sexta-feira, 11 de julho de 2014

EXTRAIR VIDA DA PALAVRA

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 7 - SÁBADO

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 15: As verdades na linha da vida [4] – (2 Jo 4)

Leitura bíblica: Lv 1:1-4; Jo 13:5

Ler com oração: Porventura, não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras? (Lc 24:32).

EXTRAIR VIDA DA PALAVRA

Se não tomarmos a Palavra de Deus no espírito a fim de extrairmos vida dela, facilmente seremos governados por conceitos e tradições que não correspondem à vontade de Deus. Vejamos, por exemplo, a questão da igreja, mencionada pela primeira vez no Novo Testamento em Mateus 16:18. Ali o Senhor disse a Pedro que edificaria a Sua igreja e as portas do Hades não prevaleceriam contra ela. A palavra igreja (no grego ekklesía) sugere algo dinâmico, e não estático, pois significa assembleia dos chamados para fora. Contudo, se considerarmos essa palavra segundo o conceito popular, sempre associaremos a palavra igreja a uma organização cristã ou um templo onde ocorrem reuniões cristãs. Por terem esse conceito, muitos “fazem parte de uma igreja” ou “vão à igreja” para meramente assistir aos cultos ou reuniões.
Outras práticas também nos foram passadas com certo extremismo pelos que nos precederam, como por exemplo, acerca do uso do véu. Em 1 Coríntios 11:3 lemos: “Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo”. O versículo 10 diz: “Portanto, deve a mulher, por causa dos anjos, trazer véu na cabeça, como sinal de autoridade”. Contudo, com o passar dos anos, a experiência nos mostrou que apenas o sinal exterior, mencionado uma única vez por Paulo em suas epístolas, não era suficiente, pois se uma irmã não é submissa o véu não reflete a sua realidade.
Outra prática também muito enfatizada era “lavar os pés” (Jo 13:5). Com o tempo, porém, foi usada não de maneira literal, mas para corrigir irmãos. Quando alguém dizia: “Vai lá e lava os pés dele” o significado era: “Vai lá e corrige o irmão”. Certa ocasião, com intuito de corrigir uma irmã, foi-lhe dito para falar menos nas reuniões. Ela não recebeu com bons olhos essa correção e saiu magoada da reunião em que estava. Então, ela enviou um recado aos irmãos responsáveis da igreja: “Podem lavar os meus pés, mas da próxima vez não usem água tão quente”. Esse tipo de aplicação da verdade não trouxe muita ajuda aos irmãos daquela época.
A imposição de mãos foi outra prática que não teve muito caminho, uma vez que ela também significa identificação. No Antigo Testamento, quando se fazia uma oferta, o pecador se identificava com o animal no momento em que colocava as mãos sobre o mesmo. Assim, os pecados do pecador eram como que transferidos para o animal, que morria em seu lugar (Lv 1:1-4). Por isso não se recomendava impor as mãos de qualquer maneira sobre outrem sob o risco de haver identificação com seus pecados (1 Tm 5:22).
Hoje, entretanto, o Senhor tem nos conduzido a praticar as verdades no espírito a fim de extrairmos vida de cada uma delas. Como ministros da nova aliança, tomamos a Palavra não para discutir, corrigir ou fazer dela uma ordenança. Antes, a desfrutamos para crescer em vida.


Ponto-chave:
O Espírito é o que dá vida.

TOMAR A PALAVRA NO ESPÍRITO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 7 - SEXTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 15: As verdades na linha da vida [4] – (2 Jo 4)

Leitura bíblica: 1 Co 2:14; Hb 4:12

Ler com oração: Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais (1 Co 2:13).

TOMAR A PALAVRA NO ESPÍRITO

Nossa mente foi criada para ser governada pelo Espírito: “Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz” (Rm 8:6). De acordo com o original, esse versículo pode ser escrito da seguinte forma: “Porque a mente posta na carne dá para a morte, mas a mente posta no Espírito, para a vida e paz”. Com a mente posta no Espírito, podemos ler e compreender as Escrituras de maneira correta. Essa é a mente de um ministro da nova aliança, pois está debaixo do controle do Espírito.
Quando um ministro da nova aliança está no espírito, ele consegue separar a letra do Espírito (Hb 4:12). Conforme falamos, as revelações do apóstolo Paulo vieram de Deus. A primeira lição que Paulo aprendeu com Ananias foi invocar o nome do Senhor ao ser batizado. Uma vez no espírito, o apóstolo pôde contatar a Deus e Dele receber visões e revelações. Paulo registrou na forma de letra o que recebeu do Senhor. Por isso, ao ler o que ele escreveu, temos de estar no espírito para obter vida (1 Co 2:10b-14).
Uma das consequências de alguém que não coloca a mente no espírito é a morte. A letra mata, mas o espírito vivifica. Se, ao transmitir a Palavra aos ouvintes, eles não ganharem vida, ou eles não estão no espírito, ou o que foi transmitido foi letra. Quando usamos a Palavra apenas como letra, seu resultado é morte. Por isso, mesmo as palavras de Paulo, que foram recebidas por ele da parte de Deus, se não forem tomadas pelo Espírito, serão morte para quem as recebe.
Que sejamos como ministros do Espírito ao ler a Palavra, com a mente posta no espírito para obter vida e paz, a fim de edificar outros. Amém!


Ponto-chave:
Colocar a mente no Espírito.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

O ÓLEO SAGRADO DA UNÇÃO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 7 - QUINTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 15: As verdades na linha da vida [4] – (2 Jo 4)

Leitura bíblica: Êx 30:23-24; 1 Co 2:13-14

Ler com oração: Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou (1 Jo 2:27).

O ÓLEO SAGRADO DA UNÇÃO

Graças ao Senhor, o Espírito nos qualifica para sermos ministros da nova aliança. Esse Espírito é todo inclusivo; ele representa todos os aspectos do Espírito citados na Bíblia. Para entendermos melhor acerca desse assunto, vejamos novamente a composição do óleo sagrado da unção.
O óleo sagrado da unção era composto por quatro especiarias: quinhentos siclos de mirra fluida, duzentos e cinquenta siclos de cinamomo odoroso, duzentos e cinquenta siclos de cálamo aromático e quinhentos siclos de cássia; associados a um him de azeite de oliveira (Êx 30:23-24). As especiarias, em um total de quatro, representam a criação, sendo o homem seu representante; as três unidades de quinhentos siclos representam o Pai, o Filho e o Espírito Santo. As especiarias intermediárias, cinamomo e cálamo, tinham duzentos e cinquenta siclos cada, isto é, a metade de quinhentos siclos, e representam o Filho, que foi partido por nós na cruz. Assim como no óleo sagrado da unção temos a composição de todos esses ingredientes, da mesma maneira em O Espírito temos o Deus Triúno – Pai, Filho e Espírito Santo. Em O Espírito temos o Espírito Santo, representado pelo him de azeite, acrescentado dos ricos aspectos da humanidade de Cristo – Sua morte, a eficácia de Sua morte, Sua ressurreição e a eficácia e poder da ressurreição (vide diagrama pág. 24).
Quando invocamos o nome do Senhor Jesus, estamos em O Espírito – o óleo sagrado da unção – e desfrutamos de Suas inúmeras riquezas (Rm 10:12)!
No Antigo Testamento, os utensílios do tabernáculo, o sumo sacerdote e os sacerdotes eram ungidos com o óleo sagrado da unção (Êx 30:26-30). Em outras palavras, sem o óleo da unção nada poderia ser útil para Deus. Semelhantemente, para sermos ministros da nova aliança, precisamos ser habilitados ou ungidos pelo Espírito.
Assim como o sumo sacerdote era ungido para servir como um ministro da antiga aliança, nós somos ungidos com O Espírito para sermos ministros da nova aliança. Podemos experimentar a unção sempre que invocamos o nome do Senhor Jesus!
O adequado discernimento das coisas espirituais acontece quando exercitamos nosso espírito (1 Co 2:13-14). Quando Paulo escreveu que o ministério da nova aliança não é da letra, mas do Espírito, estava implícito que devemos tomar seu conteúdo com nosso espírito. Se apenas usarmos nossa mente para interpretar o que ele falou, vamos ter mais letra ainda, e o resultado será discussão e divisão. Mas, se as tomarmos no espírito, as epístolas de Paulo que foram escritas na forma de letra, se tornarão vida, e nós seremos transformados. Essa, portanto, deve ser nossa atitude para com as verdades.


Ponto-chave:
O amor é fruto do Espírito.

terça-feira, 8 de julho de 2014

O FRUTO DO ESPÍRITO É O AMOR

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 7 - QUARTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 15: As verdades na linha da vida [4] – (2 Jo 4)

Leitura bíblica: At 22:3; 1 Co 12:3; Gl 1:15-17

Ler com oração: O fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade (Gl 5:22).

O FRUTO DO ESPÍRITO É O AMOR

As verdades que nos foram transmitidas pelo apóstolo Paulo foram obtidas das visões e revelações que ele recebeu do Senhor: “Se é necessário que me glorie, ainda que não convém, passarei às visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) e sei que o tal homem (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir” (1 Co 12:1-4; cf. Gl 1:15-17). De maneira humilde o apóstolo Paulo não cita seu nome nesse testemunho, mas muito provavelmente ele se refere a si mesmo e esclarece que suas palavras vieram da parte de Deus, no terceiro céu.
As visões e revelações que Paulo recebeu, tinham como objetivo equipá-lo a fim de que se tornasse um ministro da economia neotestamentária de Deus. O conhecimento que Paulo tinha anteriormente veio do que aprendera no judaísmo sob os cuidados de Gamaliel (At 22:3). Esse conteúdo que pertencia à velha aliança, embora fosse profundo, não era suficiente para sua nova incumbência. Por isso o Senhor precisava prepará-lo e equipá-lo a fim de que fosse um ministro da nova aliança.
As palavras inefáveis que Paulo ouviu foram, ao longo de sua vida, registradas na forma de letras, ou seja, ele registrou em suas epístolas as visões que tivera a fim de que os filhos de Deus fossem ajudados. Quando mencionamos a “forma de letra”, referimo-nos à maneira como o apóstolo Paulo deixou escrito seu conteúdo. Sua expectativa, contudo, era que as igrejas recebessem as suas palavras no espírito e as praticassem.
Preocupado em que suas palavras não fossem tomadas da mesma maneira como os judeus liam a velha aliança, Paulo escreveu: “Não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus, o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica” (2 Co 3:5-6). Em outras palavras, os ministros da nova aliança devem tomar os escritos de Paulo, bem como todas as Escrituras, no espírito. Somente assim, ganharemos mais da vida divina e seremos transformados.
Um ministro da nova aliança é aquele que invoca o nome do Senhor para estar no espírito (1 Co 12:3). Ao invocar o nome do Senhor, somos transferidos para o Espírito que habita em nosso espírito; somos um espírito com Ele (6:17). No espírito temos a vida divina que recebemos de Deus, por essa razão temos a expressão dessa vida, que é amor! O fruto do Espírito é o amor (Gl 5:22). Por isso, quanto mais invocamos o nome do Senhor, mais desse amor experimentamos.
Deus nos habilitou para sermos ministros da nova aliança, ministros do Espírito, ministros da vida divina e ministros do amor!


Ponto-chave:
No espírito manifestamos o amor de Deus.

CONHECER, TRANSMITIR E PRATICAR AS VERDADES

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 7 - TERÇA-FEIRA

Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes (Jo 13:17). O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco (Fp 4:9).

Leitura bíblica: At 9:2, 14, 18-20, 22; 22:16

CONHECER, TRANSMITIR E PRATICAR AS VERDADES

As principais verdades da Bíblia foram trazidas pelos apóstolos. O apóstolo Paulo registrou em suas epístolas a revelação que recebeu de Deus quando estava nas regiões da Arábia. Já em idade avançada, os apóstolos Pedro e João também deram valiosas contribuições, segundo a experiência de seu convívio com o Senhor Jesus. Todas essas verdades devem ser aplicadas em nossa vida.

Diferentemente dos doze apóstolos, as experiências de Paulo com o Senhor Jesus começaram a partir de sua viagem a Damasco. Sua intenção, naquela viagem, era prender os que invocavam o nome do Senhor (At 9:2, 14). Contudo, no caminho, ele foi surpreendido por uma luz que brilhou ao seu redor, da qual veio uma voz que lhe dizia “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (v. 4). Paulo perguntou: “Quem és tu, Senhor?”. Em seguida veio a resposta: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (v. 5). Assim, Paulo concluiu que aqueles cristãos, que invocavam o nome do Senhor, a quem ele perseguia, eram o próprio Senhor Jesus!

Em Damasco, Ananias, um discípulo de Jesus, foi comissionado para encontrar-se com Paulo e batizá-lo. Embora temesse a Paulo, por saber de sua aversão aos que invocavam o nome do Senhor, Ananias obedeceu à ordem do Senhor, foi até Paulo e lhe disse que ele seria designado apóstolo aos gentios (v. 15). Após batizado, invocando o nome do Senhor, Paulo saiu, imediatamente, a pregar afirmando que Jesus era o Filho de Deus (vs. 18-20; cf. 22:16).
Entretanto, no início, Paulo não fazia isso da melhor maneira, pois discutia muito com os judeus de Damasco. Como resultado de sua insistência, decorridos alguns dias, os judeus deliberaram entre si tirar-lhe a vida (9:22-23). Assim, no início de sua vida cristã, ele usou algumas vezes a visão que recebera para discutir, e não para suprir os outros com vida.

Podemos perceber o forte encargo do apóstolo Paulo com respeito à verdade a partir da leitura dos seguintes versículos: “Deus, nosso salvador, deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Tm 2:4); e ainda: “O que de minha parte ouvistes através de muitas testemunhas, isto mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros” (2 Tm 2:2). Em outras palavras, o apóstolo Paulo esperava que todos pudessem conhecer as verdades e transmiti-las a homens fiéis. Infelizmente as igrejas não seguiram suas palavras, tampouco as colocaram em prática.
Que possamos hoje receber as verdades escritas por Paulo, transmiti-las com Espírito e, em especial, colocá-las em prática!


Ponto-chave:
Colocar em prática as verdades.


segunda-feira, 7 de julho de 2014

A BÍBLIA É A FONTE DAS VERDADES

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 7 - SEGUNDA-FEIRA

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 15: As verdades na linha da vida [4] – (2 Jo 4)

Leitura bíblica: At 21:12-14, 26-27; Rm 9:31; 1 Co 10:6, 11

Ler com oração: Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo (2 Pe 1:20-21).

A BÍBLIA É A FONTE DAS VERDADES

Nesta semana daremos continuidade ao tema “As verdades na linha da vida”. As verdades estão na Bíblia. Muitos servos de Deus no passado, ao estudarem a Palavra de Deus e por estarem em comunhão com Ele, ganharam luz e revelação que nos trouxeram muita ajuda para prosseguirmos em nossa vida cristã.
Entretanto a revelação das Escrituras não cessa. Ela prossegue à medida que o Espírito “descortina” mais verdades na Palavra. Além disso, por mais que já tenhamos obtido as revelações que nos foram passadas pelos servos de Deus, ainda existe a necessidade de praticarmos o que já recebemos, pois o mero estudo das Escrituras pode causar divisões segundo as diferentes interpretações.
Durante anos, dedicamos muito tempo ao estudo das epístolas de Paulo, o que nos trouxe muita ajuda. De fato, podemos perceber pelos seus escritos o quanto ele foi útil a Deus. O Novo Testamento é composto de 27 livros, dos quais 14 foram escritos por ele, segundo a sabedoria que lhe foi dada (2 Pe 3:15-16). Suas epístolas, que, segundo o apóstolo Pedro, trazem coisas difíceis de entender, são de grande ajuda e têm influenciado positivamente nossas vidas!
Contudo, além de penetrarmos em seus escritos, passamos a ver as Escrituras sob seu ponto de vista. Essa extrema consideração que atribuímos ao apóstolo Paulo, de certa forma, nos influenciou a ponto de considerá-lo infalível. Deus, entretanto, não acoberta as falhas ou carências de Seus servos, mas as Escrituras também apresentam diversos fracassos de vários servos de Deus (Gn 9:20-21; 12:11-19; Nm 20:12; 2 Sm 12:9-12; Ne 13:26; Mt 1:6; Mc 8:33;
Lc 9:54-56; Gl 2:11-14). Certamente com isso eles aprenderam grandes lições que lhes serviram de ajuda para prosseguirem no cumprimento da vontade de Deus. Tudo foi registrado para o nosso ensino, para que todos esses exemplos do passado nos sirvam de advertência a fim de não enveredarmos pelo mesmo caminho (1 Co 10:6, 11).
Deus concedeu ao apóstolo Paulo revelações maravilhosas, e ele ouviu palavras inefáveis no tocante à obra de edificação das igrejas. Mas na execução da obra Paulo também teve diversas dificuldades e problemas, principalmente por causa de seu relacionamento natural com seus compatriotas segundo a carne (At 21:12-14, 26-27; Rm 9:3). Mesmo tendo dedicado tanto tempo às igrejas da Ásia, no final de sua vida ele relata ao seu cooperador: “Todos os da Ásia me abandonaram” (2 Tm 1:15). Com respeito ao seu ministério epistolar, contudo, Ele foi fiel e nos deixou em suas epístolas um legado riquíssimo de tudo o que lhe foi revelado. Concluímos que, com exceção de Jesus, nenhum homem é perfeito, mas, à medida que Seus servos permitem o trabalhar de Deus em sua vida, mais úteis eles podem se tornar.
Diante disso, vemos a importância de praticarmos humildemente as verdades que nos foram deixadas na Bíblia a fim de ganharmos vida de cada uma delas. Amém!


Ponto-chave:
Permitir o trabalhar de Deus em nossa vida.

domingo, 6 de julho de 2014

A PRÁTICA DAS VERDADES NOS MANTÉM EM UMA SITUAÇÃO NORMAL

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 6 - DOMINGO

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 14: As verdades na linha da vida [3] – (2 Pe 1:5-8)

Leitura bíblica: Lc 6:32; 2 Co 3:6; Tg 1:22-25; 3 Jo 11-12

Ler com oração: Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos (Tg 1:22).

A PRÁTICA DAS VERDADES NOS MANTÉM EM UMA SITUAÇÃO NORMAL

Vimos no decorrer da semana sobre as verdades na linha da vida, especialmente aquelas registradas nos escritos do apóstolo João. Quando Paulo nos deixou suas catorze epístolas, ele nos alertou sobre a necessidade de as lermos usando o espírito, a fim de ganhar vida (2 Co 3:6). Como ministros da nova aliança nós não buscamos apenas mais conhecimento, mas queremos ajudar as pessoas com Espírito e vida. João usou o espírito e ajudou muitas igrejas a serem restauradas a uma situação espiritual normal.
A prática das verdades produz frutos espirituais, conforme podemos ver na história de Demétrio. Ele era alguém que praticava o mal mas, depois de ter sido ajudado por João e pelos irmãos em Éfeso, todos davam bom testemunho dele (3 Jo 12). A ênfase dos irmãos ali deixou de ser a busca pelo conhecimento literal da Palavra, e passou a ser a prática do que haviam lido e ouvido.
Gaio também é um modelo para nós de alguém que praticava a Palavra. Pelo testemunho que João dá em sua terceira epístola nós podemos ver que a prática constante das verdades nos faz ter um espírito forte (v. 2), e, ao aperfeiçoar o dom, este torna-se ministério.
Mesmo com a morte de João, cremos que o seu ministério permanecerá até a volta do Senhor, conforme lemos em seu evangelho (Jo 21:22). Por isso temos buscado praticar continuamente tudo o que nos foi revelado pelo Senhor. Em especial, temos sido encorajados a acolher todos os irmãos, inclusive aqueles que não se reúnem conosco e levar o evangelho do reino a toda a terra habitada por meio da literatura espiritual saudável, utilizando instrumentos como o Bookafé e a colportagem.
Qual deve ser nossa atitude então? Na vida da igreja devemos aprender a contatar as pessoas com amor. Quanto mais da vida divina tivermos, mais amor teremos por todas as pessoas. Por isso, em nosso viver cristão e viver da igreja hoje, devemos negar a vida da alma para que a vida divina seja acrescentada. Precisamos amar a Deus e amar as pessoas; para esse fim, invocamos o nome do Senhor para estar no espírito, onde habita o Espírito da vida. A manifestação da vida divina é o amor. Quando estamos no espírito, amamos não apenas as pessoas que são amáveis, mas também as que não são (Lc 6:32).
Que o Senhor nos conduza a permanecer nesse caminho, praticando as verdades e exercitando o espírito para ganhar vida e transmiti-la às pessoas ao nosso redor!


Ponto-chave:
Praticar as verdades exercitando o espírito!

sábado, 5 de julho de 2014

A PRÁTICA DAS VERDADES PRODUZ FRUTOS ESPIRITUAIS E MUDA A VIDA DAS PESSOAS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 6 - SÁBADO

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 14: As verdades na linha da vida [3] – (2 Pe 1:5-8)

Leitura bíblica: At 19:23-29; 3 Jo 12

Ler com oração: Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade (1 Jo 3:18).

A PRÁTICA DAS VERDADES PRODUZ FRUTOS ESPIRITUAIS E MUDA A VIDA DAS PESSOAS

Hoje continuaremos considerando os escritos de João em sua terceira epístola onde lemos: “Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade” (v. 4). Essas palavras representam a reação do próprio Espírito, pois vemos aqui uma indicação do sentimento de Deus, o qual não tem maior alegria do que ver Seus filhos andando na verdade.
O ministério de João em sua maturidade fez da igreja em Éfeso um centro da obra do Senhor na Ásia, pois de lá os irmãos eram enviados para promover o evangelho. Em Corinto, através de Gaio, esses irmãos foram bem recebidos e tiveram todas as necessidades supridas. Quando voltaram, deram bom testemunho de Gaio, que não apenas os recebeu, mas os encaminhou adiante. Podemos ver que grande mudança se operou na igreja em Éfeso, deixando as discussões e análises doutrinárias, para se tornar uma igreja que enviava irmãos a outras regiões.
Em sua terceira carta, João ainda nos mostra o exemplo de Demétrio. Se considerarmos que este é o mesmo Demétrio descrito em Atos 19:24-26, veremos que houve uma grande mudança nele! Ele deve ter se convertido ao Senhor e mais tarde, com a vinda de João, se tornou alguém que dava bom testemunho (3 Jo 12).
Qual o motivo para tamanha mudança no viver das pessoas? Sabemos que João, quando levou a Palavra aos efésios, o fez com muito amor. Esse coração cheio de amor é o que podemos ver no seu evangelho e também nas suas epístolas. Com o crescimento da vida divina, o amor se manifesta, e esse amor de Deus transforma as pessoas. Por meio do acolhimento e da prática da Palavra, as pessoas são restauradas e se tornam modelos entre os irmãos. Oramos para que, da mesma forma, nosso coração seja alargado ao contatarmos as pessoas e os novos irmãos, levando-os a tocar no grande amor de Deus e ainda se tornarem pessoas de bom testemunho.


Ponto-chave:
Um ambiente saudável produz pessoas cheias de amor.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

A PRÁTICA DAS VERDADES FORTALECE O NOSSO ESPÍRITO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 6 - SEXTA-FEIRA

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 14: As verdades na linha da vida [3] – (2 Pe 1:5-8)

Leitura bíblica: Rm 16:23; 2 Co 4:16; 5:17; 3 Jo 1-8

Ler com oração: Amado, procedes fielmente naquilo que praticas para com os irmãos, e isto fazes mesmo quando são estrangeiros, os quais, perante a igreja, deram testemunho do teu amor (3 Jo 5-6a).

A PRÁTICA DAS VERDADES FORTALECE O NOSSO ESPÍRITO

Temos visto que João em sua maturidade ajudou os irmãos de Éfeso a praticarem as verdades registradas nas epístolas de Paulo. Como resultado desse acolhimento às palavras de João, muitos passaram a praticar as verdades e houve propagação em outras cidades. Por sua vez, os que receberam a Palavra também tiveram a oportunidade de praticá-la. Podemos concluir isso através da Terceira Epístola de João, que foi escrita a Gaio, um irmão líder da igreja em Corinto (3 Jo 1).
João estava sobremodo alegre em ouvir testemunhos de que Gaio andava na verdade, ou seja, praticava a verdade (vs. 3-4). Ele havia sido batizado por Paulo e desde cedo costumava acolher e hospedar os irmãos em sua casa (Rm 16:23). Com a prática desse dom, a hospitalidade se tornou o seu ministério (3 Jo 5-8). Quando João escreveu a terceira epístola, Gaio já provavelmente tinha uma idade bastante avançada, por isso ele orava por sua saúde física: “Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma” (v. 2). Uma alma próspera depende de um espírito forte. Portanto aqui vemos que, embora Gaio já tivesse bastante idade, ele tinha um espírito muito forte, deixando um bom modelo para nós.
Os versículos seguintes nos mostram o motivo pelo qual Gaio conservava um espírito forte, que era a sua atitude para com as verdades. O versículo 3 nos diz que alguns irmãos que haviam visitado João davam testemunho de como Gaio praticava a Palavra. E, à medida que praticava a Palavra, o amor se manifestava para com os irmãos, conforme lemos: “Amado, procedes fielmente naquilo que praticas para com os irmãos, e isto fazes mesmo quando são estrangeiros, os quais, perante a igreja, deram testemunho do teu amor” (vs. 5-6). Aleluia! As epístolas de João nos mostram que um viver de praticar as verdades, diferentemente de apenas analisar a Palavra, dá resultados positivos, que não beneficiam apenas a nós mesmos, mas também os irmãos que convivem conosco.


Ponto-chave:
Praticar as verdades traz benefícios para nós e para os que convivem conosco.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

AS DIFERENÇAS ENTRE O ENCARGO DE PAULO E O DE JOÃO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 6 - QUINTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 14: As verdades na linha da vida [3] – (2 Pe 1:5-8)

Leitura bíblica: 1 Tm 1:3-7; 2:4; 2 Tm 2:2

Ler com oração: Nós também temos confiança em vós no Senhor, de que não só estais praticando as coisas que vos ordenamos, como também continuareis a fazê-las (2 Ts 3:4).

AS DIFERENÇAS ENTRE O ENCARGO DE PAULO E O DE JOÃO

Em seu evangelho, João registra a preocupação do Senhor Jesus em relação aos fariseus, pois eles examinavam as Escrituras, mas não queriam ir até Ele para ter vida (Jo 5:39-40). Da mesma forma, se nós hoje permanecermos apenas estudando e examinando a letra, o resultado será morte (2 Co 3:6). No entanto, se usarmos o nosso espírito para praticar a Palavra e andar na verdade, ganharemos mais da vida de Deus. Essa foi a ênfase do ministério de João em sua maturidade, quando ele saiu da ilha de Patmos e foi a Éfeso para restaurar os irmãos e levá-los a uma condição adequada.
Em seu ministério o apóstolo Paulo enfatizou que Deus “deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Tm 2:4), e que as verdades ministradas por ele fossem transmitidas a homens fiéis e idôneos, para instruir a outros (2 Tm 2:2). O ministério de João, por outro lado, dá ênfase muitas vezes à prática das verdades, ajudando outros a usarem o espírito para ganhar vida (2 Jo 4; 3 Jo 4; 1 Jo 3:18; 4:11, 20).
Apesar de Paulo haver cumprido seu ministério epistolar e registrado as palavras que recebera diretamente do Senhor, quando ele foi martirizado, as igrejas estavam em uma situação bastante degradada. Como exemplo, podemos ver na Primeira Epístola a Timóteo a preocupação de Paulo, rogando a ele que ficasse em Éfeso. O objetivo era admoestar os irmãos daquela igreja a que não se ocupassem com fábulas e genealogias que só geram discussões. Esse procedimento os levaria a desvios e afetaria o seu amor, levando-os a loquacidades frívolas (1 Tm 1:3-7). Vemos, então, que os irmãos haviam dado ênfase excessiva ao conhecimento e tomado as suas palavras na mente para discutirem e debaterem, resultando em morte espiritual. O resultado foi que perderam o primeiro amor, conforme lemos na carta à igreja em Éfeso, registrada em Apocalipse 2:4.
O ministério de João em sua maturidade vem nos ajudar, mostrando que nossa atitude para com as verdades deve ser de não apenas conhecê-las ou examiná-las, mas praticá-las usando nosso espírito. E para permanecermos no espírito, a maneira mais prática é sempre invocar o nome do Senhor. Isso é andar na verdade e essa é a vida normal da igreja.


Ponto-chave:
Não apenas conhecer as verdades, mas também praticá-las.



quarta-feira, 2 de julho de 2014

O MINISTÉRIO DE ESPÍRITO E VIDA MOSTRADO NOS ESCRITOS DE JOÃO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 6 - QUARTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 14: As verdades na linha da vida [3] – (2 Pe 1:5-8)

Leitura bíblica: Jo 1:4; 3:3-6; 10:10; 14:6, 26; 21:22; 1 Jo 2:27; 4:7-8

Ler com oração: A vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada, o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo (1 Jo 1:2-3).

O MINISTÉRIO DE ESPÍRITO E VIDA MOSTRADO NOS ESCRITOS DE JOÃO

A linha da vida também pode ser representada nos escritos do apóstolo João quando observamos suas experiências. Em seu evangelho e em suas três epístolas, o principal encargo dele era levar os irmãos à prática das verdades por meio do exercício do espírito, o que conduz ao crescimento de vida. Pela história, sabemos que, após ele sair da prisão na ilha em Patmos, ele levou a Palavra aos irmãos em Éfeso e cuidou deles a fim de levá-los à condição do fluir da vida divina. E o resultado ele mesmo testifica quando disse: “Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade” (2 Jo 4).
Certa vez o Senhor disse a Pedro, referindo-se a João: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?” (Jo 21:22). Sabemos que João já dormiu no Senhor, por isso cremos que Jesus se referia ao seu ministério de Espírito e vida que permanece até os dias atuais.
Em seu evangelho, João enfatiza a questão da vida eterna para todos os que creem no Senhor (1:4; 3:3-6; 10:10; 14:6), bem como o Espírito que nos faz lembrar todas as coisas e nos conduz à realidade das coisas espirituais (v. 26; 16:13). A ênfase do apóstolo não estava no conhecimento, mas em nos voltarmos ao espírito para ganhar vida (5:39-40).
De modo semelhante, em sua primeira epístola, João nos lembra que o Espírito permanece em nós como a unção que nos ensina todas as coisas (2:20, 27) e nos mostra o amor como a manifestação da natureza divina (4:7-8). Não vemos aqui muitos ensinamentos doutrinários, mas o amor de Deus como resultado do crescimento da vida divina que se manifesta em nosso cuidado prático para com os irmãos (3:14-24).
Nas suas outras duas cartas, João demonstra grande alegria por saber que os irmãos estão “andando na verdade” e volta a falar do amor entre os irmãos (2 Jo 4-6; 3 Jo 3-6). Louvado seja o Senhor! A linha da vida nos mostra que precisamos ser aqueles que praticam a Palavra e usam o espírito para servir com os irmãos e contatar as pessoas. O crescimento da vida de Deus em nós nos leva a amar os irmãos e, mais do que isso, amar as pessoas que ainda não creem no Senhor, tomando o encargo de levar-lhes a palavra do reino.


Ponto-chave:
O ministério do Espírito e da vida nos leva a amar as pessoas.

terça-feira, 1 de julho de 2014

AMOR: O ÁPICE DA EXPERIÊNCIA COM DEUS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 6 - TERÇA-FEIRA

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 14: As verdades na linha da vida [3] – (2 Pe 1:5-8)

Leitura bíblica: Gn 2:10-14; 2 Pe 1:5-7; Ap 21:18, 21; 22:1, 5

Ler com oração: Pelas quais nos tem sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo (2 Pe 1:4).

AMOR: O ÁPICE DA EXPERIÊNCIA COM DEUS

Ontem vimos que nossa fé está em processo de purificação pelo fogo do Espírito, a fim de queimar todas as impurezas que ainda restam em nossa alma. Pedro nos diz que o valor da fé, após esse processo, é muito mais precioso que o ouro perecível, mesmo depurado por fogo (1 Pe 1:7). Após sermos provados de várias maneiras, obteremos o fim da nossa fé: a salvação da nossa alma, e seremos como ouro puro, como vidro transparente da nova Jerusalém (Ap 21:18, 21).
No capítulo 2 do livro de Gênesis lemos que havia um rio no jardim do Éden que se repartia em quatro braços (v. 10). O primeiro braço chama-se Pisom, que rodeava a terra de Havilá, onde podiam ser encontrados três materiais: ouro, bdélio e pedra de ônix (vs. 11-12). Aqui lemos que o ouro dessa terra é bom. A linha desse rio Pisom flui por toda a Bíblia, alcançando a nova Jerusalém, como o rio que flui do trono de Deus (Ap 22:1). Podemos, com isso, concluir que aquele ouro bom de Gênesis 2 é o ouro que compõe a nova Jerusalém, que é transparente como o vidro límpido (21:18). Por esse motivo, a glória de Deus que ilumina a cidade será percebida pelas nações, as quais andarão mediante a Sua luz (vs. 23-24).
Hoje nossa fé está num processo de desenvolvimento. Por um lado, nossas impurezas são eliminadas pelo trabalhar do Espírito como o fogo em nosso interior. Por outro lado, a vida de Deus nos é acrescentada, trazendo os elementos divinos para nosso ser. Esse processo nos levará a um nível elevado de experiência: ser como Deus é, em vida e natureza (2 Pe 1:4).
O apóstolo Pedro ainda nos mostra os diversos estágios desse desenvolvimento, por meio da associação de vários elementos à porção de fé que recebemos. Lemos que “por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor” (vs. 5-7). Esses atributos divinos, sendo associados à nossa fé, com diligência cada vez maior, produzirão o estágio mais elevado da fé: o amor. Esse amor é o amor ágape, amor divino, a expressão de Deus em nós. Aleluia!


Ponto-chave:
O estágio final da nossa fé é o amor ágape.

domingo, 29 de junho de 2014

AS VERDADES CONTIDAS NA PALAVRA DE DEUS DEVEM SER EXPERIMENTADAS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 6 - SEGUNDA-FEIRA

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 14: As verdades na linha da vida [3] – (2 Pe 1:5-8)

Leitura bíblica: Mt 3:11; 2 Co 3:6; 1 Pe 1:5-6, 9

Ler com oração: Eu [Jesus] vim para que tenham vida, e a tenham em abundância (Jo 10:10b).

AS VERDADES CONTIDAS NA PALAVRA DE DEUS DEVEM SER EXPERIMENTADAS

Ao longo das últimas semanas, temos visto que as verdades registradas no Novo Testamento podem ser separadas em duas linhas, ou duas fontes principais: a linha do apóstolo Paulo, que recebeu as verdades mediante revelações divinas quando foi arrebatado ao paraíso, e a linha dos doze apóstolos.
As catorze epístolas de Paulo apresentam as verdades na forma de letra, as quais nos trazem muita ajuda espiritual. Contudo o próprio apóstolo nos alertou que nós fomos habilitados para ser ministros da nova aliança, não da letra, mas do espírito. Ou seja, devemos tomar no espírito as palavras das Escrituras a fim de ganhar vida. Caso contrário, se as tomarmos na letra, morreremos espiritualmente (2 Co 3:6).
As verdades apresentadas pela linha dos doze apóstolos são representadas principalmente pelos escritos de Pedro e João. Eles estiveram com o Senhor, andaram com Ele, e foram por Ele ensinados e corrigidos. A esta linha chamamos de linha da vida.
Ao ler as Epístolas de Pedro, percebemos que são palavras que vieram de sua experiência pessoal. Durante muito tempo, Pedro lutou contra a sua vida da alma, e a Palavra nos mostra que ele tinha dificuldade em renunciar às suas opiniões e vontade naturais. A solução para o problema da forte vida da alma de Pedro está registrada em Mt 3:11, onde lemos que o Senhor Jesus, quando viesse, batizaria com Espírito Santo e com fogo. Aqui vemos que o Espírito e o fogo são inseparáveis ou, em outras palavras, onde está o Espírito Santo, também há fogo, e é por meio desse fogo que o Espírito queima as impurezas que estão em nossa alma.
Em sua maturidade, Pedro certamente experimentou o queimar do fogo do Espírito e, por essa razão, em sua primeira carta ele nos encoraja a exultar na salvação preparada para revelar-se no último tempo, mesmo sendo contristados por várias provações, pois sabia que o resultado de passarmos por tudo isso seria a salvação da nossa alma (1 Pe 1:5-6, 9). Para ilustrar o processo de purificação da nossa alma, Pedro usa a figura do ouro que é purificado pelo fogo (v. 7). Disso, vimos também que, em nossa experiência, precisamos aprender a exercitar nosso espírito e submeter nossa alma ao fogo do Espírito que habita em nosso interior. Esse é o caminho para confirmar o valor da nossa fé, que é muito mais precioso que o ouro perecível. Louvado seja o Senhor por essas verdades que estão na linha da vida!


Ponto-chave:
O Espírito como fogo queima as impurezas de nossa alma.

UM TESTEMUNHO DE CONVERSÃO AO SENHOR

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 5 - DOMINGO

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 13: As verdades na linha da vida [2] – (2 Pe 1:3-4)

Leitura bíblica: 1 Pe 1:2; Sl 39:4-7

Ler com oração: Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo (Tt 3:4-5).

UM TESTEMUNHO DE CONVERSÃO AO SENHOR

Embora eu tenha nascido na região de Xangai, cresci em Taiwan e fui um empresário bem próspero. Mesmo ganhando muito dinheiro, em meu interior eu me sentia muito vazio.
Todo domingo à tarde um senhor chamado Cha visitava meus pais. Isso ocorria de maneira frequente, quer fizesse sol ou chovesse, até mesmo se houvesse tufões. Lembro-me que esse sacerdote vinha e se sentava na sala com meus pais para lhes falar a Palavra de Deus, enquanto nós, os filhos, ficávamos num ambiente à parte, jogando mahjong.
Esse jogo era bastante comum em Taiwan naquela época, sendo um jogo de sorte e azar que estimulava a cobiça de ganhar dinheiro do outro jogador. Em nosso caso, porém, não jogávamos para apostar, mas apenas para fazer amizade com as pessoas. Mesmo assim, eu sabia em meu interior que não deveria jogar e me justificava: “Não é um jogo de verdade, é apenas por causa dos amigos”.
Na véspera de um desses domingos, houve uma grande tempestade com vítimas fatais, porém o senhor Cha não deixou de visitar a minha família; no domingo à tarde, lá estava ele falando sobre a Bíblia aos meus pais, e nós jogando. A sensação que eu tinha era como se eles estivessem no céu, e nós, no inferno.
No período do ano novo chinês a jogatina era aberta a todos, a fim de satisfazer o prazer das pessoas. Como proprietários e donos de uma fábrica, pagávamos o salário todo em espécie para que os funcionários pudessem também gastar nos jogos de sorte e azar e ter um momento de lazer.
Certa noite, após pagar meus funcionários, fiquei sem dinheiro no bolso e passei a caminhar pelas ruas de Taipei muito triste, pensando: “Que significado tem a vida? Fiz tantas coisas, tenho empresas, mas estou aqui solitário”. Por fim cheguei à frente de uma catedral. Eu não sabia que era ali onde o senhor Cha servia. Eu não diferenciava igreja, catedral ou templo. Entrei naquele lugar e vi o senhor Cha no momento da eucaristia, que eles celebravam para se lembrar do Senhor. Eu me assentei ali e me colocaram a hóstia na boca. Creio que aquele momento foi o início da obra do Senhor em mim para me levar à salvação (1 Pe 1:2).
Tempos depois, aconteceu algo muito interessante. Como eu era um homem de negócios, viajava muito para o Japão a fim de trazer mercadorias para Taiwan. Todo o período da viagem durava entre dois e três meses. O meio de transporte usado na época eram aviões bimotores com hélice. Numa dessas viagens uma das hélices parou de funcionar, porém o piloto conseguiu aterrissar sem nenhum acidente. Esse fato me fez pensar ainda mais: “De que adianta ganhar tanto dinheiro? Se o avião caísse, seria o fim. Além disso, tenho um grande vazio em meu interior. Que me falta?” (cf. Sl 39:4-7). Eu me lembro muito bem que isso ocorreu numa quarta-feira.
Ao chegar a Taiwan, meu irmão mais velho foi me buscar no aeroporto e não me levou para casa, mas para um local de reuniões da igreja, onde acontecia uma reunião para recém-salvos. Ali eu não entendia nada; só me recordo claramente de que, atrás do orador, eu vi a figura de três círculos concêntricos no quadro representando o espírito, a alma e o corpo do ser humano. O irmão que pregava falou muitas coisas, porém eu não entendi nada. Na ânsia de me ver salvo de fato, meu irmão mais velho pediu a esse irmão que cuidasse de mim. Então, ele começou a falar comigo: “Senhor Dong, todos nós somos pecadores”. Eu fiquei bravo e disse: “O quê!? Está me chamando de pecador!? Tudo que faço é segundo a moral e não errei em nada. Não sou pecador, você é que é pecador!”. Eu gostava de tudo muito correto segundo meu padrão e fiquei irritado com o que aquele irmão me falara. Essa minha resposta frustrou meu irmão mais velho, mas mesmo assim ele não perdeu sua esperança em mim.
Três dias depois, no sábado, haveria reunião de batismo em que meu irmão mais velho, meus pais e os outros irmãos e irmãs meus seriam batizados juntamente com cerca de outras quatrocentas pessoas. Minha família já havia se convertido. Éramos uma família de onze pessoas, e eu era o único que ainda não me havia rendido ao Senhor Jesus. Devido ao rogo de todos eles, eu também fui batizado naquele sábado e passei a me reunir normalmente.
Algo que me chamava a atenção é que meu pai, após ser salvo, embora tivesse problema de surdez, estava presente em todas as reuniões. Mesmo não conseguindo entender a mensagem falada, ele considerava que era sua responsabilidade e obrigação estar na reunião. Ele conhecia sua função e importância como membro do Corpo de Cristo. Participando das reuniões, não demorou muito até que eu também tivesse minha experiência de salvação. Então, depois disso, fui introduzido no viver normal da igreja e comecei a servir ao Senhor. Louvado seja o Seu nome!


Ponto-chave:
A soberania e o arranjo de Deus para nos salvar.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

O OBJETIVO DO VIVER DA IGREJA

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 5 - SÁBADO

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 13: As verdades na linha da vida [2] – (2 Pe 1:3-4)

Leitura bíblica: At 20:28; Rm 14:1-8; 1 Pe 5:1-3

Ler com oração: Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo. [...] Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor (Ef 4:13-16).

O OBJETIVO DO VIVER DA IGREJA

Em Mateus 16:18 encontramos pela primeira vez a menção da palavra igreja: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. O termo grego para igreja é ekklesía, que quer dizer chamados para fora. A igreja não é um lugar físico, mas é um viver, é algo dinâmico. Precisamos ter clareza de que o viver da igreja tem como objetivo ajudar todos os filhos de Deus a alcançar a maturidade espiritual. Para isso precisamos ajudar os que foram salvos a tomar a cruz, negar a si mesmos e seguir o Senhor (v. 24). Dessa maneira, eles crescerão na vida de Deus e, no futuro, irão reinar com Cristo.
A igreja é o Corpo de Cristo, que inclui todos os cristãos de todas as eras e em todos os tempos. No Novo Testamento as igrejas aparecem sem nome algum, apenas identificadas com o nome da cidade: igreja em Jerusalém, igreja em Antioquia, igreja em Corinto, igreja em Éfeso (At 8:1; 13:1; 1 Co 1:2; Ap 1:11), e são a expressão prática do Corpo de Cristo em cada cidade.
Ao longo dos anos, muitas práticas bíblicas foram restauradas no viver normal da igreja. Todas elas, no entanto, embora corretas, não devem nos fazer desviar dos itens essenciais da Fé e da economia neotestamentária de Deus. Se formos legalistas e dermos ênfase excessiva a qualquer uma dessas práticas, facilmente julgaremos muitos filhos de Deus erroneamente e até causaremos divisão no meio do povo de Deus por questões secundárias (Rm 14:1-8).
Os que têm liderança nas igrejas devem ter consciência de que falam pelo Senhor com o fim de edificar, nutrir e orientar os irmãos, mas não para controlá-los (At 20:28; 1 Pe 5:1-3). Eles devem sempre estar atentos, exercitando o espírito e negando a si mesmos, para perceber que não são donos do rebanho, mas ministros da nova aliança que ensinam a Palavra, não em forma de letra, mas no espírito e por meio do Espírito. Desse modo os santos todos ganharão vida, crescerão espiritualmente e o Corpo de Cristo será edificado.


Ponto-chave:
Ajudar todos os filhos de Deus a alcançar a maturidade espiritual.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

CUIDAR DAS PESSOAS COM VISTAS À EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 5 - SEXTA-FEIRA


 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES 
MENSAGEM 13: As verdades na linha da vida [2] – (2 Pe 1:3-4)

Leitura bíblica: Mt 3:1-6, 15-17; Lc 3:21-23; At 9:20-25

Ler com oração: Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo (Ef 4:11-12).


CUIDAR DAS PESSOAS COM VISTAS À EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO


Como ministros da nova aliança, todos fazemos parte do único ministério da edificação do Corpo de Cristo, por isso, não devemos fazer nada para nós mesmos.
Nos evangelhos vemos o exemplo de João Batista. Como precursor do Senhor Jesus, ele veio antes Dele, preparando o caminho e endireitando Suas veredas, anunciando que estava próximo o reino dos céus e pregando o batismo de arrependimento (Mt 3:1-6). Muitos creram na sua pregação, foram batizados e passaram a segui-lo. O problema é que, mesmo depois que o Senhor Jesus veio, eles continuaram a ser seus discípulos em vez de seguir o Filho de Deus.
Antes de iniciar Seu ministério terreno, como homem normal que cumpria a justiça de Deus, o Senhor Jesus foi batizado por João Batista. Nesse momento, os céus se abriram, o Espírito Santo desceu sobre o Senhor em forma corpórea como pomba e o Pai falou dos céus: “Este é meu Filho amado, em quem me comprazo” (v. 17). A partir daí, o Senhor iniciou Seu ministério (Lc 3:23a). Uma vez que o Senhor havia vindo, João Batista, como Seu precursor, deveria ter posto fim a seu ministério e, juntamente com seus discípulos, seguido o Senhor. Contudo isso não aconteceu: João deu continuidade a seu ministério. Mais tarde, isso gerou vários problemas, inclusive certa rivalidade entre os seus discípulos e os do Senhor.
Quando alguém que serve o Senhor tem várias pessoas sob seus cuidados, corre o risco de pensar que essas pessoas são “dele”. Ao ver que as pessoas se aproximam dele cada vez mais, ele as considera seus discípulos. Esse tipo de pensamento é uma das características da vida da alma, da vaidade do ego. Infelizmente esse fato ocorreu com João Batista.
Quando foi aprisionado por Herodes, João Batista enviou seus discípulos ao Senhor Jesus para perguntar-Lhe: “És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” (Mt 11:3). Era como se ele dissesse: “Se de fato és o Cristo que viria, por que me deixas aqui encarcerado? Não tens poder para me libertar?”. O Senhor Jesus respondeu aos discípulos de João: “Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço” (vs. 4-6). O Senhor não havia atendido à expectativa de João de ser liberto, mas isso não deveria ser uma pedra de tropeço para ele.
O apóstolo Paulo também chegou a ter seus discípulos, mas o Senhor não permitiu que ele continuasse esse tipo de discipulado. Quando estava em Damasco, no início de sua vida cristã, Paulo pregou o evangelho, e isso produziu um grupo de pessoas que passaram a segui-lo. O Senhor, porém, fez surgir uma situação em que Paulo foi perseguido pelos judeus de Damasco e teve de fugir da cidade à noite para salvar a vida. Nessa ocasião, visto que as portas da cidade estavam vigiadas, “seus discípulos tomaram-no de noite e, colocando-o num cesto, desceram-no pela muralha” (At 9:25). Essa foi uma salvação do Senhor não apenas em relação à perseguição, como também ao fato de ter discípulos.
Sempre que pregarmos o evangelho e pessoas forem ganhas, devemos logo introduzi-las no viver normal da igreja para evitar que elas se tornem nossas seguidoras, e não do Senhor. Toda a nossa obra tem apenas um fim: a edificação do Corpo de Cristo. Disso sempre devemos nos lembrar.

Ponto-chave:
Seja tudo feito para a edificação do Corpo.

A OBRA TRANSFORMADORA DO ESPÍRITO EM NÓS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 5 - QUARTA - FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 13: As verdades na linha da vida [2] – (2 Pe 1:3-4)

Leitura bíblica: 1 Co 6:17; 15:45; 1 Pe 1:6-7

Ler com oração: "Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de CRISTO, para que também, na revelação de Sua Glória, vos alegreis exultando" (1 Pe 4:12-13).

A OBRA TRANSFORMADORA DO ESPÍRITO EM NÓS

Apesar de não termos o Senhor Jesus conosco em carne, tampouco Seus doze apóstolos, podemos receber as verdades na linha da vida, a mesma que eles receberam diretamente do Senhor, principalmente por meio dos escritos de Pedro e João. Para recebê-las como Espírito e vida precisamos tão somente estar no espírito. Hoje o Senhor Jesus é o Espírito (2°Co 3:17) que habita em nós (Rm 8:9-11). Quando invocamos o Seu nome, estamos no espírito e Nele ganhamos vida, pois Ele é o Espírito que dá vida (1°Co 15:45).

Em seus escritos e baseado em suas experiências de vida, o apóstolo Pedro nos descreveu que a obra transformadora que está ocorrendo em nós tem dois aspectos: um deles é que o Senhor nos purifica, eliminando a velha vida e natureza caída que herdamos de Adão (1 Pe 1:22-23); o outro aspecto é que a vida e a natureza de Deus, uma vez existindo em nós, podem ser aumentadas e nos fazer entrar no Reino Eterno do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2°Pe 1:3-11).

O apóstolo Pedro experimentou esse crescimento porque negou bastante a si mesmo. Antes ele tinha uma vida da alma muito forte, porém, por meio de muitas provas de “fogo”, ele foi transformado. Por isso ele disse em sua primeira epístola: “Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa Fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” (1 Pe 1:6-7).

Segundo sua experiência a obra transformadora do Espírito em nós é como a purificação do ouro: ela acontece por meio de alta temperatura. Assim como o ouro, que, quando colocado no cadinho, por ser mais pesado, vai para o fundo, deixando as impurezas à tona, nossa alma também possui muitas impurezas, herdadas de Adão, que se manifestam quando passamos por provações e são facilmente removidas quando nos arrependemos. Assim o valor de nossa Fé é confirmado e somos transformados pelo Espírito.

Especialmente quando servimos na vida da igreja podemos ver o quanto a vida da alma, nosso ego, se manifesta. Contudo, porque amamos o Senhor, sempre que nos voltamos ao nosso espírito, Ele nos ilumina. Isso produz um constrangimento interior que nos leva a orar e a nos arrepender perante Ele. Dessa maneira, o Espírito do Senhor, que habita em nosso espírito e é fogo consumidor, pode eliminar as impurezas da alma, do nosso velho homem e do nosso ser natural.

Como ministros da Nova Aliança, devemos desenvolver uma maior sensibilidade para discernir quando servimos pela vida da alma e, ao sermos iluminados pelo Senhor, imediatamente nos arrependermos. Agindo assim, mais da vida e natureza divinas poderão ser dispensadas a nós. Aleluia!


Ponto-chave:
Ser purificado pelo fogo que há no Espírito.

terça-feira, 24 de junho de 2014

INVOCAR O NOME DO SENHOR

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 5 - TERÇA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 13: As verdades na linha da vida [2] – (2 Pe 1:3-4)

Leitura bíblica: Gn 4:26; Rm 10:9-13; 1 Co 1:2; 2 Tm 2:22

Ler com oração: Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes (Jr 33:3).

INVOCAR O NOME DO SENHOR

Um dos itens revelados na Palavra é o invocar do nome do Senhor (Gn 4:26; Jr 29:12; 33:3; Sl 119:50; Jl 2:32). Essa revelação veio até nós quando um servo do Senhor precisava tomar uma decisão e, não sabendo o que fazer, disse: “Ó Senhor Jesus! Ó Senhor Jesus!” várias vezes. Nesse momento ele percebeu que estava fazendo o que é descrito nas Escrituras como a prática de muitas pessoas que foram usadas por Deus (At 2:21; 7:58-59; 9:15, 21; Rm 10:9-11; 1 Co 1:2; 2 Tm 2:22). A partir daí ele passou a praticar isso e levar outros a praticá-lo também.
Na década de 1960, ao vir nos visitar em São Paulo, esse mesmo irmão deu uma mensagem sobre invocar o nome do Senhor. Naquela reunião, os três presbíteros, dos quais eu fazia parte, não tiveram nenhuma reação. Incomodado com isso, aquele servo do Senhor se levantou, foi até o corredor onde estavam alguns jovens e lhes disse: “Jovens, invoquem o Senhor Jesus comigo; vamos lá?”. Embora nós, os mais velhos, tivéssemos dificuldade em aderir a essa prática, os jovens o seguiram facilmente e passaram a invocar com ele. Graças ao Senhor, posteriormente, eu também vi a importância de praticar isso.
Quando invocamos o nome do Senhor Jesus, no início pode parecer um pouco mecânico: “Ó Senhor! Amém! Aleluia!”, porém, com a prática, isso se torna espontâneo. Ao invocá-Lo, não precisamos ficar preocupados se estamos na alma ou no espírito, ou se o fazemos mecânica ou espontaneamente. Como ninguém pode dizer “Senhor Jesus!” senão pelo Espírito de Deus (1 Co 12:3), logo, à medida que O invocamos, somos transferidos de esfera e, ao fazê-lo, além de sermos salvos, experimentamos um rico suprimento interior! (Rm 10:12-13).
Para mim, pessoalmente, invocar o nome do Senhor me ajuda a desfrutar de “O Espírito”, que habita em meu espírito humano, como também a me unir a Ele (1 Co 6:17). Como fruto de vivermos no espírito, espontaneamente expressamos o amor de Deus (Gl 5:22a). Devemos ter a prática de invocar o nome do Senhor até isso se tornar parte de nosso viver. Como disse o salmista: “Invocá-lo-ei enquanto eu viver” (Sl 116:2b). Dessa maneira, quanto mais invocamos, mais a vida de Deus pode crescer em nós; e, quanto mais da vida divina tivermos, mais Seu amor se manifestará por meio de nós, porque Deus é amor.
A prática de invocar o maravilhoso nome do Senhor Jesus tem produzido em nós resultados muito positivos. Não só desfrutamos de alegria e paz interior, como também passamos a ter a realidade do principal mandamento que Ele nos deixou: amarmos uns aos outros (Jo 13:34; 15:12, 17).


Ponto-chave:  Ó Senhor Jesus.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

NÃO MERA LETRA, MAS ESPÍRITO E VIDA

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 5 - SEGUNDA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 13: As verdades na linha da vida [2] – (2 Pe 1:3-4)

Leitura bíblica:  2 Co 3:6; 12:1-4; Ef 1:17-23; Fp 3:4-7; Cl 1:25

Ler com oração:  Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria (Cl 3:16).

NÃO MERA LETRA, MAS ESPÍRITO E VIDA

O tema desta semana é “As verdades na linha da vida (2)”. Como vimos anteriormente, as verdades foram transmitidas de duas maneiras: primeiro, o Senhor transmitiu pessoalmente aos apóstolos em Seu ministério terreno e, depois, Ele transmitiu em espírito ao apóstolo Paulo, por meio de visões e revelações.
Antes de se converter ao Senhor, Paulo era um profundo conhecedor do Antigo Testamento, pois fora instruído aos pés de Gamaliel, um dos maiores mestres de Israel na época (At 5:34; 22:3). Além disso, ele era “hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu, quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível” (Fp 3:4-7).
Após converter-se ao Senhor, em um determinado momento de sua nova vida, Paulo foi arrebatado até ao terceiro céu, onde ouviu palavras inefáveis (2 Co 12:1-4). As visões e revelações que obteve do Senhor foram deixadas para nós por escrito, na forma de letra, em suas catorze epístolas, e se tornaram grande parte do Novo Testamento (cf. Ef 3:1-4; Cl 1:25).
Embora suas epístolas sejam registros na forma de letra do que viu e ouviu, sem dúvida devemos recebê-las no espírito para que nos supram espiritualmente com vida. Foi com essa preocupação que Paulo nos advertiu: “A letra mata, mas o espírito vivifica” (2 Co 3:6b). Como ministros da nova aliança não devemos buscar o mero conhecimento objetivo das Escrituras, mas tomar o que foi escrito por meio do Espírito, para que se torne vida, e não mera informação morta.
Toda vez que nos achegamos às Escrituras, precisamos colocar a mente no espírito (Rm 8:6 – lit), a fim de sair da esfera de nosso entendimento e conceitos naturais. Precisamos orar para que o Senhor brilhe através das letras impressas e O vejamos claramente. Desse modo, ganharemos a vida e o Espírito que vêm por meio da Palavra. Essa é razão de Paulo orar conforme descrito em Efésios 1:17: “Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele”. Dessa maneira, não teremos apenas informações na mente, mas nosso coração será iluminado para ver o Senhor e Seu grande plano para conosco (vs. 18-23).
Uma ótima maneira de pôr a mente no espírito ao ler a Bíblia é invocar o nome do Senhor (1 Co 12:3). Quando fazemos isso várias vezes, saímos da esfera natural e entramos na esfera espiritual, na qual podemos desfrutar a Palavra como Espírito e vida.


Ponto-chave:   Desfrutar a Palavra.

sábado, 21 de junho de 2014

FÉ MUITO MAIS PRECIOSA QUE O OURO PERECÍVEL

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 4 - DOMINGO

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 12: As verdades na linha da vida [1] – (Mt 3:11)

Leitura bíblica:
Pv 17:3; 1 Pe 1:7-9

Ler com oração:
Para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo (1 Pe 1:7).

FÉ MUITO MAIS PRECIOSA QUE O OURO PERECÍVEL

Em sua primeira epístola, Pedro comparou a salvação da alma ao refino do ouro por meio do fogo. Quando o ouro é extraído da terra em forma de minério por meio da garimpagem, ele carrega consigo inúmeras impurezas, as quais necessitam ser removidas para que seja utilizado na confecção de jóias. Para isso, o ourives usa um recipiente chamado cadinho, onde o ouro é colocado e submetido a elevadas temperaturas. Com o aumento da temperatura e o derretimento do metal, as impurezas são levadas à superfície e podem ser retiradas. O princípio é o mesmo em relação à nossa vida da alma: para que as impurezas apareçam e sejam eliminadas, precisamos do contínuo operar do fogo do Espírito em nosso interior. O resultado será um ouro tão puro a ponto de ser transparente, tal qual o descrito em Apocalipse 21:21 e que compõe a nova Jerusalém.
A partir dessa ilustração e da experiência de Pedro, ganhamos luz de que a maneira de eliminarmos a nossa vida da alma de modo eficiente é nos voltarmos ao espírito. Isso porque no nosso espírito temos o Espírito Santo e também o fogo. Quanto mais exercitamos nosso espírito, mais a temperatura é aumentada e nossas impurezas podem ser expostas. Graças ao Senhor!
Quando negamos a nós mesmos e eliminamos nossa vida da alma, a vida de Deus pode ser acrescentada a nós. Esse trabalho do Espírito é contínuo e precisa ser diário. O resultado final é que seremos como o ouro puro, muito mais precioso que o ouro perecível, aprovados pelo Senhor na Sua vinda. Dessa maneira, estaremos aptos a reinar com Ele no mundo que há de vir. É a isso que Pedro se refere quando fala que essa experiência redunda em “louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” (1 Pe 1: 7).
As verdades na forma da letra, ministradas pelo apóstolo Paulo, nos ajudam na medida em que usamos o espírito para ir à Palavra e ganhar vida. Por outro lado, somos também muito ajudados por meio das verdades na linha da vida, ministradas pelos primeiros apóstolos com base nas suas experiências pessoais com o Senhor. Pedro foi muito exposto nos evangelhos pela maneira como deixava agir sua vida da alma, sempre muito impulsiva e independente do Senhor. Mas, quando viu que a solução estava em seu espírito, ele foi liberto! Da mesma forma, hoje podemos nos voltar ao Espírito e nos arrepender, permitindo ao fogo do Espírito queimar todas as coisas naturais e velhas que persistem em nosso interior.
Concluindo, vemos que a maneira mais prática de permanecermos no espírito é invocar o nome do Senhor. Quando invocamos, somos conduzidos ao espírito onde temos o fogo que ilumina e queima nossa vida da alma. Ao perdermos a vida da alma, somos mais salvos e ganhamos mais da vida de Deus (Rm 5:10). Em outras palavras, obtemos o fim da nossa fé: a salvação da nossa alma (1 Pe 1:9).


Ponto-chave:
Invocar o nome do Senhor para permanecer no espírito.