quinta-feira, 24 de setembro de 2020

LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA A relação saudável entre a igreja e a obra

 LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA

Dia: 16/09/2020



PRIMEIRA SEMANA – QUARTA-FEIRA (Páginas 14 à 19)


Ler com oração:

1 Jo 4:8  Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.


A relação saudável entre a igreja e a obra 

    Depender do Senhor permitirá concluirmos de forma brilhante nossa carreira, pois andaremos com Deus e Dele tiraremos nosso suprimento de vida: “Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças” (Cl 2:6-7). Nosso andar no viver diário tem de ser no Espírito, visando à edificação da igreja. O Senhor concedeu dons aos homens e designou uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério, para a edificação da igreja (Ef 4:11-12). A obra e a igreja são inseparáveis. Os homens dons não edificam a igreja diretamente, mas aperfeiçoam os irmãos para andar em Cristo e, assim, executar a obra de edificação do Corpo de Cristo. A obra precisa da igreja, e a igreja precisa da obra de edificação.


     Para obter materiais para a edificação do Corpo de Cristo, nós pregamos o evangelho, salvando as pessoas e introduzindo-as no viver da igreja. Os irmãos líderes têm a preocupação de envolver o maior número possível de irmãos na obra de Deus. O irmão Dong Yu Lan, um servo de Deus proativo, visionário e com muito encargo de trazer o Senhor de volta, foi muito usado para transmitir diversos encargos da parte de Deus, a fim de dinamizar a pregação do evangelho. Entre esses encargos, destacamos a criação da Editora Árvore da Vida, em 1975, com o intuito de produzir livros saudáveis, fundamentados na pura Palavra de Deus. Em seguida, surgiu o Jornal Árvore da Vida, em 1989, com o objetivo de levar a palavra atual, a presente verdade, a todos os filhos de Deus. Em 1991, veio o encargo do Expolivro, em que irmãos colportores deixam suas casas e saem com um veículo adaptado para expor os livros saudáveis de cidade em cidade. Depois, em 1992, surgiram as cooperativas de colportores, responsáveis pelo aperfeiçoamento do maior número possível de irmãos para servirem como colportores nas diversas regiões do Brasil e, assim, alcançarem mais cidades por meio da palavra impressa. Então, em 1998, surgiu o Centro de Aperfeiçoamento para a Propagação do Evangelho – CEAPE. E, em 2009, o Senhor nos deu o BooKafé, cujo objetivo é alcançar as pessoas e apascentar os filhos de Deus. 


    Com a bênção do Senhor, esses encargos estão sendo levados adiante. Muitos irmãos, mesmo sem entender o que estão fazendo, creem e prosseguem. Com isso, o testemunho da unidade da igreja tem crescido de cidade em cidade, com acréscimo de inúmeros irmãos. Com essas ferramentas, a vida da igreja se torna ainda mais dinâmica e todos os santos são encorajados a permanecer no amor de Deus. Não basta obter profundo conhecimento da Palavra, mas precisamos praticá-la, permanecendo no caminho que o Senhor tem mostrado, no primeiro amor (Ap 2:2, 4).


     Além das ferramentas citadas acima, hoje temos o Instituto Vida para Todos, que potencializou ainda mais a divulgação da palavra em vários idiomas, alcançando toda a terra. A colportagem foi revitalizada e se tornou dinâmica. Os colportores dinâmicos têm orado com as pessoas e colocado livros espirituais nas mãos delas. Foi criada também uma frente de batalha chamada Avança, Jovem!, isto é, jovens cuidando de jovens, pregando o evangelho e apascentando outros jovens mais intensamente, de maneira viva. Os irmãos de todas as igrejas têm praticado o “Posso orar por você?”. Muitas pessoas têm recebido orações e estão tendo as vidas mudadas. Recentemente o Expolivro foi revitalizado, agora, com o tema “Paixão pela leitura”, e está percorrendo às cidades levando vida para todos. 


Profunda comunhão com Deus 

    Permanecer no caminho do Senhor é andar na verdade, na graça, no amor e na luz. Deus é amor (1 Jo 4:8, 16) e Deus é luz (1:5). Sua luz se apresenta a nós como verdade. O amor, que é a natureza de Deus, chega a nós como graça. “A graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (Jo 1:17b). Em Jesus, andamos na graça, na verdade, no amor e na luz, ou seja, andamos em Deus. Para praticar esse andar, necessitamos intensificar nossa comunhão vertical, com Deus, e horizontal, com os irmãos.


     Devemos aprofundar nossa comunhão com Deus, de modo a não apenas conhecê-Lo como Salvador, mas também desfrutá-Lo como Pai. Não basta conhecer a Deus como ser supremo; é preciso conhecê-Lo intimamente, achegar-se a Ele como Pai, tal qual o filho pródigo quando caiu em si e decidiu voltar aos braços do pai (Lc 15:11-24). Quando voltamos o coração ao Senhor, ao menor sinal de arrependimento, Ele corre ao nosso encontro, nos abraça e nos beija. Temos livre acesso ao Pai. Se nos aproximarmos Dele, teremos intimidade com Ele e seremos enchidos com Seu amor para viver a vida da igreja, amando todos os irmãos. Nosso relacionamento horizontal, familiar, com os irmãos e com as demais pessoas será regido pelo amor divino. 


    Na intimidade com o Pai, desfrutaremos de Sua natureza, que é amor e luz. Amaremos as pessoas e levaremos a luz do Senhor a elas. Somos o sal da terra e a luz do mundo (Mt 5:13-14). Nosso papel é influenciar a humanidade, dando sabor divino à vida das pessoas, brilhando sobre elas como luzeiros e sendo referência para aqueles que estão perdidos (Fp 2:15). Não somos do mundo, por isso não podemos participar das coisas do mundo nem ser influenciados por elas (Jo 17:11-15). Pelo contrário, o Senhor nos colocou no mundo, nos santificou e nos deu Sua Palavra para influenciarmos as pessoas a buscá-Lo e a viver a vida da igreja.


    Ao pregar o evangelho do reino dessa maneira, e dar testemunho às nações, a igreja será edificada e o Senhor, quando voltar, porá fim à presente era, e estabelecerá Seu reino de justiça (Mt 24:14). O Senhor está aguardando o amadurecimento da igreja. Para amadurecer, necessitamos andar no espírito e nos encher de amor. No versículo 12 vemos que no tempo do fim o amor se esfriará de quase todos, mas, pela misericórdia do Senhor, nós estamos sendo enchidos do amor proveniente do Pai, para salvar as pessoas e ajudá-las a crescer em vida. Podemos introduzir essas pessoas nos grupos familiares de cuidado e multiplicação (GFCM), onde podem desfrutar do viver da igreja e aprender a servir a Deus.

  A eficácia da redenção de Cristo 

    – cancelou o escrito de dívida

     Dando continuidade ao nosso desfrute da Epístola aos Colossenses, a primeira coisa por que precisamos ter apreço na igreja é a redenção de Cristo. “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Cl 2:13-15). Não ouçamos as filosofias modernas, agnósticas e céticas que tentam anular a obra de Cristo. Boas obras ou meditação não anulam pecados. Somente por meio do sangue de Cristo, derramado na cruz por nós, é que recebemos perdão (1 Pe 1:18-19); basta confessarmos os pecados: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1:9). O sangue de Jesus tem eficácia eterna (Hb 9:12). 


    Quando alguém deixa de pagar uma dívida, o credor se dirige ao cartório e apresenta a nota promissória para protesto, e fica registrado que aquela pessoa possui uma dívida. O Senhor Jesus morreu em nosso lugar, lavou-nos com Seu sangue e cancelou o escrito de dívida que havia contra nós. Essa dívida que nos era prejudicial e constava de ordenanças foi removida e encravada na cruz. Não há mais registro algum de dívida nem paira acusação sobre nós. Quando os principados e potestades olham para nós, veem o sangue de Cristo. 


A EPÍSTOLA DE PAULO A FILEMOM

 Amor ágape – o último estágio

    do crescimento de vida 

    O cuidado da igreja pelo apóstolo Paulo expressa o profundo amor entre os irmãos. A Epístola a Filemom apresenta o amor ágape, que é o caminho para alcançarmos o último estágio de nosso crescimento de vida. O amor é, também, o alicerce para o aperfeiçoamento dos irmãos, com vistas à edificação da igreja. Estejamos “arraigados e alicerçados em amor” (Ef 3:17). O alicerce refere-se à edificação, e a raiz relaciona-se ao crescimento de vida; somos “lavoura e edifício de Deus” (1 Co 3:9). À medida que a vida divina cresce em nós, nós nos tornamos o edifício de Deus, Sua habitação. 


    Um dia o edifício de Deus será concluído, e não haverá materiais espalhados pelo terreno, pois todos estarão no devido lugar. A edificação se dá por meio do encabeçamento de Cristo. Na consumação desta era, Ele encabeçará todas as coisas do universo. Todavia para nós isso já é realidade, pois o encabeçamento de Cristo começa pela igreja. Nosso viver, nosso relacionamento com os irmãos e com as demais pessoas devem estar debaixo desse encabeçamento, assim como tudo o que fizermos. 


    O apóstolo Pedro descreveu, em sua epístola, o processo de crescimento da vida divina em nós, que se inicia com a fé. Assim, devemos associar com a fé, a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; e com a piedade, a fraternidade, isto é, o amor fraternal (2 Pe 1:5-7). Contudo há outro patamar a ser alcançado, que é o amor ágape. Esse amor é manifestado na igreja. Quanto mais crescemos na vida divina, mais manifestamos o amor ágape, pois Deus é amor (1 Jo 4:16). Para que nada atrapalhe nosso crescimento, devemos perdoar uns aos outros. O Senhor perdoou nossa dívida, perdoemos também nossos conservos (Mt 18:23-35). Que não haja soberba, altivez ou conflito no relacionamento com os irmãos, pois somos membros uns dos outros.


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