domingo, 29 de junho de 2014

UM TESTEMUNHO DE CONVERSÃO AO SENHOR

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 5 - DOMINGO

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 13: As verdades na linha da vida [2] – (2 Pe 1:3-4)

Leitura bíblica: 1 Pe 1:2; Sl 39:4-7

Ler com oração: Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo (Tt 3:4-5).

UM TESTEMUNHO DE CONVERSÃO AO SENHOR

Embora eu tenha nascido na região de Xangai, cresci em Taiwan e fui um empresário bem próspero. Mesmo ganhando muito dinheiro, em meu interior eu me sentia muito vazio.
Todo domingo à tarde um senhor chamado Cha visitava meus pais. Isso ocorria de maneira frequente, quer fizesse sol ou chovesse, até mesmo se houvesse tufões. Lembro-me que esse sacerdote vinha e se sentava na sala com meus pais para lhes falar a Palavra de Deus, enquanto nós, os filhos, ficávamos num ambiente à parte, jogando mahjong.
Esse jogo era bastante comum em Taiwan naquela época, sendo um jogo de sorte e azar que estimulava a cobiça de ganhar dinheiro do outro jogador. Em nosso caso, porém, não jogávamos para apostar, mas apenas para fazer amizade com as pessoas. Mesmo assim, eu sabia em meu interior que não deveria jogar e me justificava: “Não é um jogo de verdade, é apenas por causa dos amigos”.
Na véspera de um desses domingos, houve uma grande tempestade com vítimas fatais, porém o senhor Cha não deixou de visitar a minha família; no domingo à tarde, lá estava ele falando sobre a Bíblia aos meus pais, e nós jogando. A sensação que eu tinha era como se eles estivessem no céu, e nós, no inferno.
No período do ano novo chinês a jogatina era aberta a todos, a fim de satisfazer o prazer das pessoas. Como proprietários e donos de uma fábrica, pagávamos o salário todo em espécie para que os funcionários pudessem também gastar nos jogos de sorte e azar e ter um momento de lazer.
Certa noite, após pagar meus funcionários, fiquei sem dinheiro no bolso e passei a caminhar pelas ruas de Taipei muito triste, pensando: “Que significado tem a vida? Fiz tantas coisas, tenho empresas, mas estou aqui solitário”. Por fim cheguei à frente de uma catedral. Eu não sabia que era ali onde o senhor Cha servia. Eu não diferenciava igreja, catedral ou templo. Entrei naquele lugar e vi o senhor Cha no momento da eucaristia, que eles celebravam para se lembrar do Senhor. Eu me assentei ali e me colocaram a hóstia na boca. Creio que aquele momento foi o início da obra do Senhor em mim para me levar à salvação (1 Pe 1:2).
Tempos depois, aconteceu algo muito interessante. Como eu era um homem de negócios, viajava muito para o Japão a fim de trazer mercadorias para Taiwan. Todo o período da viagem durava entre dois e três meses. O meio de transporte usado na época eram aviões bimotores com hélice. Numa dessas viagens uma das hélices parou de funcionar, porém o piloto conseguiu aterrissar sem nenhum acidente. Esse fato me fez pensar ainda mais: “De que adianta ganhar tanto dinheiro? Se o avião caísse, seria o fim. Além disso, tenho um grande vazio em meu interior. Que me falta?” (cf. Sl 39:4-7). Eu me lembro muito bem que isso ocorreu numa quarta-feira.
Ao chegar a Taiwan, meu irmão mais velho foi me buscar no aeroporto e não me levou para casa, mas para um local de reuniões da igreja, onde acontecia uma reunião para recém-salvos. Ali eu não entendia nada; só me recordo claramente de que, atrás do orador, eu vi a figura de três círculos concêntricos no quadro representando o espírito, a alma e o corpo do ser humano. O irmão que pregava falou muitas coisas, porém eu não entendi nada. Na ânsia de me ver salvo de fato, meu irmão mais velho pediu a esse irmão que cuidasse de mim. Então, ele começou a falar comigo: “Senhor Dong, todos nós somos pecadores”. Eu fiquei bravo e disse: “O quê!? Está me chamando de pecador!? Tudo que faço é segundo a moral e não errei em nada. Não sou pecador, você é que é pecador!”. Eu gostava de tudo muito correto segundo meu padrão e fiquei irritado com o que aquele irmão me falara. Essa minha resposta frustrou meu irmão mais velho, mas mesmo assim ele não perdeu sua esperança em mim.
Três dias depois, no sábado, haveria reunião de batismo em que meu irmão mais velho, meus pais e os outros irmãos e irmãs meus seriam batizados juntamente com cerca de outras quatrocentas pessoas. Minha família já havia se convertido. Éramos uma família de onze pessoas, e eu era o único que ainda não me havia rendido ao Senhor Jesus. Devido ao rogo de todos eles, eu também fui batizado naquele sábado e passei a me reunir normalmente.
Algo que me chamava a atenção é que meu pai, após ser salvo, embora tivesse problema de surdez, estava presente em todas as reuniões. Mesmo não conseguindo entender a mensagem falada, ele considerava que era sua responsabilidade e obrigação estar na reunião. Ele conhecia sua função e importância como membro do Corpo de Cristo. Participando das reuniões, não demorou muito até que eu também tivesse minha experiência de salvação. Então, depois disso, fui introduzido no viver normal da igreja e comecei a servir ao Senhor. Louvado seja o Seu nome!


Ponto-chave:
A soberania e o arranjo de Deus para nos salvar.

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