas de reconciliação entre Onésimo e Filemom, mas não teriam sido bem-sucedidas. Filemom era presbítero da igreja em Colossos, abastado, e possuía escravos; um deles, Onésimo, que antes lhe tinha sido inútil, havia crido no Senhor, tornando-se útil para Deus, por isso deveria ser recebido como irmão em Cristo (v. 16). Na igreja, nenhum irmão deve sentir-se inútil, pois há espaço para todos servirem a Deus com alegria, entusiasmo e excelência.


LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA A relação saudável entre a igreja e a obra

 LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA

Dia: 16/09/2020



PRIMEIRA SEMANA – QUARTA-FEIRA (Páginas 14 à 19)


Ler com oração:

1 Jo 4:8  Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.


A relação saudável entre a igreja e a obra 

    Depender do Senhor permitirá concluirmos de forma brilhante nossa carreira, pois andaremos com Deus e Dele tiraremos nosso suprimento de vida: “Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças” (Cl 2:6-7). Nosso andar no viver diário tem de ser no Espírito, visando à edificação da igreja. O Senhor concedeu dons aos homens e designou uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério, para a edificação da igreja (Ef 4:11-12). A obra e a igreja são inseparáveis. Os homens dons não edificam a igreja diretamente, mas aperfeiçoam os irmãos para andar em Cristo e, assim, executar a obra de edificação do Corpo de Cristo. A obra precisa da igreja, e a igreja precisa da obra de edificação.


     Para obter materiais para a edificação do Corpo de Cristo, nós pregamos o evangelho, salvando as pessoas e introduzindo-as no viver da igreja. Os irmãos líderes têm a preocupação de envolver o maior número possível de irmãos na obra de Deus. O irmão Dong Yu Lan, um servo de Deus proativo, visionário e com muito encargo de trazer o Senhor de volta, foi muito usado para transmitir diversos encargos da parte de Deus, a fim de dinamizar a pregação do evangelho. Entre esses encargos, destacamos a criação da Editora Árvore da Vida, em 1975, com o intuito de produzir livros saudáveis, fundamentados na pura Palavra de Deus. Em seguida, surgiu o Jornal Árvore da Vida, em 1989, com o objetivo de levar a palavra atual, a presente verdade, a todos os filhos de Deus. Em 1991, veio o encargo do Expolivro, em que irmãos colportores deixam suas casas e saem com um veículo adaptado para expor os livros saudáveis de cidade em cidade. Depois, em 1992, surgiram as cooperativas de colportores, responsáveis pelo aperfeiçoamento do maior número possível de irmãos para servirem como colportores nas diversas regiões do Brasil e, assim, alcançarem mais cidades por meio da palavra impressa. Então, em 1998, surgiu o Centro de Aperfeiçoamento para a Propagação do Evangelho – CEAPE. E, em 2009, o Senhor nos deu o BooKafé, cujo objetivo é alcançar as pessoas e apascentar os filhos de Deus. 


    Com a bênção do Senhor, esses encargos estão sendo levados adiante. Muitos irmãos, mesmo sem entender o que estão fazendo, creem e prosseguem. Com isso, o testemunho da unidade da igreja tem crescido de cidade em cidade, com acréscimo de inúmeros irmãos. Com essas ferramentas, a vida da igreja se torna ainda mais dinâmica e todos os santos são encorajados a permanecer no amor de Deus. Não basta obter profundo conhecimento da Palavra, mas precisamos praticá-la, permanecendo no caminho que o Senhor tem mostrado, no primeiro amor (Ap 2:2, 4).


     Além das ferramentas citadas acima, hoje temos o Instituto Vida para Todos, que potencializou ainda mais a divulgação da palavra em vários idiomas, alcançando toda a terra. A colportagem foi revitalizada e se tornou dinâmica. Os colportores dinâmicos têm orado com as pessoas e colocado livros espirituais nas mãos delas. Foi criada também uma frente de batalha chamada Avança, Jovem!, isto é, jovens cuidando de jovens, pregando o evangelho e apascentando outros jovens mais intensamente, de maneira viva. Os irmãos de todas as igrejas têm praticado o “Posso orar por você?”. Muitas pessoas têm recebido orações e estão tendo as vidas mudadas. Recentemente o Expolivro foi revitalizado, agora, com o tema “Paixão pela leitura”, e está percorrendo às cidades levando vida para todos. 


Profunda comunhão com Deus 

    Permanecer no caminho do Senhor é andar na verdade, na graça, no amor e na luz. Deus é amor (1 Jo 4:8, 16) e Deus é luz (1:5). Sua luz se apresenta a nós como verdade. O amor, que é a natureza de Deus, chega a nós como graça. “A graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (Jo 1:17b). Em Jesus, andamos na graça, na verdade, no amor e na luz, ou seja, andamos em Deus. Para praticar esse andar, necessitamos intensificar nossa comunhão vertical, com Deus, e horizontal, com os irmãos.


     Devemos aprofundar nossa comunhão com Deus, de modo a não apenas conhecê-Lo como Salvador, mas também desfrutá-Lo como Pai. Não basta conhecer a Deus como ser supremo; é preciso conhecê-Lo intimamente, achegar-se a Ele como Pai, tal qual o filho pródigo quando caiu em si e decidiu voltar aos braços do pai (Lc 15:11-24). Quando voltamos o coração ao Senhor, ao menor sinal de arrependimento, Ele corre ao nosso encontro, nos abraça e nos beija. Temos livre acesso ao Pai. Se nos aproximarmos Dele, teremos intimidade com Ele e seremos enchidos com Seu amor para viver a vida da igreja, amando todos os irmãos. Nosso relacionamento horizontal, familiar, com os irmãos e com as demais pessoas será regido pelo amor divino. 


    Na intimidade com o Pai, desfrutaremos de Sua natureza, que é amor e luz. Amaremos as pessoas e levaremos a luz do Senhor a elas. Somos o sal da terra e a luz do mundo (Mt 5:13-14). Nosso papel é influenciar a humanidade, dando sabor divino à vida das pessoas, brilhando sobre elas como luzeiros e sendo referência para aqueles que estão perdidos (Fp 2:15). Não somos do mundo, por isso não podemos participar das coisas do mundo nem ser influenciados por elas (Jo 17:11-15). Pelo contrário, o Senhor nos colocou no mundo, nos santificou e nos deu Sua Palavra para influenciarmos as pessoas a buscá-Lo e a viver a vida da igreja.


    Ao pregar o evangelho do reino dessa maneira, e dar testemunho às nações, a igreja será edificada e o Senhor, quando voltar, porá fim à presente era, e estabelecerá Seu reino de justiça (Mt 24:14). O Senhor está aguardando o amadurecimento da igreja. Para amadurecer, necessitamos andar no espírito e nos encher de amor. No versículo 12 vemos que no tempo do fim o amor se esfriará de quase todos, mas, pela misericórdia do Senhor, nós estamos sendo enchidos do amor proveniente do Pai, para salvar as pessoas e ajudá-las a crescer em vida. Podemos introduzir essas pessoas nos grupos familiares de cuidado e multiplicação (GFCM), onde podem desfrutar do viver da igreja e aprender a servir a Deus.

  A eficácia da redenção de Cristo 

    – cancelou o escrito de dívida

     Dando continuidade ao nosso desfrute da Epístola aos Colossenses, a primeira coisa por que precisamos ter apreço na igreja é a redenção de Cristo. “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Cl 2:13-15). Não ouçamos as filosofias modernas, agnósticas e céticas que tentam anular a obra de Cristo. Boas obras ou meditação não anulam pecados. Somente por meio do sangue de Cristo, derramado na cruz por nós, é que recebemos perdão (1 Pe 1:18-19); basta confessarmos os pecados: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1:9). O sangue de Jesus tem eficácia eterna (Hb 9:12). 


    Quando alguém deixa de pagar uma dívida, o credor se dirige ao cartório e apresenta a nota promissória para protesto, e fica registrado que aquela pessoa possui uma dívida. O Senhor Jesus morreu em nosso lugar, lavou-nos com Seu sangue e cancelou o escrito de dívida que havia contra nós. Essa dívida que nos era prejudicial e constava de ordenanças foi removida e encravada na cruz. Não há mais registro algum de dívida nem paira acusação sobre nós. Quando os principados e potestades olham para nós, veem o sangue de Cristo. 


A EPÍSTOLA DE PAULO A FILEMOM

 Amor ágape – o último estágio

    do crescimento de vida 

    O cuidado da igreja pelo apóstolo Paulo expressa o profundo amor entre os irmãos. A Epístola a Filemom apresenta o amor ágape, que é o caminho para alcançarmos o último estágio de nosso crescimento de vida. O amor é, também, o alicerce para o aperfeiçoamento dos irmãos, com vistas à edificação da igreja. Estejamos “arraigados e alicerçados em amor” (Ef 3:17). O alicerce refere-se à edificação, e a raiz relaciona-se ao crescimento de vida; somos “lavoura e edifício de Deus” (1 Co 3:9). À medida que a vida divina cresce em nós, nós nos tornamos o edifício de Deus, Sua habitação. 


    Um dia o edifício de Deus será concluído, e não haverá materiais espalhados pelo terreno, pois todos estarão no devido lugar. A edificação se dá por meio do encabeçamento de Cristo. Na consumação desta era, Ele encabeçará todas as coisas do universo. Todavia para nós isso já é realidade, pois o encabeçamento de Cristo começa pela igreja. Nosso viver, nosso relacionamento com os irmãos e com as demais pessoas devem estar debaixo desse encabeçamento, assim como tudo o que fizermos. 


    O apóstolo Pedro descreveu, em sua epístola, o processo de crescimento da vida divina em nós, que se inicia com a fé. Assim, devemos associar com a fé, a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; e com a piedade, a fraternidade, isto é, o amor fraternal (2 Pe 1:5-7). Contudo há outro patamar a ser alcançado, que é o amor ágape. Esse amor é manifestado na igreja. Quanto mais crescemos na vida divina, mais manifestamos o amor ágape, pois Deus é amor (1 Jo 4:16). Para que nada atrapalhe nosso crescimento, devemos perdoar uns aos outros. O Senhor perdoou nossa dívida, perdoemos também nossos conservos (Mt 18:23-35). Que não haja soberba, altivez ou conflito no relacionamento com os irmãos, pois somos membros uns dos outros.


LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA A EPÍSTOLA DE PAULO AOS FILIPENSES Cooperação, confirmação e defesa do evangelho

 LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA

Dia 15/09/2020



PRIMEIRA SEMANA – TERÇA-FEIRA (Páginas 10 à 14) 


Ler com oração:

Fp 3:14  prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.


A EPÍSTOLA DE PAULO AOS FILIPENSES

 Cooperação, confirmação e defesa do evangelho 


    A Epístola aos Filipenses mostra que a meta da igreja é o progresso do evangelho. A vida da igreja não é estática, e sim dinâmica, com movimento. Nela, avançamos para as coisas que estão à nossa frente, a fim de alcançarmos patamares superiores de crescimento (Fp 3:13-14). O progresso do evangelho visa à maturidade dos filhos de Deus e ao aumento da expressão de Cristo e a igreja na terra. 


    O avanço do evangelho está diretamente relacionado à manifestação do amor de Deus em nós. Quem não ama não conhece a Deus (1 Jo 4:8) e não prega o evangelho, pois pregar o evangelho é expressar o amor de Deus. O amor do Senhor pelas pessoas provinha de Seu íntimo (Mt 9:36). Igualmente, Paulo dispensava às igrejas entranhados afetos de misericórdias, um amor que vinha das entranhas, do mais íntimo de seu ser (Fp 2:1). A igreja em Filipos, assim como o apóstolo, com profundo amor cooperava, confirmava e defendia o avanço do evangelho (1:5, 7). 


    Nenhuma outra igreja se associou a Paulo na questão de dar e receber (Fp 4:15). Quando alguém se associa a uma obra, torna-se participante dela. A igreja em Filipos era sócia do apóstolo, cumprindo seu papel de participante da obra de Deus. Os filipenses foram aperfeiçoados por Paulo e estavam em unidade com ele, apoiando-o e suprindo-o. Assim, nessa cidade, temos um modelo de igreja que estava em sintonia com a obra.


 A EPÍSTOLA DE PAULO AOS COLOSSENSES 

      Cristo versus ideologias 


    A Epístola aos Colossenses foi escrita para ajudar a igreja em Colossos a lidar com a influência do gnosticismo, do ceticismo e do misticismo. Essas ideologias trazem dano para a igreja e impedem seu avanço. Devemos fechar as brechas para que esse tipo de influência não abale a fé e a edificação da igreja. Principalmente os líderes das igrejas devem estar atentos para não permitir que filosofias, ideologias e vãs sutilezas entrem na igreja. Essas coisas se apresentam de modo inocente, conduzindo as pessoas a fazerem o bem, mas, quando menos se percebe, abre-se uma porta para os principados e as potestades exercerem influência na igreja, pois a fonte dessas ideologias é a árvore do conhecimento do bem e do mal, que representa Satanás e os anjos caídos. Por causa desse desvio, os colossenses começaram a duvidar de Cristo e a propalar mistérios. Em nosso meio, somente Cristo deve ser exaltado. Devemos desfrutar apenas da árvore da vida, a pura palavra de Deus. 


    Um grande desafio que os cristãos enfrentam, hoje, consiste em sair da superficialidade e se aprofundar no conhecimento de Cristo. A Epístola de Paulo aos Colossenses ajuda-nos nessa tarefa, pois revela o mistério de Deus, que é Cristo (2:2). Em Cristo habita toda a plenitude da Divindade (v. 9). Nele, estão todos os tesouros da sabedoria (v. 3). Ele é a imagem do Deus invisível (1:15), a expressão exata do Seu ser. Esse Cristo maravilhoso se manifesta às pessoas por intermédio da igreja. 


    O apóstolo Paulo, com muita sabedoria, revelou-lhes o seguinte: “O mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos; aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória; o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo” (Cl 1:26-28). Cristo é a riqueza da glória de Deus, e Cristo em nós é a esperança da glória. Essa é a verdadeira sabedoria que vem do alto e é percebida pela unção do Espírito. Então, quando temos comunhão com Deus, a intuição traz-nos sabedoria.


     A sabedoria de Deus se manifesta na igreja, a fim de apresentar todo homem perfeito em Cristo. Quando anunciamos o evangelho e uma pessoa crê, devemos introduzi-la no viver da igreja. Ali, ela será cuidada com o propósito de crescer em vida até alcançar a maturidade e ser apresentada perfeita em Cristo (v. 28). Nossa função, na igreja, é pregar o evangelho e zelar para que os frutos cresçam e sejam aprovados por Deus. Para tanto, é necessário desfrutarmos do Espírito, enchendo-nos de entusiasmo, a fim de incluir todos os irmãos na igreja. 


    Paulo lutava para que os irmãos fossem libertos da influência de ideologias malignas e fossem aceitos pelo Senhor: “Gostaria, pois, que soubésseis quão grande luta venho mantendo por vós, pelos laodicenses e por quantos não me viram face a face; para que o coração deles seja confortado e vinculado juntamente em amor, e eles tenham toda a riqueza da forte convicção do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de Deus, Cristo, em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos” (Cl 2:1-3). Não há registros de que Paulo tenha ido a Colossos, entretanto Epafras, um de seus cooperadores, supria as igrejas naquela cidade com o falar do apóstolo, com a palavra de Deus (1:7; 4:12; Fm 23). A igreja em Laodiceia, por dar atenção a filosofias, caiu em uma condição de mornidão espiritual (Ap 3:16). Por isso o Senhor não estava no meio dos irmãos ali, mas estava à porta, do lado de fora, pedindo para entrar (v. 20). 


Invocar o nome do Senhor para experimentá-Lo 

    Uma vez que já haviam recebido Cristo, os irmãos de Colossos precisavam praticar a Palavra: “Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças” (Cl 2:6-7). Por meio de Epafras, irmão amável e fiel, Deus enviava Sua palavra para edificar a igreja e firmar os irmãos na fé em Cristo. Deus se encarnou em Jesus, viveu na terra, morreu na cruz, ressuscitou, ascendeu aos céus e se tornou o Espírito que dá vida. Assim, todo aquele que invocar o nome do Senhor Jesus receberá a vida de Deus (Rm 10:13; cf. Jo 20:31). E, se continuamente invocarmos esse nome, mais da vida divina será acrescentada a nós, possibilitando que andemos e tenhamos raízes Nele, de modo a sermos, assim, firmados em Deus. 


    Quando invocamos o nome do Senhor, desfrutamos de Suas riquezas (Rm 10:12). Mediante o contínuo desfrute e o exercício da fé, um dia, habitaremos com o Senhor e estaremos para sempre com Ele: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também” (Jo 14:1-3). Muitos entendem essa volta do Senhor como Sua segunda vinda, e supõem que Jesus está demorando a voltar porque está edificando uma mansão celestial para Seus filhos. Entretanto essa volta não se refere à segunda vinda de Cristo; ela já aconteceu. O Senhor, após a crucificação e a glorificação, retornou como o Espírito que dá vida, como o outro Consolador (vs. 16, 18). Dessa maneira, depois que cremos Nele, o Espírito se mesclou ao nosso espírito. Agora, o Senhor, como o Espírito da realidade, estará para sempre conosco (7:39). 


    Como o Espírito, Cristo nos transmite todas as Suas riquezas. Ele é tudo para nós (Cl 3:11b). Na vida da igreja, nós desfrutamos Cristo e O amamos. Todo aquele que O ama, guarda a Palavra e se torna habitação do Pai (Jo 14:23). Somos a habitação de Deus no espírito. O Senhor Jesus, como o Espírito da realidade dentro de nós, nos ensina todas as coisas e nos guia à verdade. Não há o que temer, pois, quando invocamos o nome do Senhor, voltamo-nos ao Espírito e somos guiados por Ele. Quando clamamos: “Ó Senhor Jesus!”, reconhecemos o senhorio de Jesus e nos conectamos imediatamente com Deus, em nosso espírito.


PREFÁCIO... LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA

 PRIMEIRA SEMANA – SEGUNDA-FEIRA (Páginas 5 à 10)


Ler com oração:

Gl 4:7  Assim, você já não é mais escravo, mas filho; e, por ser filho, Deus também o tornou herdeiro.


PREFÁCIO

    Várias epístolas do Novo Testamento foram escritas pelo apóstolo Paulo. Se incluirmos a Epístola aos Hebreus a esse conjunto de livros, teremos quatorze cartas, o que representa mais da metade do Novo Testamento. Cada epístola tem especificidade, teor, destinatário, época, circunstâncias e pano de fundo distintos. Somente o Espírito Santo é capaz de ordenar os livros dessa forma, colocando-os à disposição para nosso crescimento espiritual. 


    Este livro apresenta, de maneira sucinta, os principais temas de sete das epístolas escritas pelo apóstolo Paulo. Dentre essas, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom, que, juntas, formam o que o autor denominou “O coração da Bíblia”. Embora essa designação tenha sido dada por outro servo de Deus, usufruí-la é uma forma de compartilhar com os leitores um legado que não pode restringir-se a um pequeno número de filhos de Deus. 


    As epístolas de Romanos e de Primeira Coríntios, embora possuam teores distintos, se mesclam de maneira impressionante. Por causa da inversão de sua ordem nas Escrituras, inicialmente parecia impossível estabelecer qualquer tipo de associação entre elas. Contudo o Espírito Santo nos surpreende ao revelar uma relação entre solução e problema que não seria possível aos olhos humanos. 


    Nos capítulos a seguir abordaremos assuntos como: não desistir das pessoas problemáticas, mas ajudá-las a vencer suas dificuldades, tornando-as úteis para Deus, para a Sua obra e para a igreja; a oposição entre a justificação pela fé e a justificação pelas obras da lei; a salvação completa do homem tripartido, a eleição de Deus, a vida prática e dinâmica da igreja; o desfrute de Cristo como comida e bebida, que culmina na edificação da igreja como a lavoura que se tornará o edifício de Deus; a ressurreição de Cristo e os princípios relacionados às ofertas. Esses temas serão desenvolvidos e aplicados de maneira viva, pautados nos versículos que os fundamentam. 


    Querido leitor, que, ao desfrutar este livro, você seja transportado para um nível de edificação que o capacite a trazer o Senhor Jesus de volta! Deus o abençoe!

          São Paulo, julho de 2020.

          Os editores.

 

          Capítulo um

 O CONTEÚDO CENTRAL DA BÍBLIA


 A revelação da economia de Deus 


    No Novo Testamento, cinco epístolas se destacam por revelar a economia de Deus: Gálatas, Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom. A revelação nelas contida leva-nos para as regiões celestiais. Se comparadas com os demais livros do Novo Testamento, podemos afirmar que essas cartas constituem o conteúdo central – ou o coração – da Bíblia. Esse grupo de epístolas também pode ser representado por um avião. O livro de Gálatas corresponde à fuselagem, o corpo do avião, pois trata da ideia central do plano de Deus; Colossenses, que revela o mistério de Deus: Cristo, e Efésios, que revela o mistério de Cristo: a igreja, simbolizam as asas da aeronave; Filipenses representa o desenvolvimento do voo, pois trata do progresso do evangelho; e, por fim, o livro de Filemom, que revela o aspecto prático do amor de Deus, refere-se à pista de pouso e decolagem, uma base bem pavimentada que suporta o peso do avião e permite que este decole. 


    Neste capítulo, falaremos de modo resumido sobre essas cartas e daremos especial atenção às Epístolas aos Colossenses e a Filemom, que possuem estreita relação por conta de Filemom ter sido um dos presbíteros da igreja em Colossos.


 A EPÍSTOLA DE PAULO AOS GÁLATAS 

 O processo de crescimento na vida divina 


    O Unigênito de Deus encarnou-se e realizou a obra de redenção. Cristo nos justificou diante do Pai e tornou-se o primogênito de muitos irmãos. Em Cristo recebemos a filiação, ou seja, tornamo-nos os muitos filhos de Deus. Então o Pai nos introduziu na igreja, onde espera que amadureçamos na vida divina. Atingindo a maturidade, nós nos tornaremos herdeiros de Deus e reinaremos com Cristo no reino vindouro (Rm 8:17; Hb 2:5-6). Deus não entregará o governo do mundo que há de vir aos anjos, e sim a Seus filhos maduros. Para cumprir esse propósito, Jesus, nosso irmão mais velho, nos está encabeçando e suprindo de vida na igreja. 


    A Epístola de Paulo aos Gálatas revela o processo de filiação divina (Gl 4:1-7). Leiamos: “Digo, pois, que, durante o tempo em que o herdeiro é menor, em nada difere de escravo, posto que é ele senhor de tudo. Mas está sob tutores e curadores até ao tempo predeterminado pelo pai” (vs. 1-2). No princípio, éramos como crianças, porém, com o auxílio dos tutores e curadores, presentes na igreja, crescemos e saímos da fase de crianças espirituais.


     Com a ajuda dos irmãos mais maduros, os tutores e curadores, avançamos em nossa experiência de crescimento de vida, conforme lemos: “Assim, também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo; vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4:3-4). Deus tornou-se carne, isto é, Jesus era o Deus encarnado (Jo 1:1, 14). Ele veio em carne para cumprir as altíssimas exigências da lei, que ordenava o derramamento de sangue para a redenção (Hb 9:22).


     Pela redenção de Cristo, fomos resgatados da condenação da lei: “Para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos” (Gl 4:5). A expressão “adoção de filhos”, segundo o original grego, é huiothesía, que significa filiação. Dessa forma, a tradução literal não é que somos filhos “adotivos”, mas filhos legítimos e maduros de Deus (Jo 1:12-13; 1 Jo 5:11-12). Desse modo, a finalidade da redenção é a filiação, isto é, sermos filhos maduros de Deus. 


    Vemos na continuação: “Porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!” (Gl 4:6). Nesse versículo, a palavra “filho”, em grego, é huiós, indicando um filho crescido, maduro, que, por ter-se submetido aos tutores e curadores, ao longo de sua vida cristã, deixou de ser “filho menor” (v. 1) e amadureceu, não estando mais sujeito aos rudimentos do mundo. Ele, então, clama: “Aba, Pai!”, reconhecendo que, de fato, é filho de Deus. 


    No fim de nossa longa caminhada cristã, tendo a vida da igreja como ambiente para crescermos, alcançaremos a meta de Deus: “De sorte que já não és escravo, porém filho; e, sendo filho, também herdeiro por Deus” (Gl 4:7). Esse filho maduro, agora, se torna herdeiro por Deus. Assim, prosseguindo na igreja, conheceremos a Deus intimamente e nos encheremos de Sua vida e de Seu Espírito. E, assim, de filhos menores nos tornaremos filhos herdeiros, os filhos amados de Deus Pai, e seremos Seus imitadores.


 A EPÍSTOLA DE PAULO AOS EFÉSIOS

 A visão e a prática do mistério de Cristo, a igreja


     A igreja é o mistério de Cristo, que foi revelado pelo apóstolo Paulo na Epístola aos Efésios. Na igreja conhecemos a multiforme sabedoria de Deus. Desse modo, todo aquele que almeja amadurecer e aprender mais de Cristo deve estar na igreja, pois é através dela que O conhecemos. 


    Sob a inspiração do Espírito Santo, o apóstolo Paulo escreveu uma de suas cartas mais ricas, a Epístola aos Efésios. Esse livro é composto de seis capítulos, e podemos dividi-los em duas grandes porções. Os primeiros três capítulos desvendam o propósito eterno de Deus, trazendo uma clara visão da vontade de Deus para Seus filhos; e os últimos três descrevem o caminho prático para tornar essa visão real. 


    Sendo assim, logo no primeiro capítulo vemos a bênção e a obra do Pai, do Filho e do Espírito. O Pai nos escolheu antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, e nos predestinou para sermos filhos maduros; o Filho nos redimiu e encabeça todas as coisas; e o Espírito nos selou, tornando-se o penhor de nossa herança. O resultado da bênção e da obra do Deus Triúno é a igreja, o Corpo de Cristo (Ef 1:1-14, 22-23). 


    O segundo capítulo descreve a condição dos materiais para a edificação da igreja e o labor da graça. Inicialmente, estávamos mortos em nossos delitos e pecados, mas Deus, com Seu amor, misericórdia e graça, fez-nos feitura Dele. Somos a obra-prima de Deus. A suprema grandeza de Sua graça nos está tornando materiais adequados, e estamos sendo edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas – Cristo Jesus, a pedra angular (Ef 2:1-2, 4, 7, 10, 20). 


    No terceiro capítulo, o apóstolo Paulo mostra como deve ser o coração de um despenseiro de Deus, compartilhando com seus conservos as revelações que recebeu, a fim de que tenham a mesma visão e propósito. Vemos, também, que somente com todos os irmãos podemos compreender as dimensões do amor de Cristo, ou seja, a largura, o comprimento, a altura e a profundidade desse amor. 


    Os três últimos capítulos mostram o caminho para colocar em prática a visão que recebemos nos três primeiros capítulos. Nos capítulos quarto e quinto, Paulo nos encoraja a andar conforme nosso chamamento. Esse andar tem, pelo menos, cinco características: andar na graça, que é acrescentada a nós à medida que exercitamos nossos dons (4:7); andar na verdade, evitando viver sob a vaidade de nossos pensamentos e buscando conhecer a Cristo de maneira subjetiva (v. 17); andar no amor, a fim de abençoar outros (5:2); andar na luz, que nos permite agradar ao Senhor (v. 8); e, por fim, andar no Espírito, que inclui todos os demais aspectos desse andar (v. 18). No Espírito encontramos a graça e a verdade do Filho (Jo 1:17), e o amor e a luz do Pai (1 Jo 1:5; 4:8).


     Ainda nos capítulos quinto e sexto, temos os quatro aspectos práticos da vida da igreja: o viver de reuniões (5:18-21); o viver familiar (5:22—6:4); o viver social (6:5-9); e a batalha espiritual (6:10-20).


segunda-feira, 14 de setembro de 2020

A História de Rute

 

Rute é uma das mulheres de Deus que mais se destaca na bíblia pela sua linda história de vida, pois o que mais se destacava em sua virtuosidade era a sua humildade e servidão. O crescimento espiritual de Rute foi através de Noemi uma idosa, ex sogra e grande amiga de Rute.
Rute tinha uma fé inabalável, mesmo com sua situação financeira, ela confiava em Deus e sabia que o que Deus tinha para sua vida era algo grande, por isso não reclamava de sua vida em nenhum segundo, dava graças a Deus por tudo que tinha.

O DIREITO DE SER FELIZ!

 Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças.

Marcos 12:30

  Por acaso você conhece alguém que não deseja ser feliz? Essa é uma busca universal comum a todas as idades e países. Chegamos até a ouvir falar do ‘direito de ser feliz’. Nas conversas, em todo tipo de livros e obras de arte, a felicidade está ligada ao ato de amar e ser amado. Por isso, um novelista francês afirma por meio de um de seus personagens: ‘As boas histórias e os bons artigos são aqueles por meio dos quais se mostram um pouco de amor. Isso é o que faz funcionar os homens e os mundos’.

  Por que temos tanta necessidade de sermos amados? Será que é a nostalgia de um mundo maravilhoso ou a esperança de ter uma felicidade futura? A Bíblia deixa de lado todas as hipóteses; ela revela que “Deus é amor” (1 João 4:8). E que o homem foi criado à imagem de Deus (Gênesis 1:27). Portanto, o amor de Deus está na origem de tudo e em cada um de nós subsiste essa necessidade de amor, ainda que o homem tenha se corrompido e se afastado de Deus.

  Deus deseja a felicidade de Suas criaturas porque Ele as ama. Todavia, por que as pessoas recusam Seu amor? Porque o amor de Deus mostra aos homens seus pecados. “Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados” (1 João 4:10). Não pode haver felicidade sem que os nossos pecados sejam apagados. A todo aquele que os reconhece diante de Deus, Ele declara: “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto” (Salmo 32:1). 

domingo, 13 de setembro de 2020

A AUTORIDADE DO SENHOR JESUS

 [Cristo]... humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho.

Filipenses 2:8-10

A autoridade nunca tem sido bem aceita, e menos ainda em nossos dias. Porém, o apóstolo Paulo diz que “não há autoridade que não venha de Deus” (Romanos 13:1). É possível que essa desaprovação provenha do fato de que aqueles que possuem autoridade, geralmente, têm abusado da mesma. 

  Que contraste com a autoridade do Senhor Jesus. Ele sempre a exerceu para o bem e não se serviu da mesma para impor seu poder aos homens. Geralmente, os grandes deste mundo tratam de dominar, mas o Senhor Jesus esteve entre os Seus como o que serve (Lucas 22:27). Ele é o Mestre e Senhor (João 13:13), mas veio “para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Marcos 10:45). 

  A autoridade do Senhor Jesus é irrefutável. Os que O ouviam ficavam maravilhados ao escutá-Lo (Mateus 7:28-29).  O Senhor Jesus tinha o poder para perdoar pecados (Mateus 9:6); Ele era senhor do dia de descanso (Marcos 2:28); Ele tinha poder sobre as enfermidades (Mateus 8:7, 13), sobre o vento, e o mar (Marcos 4:41), sobre os demônios (Mateus 12:28) e sobre a morte (João 11:43). Sua autoridade procede de Sua filiação divina (João 17:2). O poder Lhe foi dado por Deus, Seu Pai. Ainda assim, o Senhor Jesus foi obediente até a morte. Ele aceitou entregar Sua vida. Ele, o Deus eterno a quem os anjos adoram, se fez homem para ensinar a obediência, e desse modo revelar o amor divino. 

  Para nós, os que cremos no Senhor Jesus, Ele tem autoridade sobre nossas vidas? 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

O MEIO PREPARADO POR DEUS PARA CHEGARMOS AO DESTINO DE NOSSA VIDA CRISTÃ

ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 3 - SEGUNDA-FEIRA

SÉRIE: Efésios: O Mistério de Cristo - a igreja

MENSAGEM 19: Abençoados com toda sorte de bênção espiritual – (Ef 1:1-3, 3:1; 4:1)

Leitura bíblica:
Gl 4:1-7; Fp 3:20-21; Hb 6:11-14

Ler com oração:
Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fp 3:13-14).

O MEIO PREPARADO POR DEUS PARA CHEGARMOS AO DESTINO DE NOSSA VIDA CRISTÃ

Na mensagem desta semana abordaremos os livros mais elevados do Novo Testamento: Gálatas, Efésios, Filipenses e Colossenses, bem como o livro de Filemom. Esses livros são considerados o “coração” da Bíblia. Foram escritos pelo apóstolo Paulo e apresentam a revelação da economia neotestamentária de Deus. Para entender melhor a importância desses livros, podemos usar a ilustração de um avião.
Em um avião temos, principalmente, a cabine de passageiros e as asas. A cabine é repleta de assentos para acomodar todos os passageiros que anseiam chegar a um destino. As asas (nas quais também se encontram as turbinas) são responsáveis por fazer o avião decolar, além de manter o avião no ar em equilíbrio. Sem dúvida, para sair do chão, o avião também precisa de um plano de voo e de uma pista de decolagem.
Podemos dizer que o livro de Gálatas é a cabine de passageiros. O foco desse livro é o crescimento de vida com vistas à filiação. Deus quer ter muitos filhos, e estes precisam crescer. Quando uma família decide ter um bebê, os pais se preparam para conduzir a criança nas diversas fases da vida a fim de que o filho alcance a maturidade e se torne apto para receber responsabilidades. Não é normal que vários anos se passem e os irmãos ainda se encontrem no estágio infantil na igreja, quando, na verdade, deveriam estar aptos para assumir responsabilidades e cuidar de outros irmãos (Hb 6:11-14).
Precisamos crescer na vida divina e buscar capacitação para levar adiante nosso ministério, o que Deus determinou para cada um de nós. Se o Senhor lhe confiou uma missão, cumpre a você ir diante de Deus em oração e jejum e perguntar-Lhe o que Ele espera de você. Seja útil para Deus e procure ser capacitado. Todos nós precisamos de capacitação, mas você precisa ter o encargo de ser capacitado. Deus quer aperfeiçoá-lo, mas você precisa partilhar o mesmo desejo do Senhor, precisa desejar ser aperfeiçoado.
Deus já nos colocou na igreja. É na vida da igreja, na cabine de passageiros do avião, que encontramos oportunidades para crescer espiritualmente. A vida da igreja não é apenas para sentar-se e aguardar chegar ao destino; antes, é para crescermos e sermos aperfeiçoados, capacitados para servir ao Senhor e executar nosso ministério a fim de, na volta do Senhor, estarmos prontos para reinar com o Ele no mundo que há de vir.
O livro de Filipenses pode ser comparado ao plano de voo. Esse livro nos fala da meta, de nosso destino. Em Filipenses, Cristo está nos chamando lá do alto; devemos nos esquecer das coisas que para trás ficam e avançar para as que adiante de nós estão. Não fiquem parados no mesmo lugar: precisamos avançar, alcançar a meta, nosso destino, e chegar à nossa verdadeira pátria! (Fp 3:20-21).

sábado, 13 de fevereiro de 2016

IMPORTÂNCIA DE BARNABÉ PARA A OBRA DO SENHOR NO NOVO TESTAMENTO

ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 - SÁBADO

SÉRIE: Efésios: O Mistério de Cristo - a igreja

MENSAGEM 18: Separados pelo Espírito Santo para a obra para a qual Ele chama – (At 13:1-3)

Leitura bíblica:
At 12:12; 13:13; 15:36-38

Ler com oração:
Saúda-vos Aristarco, prisioneiro comigo, e Marcos, primo de Barnabé (sobre quem recebestes instruções; se ele for ter convosco, acolhei-o) (Cl 4:10).

A IMPORTÂNCIA DE BARNABÉ PARA A OBRA DO SENHOR NO NOVO TESTAMENTO

A primeira viagem de Paulo e Barnabé foi repleta de dificuldades. Eles, no entanto, não estavam sozinhos. Barnabé havia levado consigo o jovem João Marcos, que não suportou as dificuldades e voltou a Jerusalém (At 13:13).
João Marcos era filho de Maria, uma irmã de Jerusalém que havia aberto sua casa para oração quando Pedro estava preso (At 12:12). Com a perseguição aos cristãos em Jerusalém, as reuniões eram realizadas de casa em casa. Maria teve o desejo de que seu filho aprendesse a servir ao Senhor e certamente o encorajou quando ele abandonou precocemente a viagem que fazia com Paulo e Barnabé. Da mesma forma, os pais hoje devem encorajar seus filhos a participar das atividades promovidas pelos irmãos da igreja, de forma que eles ganhem novas experiências com o Senhor.
Quando, porém, decidiram fazer a segunda viagem para visitar as igrejas que haviam sido levantadas, Paulo não quis levar João Marcos com eles (At 15:36-38). Ele e Barnabé discutiram e vieram a se separar (v. 39). Barnabé e João Marcos navegaram para Chipre; Paulo e Silas, para a Síria e Cilícia.
Esse é o último registro sobre Barnabé no Novo Testamento. Durante muito tempo fomos ensinados que, pelo fato de Barnabé ter cometido um erro grave, deixou de ser mencionado no restante da Bíblia, mas isso não está plenamente correto. Sim, a Bíblia não menciona mais o nome de Barnabé, mas isso não significa que ele tenha errado ao insistir em levar João Marcos consigo.
Na obra do Senhor nós também devemos ser como Barnabé. Devemos sempre procurar ajudar os outros, independentemente de haver ou não reconhecimento ou de nosso nome ser “mencionado”. O mais importante é que o Senhor tenha êxito. Se o Senhor nos tem abençoado muito no tempo atual é porque temos muitos “Barnabés” em nosso meio, cuidando de maneira oculta.
Apesar de o nome de Barnabé não aparecer depois de Atos 15, Marcos estava ao lado de Pedro no final de seu ministério. Vemos, assim, que o trabalho de Barnabé teve um bom fruto. Ele trabalhou em oculto, e Marcos pôde auxiliar Paulo e Pedro posteriormente. Embora tenha sido preterido por Paulo no início de sua segunda viagem, em Colossenses 4:10 Paulo reconhece Marcos como seu cooperador. Precisamos reconhecer a participação de Barnabé nesse fato.


MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 CRÔNICAS (Leia 2 Crônicas 3:1-17)

Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. Quem é este Rei da Glória? O SENHOR forte e poderoso
(Salmo 24:7-8).

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 CRÔNICAS (Leia 2 Crônicas 3:1-17)

As Crônicas apresentam a construção do templo sob um aspecto diferente do apresentado pelo livro de Reis. Este último descreve-o sobretudo como o lugar de habitação do Senhor em meio ao Seu povo. Já em Crônicas, o templo é retratado como lugar de acesso onde o adorador é admitido para se encontrar com Deus. A fundação do edifício está sobre o monte Moriá, onde a graça de Deus adiou o julgamento e consumiu o holocausto.

No que tange à Igreja, sabemos sobre qual rocha ela está edificada a partir da declaração de Pedro e da resposta do Senhor Jesus: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16:16-18).

Salomão construiu o pórtico (ou alpendre), o Lugar Santo e o Santo dos Santos. Depois fez duas grandes esculturas de querubins, o véu, os dois pilares: Jaquim e Boaz. A extraordinária altura do pórtico é mencionada apenas aqui: 120 côvados (cerca de nove metros), quatro vezes a altura da casa. Isso não é uma figura do Salmo 24:7 e 9, que por duas vezes repete: “Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó portais eternos, para que entre o Rei da Glória”?

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

O PADRÃO DE DEUS

E ainda dizes: Eu estou inocente; certamente, a sua ira se desviou de mim. Eis que entrarei em juízo contigo, porquanto dizes: Não pequei
(Jeremias 2:35).

O PADRÃO DE DEUS

A suposição de que se viver uma vida justa vai obter o favor de Deus, de forma que Ele não vai condenar uma pessoa, é ainda uma crença comum hoje em dia, 2.500 anos depois do profeta Jeremias registrar o versículo acima. É na verdade uma falácia fatal. Isso não tinha nenhuma influência nos dias de Jeremias. Deus se opunha a isso ao declarar a razão do por que Ele iria julgar quem quer que alegue ser inocente. Desde que o veredicto de Deus sobre a humanidade é “todos pecaram” (Romanos 3:23), quem pode ousar afirmar que é uma exceção?

Não subestime o padrão de justiça de Deus. Nada menos do que a perfeição vai satisfazê-Lo. Ele não fechará os olhos para as nossas falhas. Nem abaixará Seu padrão para um nível que nos satisfaça. Nosso Deus onisciente tem um conhecimento profundo de toda a nossa vida com todas as nossas falhas. Quem assume que Deus não pode imputar pecado contra ele está se dirigindo para o julgamento. A prova do erro de cada pecador então lhe será óbvia; ele vai receber uma justa sentença: a condenação eterna no inferno.

O nosso Deus é, no entanto, gracioso. Ele quer que todos sejam salvos. É por isso que Ele enviou Seu Filho para ser o Salvador do mundo (1 Timóteo 2:4; 1 João 4:14). Jesus Cristo levou o justo juízo de Deus sobre o pecado, morrendo por pecadores perdidos na cruz. Mas todos devem reconhecer a sua culpa diante de Deus e confiar na obra de Cristo, pessoalmente, para a salvação. Isto é exatamente o que Paulo pregou: “A conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo” (Atos 20:21).

A PRIMEIRA VIAGEM DE PAULO E BARNABÉ E A CONFERÊNCIA EM JERUSALÉM

ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 - SEXTA-FEIRA

SÉRIE: Efésios: O Mistério de Cristo - a igreja

MENSAGEM 18: Separados pelo Espírito Santo para a obra para a qual Ele chama – (At 13:1-3)

Leitura bíblica:
At 13:1-3; 15:1-11

Ler com oração:
Servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado (At 13:2).

A PRIMEIRA VIAGEM DE PAULO E BARNABÉ E A CONFERÊNCIA EM JERUSALÉM

A Bíblia registra que os profetas e mestres de Antioquia permaneciam servindo ao Senhor, orando e jejuando (At 13:1-2). Como resultado desse espírito de oração, o Senhor separou Barnabé e Paulo para a obra para a qual eles estavam sendo chamados.
A região que eles visitariam era montanhosa, por isso eles seguiram pelo mar Mediterrâneo, onde havia muitas tempestades. Nessa primeira viagem, Paulo e Barnabé foram conduzidos pelo Espírito, e diversas igrejas foram levantadas, entre elas algumas igrejas na região da Galácia.
Sabemos que, posteriormente, os irmãos de Jerusalém tentaram introduzir a circuncisão entre os gálatas, que era uma prática do Antigo Testamento. Essas igrejas eram novas e ficaram confusas com aquela palavra. Como não sabiam o que fazer, eles consultaram Paulo, e foi por isso que ele escreveu a Epístola aos Gálatas.
Por causa dessa intervenção dos irmãos de Jerusalém, Paulo e Barnabé sentiram que precisavam ir a Jerusalém para tratar diretamente com os irmãos (At 15:1-2), pois havia liberdade para que os irmãos manifestassem as suas opiniões (vs. 6-7). Na vida da igreja não há lugar para ditadura ou democracia; o que deve prevalecer é a direção do Espírito. Essa foi a direção seguida por Paulo e Barnabé em sua primeira viagem, e por Paulo e Silas na segunda.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

UM SERMÃO AGUÇADO

Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo
(Romanos 2:1).

UM SERMÃO AGUÇADO

"Eu gostei de seu sermão de ontem", disse um fazendeiro, quando o pregador o visitou, "só precisou apenas uma coisa: Você deveria ter pregado ainda mais incisivamente. Mas, por favor, não se ofenda!" – "De maneira nenhuma! Acredito que o sermão poderia ter sido mais penetrante". – "Sim, especialmente quando você falou sobre a conversão e a avareza. Você não tem ideia de quão mesquinhas são as pessoas desta freguesia. A Bíblia diz: ‘Buscai primeiro o reino de Deus’. Você deveria ter ressaltado esse ponto mais".

Quando chegou a hora de o pregador ir embora, o fazendeiro o acompanhou até a porta. Na sala ao lado, onde a porta estava aberta, havia presuntos e outras carnes penduradas em tal quantidade que eram uma alegria para os olhos. O pregador parou e disse: "Antes de eu vir aqui, visitei a viúva, a Sra. X. Você sabe, ela tem seis filhos e precisa de ajuda; as coisas são muito difíceis para ela. Você tem alguns excelentes presuntos aqui. Você me daria um para a Sra. X?" – "O que? Um presunto inteiro. É muito! Um pedaço dou!" – "Não, não, ela precisa de uma peça inteira. Afinal, você é um homem rico e pode facilmente doar um presunto inteiro, não pode?" – "Tudo bem, não tenho outra saída".

Quando o fazendeiro lhe entregou o presunto, o pregador perguntou: "Bem, isso foi penetrante o suficiente?" - "Sim, um pouco demais!", respondeu o fazendeiro.
 

O SERVIÇO DE BARNABÉ EM JERUSALÉM E SUA IDA PARA ANTIOQUIA

ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 - QUINTA-FEIRA

SÉRIE: Efésios: O Mistério de Cristo - a igreja

MENSAGEM 18: Separados pelo Espírito Santo para a obra para a qual Ele chama – (At 13:1-3)

Leitura bíblica:
At 4:36-37; 9:26-30; 11:19-26

Ler com oração:

Tendo ele [Barnabé] chegado e, vendo a graça de Deus, alegrou-se e exortava a todos que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor. Porque era homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé (At 11:23-24a).

O SERVIÇO DE BARNABÉ EM JERUSALÉM E SUA IDA PARA ANTIOQUIA

Após fugir de Damasco, Paulo foi para Jerusalém. Tendo lá chegado, procurou juntar-se com os discípulos; todos, porém, o temiam, não acreditando que ele fosse discípulo. Mas Barnabé, tomando-o consigo, levou-o aos apóstolos; e contou-lhes como ele vira o Senhor no caminho, e que este lhe falara, e como em Damasco pregara ousadamente em nome de Jesus (At 9:26-27). Entretanto Paulo continuava a discutir com as pessoas que encontrava e, por esse motivo, os judeus planejavam matá-lo (v. 29). Os irmãos decidiram, então, enviá-lo para Tarso (v. 30), onde Paulo permaneceu até que Barnabé fosse buscá-lo (11:25-26).
Barnabé era um diácono na igreja em Jerusalém que se converteu logo no início da vida da igreja naquela cidade. Em Atos 4 vemos o registro de uma oferta feita por ele (vs. 36-37), o que mostra que tinha o desejo de colaborar com os recursos materiais que o Senhor lhe havia dado. Em outra passagem, a Bíblia registra que Barnabé era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé (11:24).
Quando a palavra do Senhor chegou a Antioquia, alguns de Jerusalém decidiram enviar Barnabé para lá (At 11:22). Vendo a graça de Deus, ele alegrou-se e exortava a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor (v. 23). Nesse momento o serviço de Barnabé se manifestou mais uma vez, pois se lembrou de Paulo e foi até Tarso a fim de trazê-lo para Antioquia (v. 25).
Através desses fatos, podemos ver claramente que o serviço de Barnabé tinha como característica ajudar outros irmãos a desempenharem sua função; não vemos no registro bíblico o desejo de Barnabé ter uma obra particular. Ele introduziu Paulo na comunhão com os apóstolos em Jerusalém e depois foi até Tarso em busca de Paulo a fim de levá-lo para Antioquia, para juntos viverem a vida da igreja de maneira normal, em um ambiente espiritual positivo e de muita oração. Graças ao Senhor por isso!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

NO CAMINHO ERRADO OU NO CERTO?

Eis que eu saí para ser teu adversário, porquanto o teu caminho é perverso diante de mim
(Números 22:32).

NO CAMINHO ERRADO OU NO CERTO?

Um motorista tomou o caminho errado num cruzamento sem perceber. E então ele continuou na direção errada bem despreocupado. Ele era um motorista cuidadoso e correto. Ele parou em todos os sinais de “Pare”, nunca excedeu o limite de velocidade. Tudo estava em ordem, exceto que ele estava indo na direção errada.

É exatamente assim na nossa vida. Se não estamos no caminho de Deus, estamos caminhando para um desastre.

Por natureza, todos estão num caminho indo ladeira abaixo. Não são apenas os pecadores flagrantes que se perdem, como às vezes dizemos, mas todos!

Se Deus tenta nos impedir em nosso caminho errado, então Ele nos mostra o caminho certo. E esse passa pela cruz do Calvário.

“Calvário?” você diz. “Esse é o lugar onde alguém esteve há quase 2.000 anos: Jesus Cristo”. E você está certo. Mas se você não entender que o Senhor Jesus tinha que ir lá e Se submeter ao julgamento de Deus por cada um de nós pessoalmente, pelos nossos maus pensamentos, palavras e ações, então ainda está indo pelo caminho errado. Nós pensamos muito em nossa justiça própria. Agora, se você se considera virtuoso e justo, nunca entrará na glória de Deus.

No céu só haverá pessoas que, outrora pecadores, sofreram uma mudança radical: eles mudaram de direção, se arrependeram sinceramente e acreditaram na obra redentora realizada no Calvário. “O caminho do tolo é reto aos seus olhos, mas o que dá ouvidos ao conselho é sábio” (Provérbios 12:15).

JOÃO BATISTA E SEUS DISCÍPULOS – O PERIGO DA EXALTAÇÃO

ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 - QUARTA-FEIRA

SÉRIE: Efésios: O Mistério de Cristo - a igreja

MENSAGEM 18: Separados pelo Espírito Santo para a obra para a qual Ele chama – (At 13:1-3)

Leitura bíblica:
Mt 3:1-11; 11:2-19; 14:3-12; Mc 2:18

Ler com oração:
Convém que ele cresça e que eu diminua (Jo 3:30).

JOÃO BATISTA E SEUS DISCÍPULOS – O PERIGO DA EXALTAÇÃO

Ainda sobre a questão de discipulado, queremos considerar um pouco a situação de João Batista. Em Mateus 3:11, vemos João Batista iniciando sua obra, preparando o caminho do Senhor. Isso inicialmente foi feito de maneira muito humilde, reconhecendo que não era digno de desatar as sandálias de Jesus. Pouco a pouco, porém, ele também teve seus admiradores que começaram a segui-lo, tornando-se seus discípulos.
A função de João Batista era levar as pessoas a Cristo e batizá-las, como sinal de arrependimento, para O seguirem, mas ele criou seu próprio discipulado. A partir daí, surgiu um conflito entre os discípulos de Jesus e os de João Batista. Esses até se uniram aos fariseus para questionar o Senhor Jesus e os seus discípulos a respeito do jejum (Mc 2:18).
Posteriormente João Batista foi preso (Mt 14:3-4). Ele certamente esperava que o Senhor o libertasse da prisão, mas ele havia formado um discipulado paralelo. A incumbência e a comissão dadas por Deus a ele não foram essa, e sim aplainar o caminho do Senhor. Por fim, por ocasião de uma festa promovida pelo rei Herodes, João Batista foi decapitado a pedido da filha de Herodias (vs. 6-12).
A morte de João Batista nos mostra que ninguém deve ter discípulos, exceto o próprio Senhor Jesus. Infelizmente a natureza humana caída gosta de ser exaltada e conquistar admiradores. No entanto esse não é o caminho do Senhor. Por essa mesma razão, Ele permitiu que Paulo fosse embora de Damasco, a fim de desfazer o discipulado que havia se formado ali. Em Jerusalém, Tarso e Antioquia, ele aprendeu a servir com outros e pôde ser ainda mais útil ao Senhor.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

A CONVERSÃO DE SAULO

ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 - TERÇA-FEIRA

SÉRIE: Efésios: O Mistério de Cristo - a igreja

MENSAGEM 18: Separados pelo Espírito Santo para a obra para a qual Ele chama – (At 13:1-3

Leitura bíblica:
At 8:1-8; 9:1-25; 22:3-4; Gl 1:14

Ler com oração:
Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou. Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes (Jo 13:16-17).

A CONVERSÃO DE SAULO

Em Filipenses 3, Paulo dá testemunho de sua vida antes de se converter, quando ainda era chamado de Saulo. Ele pertencia à tribo de Benjamim, era hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu (v. 5); quanto à conduta, irrepreensível perante a lei (v. 6). Além disso, Ele foi instruído aos pés de um grande mestre entre os fariseus, Gamaliel (At 22:3), e se destacava entre os da sua idade (Gl 1:14). Por ser extremamente zeloso das tradições dos judeus, Saulo perseguia os que invocavam o nome do Senhor e os lançava na prisão (At 22:4). Ele também esteve pessoalmente junto àqueles que apedrejaram Estêvão (8:1).
Por causa da grande perseguição que se levantou contra a igreja em Jerusalém após a morte de Estêvão, provavelmente muitos deixaram de invocar o nome do Senhor publicamente. Os que ainda invocavam, o faziam de maneira oculta. Muitos se dispersaram para outras regiões da Judeia e Samaria, anunciando a palavra de Cristo e levando salvação e grande alegria (At 8:2, 4-8).
Quando se dirigia a Damasco a fim de prender os cristãos que viviam naquela cidade, Paulo teve um encontro com o Senhor (At 9:1-9). Após ser batizado e voltar a enxergar, ele andava por toda parte discutindo com os judeus (vs. 20-22). Provavelmente ele conseguia vencer os debates, mas isso despertou a ira dos judeus que ali viviam (v. 23).
Nesse ínterim, Paulo ganhou alguns admiradores que se tornaram seus discípulos e o ajudaram a fugir da emboscada preparada pelos judeus (At 9:25). Aparentemente foi uma fuga, mas, na verdade, foi Deus quem o guardou, pois, provavelmente, o discipulado de Paulo não agradava ao Senhor. Esse fato serve de lição para nós. Ao exercermos as funções de curadores e tutores, muito facilmente podemos cair na tentação de gerar discípulos para nós. Devemos atentar para o fato de que todos aqueles de quem cuidamos são seguidores do Senhor Jesus.


VOCÊ QUER ENTRETENIMENTO OU ALEGRIA?

Porventura não sabes tu que desde a antiguidade, desde que o homem foi posto sobre a terra, o júbilo dos ímpios é breve, e a alegria dos hipócritas momentânea?
(Jó 20:4-5).

VOCÊ QUER ENTRETENIMENTO OU ALEGRIA?

O homem foi criado para desfrutar de alegria e tem um desejo inato por ela. Então onde a alegria, ou a ideia de alegria, é oferecida, as pessoas se ajuntam. O entretenimento é um modo de muitos obterem uma alegria momentânea mas intensa.

Uma coisa é certa: a genuína, imperturbável alegria não pode ser encontrada no entretenimento. Até o filósofo ateu Nietzsche declarou: “A mãe do excesso não é a alegria, é a falta dela”. De fato, a busca de prazeres desse tipo são expressões de um vazio interior. Ao longo dos anos, eles apenas endurecem a consciência.

Será que estamos tão longe de Deus que tais coisas ainda nos parecem encantadoras?

A verdadeira e duradoura alegria não pode ser encontrada em uma vida exuberante e dissoluta. Nosso coração clama por algo melhor. Mas como reconhecer a verdadeira alegria e como encontrá-la?

“o reino de Deus… é… alegria no Espírito Santo” (Romanos 14:17). Se o Reino de Deus dominar em nosso coração, essa alegria divina transbordará nosso ser, e descobriremos uma satisfação e senso de realização que nada humano pode igualar. Por isso, o Senhor Jesus nos ensinou a pedir: “Venha o teu reino” (Mateus 6:10)!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

“RECONCILIAI-VOS COM DEUS”

Porquanto não deram ouvidos às minhas palavras, diz o SENHOR, enviando-lhes eu os meus servos, os profetas, madrugando e enviando; mas vós não escutastes, diz o SENHOR
(Jeremias 29:19).

“RECONCILIAI-VOS COM DEUS”

Alguns anos atrás, um cargueiro desapareceu misteriosamente no Oceano Índico. O tempo estava bom, e o navio tinha comunicado devidamente pelo rádio a sua localização para as autoridades. Semanas depois dois tripulantes foram encontrados em um pequeno barco. Eles estavam a ponto de morrer de sede. Uma explosão inexplicável tinha partido sua embarcação ao meio. Ela afundou em minutos. A companhia de navegação tentou repetidamente fazer contato, mas sem sucesso.

No mundo de hoje a comunicação é de extrema importância. Ela existe entre países, empresas, famílias e indivíduos. Por meio de telefone, internet, televisão e os correios, podemos trocar informações hoje mais do que nunca. A vida no mundo moderno seria inconcebível sem as comunicações. Portanto, se muitas pessoas nos dias de hoje reclamam de solidão, não pode ser por indisponibilidade de mídia.

Será que a perturbação da nossa comunicação com Deus está relacionada com isso? Deus criou o homem à Sua imagem, como uma criatura que depende do contato com Ele. É muito grave quando no fim da vida de uma pessoa o veredicto de “perdido” for registrado. É por isso que Deus procura contato com as pessoas. Ele enviou Seu Filho, Jesus Cristo, “para que todo aquele que nele crê não pereça” (João 3:16). Hoje Ele apela a todos: “Reconciliai-vos com Deus” (2 Coríntios 5:20).

A VIDA DA IGREJA VISA AO CRESCIMENTO DE VIDA

ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 - SEGUNDA-FEIRA

SÉRIE: Efésios: O Mistério de Cristo - a igreja

MENSAGEM 18: Separados pelo Espírito Santo para a obra para a qual Ele chama – (At 13:1-3)

Leitura bíblica:
Mt 24:14; Gl 4:1-2; Ef 1:22-23; 4:7; Cl 2:2, 9; Hb 2:5-6; 1 Pe 1:4

Ler com oração:
E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo (Ef 4:11-12).

A VIDA DA IGREJA VISA AO CRESCIMENTO DE VIDA

Ao lado de Colossenses, os livros de Efésios, Filipenses e Gálatas formam o coração dos escritos de Paulo e nos dão uma visão completa da economia de Deus no Novo Testamento.
O livro de Colossenses fala do mistério de Deus, que é Cristo (2:2). Nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade (v. 9), o que significa que Cristo expressa o próprio Deus Triúno. Em Efésios, por sua vez, vemos que a igreja é o Corpo de Cristo e a plenitude do Filho de Deus (1:22-23). Por isso podemos dizer que o mistério de Cristo é a igreja.
Nas semanas anteriores, usamos a ilustração de um avião para representar essas epístolas. Gálatas, onde encontramos uma visão panorâmica da economia de Deus, é comparado à cabine de passageiros. Essa cabine pode representar também a vida da igreja. Todos nós que recebemos o Senhor em nosso Espírito somos como filhos recém-nascidos. Assim, precisamos crescer na vida de Deus (Gl 4:1), apropriando-nos da realidade da filiação que diz respeito a filhos maduros capazes de administrar a herança que nos está reservada nos céus (1 Pe 1:4). Daí vemos a importância de permanecermos na igreja até chegarmos ao destino final.
A fim de nos ajudar nesse processo, o Senhor nos preparou a vida da igreja, onde temos os tutores e curadores que ensinam e cuidam do nosso sustento espiritual (Gl 4:2). Em Efésios vemos a figura dos pastores e mestres, cuja função é de transmitir a palavra de Deus. Sob esse cuidado constante, vamos crescendo gradativamente até a maturidade e exercitando nossos dons até que se tornem ministérios (Ef 4:7). Esses irmãos são como mordomos na casa de Deus, providenciando comida para suprimento de todos e também educação.
Além de participarmos ativamente das reuniões e cuidarmos de nossos irmãos, fazendo-os crescer em vida, precisamos atentar para a obra de pregação do evangelho do reino (Mt 24:14). Nessa obra podemos proclamar a todos os filhos de Deus que precisam buscar a maturidade a fim de reinar com Cristo no mundo vindouro (Hb 2:5-6). Esse encargo faz parte da determinação de Deus para nós hoje.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

O PROCESSO DE JESUS: ESPINHOS: UM SINAL DA MALDIÇÃO


E, despindo-o, o cobriram com uma capa escarlate. E, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça
(Mateus 27:28-29).

O PROCESSO DE JESUS: ESPINHOS: UM SINAL DA MALDIÇÃO

O Senhor Jesus passou uma noite atribulada. Um de Seus discípulos O traiu, outro O negou. Mais de uma vez os sacerdotes O interrogaram perante o Sinédrio (conselho dos judeus) e, finalmente pronunciaram Sua sentença de morte. Em seguida, veio o amanhecer.

No propósito de cumprir o plano de matar Jesus Cristo, os líderes judeus O levaram a Pilatos, pois a sentença não poderia ser executada sem o consentimento do governador romano. Ele teria de passar por um julgamento. Embora convencido da inocência do acusado, Pilatos cedeu à exigência dos judeus e decidiu que Jesus Cristo deveria ser crucificado.

Assim, a rejeição do verdadeiro Rei de Israel foi selada. Que trágico! Ele era o Enviado de Deus, o Messias, que havia confirmado Sua origem divina diante dos homens com muitos sinais e milagres. Mas ao invés de insígnias reais, Ele recebeu uma coroa de espinhos, que os soldados romanos pressionaram sobre Sua cabeça. Tudo isso aconteceu em meio a maus-tratos e abusos extremamente brutais.

Já depois da queda através do pecado, Deus amaldiçoou a terra com as palavras: "Espinhos e cardos também te produzirá” (Gênesis 3:18). A coroa de espinhos foi, portanto, um sinal da maldição com que Aquele que era santo e puro foi desonrado. Como ficamos comovidos pelo lamento do Senhor: "Bem conheces a minha afronta, e a minha vergonha, e a minha confusão; diante de ti estão todos os meus adversários" (Salmo 69:19).

O fato de que Jesus Cristo suportou a maldição na cruz em nosso lugar para libertar aqueles que desejam se livrar da maldição do pecado aconteceu conforme o conselho de Deus. Vamos adorá-Lo por tal humilhação!

O AMOR COMO A EXPRESSÃO DA VIDA DO FILHO DE DEUS EM NÓS

ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 1 - DOMINGO

SÉRIE: Efésios: O Mistério de Cristo - a igreja

MENSAGEM 17: Os livros-chave dos escritos de Paulo – (Ef 1:1-3)

Leitura bíblica:
Mt 5:44; 1 Jo 4:7-20

Ler com oração:
Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado. [...] Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão (1 Jo 4:12, 21).

O AMOR COMO A EXPRESSÃO DA VIDA DO FILHO DE DEUS EM NÓS

Graças ao Senhor, temos ressaltado entre nós a necessidade de invocar Seu nome a fim de entrar e permanecer na esfera do Espírito. Em 1 Coríntios 12:3 é-nos dito “que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: Anátema, Jesus! Por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus!, senão pelo Espírito Santo”. Se não estivermos no espírito, não conseguimos dizer: “Ó Senhor Jesus!”. Invocar o nome do Senhor é uma evidência de que estamos no Espírito. O Espírito é o que gera a vida.
Quando estamos no Espírito, Ele nos dá vida e nós crescemos em vida. Não é da vida humana que estamos falando, mas da vida divina, eterna, incriada, vencedora, indestrutível e de ressurreição. Então, quando invocamos o nome do Senhor, ganhamos mais dessa vida maravilhosa e nela somos fortalecidos.
A vida divina se expressa por meio do amor, que é um atributo divino. Deus é vida e Deus é amor. Quando Deus Se expressou por meio de Seu Filho, Ele manifestou Seu amor e nos deu vida.
Na vida da igreja, o que praticamos hoje é o amor. Segundo nosso ser natural, apenas amamos os que são amáveis, os que cooperam conosco e têm afinidades conosco, mas, se há um irmão diferente de nós, que consideramos estranho, temos ressalvas. Esse é o amor natural, e não o amor que resulta da vida divina. Por isso o apóstolo João afirma: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1 Jo 4:7-8), e ainda: “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão” (vs. 20-21).
Devemos amar mesmo os que se opõem a nós, os que tentam nos causar dano. Nós amamos os amáveis e amamos os que não são tão amáveis. Mesmo os que são nossos inimigos e nos perseguem, devemos amar (Mt 5:44). Isso é o resultado daquele que verdadeiramente invoca o nome do Senhor: vive mais no Espírito, ganha mais da vida de Deus e por fim tem a manifestação dessa vida em forma de amor. Esse deve ser o viver normal da igreja.
Que o Senhor nos preserve nesse caminho!

sábado, 6 de fevereiro de 2016

MANSIDÃO: ALGO A SE APRENDER

Admoesta-os a que… nem sejam contenciosos, mas modestos, mostrando toda a mansidão para com todos os homens
(Tito 3:1-2).

MANSIDÃO: ALGO A SE APRENDER

Como é importante que os cristãos sejam mansos, pois a mansidão é uma preciosa virtude, um traço de caráter de quem realmente conhece o Senhor Jesus.

ele foi o perfeito exemplo de mansidão. Não importava as pressões das circunstancias, das pessoas, dos inimigos, o Senhor Jesus permanecia calmo e controlado. Mesmo quando tinha de ser severo e se opor aos seus inimigos, ele jamais defendeu seus próprios direitos; ao contrario, o que Lhe interessava era a honra de seu Pai e o bem até daqueles que o rejeitavam.

Nós cristãos somos uma carta de Cristo ao mundo, chamados como luz de Deus para um mundo mergulhado em trevas, como estandartes da verdade em meio a uma geração corrupta e perversa (Filipenses 2:15). Se um cristão pretende cumprir seu chamado no mundo, então terá de entender e aprender a mansidão. Os mansos são bem-aventurados e herdarão a terra (Mateus 5:5). Salomão afirmou: “O homem iracundo suscita contendas, mas o longânimo [ou manso] apaziguará a luta” (Provérbios 15:18).

Portanto, é bom quando os discípulos revelam a mansidão do Senhor Jesus para as pessoas. Dessa maneira o Senhor é glorificado e eles se tornam “ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador” (Tito 2:10).

“Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração” (Mateus 11:29)!
 

A NECESSIDADE CONSTANTE DE SER RENOVADOS PARA NÃO CAIR NA TRADIÇÃO

ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 1 - SÁBADO

SÉRIE: Efésios: O Mistério de Cristo - a igreja

MENSAGEM 17: Os livros-chave dos escritos de Paulo – (Ef 1:1-3)

Leitura bíblica:
Rm 12:1-2; Ef 4:7-16

Ler com oração:
Seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor (Ef 4:15-16).

A NECESSIDADE CONSTANTE DE SER RENOVADOS PARA NÃO CAIR NA TRADIÇÃO

Uma vez eu disse para um irmão líder que em tudo o que fazemos, seja na ciência, na tecnologia, no meio empresarial, nós precisamos inovar. Não podemos cair na tradição. Para isso, nós mesmos precisamos ser renovados (Rm 12:2).
Olhem a inovação que há na informática. Olhem a luz elétrica de hoje. Thomas Edison inventou as lâmpadas incandescentes, mas olhem como são as lâmpadas hoje. Tudo avança e tem inovação. Nós também precisamos inovar sempre. Não caiamos na tradição.
Pela misericórdia do Senhor, temos procurado seguir a orientação do Espírito. Mas com o passar do tempo, é comum cair na tradição. Aqui no Brasil, na década de 1970, enfatizávamos a unidade do Corpo de Cristo, a igreja como a expressão deste Corpo na localidade. O nosso problema foi a falta de comunhão e abertura com os grupos cristãos. Sim, o Senhor não se apraz que Seu Corpo seja dividido, mas, se a visão da unidade da igreja nos faz ter barreiras com os santos que não se reúnem conosco, estamos nos dividindo da mesma forma e praticando o que condenamos. Ainda que nossa visão e nosso objetivo não tenham mudado –, pois ainda somos pela edificação da igreja segundo é revelado na Palavra do Senhor –, todavia nossa atitude mudou, pois vimos que não podemos ter barreiras com nossos irmãos na fé nem dar-lhes a impressão de que somos exclusivistas.
Devemos nos esforçar para manter a unidade do Espírito no vínculo da paz. Além disso, o Espírito deve nos conduzir a viver a vida da igreja de modo pleno, sem doutrinas humanas, tradições e regulamentos exteriores. Se todos tivermos essa visão, o Senhor terá caminho no meio do Seu povo e o Corpo de Cristo será edificado.