terça-feira, 1 de outubro de 2013

A PROPAGAÇÃO DA PRÁTICA DE INVOCAR O NOME DO SENHOR

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 2 - TERÇA-FEIRA

SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 02: A maior das verdades (At 2:15-21)

Leitura bíblica: Is 12:3-4; Rm 1:9; 1 Co 12:3

Ler com oração: Paulo, chamado pela vontade de Deus para ser apóstolo de Jesus Cristo, e o irmão Sóstenes, à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso: graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo (1 Co 1:1-3).

A PROPAGAÇÃO DA PRÁTICA DE INVOCAR O NOME DO SENHOR

Outra experiência que tivemos no início da obra no Brasil ocorreu quando uma congregação, que ouvira dizer que estávamos ligados a Watchman Nee, nos convidou a falar-lhes. Foram conosco aqueles jovens de Ribeirão Preto que havíamos ajudado a liberar o espírito, invocando o nome do Senhor. Naquele dia, por alguma razão, não houve apresentação do conjunto musical daquela congregação e logo nos foi dada a palavra; então dissemos: “Vamos invocar o nome do Senhor”. Eles começaram a clamar: “Ó Senhor Jesus”. Depois de dois ou três minutos, eu já estava muito contente com o que o Espírito Santo estava fazendo no meio deles. Contudo eles continuaram, e quando haviam se passado dez minutos, comecei a ficar preocupado, e, temeroso, pedi que tocassem um pouco a bateria para que parassem. Eu ainda tinha pouca fé quanto à eficácia da prática de se invocar o nome do Senhor
A maioria daqueles jovens que já invocavam o nome do Senhor ingressou em diversas faculdades em várias cidades, e por onde iam transmitiam o que praticavam: invocar o nome do Senhor. Foi devido a isso que muitas igrejas foram estabelecidas no Brasil.
No final da década de 70, fui convidado para ministrar uma conferência aos irmãos da igreja em Belo Horizonte, um vez que os dois cooperadores responsáveis pela Palavra não estavam disponíveis. Como ainda não havia dado nenhuma conferência, fiquei temeroso visto que era mais difícil do que falar em uma reunião da igreja. Mas o irmão Samuel Ma me encorajou, dizendo: “Vá! Eu irei com você e estarei orando por você!”. Graças ao Senhor por esse encorajamento! Nos três dias de conferência, ele orava comigo e o Senhor fazia fluir Suas palavras da minha boca. Nessa conferência cantamos um cântico que falava sobre a água viva a fluir. De fato, quando liberamos o espírito, o Espírito Santo flui como água viva!
A partir de então, a prática de invocar o nome do Senhor não só permeou o Brasil, mas até outros países da América do Sul. Na última década isso se espalhou também para os Estados Unidos, África e Europa. Tudo começa ao invocar o nome do Senhor. Por meio da prática dessa verdade, muitos foram salvos e muitas igrejas foram estabelecidas! Por isso invocar o nome do Senhor é a maior das verdades.
Que jamais deixemos de invocar esse nome maravilhoso, pois essa é maneira mais acessível de estarmos no espírito e servirmos ao Senhor no espírito (1 Co 12:3; Rm 1:9). Quando invocamos: “Ó Senhor Jesus”, tiramos com alegria águas das fontes da salvação (Is 12:4).


Ponto-chave: Quando liberamos o nosso espírito, o Espírito Santo flui como água viva!

Pergunta: Você tem cultivado o hábito de invocar o nome do Senhor em todos os momentos?

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

INVOCAR O NOME DO SENHOR NOS ENCHE DE VIDA E NOS TRANSFORMA

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 2 - SEGUNDA-FEIRA

SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 02: A maior das verdades (At 2:15-21)

Leitura bíblica: At 2:21; Rm 10:12-13

Ler com oração: Amo o SENHOR, porque ele ouve a minha voz e as minhas súplicas. Porque inclinou para mim os seus ouvidos, invocá-lo-ei enquanto eu viver. Laços de morte me cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim; caí em tribulação e tristeza. Então, invoquei o nome do SENHOR: ó SENHOR, livra-me a alma (Sl 116:1-4).

INVOCAR O NOME DO SENHOR NOS ENCHE DE VIDA E NOS TRANSFORMA

O tema desta semana é “A maior das verdades”. Podemos dizer que a maior das verdades é invocar o nome do Senhor. Isso não no sentido teológico ou doutrinário, mas por ser algo prático que, de modo maravilhoso, muda nosso viver, nossa situação exterior e interior. Além disso, se quisermos realmente estar no espírito e ganhar mais da vida divina para fazer a vontade de Deus, o meio mais acessível e prático é invocar o nome do Senhor. Quando O invocamos, somos salvos não somente da perdição eterna, como também de várias situações do dia a dia (Sl 116:1-4).
Isso nos foi revelado no início do ministério neotestamentário, por meio dos apóstolos, quando Pedro, com os onze, disse à multidão: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (At 2:21). Essa foi a incumbência que receberam. Hoje nosso encargo também é levar todos a invocar o nome do Senhor para que mais pessoas sejam salvas e provem das riquezas de Deus (Rm 10:12-13).
No início da década de 1960, alguns irmãos vieram de Taiwan para o Brasil e começaram, na cidade de São Paulo, a se reunir como igreja. Pela pregação do evangelho, muitas pessoas foram salvas e, assim, surgiram as igrejas em Belo Horizonte e Brasília.
Continuamos a pregar o evangelho e, em 1975, tivemos uma experiência marcante em Ribeirão Preto. Fomos convidados a falar a um grupo de mais de duzentos jovens, que na ocasião buscavam ter experiências com Senhor, aguardando a manifestação do Espírito em silêncio. Quando chegamos à reunião na casa desses jovens, cuja maioria cursava o ensino médio, vimos que estavam sentados no chão embora houvesse cadeiras vazias. Todos estavam em silêncio, cabisbaixos, buscando encher-se do Espírito em seu espírito. Compartilhamos com eles que não sufocassem o Espírito nem O deixassem preso dentro deles, mas que O liberassem invocando o nome do Senhor Jesus. Naquela noite, esses jovens começaram a invocar o nome do Senhor de tal modo que até os que não abriam a boca, pouco a pouco liberaram o espírito.
Esses jovens de fato praticaram essa verdade, e invocaram o nome do Senhor de tal forma que, gradativamente, experimentaram o fluir do Espírito. No início, era difícil dizer quem, dentre eles, era homem ou mulher enquanto estavam cabisbaixos, porque naquela época era moda usar roupas unissex e todos eles tinham cabelos longos. Somente quando levantaram o rosto, pudemos diferenciar os irmãos das irmãs, visto que os irmãos usavam barba. Todavia, não os criticamos por causa de sua aparência, nem foi necessário dar-lhes sermões acerca de vestimentas e corte de cabelo. Depois de algum tempo, pelo fato de invocarem o nome do Senhor, a vida divina operou de tal maneira neles que, espontaneamente até a aparência exterior mudou. Isso nos mostra que é somente pela prática da verdade que o Espírito opera uma genuína transformação em nós. Aleluia!


Ponto-chave: Ajudar as pessoas a invocar o nome do Senhor.
Pergunta: Quem introduziu a prática de invocar o nome do Senhor no Novo Testamento?

domingo, 29 de setembro de 2013

O EVANGELHO DO REINO É PARA TODA A TERRA

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 1 - DOMINGO


SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 01: Introdução (Mt 24:14)

Leitura bíblica: Mt 24:45-47; Jo 13:17; 1 Jo 1:1-3

Ler com oração: E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim (Mt 24:14).

O EVANGELHO DO REINO É PARA TODA A TERRA

Graças ao Senhor! Ao longo das Escrituras, Ele nos tem mostrado qual deve ser nossa atitude para com as verdades. Elas devem ser praticadas (Jo 13:17). A primeira delas é que devemos nos arrepender porque está próximo o reino dos céus. Em virtude da proximidade do reino, devemos nos voltar ao Senhor, colocando nossa mente no espírito, e deixar para trás nossos conceitos e religiosidade, para Lhe sermos úteis, alimentando nossos conservos com a palavra da vida (1 Jo 1:1-3).
A fim de pregarmos o evangelho do reino em toda a terra habitada, o Senhor nos proveu duas ferramentas: o BooKafé e a colportagem. Ambas são eficazes porque introduzem as pessoas numa esfera que proporciona o crescimento da vida divina em nós. A primeira é um ambiente para acolhimento e aperfeiçoamento das pessoas; a segunda, aliada à primeira, tem o livro como principal instrumento para ajudar na compreensão da vontade de Deus e da Sua Palavra, que é o crescimento de vida de Seus filhos, até que amadureçam para governar com Cristo o mundo que há de vir.
Para o estabelecimento de um BooKafé, porém, é necessário muita oração. Assim como os cento e vinte galileus dependeram do Senhor em oração para pregar o evangelho com ousadia, não somos diferentes. Se quisermos pregar o evangelho do reino, precisamos tomar o mesmo caminho a fim de que Ele nos mostre como fazê-lo.
Também vimos que a igreja revelada pelo Senhor em Mateus 16 sugere algo dinâmico, um viver, uma vez que ekklesía significa a assembleia dos que foram chamados para fora (v. 18). Quando não percebemos o que está por detrás da revelação acerca da igreja, corremos o risco de valorizar mais o “templo”, a estrutura, do que o viver. Para evitar essa equivocada compreensão, o Senhor permitiu que o templo em Jerusalém (símbolo do centro de adoração no Antigo Testamento) fosse destruído, e Seu Corpo, a igreja (a habitação de Deus no espírito) fosse edificada. Graças ao Senhor, no viver da igreja temos irmãos amadurecidos espiritualmente que assistem os filhos de Deus como tutores que ensinam, e como curadores que cuidam de seus conservos, para que cresçam e se tornem herdeiros (Gl 4:1-2; Mt 24:45-47).
Diante disso, tanto nas cidades com maior número de habitantes, como nas menores, busquemos abrir unidades de BooKafé, de acordo com as condições e realidade financeira de cada lugar, para acolher os filhos de Deus. Além disso, nas cidades menores, podemos ter um BooKafé do tipo caseiro a fim de que ninguém perca a oportunidade de ser alcançado pelo evangelho do reino.
O reino está próximo! Que o Senhor nos encha de graça para que nossa atitude para com as verdades seja a de praticá-las, a fim de pregar o evangelho do reino em toda a terra e ajudar muitos filhos de Deus a crescer, entrar no reino e, juntamente com Cristo, governar sobre as nações! Amém!


Ponto-chave: Deixar para trás nossos conceitos e religiosidade para ser úteis ao Senhor.
Pergunta: Por que o Senhor concedeu tutores e curadores à igreja?

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

UTILIZAR NOSSAS CASAS PARA A PREGAÇÃO DO EVANGELHO DO REINO

ALIMENTO DIÁRIO \ SEMANA 1 - SÁBADO

FELIZ SÁBADO A TODOS!
SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 01: Introdução (Mt 24:14)

Leitura bíblica: Mt 9:35

Ler com oração: Andava Jesus de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus, e os doze iam com ele (Lc 8:1).

UTILIZAR NOSSAS CASAS PARA A PREGAÇÃO DO EVANGELHO DO REINO

O BooKafé é um ambiente acolhedor e aberto a todos os filhos de Deus. Nas cidades maiores, pode haver várias unidades de BooKafé mais equipados e em condições de suprir os mais variados grupos cristãos; todavia, nas cidades ou povoados menores, pode haver um tipo de BooKafé mais simples.
Quando estava em Porto Velho, capital do estado de Rondônia, ouvi o testemunho dos irmãos que levavam cerca de quatro dias de barco pelo rio Madeira para chegar a Manaus, capital do estado do Amazonas. A BR-319, que liga as duas capitais, está sendo asfaltada e ficará pronta em breve. Serão mais de 885 quilômetros de rodovia. Isso proporcionará uma maneira mais fácil de transitar entre esses dois estados e semear o evangelho do reino nas cidades daquela região (Mt 9:35).
Então eu pensei: “Podemos ter unidades de BooKafé ao longo dessa rodovia!” Para aquela região, não precisamos de um BooKafé com requintes, mas algo mais simples, um BooKafé caseiro, que pode ser feito até mesmo em garagens, nas varandas ou nas salas das casas, com baixíssimo custo. Coloca-se uma boa iluminação para chamar atenção das pessoas e identifica-se com uma simples placa: “Aqui tem BooKafé”. Nesse espaço se poderá orar pelas pessoas, apresentar-lhes a literatura e oferecer-lhes um cafezinho ou chá. O mais importante, entretanto, é que esse espaço ofereça todas as condições para que o evangelho do reino seja pregado.
O Senhor está nos falando a respeito de nossa atitude para com as verdades: Ele aguarda uma reação da nossa parte a fim de nos inserir em Seu encargo. O simples conhecimento das verdades não é suficiente para realizar a vontade de Deus. Precisamos buscar no Senhor como aplicá-las, assim como os apóstolos fizeram antes do dia de Pentecostes; eles oraram muito para compreender a vontade de Deus e depois praticá-la.
O BooKafé e a colportagem são duas ferramentas simples e eficazes na pregação do evangelho do reino. Por meio delas, podemos contatar um grande número de pessoas e suprir-lhes a palavra da vida, por meio da literatura, que é capaz de mudá-las e despertá-las para a necessidade de crescerem espiritualmente. Muitos filhos de Deus, depois de nascer de novo e obter o perdão dos pecados, estacionam em sua vida espiritual. Precisamos ajudá-los a crescer, invocando o nome do Senhor e negando a si mesmos, para que se tornem herdeiros, filhos maduros, que cooperam com o Senhor no estabelecimento de Seu reino na terra.


Ponto-chave: Reagir, de maneira prática, à Palavra do Senhor.
Pergunta: De que maneira sua casa pode ser usada por Deus para a pregação do evangelho do reino?

A BATALHA DO ARMAGEDOM E O EVANGELHO DO REINO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 1 - SEXTA-FEIRA

SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 01: Introdução (Mt 24:14)

Leitura bíblica: Hb 2:5; Ap 5:10; 14:18-20; 16:13-16

Ler com oração: Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, tanto aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra (Ap 11:18).

A BATALHA DO ARMAGEDOM E O EVANGELHO DO REINO

Se quisermos que o Senhor volte, precisamos pregar o evangelho do reino. Esse evangelho visa ao crescimento espiritual dos filhos de Deus. Quanto mais filhos de Deus buscarem o crescimento na vida divina, maior será o número de governantes no mundo que há de vir. Se tomarmos por amostragem o número de países e seus inúmeros governantes, concluiremos que, para a composição do governo do mundo que há de vir, muitos filhos de Deus terão de amadurecer para reinar sobre a terra (Ap 5:10).
A Bíblia revela que, depois da batalha do Armagedom, todos os governos do mundo presente terão fim. Nessa batalha, todos os líderes serão ajuntados no lagar da cólera de Deus (16:13-16). Como eles não se arrependeram, antes foram seduzidos pelos espíritos imundos que saíam da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta, serão destruídos pelo Senhor, pisados por Ele num grande lagar. A extensão do sangue derramado chegará à altura do freio dos cavalos (14:18-20).
Como mencionado acima, para governar o mundo que há de vir é necessário que usemos meios mais eficazes para propagação do evangelho do reino, e, assim, mais filhos de Deus serão alcançados tendo a oportunidade de crescer e amadurecer para governar com Ele as nações durante o milênio.
O BooKafé é uma das ferramentas usadas para esse fim, por oferecer um lugar aconchegante onde os filhos de Deus são contatados e despertados, por meio dos livros, a viver a vida normal da igreja, de maneira que recebam suprimento de vida suficiente para crescer e amadurecer. Além disso, as unidades de BooKafé espalhadas em nossas cidade podem ser usadas como locais de reuniões, não apenas por nós, mas para comunhão com todos os filhos de Deus.
Outra ferramenta muito eficaz para suprir vida aos filhos de Deus é a colportagem. Podem-se formar equipes de quatro colportores que saem para pregar o evangelho do reino nos bairros. Depois de contatar novas pessoas, podem convidá-las a visitar o BooKafé.
Muitos pastores têm vindo ao BooKafé para realizar reuniões com os irmãos que se congregam com eles. Como não se trata de uma “igreja” no sentido tradicional, esses servos de Deus sentem-se à vontade para ter comunhão conosco e adquirir os livros espirituais. Dessa maneira estamos praticando as verdade recebidas, edificando-nos mutuamente no viver da igreja. Oremos para que em cada cidade haja um BooKafé!


Ponto-chave: Um coração aberto e um lugar adequado para ter comunhão com todos os filhos de Deus.
Pergunta: Qual a relação entre o Armagedom e a pregação do evangelho do reino?

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

SERVIR AO SENHOR NÃO SEGUNDO NOSSOS CONCEITOS

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 1 - QUINTA-FEIRA

SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 01: Introdução (Mt 24:14)

Leitura bíblica: Mt 16:23-24; 21:13; 24:1-2; Jo 2:13-22; 1 Co 3:1-2

Ler com oração: Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém (1 Co 2:14-15).

SERVIR AO SENHOR NÃO SEGUNDO NOSSOS CONCEITOS

Ao ser salvos, é comum que nossa vida da alma se manifeste na forma de opiniões provenientes de nosso homem natural (Mt 16:24; cf. 1 Co 2:13-14; 3:1-2). Embora não percebamos, essas opiniões são um impedimento para o mover de Deus (Mt 16:23). Precisamos deixar que a vida de Deus nos governe em tudo; caso contrário, criaremos nossa maneira de servir a Deus com conceitos, tradições e religiosidade, próprios do nosso ser caído.
Em João 2:13-17, vemos que os judeus desenvolveram uma maneira peculiar de servir a Deus. Alguns deles, observando que o transporte de animais para o sacrifício era incômodo e dispendioso para o povo, resolveram vendê-los ali mesmo no templo. Nesse cenário, fez-se necessária a presença dos cambistas, visto que muitos eram de outras regiões e traziam moedas diferentes. Com isso, o templo que deveria ser uma casa de oração, foi tomado completamente pelo comércio, transformando-se em covil de salteadores. Por isso o Senhor expulsou dali os que vendiam e compravam, derrubando ainda as mesas dos cambistas (Mt 21:13).
Depois disso, perguntaram-Lhe os judeus: “Que sinal nos mostras, para fazeres estas coisas?” (Jo 2:18). Jesus lhes respondeu: “Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei” (v. 19). Como eles ainda viviam segundo seus conceitos naturais, não conseguiram compreender, naquele momento, que o Senhor se referia à morte de Seu corpo físico (o verdadeiro santuário de Deus) e à Sua ressurreição ao terceiro dia.
Em outra ocasião, os discípulos aproximaram-se do Senhor para mostrar-Lhe as construções do templo, admirando sua bela arquitetura (Mt 24:1; Mc 13:1; Lc 21:5). O Senhor, porém, lhes disse: “Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada” (Mt 24:2). Nessa ocasião Ele se referia à destruição do templo físico em Jerusalém pelo general romano Tito. Ao ser ainda interrogado pelos discípulos sobre os sinais de Sua vinda e da consumação do século, o Senhor passou a falar-lhes sobre a ocorrência de guerras, fomes, terremotos, falsos profetas, ou seja, o princípio das dores que viria sobre a terra, provocando um grande caos; entretanto Ele mesmo disse: “Vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim” (v. 6). Todas as essas calamidades e conflitos atuais que estão ocorrendo entre as nações são causados por Satanás, o príncipe que governa o mundo (Jo 12:31; 14:30).
Para que venha o fim, isto é, para que o Senhor retorne, é necessário pregarmos o evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações (Mt 24:14). Então o Senhor voltará e trará o Seu reino. Essa é nossa grande esperança, que nos dá força para invocar o Seu nome, negar a vida da alma e nos tornarmos vencedores. Por um lado, estamos esperando o Senhor, mas, se atentarmos para os detalhes dessa profecia, constataremos que Ele está nos esperando. Diante disso, precisamos praticar a comissão que Deus nos deu, pregando não apenas o evangelho da graça para os pecadores, mas também o evangelho do reino para os filhos de Deus que ainda não estão esclarecidos sobre a necessidade de crescer na vida divina para reinar com Cristo no mundo que há de vir.


Ponto-chave: Cumprir nossa comissão para que o Senhor venha!
Pergunta: Qual é a nossa grande esperança? Que é necessário para que ela se cumpra?

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A VIDA DA IGREJA NOS AJUDA A CRESCER NA VIDA DIVINA

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 1 - QUARTA-FEIRA

SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 01: Introdução (Mt 24:14)

Leitura bíblica: Mt 16:18; Jo 3:3-5; Gl 4:1-2; Ef 4:11-16

Ler com oração: E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas (Ef 1:22-23).

A VIDA DA IGREJA NOS AJUDA A CRESCER NA VIDA DIVINA

Nascer de novo, isto é, nascer do Espírito, é apenas o primeiro passo para quem deseja entrar no reino de Deus (Jo 3:3-5). Depois disso, cada filho de Deus ainda precisa crescer para se tornar um herdeiro do reino. Para que esse crescimento aconteça, o Senhor provê à igreja, pastores, mestres, mordomos, tutores e curadores (Gl 4:1-2; Ef 4:11b). Estes são irmãos mais crescidos espiritualmente, usados por Deus para cuidar de Seus filhos, ensiná-los e alimentá-los, a fim de se tornarem maduros e aptos para governar o mundo que há de vir.
Infelizmente muitos têm um conceito errado sobre o verdadeiro sentido da palavra igreja. Em Mateus 16 lemos: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (v. 18). A palavra igreja nesse texto é o equivalente a ekklesía no grego, isto é, a assembleia dos que foram chamados para fora. Diferentemente do que muitos pensam, igreja não é um templo físico, material; tampouco uma organização humana, mas um grupo de pessoas que foram chamadas para fora do mundo. Além disso, o sentido da palavra ekklesía sugere algo dinâmico e não estático. Ao falar sobre a igreja, o Senhor Jesus se referia ao viver das pessoas que nasceram de novo e foram chamadas por Deus para estarem juntas.
Outro importante exemplo de que a igreja (ekklesía) não é algo físico, fixo e estático, e muito menos uma organização humana, é o fato de ela ser o Corpo de Cristo (Ef 1:22-23). O Corpo de Cristo é algo vivo, orgânico, e que se move conforme a necessidade da Cabeça, que é Cristo. Como membros do Seu Corpo, recebemos a vida divina para exercer nossa função conforme Sua vontade. Por isso, depois de salvos, devemos crescer e dar nossa justa cooperação para que o Corpo seja edificado em amor, isto é, precisamos nos ajudar mutuamente até que todos cheguemos à estatura da plenitude de Cristo (4:12-16) e possamos receber como herança reinar com Cristo no mundo que há de vir.


Ponto-chave: Cada filho de Deus precisa crescer na vida divina para se tornar um herdeiro no reino.
Pergunta: Qual o sentido da palavra igreja, ekklesía em grego, e o que essa palavra nos sugere?

terça-feira, 24 de setembro de 2013

FERRAMENTAS PARA LEVAR O EVANGELHO DO REINO ÀS PESSOAS

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 1 - TERÇA-FEIRA

SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 01: Introdução (Mt 24:14)

Leitura bíblica: Mt 13:19; Lc 8:11

Ler com oração: Por dois anos, permaneceu Paulo na sua própria casa, que alugara, onde recebia todos que o procuravam, pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo (At 28:30-31).

FERRAMENTAS PARA LEVAR O EVANGELHO DO REINO ÀS PESSOAS

Para que o evangelho do reino alcance o maior número possível de filhos de Deus, o Senhor nos deu duas importantes ferramentas: o BooKafé e a colportagem. Embora na Bíblia não encontremos a expressão BooKafé: Book, que em inglês significa livro, e a fé, que completa o sentido, temos: livros que levam as pessoas à Fé. Trata-se de um ambiente especial, feito para acolher as pessoas, a fim de levá-las a crer no Senhor Jesus, invocar o Seu nome e serem ajudadas por meio da leitura de livros espirituais.
Nossos locais de reuniões, que antes ficavam abertos somente por algumas horas, durante os finais de semanas e que se tornaram unidades do BooKafé, agora ficam abertos grande parte do dia, durante toda a semana, acolhem muito mais pessoas para ouvir o evangelho completo, para orar, e, por meio dos livros espirituais, serem levadas à Fé.
A exemplo dos cento e vinte discípulos que oraram ao Senhor para obter poder para pregar o evangelho às pessoas, os que desejam abrir um BooKafé para a pregação do evangelho do reino, de igual modo precisam tomar essa atitude como modelo. Desse modo o Senhor far-nos-á encontrar um bom ponto, trará os recursos e as pessoas.
A segunda ferramenta é a colportagem, que é a prática de pregar o evangelho do reino, por meio de livros. No CEAPE (Centro de Aperfeiçoamento para Propagação do Evangelho), o colportor é ensinado a contatar as pessoas e cuidar delas. Ele é como um apóstolo enviado por Deus levando-as à Sua presença e, como um sumo sacerdote, trazendo-lhes a revelação da Palavra de Deus por meio dos livros que explicam a vontade de Deus mostrada na Bíblia.
Por meio dessas ferramentas, a Palavra de Deus, que é a semente do reino (Mt 13:19; Lc 8:11), é plantada no coração das pessoas para que elas recebam a vida divina, cresçam e gerem muitos frutos.


Ponto-chave: Levar a palavra do reino ao maior número de pessoas.
Pergunta: Qual deve ser a primeira atitude de quem deseja abrir um BooKafé?

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O REINO ESTÁ PRÓXIMO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 1 - SEGUNDA-FEIRA

SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 01: Introdução (Mt 24:14)

Leitura bíblica: Mt 3:2, 11a; 4:17; 10:1-4, 7; Mc 3:13-14; Lc 6:12-13; At 1:3, 8

Ler com oração: Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus (Mt 4:17).

O REINO ESTÁ PRÓXIMO

O tema geral desta nova série do Alimento Diário é “Nossa atitude para com as verdades”. As verdades provêm da Bíblia, a Palavra de Deus, e podem ser vistas, estudadas e interpretadas de diferentes maneiras; entretanto, o nosso enfoque é praticá-las.
João Batista, o precursor do Senhor Jesus, veio como uma voz que clama no deserto pregando: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mt 3:2). Havia necessidade de uma mudança de mente daquelas pessoas, que precisavam se converter de sua condição, para acolher o Rei do reino dos céus. Todos os conceitos antigos e as velhas tradições deveriam ser deixados para trás (v. 6).
O Senhor Jesus iniciou Seu ministério na região da Galileia dizendo: “Arrependei-vos porque está próximo o reino dos céus” (4:17). A ênfase de Suas palavras era o arrependimento visando ao reino dos céus, pois as pessoas estavam preocupadas somente com as coisas da terra.
À medida que Jesus caminhava, ao longo do mar da Galileia, Ele buscava cooperadores para Si (vs. 18-22). Dentre a multidão que O seguia, após orar toda a noite, o Senhor escolheu doze discípulos para estarem Consigo, e os chamou apóstolos, indicando que eles seriam enviados para anunciar o evangelho (10:1-4; Mc 3:13-14; Lc 6:12-13). O Senhor também falou aos Seus discípulos como deveria ser o viver daqueles que irão reinar com Ele no mundo que há de vir (Mt 5–7). Em seguida, ao enviá-los, recomendou: “À medida que seguirdes, pregai que está próximo o reino dos céus” (10:7).
Após Sua morte e ressurreição, o Senhor apareceu aos Seus apóstolos durante quarenta dias, e lhes falou das coisas concernentes ao reino de Deus (At 1:3). Embora incultos e, por vezes, tímidos, o Senhor iria capacitá-los a pregar o evangelho do reino, pois o Seu desejo era que esse evangelho fosse pregado não somente aos judeus, mas também aos gentios, começando em Jerusalém, a maior cidade da Judeia (Mt 24:14; At 1:8).
Assim, durante esse período de quarenta dias, os discípulos ouviram a respeito da salvação, como pregá-la aos outros para introduzi-los no reino de Deus. Ter esse conhecimento, contudo, não era o suficiente; os discípulos precisavam de algo mais, e, por isso perseveraram unânimes em oração. Eles provavelmente não se sentiam capazes de realizar a vontade do Senhor; precisavam depender Dele para cumprir Sua vontade (vs. 13-14).
Depois de orarem por dez dias, o Espírito desceu sobre eles, revestindo-os de autoridade e enchendo-os de poder para pregar, com muita ousadia, o evangelho do reino aos que estavam em Jerusalém no dia de Pentecostes, levando quase três mil dos ouvintes ao arrependimento (2:38).


Ponto-chave: Precisamos orar, arrepender-nos e praticar a Palavra de Deus.
Pergunta: Pergunta: Qual deve ser nossa atitude diante das verdades?

domingo, 22 de setembro de 2013

NOSSA RESPONSABILIDADE HOJE É PROMOVER A FÉ

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 3 - DOMINGO

SÉRIE: livro: CHAMADOS PARA PROMOVER A FÉ

MENSAGEM CAPITULO 5: ATÉ QUE TODOS CHEGUEMOS À UNIDADE DA FÉ

Leitura bíblica: Jo 7:38;Cl 4:17; 2Tm 4:5; 1Co 14:1-3; At 6:2-7;2Co 8:1-4

Ler com oração: sois da família de Deus, (Ef 2:19b). Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo (4:13). De quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor (4:16).

NOSSA RESPONSABILIDADE HOJE É PROMOVER A FÉ (PÁGS. 73-79)

Louvamos ao Senhor, pois toda a revelação de Suas palavras se tornou acessível pelo ministério de Seus servos que nos abriram a economia de Deus do Novo Testamento. Cabe agora a cada um de nós desenvolver o ministério que recebeu do Senhor. Cada um tem sua porção nos diferentes níveis de ministérios, que são como os variados tons de verde nas pedras preciosas em Apocalipse 21:19-20.
O Senhor quer trabalhar em nós para fazer a obra do ministério; para tanto, Ele usa um grupo de pessoas para nos aperfeiçoar em duas coisas: na vida, pois, quanto mais negamos a vida da alma, mais a vida divina cresce em nós, e na pregação do evangelho, em fazer a obra do Senhor, uma vez que, conforme cooperamos com o Senhor na execução de Sua obra, mais experiência ganhamos. Dessa forma estaremos aptos para governar o mundo que há de vir. Que todos tenhamos parte nesse encargo. Aleluia!
Aqueles que já tiveram seus dons aperfeiçoados em ministérios, como apóstolos, profetas, evangelistas e pastores e mestres, podem ser usados por Deus para aperfeiçoar os santos, a fim de que cada um exerça sua função. Essas pessoas nos encorajam a continuamente utilizar os dons, para que ganhemos mais graça e cresçamos em vida. Então, pouco a pouco os dons se tornam ministérios e, como consequência, desempenhamos nossa função para a edificação do Corpo de Cristo.
O aperfeiçoamento mencionado em Efésios 4:12 não se restringe ao ensinamento aos santos, já que simplesmente ensinar é objetivo de escola. Também não significa treinar os santos, porque isso se dá no âmbito militar. Aperfeiçoar está relacionado com a vida, com o exercício das funções orgânicas de cada membro, até que todos cheguemos à unidade da Fé. Sem dúvida, todos podemos ser aperfeiçoados no viver diário da igreja. Isso é o ideal. Mas também existe o aperfeiçoamento em caráter especial para a obra do ministério, como o que é feito nos CEAPEs .
O principal objetivo do CEAPE é aperfeiçoar o viver do cristão de modo que ele aprenda a negar a si mesmo e, assim, amadureça na vida divina. Se o crente empregar habilidades e técnicas, mas lhe faltar vida, fará uma obra natural. Por isso temos de ser aperfeiçoados, de maneira a ganhar mais da vida de Deus. Com mais vida, espontaneamente os ministérios surgem. Se houver ministérios, Deus poderá operar com liberdade aonde formos, e a vida divina que está em nós fluirá para outras pessoas (Jo 7:38).
Antes pensávamos que apenas os doze apóstolos e Paulo tinham ministérios (At 1:17; 20:24). O Senhor nos mostrou, todavia, que cada um dos santos deve desempenhar seu ministério. Paulo, por exemplo, encorajou tanto Timóteo quanto Arquipo a atentar para seus ministérios e completá-los (Cl 4:17; 2 Tm 4:5). De forma semelhante, todos precisamos usar nossos dons, para que a graça seja acrescentada e, assim, cada um tenha seu ministério.
Para executar a obra do Senhor, precisamos ser aperfeiçoados nas três categorias, nos três aspectos do ministério: palavra, serviços e ofertas. O aperfeiçoamento não tem apenas o objetivo de nos tornar canais para buscar os pecadores e então conduzi-los ao Senhor: ele nos permite ajudar nossos irmãos em Cristo a prosseguir na carreira cristã, alimentando-os com a vida que há na Palavra de Deus e aperfeiçoando-os em seus dons, até que todos cheguemos à unidade da Fé, alcancemos a plena filiação e estejamos prontos para reinar com Cristo no mundo que há de vir.
O primeiro aspecto é o ministério da palavra, que abrange muitas coisas, como orar, cantar, profetizar e evangelizar. Falar a palavra de Deus é o ministério mais importante, pois sem ela não há como fazer a obra de Deus, porque Ele age por meio do falar (Jo 1:1, 14; Rm 10:17; 1 Co 14:1-3; Hb 1:1-2). Portanto cada um de nós precisa equipar-se com a Palavra do Senhor e ser aperfeiçoado para falá-la.
Embora o ministério da palavra seja o mais importante, o segundo aspecto, o dos serviços, também é relevante, pois auxilia os ministros da palavra de Deus a liberá-la sem impedimento (At 6:2-7; 1 Co 16:15). Por ser abrangente, inclui a hospedagem dos santos, a alimentação, o serviço para crianças e outros, conforme a necessidade de cada igreja e seu envolvimento na obra de expansão do evangelho. Os que servem precisam encher-se do Espírito e de sabedoria, pois, quanto mais participamos dos serviços, mais oportunidades temos de negar a nós mesmos e crescer espiritualmente.
Por fim, dos dois primeiros aspectos surge o terceiro, que é o ministério de ofertas. Quem tem esse ministério desfruta de uma graça especial: a graça de dar (At 20:35; 2 Co 8:1-4). Além disso, ofertar também é semear, e quem semeia com fartura colherá com abundância (2 Co 9:6). Quando participamos desse ministério, temos o fruto que aumenta nosso crédito diante de Deus (Fp 4:17; 1 Tm 6:18-19).
A melhor maneira de sermos aperfeiçoados nesses aspectos é praticar e, uma vez aperfeiçoados, podemos aperfeiçoar outros. Como membros desse Corpo, precisamos estar unidos, vinculados uns aos outros, conforme explicou o apóstolo Paulo na Epístola aos Efésios: “Todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor” (4:16). Ele também fez referência a isso na carta aos colossenses: “Todo o corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus” (2:19b).
Almejando que mais irmãos sejam aperfeiçoados, segundo a direção que temos recebido do Espírito Santo, vimos a necessidade de haver muitos lugares de oração espalhados nos bairros, ou reuniões nas casas, especialmente nas cidades grandes, onde as pessoas, num ambiente acolhedor, possam conhecer o plano de Deus para a salvação completa do homem. Assim, nessas pequenas reuniões, além de orar uns pelos outros, podemos promover a Fé, lendo com eles a Bíblia ou livros espirituais que explicam a vontade de Deus para o homem. Se houver pessoas que ainda não creram, podemos apresentar o evangelho da graça para que recebam o Senhor Jesus como Salvador. Às que já creram no evangelho, vamos ajudar a crescer em vida, apresentar-lhes a Fé, o conteúdo da economia de Deus, e alimentá-las com as sãs palavras de Deus. Dessa maneira mais pessoas poderão ser aperfeiçoadas, crescer em vida e chegar à unidade da Fé.
Todos precisamos nos levantar e participar do encargo de levar vida às pessoas nos bairros onde moram. Não podemos nos limitar a ir às reuniões em um prédio da igreja, no final de semana, para ouvir uma boa mensagem e então esperar pela volta do Senhor. É certo que recebemos benefício nesse tipo de reunião, mas, assim que ela termina, cada um vai para sua casa. Dessa forma, será mais difícil haver vínculo entre nós e as demais pessoas salvas, membros do mesmo Corpo; será difícil receber, de maneira prática, o auxílio dos “irmãos-juntas”, tão necessário para o crescimento espiritual. Além disso, como poderemos dar nossa justa cooperação para a edificação do Corpo de Cristo?
O Senhor está avançando e deseja que cada um de nós pregue o evangelho do reino, o evangelho da vida. Somos parte da igreja, e há muitos modos, muitos caminhos para pregar o evangelho da vida. Se multiplicarmos os lugares de oração pelos diversos bairros das cidades, se mantivermos as portas abertas por mais tempo, facilitaremos o acesso de todos – crentes e incrédulos. Nesses lugares, grupos pequenos de irmãos poderão se congregar para orar, ler ou ouvir a Palavra de Deus, partilhar sua experiência cristã, invocar o nome do Senhor. Assim certamente haverá edificação mútua. Teremos mais oportunidade de usar os dons, nosso amor pelos demais irmãos aumentará e estaremos praticando Efésios 4:13: “Até que todos cheguemos à unidade da Fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo”. Louvado seja o Senhor!


Ponto-chave: Todos precisamos usar nossos dons, para que a graça seja acrescentada e, assim, cada um tenha seu ministério.
Pergunta: O que significa o aperfeiçoamento mencionado em Efésios 4:12?

sábado, 21 de setembro de 2013

O VALOR DE NOSSA FÉ PRECISA SER PROVADO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 3 - SÁBADO

SÉRIE: livro: CHAMADOS PARA PROMOVER A FÉ
MENSAGEM CAPITULO 5: ATÉ QUE TODOS CHEGUEMOS À UNIDADE DA FÉ

Leitura bíblica: Ef 4:11-13; 1Pe 1:6-7, 4:12; JO 21:21-22

Ler com oração: Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo (1Pe 1:6-7); Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo (4:12);

O VALOR DE NOSSA FÉ PRECISA SER PROVADO (PÁGS. 71-73)

Estamos num processo de crescimento e transformação, negando a nós mesmos e voluntariamente perdendo nossa vida da alma por causa do Senhor. Por conseguinte rejeitamos as coisas que não produzem edificação e nos concentramos no exercício da piedade. Desse modo, o Corpo de Cristo está sendo edificado com o auxílio dos irmãos que, na igreja, aperfeiçoam os demais santos. Estamos crescendo até chegar à unidade da Fé, ao pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo (Ef 4:11-13).
O apóstolo Pedro também experimentou essa transformação e alcançou a maturidade na vida divina. Desde o início, quando foi chamado pelo Senhor para segui-Lo, ele sempre tomou a liderança entre os discípulos. Os evangelhos relatam como Pedro tomava a frente e agia — por vezes de forma precipitada. Muitas dessas ocasiões serviram para que o Senhor o aperfeiçoasse.
Foi necessário que o apóstolo aprendesse lições de negar a si mesmo. Mas assim que a luz do Senhor vinha sobre ele, reconhecia e já se arrependia, como se um fogo queimasse as impurezas em seu interior. O resultado é que sua fé foi sendo purificada, do mesmo modo como o fogo purifica o ouro, e ele amadureceu (1 Pe 1:6-7; 4:12).
Em João 21, já após a morte e ressurreição do Senhor, vemos Pedro equivocadamente liderando outros discípulos em retroceder à antiga ocupação de pescadores. O Senhor lhes apareceu e, com muito amor, ajudou Pedro a perceber o erro que cometera.
Em seguida, o Senhor lhe disse: “Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres” (v. 18). Pedro, entretanto, ficou insatisfeito e, vendo que João estava próximo, perguntou ao Senhor: “E quanto a este?” (v. 21). Pedro parecia não se conformar em saber que seria levado para onde não queria, enquanto João continuaria gozando de liberdade. O Senhor lhe respondeu: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me” (v. 22b). Pedro tinha temperamento forte, mas o Senhor lhe mostrou que teria de negar-se a si mesmo, até que um dia, já maduro, deixasse de escolher para onde ir, pois se submeteria ao guiar do Senhor e à coordenação dos irmãos. Com certeza essa palavra se aplica a todos nós.


Ponto-chave: Reijeitar as coisas que não produzem edificação e nos concentrar no exercício da piedade.
Pergunta: Fale sobre o processo de transformação que Pedro experimentou

O DISPENSAR DO DEUS TRIÚNO PRODUZ A PIEDADE

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 3 - SEXTA-FEIRA

SÉRIE: livro: CHAMADOS PARA PROMOVER A FÉ
MENSAGEM CAPITULO 5: ATÉ QUE TODOS CHEGUEMOS À UNIDADE DA FÉ

Leitura bíblica: 1Tm 3:16, 4:7-8, 5:4, 6:11; 2Pe 3:11

Ler com oração: Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória (1Tm 3:16).

O DISPENSAR DO DEUS TRIÚNO PRODUZ A PIEDADE (PÁGS.69-71)

Não apenas Paulo e João — este na maturidade — viram e deixaram registrado em livros a respeito da economia de Deus, mas também o apóstolo Pedro nos deixou grande ajuda, especialmente em sua segunda epístola, ao escrever itens essenciais acerca da fé.
No capítulo 1, depois de abençoar os irmãos, ele discorre quanto à economia neotestamentária de Deus, que, de maneira sucinta, podemos dizer que é o próprio Deus Triúno dando-se a nós, dispensando a Si mesmo para dentro de cada crente, a fim de nos transformar à imagem do Filho de Deus, fazendo de nós Sua expressão e plenitude.
A primeira parte do versículo 3 diz: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade”. Essas palavras se relacionam com a obra do Pai. Deus Pai é a fonte da vida e Ele nos está conduzindo à piedade.
O sentido de ser piedoso não se esgota em ser compassivo ou bondoso, como muitos pensam. Ser piedoso é manifestar Deus na carne (1 Tm 3:16). Portanto uma pessoa piedosa expressa Deus em seu viver. No Novo Testamento há muitos versículos que falam da necessidade de piedade em épocas de degradação (1 Tm 4:7-8; 5:4; 6:11; 2 Pe 3:11).
Continuemos a leitura do versículo 3: “[...] pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude”. Isso diz respeito ao Filho de Deus. Ele quer que, em nosso viver, tenhamos Suas virtudes.
O versículo 4 fala da obra do terceiro da Trindade, o Espírito Santo: “Pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo”.
Aleluia! Precisamos dar toda atenção à Palavra de Deus, compreendendo-a, praticando-a e, acima de tudo, nos alimentando dela. O Deus Triúno deseja dispensar-se até produzir Sua plena expressão em nós.
O valor de nossa Fé precisa ser provado.Estamos num processo de crescimento e transformação, negando a nós mesmos e voluntariamente perdendo nossa vida da alma por causa do Senhor. Por conseguinte rejeitamos as coisas que não produzem edificação e nos concentramos no exercício da piedade. Desse modo, o Corpo de Cristo está sendo edificado com o auxílio dos irmãos que, na igreja, aperfeiçoam os demais santos. Estamos crescendo até chegar à unidade da Fé, ao pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo (Ef 4:11-13).
O apóstolo Pedro também experimentou essa transformação e alcançou a maturidade na vida divina. Desde o início, quando foi chamado pelo Senhor para segui-Lo, ele sempre tomou a liderança entre os discípulos. Os evangelhos relatam como Pedro tomava a frente e agia — por vezes de forma precipitada. Muitas dessas ocasiões serviram para que o Senhor o aperfeiçoasse.
Foi necessário que o apóstolo aprendesse lições de negar a si mesmo. Mas assim que a luz do Senhor vinha sobre ele, reconhecia e já se arrependia, como se um fogo queimasse as impurezas em seu interior. O resultado é que sua fé foi sendo purificada, do mesmo modo como o fogo purifica o ouro, e ele amadureceu (1 Pe 1:6-7; 4:12).
Em João 21, já após a morte e ressurreição do Senhor, vemos Pedro equivocadamente liderando outros discípulos em retroceder à antiga ocupação de pescadores. O Senhor lhes apareceu e, com muito amor, ajudou Pedro a perceber o erro que cometera.
Em seguida, o Senhor lhe disse: “Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres” (v. 18). Pedro, entretanto, ficou insatisfeito e, vendo que João estava próximo, perguntou ao Senhor: “E quanto a este?” (v. 21). Pedro parecia não se conformar em saber que seria levado para onde não queria, enquanto João continuaria gozando de liberdade. O Senhor lhe respondeu: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me” (v. 22b). Pedro tinha temperamento forte, mas o Senhor lhe mostrou que teria de negar-se a si mesmo, até que um dia, já maduro, deixasse de escolher para onde ir, pois se submeteria ao guiar do Senhor e à coordenação dos irmãos. Com certeza essa palavra se aplica a todos nós.


Ponto-chave: Uma pessoa piedosa expressa Deus em seu viver.
Pergunta: O que a Palavra fala sobre Piedade?

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

AUTORIDADE E CRESCIMENTO DE VIDA

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 3 - QUINTA-FEIRA

SÉRIE: livro: CHAMADOS PARA PROMOVER A FÉ
MENSAGEM CAPITULO 4 - A ECONOMIA DE DEUS REVELADA PELO APÓSTOLO JOÃO

Leitura bíblica: Rm 13:2; 3Jo 9-10

Ler com oração: De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação (Rm 13:2).

AUTORIDADE E CRESCIMENTO DE VIDA (PÁGS. 66-68)

Se queremos servir o Senhor, precisamos dar muita atenção à questão da autoridade estabelecida por Deus e aprender a nos submeter a ela. Quem se opõe à autoridade, resiste à ordenação de Deus, e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação (Rm 13:2).
No final do primeiro século de nossa era, Deus deu autoridade ao apóstolo João, mas algumas pessoas o rejeitaram. Por isso ele, com muita autoridade, afirmou: “Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que gosta de exercer a primazia entre eles, não nos dá acolhida. Por isso, se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as obras que ele pratica, proferindo contra nós palavras maliciosas. E, não satisfeito com estas coisas, nem ele mesmo acolhe os irmãos, como impede os que querem recebê-los e os expulsa da igreja” (3 Jo 9-10).
Números 12 relata o episódio em que Arão e Miriã desafiaram seu irmão mais novo, Moisés, a quem Deus dera autoridade para liderar os filhos de Israel. Eles pareciam ter um bom motivo, pois acharam uma falha no proceder de Moisés: ele havia se casado com uma mulher que não era dos descendentes de Israel, e isso não era correto. Arão e Miriã acrescentaram: “Porventura, tem falado o Senhor somente por Moisés? Não tem falado também por nós?” (Nm 12:2).
Arão e Miriã também falavam por Deus, pois eram profetas, mas o Senhor se revelava a eles apenas em visões e sonhos, enquanto com Moisés Deus falava face a face, como a um amigo. Embora Moisés tivesse fraquezas e falhas, quem deveria cuidar de seus erros era o Senhor. Em outras palavras, Arão e Miriã não deveriam tê-lo criticado. Por fazer isso, Miriã tornou-se leprosa, e Arão só escapou do mesmo destino porque se arrependeu rapidamente.
Hoje, de modo semelhante, estamos nesse processo de crescimento de vida. À medida que negamos a nós mesmos e aprendemos a nos submeter à comunhão dos demais santos na igreja, somos transformados e ganhamos o crescimento que vem de Deus. Quem busca autoridade não necessariamente tem muito da vida divina, mas quanto mais da vida de Deus ganharmos, mais autoridade teremos.
Isso nos serve de lição. João foi aperfeiçoado pelo Senhor: de seguidor de Pedro, tornou-se, no fim da vida, o apóstolo sobre quem estava a autoridade de Deus. Quem resistia a João, resistia a Deus. Esse foi o resultado de seu amadurecimento de vida.
Damos graças a Deus por ter usado intensamente João em sua maturidade. Se ele, já entrado nos seus noventa anos, não tivesse escrito Apocalipse, o evangelho e as epístolas, ficaríamos apenas com a revelação de Paulo. É em seus escritos que vemos a importância do Espírito e da vida divina para que a Fé – todo o conteúdo da economia de Deus – seja infundida em nossa fé subjetiva. Por termos crido no Senhor, o Espírito da realidade está em nosso espírito; com Ele, temos o Pai e o Filho em nós. Louvado seja o Senhor! Estamos no Deus Triúno e Ele está em nós!
 

Ponto-chave: Dar atenção à autoridade estabelecida por Deus e aprender a se submeter a ela. 
Pergunta: Quais é o resultado de nos submetermos a autoridade estabelecida por Deus?

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

MUITOS SERVOS ALIMENTANDO OS CONSERVOS

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 3 - QUARTA-FEIRA


SÉRIE: livro: CHAMADOS PARA PROMOVER A FÉ
MENSAGEM CAPITULO 4

- A ECONOMIA DE DEUS REVELADA PELO APÓSTOLO JOÃO

Leitura bíblica: Mt 16:24-25, Ap 1:1; 2Co 5:15; 2Pe 3:11-12a

Ler com oração: Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens (Mt 24:45-47).

MUITOS SERVOS ALIMENTANDO OS CONSERVOS (PÁGS. 64-66)

O Senhor nos revelou que esse ministério vai perdurar até Sua volta. Já estamos nos últimos tempos; já estamos às portas da vinda do Senhor. A vontade de Deus é que todos possam cumprir Sua economia pelo Espírito e pela vida.
Ele deseja que surjam muitos servos como João, pessoas que Lhe sejam fiéis, que neguem a si mesmas fazendo morrer toda autossuficiência e que dependam Dele, invocando Seu nome, crendo em Suas palavras e alimentando os conservos por amor a Ele (Mt 16:24; 24:45-47; Ap 1:1). Por isso o Senhor continua a chamar servos, para que Sua economia seja cumprida.
Um servo, como o próprio nome indica, é uma pessoa que deve servir seu Senhor. Todos nós, que cremos em Jesus, somos Seus servos. Não devemos, pois, buscar nossos interesses, mas os de nosso Senhor e Salvador, nem viver mais para nós mesmos, mas para Ele, que por nós morreu e ressuscitou (2 Co 5:15).
Devemos ser esses servos que estão sempre vigilantes, pois o Senhor pode voltar a qualquer momento: “Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus” (2 Pe 3:11-12a).
A maneira de vigiar é estar preparado para a vinda do Senhor. Para isso, temos de negar a nós mesmos e seguir o Senhor o tempo todo. No viver diário, quando ocorrem situações complicadas e a luz de Deus nos ilumina interiormente, mostrando nossa falha em algum aspecto, devemos nos voltar ao Espírito. Dessa maneira, o fogo santificador do Espírito queima dentro de nós, purificando-nos e santificando-nos. Uma vez que você nega a si mesmo e perde sua vida natural caída por causa do Senhor (Mt 16:24-25), você abre mão de todo interesse próprio: deixa de se preocupar com seu nome, sua posição, seu próprio desfrute e tudo o mais que se relaciona a você, e passa a viver para o Senhor.
Servos prudentes vivem totalmente para seu Senhor e são extremamente sensíveis às necessidades Dele. Não se trata de fazer grandes obras para Deus, mas de estarmos sensíveis à direção e ao suave falar do Senhor, conduzindo-nos mesmo nas pequenas questões práticas da vida.


Ponto-chave: Cumprir a economia de Deus pelo Espírito e pela vida.
Pergunta: Como deve ser a vida de um servo?

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O MINISTÉRIO DE JOÃO

ALIMENTO DIÁRIO \ SEMANA 3 - TERÇA-FEIRA

SÉRIE: livro: CHAMADOS PARA PROMOVER A FÉ

MENSAGEM CAPITULO 4 - A ECONOMIA DE DEUS REVELADA PELO APÓSTOLO JOÃO
Leitura bíblica: Jo 21:15-22

Ler com oração: Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros. Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas. Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres.Disse isto para significar com que gênero de morte Pedro havia de glorificar a Deus. Depois de assim falar, acrescentou-lhe: Segue-me. Então, Pedro, voltando-se, viu que também o ia seguindo o discípulo a quem Jesus amava, o qual na ceia se reclinara sobre o peito de Jesus e perguntara: Senhor, quem é o traidor? Vendo-o, pois, Pedro perguntou a Jesus: E quanto a este? Respondeu-lhe Jesus: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me (Jo 21: 15-22)

O MINISTÉRIO DE JOÃO (PÁG 62-64)

No último capítulo do Evangelho de João, vemos que, depois que o Senhor Jesus ressuscitou, Pedro levou os discípulos para pescar. Então o Senhor lhes apareceu e, depois de tê-los alimentado, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, amas-me mais do que todas essas coisas?” (Jo 21:15a - lit.) “Essas coisas” se referiam às coisas que davam sustento a Pedro, o qual respondeu três vezes: “Senhor, eu te amo” (vs. 15b, 16 b, 17b).
O Senhor, diante da resposta confirmada, disse-lhe: “Quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias” (v. 18). Em outras palavras: “Pedro, você podia andar conforme sua vida da alma desejasse. Agora, porém, Eu já morri na cruz por você, para resolver o problema de seu pecado; também morri na cruz com você para crucificar seu velho homem. Pedro, você já foi crucificado e virá o dia em que não mais andará conforme seu querer, sua preferência. Outro o cingirá e o levará por onde você não quer”.
Ali o Senhor mostrava a Pedro que o crescimento da vida divina nele ia restringi-lo, mas ele ia aprender a se coordenar com os irmãos. Pedro, porém, ao ouvir isso e vendo que João também seguia a Jesus, perguntou-Lhe: “E quanto a este?” (v. 21). Percebe-se aqui a vida natural de Pedro se manifestando novamente. É como se ele perguntasse: “Por que só eu tenho de sofrer? E João?”. O Senhor lhe respondeu: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me” (v. 22).
Foi assim que se tornou corrente entre os irmãos que o Senhor Jesus havia dito que João não morreria. Mas o próprio João acrescentou uma nota dizendo: “Ora, Jesus não dissera que tal discípulo não morreria, mas: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?”. João quis deixar claro que lhe era impossível viver até a volta do Senhor com aquele corpo carnal. Seguramente o Senhor se referia ao ministério entregue a João, de ajudar as igrejas e os santos com Espírito e com vida para que pudessem cumprir a economia de Deus e entrar na manifestação de Seu reino.


Ponto-chave: O crescimento da vida divina nos restringe.
Pergunta: O que o Senhor quis dizer quando respondeu a Pedro “Se eu quero que ele permaneça até eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me” (Jo 21: 22).?

OS PASSOS DO DEUS TRIÚNO PARA ENTRAR EM NÓS

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 3 - SEGUNDA-FEIRA


SÉRIE: livro: CHAMADOS PARA PROMOVER A FÉ
MENSAGEM CAPITULO 4 - A ECONOMIA DE DEUS REVELADA PELO APÓSTOLO JOÃO
Leitura bíblica: Jo 19:34-35,14:16-20,20:19-22,7:37-39;Jo 15:5

Ler com oração: Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. Aquele que isto viu testificou, sendo verdadeiro o seu testemunho; e ele sabe que diz a verdade, para que também vós creiais (Jo 19: 34-35).

OS PASSOS DO DEUS TRIÚNO PARA ENTRAR EM NÓS (PÁG 58-62)

João revelou o desejo do Senhor Jesus de entrar em nós e nos dar vida, e assim estar conosco para sempre. Em simples palavras, ele nos apresentou os passos que o Deus Triúno deu para cumprir Seu desejo. Ele é o próprio Deus que se encarnou. Como, na forma humana, Deus não poderia estar para sempre com o homem, foi-Lhe necessário ir (morrer) e voltar (ressuscitar) para que o outro Consolador (o Espírito da realidade) pudesse estar para sempre conosco e nos dar vida.
Jesus disse a Seus discípulos que Ele precisava ir e voltar para que eles pudessem estar onde Ele estava: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também” (Jo 14:1-3). Muitos cristãos consideram que, ao dizer “quando eu for”, o Senhor quis dar a entender que ia morrer. Isso está correto. Entretanto pensam que, quando disse “voltarei”, Jesus se referia a Sua segunda vinda.
Para compreender melhor o que Ele disse, precisamos saber, em primeiro lugar, onde o Senhor estava. Ele mesmo afirmou que estava no Pai (v. 11). Portanto o lugar em que Ele quer que nós também estejamos é no Pai. Todavia como isso seria possível? Como nós, pecadores, poderíamos estar no Pai?
Deus realmente é sábio! Ao morrer, o Senhor Jesus verteu sangue e água (19:34-35). Seu sangue nos lavou dos pecados, e a água representa Sua vida divina, que foi liberada para todo aquele que Nele crê. Jesus ressuscitou no terceiro dia e veio como o outro Consolador, o Espírito da realidade, cumprindo o que havia dito: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros. Ainda por um pouco, e o mundo não me verá mais; vós, porém, me vereis; porque eu vivo, vós também vivereis. Naquele dia, vós conhecereis que eu estou em meu Pai, e vós, em mim, e eu, em vós” (14:16-20).
Antes de Sua morte, Jesus estava com eles e era o Consolador deles. Jesus os socorria, era o Paracleto deles, ou seja, quem advogava por eles perante o Pai. Mas como Jesus, em carne, Ele não poderia estar sempre com os discípulos, muito menos estar neles. Por isso disse que precisava ir, para que o outro Consolador — que é Ele mesmo como o Espírito – pudesse vir, entrar neles e estar com eles o tempo todo. Isso aconteceu “naquele dia”, isto é, no dia em que Jesus ressuscitou. Ele apareceu para os discípulos e lhes disse: “Paz seja convosco!” e, depois de lhes mostrar as mãos e o lado, soprou sobre eles e disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo” (20:19-22).
Assim, cumpridos os passos de tornar-se carne, viver como um homem perfeito, morrer por nossos pecados e ressuscitar, o Senhor Jesus veio como o Espírito da realidade. Após Sua ressurreição, Ele foi glorificado e tornou-se o Espírito que dá vida, para poder entrar em nós, regenerar-nos e nos introduzir no Pai (Jo 7:38-39; 1 Co 15:45b; 1 Pe 1:3).
Se Jesus estivesse vivo hoje, em carne, Ele estaria lá na região da Palestina e, mesmo que estivesse onde estamos, não poderia estar conosco o tempo todo. Ele teria a limitação do tempo e do espaço. Mas Aleluia! Ele já não é Jesus em carne; agora Ele é Jesus em Espírito (2 Co 3:17)! Ele é muito real, mas o mundo não O pode receber porque não O conhece. Nós, porém, O conhecemos, pois, Nele cremos e O recebemos. Como o Espírito, Ele pode habitar em nós e estar para sempre conosco. Se estamos na Argentina, Ele está lá conosco; se vamos a Brasília, Ele também está lá.
A economia neotestamentária de Deus precisa ficar bem clara para nós. Sabemos que o Pai habita em luz inacessível. Mas um dia Deus se manifestou em carne (1 Tm 3:16); Ele se tornou homem e recebeu o nome de Jesus. Ele é Emanuel, Deus conosco (Mt 1:21, 23). Contudo, como homem, Deus, na pessoa de Jesus, estava limitado pelo espaço e tempo. Para vencer esse obstáculo, o Senhor, após Sua morte e ressurreição, veio como o Espírito da realidade, o outro Consolador. Tudo o que Deus é, tem, cumpriu e alcançou está no Espírito. Onde o Espírito está, também estão o Pai e o Filho, e nós também estamos com Ele. Se vivermos no Espírito, poderemos cumprir Sua economia.
Essas coisas já haviam sido ditas aos doze discípulos, mas foi João, em sua maturidade, quando estava em Éfeso, que escreveu sobre isso. Ele mostrou que Deus deseja unir-se a nós, dar-nos Sua vida e nos aperfeiçoar, para que sejamos Sua expressão e expansão. Ele é a videira, e nós, os ramos (Jo 15:5). Este é o alvo de Sua economia: dispensar-nos tudo o que Ele é e tem, como o Espírito, através do ministério da palavra (tanto falada quanto escrita), a fim de que, pela prática da Palavra, torne-se realidade em nosso interior — isso significa ter a Fé objetiva infundida, trabalhada em nossa fé subjetiva . Aleluia!


Ponto-chave: O Espírito da realidade habita em nós!
Pergunta: O que representa o sangue e a água, vertidos do lado de Jesus?

domingo, 15 de setembro de 2013

O DEUS TRIÚNO NO EVANGELHO E JOÃO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 2 - DOMINGO

SÉRIE: livro: CHAMADOS PARA PROMOVER A FÉ

MENSAGEM CAPITULO 4 - A ECONOMIA DE DEUS REVELADA PELO APÓSTOLO JOÃO

Leitura bíblica: Jo1:1-3, 14, 18, 14:8-9, 16-18; 1Co15:45b

Ler com oração: Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? (Jo 14:8-9). E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros (vs. 16-18).

O DEUS TRIÚNO NO EVANGELHO E JOÃO (PÁG 57-58)

João começa seu evangelho de maneira maravilhosa: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez” (1:1-3). O Senhor Jesus era o Verbo, ou seja, a Palavra de Deus; Ele estava com Deus e era o próprio Deus.
Esses versículos mostram a relação do Filho com o Pai. Se um homem ficar calado, ninguém o conhecerá, será uma pessoa misteriosa; entretanto, se começar a falar, passaremos a conhecê-lo. Quando a palavra de alguém sai, ela revela quem essa pessoa é. Enquanto Deus está oculto, Ele é o Pai; quando se expressa ou se manifesta, Ele é o Filho.
João prosseguiu dizendo: “O Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (v. 14). O Verbo que se tornou carne é o Senhor Jesus. Ninguém jamais viu a Deus, e somente o Filho unigênito O pôde revelar (v. 18). Quando o Filho veio, o Verbo veio e Deus foi revelado. Assim, quem vê o Senhor Jesus, vê o Pai, pois o Filho revela o Pai (14:8-9).
O Senhor Jesus viveu na terra cerca de trinta e três anos e meio. Depois disso foi morto e, em ressurreição, voltou como o Espírito da verdade – ou Espírito da realidade –, o outro Consolador, de modo a poder estar para sempre conosco (vs. 16-18). Esse Espírito é o Espírito que dá vida (1 Co 15:45b). Por meio Dele ganhamos a vida divina, e tudo o que Deus é se torna real para nós. Essa é a economia neotestamentária de Deus.


Ponto-chave: O Senhor Jesus era o Verbo, ou seja, a Palavra de Deus; Ele estava com Deus e era o próprio Deus.
Pergunta: Como Deus foi revelado? E como pode estar conosco, hoje?

sábado, 14 de setembro de 2013

A ECONOMIA DE DEUS REVELADA PELO APÓSTOLO JOÃO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 2 - SÁBADO


SÉRIE: livro: CHAMADOS PARA PROMOVER A FÉ
MENSAGEM CAPITULO 4 - A ECONOMIA DE DEUS REVELADA PELO APÓSTOLO JOÃO
Leitura bíblica: Hb 2:5-7; At 3:1; Ap 1:10; Jo 14:26

Ler com oração: Pois não foi a anjos que sujeitou o mundo que há de vir, sobre o qual estamos falando; antes, alguém, em certo lugar, deu pleno testemunho, dizendo: Que é o homem, que dele te lembres? Ou o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste [e o constituíste sobre as obras das tuas mãos] (Hb 2: 5-7).

A ECONOMIA DE DEUS REVELADA PELO APÓSTOLO JOÃO / O APÓSTOLO JOÃO EM SUA MATURIDADE (PÁGS. 53-57)

Nos capítulos anteriores, vimos que Deus revelou Sua economia ao apóstolo Paulo e soberanamente lhe poupou a vida a fim de que ele registrasse nas epístolas (em especial as escritas durante seu aprisionamento em Roma) as ricas revelações a respeito do dispensar do Deus Triúno e de Seu plano para o homem. Esse plano inclui a escolha e predestinação do Pai, a redenção do Filho e Seu encabeçamento sobre todas as coisas e a obra do Espírito, o qual nos sela e confirma até sermos totalmente Dele. Esse dispensar nos transforma e edifica em um Corpo, que é Sua igreja, a fim de expressar Sua plenitude e nos tornar Seus herdeiros, aptos para reinar com Cristo no mundo que há de vir (Ef 1:3-14, 22-23; Hb 2:5-7).
Não deixa de ser curioso o fato de Deus ter revelado tudo isso a Paulo, porque somente após a crucificação de Cristo é que ele foi chamado pelo Senhor e constituído apóstolo. Desde então seus escritos se tornaram os que mais detalhadamente falam a respeito dos itens da fé cristã no Novo Testamento.
Ainda que Paulo tenha sido o primeiro a escrever sobre a economia de Deus no Novo Testamento, essa revelação não foi dada exclusivamente a ele. Com certeza, o próprio Senhor Jesus orientou, guiou e ensinou os primeiros apóstolos, por três anos e meio, segundo aquilo que viria a ser reconhecido como a economia neotestamentária de Deus. Era de se esperar que eles – que ouviram as palavras diretamente da boca do Senhor – estivessem em melhores condições de nos explicar a Fé, mas não foi isso que aconteceu.
Mateus, Marcos e Lucas escreveram seus evangelhos registrando, sobretudo, o viver de Jesus e as obras que Ele fez. Seus relatos não esclarecem de modo suficiente acerca do plano de Deus e de sua aplicação no viver cristão. Mesmo João, quando esteve com Jesus junto dos demais apóstolos, também não conseguiu perceber a essência do que o Senhor lhes dizia. Talvez não tenham conseguido perceber a importância daquelas palavras ou não tenham entendido o que Ele lhes falava.
No ano 70, o general romano Tito destruiu a cidade de Jerusalém e seu templo (Mt 24:2). Os líderes cristãos, como se deu com Paulo e Pedro, foram martirizados. João, naquela época, era apenas um seguidor de Jesus que acompanhava o apóstolo Pedro aonde quer que este fosse (At 3:1). Em relação ao ministério da palavra, ele não se destacava como Pedro. Não há registro de nenhum discurso ou pregação de João no livro de Atos. Ele era bastante manso e humilde, sempre seguindo de perto, tanto a Jesus, no tempo em que Ele estava na terra, como a Pedro. É possível que João não tenha sido martirizado, como ocorreu com Paulo e Pedro, porque não exercia nenhuma liderança direta sobre outros, mas ficou exilado por vinte anos na ilha de Patmos.
O apóstolo João em sua maturidade
Durante os vinte anos de exílio, João amadureceu em sua vida interior. Certamente aprendeu a viver no espírito (Ap 1:10). Por estar mais maduro, mais sensível ao Senhor, o Espírito Santo pôde usá-lo e assim o inspirou, por volta do ano 90 d.C, a escrever sobre a economia neotestamentária e a importância da vida divina e do Espírito para a cumprirmos.
O Senhor não estava totalmente satisfeito com o que se registrou nos três primeiros evangelhos, nas epístolas de Paulo e nas outras cartas escritas por Pedro, Tiago e Judas. Desse modo, o Espírito da realidade fez João se lembrar das revelações que o Senhor Jesus havia feito no tempo em que esteve com Seus discípulos, as quais, naquela época, eles não haviam entendido (Jo 14:26).
Então, depois de escrever o livro de Apocalipse e sair da prisão em Patmos, João foi morar em Éfeso. Foi lá que ele, guiado pelo Espírito da realidade, escreveu o evangelho e as três epístolas, em que nos apresentou, de maneira bem simples, pontos relevantes acerca do Pai, do Filho e do Espírito e também a respeito da regeneração, do desejo de Deus dispensar-Se para dentro de nós e de outros assuntos cruciais para o viver cristão.
É razoável considerarmos como foi para João dedicar-se a escrever depois de décadas. É bem provável que, conforme o Espírito o lembrava das palavras do Senhor Jesus e dos fatos ocorridos, João meditasse e considerasse no espírito para, por fim, registrar em seus escritos. Da mesma forma, hoje, se permanecermos no espírito, onde habita o Espírito de Deus, Este nos ensinará todas as coisas e nos fará lembrar de tudo o que o Senhor nos tem falado.
Em Éfeso João serviu ao Senhor guiado pelo Espírito, ministrando de acordo com a necessidade dos irmãos ali e segundo o encargo que Deus lhe havia colocado no coração. Por supri-los de Espírito e vida, a igreja naquela cidade se tornou, de fato, uma igreja desejável .
Agradecemos ao Senhor por tudo o que nos foi revelado por Seus servos no passado. Estamos sobre os ombros deles, mas devemos avançar, pois a revelação da Palavra de Deus não terminou e ainda há muito para ser praticado.

Ponto-chave: O dispensar do Deus Triúno nos transforma e edifica em um Corpo, que é Sua igreja, a fim de expressar Sua plenitude e nos tornar Seus herdeiros, aptos para reinar com Cristo no mundo que há de vir.
Pergunta: Assim como João, de que maneira podemos receber revelação da Palavra?

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

CHAMADOS PARA PROMOVER A FÉ

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 2 - QUINTA-FEIRA

SÉRIE: livro:
CHAMADOS PARA PROMOVER A FÉ

MENSAGEM CAPITULO 3 - GUARDAR A FÉ

Leitura bíblica: At 28:30-31; Cl 1:25; 1Tm 1:12

Ler com oração: da qual me tornei ministro de acordo com a dispensação da parte de Deus, que me foi confiada a vosso favor, para dar pleno cumprimento à palavra de Deus (Cl 1: 25). Sou grato para com aquele que me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-me para o ministério (1Tm1: 12)

PRESERVADO PARA COMPLETAR A PALAVRA DE DEUS (PÁG 48-49)

Pelo visto, o ministério de edificação da igreja de que Paulo se ocupara diretamente em suas viagens havia cessado ali. Todavia Deus o preservou porque ainda queria usá-lo de outra maneira. Havia outro aspecto de seu ministério que precisava ser completado, porque as palavras inefáveis reveladas a ele no terceiro céu ainda não tinham sido escritas em livros.
Ao salvar a vida de Paulo, Deus também nos beneficiou grandemente. Antes de seu aprisionamento, ele havia escrito apenas seis epístolas: a carta aos romanos e a endereçada aos gálatas, as duas aos coríntios e as duas aos tessalonicenses. Restavam, portanto, outras oito para ser escritas.
Em Roma, foi-lhe concedido permanecer em prisão domiciliar (28:30-31). Ali Paulo teve o tempo necessário para se arrepender e escrever as principais de suas epístolas, dando pleno cumprimento à Palavra de Deus, as quais hoje nos são de imensa ajuda espiritual (Cl 1:25; 1 Tm 1:12).
Somente quando se aquietou um pouco, depois de ser preso, ele pôde se dedicar a escrever suas últimas epístolas – Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom –, as quais desvendaram com maior profundidade e clareza o conteúdo do plano de Deus para o homem. São livros relativos às mais fundamentais revelações do Novo Testamento que apresentam o conteúdo da Fé: o dispensar do Deus Triúno para dentro do homem tripartido com vistas à edificação do Corpo de Cristo.
Essas cartas têm grande importância para todos os que amam ao Senhor e desejam cumprir a vontade de Deus.


Ponto-chave: Preservado para Completar a Palavra de Deus
Pergunta: Quais são as mais fundamentais revelações do Novo Testamento, relatadas nos livros escritos por Paulo?

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

PAULO PÕE EM RISCO SUA INCUMBÊNCIA (PÁGS. 45-48)

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 2 - QUARTA-FEIRA

SÉRIE: livro: CHAMADOS PARA PROMOVER A FÉ

MENSAGEM CAPITULO 3 - GUARDAR A FÉ

Leitura bíblica: 1Co 1:2; At 19:8-12,21, At 21:10-12, 17-28; Gl 5:22-26

Ler com oração: à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, senhor deles e nosso (1Co 1: 2). Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros (Gl 5: 26).

PAULO PÕE EM RISCO SUA INCUMBÊNCIA (PÁGS. 45-48)

Em suas duas primeiras viagens, enquanto agia em harmonia com o Espírito Santo, Paulo promovia a Fé, a revelação do Filho de Deus e de Seu trabalhar em Seus escolhidos, segundo a vontade de Deus. Durante essas viagens, sua atuação foi excelente, produzindo igrejas saudáveis por onde passava, ajudando os santos a invocar o nome do Senhor e a viver no Espírito (1 Co 1:2; Gl 5:26).
No fim da segunda viagem, depois de terem passado o Mediterrâneo, Paulo foi a Jerusalém, conforme relata Atos 18:22: “Chegando a Cesareia, desembarcou, subindo a Jerusalém; e, tendo saudado a igreja, desceu para Antioquia”. O apóstolo deu início então a sua terceira viagem missionária, mas já não se menciona o nome de Silas. Essa terceira viagem de Paulo não foi tão positiva quanto a primeira e a segunda; pelo contrário, suas ações e atitudes quase lhe custaram a vida.
Chegando a Éfeso, permaneceu ali por três meses. Durante esse tempo, frequentou a sinagoga, dissertando e discutindo, tentando persuadir os presentes sobre o reino de Deus. Isso provocou comentários difamantes de alguns. Desgastado, Paulo afastou-se e, depois, passou a ensinar diariamente na escola de Tirano (19:8-10).
Percebe-se que essa conturbada estada de Paulo em Éfeso foi bem diferente da situação que viveu em Filipos, por ocasião de sua segunda viagem. Sabemos que atitudes de debates e polêmicas não conseguem gerar o fruto do Espírito (Gl 5:22-23), pois tendem a levar as pessoas a exercitar apenas a mente e a defender opiniões.
Paulo prosseguiu anunciando a palavra do Senhor, e Ele, pelas mãos do apóstolo, fez milagres extraordinários, a ponto de algumas pessoas serem curadas de enfermidades simplesmente por tocar em sua roupa (At 19:10-12).
Passados cerca de três anos, Paulo decidiu ir a Jerusalém, percorrendo e visitando as igrejas da Acaia e da Macedônia (v. 21), recolhendo ofertas para os irmãos da igreja em Jerusalém, que passavam por grande necessidade. Dessa vez, porém, Paulo não obedeceu ao Espírito como na vez anterior, já que estava determinado a subir para lá: “Estou pronto não só para ser preso, mas até para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus” (21:13). Ele resolveu que iria a Jerusalém, ainda que isso lhe custasse a vida. Mesmo advertido por vários irmãos a não subir à capital judaica (vs. 4, 10-12), não cedeu à obstinação natural e foi.
Em Jerusalém, encontrou-se com Tiago e com os presbíteros da igreja (vs. 17-18). Naquela ocasião, estranhamente, nenhuma menção é feita aos apóstolos. Ao que tudo indica, eles não mais estavam em Jerusalém ou já não tinham uma atuação destacada entre os santos.
Paulo narrou com detalhes aos irmãos como Deus agira por meio de seu ministério entre os gentios. Os irmãos o ouviram e deram glória a Deus, mas, logo em seguida, disseram-lhe que muitos judeus que creram foram informados de que ele ensinava todos os judeus entre os gentios a não guardar a lei de Moisés. Sugeriram, então, que Paulo tomasse um voto segundo as práticas do Antigo Testamento (vs. 23-24). Ele aceitou passar sete dias no templo, com outros judeus, num ritual de purificação.
Tudo isso nos serve de prova de como a igreja em Jerusalém acabou permitindo que as práticas da lei judaica e de sua tradição se infiltrassem de maneira profunda entre os irmãos, sufocando os aspectos relacionados à Fé.
Soberanamente, porém, antes que se cumprissem os sete dias da purificação, o Senhor providenciou para que alguns judeus vindos de outras regiões por onde Paulo passara o reconhecessem no templo e provocassem um tumulto. Os judeus queriam matá-lo, mas o comandante da guarda romana interveio e o levou preso. Deus usou esse comandante para salvar a vida de Paulo (vs. 27-28).
Se ele tivesse concluído aquele voto, toda a sua carreira cristã culminaria num grande fracasso. Não fosse a intervenção soberana de Deus, em Jerusalém, Paulo teria anulado todo o investimento feito em seu ministério, e toda a revelação que lhe foi concedida seria perdida e enterrada juntamente com ele em seu sepulcro.


Ponto-chave: Agir em harmonia com o Espírito
Pergunta: Por que Deus não permitiu que se concluísse o ritual de purificação que Paulo se submeteu a passar?

terça-feira, 10 de setembro de 2013

O BOM INÍCIO EM JERUSALÉM / A INFLUÊNCIA DA TRADIÇÃO RELIGIOSA

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 2 - TERÇA-FEIRA

SÉRIE: livro: CHAMADOS PARA PROMOVER A FÉ

MENSAGEM CAPITULO 3 - GUARDAR A FÉ

Leitura bíblica: Mt 24:14,28:18-20;At 1:8,2:21,41,46-47;Tt 1:1;At 15:1,Gl 3:1-3,5:2-4

Ler com oração: Ouviam somente dizer: Aquele que, antes, nos perseguia, agora, prega a fé que, outrora, procurava destruir (Gl 1: 23). logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenha na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim (2:20). Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne? (3: 1-3)

O BOM INÍCIO EM JERUSALÉM / A INFLUÊNCIA DA TRADIÇÃO RELIGIOSA

O bom início em Jerusalém

O Senhor Jesus começou Seu ministério aos trinta anos (Lc 3:23). Para realizar a obra que Lhe fora confiada pelo Pai, Ele chamou doze discípulos, aos quais aperfeiçoou e enviou – por isso foram chamados apóstolos. Após Sua morte e ressurreição, o Senhor lhes concedeu autoridade e os incumbiu de anunciar o evangelho do reino por todo o mundo, começando de Jerusalém até alcançar os confins da terra (Mt 24:14; 28:18-20; At 1:8).
Eles começaram bem no dia de Pentecostes. Por meio da pregação de Pedro, que mostrava a necessidade de invocar o nome do Senhor para serem salvos, houve acréscimo de quase três mil pessoas que foram batizadas no nome do Senhor Jesus (At 2:21, 41). Depois, com uma vida da igreja prevalecente, perseverando unânimes no templo, partindo o pão de casa em casa e tomando suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvavam a Deus e contavam com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, dia a dia lhes acrescentava o Senhor os que iam sendo salvos (vs. 46-47). Conforme a palavra de Deus crescia, até mesmo muitos sacerdotes passaram a obedecer à Fé (6:7).

A influência da tradição religiosa

Pelos registros bíblicos, podemos dizer que os primeiros doze apóstolos não foram totalmente fiéis à comissão que lhes havia sido confiada pelo Senhor e, quando se levantou grande perseguição contra a igreja em Jerusalém, em vez de levar a Fé até os confins da terra, permaneceram ali (8:1). Após isso, já não há registro de que alguém ousasse invocar o nome do Senhor publicamente naquela cidade.
Saulo exterminava em Jerusalém os que invocavam o Senhor, e estes começaram a ser perseguidos também em outros lugares, como em Damasco (9:14, 21). Os apóstolos, por sua vez, pouco a pouco foram sendo subjugados pelos sacerdotes que haviam crido no Senhor, os quais trouxeram para a igreja uma bagagem tradicional muito grande da religião judaica. Em Jerusalém, guardar a lei de Moisés foi se tornando mais importante que guardar a Fé (21:20-21, 24).
O Senhor, contudo, não desistiu de Seu propósito. Para que Sua economia neotestamentária pudesse ser executada, Ele apareceu a Paulo — ainda chamado Saulo —, um dos maiores opositores e perseguidores dos que invocavam o nome de Jesus, e o separou especialmente para anunciar o evangelho de Deus e levar Seu nome perante gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel (At 9:15; Rm 1:1-4).
Paulo se tornou um vaso muito útil, um instrumento nas mãos de Seu possuidor para promover a Fé (Tt 1:1). Ele promovia a Fé objetiva – que é aquilo em que cremos –, cujo conteúdo é a economia neotestamentária de Deus, que vem a ser Seu plano de nos redimir e Se dispensar para nós a fim de nos regenerar com Sua vida divina e nos transformar em filhos maduros para herdar Seu reino.
A situação em Jerusalém se agravou, pois ali não apenas se deixou de guardar a Fé, como também se começou a enviar pessoas especialmente para os lugares onde o evangelho estava sendo pregado, com o intuito de promover a circuncisão e a observância da lei e dos costumes do Antigo Testamento.
Quando se soube em Jerusalém o que Paulo estava pregando, enviaram-se irmãos para Antioquia e para a Galácia, a fim de se impor a circuncisão e a lei de Moisés aos que haviam sido salvos dentre os gentios. Isso trouxe grande perturbação nas igrejas levantadas por Paulo e Barnabé (At 15:1).
Essa interferência dos judaizantes acabou chegando ao conhecimento dos dois, que, depois de contender e discutir com eles, decidiram ir a Jerusalém para esclarecer o assunto.
Em sua primeira viagem, quando pregavam a Fé, Paulo e Barnabé haviam ajudado as pessoas que foram salvas a viver no espírito pela prática de invocar o nome do Senhor. Mas todas aquelas interferências impostas pelos judeus, segundo a tradição religiosa que tinham, poderiam conduzir os novos irmãos a viver em si mesmos, independentes de Deus, a estar sob a lei, desligando-os de Cristo e fazendo-os decair da graça (Gl 3:1-3; 5:2-4). Isso era inadmissível!
Tendo chegado a Jerusalém, Paulo e Barnabé encontraram-se com Tiago – irmão de Jesus –, com os apóstolos e com os presbíteros da igreja. Os apóstolos ainda estavam lá, mas já não havia tanta autoridade entre eles. Aparentemente Tiago se tornara o mais influente (cf. At 15).
Reuniram-se então para decidir a questão. Após algum alvoroço, Pedro deu seu testemunho de como Deus o havia usado para iniciar a pregação do evangelho aos gentios. Barnabé e Paulo, em seguida, deram um relato de como Deus os usara para fazer sinais e prodígios entre os gentios. Tiago, por fim, tomou a palavra e deu seu parecer. Ele propôs que os crentes gentios não fossem perturbados, mas apenas instruídos a guardar-se de quatro coisas julgadas essenciais: das contaminações dos ídolos, das relações sexuais ilícitas, da carne de animais sufocados e do sangue.
Por conseguinte, elaboraram uma carta com essas determinações e a enviaram a Antioquia pelas mãos de Paulo e Barnabé e de mais dois líderes da igreja em Jerusalém: Silas e Judas. Já mencionamos anteriormente que, depois de cumprir sua missão, Judas voltou, mas Silas, guiado pelo Espírito, resolveu permanecer ali (vs. 33-35).
Quando Paulo decidiu fazer sua segunda viagem missionária, escolheu Silas e este o seguiu. Nessa viagem, depois de passar por Filipos, Paulo e Silas foram para Tessalônica e posteriormente para Corinto, onde souberam que os irmãos da Galácia estavam se submetendo à circuncisão e se apartando do evangelho pregado por Paulo. Por causa disso, ele, pouco depois, escreveu aos gálatas.
Nessa epístola, Paulo escreveu um resumo da revelação que obtivera nas regiões da Arábia, quando ainda servia em Damasco (Gl 1:17). Afirmou na carta que o evangelho que anunciava não era segundo o homem (v. 11), e que ele não o havia aprendido de homem algum, nem o havia recebido de homem algum, mas mediante revelação do próprio Senhor Jesus (v. 12). Paulo também escreveu que fora feito apóstolo não por homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai (v. 1). Ele precisou dizer isso porque aqueles judaizantes, cuja origem era Jerusalém, provavelmente estavam espalhando pela região que, por não ter sido enviado de Jerusalém, Paulo não era apóstolo, portanto seu evangelho não era completo.
Ao falar aos gálatas, Paulo os repreendeu dizendo: “Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou [enfeitiçou, segundo o original grego] a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? Quero apenas saber isso de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne?” (3:1-3). Paulo não entendia como eles podiam estar passando tão rápido para outro evangelho; por isso os advertiu fortemente, lembrando-os de que haviam recebido o Espírito, a promessa de Deus a Abraão, por meio da pregação da Fé e não pelas obras da lei (1:23; 2:20).


Ponto-chave: Incumbência de anunciar o evangelho do reino por todo o mundo
Pergunta: Por que Paulo precisou advertir fortemente aos gálatas?