ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - DOMINGO
NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM capítulo 5: O MINISTÉRIO DE PEDRO
Leitura bíblica: 1Pe 1:3-9; Hb 2:5-8, 1 Ts 4:16-17; 1Co 15:51-54; Mt 3:11
Ler com oração: Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo. [...]. Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando.[...] Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á. (1Pe 1:6-7, 4:12-13; Mt 16:24-25)
INÍCIO DO CAPÍTULO 5 ATÉ LOUVOR, GLÓRIA E HONRA
Conforme exposto nos capítulos anteriores, os doze apóstolos receberam a revelação das verdades do Novo Testamento diretamente do Senhor Jesus, durante os anos que estiveram com Ele. Jesus aproveitava todas as oportunidades para aplicar na vida prática as verdades que ensinava. Todavia, por causa da imaturidade deles, não compreendiam totalmente o que o Senhor lhes revelava. Mais tarde, Ele levantou a Paulo e lhe deu a visão completa da economia neotestamentária de Deus.
Todavia, os doze apóstolos têm uma posição especial no plano de Deus. No livro de Apocalipse, escrito por João na ilha de Patmos, é revelado que a muralha da cidade [nova Jerusalém] tinha doze fundamentos, sobre os quais estavam os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro (Ap 21:14). Os verdadeiros representantes do ministério dos doze apóstolos foram Pedro e João, que pouco a pouco amadureceram em vida. O Espírito da realidade lhes ensinou todas as coisas e os fez lembrar de tudo o que o Senhor Jesus lhes havia dito (Jo 14:17, 26). As cartas que Pedro e João escreveram, já em idade avançada, demonstram que eles haviam amadurecido, visto que são livros que destilam vida e estão recheados de experiências. Veremos neste capítulo acerca do ministério de Pedro em sua maturidade.
A Primeira Epístola de Pedro
Pedro escreveu sua primeira epístola por volta do ano 64, antes do martírio de Paulo. Essa carta foi escrita com a ajuda de Silvano, que era Silas, companheiro de Paulo em sua segunda viagem apostólica (1 Pe 5:12). Na ocasião em que foi escrita essa epístola, João Marcos, o pivô da discussão entre Paulo e Barnabé no início da segunda viagem (At 15:37-40), estava com Pedro (v. 13). O mesmo Marcos foi mais tarde solicitado por Paulo, para que Timóteo o levasse até ele, pois lhe era útil para o ministério (2 Tm 4:11). Isso revela que os mesmos cooperadores, Silas e Marcos, serviam com Paulo e com Pedro.
Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo
Queremos lembrar que o nosso foco neste livro é falar sobre a nossa atitude para com as verdades. Pedro, na sua maturidade, nos ajuda a aplicar as verdades por meio de suas preciosas experiências. Ele bendiz “o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo” (1 Pe 1:3-5).
Deus é totalmente digno de receber o nosso louvor, pois segundo a Sua muita misericórdia, nós, homens, pela fé em Cristo, fomos gerados por Deus como Seus filhos, ao recebermos Sua vida. Isso só se tornou possível mediante a ressurreição de Jesus Cristo, o Primogênito do Pai. Esse novo nascimento nos trouxe uma viva esperança: crescer como filhos de Deus, e amadurecer até sermos Seus filhos herdeiros, com o objetivo de receber a herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para nós. Essa herança será o reino, será o governo do mundo que há de vir, que Deus determinou não entregar aos anjos, e, sim, aos homens (Hb 2:5-8).
A salvação completa de Deus
Todavia, há um longo caminho a percorrer para que os homens alcancem a herança do reino. Para isso é necessário passarmos pelo trabalhar da salvação completa de Deus que visa salvar o nosso espírito, alma e corpo. A salvação do espírito ocorre no momento da nossa regeneração, quando recebemos a vida de Deus por meio do Espírito em nosso espírito. Pela salvação do espírito, recebemos a vida eterna, tornamo-nos filhos de Deus. A salvação do nosso corpo ocorrerá na segunda vinda de Cristo; quando ressoar a trombeta de Deus, o Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois os vivos, os que ficarem, serão arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares (1 Ts 4:16-17). Os mortos em Cristo ressuscitarão incorruptíveis, e, os vivos, serão transformados. O corpo corruptível se revestirá de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestirá de imortalidade (1 Co 15:51-54). Essa é a salvação do nosso corpo.
A salvação da alma
Falamos da salvação do espírito e também do corpo, mas ainda falta a salvação da nossa alma; esta é a mais complicada, pois precisa de toda a nossa vida na terra para se desenvolver. O Senhor Jesus fez questão de expor o problema da alma para Pedro. No Evangelho de Mateus está registrado que Pedro reprovou Jesus na tentativa de protegê-Lo, pois não desejava que Ele sofresse e fosse morto. Como resposta, Pedro ouviu do Senhor: “Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens” (16:21-23).
Em outra ocasião, o mesmo Pedro, entusiasmado com a aparição de Moisés e Elias, quis fazer três tendas; uma para o Senhor Jesus, outra para Moisés e outra para Elias. Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vinda da nuvem, uma voz que dizia: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo: a Ele ouvi” (17:1-5). Exemplos como estes mostram que o homem vive pela sua alma; ainda que seja pelo lado bom dela, não consegue fazer a vontade de Deus.
Negar a si mesmo, negar a vida da alma
Se quisermos fazer a vontade de Deus teremos de seguir o Senhor, e para segui-Lo, só tem um caminho: negar a nós mesmos. Depois de revelar que a igreja é um tipo de viver que faz a vontade de Deus, e não um edifício nem uma organização religiosa, Jesus revela o caminho: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto quem quiser salvar a sua vida [alma] perdê-la-á; e quem perder a vida [alma] por minha causa achá-la-á” (Mt 16:24-25).
Todo homem que conhece a necessidade de negar a si mesmo deve ter experimentado uma luta interior muito grande na tentativa de consegui-lo. Seguramente não é uma tarefa fácil. Todos nós temos a experiência de passar por algumas grandes tribulações na vida, situações em que lutamos até esgotar todas as nossas forças, até chegarmos a ponto de não nos restar nenhuma saída, a não ser nos render ao Senhor. São momentos em que provamos o quebrantamento, o arrependimento cabal e a consagração absoluta. Pensamos muitas vezes que são provações como essas que nos fazem negar a vida da alma. No entanto, quando a pressão do sofrimento é aliviada, a vida da alma que pensamos ter sido debelada em nós, volta à atividade. Isso é muito frustrante, e não deve ter sido diferente na experiência de Pedro.
Espírito e fogo
A Primeira Epístola de Pedro mostra que ele achou o caminho certo. O versículo chave está em Mateus 3:11, na palavra dita por João Batista: “Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”. Ao lerem esse texto, alguns entendem que se aceitarmos o Senhor Ele nos batizará com o Espírito Santo, e se não O aceitarmos, Ele nos batizará com o fogo inextinguível. A Palavra não diz que seremos batizados com o Espírito Santo “ou” com fogo, e, sim, com o Espírito Santo “e” com fogo.
Em outras palavras, o Espírito e o fogo andam juntos, isto é, onde está o Espírito ali está também o fogo. Pedro evidencia a importância do fogo no processo de purificação de nossa alma: “Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” (1 Pe 1:6-7).
Para se refinar o ouro, coloca-se o minério em um cadinho, para submetê-lo a alta temperatura. O ouro derrete, isto é, se liquefaz; e em estado líquido ele decanta, pois é mais pesado que as impurezas, permitindo assim que o ourives as remova. Semelhantemente, toda vez que o Senhor, nas situações cotidianas expõe a nossa vida da alma com Sua luz, precisamos do fogo que está no nosso espírito para evidenciar as impurezas da alma e queimá-las. Não há necessidade de esperar por alguma tribulação extraordinária, e, sim, no nosso dia a dia, por meio de uma palavra ou atitude, precisamos ser iluminados por Deus, de que ainda vivemos por nós mesmos, mesmo que seja pelo lado bom. Assim, voluntariamente buscamos o fogo do Espírito para depurar o ouro não perecível que está em nós.
Confirmando a importância do fogo na salvação da alma, Pedro, também fala: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também na revelação de sua glória vos alegreis exultando” (4:12-13). O conceito tradicional, de associar o fogo ao castigo, dificulta-nos o entendimento de que ele também pode ser usado por Deus no sentido positivo, para eliminar as impurezas e depurar o ouro. Pedro achou o caminho para obter a salvação da alma e hoje somos beneficiados pelas suas experiências de vida.
Louvor, glória e honra
Pedro ainda complementa sobre a salvação da alma dizendo: “A quem [Jesus Cristo], não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória, obtendo o fim da vossa fé, a salvação da vossa alma” (1 Pe 1:8-9). Esse é o caminho da salvação da nossa alma. Na revelação de Jesus Cristo, isto é, na Sua segunda vinda, quando todos os filhos de Deus comparecerão perante o tribunal de Cristo (2 Co 5:10) que Ele estabelecerá nos ares (1 Ts 4:16-17), receberemos louvor, isto é, aprovação; glória, que é a esfera do reino de Deus, e honra, para reinarmos com o Senhor.
E SERÁ PREGADO ESTE EVANGELHO DO REINO POR TODO MUNDO, PARA TESTEMUNHO A TODAS AS NAÇÕES. "ENTÃO VIRÁ O FIM" (Mt 24:14).
domingo, 23 de março de 2014
sábado, 22 de março de 2014
FILIPENSES ATÉ HEBREUS
ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - SÁBADO
NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM capítulo 4: A ÊNFASE DOS ESCRITOS DE PAULO
Leitura bíblica: Fp 1:3-7, 4:14-19,2:7-11, 3:7-14; Fm8-11
Ler com oração: Pois não foi a anjos que sujeitou o mundo que há de vir, sobre o qual estamos falando; antes, alguém, em certo lugar, deu pleno testemunho, dizendo: Que é o homem, que dele te lembres? Ou o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste [e o constituíste sobre as obras das tuas mãos]. Todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus pés. Ora, desde que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou fora do seu domínio. Agora, porém, ainda não vemos todas as coisas a ele sujeitas; vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem. Porque convinha que aquele, por cuja causa e por quem todas as coisas existem, conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse, por meio de sofrimentos, o Autor da salvação deles. (Hb 2: 5-10)
FILIPENSES ATÉ HEBREUS
Filipenses
Filipos era a principal cidade da província romana na Macedônia. A igreja foi levantada de maneira muito doce na segunda viagem de Paulo com Silas. Por isso, Paulo mantinha um relacionamento de intimidade e cuidado com os crentes filipenses. Ele começa a carta que lhes foi endereçada, salientando a cooperação deles no evangelho, desde o primeiro dia até aquele momento (Fp 1:3-7). Eles sempre supriram Paulo com ofertas de riquezas materiais, tornando-se participantes do fruto do evangelho do apóstolo (4:14-19).
No capítulo dois da Epístola aos Filipenses, Paulo mostra o modelo de Cristo Jesus para todo homem que deseja reinar no mundo que há de vir; pois Ele “a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (vs. 7-11).
No capítulo três Paulo destaca que por causa da sublimidade da revelação da economia neotestamentária de Deus, ele perdeu todas as coisas e as considerava como refugo, para ganhar a Cristo. Ele queria de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos, que é um prêmio para os vencedores. Com isso, ele não olhava mais para trás, antes, esquecendo-se das coisas que para trás ficaram, desejava avançar para as que diante dele estavam, prosseguindo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (vs. 7-14).
O prêmio para os vencedores será o reino milenar. Portanto a Epístola aos Filipenses define o destino, o alvo, “do avião” da economia neotestamentária de Deus. Todo avião antes de levantar voo precisa saber qual é o seu destino, para calcular o combustível, o roteiro, enfim, o plano de voo. Filipenses traz “o plano de voo e o alvo final”, que é o reino.
Filemom
Esta é uma carta pessoal de Paulo a Filemom, que provavelmente era um presbítero da igreja em Colossos. Ele possuía um escravo de nome Onésimo; este fugira de seu senhor, roubando-lhe algum dinheiro. Onésimo foi até Roma onde seu caminho cruzou com o do apóstolo Paulo, que lhe pregou o evangelho e cuidou dele com muito amor. Aquele que antes era inútil ao seu senhor, graças ao suprimento de vida em amor, tornou-se útil a Paulo e a Filemom (vs. 8-11).
Essa história revela algo muito significativo, pois no plano de Deus, Sua economia visa suprir-nos com a vida divina para o nosso crescimento. O dispensar da vida de Deus faz Sua natureza, que é amor, chegar até nós. O resultado desse suprimento de vida, por meio do cuidado amoroso dos membros do Corpo de Cristo, faz uma obra de transformação em nós: de pessoas totalmente inúteis para Deus, nos tornamos úteis, mediante o trabalhar de Sua vida, em amor. Esse amor, que muda as pessoas inúteis em úteis, é a base para a pista de decolagem do avião.
Hebreus
Por fim, a Epístola aos Hebreus traz-nos uma revelação capaz de mudar nossa vida e serviço a Deus. Como pano de fundo, devemos ter em mente que Deus confiara aos anjos o governo do primeiro mundo, mas eles fracassaram. Por isso essa carta começa com a apresentação do Filho Primogênito de Deus, Jesus Cristo, o Homem. Como Deus, Ele era o Filho Unigênito do Pai (Jo 1:18), todavia, Ele se tornou carne, na pessoa de Jesus, e viveu uma vida de completa renúncia de Si, para fazer somente a vontade Daquele que O enviou; foi obediente até a morte e morte de cruz. Foi o primeiro homem a receber a aprovação do Deus Pai, que O ressuscitou (At 2:22-24), e foi exaltado à Sua destra (vs. 32-33).
Deus cumpriu plenamente a nós, Seus filhos, o evangelho da promessa, ressuscitando a Jesus, como também está escrito: “Tu és Meu Filho, eu, hoje, te gerei (At 13:32-34 cf. Sl 2:7b). É de extrema importância observar que o Homem Jesus foi gerado na ressurreição como Filho de Deus. Ele foi o primeiro homem a ser coroado de glória e de honra, a fim de conduzir os muitos filhos de Deus à glória pelo mesmo caminho que Ele trilhou (Hb 2:9-10).
No capítulo um o autor explicita a superioridade do Homem Jesus em relação aos anjos. Embora sejam seres espirituais (v. 14a), os anjos não foram criados para receber a vida de Deus; portanto, não podem ser gerados como filhos de Deus (v. 5); pelo contrário, Jesus foi o primeiro Homem gerado por Deus como Seu Filho Primogênito, e Deus ordenou que todos os anjos O adorem (v. 6). Os anjos foram enviados para servir os homens que irão herdar a salvação (v. 14b).
No capítulo dois o autor revela algo tremendo: Deus não sujeitará o mundo que há de vir a anjos, antes, Ele entregará ao homem o governo do reino vindouro: “Que é o homem, que dele te lembres? Ou o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste [e o constituíste sobre as obras das tuas mãos]” (vs. 6-8).
Como poderá o homem pecador, rebelde contra Deus, criado por um pouco menor que os anjos, assumir tão grande responsabilidade de governar o mundo que há de vir? O restante dessa carta explica que Jesus, como Homem, abriu o caminho para todos os homens que Lhe obedecem, com o fim de prepará-los para reinar. Ele é Autor da nossa salvação, Apóstolo e Sumo Sacerdote, para executar em nós a plena salvação de Deus. Quanto a nós, tão somente temos de correr a nossa carreira pela fé, seguindo o Autor e Consumador da fé: Jesus. Ao viver a vida da igreja, crescer em vida e praticar o amor, seremos preparados para reinar no mundo que há de vir. Glória a Deus!
NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM capítulo 4: A ÊNFASE DOS ESCRITOS DE PAULO
Leitura bíblica: Fp 1:3-7, 4:14-19,2:7-11, 3:7-14; Fm8-11
Ler com oração: Pois não foi a anjos que sujeitou o mundo que há de vir, sobre o qual estamos falando; antes, alguém, em certo lugar, deu pleno testemunho, dizendo: Que é o homem, que dele te lembres? Ou o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste [e o constituíste sobre as obras das tuas mãos]. Todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus pés. Ora, desde que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou fora do seu domínio. Agora, porém, ainda não vemos todas as coisas a ele sujeitas; vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem. Porque convinha que aquele, por cuja causa e por quem todas as coisas existem, conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse, por meio de sofrimentos, o Autor da salvação deles. (Hb 2: 5-10)
FILIPENSES ATÉ HEBREUS
Filipenses
Filipos era a principal cidade da província romana na Macedônia. A igreja foi levantada de maneira muito doce na segunda viagem de Paulo com Silas. Por isso, Paulo mantinha um relacionamento de intimidade e cuidado com os crentes filipenses. Ele começa a carta que lhes foi endereçada, salientando a cooperação deles no evangelho, desde o primeiro dia até aquele momento (Fp 1:3-7). Eles sempre supriram Paulo com ofertas de riquezas materiais, tornando-se participantes do fruto do evangelho do apóstolo (4:14-19).
No capítulo dois da Epístola aos Filipenses, Paulo mostra o modelo de Cristo Jesus para todo homem que deseja reinar no mundo que há de vir; pois Ele “a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (vs. 7-11).
No capítulo três Paulo destaca que por causa da sublimidade da revelação da economia neotestamentária de Deus, ele perdeu todas as coisas e as considerava como refugo, para ganhar a Cristo. Ele queria de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos, que é um prêmio para os vencedores. Com isso, ele não olhava mais para trás, antes, esquecendo-se das coisas que para trás ficaram, desejava avançar para as que diante dele estavam, prosseguindo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (vs. 7-14).
O prêmio para os vencedores será o reino milenar. Portanto a Epístola aos Filipenses define o destino, o alvo, “do avião” da economia neotestamentária de Deus. Todo avião antes de levantar voo precisa saber qual é o seu destino, para calcular o combustível, o roteiro, enfim, o plano de voo. Filipenses traz “o plano de voo e o alvo final”, que é o reino.
Filemom
Esta é uma carta pessoal de Paulo a Filemom, que provavelmente era um presbítero da igreja em Colossos. Ele possuía um escravo de nome Onésimo; este fugira de seu senhor, roubando-lhe algum dinheiro. Onésimo foi até Roma onde seu caminho cruzou com o do apóstolo Paulo, que lhe pregou o evangelho e cuidou dele com muito amor. Aquele que antes era inútil ao seu senhor, graças ao suprimento de vida em amor, tornou-se útil a Paulo e a Filemom (vs. 8-11).
Essa história revela algo muito significativo, pois no plano de Deus, Sua economia visa suprir-nos com a vida divina para o nosso crescimento. O dispensar da vida de Deus faz Sua natureza, que é amor, chegar até nós. O resultado desse suprimento de vida, por meio do cuidado amoroso dos membros do Corpo de Cristo, faz uma obra de transformação em nós: de pessoas totalmente inúteis para Deus, nos tornamos úteis, mediante o trabalhar de Sua vida, em amor. Esse amor, que muda as pessoas inúteis em úteis, é a base para a pista de decolagem do avião.
Hebreus
Por fim, a Epístola aos Hebreus traz-nos uma revelação capaz de mudar nossa vida e serviço a Deus. Como pano de fundo, devemos ter em mente que Deus confiara aos anjos o governo do primeiro mundo, mas eles fracassaram. Por isso essa carta começa com a apresentação do Filho Primogênito de Deus, Jesus Cristo, o Homem. Como Deus, Ele era o Filho Unigênito do Pai (Jo 1:18), todavia, Ele se tornou carne, na pessoa de Jesus, e viveu uma vida de completa renúncia de Si, para fazer somente a vontade Daquele que O enviou; foi obediente até a morte e morte de cruz. Foi o primeiro homem a receber a aprovação do Deus Pai, que O ressuscitou (At 2:22-24), e foi exaltado à Sua destra (vs. 32-33).
Deus cumpriu plenamente a nós, Seus filhos, o evangelho da promessa, ressuscitando a Jesus, como também está escrito: “Tu és Meu Filho, eu, hoje, te gerei (At 13:32-34 cf. Sl 2:7b). É de extrema importância observar que o Homem Jesus foi gerado na ressurreição como Filho de Deus. Ele foi o primeiro homem a ser coroado de glória e de honra, a fim de conduzir os muitos filhos de Deus à glória pelo mesmo caminho que Ele trilhou (Hb 2:9-10).
No capítulo um o autor explicita a superioridade do Homem Jesus em relação aos anjos. Embora sejam seres espirituais (v. 14a), os anjos não foram criados para receber a vida de Deus; portanto, não podem ser gerados como filhos de Deus (v. 5); pelo contrário, Jesus foi o primeiro Homem gerado por Deus como Seu Filho Primogênito, e Deus ordenou que todos os anjos O adorem (v. 6). Os anjos foram enviados para servir os homens que irão herdar a salvação (v. 14b).
No capítulo dois o autor revela algo tremendo: Deus não sujeitará o mundo que há de vir a anjos, antes, Ele entregará ao homem o governo do reino vindouro: “Que é o homem, que dele te lembres? Ou o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste [e o constituíste sobre as obras das tuas mãos]” (vs. 6-8).
Como poderá o homem pecador, rebelde contra Deus, criado por um pouco menor que os anjos, assumir tão grande responsabilidade de governar o mundo que há de vir? O restante dessa carta explica que Jesus, como Homem, abriu o caminho para todos os homens que Lhe obedecem, com o fim de prepará-los para reinar. Ele é Autor da nossa salvação, Apóstolo e Sumo Sacerdote, para executar em nós a plena salvação de Deus. Quanto a nós, tão somente temos de correr a nossa carreira pela fé, seguindo o Autor e Consumador da fé: Jesus. Ao viver a vida da igreja, crescer em vida e praticar o amor, seremos preparados para reinar no mundo que há de vir. Glória a Deus!
quinta-feira, 20 de março de 2014
A DEGRADAÇÃO DA IGREJA EM ÉFESO ATÉ EFÉSIOS
ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - SEXTA-FEIRA
NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM capítulo 4: A ÊNFASE DOS ESCRITOS DE PAULO
Leitura bíblica: 2Tm 1:6-7; Gl 1:6-7, 2:16-21, 3:2-5; Cl 1:15-19; Ef 1
Ler com oração: Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda. (2Tm 4:6-8)
A DEGRADAÇÃO DA IGREJA EM ÉFESO ATÉ EFÉSIOS
A degradação na igreja em Éfeso
Conforme já explicamos, a igreja em Éfeso recebeu cuidados especiais de Paulo; foi lá que ele permaneceu mais tempo, três anos, além de, mais tarde, ter recebido uma carta onde ele descreve maravilhosamente a economia neotestamentária de Deus. A palavra Éfeso significa desejável, todavia, a condição da igreja não era nada desejável. Quando Paulo escreveu a Primeira Epístola a Timóteo, a situação da igreja não era boa. Havia pessoas que abusavam do conhecimento para se ocuparem com fábulas e genealogias sem fim, com doutrinas e discussões. Timóteo foi deixado em Éfeso justamente para que eles se voltassem para a economia de Deus, na fé (1 Tm 1:3-7).
Todos os da Ásia abandonaram Paulo
Paulo escreveu a Segunda Epístola a Timóteo, pois a situação da igreja em Éfeso havia piorado. Timóteo não suportou a pressão ali existente e seu espírito se apagou. Paulo teve de encorajá-lo: “Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos. Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação” (1:6-7). Depois de animar Timóteo, Paulo diz: “Estás ciente de que todos os da Ásia me abandonaram; dentre eles cito Fígelo e Hermógenes” (v. 15).
Paulo combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé
Mesmo em um quadro aparentemente tão negativo, Paulo declara que combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé (2 Tm 4:7). Ele sabia que seu ministério de edificação das igrejas no contato direto com os irmãos não teve resultado tão satisfatório, mas entendeu que Deus queria que ele desse continuidade à sua incumbência ministerial por meio de seus escritos, para que a revelação que recebera não se perdesse. O seu ministério epistolar foi um sucesso.
Ao completar seus escritos, Paulo tinha consciência de que chegara o tempo de sua partida, pois cumprira sua comissão: “Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira e guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda” (vs. 6-8).
Resumo dos principais livros escritos por Paulo
Gálatas
A motivação de Paulo ter escrito a Epístola aos Gálatas foi para alertá-los sobre o que pregavam alguns judeus cristãos, ou seja, os judaizantes. Eles ensinavam que, além da fé em Cristo, ainda era necessário praticar as obras da lei, perturbando, dessa forma, os crentes gálatas e pervertendo o evangelho de Cristo (1:6-7). Essa carta é um dos livros mais importantes da Bíblia, revelando pela primeira vez o plano da salvação de Deus na nova aliança, isto é, a economia neotestamentária de Deus.
A fé em Cristo Jesus constitui a base principal do plano de Deus. O homem não é justificado pelas obras da lei, e, sim, mediante a fé em Cristo. A cruz de Cristo libertou o homem da escravidão da lei; pois por ela o homem morreu para a lei a fim de viver para Deus. Isso é graça de Deus, pois do contrário teria Cristo morrido em vão (2:16-21).
Os gálatas receberam o Espírito pela palavra da fé que lhes foi pregada (3:2-5). Toda realidade espiritual está no Espírito: “Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos pela fé o Espírito prometido” (v. 14). Pelo cumprimento dessa promessa o plano de Deus tornou-se realizável e real para o homem.
No capítulo quatro Paulo continua a mostrar que todo homem, salvo pela graça em Cristo Jesus, precisa crescer e amadurecer para ser herdeiro de Deus. Para isso, em Sua “economia doméstica”, Deus colocou o homem regenerado na vida da igreja, onde há tutores e curadores para ajudá-lo a crescer e ser aperfeiçoado (vs. 1-7). Agora esse homem não vive mais pela sua carne, antes, seu andar é guiado pelo Espírito, e, consequentemente, produz o fruto do Espírito (5:16-25).
Esse é um esboço da economia neotestamentária de Deus, com seus principais elementos que são: a graça, a fé, Cristo, a igreja e o Espírito. Para melhor entendimento, podemos assemelhar o livro de Gálatas com a fuselagem, a parte central do corpo de um avião, visto que essa epístola é a base do conteúdo da economia neotestamentária de Deus. Entretanto, sabemos que um avião não pode alçar voo somente com a fuselagem. Há a necessidade de outras partes, igualmente importantes. É o que veremos em seguida.
Colossenses
Tomando como ilustração o avião, ainda temos outras partes indispensáveis que são as asas do mesmo; portanto, além da Epístola aos Gálatas há necessidade de outros escritos para compor esse “avião” da economia neotestamentária de Deus. No episódio do tumulto havido no templo em Jerusalém, no final da terceira viagem de Paulo, vimos que Deus preservou a vida de Paulo para que, em Roma, ele escrevesse outros quatro livros de grande valor, sendo um deles a Epístola aos Colossenses.
O destaque dessa carta é Cristo, o qual é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. Ele é o único elo de ligação entre o Deus Criador e a criação. Nele foram criadas todas as coisas; tudo foi feito por meio Dele e para Ele; Ele é a Cabeça do corpo, da igreja. Ele é o Princípio, o Primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, porque aprouve a Deus que Nele residisse toda a plenitude (Cl 1:15-19).
Esse livro nos revela que Deus tem um mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos Seus santos, ou seja, Cristo é a esperança da glória do homem (vs. 25-27). Somente em Cristo temos acesso ao Seu reino (v. 13), e somente Nele o homem será coroado de glória e honra, pois Ele é o Autor da salvação com a responsabilidade de conduzir muitos filhos à glória (Hb 2:7, 9-10). Portanto, a Epístola aos Colossenses, tão bem descrita por Paulo enfatizando que o mistério de Deus é Cristo, representa a primeira asa desse avião, para que a economia de Deus consiga “levantar voo” e alcance as pessoas.
Efésios
Podemos dizer que a outra asa do avião, mencionado como exemplo acima, é representada pela Epístola aos Efésios, cujo conteúdo é de uma riqueza sem par. Ela começa com o dispensar do Deus Triúno para produzir a igreja, a qual é o Seu corpo, a plenitude Daquele que a tudo enche em todas as coisas. A obra do Pai foi ter-nos escolhido em Cristo antes da fundação do mundo, e ter-nos ainda predestinado para sermos Seus filhos herdeiros, por meio de Jesus Cristo. A obra do Filho foi realizar a redenção; pelo Seu sangue temos a remissão dos pecados; Nele convergirão todas as coisas, tanto as do céu como as da terra. A obra do Espírito é selar para Deus todos os que creram em Cristo, e garantir que receberão a herança, que é o reino (Ef 1).
No capítulo dois Paulo revela que, quando estávamos mortos em delitos e pecados, como materiais tão vis aos olhos de Deus, fomos salvos pela graça; Ele fez de nós Sua obra-prima (vs. 1-10).
Essa carta também nos revela que Cristo tem um mistério: a igreja, o Seu corpo. Foi dada a Paulo a graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo, e manifestar qual seja a dispensação desse mistério, desde os séculos oculto em Deus, que criou todas as coisas, para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida agora dos principados e potestades nos lugares celestiais, segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus nosso Senhor (3:7-11).
O capítulo quatro revela que os membros do Corpo de Cristo precisam ser aperfeiçoados, a fim de que todos os santos executem a obra do ministério, a edificação do Corpo de Cristo (vs. 11-13). Desse ponto em diante, Paulo mostra como deve ser a vida normal da igreja: andar na graça, andar na verdade, andar no amor, andar na luz e andar no espírito. Dessa forma temos as duas asas do avião representadas por Colossenses que trata do mistério de Deus, que é Cristo, e Efésios, que trata do mistério de Cristo que é a igreja. Assim o avião está completo.
NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM capítulo 4: A ÊNFASE DOS ESCRITOS DE PAULO
Leitura bíblica: 2Tm 1:6-7; Gl 1:6-7, 2:16-21, 3:2-5; Cl 1:15-19; Ef 1
Ler com oração: Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda. (2Tm 4:6-8)
A degradação na igreja em Éfeso
Conforme já explicamos, a igreja em Éfeso recebeu cuidados especiais de Paulo; foi lá que ele permaneceu mais tempo, três anos, além de, mais tarde, ter recebido uma carta onde ele descreve maravilhosamente a economia neotestamentária de Deus. A palavra Éfeso significa desejável, todavia, a condição da igreja não era nada desejável. Quando Paulo escreveu a Primeira Epístola a Timóteo, a situação da igreja não era boa. Havia pessoas que abusavam do conhecimento para se ocuparem com fábulas e genealogias sem fim, com doutrinas e discussões. Timóteo foi deixado em Éfeso justamente para que eles se voltassem para a economia de Deus, na fé (1 Tm 1:3-7).
Todos os da Ásia abandonaram Paulo
Paulo escreveu a Segunda Epístola a Timóteo, pois a situação da igreja em Éfeso havia piorado. Timóteo não suportou a pressão ali existente e seu espírito se apagou. Paulo teve de encorajá-lo: “Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos. Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação” (1:6-7). Depois de animar Timóteo, Paulo diz: “Estás ciente de que todos os da Ásia me abandonaram; dentre eles cito Fígelo e Hermógenes” (v. 15).
Paulo combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé
Mesmo em um quadro aparentemente tão negativo, Paulo declara que combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé (2 Tm 4:7). Ele sabia que seu ministério de edificação das igrejas no contato direto com os irmãos não teve resultado tão satisfatório, mas entendeu que Deus queria que ele desse continuidade à sua incumbência ministerial por meio de seus escritos, para que a revelação que recebera não se perdesse. O seu ministério epistolar foi um sucesso.
Ao completar seus escritos, Paulo tinha consciência de que chegara o tempo de sua partida, pois cumprira sua comissão: “Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira e guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda” (vs. 6-8).
Resumo dos principais livros escritos por Paulo
Gálatas
A motivação de Paulo ter escrito a Epístola aos Gálatas foi para alertá-los sobre o que pregavam alguns judeus cristãos, ou seja, os judaizantes. Eles ensinavam que, além da fé em Cristo, ainda era necessário praticar as obras da lei, perturbando, dessa forma, os crentes gálatas e pervertendo o evangelho de Cristo (1:6-7). Essa carta é um dos livros mais importantes da Bíblia, revelando pela primeira vez o plano da salvação de Deus na nova aliança, isto é, a economia neotestamentária de Deus.
A fé em Cristo Jesus constitui a base principal do plano de Deus. O homem não é justificado pelas obras da lei, e, sim, mediante a fé em Cristo. A cruz de Cristo libertou o homem da escravidão da lei; pois por ela o homem morreu para a lei a fim de viver para Deus. Isso é graça de Deus, pois do contrário teria Cristo morrido em vão (2:16-21).
Os gálatas receberam o Espírito pela palavra da fé que lhes foi pregada (3:2-5). Toda realidade espiritual está no Espírito: “Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos pela fé o Espírito prometido” (v. 14). Pelo cumprimento dessa promessa o plano de Deus tornou-se realizável e real para o homem.
No capítulo quatro Paulo continua a mostrar que todo homem, salvo pela graça em Cristo Jesus, precisa crescer e amadurecer para ser herdeiro de Deus. Para isso, em Sua “economia doméstica”, Deus colocou o homem regenerado na vida da igreja, onde há tutores e curadores para ajudá-lo a crescer e ser aperfeiçoado (vs. 1-7). Agora esse homem não vive mais pela sua carne, antes, seu andar é guiado pelo Espírito, e, consequentemente, produz o fruto do Espírito (5:16-25).
Esse é um esboço da economia neotestamentária de Deus, com seus principais elementos que são: a graça, a fé, Cristo, a igreja e o Espírito. Para melhor entendimento, podemos assemelhar o livro de Gálatas com a fuselagem, a parte central do corpo de um avião, visto que essa epístola é a base do conteúdo da economia neotestamentária de Deus. Entretanto, sabemos que um avião não pode alçar voo somente com a fuselagem. Há a necessidade de outras partes, igualmente importantes. É o que veremos em seguida.
Colossenses
Tomando como ilustração o avião, ainda temos outras partes indispensáveis que são as asas do mesmo; portanto, além da Epístola aos Gálatas há necessidade de outros escritos para compor esse “avião” da economia neotestamentária de Deus. No episódio do tumulto havido no templo em Jerusalém, no final da terceira viagem de Paulo, vimos que Deus preservou a vida de Paulo para que, em Roma, ele escrevesse outros quatro livros de grande valor, sendo um deles a Epístola aos Colossenses.
O destaque dessa carta é Cristo, o qual é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. Ele é o único elo de ligação entre o Deus Criador e a criação. Nele foram criadas todas as coisas; tudo foi feito por meio Dele e para Ele; Ele é a Cabeça do corpo, da igreja. Ele é o Princípio, o Primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, porque aprouve a Deus que Nele residisse toda a plenitude (Cl 1:15-19).
Esse livro nos revela que Deus tem um mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos Seus santos, ou seja, Cristo é a esperança da glória do homem (vs. 25-27). Somente em Cristo temos acesso ao Seu reino (v. 13), e somente Nele o homem será coroado de glória e honra, pois Ele é o Autor da salvação com a responsabilidade de conduzir muitos filhos à glória (Hb 2:7, 9-10). Portanto, a Epístola aos Colossenses, tão bem descrita por Paulo enfatizando que o mistério de Deus é Cristo, representa a primeira asa desse avião, para que a economia de Deus consiga “levantar voo” e alcance as pessoas.
Efésios
Podemos dizer que a outra asa do avião, mencionado como exemplo acima, é representada pela Epístola aos Efésios, cujo conteúdo é de uma riqueza sem par. Ela começa com o dispensar do Deus Triúno para produzir a igreja, a qual é o Seu corpo, a plenitude Daquele que a tudo enche em todas as coisas. A obra do Pai foi ter-nos escolhido em Cristo antes da fundação do mundo, e ter-nos ainda predestinado para sermos Seus filhos herdeiros, por meio de Jesus Cristo. A obra do Filho foi realizar a redenção; pelo Seu sangue temos a remissão dos pecados; Nele convergirão todas as coisas, tanto as do céu como as da terra. A obra do Espírito é selar para Deus todos os que creram em Cristo, e garantir que receberão a herança, que é o reino (Ef 1).
No capítulo dois Paulo revela que, quando estávamos mortos em delitos e pecados, como materiais tão vis aos olhos de Deus, fomos salvos pela graça; Ele fez de nós Sua obra-prima (vs. 1-10).
Essa carta também nos revela que Cristo tem um mistério: a igreja, o Seu corpo. Foi dada a Paulo a graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo, e manifestar qual seja a dispensação desse mistério, desde os séculos oculto em Deus, que criou todas as coisas, para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida agora dos principados e potestades nos lugares celestiais, segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus nosso Senhor (3:7-11).
O capítulo quatro revela que os membros do Corpo de Cristo precisam ser aperfeiçoados, a fim de que todos os santos executem a obra do ministério, a edificação do Corpo de Cristo (vs. 11-13). Desse ponto em diante, Paulo mostra como deve ser a vida normal da igreja: andar na graça, andar na verdade, andar no amor, andar na luz e andar no espírito. Dessa forma temos as duas asas do avião representadas por Colossenses que trata do mistério de Deus, que é Cristo, e Efésios, que trata do mistério de Cristo que é a igreja. Assim o avião está completo.
GUERRAS E RUMORES DE GUERRAS / Entendendo a Profecia de Mateus 24
GUERRAS E RUMORES DE GUERRAS / Entendendo a Profecia de Mateus 24
Mateus 24 é citado freqüentemente para explicar eventos atuais. Muitas pessoas sugerem que as notícias de hoje foram preditas por Cristo, para nos falar de sua volta. De acordo com tais interpretações deste texto, cada terremoto ou outro desastre natural, e cada conflito entre nações ou ameaça de guerra, em qualquer canto do mundo, é mais uma prova de que Jesus estará voltando logo.
Mas a profecia de Mateus 24 está se cumprindo agora? Para entender este texto, precisamos lê-lo cuidadosamente e, com mente aberta, pondo de lado nossas idéias preconcebidas e o sensacionalismo dos modernos “especialistas em profecias.” Neste artigo, consideraremos brevemente o conteúdo de Mateus 24 e 25. (Marcos 13 e Lucas 21 tambêm registram a mesma profecia básica. Este artigo segue o testo de Mateus 24)
O Ambiente e as Circunstâncias
Jesus estava em Jerusalém, durante sua semana final. Os chefes judeus já haviam desafiado sua autoridade, mas não tinham tido sucesso em suas tentativas para desacreditá-lo. Frustrados, começaram a planejar sua morte. Jesus lamentava a infidelidade daqueles que residiam na “Cidade Santa” (Mateus 23:37-39).
A Profecia Básica da Destruição do Templo (Mateus 24:1-3)
Quando Cristo estava saindo do templo, predisse que ele seria totalmente destruído: ”Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada” (24:2). Os apóstolos perguntaram sobre esta profecia:” Dize-nos quando acontecerão estas cousas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século” (24:3).
A Resposta de Jesus (Mateus 24:4-39)
É possível que os apóstolos tenham concluído que a destruição do templo e o fim do mundo aconteceriam ao mesmo tempo, mas nesta resposta a sua pergunta, Jesus fez uma distinção entre estes dois acontecimentos. Podemos saber com certeza que os sinais mencionados nos versículos 4-33 não estão falando das notícias de hoje ou de acontecimentos futuros, por causa das claras palavras de Jesus no versículo 34: ”Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.” Jesus falou mais ou menos no ano 30 d.C. O templo foi destruído pelo exército romano em 70 d.C. Alguns daqueles que ouviram a profecia viveram para ver seu cumprimento. Jesus esclareceu que os sinais que ele deu guerras, terremotos, falsos Cristos, grande tribulação, etc. iriam acontecer durante a vida de alguns dos seus ouvintes.
Jesus disse que o templo seria destruído depois da vinda de falsos Cristos e de falsos profetas (24:4-5,11,23-26), e depois de terríveis calamidades (guerras, fomes e terremotos – 24:6-8). Ele também disse que haveria perseguição (24:9-10) e aumento de pecado (24:12-13), e que o evangelho seria pregado por todo o mundo (24:14), antes que Jerusalém chegasse ao seu fim. Deste modo, Jesus estava dando algum conforto aos seus apóstolos, dizendo que a queda de Jerusalém não aconteceria imediatamente. Eles teriam tempo para cumprir sua missão antes da destruição de Jerusalém.
Estas coisas aconteceram antes de 70 d.C.? Sabemos que sim, porque Jesus disse que aconteceriam! Além desta profecia, a História nos fala de catástrofes naturais, perseguições e guerras, nesse tempo. De maior importância do que a evidência histórica, podemos nos voltar para a própria Bíblia. O Novo Testamento fala do sofrimento da fome (Atos 11:27-30), de falsos profetas (2 Pedro 2) e da perseguição contra os fiéis (Atos 8:1-3; etc.). E, exatamente como Jesus predisse, os zelosos discípulos levaram o evangelho a todo o mundo. Alguns anos antes da destruição do templo, Paulo dizia que o evangelho ”. . . foi pregado a toda criatura debaixo do céu” (Colossenses 1:23). Todas estas coisas tinham que acontecer antes da destruição do templo.
Na profecia de Mateus 24, Jesus também falou dos sinais que mostrariam aos discípulos alertas que o tempo da queda de Jerusalém tinha chegado. Ele falou especialmente do ”abominável da desolação” (24:15). Aqui, ele usa a mesma linguagem que Daniel usava para falar dos exércitos gentios entrando na cidade santa e no templo (veja Daniel 9:27; 11:31; 12:11). A profecia paralela de Lucas 21:20-24 torna claro que este é o significado desta linguagem. Jesus advertiu seus seguidores que estivessem prontos para fugir quando isto acontecesse. Ele disse que eles deveriam orar para que sua fuga não fosse complicada por mau tempo ou restrições do dia do sábado (24:20)
[Algumas pessoas interpretam esta referência ao sábado como evidêcia de que os cristão têm que continuar a observar esta lei do Velho Testamento, que era realmente um sinal da aliança entre Deus e os israelitas (Êxodo 31:12-18). Uma explicação melhor deste texto é encontrada em Neemias 13:15-22, onde Neemias instituiu a prática de fechar as portas da cicade no sábado para evitar violações da lei, durante o tempo do Velho Testamento.]
Ele também avisou que seria mais difícil para as mulheres grávidas e mães de crianças pequenas (24:19).
Para fixar sobre seus ouvintes o significado deste terrível dia de destruição, Jesus usou linguagem como a que encontramos nas profecias do Velho Testamento, de total destruição de nações e povos. Quando lemos os versículos 29-31, dois pontos nos ajudam a perceber que Jesus ainda está falando de Jerusalém, e não do fim do mundo:
1. O limite de tempo que Jesus determinou em sua profecia, no versículo 34. Tinha que ser cumprido naquela geração.
2. O fato que as profecias do Velho Testamento usam a mesma linguagem para falar da destruição de reinos e cidades terrestres. Jesus disse: ”Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados” (24:29). À primeira vista, isso pode soar como o fim literal do mundo. Mas tal linguagem é usada em outros lugares, para falar da extinção de reis e reinos aqui na terra: Faraó do Egito (Ezequiel 32:2,7-10), nações gentias (Joel 3:12-15), Babilônia (Isaías 13:9,10,13). É claro que tal linguagem não profetiza, necessariamente, o fim do mundo, mas pode ser usada para falar dos julgamentos físicos contra nações, que ocorreram há muito tempo.
Jesus continuou, nos versículos 30 e 31, com figuras de julgamento do que se encontram no Velho Testamento. Ele disse que o Filho do homem viria nas nuvens, para julgar e salvar. Encontramos linguagem semelhante em passagens que falam do julgamento contra povos físicos, tais como Joel 3:16 e Amós 5:17-20. O Dia do Senhor não é necessariamente a segunda vinda de Cristo. Tal linguagem pode descrever a vinda de Deus em julgamento contra uma nação ou cidade.
Por que Jesus deu aos seus seguidores tais sinais detalhados sobre o julgamento contra Jerusalém? É claro, pela linguagem dos versículos 32-33, que ele queria que estivessem alertas e vigilantes. Se pudessem ver os sinais que ele tinha predito, teriam oportunidade para fugir e evitar serem destruídos (24:15-20).
Depois de afirmar que a destruição do templo seria acompanhada por claros sinais e que seria cumprida naquela geração (24:34-35), Jesus falou, nos versículos 36-39 ”. . . a respeito daquele dia . . .” que viria sem aviso. Ele não deu uma data, nem sinais para identificar sua segunda vinda. De fato, nos versículos seguintes, ele mostra que sua segunda vinda ser súbita, inesperada e sem sinais de advertência.
Parábolas do Julgamento Final (Mateus 24:40 – 25:30)
Depois de falar de coisas que tinham que acontecer naquela geração (até os versículos 34-35), Jesus falou de sua segunda vinda, como algo que aconteceria no momento escolhido pelo Pai, porém não revelado a ninguém (24:36-39). Ele ressalta este ponto com uma série de parábolas que descrevem sua segunda vinda. Estas parábolas todas enfatizam à importância de se estar preparado para sua volta. Jesus falou dos trabalhadores no campo (24:40-42), do ladrão na noite (24:43-44), da diferença entre os servos bons e os maus (25:45-51), do contraste entre os tolos e os prudentes (25:1-13) e da importância de preparar-se para a volta do Mestre, como é explicado na parábola dos talentos (25:14-30).
Descrição do Julgamento Final (Mateus 25:31-46)
A parte final do capítulo 25 descreve o julgamento final, mostrando que Jesus se sentará no trono do julgamento, separando os servos desobedientes dos fiéis. Essa separação será final: ”E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna”(25:46).
Aplicações
Entre as muitas lições que podemos aprender, no estudo deste texto, é importante que lembremos duas:
1. Que o cuidadoso estudo dos trechos bíblicos em seu contexto pode ajudar- nos a evitar que sejamos desencaminhados por doutrinas humanas sensacionalistas, tais como o pré-milenismo. Deveríamos sempre começar pela Bíblia, e não pelas últimas manchetes dos jornais.
2. Que precisamos estar sempre preparados para a volta de Cristo. Ele não enviará sinais para nos avisar da sua volta. Pode acontecer daqui a milhares de anos, ou pode acontecer hoje à noite. Ladrões não mandam cartas com antecedência para avisar suas vítimas, e Deus não mandará aviso antecipado da volta de Cristo. Aqueles que estão preparados, nada têm a temer. Os despreparados enfrentam o trágico futuro de eterno sofrimento, separados de Deus. Que cada um se prepare para estar com Cristo na eternidade!
Por Dennis Allan
Mateus 24 é citado freqüentemente para explicar eventos atuais. Muitas pessoas sugerem que as notícias de hoje foram preditas por Cristo, para nos falar de sua volta. De acordo com tais interpretações deste texto, cada terremoto ou outro desastre natural, e cada conflito entre nações ou ameaça de guerra, em qualquer canto do mundo, é mais uma prova de que Jesus estará voltando logo.
Mas a profecia de Mateus 24 está se cumprindo agora? Para entender este texto, precisamos lê-lo cuidadosamente e, com mente aberta, pondo de lado nossas idéias preconcebidas e o sensacionalismo dos modernos “especialistas em profecias.” Neste artigo, consideraremos brevemente o conteúdo de Mateus 24 e 25. (Marcos 13 e Lucas 21 tambêm registram a mesma profecia básica. Este artigo segue o testo de Mateus 24)
O Ambiente e as Circunstâncias
Jesus estava em Jerusalém, durante sua semana final. Os chefes judeus já haviam desafiado sua autoridade, mas não tinham tido sucesso em suas tentativas para desacreditá-lo. Frustrados, começaram a planejar sua morte. Jesus lamentava a infidelidade daqueles que residiam na “Cidade Santa” (Mateus 23:37-39).
A Profecia Básica da Destruição do Templo (Mateus 24:1-3)
Quando Cristo estava saindo do templo, predisse que ele seria totalmente destruído: ”Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada” (24:2). Os apóstolos perguntaram sobre esta profecia:” Dize-nos quando acontecerão estas cousas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século” (24:3).
A Resposta de Jesus (Mateus 24:4-39)
É possível que os apóstolos tenham concluído que a destruição do templo e o fim do mundo aconteceriam ao mesmo tempo, mas nesta resposta a sua pergunta, Jesus fez uma distinção entre estes dois acontecimentos. Podemos saber com certeza que os sinais mencionados nos versículos 4-33 não estão falando das notícias de hoje ou de acontecimentos futuros, por causa das claras palavras de Jesus no versículo 34: ”Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.” Jesus falou mais ou menos no ano 30 d.C. O templo foi destruído pelo exército romano em 70 d.C. Alguns daqueles que ouviram a profecia viveram para ver seu cumprimento. Jesus esclareceu que os sinais que ele deu guerras, terremotos, falsos Cristos, grande tribulação, etc. iriam acontecer durante a vida de alguns dos seus ouvintes.
Jesus disse que o templo seria destruído depois da vinda de falsos Cristos e de falsos profetas (24:4-5,11,23-26), e depois de terríveis calamidades (guerras, fomes e terremotos – 24:6-8). Ele também disse que haveria perseguição (24:9-10) e aumento de pecado (24:12-13), e que o evangelho seria pregado por todo o mundo (24:14), antes que Jerusalém chegasse ao seu fim. Deste modo, Jesus estava dando algum conforto aos seus apóstolos, dizendo que a queda de Jerusalém não aconteceria imediatamente. Eles teriam tempo para cumprir sua missão antes da destruição de Jerusalém.
Estas coisas aconteceram antes de 70 d.C.? Sabemos que sim, porque Jesus disse que aconteceriam! Além desta profecia, a História nos fala de catástrofes naturais, perseguições e guerras, nesse tempo. De maior importância do que a evidência histórica, podemos nos voltar para a própria Bíblia. O Novo Testamento fala do sofrimento da fome (Atos 11:27-30), de falsos profetas (2 Pedro 2) e da perseguição contra os fiéis (Atos 8:1-3; etc.). E, exatamente como Jesus predisse, os zelosos discípulos levaram o evangelho a todo o mundo. Alguns anos antes da destruição do templo, Paulo dizia que o evangelho ”. . . foi pregado a toda criatura debaixo do céu” (Colossenses 1:23). Todas estas coisas tinham que acontecer antes da destruição do templo.
Na profecia de Mateus 24, Jesus também falou dos sinais que mostrariam aos discípulos alertas que o tempo da queda de Jerusalém tinha chegado. Ele falou especialmente do ”abominável da desolação” (24:15). Aqui, ele usa a mesma linguagem que Daniel usava para falar dos exércitos gentios entrando na cidade santa e no templo (veja Daniel 9:27; 11:31; 12:11). A profecia paralela de Lucas 21:20-24 torna claro que este é o significado desta linguagem. Jesus advertiu seus seguidores que estivessem prontos para fugir quando isto acontecesse. Ele disse que eles deveriam orar para que sua fuga não fosse complicada por mau tempo ou restrições do dia do sábado (24:20)
[Algumas pessoas interpretam esta referência ao sábado como evidêcia de que os cristão têm que continuar a observar esta lei do Velho Testamento, que era realmente um sinal da aliança entre Deus e os israelitas (Êxodo 31:12-18). Uma explicação melhor deste texto é encontrada em Neemias 13:15-22, onde Neemias instituiu a prática de fechar as portas da cicade no sábado para evitar violações da lei, durante o tempo do Velho Testamento.]
Ele também avisou que seria mais difícil para as mulheres grávidas e mães de crianças pequenas (24:19).
Para fixar sobre seus ouvintes o significado deste terrível dia de destruição, Jesus usou linguagem como a que encontramos nas profecias do Velho Testamento, de total destruição de nações e povos. Quando lemos os versículos 29-31, dois pontos nos ajudam a perceber que Jesus ainda está falando de Jerusalém, e não do fim do mundo:
1. O limite de tempo que Jesus determinou em sua profecia, no versículo 34. Tinha que ser cumprido naquela geração.
2. O fato que as profecias do Velho Testamento usam a mesma linguagem para falar da destruição de reinos e cidades terrestres. Jesus disse: ”Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados” (24:29). À primeira vista, isso pode soar como o fim literal do mundo. Mas tal linguagem é usada em outros lugares, para falar da extinção de reis e reinos aqui na terra: Faraó do Egito (Ezequiel 32:2,7-10), nações gentias (Joel 3:12-15), Babilônia (Isaías 13:9,10,13). É claro que tal linguagem não profetiza, necessariamente, o fim do mundo, mas pode ser usada para falar dos julgamentos físicos contra nações, que ocorreram há muito tempo.
Jesus continuou, nos versículos 30 e 31, com figuras de julgamento do que se encontram no Velho Testamento. Ele disse que o Filho do homem viria nas nuvens, para julgar e salvar. Encontramos linguagem semelhante em passagens que falam do julgamento contra povos físicos, tais como Joel 3:16 e Amós 5:17-20. O Dia do Senhor não é necessariamente a segunda vinda de Cristo. Tal linguagem pode descrever a vinda de Deus em julgamento contra uma nação ou cidade.
Por que Jesus deu aos seus seguidores tais sinais detalhados sobre o julgamento contra Jerusalém? É claro, pela linguagem dos versículos 32-33, que ele queria que estivessem alertas e vigilantes. Se pudessem ver os sinais que ele tinha predito, teriam oportunidade para fugir e evitar serem destruídos (24:15-20).
Depois de afirmar que a destruição do templo seria acompanhada por claros sinais e que seria cumprida naquela geração (24:34-35), Jesus falou, nos versículos 36-39 ”. . . a respeito daquele dia . . .” que viria sem aviso. Ele não deu uma data, nem sinais para identificar sua segunda vinda. De fato, nos versículos seguintes, ele mostra que sua segunda vinda ser súbita, inesperada e sem sinais de advertência.
Parábolas do Julgamento Final (Mateus 24:40 – 25:30)
Depois de falar de coisas que tinham que acontecer naquela geração (até os versículos 34-35), Jesus falou de sua segunda vinda, como algo que aconteceria no momento escolhido pelo Pai, porém não revelado a ninguém (24:36-39). Ele ressalta este ponto com uma série de parábolas que descrevem sua segunda vinda. Estas parábolas todas enfatizam à importância de se estar preparado para sua volta. Jesus falou dos trabalhadores no campo (24:40-42), do ladrão na noite (24:43-44), da diferença entre os servos bons e os maus (25:45-51), do contraste entre os tolos e os prudentes (25:1-13) e da importância de preparar-se para a volta do Mestre, como é explicado na parábola dos talentos (25:14-30).
Descrição do Julgamento Final (Mateus 25:31-46)
A parte final do capítulo 25 descreve o julgamento final, mostrando que Jesus se sentará no trono do julgamento, separando os servos desobedientes dos fiéis. Essa separação será final: ”E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna”(25:46).
Aplicações
Entre as muitas lições que podemos aprender, no estudo deste texto, é importante que lembremos duas:
1. Que o cuidadoso estudo dos trechos bíblicos em seu contexto pode ajudar- nos a evitar que sejamos desencaminhados por doutrinas humanas sensacionalistas, tais como o pré-milenismo. Deveríamos sempre começar pela Bíblia, e não pelas últimas manchetes dos jornais.
2. Que precisamos estar sempre preparados para a volta de Cristo. Ele não enviará sinais para nos avisar da sua volta. Pode acontecer daqui a milhares de anos, ou pode acontecer hoje à noite. Ladrões não mandam cartas com antecedência para avisar suas vítimas, e Deus não mandará aviso antecipado da volta de Cristo. Aqueles que estão preparados, nada têm a temer. Os despreparados enfrentam o trágico futuro de eterno sofrimento, separados de Deus. Que cada um se prepare para estar com Cristo na eternidade!
Por Dennis Allan
UM JOVEM NO EGITO
UM JOVEM NO EGITO
José teve uma infância complicada. Sua mãe morreu quando ele era pequeno, e seu pai teve muita dificuldade em viver com esta perda. Os meio-irmãos de José o maltratavam e o pai aumentou a tensão entre eles por mostrar uma forte preferência por José.
Aos 17 anos de idade, este jovem foi vendido por seus irmãos e se tornou escravo no Egito. Os irmãos convenceram seu pai que José estivesse morto. De fato, ele estava em outro país, rejeitado e esquecido pela família.
Era comum, na época em que José vivia, pensar que “os deuses” exercessem poder limitado e local. Até muito tempo depois de José, os gregos e romanos criaram sistemas mitológicos nos quais os diversos “deuses” tiveram poderes limitados sobre determinados aspectos do universo. Diante desses fatos, a fé de José se torna ainda mais impressionante. Longe da terra prometida aos descendentes de seu bisavô, no meio de um povo com seus próprios “deuses” e costumes religiosos, José não vacilou na sua confiança no único verdadeiro Deus.
Como escravo, José se mostrou íntegro e foi rapidamente promovido à posição de administrador geral dos negócios de Potifar. A mulher de Potifar viu este jovem atraente trabalhando dia após dia, e tentou seduzi-lo. José resistia aos avanços da mulher, explicando-lhe seus motivos: “Tem-me por mordomo o meu senhor e não sabe do que há em casa, pois tudo o que tem me passou ele às minhas mãos. Ele não é maior do que eu nesta casa e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porque és sua mulher; como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?” (Gênesis 39:8-9). Esta postura de José oferece um exemplo importante em vários sentidos:
(1) José acreditou na soberania universal do único Deus. Se ele cedesse à tentação, mesmo longe da terra dos descendentes de Abraão, pecaria contra Deus!
(2) José acreditou num padrão absoluto e universal de moralidade. Adultério é adultério em qualquer lugar.
(3) José não tentou justificar um pecado escondido. Qual dano poderia resultar de um pecado escondido cometido por um jovem longe de casa? Se José cogitou alguma desculpa deste tipo, teve o caráter de descartar tais noções e manter a sua integridade.
(4) José respeitou o casamento como um pacto inviolável. Ele não tratou o casamento de Potifar como algum arranjo insignificante entre pessoas que não conheciam o Senhor. O casamento nunca foi subordinado por Deus a alguma instituição religiosa, pois foi dado aos seres humanos pelo Criador, e deve ser respeitado por todos. Mesmo um casamento entre dois pagãos é um casamento digno de respeito.
(5) Quando a tentadora não desistiu, José fugiu. Literalmente fugiu! Manter-se puro diante de Deus foi mais importante do que o emprego, a liberdade ou a própria vida.
José passou anos na prisão por um crime que não cometeu, mas devido à sua fé, esse homem foi abençoado e usado por Deus para salvar a nação israelita. Vale a pena ser fiel!
Aos 17 anos de idade, este jovem foi vendido por seus irmãos e se tornou escravo no Egito. Os irmãos convenceram seu pai que José estivesse morto. De fato, ele estava em outro país, rejeitado e esquecido pela família.
Era comum, na época em que José vivia, pensar que “os deuses” exercessem poder limitado e local. Até muito tempo depois de José, os gregos e romanos criaram sistemas mitológicos nos quais os diversos “deuses” tiveram poderes limitados sobre determinados aspectos do universo. Diante desses fatos, a fé de José se torna ainda mais impressionante. Longe da terra prometida aos descendentes de seu bisavô, no meio de um povo com seus próprios “deuses” e costumes religiosos, José não vacilou na sua confiança no único verdadeiro Deus.
Como escravo, José se mostrou íntegro e foi rapidamente promovido à posição de administrador geral dos negócios de Potifar. A mulher de Potifar viu este jovem atraente trabalhando dia após dia, e tentou seduzi-lo. José resistia aos avanços da mulher, explicando-lhe seus motivos: “Tem-me por mordomo o meu senhor e não sabe do que há em casa, pois tudo o que tem me passou ele às minhas mãos. Ele não é maior do que eu nesta casa e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porque és sua mulher; como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?” (Gênesis 39:8-9). Esta postura de José oferece um exemplo importante em vários sentidos:
(1) José acreditou na soberania universal do único Deus. Se ele cedesse à tentação, mesmo longe da terra dos descendentes de Abraão, pecaria contra Deus!
(2) José acreditou num padrão absoluto e universal de moralidade. Adultério é adultério em qualquer lugar.
(3) José não tentou justificar um pecado escondido. Qual dano poderia resultar de um pecado escondido cometido por um jovem longe de casa? Se José cogitou alguma desculpa deste tipo, teve o caráter de descartar tais noções e manter a sua integridade.
(4) José respeitou o casamento como um pacto inviolável. Ele não tratou o casamento de Potifar como algum arranjo insignificante entre pessoas que não conheciam o Senhor. O casamento nunca foi subordinado por Deus a alguma instituição religiosa, pois foi dado aos seres humanos pelo Criador, e deve ser respeitado por todos. Mesmo um casamento entre dois pagãos é um casamento digno de respeito.
(5) Quando a tentadora não desistiu, José fugiu. Literalmente fugiu! Manter-se puro diante de Deus foi mais importante do que o emprego, a liberdade ou a própria vida.
José passou anos na prisão por um crime que não cometeu, mas devido à sua fé, esse homem foi abençoado e usado por Deus para salvar a nação israelita. Vale a pena ser fiel!
O LIVRO DE APOCALIPSE
O LIVRO DE APOCALIPSE
Autor: Apocalipse 1:1,4,9 e 22:8 especificamente identificam o apóstolo João como o seu autor.
Quando foi escrito: O livro do Apocalipse foi provavelmente escrito entre os 90 e 95 dC.
Propósito: A Revelação de Jesus Cristo foi dada a João por Deus “para mostrar aos seus servos o que em breve há de acontecer.” Este livro é cheio de mistérios sobre coisas que virão. É o último aviso de que o mundo certamente terminará e que o julgamento é certo. Dá-nos um pequeno vislumbre do céu e de todas as glórias que aguardam aqueles que mantêm as suas vestes brancas. O livro de Apocalipse leva-nos através da grande tribulação, com todas as suas aflições, e do fogo final que todos os infiéis terão de enfrentar pela eternidade. O livro recorda a queda de Satanás e a condenação que o aguarda juntamente com seus anjos. Vemos também as tarefas de todas as criaturas e anjos do céu, assim como as promessas dos santos que viverão para sempre com Jesus na Nova Jerusalém. Como João, é difícil encontrar palavras para descrever o que lemos no livro do Apocalipse.
Versículos-chave: Apocalipse 1:19: “Escreva, pois, as coisas que você viu, tanto as presentes como as que estão por vir.”
Apocalipse 13:16-17: “Também obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem certa marca na mão direita ou na testa, para que ninguém pudesse comprar nem vender, a não ser quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o número do seu nome.”
Apocalipse 19:11: “Vi o céu aberto e diante de mim um cavalo branco, cujo cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro. Ele julga e guerreia com justiça.”
Apocalipse 20:11: “Depois vi um grande trono branco e aquele que nele estava assentado. A terra e o céu fugiram da sua presença, e não se encontrou lugar para eles.”
Apocalipse 21:1: “Então vi um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia.”
Resumo: O Apocalipse é pródigo de descrições coloridas das visões que nos anunciam os últimos dias antes do retorno de Cristo e a introdução do novo céu e nova terra. O Apocalipse começa com cartas às sete igrejas da Ásia Menor, revelando em seguida a série de devastações derramadas sobre a terra; a marca da besta, “666″; a decisiva batalha do Armagedom; o aprisionamento de Satanás; o reino do Senhor, o julgamento do Grande Trono Branco e a natureza da cidade eterna de Deus. Profecias sobre Jesus Cristo são cumpridas e uma última chamada ao Seu Senhorio nos assegura de que Ele voltará em breve.
Conexões: O livro de Apocalipse é a culminação de profecias sobre o fim dos tempos, começando com o Antigo Testamento. A descrição do anticristo mencionado em Daniel 9:27 é totalmente desenvolvida no capítulo 13 de Apocalipse. Fora do Apocalipse, exemplos da literatura apocalíptica na Bíblia são Daniel capítulos 7-12, Isaías capítulos 24-27, Ezequiel capítulos 37-41 e Zacarias capítulos 9-12. Todas essas profecias se reúnem no livro do Apocalipse.
Aplicação Prática: Você já aceitou a Cristo como seu Salvador? Se sim, então você não tem nada a temer do julgamento de Deus sobre o mundo tal como descrito no livro do Apocalipse. O Juiz está do nosso lado. Antes do julgamento final começar, temos de testemunhar aos amigos e vizinhos sobre a oferta de Deus de vida eterna em Cristo. Os acontecimentos deste livro são reais. Temos de viver vidas que comprovem o que realmente acreditamos para que os outros notem nossa alegria sobre o futuro e desejem juntar-se a nós nessa nova e gloriosa cidade.
Autor: Apocalipse 1:1,4,9 e 22:8 especificamente identificam o apóstolo João como o seu autor.
Quando foi escrito: O livro do Apocalipse foi provavelmente escrito entre os 90 e 95 dC.
Propósito: A Revelação de Jesus Cristo foi dada a João por Deus “para mostrar aos seus servos o que em breve há de acontecer.” Este livro é cheio de mistérios sobre coisas que virão. É o último aviso de que o mundo certamente terminará e que o julgamento é certo. Dá-nos um pequeno vislumbre do céu e de todas as glórias que aguardam aqueles que mantêm as suas vestes brancas. O livro de Apocalipse leva-nos através da grande tribulação, com todas as suas aflições, e do fogo final que todos os infiéis terão de enfrentar pela eternidade. O livro recorda a queda de Satanás e a condenação que o aguarda juntamente com seus anjos. Vemos também as tarefas de todas as criaturas e anjos do céu, assim como as promessas dos santos que viverão para sempre com Jesus na Nova Jerusalém. Como João, é difícil encontrar palavras para descrever o que lemos no livro do Apocalipse.
Versículos-chave: Apocalipse 1:19: “Escreva, pois, as coisas que você viu, tanto as presentes como as que estão por vir.”
Apocalipse 13:16-17: “Também obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem certa marca na mão direita ou na testa, para que ninguém pudesse comprar nem vender, a não ser quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o número do seu nome.”
Apocalipse 19:11: “Vi o céu aberto e diante de mim um cavalo branco, cujo cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro. Ele julga e guerreia com justiça.”
Apocalipse 20:11: “Depois vi um grande trono branco e aquele que nele estava assentado. A terra e o céu fugiram da sua presença, e não se encontrou lugar para eles.”
Apocalipse 21:1: “Então vi um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia.”
Resumo: O Apocalipse é pródigo de descrições coloridas das visões que nos anunciam os últimos dias antes do retorno de Cristo e a introdução do novo céu e nova terra. O Apocalipse começa com cartas às sete igrejas da Ásia Menor, revelando em seguida a série de devastações derramadas sobre a terra; a marca da besta, “666″; a decisiva batalha do Armagedom; o aprisionamento de Satanás; o reino do Senhor, o julgamento do Grande Trono Branco e a natureza da cidade eterna de Deus. Profecias sobre Jesus Cristo são cumpridas e uma última chamada ao Seu Senhorio nos assegura de que Ele voltará em breve.
Conexões: O livro de Apocalipse é a culminação de profecias sobre o fim dos tempos, começando com o Antigo Testamento. A descrição do anticristo mencionado em Daniel 9:27 é totalmente desenvolvida no capítulo 13 de Apocalipse. Fora do Apocalipse, exemplos da literatura apocalíptica na Bíblia são Daniel capítulos 7-12, Isaías capítulos 24-27, Ezequiel capítulos 37-41 e Zacarias capítulos 9-12. Todas essas profecias se reúnem no livro do Apocalipse.
Aplicação Prática: Você já aceitou a Cristo como seu Salvador? Se sim, então você não tem nada a temer do julgamento de Deus sobre o mundo tal como descrito no livro do Apocalipse. O Juiz está do nosso lado. Antes do julgamento final começar, temos de testemunhar aos amigos e vizinhos sobre a oferta de Deus de vida eterna em Cristo. Os acontecimentos deste livro são reais. Temos de viver vidas que comprovem o que realmente acreditamos para que os outros notem nossa alegria sobre o futuro e desejem juntar-se a nós nessa nova e gloriosa cidade.
OS QUATRO LIVROS QUE PAULO ESCREVEU NO PERÍODO INICIAL EM ROMA ATÉ TRANSMITIR A HOMENS FIÉIS E IDÔNEOS PARA INSTRUIR A OUTROS
ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - QUINTA-FEIRA
NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM capítulo 4: A ÊNFASE DOS ESCRITOS DE PAULO
Leitura bíblica: At 28:16, 30-31; Fp 4:22, 1:30-31; 1Tm 1:3-7
Ler com oração: O qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério. (1Tm 2:4; 2Tm 4:1-5)
OS QUATRO LIVROS QUE PAULO ESCREVEU NO PERÍODO INICIAL EM ROMA ATÉ TRANSMITIR A HOMENS FIÉIS E IDÔNEOS PARA INSTRUIR A OUTROS
Os quatro livros que Paulo escreveu no período inicial em Roma
Conforme relatamos no capítulo anterior, chegando em Roma, apesar dele ser prisioneiro, foi permitido a Paulo morar por sua conta, tendo por companhia o soldado que o guardava, enquanto esperava o julgamento (At 28:16). Por dois anos ele permaneceu na própria casa que alugara, onde recebia todos que o procuravam, pregando o reino de Deus (vs. 30-31).
Os dois anos que Paulo esteve em Roma foram muito frutíferos a ponto de suas palavras alcançarem até o palácio imperial (Fp 4:22) e toda a guarda pretoriana (1:12-13). Enquanto estava em Roma, escreveu os quatro livros mais importantes dentre suas epístolas: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom, por volta do ano 64 (Ef 3:1; 4:1; 6:20; Fp 1:13; Cl 4:3, 10, 18; Fm 9, 22-23).
Os últimos quatro livros escritos antes de seu martírio
1 Timóteo
Depois de passar dois anos em Roma na casa em que alugara, devido à demora do seu processo de julgamento, Paulo teve oportunidade de viajar e aproveitou para visitar as igrejas. Aproximadamente um ano antes, Paulo havia escrito a Epístola aos Efésios e estava ansioso para saber como eles receberam essa palavra. Ele fez questão de passar por Éfeso, quando estava de viagem rumo da Macedônia (1 Tm 1:3).
O que Paulo viu em Éfeso não foi nada animador, visto que em lugar de usarem o espírito para receber luz na palavra tão elevada que lhes enviara por carta, eles se ocuparam com fábulas e genealogias sem fim, que antes promoviam discussões do que a economia de Deus na fé (v. 4). Eles se enveredaram pelo caminho do mero conhecimento intelectual, perderam-se em vã conversação, pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que diziam, nem os assuntos sobre os quais faziam ousadas asseverações (vs. 6-7).
Como resultado, a igreja em Éfeso dava sinais de degradação espiritual, motivo pelo qual Paulo deixou ali seu jovem cooperador para ajudá-los a saírem da esfera anímica para a prática da verdade no espírito (v. 3). Portanto, a Primeira Epístola a Timóteo deve ter sido escrita na Macedônia, por volta do ano 65.
Tito
Depois disso Paulo foi a Creta e também ali deparou com a situação de degradação na igreja. Deixou Tito, outro cooperador seu, para colocar ordem na igreja, repreendendo-os severamente para que fossem sadios na fé e não se ocupassem com fábulas judaicas nem com mandamentos de homens desviados da verdade (Tt 1:5, 13-14). De Creta Paulo partiu para Nicópolis, na Acaia, ao sul da Grécia, onde pretendia passar o inverno (3:12). Portanto a Epístola a Tito deve ter sido escrita em Nicópolis, por volta do ano 65.
Hebreus
A Epístola aos Hebreus nos revela que o mundo que há de vir não será mais entregue aos anjos, como no primeiro mundo, antes, Deus determinou que o homem irá assumir esse governo. Ao longo do texto, o autor desvenda como Deus fará isso, uma vez que o homem, aparentemente, não tem condição nenhuma de assumi-lo. Somente Paulo tinha qualificação para escrever essa carta com conteúdo tão profundo; a menção de Timóteo no final dela, reforça a ideia de que foi escrita por Paulo (Hb 13:23). Provavelmente ele escreveu aos hebreus em Mileto, pouco antes de voltar a Roma (2 Tm 4:20), pois a saudação no final da epístola diz: “Os da Itália vos saúdam” (Hb 13:24). Isso pode significar que ele ainda não estava em Roma, portanto a Epístola aos Hebreus deve ter sido escrita em Mileto, por volta do ano 67.
2 Timóteo
Provavelmente Paulo tenha sido subitamente preso em Trôade e levado para Roma, pois pediu para Timóteo trazer-lhe a capa e os livros que havia deixado na casa de Carpo, em Trôade (2 Tm 4:13). Isso deve ter ocorrido devido à perseguição promovida por Nero. A Segunda Epístola a Timóteo foi então escrita na prisão em Roma, por volta do ano 67.
A atitude de Paulo para com as verdades recebidas
Pleno conhecimento da verdade
Na Primeira Epístola a Timóteo, Paulo mostra sua visão quanto às verdades que recebeu do Senhor: “O qual [Deus] deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (2:4). A revelação que ele recebera do plano da salvação de Deus para o homem, a economia neotestamentária de Deus, precisava ser passada a todos os homens.
Paulo não fez parte dos doze apóstolos que receberam a mesma revelação do próprio Senhor Jesus enquanto esteve com eles. Os doze apóstolos andaram com Jesus, que os ensinou na prática, no dia a dia; não numa sala de aula, mas conforme surgiam as mais variadas situações, enquanto deparavam com diferentes pessoas, durante os três anos e meio que conviveu com eles. Paulo, porém, não teve essa mesma oportunidade, pois recebeu toda a visão num curto período de tempo, como se estivesse fazendo um curso intensivo de mestrado. Ele recebeu um “pacote” completo de revelação, e sabia que tinha a responsabilidade de passá-la adiante. Daí sua grande preocupação para que todos chegassem ao pleno conhecimento da verdade, isto é, conhecessem a visão completa da economia de Deus.
Transmitir a homens fiéis e idôneos para instruir a outros
Quando escreveu a Segunda Epístola a Timóteo, Paulo já estava na prisão romana e tinha consciência de que o tempo de sua partida era chegado (4:6). Ele pede a Timóteo: “E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros” (2:2).
Paulo fez a sua parte ao pregar a palavra conforme a visão que recebera de Deus; todavia, o tempo de sua partida estava próximo e ele já não tinha como dar continuidade a isso, por isso incumbiu seu jovem cooperador de fazê-lo: “Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. [...] Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério” (4:1-5).
Como Paulo havia recebido o “pacote” completo das verdades do Novo Testamento, seu foco era passar o conhecimento dessas verdades a homens fiéis e idôneos, capazes de transmitir a outros. Essa foi sua grande preocupação durante todo seu ministério. Todavia, esse seu desejo não produziu o esperado, visto que no final de seu ministério as igrejas sob seu cuidado estavam em degradação.
NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM capítulo 4: A ÊNFASE DOS ESCRITOS DE PAULO
Leitura bíblica: At 28:16, 30-31; Fp 4:22, 1:30-31; 1Tm 1:3-7
Ler com oração: O qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério. (1Tm 2:4; 2Tm 4:1-5)
Os quatro livros que Paulo escreveu no período inicial em Roma
Conforme relatamos no capítulo anterior, chegando em Roma, apesar dele ser prisioneiro, foi permitido a Paulo morar por sua conta, tendo por companhia o soldado que o guardava, enquanto esperava o julgamento (At 28:16). Por dois anos ele permaneceu na própria casa que alugara, onde recebia todos que o procuravam, pregando o reino de Deus (vs. 30-31).
Os dois anos que Paulo esteve em Roma foram muito frutíferos a ponto de suas palavras alcançarem até o palácio imperial (Fp 4:22) e toda a guarda pretoriana (1:12-13). Enquanto estava em Roma, escreveu os quatro livros mais importantes dentre suas epístolas: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom, por volta do ano 64 (Ef 3:1; 4:1; 6:20; Fp 1:13; Cl 4:3, 10, 18; Fm 9, 22-23).
Os últimos quatro livros escritos antes de seu martírio
1 Timóteo
Depois de passar dois anos em Roma na casa em que alugara, devido à demora do seu processo de julgamento, Paulo teve oportunidade de viajar e aproveitou para visitar as igrejas. Aproximadamente um ano antes, Paulo havia escrito a Epístola aos Efésios e estava ansioso para saber como eles receberam essa palavra. Ele fez questão de passar por Éfeso, quando estava de viagem rumo da Macedônia (1 Tm 1:3).
O que Paulo viu em Éfeso não foi nada animador, visto que em lugar de usarem o espírito para receber luz na palavra tão elevada que lhes enviara por carta, eles se ocuparam com fábulas e genealogias sem fim, que antes promoviam discussões do que a economia de Deus na fé (v. 4). Eles se enveredaram pelo caminho do mero conhecimento intelectual, perderam-se em vã conversação, pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que diziam, nem os assuntos sobre os quais faziam ousadas asseverações (vs. 6-7).
Como resultado, a igreja em Éfeso dava sinais de degradação espiritual, motivo pelo qual Paulo deixou ali seu jovem cooperador para ajudá-los a saírem da esfera anímica para a prática da verdade no espírito (v. 3). Portanto, a Primeira Epístola a Timóteo deve ter sido escrita na Macedônia, por volta do ano 65.
Tito
Depois disso Paulo foi a Creta e também ali deparou com a situação de degradação na igreja. Deixou Tito, outro cooperador seu, para colocar ordem na igreja, repreendendo-os severamente para que fossem sadios na fé e não se ocupassem com fábulas judaicas nem com mandamentos de homens desviados da verdade (Tt 1:5, 13-14). De Creta Paulo partiu para Nicópolis, na Acaia, ao sul da Grécia, onde pretendia passar o inverno (3:12). Portanto a Epístola a Tito deve ter sido escrita em Nicópolis, por volta do ano 65.
Hebreus
A Epístola aos Hebreus nos revela que o mundo que há de vir não será mais entregue aos anjos, como no primeiro mundo, antes, Deus determinou que o homem irá assumir esse governo. Ao longo do texto, o autor desvenda como Deus fará isso, uma vez que o homem, aparentemente, não tem condição nenhuma de assumi-lo. Somente Paulo tinha qualificação para escrever essa carta com conteúdo tão profundo; a menção de Timóteo no final dela, reforça a ideia de que foi escrita por Paulo (Hb 13:23). Provavelmente ele escreveu aos hebreus em Mileto, pouco antes de voltar a Roma (2 Tm 4:20), pois a saudação no final da epístola diz: “Os da Itália vos saúdam” (Hb 13:24). Isso pode significar que ele ainda não estava em Roma, portanto a Epístola aos Hebreus deve ter sido escrita em Mileto, por volta do ano 67.
2 Timóteo
Provavelmente Paulo tenha sido subitamente preso em Trôade e levado para Roma, pois pediu para Timóteo trazer-lhe a capa e os livros que havia deixado na casa de Carpo, em Trôade (2 Tm 4:13). Isso deve ter ocorrido devido à perseguição promovida por Nero. A Segunda Epístola a Timóteo foi então escrita na prisão em Roma, por volta do ano 67.
A atitude de Paulo para com as verdades recebidas
Pleno conhecimento da verdade
Na Primeira Epístola a Timóteo, Paulo mostra sua visão quanto às verdades que recebeu do Senhor: “O qual [Deus] deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (2:4). A revelação que ele recebera do plano da salvação de Deus para o homem, a economia neotestamentária de Deus, precisava ser passada a todos os homens.
Paulo não fez parte dos doze apóstolos que receberam a mesma revelação do próprio Senhor Jesus enquanto esteve com eles. Os doze apóstolos andaram com Jesus, que os ensinou na prática, no dia a dia; não numa sala de aula, mas conforme surgiam as mais variadas situações, enquanto deparavam com diferentes pessoas, durante os três anos e meio que conviveu com eles. Paulo, porém, não teve essa mesma oportunidade, pois recebeu toda a visão num curto período de tempo, como se estivesse fazendo um curso intensivo de mestrado. Ele recebeu um “pacote” completo de revelação, e sabia que tinha a responsabilidade de passá-la adiante. Daí sua grande preocupação para que todos chegassem ao pleno conhecimento da verdade, isto é, conhecessem a visão completa da economia de Deus.
Transmitir a homens fiéis e idôneos para instruir a outros
Quando escreveu a Segunda Epístola a Timóteo, Paulo já estava na prisão romana e tinha consciência de que o tempo de sua partida era chegado (4:6). Ele pede a Timóteo: “E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros” (2:2).
Paulo fez a sua parte ao pregar a palavra conforme a visão que recebera de Deus; todavia, o tempo de sua partida estava próximo e ele já não tinha como dar continuidade a isso, por isso incumbiu seu jovem cooperador de fazê-lo: “Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. [...] Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério” (4:1-5).
Como Paulo havia recebido o “pacote” completo das verdades do Novo Testamento, seu foco era passar o conhecimento dessas verdades a homens fiéis e idôneos, capazes de transmitir a outros. Essa foi sua grande preocupação durante todo seu ministério. Todavia, esse seu desejo não produziu o esperado, visto que no final de seu ministério as igrejas sob seu cuidado estavam em degradação.
quarta-feira, 19 de março de 2014
INÍCIO DO CAPÍTULO 4 ATÉ ROMANOS
ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - QUARTA-FEIRA
NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM capítulo 4: A ÊNFASE DOS ESCRITOS DE PAULO
Leitura bíblica: At 18:1-3; 1Ts 1:1; 1Co16:8; 2 Co 2:1-3,5-7; At 20:1-3
Ler com oração: O qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. (1Tm 2:4)
INÍCIO DO CAPÍTULO 4 ATÉ ROMANOS
O ministério epistolar de Paulo é de suma importância no tocante à revelação das verdades do Novo Testamento. Para melhor entendimento e facilidade de memorização, vamos dividir as cartas de Paulo da seguinte maneira: seis delas foram escritas antes dele subir a Roma para ser julgado das acusações dos judeus; quatro cartas foram escritas em seu primeiro período em Roma, na casa que alugara aguardando seu julgamento; e as quatro últimas ele escreveu antes de ser martirizado.
Os livros escritos por Paulo antes de sua viagem a Roma
Os seis livros que Paulo escreveu antes de sua viagem a Roma, na ordem em que aparecem na Bíblia são: Romanos, Primeira e Segunda Epístola aos Coríntios, Gálatas, e Primeira e Segunda Epístola aos Tessalonicenses. Vamos abordar cada um deles na ordem cronológica em que foram escritos.
As cartas escritas na segunda viagem de Paulo
Gálatas
A Epístola aos Gálatas deve ter sido escrita durante a segunda viagem de Paulo na companhia de Silas, depois que visitaram a Galácia, ao passarem pelas cidades de Filipos, Anfípolis, Apolônia, Tessalônica e Bereia, na Macedônia. Depois de passar em Bereia, Paulo partiu sozinho para Atenas, e de Atenas ele foi para Corinto, onde encontrou Áquila e Priscila, passando a morar e trabalhar com eles fazendo tendas (At 18:1-3). Quando Silas e Timóteo desceram da Macedônia, Paulo se entregou totalmente à palavra (v. 5); ele permaneceu um ano e seis meses em Corinto, e nesse período deve ter escrito a Epístola aos Gálatas, por volta do ano 54.
1 e 2 Tessalonicenses
As duas cartas aos tessalonicenses foram escritas em Corinto, depois da chegada de Timóteo e Silas, que também era chamado de Silvano. Segundo os registros, essas epístolas também tiveram a coautoria de Silvano e Timóteo (1 Ts 1:1; 2 Ts 1:1). Na Primeira Epístola aos Tessalonicenses vemos a menção da chegada de Timóteo, com boas notícias da fé e do amor dos irmãos em Tessalônica, bem como do desejo deles em ver Paulo (3:6). Portanto, essas epístolas também foram escritas durante a permanência de Paulo em Corinto, por volta do ano 54.
As cartas escritas na terceira viagem de Paulo
1 Coríntios
Na sua terceira viagem, Paulo permaneceu em Éfeso por três anos (At 19:21-22; 20:31). Muito provavelmente ele escreveu a Primeira Epístola aos Coríntios quase no final de sua permanência ali, pois ele mesmo disse que ficaria em Éfeso até o Pentecostes (1 Co 16:8). Além disso, em suas saudações, ele escreve: “As igrejas da Ásia vos saúdam. No Senhor, muito vos saúdam Áquila e Priscila e, bem assim, a igreja que está na casa deles” (v. 19). Éfeso ficava na província romana da Ásia e Corinto ficava na província de Acaia.
Conforme mencionamos no capítulo anterior, quando Paulo escreveu aos coríntios recomendou-lhes que recolhessem antecipadamente as ofertas destinadas a Jerusalém (vs. 1-2). Também salientamos que naquele momento, quando estava ainda em Éfeso, ele não havia decidido se ia levar pessoalmente as ofertas para Jerusalém (vs. 3-4). Portanto, Paulo escreveu a Primeira Epístola aos Coríntios em Éfeso, por volta do ano 59.
Na sua primeira carta, Paulo lidou com vários problemas da igreja em Corinto, tais como divisão e partidarismo, demandas em tribunais pagãos, imoralidades, questões relativas à autoridade e mau uso dos dons espirituais. Em particular, Paulo foi extremamente duro na questão daquele que se atreveu a possuir a mulher de seu próprio pai: “E, contudo, andais vós ensoberbecidos e não chegastes a lamentar, para que fosse tirado do vosso meio quem tamanho ultraje praticou? Eu, na verdade, ainda que ausente em pessoa, mas presente em espírito, já sentenciei, como se estivesse presente, que o autor de tal infâmia seja, em nome do Senhor Jesus, reunidos vós e o meu espírito, com o poder de Jesus, nosso Senhor, entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus]” (5:2-5).
Embora seja um pecado de extrema gravidade, não devemos julgar o caso exclusivamente pelo nosso senso de moralidade; nessa hora precisamos ser sensíveis ao Espírito para lidar com a situação adequadamente. Por um lado, a igreja precisa conhecer como Deus repudia esse tipo de pecado; por outro, não podemos fechar o caminho do arrependimento para quem cometeu tal pecado grave.
2 Coríntios
Paulo encarregou Tito de levar a primeira carta aos coríntios. Ao perceber que havia usado palavras duras demais ao tratar com os irmãos da igreja em Corinto, especialmente com quem havia cometido o pecado grave, escreveu uma segunda carta temendo que os coríntios não fossem suportar a dureza da primeira. Mesmo sabendo que logo estaria em Corinto a fim de recolher as ofertas para Jerusalém, Paulo fez questão de escrever-lhes outra carta, pois não queria encontrá-los tristes (2 Co 2:1-3). Ele reconheceu que foi demasiadamente áspero; pediu-lhes que perdoassem aquele que pecara e o confortassem, para que ele não fosse consumido por excessiva tristeza (vs. 5-7).
Querendo muito saber como os coríntios haviam recebido sua primeira carta, Paulo não aguentou esperar em Éfeso e saiu à procura de Tito em Trôade; não o encontrando ali, partiu para Macedônia (vs. 12-13). Ao chegar lá, Paulo foi confortado com a chegada de Tito, que relatou a saudade, o pranto e o zelo dos coríntios para com ele, o que aumentou seu regozijo (7:6-7). Este é o pano de fundo dessa carta, que foi escrita na Macedônia (8:1; 9:2, 4; At 20:1), por volta do ano 60.
Romanos
Algum tempo depois que Paulo escreveu aos coríntios em Éfeso, tomou a decisão de ir a Jerusalém, pois seu desejo era visitar Roma; antes, contudo, passaria pela Macedônia, onde escreveu a segunda carta aos coríntios (At 19:21). Em Corinto, que fica na província de Acaia, ele escreveu a Epístola aos Romanos comunicando-os da sua intenção de levar as ofertas da Macedônia e Acaia até Jerusalém, e de lá pretendia ir até a Espanha, passando por Roma (Rm 15:23-26). O livro de Romanos foi, portanto, escrito em Corinto (At 20:1-3), por volta do ano 60.
NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM capítulo 4: A ÊNFASE DOS ESCRITOS DE PAULO
Leitura bíblica: At 18:1-3; 1Ts 1:1; 1Co16:8; 2 Co 2:1-3,5-7; At 20:1-3
Ler com oração: O qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. (1Tm 2:4)
O ministério epistolar de Paulo é de suma importância no tocante à revelação das verdades do Novo Testamento. Para melhor entendimento e facilidade de memorização, vamos dividir as cartas de Paulo da seguinte maneira: seis delas foram escritas antes dele subir a Roma para ser julgado das acusações dos judeus; quatro cartas foram escritas em seu primeiro período em Roma, na casa que alugara aguardando seu julgamento; e as quatro últimas ele escreveu antes de ser martirizado.
Os livros escritos por Paulo antes de sua viagem a Roma
Os seis livros que Paulo escreveu antes de sua viagem a Roma, na ordem em que aparecem na Bíblia são: Romanos, Primeira e Segunda Epístola aos Coríntios, Gálatas, e Primeira e Segunda Epístola aos Tessalonicenses. Vamos abordar cada um deles na ordem cronológica em que foram escritos.
As cartas escritas na segunda viagem de Paulo
Gálatas
A Epístola aos Gálatas deve ter sido escrita durante a segunda viagem de Paulo na companhia de Silas, depois que visitaram a Galácia, ao passarem pelas cidades de Filipos, Anfípolis, Apolônia, Tessalônica e Bereia, na Macedônia. Depois de passar em Bereia, Paulo partiu sozinho para Atenas, e de Atenas ele foi para Corinto, onde encontrou Áquila e Priscila, passando a morar e trabalhar com eles fazendo tendas (At 18:1-3). Quando Silas e Timóteo desceram da Macedônia, Paulo se entregou totalmente à palavra (v. 5); ele permaneceu um ano e seis meses em Corinto, e nesse período deve ter escrito a Epístola aos Gálatas, por volta do ano 54.
1 e 2 Tessalonicenses
As duas cartas aos tessalonicenses foram escritas em Corinto, depois da chegada de Timóteo e Silas, que também era chamado de Silvano. Segundo os registros, essas epístolas também tiveram a coautoria de Silvano e Timóteo (1 Ts 1:1; 2 Ts 1:1). Na Primeira Epístola aos Tessalonicenses vemos a menção da chegada de Timóteo, com boas notícias da fé e do amor dos irmãos em Tessalônica, bem como do desejo deles em ver Paulo (3:6). Portanto, essas epístolas também foram escritas durante a permanência de Paulo em Corinto, por volta do ano 54.
As cartas escritas na terceira viagem de Paulo
1 Coríntios
Na sua terceira viagem, Paulo permaneceu em Éfeso por três anos (At 19:21-22; 20:31). Muito provavelmente ele escreveu a Primeira Epístola aos Coríntios quase no final de sua permanência ali, pois ele mesmo disse que ficaria em Éfeso até o Pentecostes (1 Co 16:8). Além disso, em suas saudações, ele escreve: “As igrejas da Ásia vos saúdam. No Senhor, muito vos saúdam Áquila e Priscila e, bem assim, a igreja que está na casa deles” (v. 19). Éfeso ficava na província romana da Ásia e Corinto ficava na província de Acaia.
Conforme mencionamos no capítulo anterior, quando Paulo escreveu aos coríntios recomendou-lhes que recolhessem antecipadamente as ofertas destinadas a Jerusalém (vs. 1-2). Também salientamos que naquele momento, quando estava ainda em Éfeso, ele não havia decidido se ia levar pessoalmente as ofertas para Jerusalém (vs. 3-4). Portanto, Paulo escreveu a Primeira Epístola aos Coríntios em Éfeso, por volta do ano 59.
Na sua primeira carta, Paulo lidou com vários problemas da igreja em Corinto, tais como divisão e partidarismo, demandas em tribunais pagãos, imoralidades, questões relativas à autoridade e mau uso dos dons espirituais. Em particular, Paulo foi extremamente duro na questão daquele que se atreveu a possuir a mulher de seu próprio pai: “E, contudo, andais vós ensoberbecidos e não chegastes a lamentar, para que fosse tirado do vosso meio quem tamanho ultraje praticou? Eu, na verdade, ainda que ausente em pessoa, mas presente em espírito, já sentenciei, como se estivesse presente, que o autor de tal infâmia seja, em nome do Senhor Jesus, reunidos vós e o meu espírito, com o poder de Jesus, nosso Senhor, entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus]” (5:2-5).
Embora seja um pecado de extrema gravidade, não devemos julgar o caso exclusivamente pelo nosso senso de moralidade; nessa hora precisamos ser sensíveis ao Espírito para lidar com a situação adequadamente. Por um lado, a igreja precisa conhecer como Deus repudia esse tipo de pecado; por outro, não podemos fechar o caminho do arrependimento para quem cometeu tal pecado grave.
2 Coríntios
Paulo encarregou Tito de levar a primeira carta aos coríntios. Ao perceber que havia usado palavras duras demais ao tratar com os irmãos da igreja em Corinto, especialmente com quem havia cometido o pecado grave, escreveu uma segunda carta temendo que os coríntios não fossem suportar a dureza da primeira. Mesmo sabendo que logo estaria em Corinto a fim de recolher as ofertas para Jerusalém, Paulo fez questão de escrever-lhes outra carta, pois não queria encontrá-los tristes (2 Co 2:1-3). Ele reconheceu que foi demasiadamente áspero; pediu-lhes que perdoassem aquele que pecara e o confortassem, para que ele não fosse consumido por excessiva tristeza (vs. 5-7).
Querendo muito saber como os coríntios haviam recebido sua primeira carta, Paulo não aguentou esperar em Éfeso e saiu à procura de Tito em Trôade; não o encontrando ali, partiu para Macedônia (vs. 12-13). Ao chegar lá, Paulo foi confortado com a chegada de Tito, que relatou a saudade, o pranto e o zelo dos coríntios para com ele, o que aumentou seu regozijo (7:6-7). Este é o pano de fundo dessa carta, que foi escrita na Macedônia (8:1; 9:2, 4; At 20:1), por volta do ano 60.
Romanos
Algum tempo depois que Paulo escreveu aos coríntios em Éfeso, tomou a decisão de ir a Jerusalém, pois seu desejo era visitar Roma; antes, contudo, passaria pela Macedônia, onde escreveu a segunda carta aos coríntios (At 19:21). Em Corinto, que fica na província de Acaia, ele escreveu a Epístola aos Romanos comunicando-os da sua intenção de levar as ofertas da Macedônia e Acaia até Jerusalém, e de lá pretendia ir até a Espanha, passando por Roma (Rm 15:23-26). O livro de Romanos foi, portanto, escrito em Corinto (At 20:1-3), por volta do ano 60.
terça-feira, 18 de março de 2014
PAULO VAI ATÉ CESAREIA / ATÉ PAULO EM ROMA
ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - TERÇA-FEIRA
NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM capítulo 3: A IDA DE PAULO A JERUSALÉM E SUA CONSEQUÊNCIA
Leitura bíblica: At 21:30-33, 23:12-13, 23-24, 27, 25:3,11, 26:28, 29, 32
Ler com oração: E, percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia, defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu. Mas o Senhor lhe disse: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel. (At 16:6-7; 9:15)
PAULO VAI ATÉ CESAREIA / ATÉ PAULO EM ROMA
Paulo vai até Cesareia
Com toda Jerusalém amotinada, o desejo do povo era matar Paulo, mas Deus salvou-lhe a vida por meio do comandante da força, chamado Cláudio Lísias (At 23:26). Ao verem chegar o comandante e os soldados, cessaram de espancá-lo (21:30-33). Havia mais de quarenta judeus que, sob anátema, juraram que não haviam de comer nem beber, enquanto não matassem Paulo (23:12-13); e isso chegou ao conhecimento do comandante, que mandou levá-lo escoltado até Cesareia (vs. 23-24).
Em Cesareia, Paulo teve de se defender perante o governador Félix das acusações da parte do sumo sacerdote com alguns anciãos (24:1-21). Mais tarde Félix, que teve por sucessor Pórcio Festo, querendo assegurar o apoio dos judeus, manteve Paulo encarcerado (v. 27). No governo de Festo, os judeus tentaram levar Paulo para ser julgado em Jerusalém, com a intenção de matá-lo na estrada (25:3). Então Festo, querendo assegurar o apoio político dos judeus, perguntou se Paulo queria ser julgado em Jerusalém. Percebendo a artimanha, Paulo apelou para César (v. 11).
Passados alguns dias, o rei Agripa e Berenice chegaram a Cesareia para saudar a Festo. Paulo foi trazido à presença deles para que apresentasse sua defesa, e com ousadia pregou a Cristo e Sua ressurreição. Então Agripa se dirigiu a Paulo, e disse: “Por pouco me persuades a me fazer cristão” (26:28). Paulo respondeu: “Assim Deus permitisse que, por pouco ou por muito, não apenas tu, ó rei, porém todos os que hoje me ouvem se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias” (v. 29). A essa altura, levantou-se o rei, e também o governador e Berenice, bem como os que estavam assentados com eles. Então Agripa se dirigiu a Festo, e disse: “Este homem bem podia ser solto, se não tivesse apelado para César” (v. 32). Assim Paulo foi fiel à comissão recebida de levar o nome do Senhor perante os reis (9:15).
Deus preservou a vida de Paulo para deixar por escrito a visão celestial
Paulo havia dito em Cesareia que estava pronto não só para ser preso, mas até morrer em Jerusalém, pelo nome do Senhor Jesus (At 21:13). De fato, em Jerusalém, os judeus vindos da Ásia agitaram o povo com o fim de matá-lo (vs. 27-31). Deus, porém, proveu-lhe salvação e preservou sua vida, pois Paulo ainda precisava deixar por escrito toda a revelação que recebera nas regiões da Arábia. Até esse momento, ele havia escrito somente seis cartas: uma aos gálatas, duas aos tessalonicenses, duas aos coríntios e a carta aos romanos.
A revelação que ele recebeu sobre o plano de Deus para a salvação completa do homem, ou seja, a economia neotestamentária de Deus, ainda não havia sido totalmente registrada em livros. Somente em Roma, Paulo teve oportunidade de escrever o restante das cartas, deixando-nos um legado tão precioso que hoje está disponível a todos. Iremos explicar melhor o assunto no próximo capítulo.
A viagem para Roma
Na viagem a Roma, Paulo e alguns outros presos foram entregues a um centurião chamado Júlio, da Coorte Imperial (At 27:1). Embarcaram num navio que estava de partida para costear a Ásia e chegaram a Mirra, na Lícia (v. 5). Achando ali o centurião um navio de Alexandria, que estava de partida para a Itália, embarcou-os nele. Navegaram vagarosamente muitos dias e, tendo chegado com dificuldade defronte de Cnido, não conseguiram prosseguir por causa do vento contrário, aportando num lugar chamado Bons Portos, em Creta (v. 8).
Paulo advertiu-os sobre os dano e prejuízos que teriam, não só da carga e do navio, mas também das vidas que nele estavam, se prosseguissem a viagem naquelas condições. Mas o centurião dava mais crédito ao piloto e ao mestre do navio do que ao que Paulo dizia (vs. 10-11). O navio foi arrastado com violência, e, temendo que dessem em águas rasas, arriaram os aparelhos e foram ao léu. Açoitados severamente pela tormenta, no dia seguinte aliviaram o navio. Depois de alguns dias sem ver o sol nem as estrelas, caindo sobre eles grande tempestade, dissipou-se afinal toda a esperança de salvamento (v. 20).
Paulo começa a reinar na situação
Passada a tempestade e havendo todos, estado muito tempo sem comer, Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: “Senhores, na verdade era preciso terem-me atendido e não partir de Creta, para evitar este dano e perda. Mas, já agora, vos aconselho bom ânimo, porque nenhuma vida se perderá de entre vós, mas somente o navio. Porque, esta mesma noite, um anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo, dizendo: Paulo, não temas! É preciso que compareças perante César, e eis que Deus, por sua graça, te deu todos quantos navegam contigo. Portanto, senhores, tende bom ânimo! Pois eu confio em Deus que sucederá do modo por que me foi dito. Porém é necessário que vamos dar a uma ilha” (At 27:21-26).
Quando chegou a décima quarta noite, por volta da meia-noite, pressentiram os marinheiros que se aproximavam de alguma terra e procuraram fugir do navio, mas Paulo disse ao centurião e aos soldados: “Se estes não permanecerem a bordo, vós não podereis salvar-vos” (v. 31). Então os soldados cortaram os cabos do bote. Enquanto amanhecia, Paulo rogava a todos que se alimentassem, pois estavam sem comer havia catorze dias. Todos cobraram ânimo e se puseram também a comer, depois que Paulo, tomando um pão, deu graças a Deus na presença de todos e começou a comer. Estavam no navio duzentas e setenta e seis pessoas ao todo (v. 37).
Paulo em Malta
Uma vez em terra, verificaram que a ilha se chamava Malta. Os bárbaros os trataram com singular humanidade; acenderam uma fogueira e acolheram todos, por causa da chuva que caía e do frio. Tendo Paulo ajuntado e atirado à fogueira um feixe de gravetos, uma víbora, fugindo do calor, prendeu-se-lhe à mão. Quando os bárbaros viram a cobra pendente da mão dele, disseram uns aos outros: “Certamente, este homem é assassino, porque, salvo do mar, a Justiça não o deixa viver. Porém, ele, sacudindo o réptil no fogo, não sofreu mal nenhum; mas eles esperavam que ele viesse a inchar, ou cair morto de repente. Depois de muito esperar, vendo que nenhum mal lhe sucedia, mudando de parecer, diziam ser ele um deus” (At 28:4-6).
Perto daquele lugar havia um sítio pertencente ao homem principal da ilha, chamado Públio, o qual os recebeu e hospedou os que estavam com Paulo benignamente por três dias. Aconteceu achar-se enfermo o pai do Públio, ardendo em febre. Paulo foi visitá-lo, e, orando, impôs-lhe as mãos e o curou. À vista disso, os demais enfermos da ilha também vieram e foram curados; e puseram a bordo tudo o que era necessário para que prosseguissem viagem (vs. 7-10).
A vida de Deus reina
A razão de todo esse relato sobre a vida de Paulo é para mostrar que apesar dele ter viajado na condição de um preso, terminou na condição de um rei. A sua obstinação, em querer ajudar seus patrícios na terceira viagem, prejudicou-o, visto que não foi tão sensível à direção do Espírito por causa de sua determinação de ir a Jerusalém. Na sua segunda viagem, Paulo e Silas também tiveram boas razões para pregar a palavra na Ásia, mas foram impedidos pelo Espírito Santo; decidiram ir a Bitínia, mas o Espírito de Jesus não os permitiu; e eles obedeceram ao Espírito (At 16:6-7).
Depois de quase perder a vida em Jerusalém, Paulo percebeu que o lado bom de sua alma, desejando ajudar os judeus, não deu nenhum resultado positivo. Já livre dessa ansiedade, na difícil viagem até Roma, Paulo deixou que a vida de Deus reinasse nele em todas as situações. Como é importante obedecer ao Espírito e andar segundo a Sua vontade, negando a nossa.
Paulo em Roma
Uma vez em Roma, foi permitido a Paulo morar por sua conta, tendo em sua companhia o soldado que o guardava, enquanto esperava o julgamento. Isso faz parte da providência divina, pois foi nesse período que ele escreveu as quatro epístolas que consideramos ser o coração da Bíblia: Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom. Explicaremos melhor sobre cada uma delas no próximo capítulo.
Em Roma, Paulo ainda convocou os principais dos judeus, deu-lhes explicação sobre si, e aproveitou a oportunidade para lhes fazer uma exposição testemunhando sobre o reino de Deus. Houve alguns que ficaram persuadidos pelo que ele dizia; outros, porém, continuaram incrédulos. Por fim, Paulo se despediu dizendo: “Bem falou o Espírito Santo a vossos pais, por intermédio do profeta Isaías, quando disse: Vai a este povo e dize-lhe: De ouvido, ouvireis e não entendereis; vendo, vereis e não percebereis. Porquanto o coração deste povo se tornou endurecido; com os ouvidos ouviram tardiamente e fecharam os olhos, para que jamais vejam com os olhos, nem ouçam com os ouvidos, para que não entendam com o coração, e se convertam, e por mim sejam curados” (At 28:25-27).
Paulo também disse-lhes: “Tomai, pois, conhecimento de que esta salvação de Deus foi enviada aos gentios. E eles a ouvirão” (v. 28). Paulo finalmente entendeu que pela rejeição do povo de Israel, a salvação de Deus chegou aos gentios: esta era a sua comissão. Depois disso, Paulo permaneceu por dois anos na sua própria casa, que alugara, onde recebia todos que o procuravam, pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas concernentes ao Senhor Jesus Cristo (vs. 29-30).
NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM capítulo 3: A IDA DE PAULO A JERUSALÉM E SUA CONSEQUÊNCIA
Leitura bíblica: At 21:30-33, 23:12-13, 23-24, 27, 25:3,11, 26:28, 29, 32
Ler com oração: E, percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia, defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu. Mas o Senhor lhe disse: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel. (At 16:6-7; 9:15)
PAULO VAI ATÉ CESAREIA / ATÉ PAULO EM ROMA
Com toda Jerusalém amotinada, o desejo do povo era matar Paulo, mas Deus salvou-lhe a vida por meio do comandante da força, chamado Cláudio Lísias (At 23:26). Ao verem chegar o comandante e os soldados, cessaram de espancá-lo (21:30-33). Havia mais de quarenta judeus que, sob anátema, juraram que não haviam de comer nem beber, enquanto não matassem Paulo (23:12-13); e isso chegou ao conhecimento do comandante, que mandou levá-lo escoltado até Cesareia (vs. 23-24).
Em Cesareia, Paulo teve de se defender perante o governador Félix das acusações da parte do sumo sacerdote com alguns anciãos (24:1-21). Mais tarde Félix, que teve por sucessor Pórcio Festo, querendo assegurar o apoio dos judeus, manteve Paulo encarcerado (v. 27). No governo de Festo, os judeus tentaram levar Paulo para ser julgado em Jerusalém, com a intenção de matá-lo na estrada (25:3). Então Festo, querendo assegurar o apoio político dos judeus, perguntou se Paulo queria ser julgado em Jerusalém. Percebendo a artimanha, Paulo apelou para César (v. 11).
Passados alguns dias, o rei Agripa e Berenice chegaram a Cesareia para saudar a Festo. Paulo foi trazido à presença deles para que apresentasse sua defesa, e com ousadia pregou a Cristo e Sua ressurreição. Então Agripa se dirigiu a Paulo, e disse: “Por pouco me persuades a me fazer cristão” (26:28). Paulo respondeu: “Assim Deus permitisse que, por pouco ou por muito, não apenas tu, ó rei, porém todos os que hoje me ouvem se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias” (v. 29). A essa altura, levantou-se o rei, e também o governador e Berenice, bem como os que estavam assentados com eles. Então Agripa se dirigiu a Festo, e disse: “Este homem bem podia ser solto, se não tivesse apelado para César” (v. 32). Assim Paulo foi fiel à comissão recebida de levar o nome do Senhor perante os reis (9:15).
Deus preservou a vida de Paulo para deixar por escrito a visão celestial
Paulo havia dito em Cesareia que estava pronto não só para ser preso, mas até morrer em Jerusalém, pelo nome do Senhor Jesus (At 21:13). De fato, em Jerusalém, os judeus vindos da Ásia agitaram o povo com o fim de matá-lo (vs. 27-31). Deus, porém, proveu-lhe salvação e preservou sua vida, pois Paulo ainda precisava deixar por escrito toda a revelação que recebera nas regiões da Arábia. Até esse momento, ele havia escrito somente seis cartas: uma aos gálatas, duas aos tessalonicenses, duas aos coríntios e a carta aos romanos.
A revelação que ele recebeu sobre o plano de Deus para a salvação completa do homem, ou seja, a economia neotestamentária de Deus, ainda não havia sido totalmente registrada em livros. Somente em Roma, Paulo teve oportunidade de escrever o restante das cartas, deixando-nos um legado tão precioso que hoje está disponível a todos. Iremos explicar melhor o assunto no próximo capítulo.
A viagem para Roma
Na viagem a Roma, Paulo e alguns outros presos foram entregues a um centurião chamado Júlio, da Coorte Imperial (At 27:1). Embarcaram num navio que estava de partida para costear a Ásia e chegaram a Mirra, na Lícia (v. 5). Achando ali o centurião um navio de Alexandria, que estava de partida para a Itália, embarcou-os nele. Navegaram vagarosamente muitos dias e, tendo chegado com dificuldade defronte de Cnido, não conseguiram prosseguir por causa do vento contrário, aportando num lugar chamado Bons Portos, em Creta (v. 8).
Paulo advertiu-os sobre os dano e prejuízos que teriam, não só da carga e do navio, mas também das vidas que nele estavam, se prosseguissem a viagem naquelas condições. Mas o centurião dava mais crédito ao piloto e ao mestre do navio do que ao que Paulo dizia (vs. 10-11). O navio foi arrastado com violência, e, temendo que dessem em águas rasas, arriaram os aparelhos e foram ao léu. Açoitados severamente pela tormenta, no dia seguinte aliviaram o navio. Depois de alguns dias sem ver o sol nem as estrelas, caindo sobre eles grande tempestade, dissipou-se afinal toda a esperança de salvamento (v. 20).
Paulo começa a reinar na situação
Passada a tempestade e havendo todos, estado muito tempo sem comer, Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: “Senhores, na verdade era preciso terem-me atendido e não partir de Creta, para evitar este dano e perda. Mas, já agora, vos aconselho bom ânimo, porque nenhuma vida se perderá de entre vós, mas somente o navio. Porque, esta mesma noite, um anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo, dizendo: Paulo, não temas! É preciso que compareças perante César, e eis que Deus, por sua graça, te deu todos quantos navegam contigo. Portanto, senhores, tende bom ânimo! Pois eu confio em Deus que sucederá do modo por que me foi dito. Porém é necessário que vamos dar a uma ilha” (At 27:21-26).
Quando chegou a décima quarta noite, por volta da meia-noite, pressentiram os marinheiros que se aproximavam de alguma terra e procuraram fugir do navio, mas Paulo disse ao centurião e aos soldados: “Se estes não permanecerem a bordo, vós não podereis salvar-vos” (v. 31). Então os soldados cortaram os cabos do bote. Enquanto amanhecia, Paulo rogava a todos que se alimentassem, pois estavam sem comer havia catorze dias. Todos cobraram ânimo e se puseram também a comer, depois que Paulo, tomando um pão, deu graças a Deus na presença de todos e começou a comer. Estavam no navio duzentas e setenta e seis pessoas ao todo (v. 37).
Paulo em Malta
Uma vez em terra, verificaram que a ilha se chamava Malta. Os bárbaros os trataram com singular humanidade; acenderam uma fogueira e acolheram todos, por causa da chuva que caía e do frio. Tendo Paulo ajuntado e atirado à fogueira um feixe de gravetos, uma víbora, fugindo do calor, prendeu-se-lhe à mão. Quando os bárbaros viram a cobra pendente da mão dele, disseram uns aos outros: “Certamente, este homem é assassino, porque, salvo do mar, a Justiça não o deixa viver. Porém, ele, sacudindo o réptil no fogo, não sofreu mal nenhum; mas eles esperavam que ele viesse a inchar, ou cair morto de repente. Depois de muito esperar, vendo que nenhum mal lhe sucedia, mudando de parecer, diziam ser ele um deus” (At 28:4-6).
Perto daquele lugar havia um sítio pertencente ao homem principal da ilha, chamado Públio, o qual os recebeu e hospedou os que estavam com Paulo benignamente por três dias. Aconteceu achar-se enfermo o pai do Públio, ardendo em febre. Paulo foi visitá-lo, e, orando, impôs-lhe as mãos e o curou. À vista disso, os demais enfermos da ilha também vieram e foram curados; e puseram a bordo tudo o que era necessário para que prosseguissem viagem (vs. 7-10).
A vida de Deus reina
A razão de todo esse relato sobre a vida de Paulo é para mostrar que apesar dele ter viajado na condição de um preso, terminou na condição de um rei. A sua obstinação, em querer ajudar seus patrícios na terceira viagem, prejudicou-o, visto que não foi tão sensível à direção do Espírito por causa de sua determinação de ir a Jerusalém. Na sua segunda viagem, Paulo e Silas também tiveram boas razões para pregar a palavra na Ásia, mas foram impedidos pelo Espírito Santo; decidiram ir a Bitínia, mas o Espírito de Jesus não os permitiu; e eles obedeceram ao Espírito (At 16:6-7).
Depois de quase perder a vida em Jerusalém, Paulo percebeu que o lado bom de sua alma, desejando ajudar os judeus, não deu nenhum resultado positivo. Já livre dessa ansiedade, na difícil viagem até Roma, Paulo deixou que a vida de Deus reinasse nele em todas as situações. Como é importante obedecer ao Espírito e andar segundo a Sua vontade, negando a nossa.
Paulo em Roma
Uma vez em Roma, foi permitido a Paulo morar por sua conta, tendo em sua companhia o soldado que o guardava, enquanto esperava o julgamento. Isso faz parte da providência divina, pois foi nesse período que ele escreveu as quatro epístolas que consideramos ser o coração da Bíblia: Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom. Explicaremos melhor sobre cada uma delas no próximo capítulo.
Em Roma, Paulo ainda convocou os principais dos judeus, deu-lhes explicação sobre si, e aproveitou a oportunidade para lhes fazer uma exposição testemunhando sobre o reino de Deus. Houve alguns que ficaram persuadidos pelo que ele dizia; outros, porém, continuaram incrédulos. Por fim, Paulo se despediu dizendo: “Bem falou o Espírito Santo a vossos pais, por intermédio do profeta Isaías, quando disse: Vai a este povo e dize-lhe: De ouvido, ouvireis e não entendereis; vendo, vereis e não percebereis. Porquanto o coração deste povo se tornou endurecido; com os ouvidos ouviram tardiamente e fecharam os olhos, para que jamais vejam com os olhos, nem ouçam com os ouvidos, para que não entendam com o coração, e se convertam, e por mim sejam curados” (At 28:25-27).
Paulo também disse-lhes: “Tomai, pois, conhecimento de que esta salvação de Deus foi enviada aos gentios. E eles a ouvirão” (v. 28). Paulo finalmente entendeu que pela rejeição do povo de Israel, a salvação de Deus chegou aos gentios: esta era a sua comissão. Depois disso, Paulo permaneceu por dois anos na sua própria casa, que alugara, onde recebia todos que o procuravam, pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas concernentes ao Senhor Jesus Cristo (vs. 29-30).
segunda-feira, 17 de março de 2014
EM CESARÉIA, ROGARAM A PAULO QUE NÃO SUBISSE A JERUSALÉM ATÉ VOTO DO NAZIREADO
ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - SEGUNDA-FEIRA
NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM capítulo 3: A IDA DE PAULO A JERUSALÉM E SUA CONSEQUÊNCIA
Leitura bíblica: At 21:10-14, 17-21, 22-24
Ler com oração: Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão. (Gl 2:21)
EM CESARÉIA, ROGARAM A PAULO QUE NÃO SUBISSE A JERUSALÉM ATÉ VOTO DO NAZIREADO
Em Cesareia, rogaram a Paulo que não subisse a Jerusalém
De Mileto navegaram até Tiro, onde permaneceram sete dias com os discípulos; e estes, movidos pelo Espírito, recomendavam a Paulo que não fosse a Jerusalém. De Tiro, passaram por Ptolemaida e foram para Cesareia; e, entrando na casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete diáconos escolhido pelos apóstolos, ali ficaram (At 21:3-8; 6:3-5; 8:5).
Um profeta chamado Ágabo, tomou o cinto de Paulo, amarrou com ele seus próprios pés e mãos e declarou: “Isto diz o Espírito Santo: Assim os judeus, em Jerusalém, farão ao dono deste cinto e o entregarão nas mãos dos gentios. Então todos os que estavam ali rogaram a Paulo que não subisse a Jerusalém”. Paulo respondeu: “Que fazeis chorando e quebrantando-me o coração? Pois estou pronto não só para ser preso, mas até para morrer em Jerusalém, pelo nome do Senhor Jesus”. Como, porém, não o persuadiram, conformados, disseram: “Faça-se a vontade do Senhor” (21:10-14).
O motivo real da ida de Paulo a Jerusalém
Quando Paulo estava em Corinto, levantando a coleta para os santos necessitados da Judeia, ele escreveu uma carta aos romanos, manifestando seu desejo de, entregar o dinheiro em Jerusalém, ir até Roma e, de lá, para a Espanha: “Essa foi a razão por que também, muitas vezes, me senti impedido de visitar-vos. Mas, agora, não tendo já campo de atividade nestas regiões e desejando há muito visitar-vos, penso em fazê-lo quando em viagem para a Espanha, pois espero que, de passagem estarei convosco e que para lá seja por vós encaminhado, depois de haver primeiro desfrutado um pouco a vossa companhia. Mas, agora, estou de partida para Jerusalém, a serviço dos santos. Porque aprouve à Mecedônia e à Acaia levantar uma coleta em benefício dos pobres dentre os santos que vivem em Jerusalém” (Rm 15:22-26).
“Eu te enviarei para longe, aos gentios”
Paulo havia sido comissionado por Deus para pregar o evangelho aos gentios. Depois que apareceu a Paulo no caminho de Damasco, o Senhor encarregou Ananias de procurá-lo, dizendo-lhe: “Vai, porque este [Paulo] é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel” (At 9:15). Paulo foi escolhido para levar o nome do Senhor principalmente perante os gentios. Pouco tempo depois de ter recebido o batismo, invocando o nome do Senhor, tendo Paulo voltado para Jerusalém, orava no templo, quando lhe sobreveio um êxtase, onde viu o Senhor que falava com ele: “Apressa-te e sai logo de Jerusalém, porque não receberão o teu testemunho a meu respeito. [...] Vai, porque eu te enviarei para longe, aos gentios” (At 22:17-18, 21).
A grande tristeza de Paulo por amor de seus compatriotas
Na Epístola aos Romanos, Paulo deixa transparecer o real motivo de sua ida a Jerusalém. Ele tinha sido fiel à incumbência do Senhor pregando o evangelho aos gentios, todavia, nessa carta escrita pouco antes de sua ida a Jerusalém, ele descreve seu grande conflito interno: “Digo a verdade em Cristo, não minto, testemunhando comigo, no Espírito Santo, a minha própria consciência: que tenho grande tristeza e incessante dor no coração; porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne. São israelitas. Pertence-lhes a adoção, e também a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas; deles são os patriarcas, e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém” (Rm 9:1-5).
Paulo tinha grande preocupação pela salvação de Israel, queria de alguma forma ajudar seus compatriotas a terem entendimento das coisas de Deus: “Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles são para que sejam salvos. Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém não com entendimento” (10:1-2). Todavia, ele tinha de perceber que Deus não o havia incumbido disso.
Levar as ofertas aos necessitados da Judeia era a excelente oportunidade que Paulo precisava para, de alguma forma, ministrar aos seus compatriotas. Provavelmente essa obstinação em ir a Jerusalém tenha feito Paulo perder a característica que marcou a sua segunda viagem: depender do Espírito para dar cada passo. Ele estava tão focado nesse propósito que não deu ouvidos ao Espírito para que não fosse a Jerusalém.
Paulo em Jerusalém
Passados alguns dias em Cesareia, subiram a Jerusalém e foram recebidos pelos irmãos com alegria. No dia seguinte Paulo foi encontrar-se com Tiago, e todos os presbíteros se reuniram. Tendo-os saudado, Paulo contou minuciosamente o que Deus fizera entre os gentios por seu ministério. Ouvindo-o, deram eles glória a Deus e lhe disseram: “Bem vês, irmão, quantas dezenas de milhares há entre os judeus que creram, e todos são zelosos da lei; e foram informados a teu respeito que ensinas todos os judeus entre os gentios a apostatarem de Moisés, dizendo-lhes que não devem circuncidar os filhos, nem andar segundo os costumes da lei” (At 21:17-21).
Em outras palavras, a obra de Paulo entre os gentios se tornou insignificante diante da “grandeza da obra” ocorrida em Jerusalém, com dezenas de milhares de membros, todos zelosos da lei. Não havia nenhum ambiente entre eles para receberem a ajuda espiritual de Paulo, pelo contrário, este foi subjugado pela forte atmosfera religiosa densa, reinante em Jerusalém.
Voto de nazireado
Paulo foi convencido a fazer o voto de nazireado juntamente com outros quatro homens que, voluntariamente haviam aceitado o voto, para provar aos judeus crentes de Jerusalém que não era verdade o que se dizia a seu respeito, pelo contrário, ele mesmo guardava a lei (At 21:22-24). Isso vai frontalmente contra o que ele mesmo escreveu aos gálatas, quando alguns dentre eles estavam abandonando a graça e recuando de volta à lei: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo” (Gl 1:6-7); e mais: “Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão” (2:21).
Paulo continua: “Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei, ou pela pregação da fé? Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais agora vos aperfeiçoando na carne?” (3:1-3). Com essas palavras percebemos quão sério era o fato de Paulo ter aceitado fazer o voto; por isso Deus não permitiu sua conclusão: “Quando já estavam por findar os sete dias, os judeus vindos da Ásia, tendo visto Paulo no templo, alvoroçaram todo o povo e o agarraram, gritando: Israelitas, socorro! Este é o homem que por toda parte ensina todos a ser contra o povo, contra a lei e contra este lugar. [...] Agitou-se toda a cidade, havendo concorrência do povo; e, agarrando a Paulo, arrastaram-no para fora do templo, e imediatamente foram fechadas as portas” (At 21:27-30).
NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM capítulo 3: A IDA DE PAULO A JERUSALÉM E SUA CONSEQUÊNCIA
Leitura bíblica: At 21:10-14, 17-21, 22-24
Ler com oração: Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão. (Gl 2:21)
EM CESARÉIA, ROGARAM A PAULO QUE NÃO SUBISSE A JERUSALÉM ATÉ VOTO DO NAZIREADO
Em Cesareia, rogaram a Paulo que não subisse a Jerusalém
De Mileto navegaram até Tiro, onde permaneceram sete dias com os discípulos; e estes, movidos pelo Espírito, recomendavam a Paulo que não fosse a Jerusalém. De Tiro, passaram por Ptolemaida e foram para Cesareia; e, entrando na casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete diáconos escolhido pelos apóstolos, ali ficaram (At 21:3-8; 6:3-5; 8:5).
Um profeta chamado Ágabo, tomou o cinto de Paulo, amarrou com ele seus próprios pés e mãos e declarou: “Isto diz o Espírito Santo: Assim os judeus, em Jerusalém, farão ao dono deste cinto e o entregarão nas mãos dos gentios. Então todos os que estavam ali rogaram a Paulo que não subisse a Jerusalém”. Paulo respondeu: “Que fazeis chorando e quebrantando-me o coração? Pois estou pronto não só para ser preso, mas até para morrer em Jerusalém, pelo nome do Senhor Jesus”. Como, porém, não o persuadiram, conformados, disseram: “Faça-se a vontade do Senhor” (21:10-14).
O motivo real da ida de Paulo a Jerusalém
Quando Paulo estava em Corinto, levantando a coleta para os santos necessitados da Judeia, ele escreveu uma carta aos romanos, manifestando seu desejo de, entregar o dinheiro em Jerusalém, ir até Roma e, de lá, para a Espanha: “Essa foi a razão por que também, muitas vezes, me senti impedido de visitar-vos. Mas, agora, não tendo já campo de atividade nestas regiões e desejando há muito visitar-vos, penso em fazê-lo quando em viagem para a Espanha, pois espero que, de passagem estarei convosco e que para lá seja por vós encaminhado, depois de haver primeiro desfrutado um pouco a vossa companhia. Mas, agora, estou de partida para Jerusalém, a serviço dos santos. Porque aprouve à Mecedônia e à Acaia levantar uma coleta em benefício dos pobres dentre os santos que vivem em Jerusalém” (Rm 15:22-26).
“Eu te enviarei para longe, aos gentios”
Paulo havia sido comissionado por Deus para pregar o evangelho aos gentios. Depois que apareceu a Paulo no caminho de Damasco, o Senhor encarregou Ananias de procurá-lo, dizendo-lhe: “Vai, porque este [Paulo] é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel” (At 9:15). Paulo foi escolhido para levar o nome do Senhor principalmente perante os gentios. Pouco tempo depois de ter recebido o batismo, invocando o nome do Senhor, tendo Paulo voltado para Jerusalém, orava no templo, quando lhe sobreveio um êxtase, onde viu o Senhor que falava com ele: “Apressa-te e sai logo de Jerusalém, porque não receberão o teu testemunho a meu respeito. [...] Vai, porque eu te enviarei para longe, aos gentios” (At 22:17-18, 21).
A grande tristeza de Paulo por amor de seus compatriotas
Na Epístola aos Romanos, Paulo deixa transparecer o real motivo de sua ida a Jerusalém. Ele tinha sido fiel à incumbência do Senhor pregando o evangelho aos gentios, todavia, nessa carta escrita pouco antes de sua ida a Jerusalém, ele descreve seu grande conflito interno: “Digo a verdade em Cristo, não minto, testemunhando comigo, no Espírito Santo, a minha própria consciência: que tenho grande tristeza e incessante dor no coração; porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne. São israelitas. Pertence-lhes a adoção, e também a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas; deles são os patriarcas, e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém” (Rm 9:1-5).
Paulo tinha grande preocupação pela salvação de Israel, queria de alguma forma ajudar seus compatriotas a terem entendimento das coisas de Deus: “Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles são para que sejam salvos. Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém não com entendimento” (10:1-2). Todavia, ele tinha de perceber que Deus não o havia incumbido disso.
Levar as ofertas aos necessitados da Judeia era a excelente oportunidade que Paulo precisava para, de alguma forma, ministrar aos seus compatriotas. Provavelmente essa obstinação em ir a Jerusalém tenha feito Paulo perder a característica que marcou a sua segunda viagem: depender do Espírito para dar cada passo. Ele estava tão focado nesse propósito que não deu ouvidos ao Espírito para que não fosse a Jerusalém.
Paulo em Jerusalém
Passados alguns dias em Cesareia, subiram a Jerusalém e foram recebidos pelos irmãos com alegria. No dia seguinte Paulo foi encontrar-se com Tiago, e todos os presbíteros se reuniram. Tendo-os saudado, Paulo contou minuciosamente o que Deus fizera entre os gentios por seu ministério. Ouvindo-o, deram eles glória a Deus e lhe disseram: “Bem vês, irmão, quantas dezenas de milhares há entre os judeus que creram, e todos são zelosos da lei; e foram informados a teu respeito que ensinas todos os judeus entre os gentios a apostatarem de Moisés, dizendo-lhes que não devem circuncidar os filhos, nem andar segundo os costumes da lei” (At 21:17-21).
Em outras palavras, a obra de Paulo entre os gentios se tornou insignificante diante da “grandeza da obra” ocorrida em Jerusalém, com dezenas de milhares de membros, todos zelosos da lei. Não havia nenhum ambiente entre eles para receberem a ajuda espiritual de Paulo, pelo contrário, este foi subjugado pela forte atmosfera religiosa densa, reinante em Jerusalém.
Voto de nazireado
Paulo foi convencido a fazer o voto de nazireado juntamente com outros quatro homens que, voluntariamente haviam aceitado o voto, para provar aos judeus crentes de Jerusalém que não era verdade o que se dizia a seu respeito, pelo contrário, ele mesmo guardava a lei (At 21:22-24). Isso vai frontalmente contra o que ele mesmo escreveu aos gálatas, quando alguns dentre eles estavam abandonando a graça e recuando de volta à lei: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo” (Gl 1:6-7); e mais: “Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão” (2:21).
Paulo continua: “Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei, ou pela pregação da fé? Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais agora vos aperfeiçoando na carne?” (3:1-3). Com essas palavras percebemos quão sério era o fato de Paulo ter aceitado fazer o voto; por isso Deus não permitiu sua conclusão: “Quando já estavam por findar os sete dias, os judeus vindos da Ásia, tendo visto Paulo no templo, alvoroçaram todo o povo e o agarraram, gritando: Israelitas, socorro! Este é o homem que por toda parte ensina todos a ser contra o povo, contra a lei e contra este lugar. [...] Agitou-se toda a cidade, havendo concorrência do povo; e, agarrando a Paulo, arrastaram-no para fora do templo, e imediatamente foram fechadas as portas” (At 21:27-30).
domingo, 16 de março de 2014
O FINAL DA SEGUNDA VIAGEM DE PAULO E SILAS ATÉ PAULO VISITA MACEDÔNIA E ACAIA
ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - DOMINGO
NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM capítulo 3: A IDA DE PAULO A JERUSALÉM E SUA CONSEQUÊNCIA
Leitura bíblica: At 19:21; 16:1-4
Ler com oração: Quando eu estava de viagem, rumo da Macedônia, te roguei permanecesses ainda em Éfeso para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina, nem se ocupem com fábulas e genealogias sem fim, que, antes, promovem discussões do que o serviço de Deus, na fé. (1 Tm 1:3-4)
O FINAL DA SEGUNDA VIAGEM DE PAULO E SILAS ATÉ PAULO VISITA MACEDÔNIA E ACAIA
O final da segunda viagem de Paulo e Silas
Depois das experiências maravilhosas em Filipos, Paulo e Silas foram a Tessalônica, Bereia e Atenas pregando a palavra de Deus (At 17). Em seguida Paulo partiu para Corinto e lá encontrou certo judeu chamado Áquila, natural do Ponto, recentemente chegado da Itália, com Priscila, sua mulher, em vista de ter Cláudio decretado que todos os judeus se retirassem de Roma. Paulo aproximou-se do casal, e, posto que eram do mesmo ofício, passou a morar com eles, e trabalhavam juntos, pois a profissão deles era fazer tendas (18:1-3).
Quando Silas e Timóteo desceram da Macedônia, Paulo se entregou totalmente à Palavra, testemunhando aos judeus que o Cristo é Jesus (v. 5). Havendo oposição por parte dos judeus, Paulo deixou a sinagoga e foi para os gentios (v. 6), e ali permaneceu um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus (v. 11). De Corinto, passou por Cencreia onde fez o voto de nazireu, raspando a cabeça. O motivo de Paulo ter assumido o voto é desconhecido. Paulo levou consigo Priscila e Áquila até Éfeso e ali os deixou. Em Éfeso, pregava aos judeus na sinagoga; logo em seguida, embarcando, viajou para Cesareia e de lá subiu a Jerusalém, antes de voltar para Antioquia (vs. 7-22).
Não se sabe ao certo a razão de Paulo ter ido até Jerusalém antes de voltar para a Antioquia. Ele poderia ter navegado diretamente para Antioquia. Algum motivo ele tinha para se encontrar com os de Jerusalém, e certamente isso teve grande influência na sua terceira viagem.
A terceira viagem de Paulo
Havendo passado algum tempo em Antioquia, Paulo saiu, atravessando sucessivamente a região da Galácia e Frígia, confirmando todos os discípulos. Nesse meio tempo, chegou a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, chamado Apolo, homem eloquente e poderoso nas Escrituras. Era ele instruído no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus, conhecendo apenas o batismo de João (At 18:23-25).
Priscila e Áquila expuseram a Apolo com mais exatidão, o caminho do Senhor. Aconteceu que, estando Apolo em Corinto, Paulo, tendo passado pelas regiões mais altas, chegou a Éfeso, achando ali alguns discípulos que só conheciam o batismo de João. E eles, tendo ouvido a Paulo, foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falavam em línguas como profetizavam (At 18:26–19:6).
Na sua terceira viagem, Paulo voltou a usar a sinagoga para arrazoar e persuadir os judeus com respeito ao reino de Deus. Depois de frequentar a sinagoga por três meses, por causa da dureza de coração dos judeus, ele passou a discorrer diariamente na escola de Tirano, que era um espaço para eventos culturais e filosóficos. Durou isto dois anos, dando ensejo a que todos os habitantes da Ásia ouvissem a palavra do Senhor, tanto judeus como gregos (vs. 8-10).
Algumas peculiaridades da terceira viagem
Chama-nos atenção de que não há menção de Silas ou de outro cooperador como companheiro de Paulo nessa viagem, somente dos que lhe ministravam: Timóteo e Erasto (At 19:22). Também não vemos na terceira viagem o que caracterizou a segunda: a dependência absoluta do Espírito a ponto de buscarem um lugar de oração para começar a obra em Filipos, quando o costume era usar a sinagoga para se iniciar a obra numa cidade. Pela primeira vez também Paulo impõe as mãos sobre os discípulos para que recebessem o derramamento do Espírito Santo, falando em línguas e profetizando.
Outra peculiaridade refere-se aos milagres extraordinários feitos pelas mãos de Paulo, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais de seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas e os espíritos malignos se retiravam (vs. 11-12). Paulo também nunca ficou tanto tempo em uma cidade como em Éfeso; três meses ele passou discutindo na sinagoga, e dois anos gastou discursando na escola de Tirano; totalizando três anos em Éfeso conforme o registro de Atos 20:31.
A base da formação da igreja em Éfeso foi, por um lado, o batismo do Espírito Santo com o falar em línguas, profecias e milagres extraordinários; por outro lado, foram mais de dois anos de palavras de revelação e conhecimento. Apesar disso, a situação da igreja não era boa, de acordo com a carta que Paulo escreveu ao seu jovem cooperador Timóteo, que foi deixado em Éfeso.
Problemas na igreja em Éfeso
Timóteo foi deixado em Éfeso anos depois da terceira viagem de Paulo, porque a situação da igreja naquela cidade não estava nada bem. Havia pessoas que se ocupavam com fábulas e genealogias sem fim, que antes promoviam discussões do que a economia de Deus na fé (1 Tm 1:3-4). Essas pessoas perderam-se em loquacidade frívola, isto é, tinham o hábito de falar muitas palavras sem importância, fúteis ou levianas, e “pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações” (vs. 6-7). Essa situação indica, sem dúvida alguma, problemas na formação da igreja.
Paulo resolveu ir a Jerusalém
Por ocasião da terceira viagem, ao final de sua permanência em Éfeso, Paulo manifesta sua decisão de ir a Jerusalém, passando pela Macedônia e Acaia (At 19:21). Isso nos permite inferir que na viagem anterior, ele havia se comprometido de alguma forma com a liderança da igreja em Jerusalém, de levar-lhes a coleta das ofertas para a necessidade dos santos.
Na Primeira Epístola aos Coríntios, escrita no final de sua permanência em Éfeso, Paulo diz: “Quanto à coleta para os santos [de Jerusalém], fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for. E, quando tiver chegado, enviarei, com cartas, para levarem as vossas dádivas a Jerusalém, aqueles que aprovardes. Se convier que eu também vá, eles irão comigo” (16:1-4). Paulo ainda não tinha certeza de que ele iria pessoalmente a Jerusalém levar as ofertas. Tudo indica que essa decisão foi tomada em Corinto.
Paulo visita Macedônia e Acaia
Depois do tumulto levantado por um ourives, chamado Demétrio, Paulo partiu para a Macedônia e depois chegou à Grécia, onde ficavam as cidades de Atenas, Corinto e Cencreia; muito provavelmente ele tenha ficado em Corinto, onde se demorou três meses. Houve uma conspiração por parte dos judeus contra ele quando estava para embarcar rumo à Síria, então determinou voltar pela Macedônia (At 20:1-3). De Filipos, Paulo e alguns que o acompanhavam navegaram até Trôade, onde ficaram por uma semana; dali foram para Assôs, Metilene e chegaram a Mileto, de onde Paulo mandou chamar os presbíteros da igreja em Éfeso (vs. 13-17). Paulo decidiu não aportar em Éfeso, pois queria passar o dia de Pentecostes em Jerusalém.
NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM capítulo 3: A IDA DE PAULO A JERUSALÉM E SUA CONSEQUÊNCIA
Leitura bíblica: At 19:21; 16:1-4
Ler com oração: Quando eu estava de viagem, rumo da Macedônia, te roguei permanecesses ainda em Éfeso para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina, nem se ocupem com fábulas e genealogias sem fim, que, antes, promovem discussões do que o serviço de Deus, na fé. (1 Tm 1:3-4)
O final da segunda viagem de Paulo e Silas
Depois das experiências maravilhosas em Filipos, Paulo e Silas foram a Tessalônica, Bereia e Atenas pregando a palavra de Deus (At 17). Em seguida Paulo partiu para Corinto e lá encontrou certo judeu chamado Áquila, natural do Ponto, recentemente chegado da Itália, com Priscila, sua mulher, em vista de ter Cláudio decretado que todos os judeus se retirassem de Roma. Paulo aproximou-se do casal, e, posto que eram do mesmo ofício, passou a morar com eles, e trabalhavam juntos, pois a profissão deles era fazer tendas (18:1-3).
Quando Silas e Timóteo desceram da Macedônia, Paulo se entregou totalmente à Palavra, testemunhando aos judeus que o Cristo é Jesus (v. 5). Havendo oposição por parte dos judeus, Paulo deixou a sinagoga e foi para os gentios (v. 6), e ali permaneceu um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus (v. 11). De Corinto, passou por Cencreia onde fez o voto de nazireu, raspando a cabeça. O motivo de Paulo ter assumido o voto é desconhecido. Paulo levou consigo Priscila e Áquila até Éfeso e ali os deixou. Em Éfeso, pregava aos judeus na sinagoga; logo em seguida, embarcando, viajou para Cesareia e de lá subiu a Jerusalém, antes de voltar para Antioquia (vs. 7-22).
Não se sabe ao certo a razão de Paulo ter ido até Jerusalém antes de voltar para a Antioquia. Ele poderia ter navegado diretamente para Antioquia. Algum motivo ele tinha para se encontrar com os de Jerusalém, e certamente isso teve grande influência na sua terceira viagem.
A terceira viagem de Paulo
Havendo passado algum tempo em Antioquia, Paulo saiu, atravessando sucessivamente a região da Galácia e Frígia, confirmando todos os discípulos. Nesse meio tempo, chegou a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, chamado Apolo, homem eloquente e poderoso nas Escrituras. Era ele instruído no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus, conhecendo apenas o batismo de João (At 18:23-25).
Priscila e Áquila expuseram a Apolo com mais exatidão, o caminho do Senhor. Aconteceu que, estando Apolo em Corinto, Paulo, tendo passado pelas regiões mais altas, chegou a Éfeso, achando ali alguns discípulos que só conheciam o batismo de João. E eles, tendo ouvido a Paulo, foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falavam em línguas como profetizavam (At 18:26–19:6).
Na sua terceira viagem, Paulo voltou a usar a sinagoga para arrazoar e persuadir os judeus com respeito ao reino de Deus. Depois de frequentar a sinagoga por três meses, por causa da dureza de coração dos judeus, ele passou a discorrer diariamente na escola de Tirano, que era um espaço para eventos culturais e filosóficos. Durou isto dois anos, dando ensejo a que todos os habitantes da Ásia ouvissem a palavra do Senhor, tanto judeus como gregos (vs. 8-10).
Algumas peculiaridades da terceira viagem
Chama-nos atenção de que não há menção de Silas ou de outro cooperador como companheiro de Paulo nessa viagem, somente dos que lhe ministravam: Timóteo e Erasto (At 19:22). Também não vemos na terceira viagem o que caracterizou a segunda: a dependência absoluta do Espírito a ponto de buscarem um lugar de oração para começar a obra em Filipos, quando o costume era usar a sinagoga para se iniciar a obra numa cidade. Pela primeira vez também Paulo impõe as mãos sobre os discípulos para que recebessem o derramamento do Espírito Santo, falando em línguas e profetizando.
Outra peculiaridade refere-se aos milagres extraordinários feitos pelas mãos de Paulo, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais de seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas e os espíritos malignos se retiravam (vs. 11-12). Paulo também nunca ficou tanto tempo em uma cidade como em Éfeso; três meses ele passou discutindo na sinagoga, e dois anos gastou discursando na escola de Tirano; totalizando três anos em Éfeso conforme o registro de Atos 20:31.
A base da formação da igreja em Éfeso foi, por um lado, o batismo do Espírito Santo com o falar em línguas, profecias e milagres extraordinários; por outro lado, foram mais de dois anos de palavras de revelação e conhecimento. Apesar disso, a situação da igreja não era boa, de acordo com a carta que Paulo escreveu ao seu jovem cooperador Timóteo, que foi deixado em Éfeso.
Problemas na igreja em Éfeso
Timóteo foi deixado em Éfeso anos depois da terceira viagem de Paulo, porque a situação da igreja naquela cidade não estava nada bem. Havia pessoas que se ocupavam com fábulas e genealogias sem fim, que antes promoviam discussões do que a economia de Deus na fé (1 Tm 1:3-4). Essas pessoas perderam-se em loquacidade frívola, isto é, tinham o hábito de falar muitas palavras sem importância, fúteis ou levianas, e “pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações” (vs. 6-7). Essa situação indica, sem dúvida alguma, problemas na formação da igreja.
Paulo resolveu ir a Jerusalém
Por ocasião da terceira viagem, ao final de sua permanência em Éfeso, Paulo manifesta sua decisão de ir a Jerusalém, passando pela Macedônia e Acaia (At 19:21). Isso nos permite inferir que na viagem anterior, ele havia se comprometido de alguma forma com a liderança da igreja em Jerusalém, de levar-lhes a coleta das ofertas para a necessidade dos santos.
Na Primeira Epístola aos Coríntios, escrita no final de sua permanência em Éfeso, Paulo diz: “Quanto à coleta para os santos [de Jerusalém], fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for. E, quando tiver chegado, enviarei, com cartas, para levarem as vossas dádivas a Jerusalém, aqueles que aprovardes. Se convier que eu também vá, eles irão comigo” (16:1-4). Paulo ainda não tinha certeza de que ele iria pessoalmente a Jerusalém levar as ofertas. Tudo indica que essa decisão foi tomada em Corinto.
Paulo visita Macedônia e Acaia
Depois do tumulto levantado por um ourives, chamado Demétrio, Paulo partiu para a Macedônia e depois chegou à Grécia, onde ficavam as cidades de Atenas, Corinto e Cencreia; muito provavelmente ele tenha ficado em Corinto, onde se demorou três meses. Houve uma conspiração por parte dos judeus contra ele quando estava para embarcar rumo à Síria, então determinou voltar pela Macedônia (At 20:1-3). De Filipos, Paulo e alguns que o acompanhavam navegaram até Trôade, onde ficaram por uma semana; dali foram para Assôs, Metilene e chegaram a Mileto, de onde Paulo mandou chamar os presbíteros da igreja em Éfeso (vs. 13-17). Paulo decidiu não aportar em Éfeso, pois queria passar o dia de Pentecostes em Jerusalém.
sábado, 15 de março de 2014
A SEGUNDA VIAGEM ATÉ LUGAR DE ORAÇÃO NAS CASAS
ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - SÁBADO
NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM capítulo 2: SENSÍVEIS AO GUIAR DO ESPÍRITO
Leitura bíblica: At 16:15, At 16:16-34
Ler com oração: Tendo, pois, navegado de Trôade, seguimos em direitura a Samotrácia, no dia seguinte, a Neápolis e dali, a Filipos, cidade da Macedônia, primeira do distrito e colônia. Nesta cidade, permanecemos alguns dias. No sábado, saímos da cidade para junto do rio, onde nos pareceu haver um lugar de oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que para ali tinham concorrido. Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia. Depois de ser batizada, ela e toda a sua casa, nos rogou, dizendo: Se julgais que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa e aí ficai. E nos constrangeu a isso. (At 16: 11-15)
A SEGUNDA VIAGEM ATÉ LUGAR DE ORAÇÃO NAS CASAS
A segunda viagem
Alguns dias depois, Paulo disse a Barnabé que queria visitar os irmãos por todas as cidades nas quais tinham anunciado a palavra do Senhor. Barnabé queria levar a João Marcos, mas Paulo não achava justo levarem aquele que se afastara deles desde a Panfília. Houve entre eles tal desavença que vieram a separar-se. Então, Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre; Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu encomendado pelos irmãos à graça do Senhor (At 15:36-40). Não queremos entrar no mérito de quem estava certo ou errado, visto que não devemos deixar de lado alguém só porque falhou conosco determinada vez; todos merecem ser aperfeiçoados, desde que se mostrem desejosos disso.
Tendo Paulo confirmado as igrejas pela Síria e Cilícia, chegou a Derbe e a Listra, de onde levou consigo a Timóteo, de quem os irmãos davam bom testemunho. O registro da viagem que descreveremos a seguir é um modelo para quem deseja fazer a obra de Deus à Sua maneira. Ao saírem da Galácia, entrando na região da Frígia, a Bíblia diz que foram impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia, mais ao sul. Antes de chegarem a Mísia, tentavam ir para a Bitínia, ao norte, mas o Espírito de Jesus não o permitiu. E assim continuaram indo para o oeste, até chegarem a Trôade, uma cidade portuária (16:6-8).
A companhia de Silas deve ter tido grande influência nessa viagem. Ele queria aprender com Paulo como seguir o Espírito na obra do Senhor e viveram experiências maravilhosas de obediência a Ele. Em Trôade, defronte ao mar Egeu, não tinham para onde ir. Naquela noite, sobreveio a Paulo uma visão na qual “um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia, e ajuda-nos. Assim que teve a visão, imediatamente procuramos partir para aquele destino, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho” (vs. 9-10).
Um lugar de oração em Filipos
De Trôade navegaram para Macedônia e foram a Filipos onde permaneceram alguns dias. Em Filipos, eles não procuraram alguma sinagoga para pregar a palavra como de costume, pois nesta viagem eles estavam extremamente sensíveis ao Espírito. Buscavam um lugar onde pudessem orar para que o Espírito lhes desse uma direção; e saíram da cidade para junto do rio, onde lhes pareceu haver um lugar de oração, e falaram às mulheres que ali estavam. Uma mulher chamada Lídia, vendedora de púrpura e temente a Deus, os escutava, quando o Senhor abriu-lhe o coração para atender ao que Paulo dizia (At 16:11-14).
A casa da Lídia
Depois de ser batizada, Lídia e toda a sua casa, rogou-lhes dizendo: “Se julgais que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa e aí ficai”, constrangendo-os a isso (v. 15). Esse modelo deixado na Bíblia é para nos mostrar que a igreja não precisa necessariamente de um templo. Um lugar de oração junto do rio pode ser usado pela igreja. A casa da Lídia certamente se tornou um lugar onde a igreja se reunia.
O carcereiro
O livro de Atos registra que depois disso Paulo e Silas foram acusados de perturbar a cidade, visto que Paulo havia expulsado o espírito adivinhador de uma jovem possessa. Depois de lhes darem muitos açoites os lançaram no cárcere, ordenando ao carcereiro que os guardasse com toda a segurança (16:16-23). Este, os levou para o cárcere interior, e lhes prendeu os pés no tronco (v. 24).
Por volta da meia-noite, Paulo e Silas, em lugar de se lamentarem da má sorte, oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam. De repente, sobreveio tamanho terremoto que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas e soltaram-se as cadeias de todos. O carcereiro despertou do sono e, vendo abertas as portas do cárcere, puxando da espada, ia suicidar-se, supondo que os presos tivessem fugido. Mas Paulo bradou em alta voz: “Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos!”. Então, o carcereiro, tendo pedido uma luz, entrou precipitadamente e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas (vs. 25-29).
Depois, trazendo-os para fora, disse: “Senhores, que devo fazer para que seja salvo?”. Responderam-lhe: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa”. E lhe pregaram a palavra de Deus, e a todos os de sua casa. Naquela mesma hora da noite, cuidando deles, lavou-lhes os vergões dos açoites. A seguir, foi ele batizado, e todos os seus. Então, levando-os para a sua própria casa, lhes pôs a mesa; e, com todos os seus, manifestava grande alegria, por terem crido em Deus (vs. 30-34).Louvado seja o Senhor!
NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM capítulo 2: SENSÍVEIS AO GUIAR DO ESPÍRITO
Leitura bíblica: At 16:15, At 16:16-34
A SEGUNDA VIAGEM ATÉ LUGAR DE ORAÇÃO NAS CASAS
A segunda viagem
Alguns dias depois, Paulo disse a Barnabé que queria visitar os irmãos por todas as cidades nas quais tinham anunciado a palavra do Senhor. Barnabé queria levar a João Marcos, mas Paulo não achava justo levarem aquele que se afastara deles desde a Panfília. Houve entre eles tal desavença que vieram a separar-se. Então, Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre; Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu encomendado pelos irmãos à graça do Senhor (At 15:36-40). Não queremos entrar no mérito de quem estava certo ou errado, visto que não devemos deixar de lado alguém só porque falhou conosco determinada vez; todos merecem ser aperfeiçoados, desde que se mostrem desejosos disso.
Tendo Paulo confirmado as igrejas pela Síria e Cilícia, chegou a Derbe e a Listra, de onde levou consigo a Timóteo, de quem os irmãos davam bom testemunho. O registro da viagem que descreveremos a seguir é um modelo para quem deseja fazer a obra de Deus à Sua maneira. Ao saírem da Galácia, entrando na região da Frígia, a Bíblia diz que foram impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia, mais ao sul. Antes de chegarem a Mísia, tentavam ir para a Bitínia, ao norte, mas o Espírito de Jesus não o permitiu. E assim continuaram indo para o oeste, até chegarem a Trôade, uma cidade portuária (16:6-8).
A companhia de Silas deve ter tido grande influência nessa viagem. Ele queria aprender com Paulo como seguir o Espírito na obra do Senhor e viveram experiências maravilhosas de obediência a Ele. Em Trôade, defronte ao mar Egeu, não tinham para onde ir. Naquela noite, sobreveio a Paulo uma visão na qual “um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia, e ajuda-nos. Assim que teve a visão, imediatamente procuramos partir para aquele destino, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho” (vs. 9-10).
Um lugar de oração em Filipos
De Trôade navegaram para Macedônia e foram a Filipos onde permaneceram alguns dias. Em Filipos, eles não procuraram alguma sinagoga para pregar a palavra como de costume, pois nesta viagem eles estavam extremamente sensíveis ao Espírito. Buscavam um lugar onde pudessem orar para que o Espírito lhes desse uma direção; e saíram da cidade para junto do rio, onde lhes pareceu haver um lugar de oração, e falaram às mulheres que ali estavam. Uma mulher chamada Lídia, vendedora de púrpura e temente a Deus, os escutava, quando o Senhor abriu-lhe o coração para atender ao que Paulo dizia (At 16:11-14).
A casa da Lídia
Depois de ser batizada, Lídia e toda a sua casa, rogou-lhes dizendo: “Se julgais que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa e aí ficai”, constrangendo-os a isso (v. 15). Esse modelo deixado na Bíblia é para nos mostrar que a igreja não precisa necessariamente de um templo. Um lugar de oração junto do rio pode ser usado pela igreja. A casa da Lídia certamente se tornou um lugar onde a igreja se reunia.
O carcereiro
O livro de Atos registra que depois disso Paulo e Silas foram acusados de perturbar a cidade, visto que Paulo havia expulsado o espírito adivinhador de uma jovem possessa. Depois de lhes darem muitos açoites os lançaram no cárcere, ordenando ao carcereiro que os guardasse com toda a segurança (16:16-23). Este, os levou para o cárcere interior, e lhes prendeu os pés no tronco (v. 24).
Por volta da meia-noite, Paulo e Silas, em lugar de se lamentarem da má sorte, oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam. De repente, sobreveio tamanho terremoto que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas e soltaram-se as cadeias de todos. O carcereiro despertou do sono e, vendo abertas as portas do cárcere, puxando da espada, ia suicidar-se, supondo que os presos tivessem fugido. Mas Paulo bradou em alta voz: “Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos!”. Então, o carcereiro, tendo pedido uma luz, entrou precipitadamente e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas (vs. 25-29).
Depois, trazendo-os para fora, disse: “Senhores, que devo fazer para que seja salvo?”. Responderam-lhe: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa”. E lhe pregaram a palavra de Deus, e a todos os de sua casa. Naquela mesma hora da noite, cuidando deles, lavou-lhes os vergões dos açoites. A seguir, foi ele batizado, e todos os seus. Então, levando-os para a sua própria casa, lhes pôs a mesa; e, com todos os seus, manifestava grande alegria, por terem crido em Deus (vs. 30-34).Louvado seja o Senhor!
sexta-feira, 14 de março de 2014
Atos dos Apóstolos 9 (Sua conversão)
Atos dos Apóstolos 9 (Sua conversão)
1 E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote.
2 E pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns deste Caminho, quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.
3 E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu.
4 E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?
5 E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.
6 E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer.
7 E os homens, que iam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém.
8 E Saulo levantou-se da terra, e, abrindo os olhos, não via a ninguém. E, guiando-o pela mão, o conduziram a Damasco.
9 E esteve três dias sem ver, e não comeu nem bebeu.
10 E havia em Damasco um certo discípulo chamado Ananias; e disse-lhe o Senhor em visão: Ananias! E ele respondeu: Eis-me aqui, Senhor.
11 E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando;
12 E numa visão ele viu que entrava um homem chamado Ananias, e punha sobre ele a mão, para que tornasse a ver.
13 E respondeu Ananias: Senhor, a muitos ouvi acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém;
14 E aqui tem poder dos principais dos sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome.
15 Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel.
16 E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome.
17 E Ananias foi, e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo.
18 E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista; e, levantando-se, foi batizado.
19 E, tendo comido, ficou confortado. E esteve Saulo alguns dias com os discípulos que estavam em Damasco.
20 E logo nas sinagogas pregava a Cristo, que este é o Filho de Deus.
21 E todos os que o ouviam estavam atônitos, e diziam: Não é este o que em Jerusalém perseguia os que invocavam este nome, e para isso veio aqui, para os levar presos aos principais dos sacerdotes?
22 Saulo, porém, se esforçava muito mais, e confundia os judeus que habitavam em Damasco, provando que aquele era o Cristo.
23 E, tendo passado muitos dias, os judeus tomaram conselho entre si para o matar.
24 Mas as suas ciladas vieram ao conhecimento de Saulo; e como eles guardavam as portas, tanto de dia como de noite, para poderem tirar-lhe a vida,
25 Tomando-o de noite os discípulos o desceram, dentro de um cesto, pelo muro.
26 E, quando Saulo chegou a Jerusalém, procurava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não crendo que fosse discípulo.
27 Então Barnabé, tomando-o consigo, o trouxe aos apóstolos, e lhes contou como no caminho ele vira ao Senhor e lhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome de Jesus.
28 E andava com eles em Jerusalém, entrando e saindo,
29 E falava ousadamente no nome do Senhor Jesus. Falava e disputava também contra os gregos, mas eles procuravam matá-lo.
30 Sabendo-o, porém, os irmãos, o acompanharam até Cesaréia, e o enviaram a Tarso.
31 Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia e Samaria tinham paz, e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo.
32 E aconteceu que, passando Pedro por toda a parte, veio também aos santos que habitavam em Lida.
33 E achou ali certo homem, chamado Enéias, jazendo numa cama havia oito anos, o qual era paralítico.
34 E disse-lhe Pedro: Enéias, Jesus Cristo te dá saúde; levanta-te e faze a tua cama. E logo se levantou.
35 E viram-no todos os que habitavam em Lida e Sarona, os quais se converteram ao Senhor.
36 E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que traduzido se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia.
37 E aconteceu naqueles dias que, enfermando ela, morreu; e, tendo-a lavado, a depositaram num quarto alto.
38 E, como Lida era perto de Jope, ouvindo os discípulos que Pedro estava ali, lhe mandaram dois homens, rogando-lhe que não se demorasse em vir ter com eles.
39 E, levantando-se Pedro, foi com eles; e quando chegou o levaram ao quarto alto, e todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando as túnicas e roupas que Dorcas fizera quando estava com elas.
40 Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro, assentou-se.
41 E ele, dando-lhe a mão, a levantou e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva.
42 E foi isto notório por toda a Jope, e muitos creram no Senhor.
43 E ficou muitos dias em Jope, com um certo Simão curtidor.
1 E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote.
2 E pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns deste Caminho, quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.
3 E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu.
4 E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?
5 E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.
6 E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer.
7 E os homens, que iam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém.
8 E Saulo levantou-se da terra, e, abrindo os olhos, não via a ninguém. E, guiando-o pela mão, o conduziram a Damasco.
9 E esteve três dias sem ver, e não comeu nem bebeu.
10 E havia em Damasco um certo discípulo chamado Ananias; e disse-lhe o Senhor em visão: Ananias! E ele respondeu: Eis-me aqui, Senhor.
11 E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando;
12 E numa visão ele viu que entrava um homem chamado Ananias, e punha sobre ele a mão, para que tornasse a ver.
13 E respondeu Ananias: Senhor, a muitos ouvi acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém;
14 E aqui tem poder dos principais dos sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome.
15 Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel.
16 E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome.
17 E Ananias foi, e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo.
18 E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista; e, levantando-se, foi batizado.
19 E, tendo comido, ficou confortado. E esteve Saulo alguns dias com os discípulos que estavam em Damasco.
20 E logo nas sinagogas pregava a Cristo, que este é o Filho de Deus.
21 E todos os que o ouviam estavam atônitos, e diziam: Não é este o que em Jerusalém perseguia os que invocavam este nome, e para isso veio aqui, para os levar presos aos principais dos sacerdotes?
22 Saulo, porém, se esforçava muito mais, e confundia os judeus que habitavam em Damasco, provando que aquele era o Cristo.
23 E, tendo passado muitos dias, os judeus tomaram conselho entre si para o matar.
24 Mas as suas ciladas vieram ao conhecimento de Saulo; e como eles guardavam as portas, tanto de dia como de noite, para poderem tirar-lhe a vida,
25 Tomando-o de noite os discípulos o desceram, dentro de um cesto, pelo muro.
26 E, quando Saulo chegou a Jerusalém, procurava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não crendo que fosse discípulo.
27 Então Barnabé, tomando-o consigo, o trouxe aos apóstolos, e lhes contou como no caminho ele vira ao Senhor e lhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome de Jesus.
28 E andava com eles em Jerusalém, entrando e saindo,
29 E falava ousadamente no nome do Senhor Jesus. Falava e disputava também contra os gregos, mas eles procuravam matá-lo.
30 Sabendo-o, porém, os irmãos, o acompanharam até Cesaréia, e o enviaram a Tarso.
31 Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia e Samaria tinham paz, e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo.
32 E aconteceu que, passando Pedro por toda a parte, veio também aos santos que habitavam em Lida.
33 E achou ali certo homem, chamado Enéias, jazendo numa cama havia oito anos, o qual era paralítico.
34 E disse-lhe Pedro: Enéias, Jesus Cristo te dá saúde; levanta-te e faze a tua cama. E logo se levantou.
35 E viram-no todos os que habitavam em Lida e Sarona, os quais se converteram ao Senhor.
36 E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que traduzido se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia.
37 E aconteceu naqueles dias que, enfermando ela, morreu; e, tendo-a lavado, a depositaram num quarto alto.
38 E, como Lida era perto de Jope, ouvindo os discípulos que Pedro estava ali, lhe mandaram dois homens, rogando-lhe que não se demorasse em vir ter com eles.
39 E, levantando-se Pedro, foi com eles; e quando chegou o levaram ao quarto alto, e todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando as túnicas e roupas que Dorcas fizera quando estava com elas.
40 Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro, assentou-se.
41 E ele, dando-lhe a mão, a levantou e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva.
42 E foi isto notório por toda a Jope, e muitos creram no Senhor.
43 E ficou muitos dias em Jope, com um certo Simão curtidor.
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