sábado, 15 de fevereiro de 2014

A PRÁTICA DE INVOCAR O NOME DO SENHOR NO BRASIL

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 5 - SÁBADO

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 21: Andar na verdade [1] – (2 Jo 1-4)
Leitura bíblica: Jo 6:63; 1 Co 12:1-3; Ef 1:3-14; 1 Jo 5:12

Ler com oração:  Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome (Jo 20:30-31).

A PRÁTICA DE INVOCAR O NOME DO SENHOR NO BRASIL

Na década de 1970, essa prática foi trazida para o Brasil. No início, não foi fácil, pois não tínhamos o hábito de invocar o nome do Senhor. O servo de Deus veio nos visitar uma vez e, percebendo nossa dificuldade em invocar o nome do Senhor, chamou os jovens e os ajudou nessa prática. Os jovens aprenderam e continuaram invocando o Senhor constantemente. Depois disso, nós também passamos a invocar e até hoje praticamos o que ele nos ensinou. Aprendemos que, quando invocamos o nome do Senhor, estamos no espírito (1 Co 12:3). Não somente o Espírito Santo está em nós, mas o Espírito da realidade, o próprio Deus Triúno habita em nós. Assim, experimentamos Deus Pai, o Filho e o Espírito Santo. Aleluia!
Embora em outros lugares a prática de invocar o nome do Senhor tenha passado, no Brasil e na América do Sul nós permanecemos invocando o nome do Senhor desde meados de 1970 até hoje. Ao invocarmos o nome do Senhor, estamos no espírito e, assim, ganhamos mais da vida de Deus. Quando temos o Filho, temos a vida de Deus (1 Jo 5:12). No espírito, desfrutamos do amor do Pai, da obra do Filho e do selar do Espírito Santo (Ef 1:3-14).
Em 1 Coríntios 12:1-3, vemos que ninguém pode dizer “Senhor Jesus” senão pelo Espírito Santo. O Espírito é que dá vida (Jo 6:63). Além disso, temos vida em Seu nome (20:31). Logo, por meio da prática de invocar o nome do Senhor, ganhamos mais da vida divina. Invocar o nome do Senhor é uma evidência de que a vida de Deus foi concedida a nós. Quanto mais invocamos, mais da vida de Deus temos em nós; por fim a manifestação dessa vida é o amor. Por causa desse amor acolhemos as pessoas e lhes anunciamos o evangelho.
Quando comecei a servir na obra aqui no Brasil, havia outros cooperadores além de mim. Na verdade, eu os acompanhava por onde iam, mas não tomava a frente, pois eu não sabia falar. Uma vez, a igreja em Belo Horizonte me convidou para ministrar uma conferência. Eu disse a eles que não seria possível, pois os irmãos cooperadores haviam viajado. Mas eles insistiram em que eu mesmo ministrasse a conferência. Como eu não sabia o que fazer, telefonei para o irmão Samuel Ma. Ele me encorajou a ir, e oramos por três dias. Assim, fui a Belo Horizonte acompanhado de um grupo de jovens de Ribeirão Preto. A partir de então, esses jovens passaram a me acompanhar nas conferências regionais. Depois, eles entraram nas universidades, e em todo lugar pregaram o evangelho. Dessa maneira o Senhor acrescentou muitas pessoas.
Invocar o nome do Senhor é um ministério que o Senhor nos confiou no Brasil. Por isso, onde quer que vamos, procuramos ajudar os irmãos a invocar o nome do Senhor. Mesmo que em outros lugares as pessoas tenham parado de praticar isso, nós permaneceremos praticando esse ministério até a vinda do Senhor. Todavia não devemos nos orgulhar, mas permanecer humildes, fiéis ao que o Senhor nos confiou. Ó Senhor Jesus!

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

A RESTAURAÇÃO DA PRÁTICA DE INVOCAR O NOME DO SENHOR

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 5 - SEXTA-FEIRA

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 21: Andar na verdade [1] – (2 Jo 1-4)
Leitura bíblica: Rm 6:4; Rm 7:6

Ler com oração: Darei lábios puros aos povos, para que todos invoquem o nome do SENHOR e o sirvam de comum acordo (Sf 3:9).

A RESTAURAÇÃO DA PRÁTICA DE INVOCAR O NOME DO SENHOR

A prática de invocar o nome do Senhor foi restaurada, na história recente da igreja, em meados da década de 60, nos Estados Unidos. Naquela época, um servo de Deus teve um anelo: que todos os que buscavam o Senhor se congregassem em um só lugar, não importando sua origem doutrinária, se fundamentalista ou pentecostal. Ele esperava que todos pudessem se reunir no mesmo lugar, praticando a unidade da igreja. Por isso alugou um grande salão de reuniões na cidade de Los Angeles.
Era muito difícil naquela época que irmãos de grupos diferentes se reunissem e permanecessem juntos. Cada um tinha suas próprias práticas e não tolerava uma conduta diferente. Dessa maneira, havia muitos conflitos e muitos se retiravam dessas reuniões.
As reuniões conduzidas pelo servo do Senhor em Los Angeles eram feitas em frente ao batistério. Após ministrar a Palavra, havia orações e, se alguém desejasse ser batizado, o batistério era descoberto e utilizado na mesma oportunidade. Por causa do impacto da palavra ministrada naqueles dias, muitos irmãos que haviam sido batizados anteriormente por aspersão sentiram a necessidade de se batizar por imersão, para que experimentassem o sepultamento do velho homem.
Certo dia, porém, durante o ministério da Palavra, um irmão simplesmente entrou no batistério, sentindo-se desesperado por sua condição espiritual. Ele já havia sido batizado antes, mas se sentia velho espiritualmente.
Sabemos que o batismo é representado pela travessia do Mar Vermelho, pois por meio dele morremos para o mundo, de uma vez por todas, e nascemos para Deus. Porém, mesmo após ter a vida consagrada ao Senhor, podemos envelhecer. Então o Senhor revelou que, depois de cruzarmos o Mar Vermelho, ainda temos de cruzar o rio Jordão. Nem todos que saíram do Egito entraram em Canaã. Muitos dos filhos de Israel caíram no deserto por causa de sua incredulidade. Somente a nova geração, salvo Josué e Calebe, pôde atravessar o rio Jordão, para desfrutar da novidade em Canaã. Isso significa que cruzar o rio Jordão representa enterrar a velharia, negar a vida da alma e deixar as coisas antigas para trás, a fim de desfrutar da novidade de vida e servir a Deus em novidade de espírito (Rm 6:4; 7:6).
Naquela ocasião, ao ver o irmão dentro do batistério dizendo que se sentia velho espiritualmente, o servo de Deus ficou preocupado, pois sabia que não poderia batizá-lo novamente. Então perguntou: “Ó Senhor, o que devo fazer?” E repetiu várias vezes: “Ó Senhor! Ó Senhor!” Ele estava invocando o nome do Senhor, sem perceber, por conta da situação de desespero em que se encontrava aquele irmão. Então todos ali foram tomados do mesmo sentimento e começaram a invocar: “Ó Senhor! Ó Senhor Jesus!”.
Foi assim que passaram a invocar o nome do Senhor. No início, a prática ainda soava um pouco mecânica, com os irmãos marchando e falando: “Ó Senhor! Amém! Aleluia!”, mas pouco a pouco o Espírito conduziu a igreja a invocar o nome do Senhor de maneira mais espontânea.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

PERSEGUIDOS POR INVOCAR O NOME DO SENHOR

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 5 - QUINTA-FEIRA

MENSAGEM 21: Andar na verdade [1] – (2 Jo 1-4)
Leitura bíblica: Jo 17:21; 20:30-31; At 7:58-59; 1 Co 6:11

Ler com oração: À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso (1 Co 1:2).

PERSEGUIDOS POR INVOCAR O NOME DO SENHOR

Por conta da perseguição promovida pelos judeus, muitos cristãos temiam invocar o nome do Senhor na igreja em Jerusalém. Os que invocavam publicamente eram perseguidos e presos. Por esse motivo, aqueles que estavam cheios do Espírito deixaram a cidade, indo a outros lugares, como a região da Judeia e Samaria, a fim de anunciar a Palavra de Deus. A Bíblia registra que, por ocasião da perseguição, os cristãos foram dispersos para outras regiões, exceto os apóstolos. Estes, por permanecerem em Jerusalém, já não invocavam o nome do Senhor publicamente com a intrepidez que tinham no início.
Imaginamos que os apóstolos permaneceram em Jerusalém para apascentar os recém-convertidos, mas o fato é que, como deixaram de invocar o nome do Senhor com ousadia, pouco a pouco o ministério de invocar o nome do Senhor foi deixado de lado por eles.
Em razão disso, o Senhor precisou levantar outra pessoa para continuar esse ministério. Sabemos que, nessa época, Saulo era um jovem fariseu zeloso da lei e das tradições judaicas. Quando Estevão foi apedrejado, ele estava lá e presenciou que Estevão invocava o nome do Senhor durante seu martírio (At 7:58-59).
Saulo ainda não entendia quem era o Senhor. Respirando ameaças contra os discípulos do Senhor, ele pediu autorização dos principais sacerdotes para ir a Damasco a fim de lançar na prisão aqueles que invocavam o nome do Senhor. Foi no caminho de Damasco que uma grande luz brilhou ao seu redor. Era o Senhor Se revelando a Saulo e lhe mostrando que, ao perseguir os que invocavam o nome do Senhor, ele estava perseguindo o próprio Senhor Jesus.
Diante dessa palavra, entendemos que, ao invocarmos o nome do Senhor, não apenas somos salvos, como também nos identificamos com o Senhor e Ele se identifica conosco de tal maneira que somos um com Ele, e Ele conosco (Jo 17:21). Além disso, ficamos cheios do Espírito, temos vida e somos libertos das coisas que nos prendiam no passado! (20:30-31; 1 Co 6:11). Por isso devemos perseverar invocando o nome do Senhor até que Ele venha!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

TODO AQUELE QUE INVOCAR O NOME DO SENHOR SERÁ SALVO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 5 - QUARTA-FEIRA

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 21: Andar na verdade [1] – (2 Jo 1-4)
Leitura bíblica:  At 1:8; 2:1, 14-21; 4:4

Ler com oração:  Tomai conhecimento, vós todos e todo o povo de Israel, de que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está curado perante vós. Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular. E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos (At 4:10-12).

TODO AQUELE QUE INVOCAR O NOME DO SENHOR SERÁ SALVO

Antes que Paulo fosse designado apóstolo para os gentios, os discípulos do Senhor haviam sido comissionados pelo Espírito para pregar o evangelho até os confins da terra (At 1:8). Então, no dia de Pentecostes, eles foram batizados com Espírito Santo, sendo revestidos de poder. Os cento e vinte discípulos galileus receberam o dom do Espírito Santo após orarem por dez dias (v. 14; 2:1). Naquela ocasião, mesmo sendo incultos, foram revestidos da autoridade do Espírito para pregar, com ousadia, o evangelho de Deus. Além disso, de modo extraordinário, línguas como que de fogo desceram sobre eles e passaram a anunciar as maravilhas de Deus em outros idiomas. Isso ocorreu para que a multidão de judeus, vinda de várias partes do mundo para a Festa dos Tabernáculos, ouvisse as boas-novas do evangelho em sua própria língua materna. Esses mesmos judeus, cinquenta dias antes, tinham clamado a Pilatos pela crucificação do Senhor. Alguns dentre eles, quando ouviram as maravilhas de Deus em sua língua natal, ficaram deslumbrados, mas outros, com o coração endurecido, zombavam dos discípulos galileus, dizendo que estavam embriagados.
Nessa oportunidade, Pedro levantou-se e passou a falar usando a autoridade do Espírito: “Varões judeus e todos os habitantes de Jerusalém, tomai conhecimento disto e atentai nas minhas palavras. Estes homens não estão embriagados, como vindes pensando, sendo esta a terceira hora do dia. Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão. Mostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e glorioso Dia do Senhor. E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (At 2:14-21).
A revelação transmitida por Pedro foi esta: que todo aquele que invocasse o nome do Senhor seria salvo. Pedro prosseguiu, expondo as Escrituras com respeito à ressurreição do Senhor e Sua obra redentora. Antes, conforme a palavra revelada a Moisés, Deus exigia do homem o cumprimento das ordenanças da lei, mas agora, mediante a obra de Cristo, o homem pode ser salvo mediante a graça de Deus simplesmente invocando o Seu nome. Diante disso, o coração de muitos foi compungido e, naquele dia, cerca de três mil pessoas creram e foram batizadas no nome do Senhor Jesus. Em uma ocasião posterior, o número dos homens que creram subiu a quase cinco mil (4:4). Graças a Deus por tão grandiosa revelação! Essa foi a obra do Espírito Santo, que acrescentou muitos à igreja, os quais passaram a ter um viver comum, perseverando em comunhão e oração, partindo o pão e se reunindo de casa em casa. Eles guardavam a Palavra e o nome do Senhor.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

PREPARADO COM A REVELAÇÃO DA ECONOMIA NEOTESTAMENTÁRIA DE DEUS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 5 - TERÇA-FEIRA

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 21: Andar na verdade [1] – (2 Jo 1-4)
Leitura bíblica: 1 Tm 2:4; 2 Tm 2:2

Ler com oração: Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, sem detença, não consultei carne e sangue, nem subi a Jerusalém para os que já eram apóstolos antes de mim, mas parti para as regiões da Arábia e voltei, outra vez, para Damasco (Gl 1:15-17).

PREPARADO COM A REVELAÇÃO DA ECONOMIA NEOTESTAMENTÁRIA DE DEUS

Foi necessário que Paulo fosse arrebatado ao terceiro céu para ouvir a revelação do Espírito, porque o Senhor queria designá-lo apóstolo para os gentios. Por isso Deus o conduziu às regiões da Arábia, onde provavelmente foi arrebatado ao terceiro céu. Essa experiência foi de tal modo extraordinária, que ele não soube dizer se ela ocorreu no corpo ou fora do corpo. O fato é que o Senhor queria prepará-lo, concedendo-lhe uma nova revelação e libertando-o daquilo que tinha aprendido sobre as tradições do Antigo Testamento. Ele foi preparado ouvindo palavras inefáveis, vindas diretamente do Espírito.
Não sabemos por quanto tempo Paulo permaneceu no deserto da Arábia, recebendo revelações, mas, diante de experiências de arrebatamento semelhantes, podemos inferir que não foram poucos dias. A Bíblia registra que outro servo de Deus passou por algo parecido: Moisés, que permaneceu quarenta dias no monte Sinai, recebendo de Deus as tábuas da lei. Ali, Deus firmou a antiga aliança com o Seu povo, falando face a face com ele.
No Novo Testamento, Deus falou com Paulo, revelando-lhe Sua economia neotestamentária. Esse processo de preparação era importante para que Paulo fosse designado apóstolo dos gentios, sem a influência de seu passado como judeu e fariseu. Essas revelações vieram a ser o conteúdo de suas epístolas.
Paulo não apenas recebeu verdades, mas as transmitiu. Segundo a revelação que obteve, suas epístolas compõem mais da metade do Novo Testamento. Segundo ele, o desejo de Deus é que todos homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade (1 Tm 2:4). Além de conhecer as verdades, Paulo disse ao seu jovem cooperador, Timóteo, que essas verdades deveriam ser transmitidas a homens fiéis e idôneos para instruir a outros (2 Tm 2:2). Logo, a ênfase de Paulo era que todos os salvos deveriam conhecer as verdades reveladas pelo Espírito e transmiti-las a pessoas fiéis, capazes de retransmitir essa revelação a outros.

ILUMINADO POR DEUS E EQUIPADO COM AS VERDADES

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 5 - SEGUNDA-FEIRA

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 21: Andar na verdade [1] – (2 Jo 1-4)
Leitura bíblica: 2 Co 12:1-4; Ef 3:1-5; Cl 1:25

Ler com oração: Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem, porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo (Gl 1:11-12).

ILUMINADO POR DEUS E EQUIPADO COM AS VERDADES

As verdades bíblicas no Novo Testamento seguem duas linhas principais: uma é a dos doze apóstolos, representada principalmente por Pedro e João em sua maturidade; e outra é a de Paulo que, dentre os vinte e sete livros que compõem o Novo Testamento, escreveu catorze epístolas. Paulo foi equipado pelo Senhor Jesus para ser um apóstolo enviado aos gentios. Embora ele próprio não tivesse sido um dos doze discípulos do Senhor, obteve revelações diretamente do Espírito e foi utilizado por Deus para registrá-las em suas epístolas (Ef 3:1-5; Cl 1:25).
Em 2 Coríntios 12, Paulo registra a ocasião em que recebeu a revelação diretamente do Espírito: “Se é necessário que me glorie, ainda que não convém, passarei às visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado até ao terceiro céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) e sei que o tal homem (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis ao qual não é lícito ao homem referir. De tal coisa me gloriarei: não, porém de mim mesmo, salvo nas minhas fraquezas” (vs. 1-4). Esse episódio possivelmente ocorreu no início de seu ministério, após o tempo em que ele permaneceu em Damasco.
Sabemos que a conversão de Paulo se deu no caminho de Damasco, quando uma luz do céu brilhou ao seu redor e ele ouviu a voz do Senhor. Pouco tempo depois, um discípulo de Damasco, chamado Ananias, o visitou e lhe disse: “O Deus de nossos pais, de antemão, te escolheu para conheceres a sua vontade, veres o Justo e ouvires uma voz da sua própria boca, porque terás de ser sua testemunha diante de todos os homens, das coisas que tens visto e ouvido. E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele” (At 22:14-16). Paulo havia sido separado para o evangelho de Deus, porém ainda precisava ser equipado com as revelações para ser útil ao Senhor segundo Sua economia neotestamentária.
Graças a Deus pela luz que recebemos ao nos convertermos ao Senhor Jesus. Contudo, assim como Paulo, ainda precisamos ser equipados com as verdades do Novo Testamento e praticá-las para que possamos ser vasos úteis nas mãos do Senhor.

O ESPÍRITO NOS FARÁ LEMBRAR

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 4 - DOMINGO

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 20: O ministério de Espírito e vida [2] – (Jo 14:16, 21, 23-24, 26; Ap 1:1-3)
Leitura bíblica: Jo 14:12, 16-17, 26; 16:13-14

Ler com oração: Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito (Jo 14:26).

O ESPÍRITO NOS FARÁ LEMBRAR

Hoje o Senhor tem muitas coisas a fazer na terra, mas muitas vezes não pode contar conosco, pois não dedicamos tempo suficiente para estar em Sua presença. Por isso Ele permite situações em nossa vida para nos voltarmos à Sua presença, onde podemos receber o encargo diretamente Dele. Hebreus 6:19 nos diz que devemos lançar a âncora da nossa alma para além do véu, no Santo dos Santos, que é o nosso espírito. Além disso, precisamos de um bom depósito da Palavra, que obtemos pela leitura da Bíblia complementada pelos livros espirituais que nos trazem a presente verdade.
João 16:13 diz: “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir”. Aqui vemos que o Espírito da realidade nos guiará a toda realidade e não falará nada por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido. O que o Espírito recebeu veio do Senhor que, por sua vez, recebeu do Pai. Da mesma forma, o que falamos hoje, nós recebemos de outros irmãos que estiveram à nossa frente, e hoje temos a função não apenas de transmitir o que ouvimos, mas, principalmente, de levar outros a praticar essas palavras.
No livro de Apocalipse, o apóstolo João retrata quatro grandes visões (capítulos 1, 4, 17 e 21), que recebeu quando estava no espírito. Isso mostra que, se estamos no espírito, o Senhor fala conosco e nos mostra Sua vontade. Quando João esteve em Éfeso, não inventou um novo ministério para si, mas utilizou os escritos de Paulo e ajudou os irmãos ali a também exercitarem o espírito.
Quando o Senhor fala conosco pelo Espírito, Ele o faz baseado em Sua Palavra. Se dedicarmos um tempo diário ao contato com a Bíblia e os livros espirituais, podemos até nos esquecer do que lemos depois de um tempo, mas aquilo ficará depositado em nós, e o Espírito nos fará lembrar oportunamente, conforme haja necessidade (Jo 14:26). Ao ler a Palavra de Deus, devemos transformar os versículos em nossa oração, de forma que essa prática se torne um hábito saudável em nossa vida cristã. O mais importante não é memorizar as palavras, mas, sim, ouvir o Senhor falando conosco. Se um dia Ele precisar, nos fará lembrar de tudo o que lemos e ouvimos, pois estará armazenado em nosso espírito.
Todos nós podemos ser ministros da nova aliança. Da mesma forma que os jovens se preparam para assumirem cargos importantes quando deixarem a faculdade, hoje estamos sendo aperfeiçoados visando o reino. O desejo de Deus é nos preparar para reinar com Cristo no mundo que há de vir. Temos cantado um hino que diz que “o Senhor insiste em me fazer reinar”. Aleluia! Esse é o amor de Deus que nos quer aperfeiçoar.
Em João 14:12, o Senhor disse que faríamos obras ainda maiores das que Ele fez. Depois de morrer, ressuscitar e ascender aos céus, Ele se tornou o Espírito que dá vida e que está dentro de nós (vs. 18-20). O próprio Deus, que é a Palavra viva, está em nosso espírito! Isso nos capacita a ser Seus ministros e cumprir adequadamente a comissão de Deus para nós.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

VOLTAR AO ESPÍRITO, SER ILUMINADO PELA PALAVRA E CUMPRIR NOSSA COMISSÃO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 4 - SÁBADO


NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 20: O ministério de Espírito e vida [2] – (Jo 14:16, 21, 23-24, 26; Ap 1:1-3)
Leitura bíblica:  Jo 14:26; Rm 10:12-15; 2 Tm 4:1-2

Ler com oração:  Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina (2 Tm 4:2)

VOLTAR AO ESPÍRITO, SER ILUMINADO PELA PALAVRA E CUMPRIR NOSSA COMISSÃO

Estar com os irmãos nas reuniões da igreja e participar nas saídas para pregação do evangelho é muito positivo, mas muitas vezes falta algo em nossa experiência particular com o Senhor. Precisamos mudar nossa atitude. A leitura da Palavra, por exemplo, deve ser acompanhada de uma busca ao Senhor para que haja uma mudança em nosso viver.
Vimos nos volumes anteriores do Alimento Diário que, enquanto esteve aprisionado na ilha de Patmos, o apóstolo João aprendeu a viver e andar no espírito. Nesse período ele recebeu a Palavra de Deus e isso certamente foi luz para ele. Meditando nas palavras do Senhor Jesus, que o Espírito da realidade o fez lembrar, ele obteve luz e pôde se arrepender, permitindo que o fogo do Espírito eliminasse muitas impurezas (Jo 14:26). Dessa forma, ele foi preparado para ajudar os santos que estavam em Éfeso e conduzi-los a uma situação espiritual normal.
Semelhantemente, precisamos valorizar a Palavra, pois ela não é apenas para nos servir de alimento, mas também nos iluminar e mostrar as coisas que impedem o crescimento da vida de Deus em nós. Quando praticamos a comunhão pessoal com o Senhor e a leitura da Palavra no espírito, não temos o sofrimento exterior, mas é o fogo do Espírito que nos limpa e nos torna adequados para o ministério de que fomos incumbidos. A consequência disso é que nosso serviço e nossa pregação do evangelho serão cheios do Espírito!
Se não nos voltamos ao espírito, nosso serviço na igreja funciona apenas como um trabalho voluntário. Não há encargo e facilmente nos esquecemos de nossa comissão. Mas, quando usamos nosso espírito para manter comunhão com o Senhor, a Palavra escrita nos faz lembrar diariamente das pessoas que precisam ouvir o evangelho.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A COMUNHÃO COM DEUS E O ENCARGO PELO EVANGELHO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 4 - SEXTA-FEIRA
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 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 20: O ministério de Espírito e vida [2] – (Jo 14:16, 21, 23-24, 26; Ap 1:1-3)
Leitura bíblica:  Cl 3:16; 1 Jo 2:3-6; 3:24

Ler com oração:  Mantém o padrão das sãs palavras que de mim ouviste com fé e com o amor que está em Cristo Jesus. Guarda o bom depósito, mediante o Espírito Santo que habita em nós (2 Tm 1:13-14).

A COMUNHÃO COM DEUS E O ENCARGO PELO EVANGELHO

Hoje o Senhor está nos chamando e tem para nós uma comissão. No entanto como podemos ouvi-Lo se nosso tempo diante Dele não é suficiente? Por isso enfatizamos a importância de dedicarmos diariamente um tempo para a comunhão com o Senhor e a leitura da Palavra.
Quando João escreveu seu evangelho, tudo o que foi escrito não foi inventado por ele, mas foram palavras ditas pelo Senhor Jesus e que ficaram depositadas nele. Podemos dizer que ele guardou o bom depósito (2 Tm 1:13-14) e, por isso, quando o Espírito precisou lembrá-lo, aquelas palavras já estavam no seu interior. Da mesma forma, precisamos hoje formar esse bom depósito em nós por meio da leitura adequada da Palavra de Deus, o que nos fará bons ministros para cuidarmos das pessoas. Essa é a obra que está no coração de Deus: dispensar vida àqueles que estão ao nosso redor por meio da aplicação e prática da Palavra. Isso exige de nós um compromisso de separarmos um tempo de nosso dia para a leitura da Bíblia, invocar o nome do Senhor e também ler-orar os versículos.
Uma figura que ilustra nossa comunhão com o Senhor é a daquele ministro que, diariamente, despacha com o presidente da república para saber as próximas ações a serem tomadas em seu governo. Quando oramos ao Senhor e lemos Sua Palavra com oração, permitimos a Ele falar conosco sobre a Sua vontade para nós. Mas não podemos parar no conhecimento: essa palavra logos, que é apenas a letra, precisa ser guardada (1 Jo 2:3-6; 3:24), isto é, praticada, para que se torne rhema, a palavra que muda a nossa condição e infunde o encargo de Deus em nós.
Precisamos todos considerar qual tem sido nossa grande preocupação nos dias atuais. Há um ano estávamos na Colômbia para uma conferência, quando um irmão, que estava servindo no Equador, entrou em contato conosco e manifestou seu desejo de retornar à Colômbia, onde havia nascido, pois o evangelho avançava lentamente. Seu coração queimava e ele se sentia desesperado pela condição daquela região. Então ele retirou do bolso um mapa com a localização das igrejas em cada cidade e o número de irmãos que serviam ali. Aquele era o seu encargo! Isso nos impressionou, pois esse irmão se preocupava com aquelas cidades o tempo todo.
Se cultivarmos o hábito saudável de nos encontrarmos com o Senhor diariamente, pela Palavra e comunhão pessoal com Ele, certamente sentimento semelhante será produzido em nosso interior.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

VALORIZAR A PRESENTE VERDADE

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 4 - QUINTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 20: O ministério de Espírito e vida [2] – (Jo 14:16, 21, 23-24, 26; Ap 1:1-3)
Leitura bíblica:  Sl 119:9-11, 104-105; Hb 4:12; Ap 1:3

Ler com oração:  Por esta razão, sempre estarei pronto para trazer-vos lembrados acerca destas coisas, embora estejais certos da verdade já presente convosco e nela confirmados (2 Pe 1:12).

VALORIZAR A PRESENTE VERDADE

A leitura diária da Bíblia, acompanhada pelo Alimento Diário, nos dá uma direção para cada dia de nosso viver com o Senhor. Todavia mais importante que tomarmos conhecimento do falar atual do Senhor, por meio do Alimento Diário, é saber de onde foram retiradas essas palavras, por isso precisamos sempre ler e orar os versículos propostos para cada dia. Dessa forma o Senhor sempre vai falar conosco.
Louvado seja o Senhor, além da própria Bíblia nós temos hoje a palavra presente, que são os livros espirituais que nos trazem a palavra adequada para a necessidade de cada momento que estamos vivendo (2 Pe 1:12). Quando João voltou para Éfeso, ele tomou as palavras escritas por Paulo e ajudou os irmãos ali a praticá-las. A palavra de Deus é viva e eficaz (Hb 4:12), mas para que ela opere em nós precisamos tomá-la no espírito, por meio de invocar o nome do Senhor e pela oração.
Salmos 119:11 diz: “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti”. Esse versículo nos mostra que muitas vezes ainda fazemos coisas que ofendem o Senhor porque nos falta guardar a Sua palavra. Apocalipse 1:3 nos fala que bem-aventurados são os que leem, ouvem e guardam a Palavra. O primeiro passo é ouvir e ler no espírito, permitindo que o Senhor fale conosco por meio de Sua Palavra. Em seguida, precisamos guardá-la, não apenas memorizando-a, mas praticando aquilo que lemos e ouvimos.
Alguns dentre nós praticam coisas que não condizem com a vida de um filho de Deus por ignorância. Isso ocorre porque lhes falta a Palavra como um bom depósito. A leitura da Palavra nos traz luz e também gera em nós um sentimento de temor e tremor que nos guarda de muitas coisas que nos afastam do Senhor (Sl 119:104-105).

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A ORAÇÃO E A PALAVRA COMO FUNDAMENTOS DO NOSSO VIVER CRISTÃO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 4 - QUARTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 20: O ministério de Espírito e vida [2] – (Jo 14:16, 21, 23-24, 26; Ap 1:1-3)
Leitura bíblica:  Sl 5:3; Is 50:4-5; Jo 5:39-40; 6:63; Rm 8:26-27; Ef 6:17-18

Ler com oração:  O SENHOR Deus me deu língua de eruditos, para que eu saiba dizer boa palavra ao cansado. Ele me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos (Is 50:4).

A ORAÇÃO E A PALAVRA COMO FUNDAMENTOS DO NOSSO VIVER CRISTÃO

Nós, que somos os ministros da nova aliança, precisamos ser pessoas que têm comunhão com o Senhor em oração. O que é oração? Não se trata apenas de pedir coisas ao Senhor, de ir até Ele com uma lista de pedidos, mas de ter comunhão com Ele, de nos aquietarmos em Sua presença para que Ele coloque em nosso coração as questões sobre as quais devemos orar. Podemos até listar os pedidos, mas desde que eles venham do Senhor.
No capítulo 8 da Epístola aos Romanos lemos: “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis” (v. 26). Essa é a condição adequada de um ministro do Senhor: ele não sabe orar como convém porque, na verdade, quem inicia a oração é o próprio Espírito.
Quanto tempo separamos diariamente para orar? Temos orado antes de trabalhar e estudar ou fazer outras atividades, ainda pela manhã quando lemos o Alimento Diário? Quanto tempo gastamos invocando o nome do Senhor? Todas essas perguntas servem para considerarmos diante do Senhor como está nossa base espiritual em nosso viver individual. Talvez tenhamos tido essa experiência no início de nossa vida cristã, mas, conforme o tempo passa, abandonamos esse importante fundamento, e isso afeta diretamente a nossa obra, pois compromete a origem de tudo o que fazemos, vindo a ser algo independente do Senhor.
Quando vamos orar ao Senhor para ter comunhão com Ele, não podemos ter pressa para pedir muitas coisas, mas exercitar a paciência e continuar invocando o Seu nome (Sl 5:3). Depois, podemos ir à Palavra e o Senhor falará conosco, não apenas pela leitura dos versículos, mas quando tomamos aquelas palavras como nossa oração (Ef 6:17-18). Esse é o verdadeiro ler e orar!
Estamos falando aqui de coisas básicas em nosso viver cristão. Em João 5:39-40, quando se referia aos fariseus, Jesus disse: “Examinais as Escrituras porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim. Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida”. Examinar as Escrituras é algo bom, mas, se não formos até o Senhor, não produzirá nada. No entanto, quando nos voltamos ao espírito em nossa leitura da Palavra, ela se torna vida para nós, pois ouvimos a voz do Senhor (6:63).
O resultado de cultivarmos essa intimidade com o Senhor, que é o fundamento de nosso viver, está em Isaías 50:4: “O SENHOR Deus me deu língua de eruditos, para que eu saiba dizer boa palavra ao cansado. Ele me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos”. Primeiro somos despertados para ouvir o Senhor como um erudito; depois, quando abrimos a boca, suprimos a vida de Deus às pessoas, isto é, uma palavra de consolo, de encorajamento aos cansados.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

PERMANECER NA PRESENÇA DO SENHOR PARA TRANSMITIR VIDA ÀS PESSOAS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 4 - TERÇA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES

MENSAGEM 20: O ministério de Espírito e vida [2] – (Jo 14:16, 21, 23-24, 26; Ap 1:1-3)
Leitura bíblica:  Mc 16:15; Jo 21:15-17

Ler com oração:  Ao meu coração me ocorre: Buscai a minha presença; buscarei, pois, SENHOR, a tua presença (Sl 27:8).

PERMANECER NA PRESENÇA DO SENHOR PARA TRANSMITIR VIDA ÀS PESSOAS

Vimos ontem que o Senhor está nos preparando hoje para reinarmos com Ele no mundo vindouro. Na Alemanha, grandes empresas do setor tecnológico acompanham promissores estudantes de engenharia desde o seu ingresso na universidade. De acordo com suas notas nas avaliações, esses alunos poderão ocupar cargos de relevância nessas instituições. Por isso é comum que os alunos se empenhem por obter boas notas, pois o seu desempenho será determinante para o futuro profissional. Da mesma maneira conosco, embora não sejamos capazes de fazer qualquer coisa por nós mesmos e tenhamos sido resgatados e salvos por Deus do “lixão” do pecado (Ef 2:1-4), se o Senhor nos escolheu, é porque enxerga em nós fortes candidatos para reinar com Ele.
Quando olhamos para nossa condição, podemos nos perguntar: “Quem sou eu para que o Senhor se lembre de mim e me visite?” (cf. Hb 2:6). É certo que, se andarmos no caminho da letra e do conhecimento, nunca seremos habilitados para cooperar com Ele. Todavia pelo ministério do Espírito, que é o ministério da nova aliança, vemos que é o próprio Deus quem nos habilita. Aleluia! Fomos escolhidos para esse ministério, que é o de levar a vida de Deus às pessoas!
Sempre que abrimos nossa boca, precisamos ter o desejo de transmitir Espírito e vida. Para isso é que o Senhor nos habilitou, e é também por essa razão que o Espírito queima todas as coisas que O impedem de cumprir Sua vontade em nós. Quando nos voltamos ao espírito, precisamos perceber que, além de suprimento de vida, ali temos também o fogo para queimar nossa vida da alma e todas as coisas do homem natural. Deus precisa de nós; Ele nos salvou e colocou na vida da igreja com um propósito: sermos aperfeiçoados e aprendermos a andar no espírito a fim de cooperar com Ele em Sua obra.
Após ressuscitar, Jesus ordenou aos discípulos: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16:15). Em João 21, Ele diz a Pedro sobre apascentar os cordeiros e pastorear as ovelhas (vs. 15-17). Contudo, antes de sairmos para levar vida a outros, precisamos ser os primeiros a estar na presença de Deus. Somente no espírito é que ganhamos vida, pois nele habita O Espírito. Para nos voltarmos ao nosso espírito, o caminho mais prático é invocar o nome do Senhor (1 Co 12:3).
Na mensagem desta semana, nossa intenção é considerar como está nossa comunhão íntima com o Senhor. Isso porque, coletivamente, não temos grandes dificuldades para invocar ou ler e orar a Palavra. Nossa dificuldade está em transformar a Palavra de Deus  em nossa oração e permanecer em comunhão com o Senhor.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

PREPARADOS PARA SER ENVIADOS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 3 - DOMINGO

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 19: O ministério de Espírito e vida [1] – (Jo 14:16, 21, 23-24, 26; Ap 1:1-3)
Leitura bíblica:  Êx 4:1-7; At 7:22-35; 2 Co 3:5

Ler com oração:  Pois o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e também vejo a opressão com que os egípcios os estão oprimindo. Vem, agora, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito (Êx 3:9-10).

PREPARADOS PARA SER ENVIADOS

A bênção de Deus para o homem em Gênesis 1:28 cumpriu-se parcialmente em Êxodo 1:7. Os israelitas foram fecundos, aumentaram muito, multiplicaram grandemente, se fortaleceram, e a terra se encheu deles. Porém faltou um item: “sujeitar”. Isso mostra a situação do povo de Deus hoje. O número dos filhos de Deus aumentou em toda a terra, mas a pergunta é: “Os filhos de Deus dominam ou são dominados?”. O evangelho do reino é para que os filhos de Deus não somente se multipliquem, mas dominem. Vemos hoje os filhos de Deus crescer em número, mas grande parte está sendo dominada. Apesar de serem filhos de Deus e terem a vida divina, estão dominados pela carne, pelo mundo e pelo ego.
Deus conhece a situação do Seu povo. Quando os israelitas clamaram no cativeiro do Egito, Ele ouviu e preparou Moisés. Nos dias de hoje o clamor do povo alcançou a Deus, e Ele ouviu e preparou você. Você acredita nisso? O Senhor quer enviar você. Foi por isso que você nasceu e é por isso que está aqui. Para isso você precisa ser preparado.
Moisés foi preparado pelo Senhor. Em Atos 7:22 lemos que Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em palavras e obras. Quando completou quarenta anos ele pensava que seus irmãos entenderiam que Deus os queria salvar por intermédio dele. Eles, porém, não compreenderam (vs. 25-28). Por fim, Moisés precisou fugir para o deserto. Ele estava totalmente equipado com o ministério da letra; tinha conhecimento de tudo, mas a primeira coisa que fez foi matar: “A letra mata!”.
Assim como ocorreu com Moisés ao completar quarenta anos, um dia tivemos um desejo forte no coração de servir o Senhor. Quando começamos a servir, algum irmão talvez nos tenha dito: “Quem você é? Não se enxerga?”. Então decidimos: “Não faço mais nada na vida da igreja. Vou ficar no meu cantinho, não quero saber de mais nada”. Mas, assim como Moisés, precisamos perceber que somos uma resposta de Deus ao clamor das pessoas. Ele nos quer enviar para libertá-las. Todavia Deus não precisa da nossa força natural para fazê-lo.
Moisés foi para o deserto, onde passou a cuidar de ovelhas por outros quarenta anos. Um dia ele viu uma sarça ardendo em fogo sem ser consumida. Não era como fogo em palha seca no chão que queima por algum tempo e apaga quando a palha se consome. Ele se aproximou, e Deus estava lá e o chamou (vs. 29-34). Agora ele já não se considerava coisa nenhuma, sentia-se inútil e incapaz. Exatamente como Paulo disse em 2 Coríntios 3:5: incapaz até de pensar alguma coisa.
Ao chamá-lo, o Senhor lhe mostrou onde estava o problema dele por meio de três sinais. Primeiro ele pôs a mão no peito e, quando a retirou, ela estava leprosa. Assim o Senhor lhe mostrou o que ele era: lepra, isto é, rebelião. O Senhor lhe disse que a pusesse no peito novamente; ele o fez, e ela ficou curada. O segundo sinal foi quando atirou no chão o bordão no qual se apoiava e ele virou uma serpente. O Senhor lhe disse que o pegasse de novo, ele o fez e a serpente voltou a ser um bordão. Isso mostra que não podemos nos apoiar no que somos. Além disso, em que está nossa confiança: na ferramenta que o Senhor nos dá ou em Deus? O terceiro sinal ocorreu quando a água se tornou em sangue. A água do Nilo, que deveria ser para vida e subsistência, foi transformada em morte. Isso significa que as coisas que o mundo nos dá são morte. Depois que o Senhor lhe mostrou isso, ele atendeu o chamamento, pois Deus o havia preparado para libertar o povo.
Não estamos aqui por acaso; estamos recebendo o evangelho do reino, recebendo palavras da vida, porque Deus quer nos tornar ministros da nova aliança, ministros de Espírito e vida! O que temos de fazer é mudar de atitude. Talvez estejamos exatamente nesse deserto, mas o Senhor nos diz: “Você não é Meu combustível. Eu sou Deus e o que Eu faço é eterno. Vou colocar em seu interior um fogo, um amor, que jamais apagará! Você quer isso?”. Deus deseja usar você para libertar muitos para que O sirvam e reinem com Ele.
Assim como Moisés, muitos querem servir a Deus, mas falham. Moisés, porém, aprendeu a lição: quando Deus veio chamá-lo novamente, ele não mais confiava em si mesmo, mas dependia totalmente do Deus que lhe apareceu. Hoje no ministério do Espírito e vida ocorre o mesmo: é o Senhor quem vai fazer tudo, mas, mesmo assim, Ele precisa de você!

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

SERVOS BONS, FIÉIS E PRUDENTES

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 3 - SÁBADO

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 19: O ministério de Espírito e vida [1] – (Jo 14:16, 21, 23-24, 26; Ap 1:1-3)
Leitura bíblica:  Mt 24:14; 25:1-30; Ef 1:13; Rm 8:11; 1 Jo 5:12

Ler com oração:  Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens (Mt 24:45-47).

SERVOS BONS, FIÉIS E PRUDENTES

O ministério de Espírito e vida significa que precisamos de dois itens: primeiro, do Espírito: quem creu no Senhor tem o Espírito em seu espírito humano (Ef 1:13; Rm 8:11). Em segundo lugar, da vida: quem tem o Filho tem a vida (1 Jo 5:12). Logo, não é uma questão de conhecimento, mas de crer e ter o Filho de Deus para obter vida. Todos os que têm a vida de Deus estão aptos para exercer o ministério do Espírito e da vida!
Nosso conceito de ministério é intimamente ligado com letra. Quando ouvimos dizer que está aqui um ministro de Deus, logo pensamos que é uma pessoa com muito conhecimento, que conhece muito da Bíblia. Porém o significado da palavra ministério é serviço. Portanto um ministro de Deus precisa estar cheio de Seu amor para servir as pessoas com o evangelho.
Em 1 Coríntios 8:1b-3 Paulo diz: “O saber ensoberbece, mas o amor edifica. Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber. Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido por ele”. O mero conhecimento da letra nos torna pessoas orgulhosas, e o orgulho nos impede de amar a Deus e aos homens. Para ser um ministro da nova aliança o mais importante não é saber, mas amar. Por amar o Senhor e as pessoas, um ministro do Espírito prega o evangelho, isto é, serve as pessoas com a Palavra.
Mateus 24:14 traz uma grande comissão do Senhor para nós: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim”. Essa comissão foi dada aos servos do Senhor, e os capítulos 24 e 25 de Mateus nos mostram quais são as características desses servos, desses ministros. Em 24:45 vemos que eles são fiéis e prudentes. Então, no capítulo 25, vemos as virgens prudentes e os servos bons e fiéis. Portanto os termos “bom”, “fiel” e “prudente” mostram a atitude dos que querem ser aprovados pelo Senhor naquilo que Ele lhes entregou. Por outro lado, esses capítulos mostram que há os que não foram aprovados pelo Senhor. Eles são chamados de “néscios”, “maus” e “negligentes”.
Diante disso, precisamos nos perguntar: “Que temos feito com o que Deus nos entregou?”. Isso inclui tudo: as coisas espirituais e físicas. Tudo o que temos, veio Dele. Todos os dias Ele nos dá mais um dia para viver. Estar vivo é a porção diária que Deus nos dá. Porém precisamos nos perguntar: “Que estou fazendo da vida, do tempo, dos recursos que o Senhor me dá cada dia? Que estou fazendo da palavra e do Espírito que Ele me dá?”.
Que sejamos servos bons, fiéis e prudentes que alimentam com Sua Palavra os conservos que Ele nos confiou.

AS BEM-AVENTURANÇAS APLICADAS AO MINISTÉRIO DA NOVA ALIANÇA

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 3 - SEXTA-FEIRA



NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 19: O ministério de Espírito e vida [1] – (Jo 14:16, 21, 23-24, 26; Ap 1:1-3)
Leitura bíblica: Mt 3:2, 11; 4:17; 5:3-12

Ler com oração: Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes (Jo 13:17).

AS BEM-AVENTURANÇAS APLICADAS AO MINISTÉRIO DA NOVA ALIANÇA


O início do evangelho do reino é o arrependimento: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mt 3:2; 4:17; 10:7). Arrepender-se é ter uma mudança na mente, e isso significa ter uma mudança de atitude. Além disso, Mateus 3:11 apresenta a necessidade de sermos batizados com Espírito e com fogo. Isso faz parte do processo de sermos habilitados para exercer o ministério da nova aliança. Quando experimentamos o arrependimento, vivemos no espírito e deixamos o fogo queimar nossas impurezas; nossa atitude muda.
O registro de uma mudança de atitude está nas bem-aventuranças de Mateus 5:3-11. Quem é pobre no espírito, isto é, sempre se esvazia e sente que precisa de mais, é quem está no ministério do Espírito; uma pessoa assim não é autossuficiente, mas sabe que sua suficiência vem de Deus (v. 3). Ele precisa de Deus todos os dias e em cada momento. Sua oração diária é: “Eu preciso de Ti, Senhor! Enche-me do Teu Espírito”.
Ele também chora porque vê a própria condição; chora por si e pela condição da humanidade (v. 4). Seu choro revela que tem amor. É fácil condenar e descartar alguém; no ministério da letra sempre condenamos os outros. No ministério do Espírito, contudo, nós choramos pelos outros, isso mostra que os amamos.
Os ministros da nova aliança são mansos; não saem para bater e brigar (v. 5). Eles confiam no que Deus faz, por isso oram, amam e deixam Deus fazer. Eles também têm fome e sede de praticar a palavra de Deus (v. 6). Embora se sintam incapazes e falhos, buscam fazer aquilo que Ele determinou, pois tem “fome” disso!
Só quem está no espírito tem misericórdia dos outros (v. 7). Se estiver na letra, você só irá julgar e condenar as pessoas. Cuidado! Essa era a atitude dos fariseus. Em seu orgulho, os fariseus conhecedores da lei julgavam que somente eles tinham discernimento e os demais não sabiam nada (Jo 7:47-49).
Em Mateus 5:8 lemos: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus”. O termo limpos também pode ser traduzido por puros. Esses são os que olham as coisas de maneira pura. Quem tem um coração puro, consegue ver a Deus. O maior sofrimento para quem ama o Senhor é não conseguir vê-Lo (não estamos falando de vê-lo fisicamente, mas de perceber Sua presença). Quando não O vemos, ficamos “secos”, mas, ao vê-Lo, ganhamos vida. Porém, para ver o Senhor, precisamos ser puros de coração.
Além disso, um ministro da nova aliança, porque anda no espírito, onde quer que vá, leva paz (v. 9). Se, porém, nosso ministério é da letra, só geramos discussão e contenda. Entretanto, embora seja um pacificador, um ministro deve estar preparado para ser perseguido (v. 10).
Ninguém gosta de ser perseguido ou ser caluniado. Suponha que você chore em seu íntimo por um irmão e oferte para ele ocultamente. Um dia, porém, esse irmão se levanta e começa a falar contra você injustamente. Isso dói muito! Mas não fique triste. O Senhor diz nos versículos 11 e 12: “Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus”.
Somente quem está no ministério do Espírito e vida suporta injúrias, perseguições e mentiras. Na esfera do ministério da letra, as pessoas discutem e tentam se defender, gerando conflitos intermináveis. Todavia, se permanecer no espírito, você será bem-aventurado, isto é, feliz e abençoado!

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

SER ENVIADO É RESULTADO DA COMUNHÃO COM O SENHOR

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 3 - QUINTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 19: O ministério de Espírito e vida [1] – (Jo 14:16, 21, 23-24, 26; Ap 1:1-3)

Leitura bíblica:  Mt 3:2; 4:17; 7:21-23; 11:28; 28:19; Jo 15:4, 16

Ler com oração:  Depois disto, ouvi a voz do SENHOR, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim (Is 6:8).

SER ENVIADO É RESULTADO DA COMUNHÃO COM O SENHOR

A verdadeira obra é a expansão da vida de Deus, é levar a vida divina a outros. Portanto ser enviado para fazer Sua obra é consequência espontânea e natural de ter comunhão com Ele.
Em Mateus 11:28 o Senhor disse: “Vinde a mim”. Quando vamos a Ele, somos supridos e, uma vez supridos, Ele dirá: “Ide!” (28:19). “Vinde” é para ganhar vida; “ide” é para fazer a obra de Deus, que é levar vida às pessoas. Todavia, se não vamos até o Senhor primeiro, nosso “ide” será para fazer algo pessoal. Se sairmos baseados no próprio conhecimento, na experiência de muitos anos, estamos indo no ministério da letra, e o resultado será obra morta. Nesse caso, quanto mais fazemos, mais vazios nos sentiremos, e mais mortos os outros ficarão!
Toda vez que falamos sobre fazer a obra de Deus, referimo-nos à obra viva, não à obra morta (Hb 9:14). Deus não faz obra morta; apenas obra viva. Por isso, ao fazer a obra do Senhor, o segredo é orar, orar, orar e estar no espírito. Quando saímos para pregar o evangelho, devemos orar: “Senhor, enche-nos do Teu Espírito!”. Desse modo, quanto mais fazemos a obra, mais cheios da vida divina ficamos e mais supridos os outros serão. Porém, se, à medida que servimos nos sentimos vazios, alguma coisa não está bem.
Em Mateus 7:21-23 o Senhor fala: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade”. Não é questão de falar “Senhor, Senhor”; mas de fazer Sua vontade. Para isso, precisamos ir até o Senhor. Se não formos até Ele, mesmo que façamos muitas coisas em Seu nome, Ele dirá Naquele dia: “Nunca vos conheci”.
Em João 15:4 o Senhor diz: “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim”. Permanecer se refere a ir ao Senhor, a estar ligado à fonte da vida. Sem permanecer Nele não há como produzir fruto. No versículo 16 Ele continua: “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça”. Quando permanecemos Nele, não apenas damos fruto, como nosso fruto irá permanecer.
Nossa vida deve ser equilibrada por esses dois aspectos: “vir” e “ir”. Após ter comunhão com o Senhor, não há quem Ele não envie. Ninguém que tenha tido comunhão com Ele ficará quieto em casa. A comunhão com Deus gera um resultado: ser enviado (Is 6:1-8).
Na verdade, cada filho de Deus já ouviu o Senhor enviá-lo pelo menos uma vez. O problema é que muitas vezes sufocamos esse sentimento, seja por nos sentir incapazes, seja por timidez. Ao ser enviado pelo Senhor, não deveríamos pensar no que outros irão dizer; antes precisamos ser ousados e dizer: “Eu tenho Espírito, tenho vida, posso levantar, posso falar! Ainda que eu fale tudo errado, se estiver cheio de unção, todos vão ganhar vida!”.

O MINISTÉRIO DA NOVA ALIANÇA E DO ESPÍRITO E VIDA

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 3 - QUARTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 19: O ministério de Espírito e vida [1] – (Jo 14:16, 21, 23-24, 26; Ap 1:1-3)
Leitura bíblica:  Jo 4:13-14, 23-24; 5:39-40; 7:37-38

Ler com oração:  Deus nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica (2 Co 3:6). O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida (Jo 6:63).

O MINISTÉRIO DA NOVA ALIANÇA E DO ESPÍRITO E VIDA

Podemos fazer uma conexão entre o ministério da nova aliança e o ministério de Espírito  e vida, revelado pelo apóstolo João.
Em João 4:13-14 Jesus afirmou: “Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna”. Se formos a Jesus e bebermos da água que Ele tem para dar, haverá em nós uma fonte a jorrar para a vida eterna. A fonte de um ministro da nova aliança é o Senhor. Se não formos a Ele iremos fluir nossa própria água, nosso próprio conhecimento. Isso até pode ajudar alguém, mas será temporário, pois logo passará e as pessoas voltarão a ter sede.
João 5:39-40 diz: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim. Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida”. Esses versículos mostram que, ao ler as Escrituras, temos de ir ao Senhor para ganhar vida. Sem Ele tudo pode se tornar mera letra.
Em João 6:63 lemos: “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida”. As palavras que o Senhor fala contêm Espírito e vida. Elas são o “invólucro”, “o pacote”; que só pode ser “aberto” quando exercitamos nosso espírito, onde habita o Espírito de Deus. Precisamos usar o espírito visto que “Deus é Espírito; e importa que seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4:24). Por isso damos tanta importância para invocar o nome do Senhor, ler-orar a Palavra, falar e cantar os hinos. Tudo isso nos ajuda a ter comunhão com o Senhor.
João 7:37-38 diz: “No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”. Se tivermos a atitude de crer no Senhor, como diz a Escritura, os rios de água viva fluirão de nós para suprir outros.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O MINISTÉRIO DA NOVA ALIANÇA VERSUS O DA ANTIGA ALIANÇA

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 3 - TERÇA-FEIRA

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 19: O ministério de Espírito e vida [1] – (Jo 14:16, 21, 23-24, 26; Ap 1:1-3)

Leitura bíblica: 2 Co 3:4-11

Ler com oração:  Deus, o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, [...] como não será de maior glória o ministério do Espírito! Porque, se o ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça (2 Co 3:6-9).

O MINISTÉRIO DA NOVA ALIANÇA VERSUS O DA ANTIGA ALIANÇA

Em 2 Coríntios 3 Paulo apresenta duas alianças, dois ministérios. Em breves palavras, faremos um resumo e traçaremos um paralelo entre os dois, para que tenhamos uma visão do ministério da nova aliança a fim de compreender o ministério de Espírito e vida.
Na antiga aliança, a confiança estava no homem; mas, na nova, a confiança é em Deus. Na antiga aliança, chamada de ministério da letra, quando surgia uma dificuldade, já se pensava em uma maneira de resolvê-la. No ministério da nova aliança, que é do Espírito, sabemos que não somos nem capazes de pensar alguma coisa, por isso oramos. O ministério da letra parte do homem, mas o do Espírito parte de Deus.
No ministério da antiga aliança há o conhecimento da letra, adquirido pelo estudo e pela capacidade humana de compreender o certo e errado. Mas, no ministério da nova aliança, a ênfase é a unção que produz vida. No ministério da letra podemos falar tudo certo, mas as palavras não suprem vida. No ministério do Espírito é até possível que não falemos muito bem, mas cada palavra tem unção, portanto dá vida.
O ministério da letra é para alguns capacitados. Portanto os irmãos que não têm muito estudo, os que têm dificuldade em ler, estão em desvantagem. Mas no ministério do Espírito, todo aquele que tem o Espírito tem vida, e cada palavra que profere sai cheia da unção e leva vida às pessoas, pois é o Espírito que dá vida.
Somos ministros da nova aliança porque Deus nos escolheu e capacitou. O ministério da letra é para uma elite; mas o do Espírito valoriza cada membro do Corpo. O ministério da letra gera orgulho e desprezo por outros; mas o do Espírito gera amor e justiça. O ministério da letra exige; o do Espírito supre e capacita. O ministério da letra é o ministério da morte; o ministério do Espírito é o da vida. O ministério da letra é escrito com letras em tábuas de pedra e tem glória que desvanece; o ministério do Espírito é escrito com Espírito no coração e sua glória é permanente. O ministério da letra traz condenação; o do Espírito produz justiça, isto é, nos leva a fazer o que Deus determinou.
O problema não está com as verdades que Deus nos deu ou com a palavra que nos tem falado, e sim em nossa atitude para com elas. Podemos usar a palavra de Deus para condenar e exigir de outros ou podemos tomá-la para dar vida a outros.
Nestes tempos finais, Deus necessita de ministros da nova aliança; que supram Espírito e vida para as pessoas. Para exercer tal incumbência, precisamos estar dispostos a morrer para nós mesmos, para nossas opiniões, a fim de que outros ganhem a vida de Deus (2 Co 4:10-12). Se tivermos essa atitude, teremos algo que faz diferença: o amor a Deus e aos homens. Esse é o caminho da nova aliança, o caminho que Deus nos tem dado hoje.

domingo, 26 de janeiro de 2014

NOSSA ATITUDE PARA COM DEUS E PARA COM TUDO QUE ELE NOS DEU

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 3 - SEGUNDA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 19: O ministério de Espírito e vida [1] – (Jo 14:16, 21, 23-24, 26; Ap 1:1-3)

Leitura bíblica:  2 Co 3:1-6; Hb 11:37-40

Ler com oração:  Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens, estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente [...]. Não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus (2 Co 3:2-5).

NOSSA ATITUDE PARA COM DEUS E PARA COM TUDO QUE ELE NOS DEU

Gostaríamos de começar essa semana com algumas perguntas: “Qual tem sido sua atitude para com Deus? Qual tem sido sua atitude para com Suas palavras? Qual tem sido sua atitude para com tudo que Ele deu a você?”. Não podemos negar que Deus nos tem amado e Se dado a nós, entretanto, tudo o que Deus nos tem dado tem produzido o resultado que Ele espera? Por certo todos diremos que não. O Senhor nos deu tanto, e ainda vemos tão pouco produzido em nós.
Olhando a história da igreja, vemos homens que se consagraram, que deram a vida pelo Senhor. Muitas dessas histórias foram registradas; outras, não, pelo menos não diante dos homens, mas certamente estão registradas diante de Deus. Talvez perguntemos: “Que fez tais irmãos terem uma consagração assim? Será que o Senhor os amou mais do que a nós?”. Certamente não. É porque eles tiveram atitude adequada para com o Senhor e para com tudo que Deus fez por eles e neles (Hb 11:37-40).
Nesta semana veremos que há uma ligação total entre o ministério da nova aliança e o ministério de Espírito e vida. Na Segunda Epístola aos Coríntios, Paulo nos apresenta uma carta, não escrita em papel, mas no coração dos irmãos. Esse relato é extraordinário porque nos mostra que existe uma carta viva escrita no coração das pessoas. É uma carta de Cristo produzida pelo ministério da nova aliança, que é do Espírito e que dá vida (3:3, 6).
O termo ministério também significa serviço. Existe um serviço aos santos que produz uma carta de Cristo escrita neles. Essa carta não é escrita com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo. Além disso, os que as escrevem têm confiança em Deus, e não em si mesmos, pois sabem que foi Ele que os habilitou a ser tais ministros. Isso é um grande encorajamento para todos os filhos de Deus, pois podemos ser capacitados, habilitados por Deus, como ministros dessa nova aliança, para cooperar com Ele e suprir vida a todos. Tudo depende da nossa atitude para com Deus, para com Sua Palavra e para com as pessoas.

COM O ROSTO DESVENDADO, CONTEMPLAR A GLÓRIA DO SENHOR

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - DOMINGO

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 18: O ministério da nova aliança [2] – (2 Co 3:12–4:6)

Leitura bíblica: Êx 34:29-35; 2 Co 3:12-17

Ler com oração:  E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito (2 Co 3:18).

COM O ROSTO DESVENDADO, CONTEMPLAR A GLÓRIA DO SENHOR

Enquanto a glória do ministério da antiga aliança era desvanecente, a glória do ministério da nova aliança é permanente. O apóstolo Paulo usou uma figura do Antigo Testamento para ilustrar essa questão: para manter sua aparência, Moisés punha um véu sobre sua face para que o povo de Israel não percebesse que a glória em seu rosto se desvanecia (Êx 34:29-35; cf. 2 Co 3:13).
A glória do ministério do Espírito não é assim. Ela é de glória permanente e não há necessidade de se colocar véu! Não precisamos disfarçar, pois brilhamos o tempo todo. Porque é do Espírito, a glória desse ministério não desvanece. Aleluia! Por isso Paulo disse que, por ter essa esperança, se servia de muita ousadia no falar (v. 12).
Paulo mostra que mesmo hoje, ao ler as Escrituras, ainda podemos ter um véu: “Mas os sentidos deles se embotaram. Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, em Cristo, é removido. Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles” (vs. 14-15). A palavra embotar é o mesmo que perder o fio, ou seja, os sentidos deles perderam a sensibilidade, passaram a ficar endurecidos. Quanto ao véu, mais uma vez vemos quão importante é a questão da atitude. Se quando lemos a Bíblia ou ouvimos uma palavra nossa reação é apenas: “Eu já sei”, o véu permanece sobre nosso coração e não somos transformados.
A fim de recuperar nossa sensibilidade, precisamos nos arrepender. O arrependimento, além de ser uma mudança de mente, também é uma mudança de atitude; mudamos a maneira de pensar e atuar.
Prosseguindo no versículo 16 lemos: “Quando, porém, algum deles se converte ao Senhor, o véu lhe é retirado”. A melhor tradução para esse versículo segundo o grego é: Quando, porém, o coração se volta ao Senhor o véu lhe é retirado. Assim, nossa atitude quando ouvirmos a Palavra de Deus deve ser de voltarmos o coração ao Senhor. Para isso, a melhor maneira é invocar Seu nome: “Ó Senhor Jesus! Ó Senhor Jesus! Ó Senhor Jesus!”. Também devemos orar e pedir-Lhe para remover as inúmeras camadas de véu que há em nosso coração.
Quando voltamos o coração para o Senhor, o véu é tirado e vemos o Senhor como Espírito. Como resultado dessa atitude, desfrutamos de liberdade! (v. 17). Não estamos mais presos à condenação do ministério da letra. Esse Espírito é o que dá vida e Nele a esperança de que podemos ser transformados renasce. Nós não somos capazes de pensar nem de mudar coisa alguma, mas o Espírito tudo pode. Quando o véu é retirado podemos contemplar a glória do Senhor.
O versículo 18 continua: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”. Quando fomos criados por Deus, conforme relatado em Gênesis, éramos a Sua imagem e semelhança, contudo, depois da queda, perdemos essa expressão. Por causa da regeneração em nosso espírito, recuperamos a imagem e a semelhança, entretanto, em nossa alma e corpo, ainda não expressamos a imagem e semelhança Dele. Todavia, se nós, todos os dias, com o rosto desvendado, contemplarmos o Senhor, vamos ser transformados! Assim, vivendo de fé em fé e transformados de glória em glória na Sua própria imagem, quando o Senhor voltar, por fim, vai nos coroar de glória e de honra.
Diante do que foi apresentado nesta semana, qual será sua atitude? Que todos possamos voltar nosso coração ao Senhor, invocando o Seu nome – Ó Senhor Jesus! Ó Senhor Jesus! Ó Senhor Jesus! – para que todo véu seja retirado, e assim possamos contemplar a glória do Senhor e ser transformados! Dessa maneira nosso rosto vai brilhar! Contatando o Senhor seremos encorajados a prosseguir e a cumprir a vontade de Deus. Jesus é o Senhor!

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O MINISTÉRIO DA CONDENAÇÃO E O MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - SÁBADO


 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 18: O ministério da nova aliança [2] – (2 Co 3:12–4:6)

Leitura bíblica: Rm 3:21-22; 2 Co 3:9

Ler com oração:  Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo terá vida e viverá pela fé (Rm 1:17 lit.). Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo (5:17).

O MINISTÉRIO DA CONDENAÇÃO E O MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

Dando continuidade às consequências que os dois ministérios produzem, leiamos: “Porque, se o ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça” (2 Co 3:9). Infelizmente, na experiência de alguns cristãos, o ministério da condenação é muito presente. Em especial, aos que dão muita atenção ao que Deus falou no Antigo Testamento, enfatizando as manifestações exteriores do Espírito, e, assim, se sobrecarregam e ainda colocam uma carga muito pesada sobre outros.
O ministério da letra cobra e exige, mas não supre nem capacita as pessoas para cumpri-lo (Rm 3:20). Por anos, um servo de Deus visitou uma penitenciária e um centro de recuperação de drogados. Para sua surpresa, o maior número de pessoas que estavam nesses lugares era composto dos que possuíam essas práticas e cobranças. Isso ocorre porque permanecem no ministério da condenação. Muitos até tiveram um bom início na vida cristã, mas, com o passar do tempo, vieram o desânimo e os fracassos. Por considerarem-se indignos, e sem salvação, entregaram-se completamente às drogas, à bebida e ao crime.
O ministério do Espírito, que é o ministério da justiça, supre Cristo como nossa justiça. Ainda que reconheçamos que não conseguimos, revestimo-nos Daquele que consegue. Em nossa justiça própria, seríamos incapazes de encarar Deus. Tendo Cristo como nossa veste, podemos nos aproximar Dele, porque fomos justificados! Nele somos capacitados pelo Espírito, que é vida, a expressar e praticar a Palavra de Deus.
Em Romanos 1:17 lemos: “Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé”. A expressão O justo viverá por fé em grego tem a seguinte conotação: O justo terá vida e viverá pela fé. Ou seja, o justo terá vida e essa vida o capacitará a viver pela fé, e assim sucessivamente como um ciclo. Nós ouvimos a Palavra, reagimos pela fé e dependemos do Senhor. Declaramos a Deus que nossa suficiência vem Dele, e Ele nos justifica. Quando somos justificados, esta justificação fortalece nossa fé. À medida que esse ciclo se repete, de fé em fé, crescemos em nossa vida cristã, somos fortalecidos e capacitados. Assim, o ministério da justiça está ligado ao nosso viver, à nossa experiência na vida diária. Pelo suprimento da vida, pelo suprimento do Espírito, conseguimos viver a Palavra de Deus e cumprir o que Ele determinou. Dessa maneira nos tornamos justos.
A meta do ministério do Espírito é que reinemos pela vida divina: “Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo” (Rm 5:17). Receber o dom da justiça indica que não nos esforçamos para obter nossa justificação. Quando estamos no espírito somos supridos pela graça e pela justiça que há em Cristo e dessa maneira podemos reinar em vida todos os dias.
Reinar em vida é comparado a uma águia que alça voo. Quando somos ofendidos por um irmão, por exemplo, nossa tendência natural é não perdoar e condenar o irmão. No ministério do Espírito e da vida, entretanto, somos ajudados a exercitar o espírito e assim, somos levados ao céu, como uma águia que aproveita as correntes quentes para sobrevoar todas as intempéries (Ap 4:7). Ainda que esses problemas e as circunstâncias nos persigam, não ficamos ofendidos, mas tomamos a atitude de estar no espírito e “voamos” sobre tudo.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O MINISTÉRIO DA LETRA E O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - SEXTA-FEIRA


 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 18: O ministério da nova aliança [2] – (2 Co 3:12–4:6)

Leitura bíblica:  Rm 2:28-29; 7:6, 9-11; Gl 3:21

Ler com oração:  [Deus] nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica (2 Co 3:6). O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida (Jo 6:63).

O MINISTÉRIO DA LETRA E O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO

Hoje, veremos os resultados dos dois ministérios: o da letra, mata; o do Espírito, dá vida (2 Co 3:6b).
Podemos discernir se estamos recebendo ou ministrando a Palavra na letra ou no Espírito por meio de seus resultados. Quando recebemos a Palavra e nos sentimos inertes, é porque nada foi acrescentado ao nosso espírito, uma vez que a absorvemos meramente como um conhecimento intelectual a mais. Ao contrário disso, quando nossa atitude para com a verdade é de ouvi-la com espírito, recebendo-a com um “coração de carne”, nos enchemos da vida divina que está contida na Palavra. Em nosso interior há regozijo, pois recebemos Espírito e vida.
A fim de explicar melhor a questão de que a letra mata e o Espírito dá vida, leiamos alguns versículos: “É, porventura, a lei contrária às promessas de Deus? De modo nenhum! Porque, se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, seria procedente de lei” (Gl 3:21). Nesse versículo vemos que não é a letra no papel que dá a vida, mas é o Espírito que chega até nós por meio da Palavra de Deus, ou seja, é o Espírito que soprou aquela letra. Assim, quando minha atitude é de usar meu espírito para ler e receber aquela palavra, eu ganho vida.
Romanos 7:9-11 mostra que o mandamento, que é a Palavra de Deus, deveria nos dar vida, mas acabou resultando em morte, porque recebemos a Palavra, meramente como letra, como conhecimento. Nós simplesmente achamos que conseguimos fazer algo, e, quando tentamos cumprir o mandamento na letra, sem o espírito, o resultado que obtemos é morte, desencorajamento, desânimo. Por fim, desistimos de prosseguir e morremos.
Enquanto na antiga aliança tentamos fazer as coisas exteriormente, segundo a letra, para agradar homens, nossa atitude na nova aliança diz respeito ao nosso interior, “a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus” (Rm 2:29). Na nova aliança não realizamos a obra de Deus apenas para outros verem, mas porque somos movidos pelo Espírito em nosso coração.
O que adianta para Deus realizarmos Sua obra apenas exteriormente, sem haver mudança em nosso coração? O Senhor tem nos dado poderosíssimas ferramentas para pregarmos o evangelho do reino. Hoje o Senhor não está preocupado com nossas atividades exteriores, mas com o nosso coração. A essência do que fazemos não são as ferramentas, mas o que Ele é: “Deus é amor”. Ele ama as pessoas e quer ganhá-las. Se, ao servirmos o Senhor, nosso coração estiver frio, apenas cheio de conhecimento, devemos nos colocar de joelhos e orar: “Senhor, muda meu interior!”.
Além disso, nós que estamos em Cristo Jesus já fomos libertados da lei, da caducidade da letra, de modo que servimos em novidade de espírito, tudo é novo! (Rm 7:6). Tudo depende da atitude que tomamos: se permanecermos na letra, o resultado é velhice e morte; mas, se praticarmos Suas Palavras no espírito, desfrutaremos novidade de vida.
Portanto, em nossa casa, no trabalho, nas reuniões, tudo o que fizermos deve ser a partir do nosso espírito. Dessa maneira estaremos no ministério da nova aliança e conseguiremos levar outros para onde estamos. Amém!

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A ÊNFASE DO MINISTÉRIO DA NOVA ALIANÇA

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - QUINTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 18: O ministério da nova aliança [2] – (2 Co 3:12–4:6)

Leitura bíblica:  Ez 11:19; Rm 2:27, 29; 2 Co 3:3-6

Ler com oração: Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra (Rm 7:6). Estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações (2 Co 3:3).

A ÊNFASE DO MINISTÉRIO DA NOVA ALIANÇA

Uma atitude correta para com as verdades é tomá-las em oração, invocando o nome do Senhor, exercitando o espírito. Dessa maneira, extraímos Espírito e vida das verdades e assim temos força para praticá-las. Quando Paulo fala de “letra” em seus escritos, ele está se referindo às palavras escritas em papel (Rm 2:27, 29; 7:6; 2 Co 3:6). Se a tomamos sem a disposição de praticá-la, então isso é letra, ou seja, uma verdade não praticada.
Em 2 Coríntios 3:2 diz: “Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens”. No ministério da nova aliança, no ministério de Espírito e vida, a nossa ênfase não é a letra ou simplesmente expor o que está escrito. Pelo contrário, a ênfase desse ministério são as pessoas. Esse ministério foi iniciado pelo apóstolo Paulo e, mais tarde, desenvolvido pelo apóstolo João. Quando esteve em Éfeso, o apóstolo João, enquanto cuidava dos irmãos, levou-os a praticar as palavras do apóstolo Paulo, ajudando-os a ter foco nas pessoas, e não na mera exposição da letra.
Prosseguindo no versículo 3, lemos: “Estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações”. Se compararmos o ministério da antiga aliança com o da nova aliança, constataremos que a primeira escreve cartas com tinta e a segunda com o Espírito do Deus vivo.
Aplicando essas definições percebemos que há duas maneiras de se ministrar a Palavra: um modo é ensinar apenas o que está escrito no papel, isto é, transmitir o conhecimento obtido da letra impressa com tinta; o outro, usando a mesma fonte, pode suprir as pessoas com o Espírito do Deus vivo. A diferença está na atitude tomada para se ministrar a Palavra. Certamente, o segundo esmerou-se na oração, na dependência ao Senhor, não se tornando apenas um repetidor das letras escritas em papel, mas tocou no Espírito e O transmitiu aos irmãos.
Ainda no versículo 3, vemos outra importante atitude para com as verdades. O ministério da antiga aliança escrevia palavras em tábuas de pedras; a nova aliança, porém, é escrita nos corações. As “tábuas de pedra”, representam as páginas impressas, mas o desejo do Senhor é: “Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne” (Ez 11:19).
Em 2 Coríntios 3:5 lemos: “Não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus”. Se olharmos para nós mesmos, veremos que não somos dignos de ser ministros da nova aliança se a nossa suficiência não vier de Deus. O que devemos ter em mente é que Aquele que nos chamou é capaz de nos habilitar como Seus ministros.
O ministério da nova aliança, portanto, não é da letra, mas do Espírito (2 Co 3:6). A antiga aliança que fora escrita em tábuas de pedra, e nos dias atuais, com tinta em papel, pode ser comparada a um manual de regras, exigindo dos irmãos aquilo que ninguém consegue praticar. Na nova aliança, porém, recebemos a Palavra pelo Espírito do Deus vivo, podemos praticá-la e transmiti-la aos corações das pessoas. Essa deve ser nossa atitude.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A LINHA DAS VERDADES DO APÓSTOLO PAULO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - QUARTA-FEIRA


NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 18: O ministério da nova aliança [2] – (2 Co 3:12–4:6)

Leitura bíblica:  2 Co 12:1-4; Gl 1:15-17; Ef 6:17-18; Fp 3:5-6; Cl 1:25

Ler com oração:  O mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos; aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória (Cl 1:26-27).

A LINHA DAS VERDADES DO APÓSTOLO PAULO

Conforme vimos ontem, no Novo Testamento há duas linhas bem distintas com respeito às verdades. A linha dos apóstolos, cujo conteúdo foi resultado da convivência deles com o Senhor; e a linha de Paulo, que teve origem nas revelações que recebeu.
Paulo não conviveu com o Senhor e tampouco tinha conhecimento da economia neotestamentária. Tratando-se de um judeu zeloso das tradições de seus pais, Paulo (antes chamado de Saulo) era um fariseu radical (Fp 3:5-6). Mesmo sendo tão jovem, ele participou do apedrejamento de Estevão (At 7:58). Contudo, quando estava a caminho de Damasco para prender os que invocavam o nome do Senhor, Este lhe apareceu e lhe fez um chamamento.
Depois de ser batizado, invocando o nome do Senhor, Paulo viveu um pouco a vida da igreja em Damasco. Em seguida, o Senhor o levou ao deserto da Arábia, onde, no terceiro céu, revelou-lhe Sua economia (2 Co 12:1-4; cf. Gl 1:15-17; Ef 1:3-6). Ele era um expert na economia do Antigo Testamento, mas precisava ser equipado com o plano de Deus no Novo Testamento. Pode ser que ele tenha permanecido ali por quarenta dias a exemplo do tempo em que Moisés ficou no monte para receber as tábuas da aliança, e, também do tempo em que Jesus permaneceu com Seus discípulos falando das coisas concernentes ao reino de Deus (Dt 9:9; At 1:3).
Paulo não só obteve a revelação como também foi incumbido de documentar tudo, a fim de anunciar às gerações posteriores o mistério que estivera oculto dos séculos e gerações (Ef 3:1-5; Cl 1:25-27). Como vimos anteriormente, mais da metade dos livros do Novo Testamento são de sua autoria.
Vejamos o quanto de contribuição podemos obter de algumas epístolas do apóstolo Paulo¹ . A Epístola aos Romanos, por exemplo, fala acerca do evangelho de Deus. Esse evangelho diz respeito ao Filho e se desdobra em dois aspectos: como Filho de Davi, ou Filho do Homem, Ele veio em carne para derramar Seu sangue e cumprir as exigências da lei, cumprindo nossa redenção e nos salvando por Sua graça. Como Filho de Deus, Ele nos salva por Sua vida; o propósito de sermos salvos é crescermos na vida de Deus até à maturidade, isto é, até sermos herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo (1:1-4; 5:9-10; 8:16-17, 31).
Sob o ponto de vista da economia de Deus e seus detalhes, temos cinco de suas epístolas, as quais comparamos no volume 1 desta série à figura de um avião: a Epístola aos Gálatas, representada pela fuselagem desse avião, trata da visão geral da economia de Deus; Efésios e Colossenses, representadas pelas asas, dão ênfase, respectivamente, ao mistério de Cristo (Ef 3:4-6; 5:32) e ao mistério de Deus (Cl 2:2); a carta aos Filipenses, relacionada com o destino almejado por esse avião, nos apresenta a meta, para nos levar ao prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo (3:14); e Filemom, que representa a pista de decolagem para alcançarmos a meta proposta, aborda como tema principal o amor que devemos ter de uns para com os outros (vs. 5, 7, 9).
A questão, no entanto, é: qual tem sido nossa atitude para com as verdades contidas nessas epístolas? Não podemos nos contentar em apenas “entender” com a mente, mas precisamos ter disposição para praticá-las. A mente é somente a porta de entrada; devemos prosseguir para o espírito, experimentando-as em nosso viver. Quando agimos assim, obtemos espírito e vida das verdades!
Uma maneira muito prática de extrairmos vida das verdades e aplicá-las ao nosso viver é por meio de ler e orar a Palavra. Como, geralmente, praticamos isso nas reuniões da igreja, é possível que sejamos levados a tomar as palavras dos versículos para proclamá-las aos irmãos. Isso não está errado, contudo não se aplica ao ler e orar. Como exemplo, podemos usar 2 Co 3:6: “[Deus] nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica”. Podemos usar este versículo para fazer a seguinte oração: “Senhor, obrigado por me mostrar que a letra mata, mas o Espírito dá vida. Senhor, me ajuda a sair da esfera da letra. Tu sabes que minha mente é muito ativa. Quando leio a Tua Palavra, começo a cobrar dos irmãos e acabo ‘matando-os’. Perdoa-me, Senhor. A Tua palavra diz que o Espírito dá vida, por isso me ajuda a experimentar mais do Espírito”. Esse é apenas um exemplo de como podemos falar com Deus, isto é, orar usando a própria Palavra de Deus; do contrário, estaremos apenas lendo e proclamando a Palavra para os irmãos. Ler-orar é tomar a Palavra de Deus e transformá-la em sua oração. À medida que você lê a Palavra e repete com ênfase o que lê, misture sua leitura à oração para ter comunhão com Deus. Amém!

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A LINHA DAS VERDADES DOS APÓSTOLOS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - TERÇA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 18: O ministério da nova aliança [2] – (2 Co 3:12–4:6)

Leitura bíblica:  Jo 1:1, 14; At 2:41; 4:4

Ler com oração:  Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus (At 4:13).

A LINHA DAS VERDADES DOS APÓSTOLOS

As verdades precisam tornar-se nossa realidade. As verdades bíblicas em si são provenientes da Palavra, que no grego é logos. À medida que exercitamos nosso espírito, o logos (a palavra objetiva, estática; algo que está fora de nós) torna-se rhema, isto é, a palavra dinâmica, subjetiva, nossa realidade. Para exemplificarmos, leiamos João 1:1: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. A palavra “verbo” é o equivalente a “palavra”, no grego. Assim, a Palavra, nesse versículo é logos, portanto ela precisa tornar-se rhema, ou seja, ser a nossa prática, a nossa realidade de vida. Do mesmo modo que um copo d’água, preso em nossas mãos, não terá efeito em nosso organismo, se conhecermos apenas a Palavra em nossa mente, mas não a tomarmos como nossa vida, não experimentaremos sua eficácia em nosso viver. A atitude correta, portanto, é tomar a água. Se apenas descrevermos, com riqueza de detalhes, toda a composição da água e sua importância para a vida, não conseguiremos desfrutar de seus benefícios. Quando, porém, nós a ingerimos, saciamos nossa sede. Assim deve ser nossa atitude para com as verdades: precisamos experimentar a “água viva” que está na Palavra.
No Novo Testamento vemos duas linhas bem distintas com respeito às verdades: a linha de Paulo e a dos apóstolos; esta representada principalmente pelos escritos de Pedro e João. O que estes apóstolos receberam se originou do convívio deles com o Senhor Jesus. Enquanto esteve com eles, o Senhor usou todas as oportunidades, situações ou fatos para aperfeiçoá-los. Isso os ajudou a aprender lições de paciência, amor, longanimidade e tolerância.
Por terem a presença física do Senhor, os discípulos não tinham liberdade para fazer o que queriam. Inúmeras vezes o Senhor os restringiu, os corrigiu e os ajudou a prosseguir. Pedro, por exemplo, foi o principal apóstolo a ser ajudado e corrigido pelo Senhor enquanto andava com Ele fisicamente. João, por sua vez, também aprendeu lições de maneira muito rápida. Embora tenha sido menos exposto em suas falhas do que Pedro, ele aproveitava as lições deste e as aplicava à sua vida. Isso lhe poupou alguns tipos de sofrimento.
Depois da morte e ressurreição do Senhor Jesus, com o início da vida da igreja em Jerusalém, eles tiveram um bom começo; estavam cheios do Espírito por invocar o nome do Senhor. Esse vigor espiritual fez com que muitas pessoas fossem acrescentadas à vida da igreja (At 2:41; 4:4).
A Palavra de Deus crescia, e, “em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé” (6:7). Por falta de maturidade dos apóstolos, esses sacerdotes introduziram o judaísmo na vida da igreja, causando-lhe muito prejuízo espiritual. Contudo o Senhor, mais uma vez, permitiu-lhes aprender lições com esses sofrimentos. Por meio das experiências do fogo do Espírito Santo, eles amadureceram (Mt 3:11; cf. 1 Pe 1:6-7).
No final da vida, os apóstolos Pedro e João no seu ministério derradeiro, escreveram suas epístolas. Tanto nas epístolas de Pedro como nas de João vemos as lições aprendidas a partir de suas experiências pessoais. São experiências humanas e profundas expressas com palavras bastante simples, com as quais podemos nos identificar. São as verdades que vieram da vivência, da experiência de convivência que tiveram com o Senhor Jesus e do aperfeiçoamento que Ele lhes deu. Essa é a linha do Espírito e da vida.