sexta-feira, 6 de junho de 2014

A REVELAÇÃO DO MUNDO QUE HÁ DE VIR

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - SEXTA-FEIRA

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 10: As verdades na forma da letra [4] – (2 Co 3:6)

Leitura bíblica: Jó 38:7; Is 14:12; Ez 28:14, 17

Ler com oração: Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós (1 Pe 5:6-7).

A REVELAÇÃO DO MUNDO QUE HÁ DE VIR

Todas as epístolas escritas por Paulo versam sobre algum aspecto da economia neotestamentária de Deus. Embora existam controvérsias, a autoria da Epístola aos Hebreus também pode ser atribuída a Paulo, pois seu conteúdo possui profunda relação com as verdades apresentadas nas demais epístolas escritas por ele. Diante disso, podemos afirmar que Paulo escreveu catorze epístolas, incluindo Hebreus, que nos mostra uma visão universal do plano de Deus.
Em Hebreus 2:5-8 lemos: “Pois não foi a anjos que sujeitou o mundo que há de vir, sobre o qual estamos falando; antes, alguém, em certo lugar, deu pleno testemunho, dizendo: Que é o homem, que dele te lembres? Ou o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste e o constituíste sobre as obras das tuas mãos. Todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus pés. Ora, desde que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou fora do seu domínio. Agora, porém, ainda não vemos todas as coisas a ele sujeitas”.
Esses versículos nos remetem à manifestação do reino dos céus, anunciado pelo próprio Senhor Jesus, durante Seu ministério terreno. O reino dos céus, em sua manifestação, portanto, é o mundo que há de vir, descrito nesses versículos. Essa é a esfera onde o Senhor Jesus e Seus vencedores exercerão plenamente a autoridade e governo divinos sobre toda a terra na época do reino milenar.
Podemos concluir com base em toda a Bíblia que, antes da criação do homem, o mundo de outrora foi governado por anjos (Jó 38:7; Is 14:12). Dentre eles um arcanjo, Lúcifer, representava a autoridade de Deus na terra (Ez 28:14), tendo sido dotado com muitas habilidades. Todavia Lúcifer se rebelou em seu coração contra Deus, pelo que foi julgado e lançado por terra (v. 17). Em seguida ele corrompeu o mundo de outrora com sua natureza pecaminosa, de tal modo que a primeira criação precisou ser julgada, e toda a criação existente na terra naquela época foi destruída. Sendo assim, o governo dos anjos falhou, pois não foram capazes de exercer o governo divino, por causa do orgulho e ambição que permeavam a alma de Lúcifer.
O Senhor constantemente nos adverte acerca dos perigos de vivermos em nós mesmos, pois desse modo inevitavelmente sucumbiremos ao orgulho e ambição. Isso porque fomos contaminados com a natureza pecaminosa e caída de Satanás em nossa carne (Rm 7:20), e, como consequência, a nossa alma é cheia de coisas negativas (v. 15). Somente quando nos enchemos da vida de Deus a nossa alma pode ser esvaziada dessas coisas (8:6). Que o Senhor nos guarde de todo orgulho e ambição, bem como de todas as coisas que nos impedem de herdarmos Suas promessas.


Ponto-chave: O Senhor deseja que sejamos participantes de Seu reino.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

A ECONOMIA NEOTESTAMENTÁRIA DE DEUS NAS EPÍSTOLAS DE PAULO (2)

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - QUINTA-FEIRA

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 10: As verdades na forma da letra [4] – (2 Co 3:6)

Leitura bíblica: Gl 1:1-7, 15; Ef 3:4-10; Fp 2:12; Cl 1:15-19; 2:2

Ler com oração: Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus (Fp 3:12).

A ECONOMIA NEOTESTAMENTÁRIA DE DEUS NAS EPÍSTOLAS DE PAULO (2)

Ao estudarmos as epístolas de Paulo, percebemos que existe uma perfeita conexão entre elas, pois foram escritas com base na visão celestial da economia neotestamentária que ele recebeu. Podemos ilustrar essa conexão utilizando a figura de um avião, considerando suas principais partes integrantes, bem como os meios necessários para seu voo. Faremos isso destacando o conteúdo de algumas de suas epístolas.
Iniciamos com a Epístola aos Gálatas, que, ao discorrer basicamente sobre a economia neotestamentária de Deus, é comparada à fuselagem do avião. Nessa carta Paulo descreve a base do plano de Deus ao nos predestinar, resgatando-nos do mundo (1:4, 15), nutrindo-nos com Sua vida e fazendo-nos crescer e amadurecer (4:1-5), a fim de nos tornar herdeiros de Sua promessa (vs. 6-7).
Efésios e Colossenses podem ser comparados respectivamente às asas deste avião. Aos efésios, Paulo escreveu acerca do mistério de Cristo, a igreja (Ef 3:4-10). Nessa carta, a igreja é descrita de várias formas, como: o Corpo de Cristo (1:22-23); Sua obra-prima (2:10); o novo homem (v. 15); a família de Deus (v. 19); o edifício e habitação de Deus (vs. 20-22); e a noiva de Cristo (5:25-32). Nessa epístola Paulo também apresentou princípios do viver cristão (4:17-32), abrangendo o viver da igreja tanto na esfera da comunhão entre os santos, como no viver familiar, social e na batalha espiritual. Essas verdades descrevem como deve ser a prática de nosso viver cristão, apontando todas as áreas que estão abrangidas.
Colossenses, por sua vez, expõe o mistério de Deus, Cristo (Cl 2:2). O enfoque nessa epístola é apresentar Cristo como a plenitude de Deus, o princípio e o primogênito de todas as coisas (1:15-19), o cabeça da igreja (v. 18). Logo, da mesma forma como um avião necessita de duas asas para alçar voo, essas duas epístolas, Efésios e Colossenses, são indispensáveis para compreendermos a economia neotestamentária de Deus, ou seja, a execução do plano divino no Novo Testamento.
Assim como a fuselagem e as asas são indispensáveis, um avião também necessita de uma pista de decolagem adequada. Nesse caso, essa pista pode ser ilustrada pela carta escrita a Filemom, na qual fica evidente a prática do amor entre os irmãos. O amor é a base para que possamos avançar, “levantando voo”. Essa base precisa ser nivelada, sólida e iluminada.
Por fim, temos o livro de Filipenses, que revela Cristo como sendo nossa meta, nosso destino final. Devemos rejeitar todas as coisas que nos desviem de nossa meta, deixando para trás nosso passado, temores, experiências boas e ruins, e avançar para nossa pátria celestial (3:20-21). Essa é a nossa meta e destino, e hoje nos esforçamos para desenvolver nossa salvação (2:12), para ganhar a Cristo (3:8). Louvado seja o Senhor!


Ponto-chave: A visão da economia neotestamentária nos conduz para o reino.

A ECONOMIA NEOTESTAMENTÁRIA DE DEUS NAS EPÍSTOLAS DE PAULO (1)

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - QUARTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 10: As verdades na forma da letra [4] – (2 Co 3:6)

Leitura bíblica: Ef 1:1-4; 3:4-10; Fp 1:2; 3:14; Cl 2:2, 9; 4:9; Fm 12

Ler com oração: E preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja (Cl 1:24b).

A ECONOMIA NEOTESTAMENTÁRIA DE DEUS NAS EPÍSTOLAS DE PAULO (1)

Na prisão em Roma, Paulo conheceu Onésimo, um escravo que havia fugido da cidade de Colossos após furtar Filemom, que era seu senhor (Cl 4:9; Fm 9-10).
Paulo, então, escreveu uma carta para Filemom em favor de Onésimo, filho este que havia gerado entre algemas: “Ele, antes, te foi inútil; atualmente, porém, é útil, a ti e a mim. Eu to envio de volta em pessoa, quero dizer, o meu próprio coração. [...] Pois acredito que ele veio a ser afastado de ti temporariamente, a fim de que o recebas para sempre, não como escravo; antes, muito acima de escravo, como irmão caríssimo, especialmente de mim e, com maior razão, de ti, quer na carne, quer no Senhor. Se, portanto, me consideras companheiro, recebe-o, como se fosse a mim mesmo. E, se algum dano te fez ou se te deve alguma coisa, lança tudo em minha conta” (vs. 10-18).
Paulo não somente possuía o conhecimento das verdades, mas também amava verdadeiramente as pessoas. Desse modo, ele pôde ajudar Onésimo, uma pessoa inútil, que, depois de ter crido no Senhor, foi transformado pela vida de Deus em uma pessoa útil. Esse fato mostra o cuidado amoroso de Paulo para com as pessoas.
Além da carta a Filemom, enquanto esteve preso em Roma, Paulo escreveu outras epístolas para as igrejas em Éfeso, Colossos e Filipos. Essas quatro epístolas, Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom, são essenciais para a compreensão das verdades neotestamentárias.
A Epístola aos Efésios revela a economia de Deus, ou seja, Seu plano de salvação para o homem. No capítulo 1 vemos a obra do Pai em sua predestinação, nos escolhendo para a filiação (vs. 4-5); a obra do Filho nos redimindo (vs. 6-7) e a obra do Espírito nos selando (vs. 13-14). Mais adiante, destaca o mistério de Cristo, a igreja (Ef 3:4-10) e o viver prático da vida cristã (caps. 4-5).
A carta aos Colossenses nos fala acerca do mistério de Deus, Cristo (Cl 2:2), em quem habita corporalmente toda a plenitude divina (v. 9).
Ao escrever para os Filipenses, o apóstolo destaca a importância de perseverarmos em nossa carreira, lutando pela fé evangélica (1:27), avançando para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (3:14). A ordem é avançar! O Senhor está à nossa espera, sempre nos chamando e nos encorajando a perseverar. Ele jamais desistirá de nós. Glória a Deus!
Passados alguns anos após sua prisão em Roma, Paulo recebeu autorização para visitar algumas igrejas. Nesse período, enquanto viajava, escreveu mais quatro cartas, que foram: 1ª e 2ª Timóteo; Tito; e, provavelmente, Hebreus. Essas são suas últimas epístolas, nas quais ele busca corrigir a situação anormal das igrejas naqueles tempos, pois haviam se desviado das verdades por darem atenção à filosofia e tradições religiosas.


Ponto-chave: Manifestar o amor de Deus cuidando dos irmãos.

terça-feira, 3 de junho de 2014

O INÍCIO DO MINISTÉRIO EPISTOLAR DE PAULO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - TERÇA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 10: As verdades na forma da letra [4] – (2 Co 3:6)

Leitura bíblica: At 21:17-27, 31; 24:27; 25:9; 27:1, 13-26; 28:1-6, 10, 16

Ler com oração: Eu, porém, cantarei a tua força; pela manhã louvarei com alegria a tua misericórdia; pois tu me tens sido alto refúgio e proteção no dia da minha angústia (Sl 59:16).

O INÍCIO DO MINISTÉRIO EPISTOLAR DE PAULO

Durante suas viagens ministeriais, Paulo levantou diversas igrejas pelas cidades por onde passou. Ao contatar as pessoas, pregava-lhes o evangelho, levando-as a invocar o nome do Senhor Jesus. Desse modo, ele desempenhou seu ministério edificador de igrejas. No final de sua terceira viagem, Paulo foi para Jerusalém levando consigo as ofertas das igrejas da Macedônia e Acaia para suprir as necessidades da igreja ali (At 21:17-26).
Depois disso, tendo passado alguns dias em Jerusalém, foi reconhecido no templo pelos judeus da Ásia, que se indignaram com sua presença (v. 27), a ponto de quererem matá-lo (v. 31). Paulo, então, foi preso pelos romanos em Jerusalém, mas, por possuir cidadania romana, foi transferido para Cesareia, onde se apresentou ao governador Félix para expor sua defesa. Passados dois anos de sua prisão (24:27), Paulo apresentou-se a Festo, substituto de Félix, que pretendia deixar que ele fosse julgado pelos judeus (25:9). Diante disso, Paulo resolveu apelar para ser julgado por César, imperador de Roma.
Pouco tempo depois, partiu para Roma juntamente com outros presos (27:1). No entanto, em certo momento da viagem, a embarcação na qual estavam foi apanhada por uma tempestade. A tripulação e os demais prisioneiros temiam um naufrágio, pois a força do vento era muito forte (vs. 13-20). Contudo Paulo os acalmava, afirmando-lhes que não temessem por suas vidas (vs. 21-26). Ficaram à deriva por mais de catorze dias, quando o barco encalhou próximo a uma enseada. Finalmente todos conseguiram se salvar. Em terra, logo descobriram que estavam em uma ilha chamada Malta, onde foram acolhidos pelos habitantes nativos (28:1-2).
O Senhor de fato é maravilhoso e grande em misericórdia, pois em meio a tamanha tempestade guardou não somente a Paulo, como também todos os que estavam com ele no navio. Ainda em Atos 28:3-6, vemos o cuidado permanente do Senhor, quando livrou Paulo de morrer após uma víbora ter-se prendido em sua mão. Todos ao seu redor imaginavam que a qualquer momento ele fosse morrer, todavia isso não aconteceu. Louvado seja o Senhor, pois todas as adversidades pelas quais passamos são oportunidades para o poder de Deus se manifestar por meio de nós.
Enquanto esteve em Malta, ele ainda realizou curas e certamente pregou o evangelho aos habitantes locais. Por causa de seu testemunho, Paulo, que era considerado um simples prisioneiro, naquele momento era honrado por aquelas pessoas e, até mesmo, pela guarda romana (v. 10).
Após conseguirem embarcar em outro navio, depois de mais alguns dias chegaram a Roma, onde Paulo recebeu autorização para aguardar seu julgamento em uma casa alugada por ele (v. 16). Mesmo estando em prisão domiciliar, Paulo pregava o evangelho para as pessoas que o visitavam, bem como para os soldados pretorianos que o guarneciam, e muitos foram salvos. Esse é o poder da vida divina, que se manifesta em todo lugar, independentemente da situação. Aleluia!


Ponto-chave:  As adversidades são oportunidades para a manifestação do poder de Deus.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

A IMPORTÂNCIA DO MINISTÉRIO DO APÓSTOLO PAULO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - SEGUNDA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 10: As verdades na forma da letra [4] – (2 Co 3:6)

Leitura bíblica: At 19:11; 20:31; 21:27-35

Ler com oração: Segundo uma revelação, me foi dado conhecer o mistério, conforme escrevi há pouco, resumidamente; pelo que, quando ledes, podeis compreender o meu discernimento do mistério de Cristo (Ef 3:3-4).

A IMPORTÂNCIA DO MINISTÉRIO DO APÓSTOLO PAULO

Nesta semana nos aprofundaremos no conteúdo das verdades neotestamentárias. Louvamos ao Senhor pela revelação dessas verdades nas epístolas do apóstolo Paulo. Podemos afirmar que a maior parte de todas as verdades neotestamentárias, relacionadas às visões que ele recebeu, foi registrada em suas epístolas.
Em 2 Coríntios 3:6 lemos que o Senhor “nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica”. Ao dizer que fomos habilitados por Deus para sermos ministros de uma nova aliança, do espírito, e não da letra, o apóstolo nos adverte acerca do perigo de analisarmos a Palavra de maneira superficial, enfatizando a letra.
Alguns estudiosos possuem um conceito errôneo acerca das verdades neotestamentárias. Eles enfatizam as epístolas de Paulo por considerarem que estas merecem mais atenção que as demais por possuírem maior conteúdo e profundidade. De fato, as epístolas de Paulo perfazem mais da metade do Novo Testamento, uma vez que, dos vinte e sete livros, catorze são de sua autoria.
O seu conteúdo possui importância imensurável, pois está baseado nas visões que ele recebeu diretamente de Deus. Nesses últimos tempos, pela misericórdia e graça divinas, percebemos que o Novo Testamento possui duas linhas ministeriais, sendo a primeira relacionada ao ministério dos discípulos que estiveram com o Senhor Jesus e a segunda, ao ministério de Paulo.
Nesta semana iremos adentrar mais no conteúdo das cartas de Paulo. Suas primeiras seis epístolas, antes de sua prisão em Jerusalém (At 21:27-35), foram: Romanos; Gálatas; 1ª e 2ª Coríntios; e 1ª e 2ª Tessalonicenses. Essas epístolas foram escritas durante suas três primeiras viagens. Em sua terceira viagem Paulo chegou até Éfeso, onde permaneceu por três anos (20:31), fazendo a obra do Espírito. Ali realizou muitos milagres diante das pessoas, de forma que elas eram curadas de suas enfermidades e libertas da opressão de espíritos malignos (19:11). Esse também foi o período em que Paulo dedicou mais tempo ensinando as verdades neotestamentárias (vs. 9-10).
Graças ao Senhor por todas as experiências vividas por Paulo em suas três primeiras viagens, que o inspiraram a escrever suas seis primeiras epístolas. Ele foi fiel à visão que recebeu e registrou em cartas o que recebeu do Senhor. Nesse período, mesmo tendo passado por várias tribulações, Paulo ainda tinha liberdade para realizar suas viagens, levando a cabo seu ministério de edificar igrejas.


Ponto-chave: Deus nos habilitou para sermos ministros do Espírito.

domingo, 1 de junho de 2014

MINISTROS DA NOVA ALIANÇA

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - DOMINGO

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 9: As verdades na forma da letra [3] – (2 Co 3:6)

Leitura bíblica: 1 Co 15:45; Cl 1:15, 19

Ler com oração: Aquele que nos confirma convosco em Cristo e nos ungiu é Deus, que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração (2 Co 1:21-22). Não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam (Rm 10:12).

MINISTROS DA NOVA ALIANÇA

Como ministros da nova aliança, fomos ungidos pelo Espírito. No Antigo Testamento, os sacerdotes eram consagrados e comissionados para exercer seu ofício com o óleo sagrado da unção. No Novo Testamento, trata-se de O Espírito, que é o Espírito que dá vida (1 Co 15:45). Ele é todo-inclusivo, pois inclui o Pai, o Filho e o Espírito Santo, mas não se limita a isso. Ele também contém os elementos da obra do Senhor Jesus como homem. No Espírito há o viver humano do Senhor, Sua morte e ressurreição, bem como o poder que elas têm sobre o inimigo.
Como as medidas do óleo sagrado da unção envolvem os números três e quatro, no Espírito está o Deus Triúno e também a criação. Podemos dizer, então, que em O Espírito temos a divindade de Cristo e Sua humanidade, pois Ele é antes de todas as coisas e Nele habita toda a plenitude da divindade; Ele é o primogênito de toda a criação (Cl 1:15, 19).
Fomos feitos ministros da nova aliança. Quando temos contato com a Palavra de Deus, desejamos que essa Palavra se torne viva e abundante em nós. Não somos ministros da letra, isto é, não queremos apenas saber o que está escrito na letra. Queremos a realidade do Espírito e extrair vida da Palavra para sermos fortalecidos e praticarmos o que há nela em nosso viver diário. Dessa maneira seremos transformados. Essa deve ser nossa atitude diante das verdades bíblicas. Esse é o sentido prático de sermos ministros do Espírito.
A obra do Deus Triúno foi consumada em O Espírito. Deus Pai criou o universo e tudo o que nele há. Ele também nos predestinou para a filiação. O Filho, por Sua vez, passou pelo processo de morte e ressurreição, realizando a obra redentora em nosso favor. Em Sua morte, Ele eliminou o problema do pecado e destruiu aquele que tem o poder da morte; em Sua ressurreição, fomos ressuscitados juntamente com Ele. Não podemos mensurar quão rico é O Espírito. Ainda assim, podemos desfrutar todas Suas riquezas simplesmente invocando o nome do Senhor Jesus e tomando a Palavra em oração, no espírito.


Ponto-chave: O Espírito nos traz vida em abundância.

sábado, 31 de maio de 2014

TUDO O QUE PRECISAMOS ESTÁ EM O ESPÍRITO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - SÁBADO

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 9: As verdades na forma da letra [3] – (2 Co 3:6)

Leitura bíblica:  Gl 5:22-25

Ler com oração:  Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita. [...] Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis. [...] O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus (Rm 8:11, 13, 16).

TUDO O QUE PRECISAMOS ESTÁ EM O ESPÍRITO

Poucos cristãos possuem o entendimento da distinção entre o Espírito Santo e O Espírito, mostrada e simbolizada pelo óleo sagrado da unção. Enquanto o azeite puro de oliveira representa o Espírito Santo, o óleo composto da unção representa O Espírito, que é todo-inclusivo, incluindo o Deus Triúno – Pai, Filho e Espírito Santo – com Sua divindade, bem como a humanidade do Senhor Jesus, agregando Suas experiências humanas e Suas virtudes. Nele também há a morte e ressurreição de Cristo e o poder e a eficácia de Sua obra sobre o inimigo. Todas essas experiências estão incluídas em O Espírito.
Isso significa que tudo o que precisamos está em O Espírito. Se, por exemplo, clamamos a Deus como nosso Pai, temos acesso a Ele mediante o Espírito (Rm 8:15; Ef 2:18). Quando negamos a nós mesmos, nos humilhando, experimentamos, pelo Espírito, a morte de Cristo operando em nós (Rm 8:13). Quando estamos no espírito, o Senhor Espírito tem liberdade para nos transformar mediante Sua vida (2 Co 3:17-18). Em resumo, o Espírito não nos foi dado de maneira restrita, apenas para manifestações exteriores, como dons espirituais ou falar em línguas; antes, ele tem como principal função nos transmitir a vida de Deus para que frutifiquemos em nosso viver cotidiano (Gl 5:22-25).
Se vivermos no espírito, onde habita O Espírito, a vida de Deus alcançará todo nosso ser e transformará cada aspecto de nosso viver (Rm 8:6, 9-11). É nesse contexto que nos tornamos verdadeiros ministros do Espírito, ministros da nova aliança. Não somos ministros da letra, mas ministros do Espírito que dá vida (2 Co 3:6). Nele temos tudo o que precisamos para praticar a Palavra em nosso viver diário e, desse modo, agradar a Deus.


Ponto-chave:  Todas as riquezas do Deus Triúno estão em O Espírito.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

UNGIDOS PARA PROCLAMAR O EVANGELHO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - SEXTA-FEIRA

SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 9: As verdades na forma da letra [3] – (2 Co 3:6)

Leitura bíblica: Sl 133; 1 Jo 2:27

Ler com oração:  Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros (Hb 1:9). Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1 Pe 2:9).

UNGIDOS PARA PROCLAMAR O EVANGELHO

A base do óleo sagrado da unção era um him de azeite de oliveira. Esse azeite permite a mistura das especiarias, formando o óleo composto da unção. Os estudiosos da Bíblia afirmam que o azeite de oliveira se refere ao Espírito de Deus. Notamos, então, que o óleo sagrado da unção não era azeite puro, somente líquido, mas sim o azeite mesclado a quatro especiarias, formando um unguento complexo e intenso. Isso significa que O Espírito hoje dispensado a nós não é apenas o Espírito Santo, pois também contém as riquezas espirituais de todo processo pelo qual o Deus Triúno passou, desde tornar-se homem, Seu viver humano, Sua morte e ressurreição. Nele temos a divindade de Cristo e também Sua humanidade. Temos o poder de Sua morte e o poder de Sua ressurreição. Temos tudo em O Espírito!
Quando o SENHOR ordenou a Moisés que comissionasse Arão com a função de sumo sacerdote, Ele o orientou a ungi-lo com o óleo sagrado da unção (Êx 30:30). Ao receber a unção, Arão foi consagrado para ministrar diante do SENHOR em favor do povo de Israel, fazendo as ofertas e servindo a Deus no santuário.
No salmo 133 vemos a forma como a unção foi derramada sobre o sacerdote para consagrá-lo: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes” (vs. 1-2). Esse óleo, como um unguento, desce lentamente desde a cabeça, passando pela barba de Arão, até alcançar a orla de suas vestes, isto é, toda extensão de seu corpo.
No Novo Testamento, o Senhor Jesus nos é apresentado como nosso Sumo Sacerdote misericordioso (Hb 2:17-18; 3:1). Enquanto Arão recebeu o sacerdócio terreno, o Senhor Jesus foi comissionado com o sacerdócio celestial e superior. O óleo da unção sobre a cabeça de Arão tipifica a unção de Cristo, nosso Cabeça; além disso, o óleo sagrado descendo gradualmente para a barba de Arão e alcançando as extremidades de sua veste indica que a unção é para todo o Corpo de Cristo, isto é, para todos nós que cremos em Cristo (1 Jo 2:27).
Ao recebermos o Espírito, somos consagrados a Deus para exercer a função de sacerdotes e reis. Como sacerdotes, nós O servimos, levando os homens a Deus. Para sermos reis e cooperarmos com o Senhor, necessitamos dia a dia obedecer a unção do Espírito, levando a vida de Deus até as pessoas. Esse Espírito é todo-inclusivo, pois Nele está a natureza divina mesclada às virtudes humanas elevadas do Senhor Jesus. O Espírito nos capacita a ministrar diante de Deus e dos homens. Por meio do Espírito, todos somos ungidos para sermos sacerdotes neotestamentários a fim de proclamar às pessoas o evangelho, as virtudes e riquezas do Senhor Jesus (1 Pe 2:9).


Ponto-chave:  Ungidos pelo Espírito.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

FACE A FACE COM O SENHOR

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - QUINTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 9: As verdades na forma da letra [3] – (2 Co 3:6)

Leitura bíblica: Êx 26:31-33

Ler com oração: Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne (Hb 10:19-20). E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito (2 Co 3:18).


FACE A FACE COM O SENHOR


No óleo sagrado da unção há especiarias medidas em três grupos de quinhentos siclos cada. A primeira representa Deus Pai; a segunda, o Filho; e a terceira, o Espírito Santo, pois o número três na Bíblia simboliza o Deus Triúno. Como vimos anteriormente, a segunda unidade de quinhentos siclos, dividida em duas de duzentos e cinquenta siclos, se refere ao Filho de Deus, que foi partido por nossa causa.
Sobre essa repartição e seu significado para nós, podemos fazer um paralelo com o véu que separava o Santo Lugar do Santo dos Santos no tabernáculo no Antigo Testamento. Dentro do santuário, havia quatro colunas para sustentar esse véu (Êx 26:31-33). Essas colunas formavam três entradas, que simbolizam o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Segundo a Epístola aos Hebreus, o véu representa a carne do Senhor Jesus (10:19-20).
Quando o Senhor morreu na cruz, algo extraordinário ocorreu no santuário: “E Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito. Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se as rochas; abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram; e, saindo dos sepulcros depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. O centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus” (Mt 27:50-54). Na ocasião em que o Senhor morreu, o véu se rasgou de alto a baixo. Podemos inferir que, nesse momento, abriu-se a entrada do meio do Santo dos Santos, que se refere ao Filho, cujo corpo foi partido na cruz por amor a nós.
A morte do Senhor Jesus nos abriu um novo e vivo caminho para termos acesso direto à presença de Deus. Antes, para se encontrar com Deus, era necessário que o sumo sacerdote da casa de Arão adentrasse o véu do santuário cumprindo uma série de requisitos do serviço levítico no Antigo Testamento. Era a antiga aliança, segundo a qual o homem se relacionava com Deus baseado nas leis e ordenanças dadas pelo SENHOR a Moisés. Mas hoje podemos ter intrepidez para entrar no Santo dos Santos, indo à presença de Deus em nosso espírito, pois o véu já foi rasgado e o sangue de Cristo foi derramado em nosso favor. Em Cristo, Deus e o homem se mesclaram para nos abrir um novo e vivo caminho, para estarmos face a face com a glória do Senhor (2 Co 3:18). Aleluia!


Ponto-chave:  Em Cristo temos um novo e vivo caminho.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

O SIGNIFICADO DAS QUATRO ESPECIARIAS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - QUARTA-FEIRA

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 9: As verdades na forma da letra [3] – (2 Co 3:6)

Leitura bíblica: Mt 26:39, 42; Jo 19:39; Fp 3:10; Hb 2:14

Ler com oração: Iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes [...] qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos (Ef 1:18a-20a). Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo (1 Co 15:57).


O SIGNIFICADO DAS QUATRO ESPECIARIAS

Vejamos hoje o significado das quatro especiarias que compõe o óleo sagrado da unção. A primeira é a mirra fluida. Nos tempos antigos, essa substância era utilizada para embalsamar os mortos (Jo 19:39). Por ser essencialmente amarga, tinha como efeito evitar a ação de micróbios e outros agentes causadores de deterioração. Espiritualmente, podemos dizer que a mirra se refere à morte de Cristo. Ao ser crucificado, o Senhor tomou o cálice da amargura em nosso favor (Mt 26:39, 42).
A segunda especiaria é o cinamomo odoroso, oriundo da casca de uma árvore. Por ser facilmente percebido devido ao seu perfume, esse elemento tipifica a eficácia da morte do Senhor (Hb 2:14).
O terceiro componente é o cálamo aromático, uma planta que cresce em regiões pantanosas e tem uma haste longa. Por se desenvolver em um ambiente assim, podemos dizer que espiritualmente ela representa a ressurreição do Senhor. As águas paradas do pântano representam a morte. Assim como a planta sobressai à água parada para crescer, o Senhor venceu a morte, mediante a vida de ressurreição (1 Co 15:55-57). Aleluia!
O quarto ingrediente é a cássia que, como o cinamomo, também tem origem na casca de uma árvore e possui um perfume intenso. Essa especiaria era usada como repelente de insetos e serpentes, e representa a eficácia e o poder da ressurreição do Senhor (Ef 1:19-20; Fp 3:10).
Como vimos no dia anterior, o número quatro simboliza todos os seres criados. A Palavra de Deus afirma que o Senhor Jesus é o primogênito de toda criação (Cl 1:15). Como homem, Ele nasceu do ventre de Maria, viveu uma vida humana perfeita, sem pecado e por nossa causa foi à cruz para que, por Sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte. Todavia, no terceiro dia, o Senhor Jesus ressuscitou, sendo o primogênito de entre os mortos (v. 18). Por isso essas quatro especiarias se referem à humanidade de Cristo e, de maneira mais específica, à Sua morte e ressurreição e ao poder que elas têm sobre o inimigo de Deus.


Ponto-chave: O poder da morte e da ressurreição de Cristo.

terça-feira, 27 de maio de 2014

O ESPÍRITO E O ÓLEO SAGRADO DA UNÇÃO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - TERÇA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 9: As verdades na forma da letra [3] – (2 Co 3:6)

Leitura bíblica: Êx 30:22-33; Dt 4:35; 1 Sm 16:13; Mt 27:50-51; Hb 10:19

Ler com oração:  O Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1:14a). O último Adão tornou-se o Espírito que dá vida (1 Co 15:45b – lit.). O Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade (2 Co 3:17). Aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele (1 Co 6:17).


O ESPÍRITO E O ÓLEO SAGRADO DA UNÇÃO

Conforme a revelação bíblica, o Espírito Santo é representado, no Antigo Testamento, pelo azeite de oliva, enquanto O Espírito tem como tipologia o óleo sagrado da unção, um unguento composto que inclui o azeite de oliva mais outras especiarias. Cada componente do óleo da unção possui um significado próprio, que não devemos apenas conhecer na letra, mas desfrutar com realidade em nosso espírito.
A composição desse óleo se origina no próprio Deus: “Disse mais o SENHOR a Moisés: Tu, pois, toma das mais excelentes especiarias: de mirra fluida quinhentos siclos, de cinamomo odoroso a metade, a saber, duzentos e cinquenta siclos, e de cálamo aromático duzentos e cinquenta siclos, e de cássia quinhentos siclos, segundo o siclo do santuário, e de azeite de oliveira um him” (Êx 30:22-24).
De acordo com a tipologia bíblica, o azeite de oliveira representa o Espírito de Deus como a base do unguento (Gn 1:2; 1 Sm 16:13). Um him desse azeite simboliza que há um só Deus (Dt 4:35; 1 Tm 2:5). A ele foram acrescentadas quatro especiarias, a saber: mirra fluida, cinamomo odoroso, cálamo aromático e cássia. As medidas da primeira e da última especiarias, ou seja, de mirra fluida e de cássia, são de quinhentos siclos cada. As medidas da segunda e terceira especiarias, respectivamente, cinamomo odoroso e cálamo, eram de duzentos e cinquenta siclos cada, que, somadas, formam uma unidade de quinhentos siclos.
Segundo a tipologia, o número três se refere ao Deus Triúno – Pai, Filho e Espírito Santo. Dessa maneira, a primeira medida de quinhentos siclos tipifica Deus Pai; a terceira medida representa o Espírito Santo; enquanto a segunda medida (dividida em duas partes) representa o Filho. A repartição dos quinhentos siclos em porções de duzentos e cinquenta siclos para as duas especiarias do meio (cinamono e cálamo) aponta para a morte do Senhor Jesus na cruz, em que Ele foi partido por amor a nós. Quando o Senhor Jesus morreu, o véu do santuário se rasgou de alto a baixo, indicando que, por meio da obra redentora de Cristo, ganhamos livre acesso à presença de Deus no Santo dos Santos (Mt 27:50-51; Hb 10:19).
Quando a Bíblia, por sua vez, se refere ao número quatro, este simboliza o ser humano, que é a parte líder dos seres criados (Ez 1:5). Além disso, aos olhos de Deus, o Senhor Jesus, como homem, é o primogênito da criação (Cl 1:15). Podemos, então, dizer que o número quatro na composição do óleo da unção se refere à humanidade de Cristo.
Portanto as medidas do óleo sagrado da unção e o número de seus componentes indicam que, em Cristo, a divindade se mesclou com a humanidade criada resultando em um unguento composto maravilhoso que é O Espírito (Mt 1:18; Jo 1:14; 14:16-17). Em Cristo, Deus se uniu ao homem. Então, depois que se tornou Homem, Jesus viveu segundo a vontade do Pai, morreu na cruz e ressuscitou ao terceiro dia. Agora o Senhor é o Espírito (2 Co 3:17), o Espírito que dá vida, para transmitir a vida de Deus a todo homem que Nele crê, e mesclar Sua natureza divina com a natureza humana (1 Co 15:45b). Por meio do Espírito o homem pode se unir a Deus (6:17).


Ponto-chave: Em Cristo, Deus se uniu ao homem! Pelo Espírito, o homem se une a Deus!

segunda-feira, 26 de maio de 2014

NOSSA ATITUDE DIANTE DA PALAVRA DE DEUS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - SEGUNDA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 As verdades na forma da letra [3] – (2 Co 3:6)

Leitura bíblica: Mt 1:18, 20; Jo 6:63; 7:39; 2 Co 3:6b; Ef 3:3; Ap 22:17
Ler com oração: Quanto ao mais, irmãos meus, alegrai-vos no Senhor. A mim, não me desgosta e é segurança para vós outros que eu escreva as mesmas coisas (Fp 3:1). Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes (Jo 13:17).


NOSSA ATITUDE DIANTE DA PALAVRA DE DEUS

O tema desta série do Alimento Diário é “Nossa atitude para com as verdades”. Nesse contexto, nosso foco ao ter contato com a Palavra de Deus não é apenas conhecer as verdades bíblicas, mas principalmente praticá-las em nosso viver.
De fato, quanto mais temos contato com a Palavra de Deus no espírito, ruminando-a e nela meditando, mais ganhamos da vida de Deus. Porém, se nossa atitude diante das verdades bíblicas for apenas de obter o conhecimento da letra, deixamos de receber o acréscimo da vida divina em nosso espírito. Por isso a atitude de um ministro da nova aliança, um ministro do Espírito, deve ser de buscar extrair vida da Palavra e, no espírito, praticá-la, mesmo que já tenha ouvido várias vezes uma mensagem ministrada sobre determinado assunto.
O apóstolo Paulo escreveu, em uma de suas epístolas, que era segurança para os destinatários que ele lhes escrevesse as mesmas coisas (Fp 3:1). Essas coisas são, na verdade, o registro da revelação divina que ele recebeu, isto é, da economia neotestamentária de Deus (2 Co 12:1-4; Ef 3:3). Somos gratos ao Senhor pelas catorze epístolas de Paulo, pois, por meio delas, a revelação do eterno plano de Deus chegou até nós em forma escrita.
Agora, essa Palavra em forma escrita, isto é, na forma de letra, precisa se tornar vida para nós. Para isso, ao lermos as epístolas de Paulo, bem como toda a Bíblia, devemos fazê-lo no espírito e pelo Espírito, invocando o nome do Senhor e lendo-orando o conteúdo dos versículos a fim de extrair vida das Escrituras; do contrário, permaneceremos apenas com o mero conhecimento da letra, que mata (2 Co 3:6).
Nesta semana, procuraremos desenvolver o significado e aplicação dos termos “o Espírito Santo” e “O Espírito”, usados no Novo Testamento.
O Novo Testamento começa fazendo menção ao “Espírito Santo” quando fala sobre a concepção do Senhor Jesus no ventre da virgem Maria (Mt 1:18, 20). Mais tarde, vemos a menção do termo “O Espírito” referido pelo próprio Senhor Jesus (Jo 6:63; 7:39; Ap 2:17; 22:17). Não se trata de dois Espíritos, mas sim da inclusão, ao Espírito Santo, de itens da obra do Senhor Jesus, como tornar-se um homem, viver a vida humana segundo a vontade do Pai, morrer e ressuscitar. O resultado desse processo pelo qual o Senhor Jesus passou, a Bíblia chama de O Espírito, que também é chamado de o Espírito que dá vida ou Espírito da verdade (1 Co 15:45b; Jo 14:16-17). Por meio de O Espírito ganhamos a vida de Deus, e tudo o que o Senhor é, fez, realizou e alcançou se torna real para nós. Graças ao Senhor!


Ponto-chave:  O Espírito.

domingo, 25 de maio de 2014

UMA TRANSFORMAÇÃO MARAVILHOSA!

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 8 - DOMINGO

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 As verdades na forma da letra [2] – (2 Co 3:6)

Leitura bíblica: At 9:1-16; 22:6-16

Ler com oração: Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas, por esta mesma razão, me foi concedida misericórdia, para que, em mim, o principal, evidenciasse Jesus Cristo a sua completa longanimidade, e servisse eu de modelo a quantos hão de crer nele para a vida eterna (1 Tm 1:15-16).


UMA TRANSFORMAÇÃO MARAVILHOSA!

Depois que o Senhor apareceu a Saulo no caminho para Damasco, ele ficou cego, e as pessoas o tomaram pela mão e o introduziram na cidade. A notícia da chegada de Saulo, o principal perseguidor dos que invocavam o nome do Senhor, certamente já havia chegado a Damasco, e os irmãos ali deveriam estar apreensivos. Quando o Senhor em visão disse a Ananias que fosse ver Saulo na casa onde estava hospedado, ele Lhe respondeu: “Senhor, de muitos tenho ouvido a respeito desse homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e para aqui trouxe autorização dos principais sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome” (At 9:13-14).
Ananias, sabedor da fama de Saulo, retrucou. Todavia o Senhor lhe disse que fosse assim mesmo, pois Paulo era um instrumento escolhido para levar o Seu nome, não somente aos judeus, mas também aos gentios (vs. 15-16). Ao chegar aonde Saulo estava e expor-lhe a visão que recebera do Senhor, Ananias lhe disse: “Saulo, irmão, o Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas, para que recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo” (v. 17). Nesse momento, seus olhos se abriram, e Saulo voltou a ver. Depois Ananias afirmou: “E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele” (22:16). Logo Paulo se dispôs e, em Damasco, começou a pregar a Jesus como o Cristo.
Desse modo, aquele que prendia os que invocavam o nome do Senhor tornou-se mais um para propagar esse nome maravilhoso. Não tardou para que se iniciasse uma perseguição dos judeus contra ele. Que transformação maravilhosa houve na vida de Paulo!
Aquele que antes perseguia os cristãos, naquele momento dizia que, por ele mesmo, não era capaz de pensar alguma coisa, como se partisse dele; pelo contrário, sua suficiência vinha de Deus. Ele que, antes, era um ministro da letra foi habilitado para ser ministro de uma nova aliança, do espírito. Antes, como ministro da velha aliança, da letra, o resultado era só morte; agora, como ministro do Espírito, seu encargo era suprir a vida de Deus aos outros (2 Co 3:5-6).
Os ministros da nova aliança devem sempre exercitar o espírito, pois a letra mata, mas o Espírito dá vida. Uma maneira simples de voltar ao espírito e exercitá-lo é invocar o nome do Senhor. Podemos dizer que invocar o nome do Senhor e levar outros a fazê-lo é um ministério. Os doze apóstolos aparentemente foram forçados a parar esse ministério em Jerusalém por causa da perseguição dos judeus. O Senhor, contudo, levantou Paulo para dar prosseguimento e ajudar muitos outros a invocar o Seu nome. Em outras palavras, esse serviço, ou ministério, não podia parar.
Hoje também devemos ser ministros da nova aliança, voltando-nos sempre ao espírito, onde habita o Espírito que dá vida. Quanto mais invocarmos o nome do Senhor, mais salvos seremos e mais da vida divina provaremos. Aleluia!


Ponto-chave:  De perseguidor a perseguido, por causa do nome do Senhor.

PREPARAR O DESERTO, PREGANDO O EVANGELHO DO REINO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 8 - SÁBADO

Leitura bíblica: Ap 12:14-16

Ler com oração: "Estai vós de sobreaviso, porque vos entregarão aos tribunais e às sinagogas; sereis açoitados, e vos farão comparecer à presença de governadores e reis, por minha causa, para lhes servir de testemunho. Mas é necessário que primeiro o evangelho seja pregado a todas as nações" (Mc 13:9-10).


PREPARAR O DESERTO, PREGANDO O EVANGELHO DO REINO

Vimos ontem que, embora almeje que todos os Seus filhos cresçam em vida e se tornem vencedores, o Senhor também se preocupa com o restante de Seu povo, por isso providenciou um lugar para que seja guardado da grande tribulação.

Se atentarmos para o desenho do continente norte-americano, veremos uma águia que não se encontra em pleno voo, mas está em posição de pouso, tal qual um avião se preparando para a aterrissagem. Se olharmos atentamente para o mapa-múndi, perceberemos que a águia, representada pelo continente norte-americano, está pousando em direção à América do Sul. Com isso, podemos inferir que o continente sul-americano é o deserto preparado por Deus para receber Seu povo durante os três anos e meio da grande tribulação.

Cremos, então, que o continente sul-americano será o lugar onde o povo de Deus poderá se abrigar da fúria do grande dragão vermelho. No entanto apenas ter esse conhecimento não é suficiente. Devemos, ainda, ter uma reação a essa palavra. Mesmo sendo nosso desejo fazer parte do filho varão, ainda precisamos lembrar que o Senhor está preparando a América do Sul para receber a mulher universal, o remanescente do povo de Deus.

De posse dessa visão, precisamos renovar nosso encargo pela pregação do evangelho da graça aos incrédulos e do evangelho do reino ao povo de Deus, ajudando-os a se preparar para o Dia da vinda do Senhor. Se tivermos essa disposição, o Senhor terá caminho para produzir mais vencedores entre nós e semear nas pessoas o temor a Deus pelo evangelho. Assim, quando chegar a época da grande tribulação, os que amadurecerem na vida divina já terão sido arrebatados, e os que estiverem aqui temerão a Deus e serão refúgio para o remanescente do povo de Deus.

Ponto-chave:  Crescer em vida e se tornar vencedor antes da grande tribulação.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

UM INÍCIO INTENSO, A PERSEGUIÇÃO E UM APARENTE FRACASSO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 8 - SEXTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 8: As verdades na forma da letra [2] – (2 Co 3:6)

Leitura bíblica: At 2:42-47; 8:1, 4; 11:9; 12:1-17

Ler com oração: No dia em que eu te invocar, baterão em retirada os meus inimigos; bem sei isto: que Deus é por mim (Sl 56:9). Amo o SENHOR, porque ele ouve a minha voz e as minhas súplicas. Porque inclinou para mim os seus ouvidos, invocá-lo-ei enquanto eu viver (116:1-2).



UM INÍCIO INTENSO, A PERSEGUIÇÃO E UM APARENTE FRACASSO

O início da vida da igreja em Jerusalém foi muito intenso, pois os que invocavam o nome do Senhor estavam juntos. Espontaneamente, começaram a se reunir no templo e de casa em casa. Quer publicamente, quer em particular, eles invocavam o nome do Senhor. Atos 2:42-47 descreve o viver inicial dos santos em Jerusalém assim: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”. Que vida da igreja! Um viver familiar, cheio de simplicidade e amor fraternal, resultante daqueles que invocam o nome do Senhor.
Todavia, depois da morte de Estêvão e da perseguição que se levantou contra os santos em Jerusalém, muitos se dispersaram. Além disso, é bem provável que os que ficaram não conseguiam mais invocar o nome do Senhor publicamente como antes.
Vemos isso quando Pedro também foi preso após Tiago ser martirizado. Ao ser liberto da prisão pelo anjo do Senhor, ele dirigiu-se para a casa de Maria, mãe de João Marcos, onde muitas pessoas estavam congregadas, orando por ele. Ao chegar ali, porém, encontrou a porta trancada. Pedro até mesmo ficou de fora da casa por um tempo, batendo à porta, pois não criam que fosse ele (At 12:5, 12-16). É bem possível que essa reunião de oração fosse às ocultas, num pavimento inferior, como um porão ou subterrâneo, por isso a porta estava trancada e eles demoraram a vir atender.
Alguns podem pensar que essa perseguição no início da igreja resultou num fracasso. No entanto, ao contrário, foi uma grande vitória, pois o nome do Senhor foi propagado em outros lugares. Os que foram dispersos, porque não podiam mais invocar publicamente o nome do Senhor em Jerusalém, levavam o evangelho pelas cidades por onde passavam. O resultado é que nas cidades ao derredor de Jerusalém muitos começaram a invocar o nome do Senhor.
Quando invocamos o nome do Senhor, voltamo-nos ao nosso espírito, onde habita o Espírito de Deus, que nos dá vida (Rm 8:9, 11). Essa vida é a vida divina, que nos traz paz e alegria. Por isso eles preferiram sair de Jerusalém e invocar o nome do Senhor em outros lugares. Louvamos o Senhor por viver nesta era em que podemos invocar o Seu nome livremente e ainda levar outros a fazer o mesmo. Desse modo, não apenas nós somos vivificados, mas podemos levar a vida de Deus para todos.


Ponto-chave:
Um viver de invocar o nome do Senhor.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

OS ANTECEDENTES DA CONVERSÃO DE SAULO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 8 - QUINTA-FEIRA

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 8: As verdades na forma da letra [2] – (2 Co 3:6)

Leitura bíblica: At 7:58-59; 8:1a, 3; 9:14, 21; 22:3; Gl 1:14; Fp 3:5-6

Ler com oração: Sou grato para com aquele que me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-me para o ministério, a mim, que, noutro tempo, era blasfemo, e perseguidor, e insolente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade (1 Tm 1:12-13).


OS ANTECEDENTES DA CONVERSÃO DE SAULO

Vimos ontem que os discípulos tiveram intrepidez para falar aos cultos habitantes de Jerusalém e aos judeus de todas as partes do mundo. Após orarem de maneira unânime e se esvaziarem de suas próprias coisas e pontos de vista, aqueles simples galileus ficaram cheios do Espírito. Com toda ousadia, Pedro se levantou e mencionou a profecia de Joel com respeito ao derramamento do Espírito nos últimos dias. Ao citá-la, porém, ele mostrou o ponto mais importante dessa profecia: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (2:17-21).
Vimos também que a partir de então, os que creram, começaram a invocar o nome do Senhor. Mais tarde Estêvão e alguns dos discípulos foram escolhidos para servir na igreja em Jerusalém. Eles eram pessoas cheias do Espírito, pois, certamente, também invocavam o nome do Senhor. Se, por um lado, isso nos dá gozo e intrepidez na fé, por outro, essa prática também incomoda o inimigo de Deus. Por isso logo começou a perseguição aos que invocavam o nome do Senhor, sendo que Saulo tornou-se um dos principais perseguidores.
Saulo aparece pela primeira vez no relato de Lucas por ocasião da morte de Estêvão. Ele ainda era jovem, por isso, talvez, não tinha idade para participar de um apedrejamento (At 7:58). O livro de Atos, porém, enfatiza que ele consentia na sua morte (8:1a).
Saulo avantajava-se a muitos da sua idade quanto ao judaísmo (Gl 1:14). Ele fora instruído aos pés de Gamaliel (At 22:3), conhecido mestre da lei, e se tornou fariseu, isto é, membro da seita mais ortodoxa de sua época. Saulo fora circuncidado ao oitavo dia; era da linhagem de Israel, hebreu de hebreus, da tribo de Benjamim. Além de tudo isso, por causa de seu zelo, sua devoção ao judaísmo e a tradição de seus pais, ele perseguia a igreja (Fp 3:5-6).
Então, após a morte de Estêvão, levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém, e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judeia e Samaria. Enquanto isso, Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere (At 8:1b, 3). Assim, ele se tornou conhecido por perseguir e prender em Jerusalém os que invocavam o nome do Senhor (9:14, 21). Apesar disso, o Senhor já o havia escolhido para ser um instrumento para levar o Seu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel, e também para sofrer por esse nome. Que misericórdia e sabedoria!


Ponto-chave:
Misericórdia e sabedoria de Deus.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

GALILEUS CHEIOS DO ESPÍRITO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 8 - QUARTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 8: As verdades na forma da letra [2] – (2 Co 3:6)

Leitura bíblica: At 1:2-3, 14; 2:1-4, 14-21

Ler com oração: Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra (At 1:8).


GALILEUS CHEIOS DO ESPÍRITO

Antes de Sua ascensão, o Senhor apareceu aos Seus discípulos durante quarenta dias, falando-lhes das coisas relativas ao reino (At 1:3). Ele também lhes disse que permanecessem em Jerusalém até que o Pai cumprisse Sua promessa e lhes enviasse o Espírito (v. 4). Eles obedeceram à palavra do Senhor e perseveraram unânimes em oração por dez dias (v. 14). Não era fácil para esses cento e vinte galileus ficarem juntos e orarem por tanto tempo – poucos dias antes, alguns estavam discutindo quem seria o maior (Mc 9:34). Quando se cumpriu o dia de Pentecostes, porém, eles, que já haviam recebido o Espírito Santo dentro deles (Jo 20:22) e, por meio da oração, se esvaziado de si mesmos, estavam prontos para receber o derramento do Espírito exteriormente.
Naquele dia, a promessa do Pai foi cumprida, e todos ficaram cheios do Espírito Santo, passando a falar em outras línguas (At 2:1-4). Esse foi o derramamento exterior do Espírito para revesti-los de poder. Foi por isso que esses galileus tiveram tanta coragem para falar do Senhor Jesus diante das pessoas em Jerusalém. A Galileia era uma região desprezada, e Jerusalém era a capital e a maior cidade de Israel. Eles precisavam ser revestidos de poder para falar num ambiente onde o público tinha uma cultura tão elevada.
Ao pregar para aqueles judeus vindos de várias partes do mundo, Pedro e os onze estavam cheios do Espírito por dentro e por fora, a ponto de terem a ousadia de dizer: “Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo” (v. 36). O Espírito Santo, derramado sobre eles, deu-lhes o poder para falar o evangelho aos moradores de Jerusalém, os mesmos que quarenta dias antes estavam diante de Pilatos, gritando: “Crucifica-o! crucifica-o!” (Lc 23:21).
O que atraiu a atenção desses judeus vindos de diversas nações e os deixou admirados foi que eles ouviam, cada um em sua língua, o que os discípulos falavam (At 2:9-11). Alguns, porém, zombando, falavam que os discípulos deviam estar embriagados (v. 13). Foi nesse momento que Pedro se levantou com os onze e começou a pregar-lhes o evangelho.
Pedro lhes afirmou que eles não estavam embriagados, e sim cheios do Espírito (vs. 14-18), e que ali estava se cumprindo a profecia dita por Joel, segundo a qual nos últimos dias o Espírito de Deus seria derramado e haveria várias manifestações. Porém a profecia também mostrava que, para ser salvo e ganhar a vida divina, aquelas manifestações não eram suficientes. Se alguém quisesse ser salvo, precisava tão somente fazer uma coisa: invocar o nome do Senhor (v. 21).
A partir daquele momento, bem no início da vida da igreja em Jerusalém, muitos começaram a invocar o nome do Senhor. No mesmo dia, quase três mil pessoas foram batizadas. Mais tarde o número dos homens que creram, chegou a quase cinco mil (4:4). Com esse acontecimento, os líderes do judaísmo não estavam nada contentes. Em seu zelo e, não sabendo o que fazer com os que criam no nome de Jesus, começaram a persegui-los. O Senhor, no entanto, já havia predito que eles seriam perseguidos, e, baseados nisso, os discípulos permaneceram firmes. Além disso, essa perseguição demonstrou a providência do Senhor para ganhar um vaso que seria muito útil em Suas mãos: o apóstolo Paulo.
Podemos ver a partir desses fatos que, ao nos esvaziar, somos cheios do Espírito e ganhamos intrepidez para testemunhar a palavra do Senhor em qualquer circunstância. Também vemos que, quando invocamos o nome do Senhor, até mesmo as perseguições serão usadas para o Senhor cumprir Seu propósito.


Ponto-chave:
Esvaziar-nos de nós mesmos para ser enchidos pelo Espírito.

terça-feira, 20 de maio de 2014

DIÁCONOS CHEIOS DO ESPÍRITO E DA PALAVRA

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 8 - TERÇA-FEIRA

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 8: As verdades na forma da letra [2] – (2 Co 3:6)

Leitura bíblica: At 6:1-14; Fp 1:1; 1 Tm 3:1, 8

Ler com oração: Irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço (At 6:3).


DIÁCONOS CHEIOS DO ESPÍRITO E DA PALAVRA

Na igreja temos o desempenho de dois ofícios: os presbíteros, que são os irmãos responsáveis e exercem a liderança, ministram a Palavra e administram a igreja; e também os diáconos, que são designados para auxiliar no cuidado da igreja e exercer os demais tipos de serviço (Fp 1:1; 1 Tm 3:1, 8; Tt 1:5; 1 Pe 5:1-3). O livro de Atos relata como surgiram esses dois ofícios no Novo Testamento.
No dia de Pentecostes, quando Pedro e os onze se levantaram para falar acerca do Senhor Jesus e Sua redenção, quase três mil foram salvos e passaram a se reunir. Dentre tantas pessoas, muitos precisavam de maiores cuidados, como as viúvas, que necessitavam ser alimentadas. Aparentemente, no início, eram os apóstolos que distribuíam a comida entre elas. Como aumentou o número de fiéis, os apóstolos ficaram sobrecarregados, pois, por um lado, precisavam ir à Palavra, preparando os ensinamentos; por outro, tinham de se preocupar com a distribuição de alimentos (At 6:1-3).
Diante daquelas dificuldades, foram escolhidos diáconos para substituí-los naquele serviço. Os apóstolos puderam, então, dedicar-se à oração e ao ministério da Palavra (v. 4). Naquele momento foram escolhidos sete diáconos para cuidar dos serviços de distribuição de alimentos. Eles, porém, não apenas cuidavam de coisas práticas, mas também eram cheios do Espírito e de sabedoria (vs. 5-6).
Mesmo para cuidar de serviços mais simples na igreja, os apóstolos exigiram que fossem homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria. Dentre eles, havia um chamado Estêvão, que falava com muita intrepidez e supria as pessoas com seu falar.
Aparentemente Estêvão era um simples diácono, que cuidava apenas das questões práticas, mas o livro de Atos nos mostra que seu falar era tão prevalecente que suscitou inveja por parte dos judeus, os quais armaram uma estratégia para matá-lo (vs. 9-14).
Em Atos 7 encontramos Estêvão falando ao Sinédrio. Suas palavras apresentaram um resumo da história de seu povo desde Abraão, passando por Moisés, Davi, os profetas, e chegando até o Justo, que é o Senhor Jesus. Por causa de suas palavras francas, os que compunham aquele Sinédrio o condenaram ao apedrejamento. Ao ser apedrejado, porém, Estêvão, cheio do Espírito Santo, invocava e dizia: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito!” (v. 59). Depois, ajoelhado, clamou em alta voz: “Senhor, não lhes imputes este pecado!” (v. 60), e adormeceu. O sentimento de Estêvão era o mesmo do Senhor ao ser crucificado: orar pelos inimigos. Isso nos mostra que aqueles que invocam o nome do Senhor expressam o amor de Deus até mesmo pelos inimigos.
Entre os que assistiam ao apedrejamento, havia um jovem chamado Saulo, aos pés de quem as testemunhas deixaram suas vestes. Esse Saulo que consentia com a morte de Estêvão mais tarde tornou-se o apóstolo Paulo (At 22:20).
Estêvão foi o primeiro mártir no livro de Atos. Um pouco antes de morrer ele fez uma declaração muito especial: “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus” (7:56). Sua declaração é única em todo o Novo Testamento. Várias passagens mencionam que o Senhor assentou-se à destra do trono de Deus (Mc 16:19; Hb 8:1; 10:12; 12:2). No episódio do apedrejamento de Estêvão, todavia, o Senhor estava em pé, mostrando Seu amor, cuidado e interesse pelos que sofrem pelo nome Dele.
Por vezes, ao passar por sofrimentos e tribulações, pensamos que o Senhor não está atento à nossa situação; estamos enganados: o Senhor se preocupa conosco todo o tempo, especialmente quando sofremos pelo Seu nome!


Ponto-chave:
Servir cheios do Espírito.

domingo, 18 de maio de 2014

A VIDA DA IGREJA E O CRESCIMENTO ESPIRITUAL

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 7 - SÁBADO


NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 7: As verdades na forma da letra [1] – (2 Co 3:6)

Leitura bíblica: Dt 30:19; Mt 16:25-26

Ler com oração: No tocante ao amor fraternal, não há necessidade de que eu vos escreva, porquanto vós mesmos estais por Deus instruídos que deveis amar-vos uns aos outros. [...] Contudo, vos exortamos, irmãos, a progredirdes cada vez mais (1 Ts 4:9-10b).


A VIDA DA IGREJA E O CRESCIMENTO ESPIRITUAL

Temos visto que a verdade mais importante que praticamos é invocar o nome do Senhor. Quando invocamos, passamos a viver no espírito e ganhamos a vida que está no Espírito de Deus. Se invocarmos o nome do Senhor continuamente e negarmos nossa vida da alma, a vida divina crescerá em nós, e nos tornaremos úteis ao Senhor na vida da igreja.

Devido a diferentes interpretações da Palavra de Deus, o homem deturpou o significado da palavra “igreja”. A igreja não é um templo, um lugar físico, mas algo orgânico e dinâmico que promove uma esfera de crescimento espiritual em cada um de nós. Por isso devemos viver a vida da igreja de maneira mais ativa, e não de maneira fechada, como no passado, quando usávamos nossos locais de reuniões apenas algumas vezes por semana.
Para ter uma vida da igreja mais dinâmica, passamos a promover o Bookafé. Percebemos que, se cuidássemos apenas dos irmãos do nosso meio, não estaríamos cooperando com o Senhor para apressar Sua volta. Embora no início, ao falar sobre o Bookafé, tenhamos recebido alguma oposição de pessoas que não entenderam seu significado e objetivo, depois de alguns anos, até mesmo aqueles que resistiam, estão vendo a importância desse espaço para a divulgação de livros espirituais saudáveis. Em muitos lugares, além de ser usado para a pregação do evangelho do reino e como ponto de divulgação dos livros que promovem a Fé, o Bookafé ainda tem sido usado como local de reuniões da igreja e como um lugar que promove a comunhão entre os filhos de Deus. Graças a Deus por isso!

De qualquer maneira, o importante é que, onde estivermos, procuremos cultivar a genuína vida da igreja, negando a vida da alma e invocando o nome do Senhor. Negar a nós mesmos é uma escolha que podemos ou não fazer; se o fizermos, ganharemos vida (Dt 30:19). Todavia, se preservarmos nossas preferências, opiniões e modo de ser naturais, perderemos a salvação de nossa alma, que é diferente da salvação do nosso espírito (Mt 16:25-26). Infelizmente muitos ainda servem na igreja usando sua própria capacidade e maneira de fazer as coisas, mas isso não está correto. Se aproveitarmos as situações que surgem no viver da igreja para negar nossa vida da alma, ganharemos mais da vida de Deus, e Ele será glorificado.


Ponto-chave: "A genuína vida da igreja: negar a si mesmo e invocar o nome do Senhor".

O CAMINHO PARA O CRESCIMENTO DA VIDA DIVINA

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 7 - DOMINGO

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 7: As verdades na forma da letra [1] – (2 Co 3:6)

Leitura bíblica: Sl 119:105; Mt 7:24-27; Jo 13:17; Tg 1:22-25

Ler com oração: Despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma (Tg 1:21).


O CAMINHO PARA O CRESCIMENTO DA VIDA DIVINA

No passado trabalhávamos com a meta de levantar um determinado número de igrejas, pois, para nós, a igreja era o objetivo final de Deus. No entanto vimos que o viver da igreja hoje visa preparar-nos para reinar com Cristo no mundo que há de vir. Nessa preparação é imprescindível que cresçamos espiritualmente e amadureçamos na vida de Deus. Mateus 16:24 nos revela que, no viver prático da igreja, precisamos negar a nós mesmos. Essa é a maneira de seguirmos o Senhor e o caminho para o crescimento da vida de Deus em nós. Além disso, quanto mais negarmos nossa vida da alma, mais úteis seremos para o Senhor nesta era e também na vindoura.
Não podemos nos contentar com a salvação inicial, tampouco devemos estacionar em nossa busca cristã. Precisamos avançar! Por isso o Senhor nos mostrou a necessidade de anunciar o reino, por meio da pregação do evangelho, para que mais filhos de Deus sejam despertados a buscar o crescimento espiritual e a preparar-se para a vinda do Senhor, a fim de se tornarem os vencedores que irão reinar com Cristo no mundo vindouro.
O que vimos nesta semana é uma pequena parte da atitude que devemos ter para com as verdades. Por muitos anos, antes de conhecermos o Senhor, éramos controlados pela vida da alma, que nos levava a pecar e a fazer coisas que entristeciam a Deus. Mesmo depois de nossa salvação, ainda vivíamos por nós mesmos, independentes de Deus, fazendo tudo segundo nossa própria vontade, insistindo em nossas opiniões e achando que sempre tínhamos razão. Contudo o Senhor nos iluminou (Sl 119:105)! Sua Palavra nos mostrou que o mais importante não é conhecer as verdades, mas praticá-las (Mt 7:24-27;
Jo 13:17; Tg 1:21-25). Dessa maneira, a Fé objetiva, que são as verdades contidas no Novo Testamento, pode se tornar nossa fé subjetiva, transformando nosso viver. Ó Senhor Jesus!


Ponto-chave:
Renunciar, no presente, à nossa vida da alma.