quinta-feira, 8 de agosto de 2013

SEGUIR O ESPÍRITO NOS LEVA A FAZER A VONTADE DE DEUS

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 5 - QUINTA-FEIRA

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 21: A verdade no ministério de Paulo (2 Tm 2:2)

Leitura bíblica:At 15:33-35; 16:6-10; 19:1-12


Ler com oração: Quando te desviares para a direita e quando te desviares para a esquerda, os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra, dizendo: Este é o caminho, andai por ele (Is 30:21).


SEGUIR O ESPÍRITO NOS LEVA A FAZER A VONTADE DE DEUS

Ontem vimos que os líderes da igreja em Jerusalém deram pouca atenção ao discurso de Pedro. O parecer de Tiago foi o que prevaleceu (At 15:19-21). Tendo elaborado uma carta de recomendações que seria lida nas igrejas dos gentios, enviaram dois irmãos, Judas e Silas, para acompanharem Barnabé e Paulo em sua viagem seguinte.
Depois de lerem a carta junto à igreja em Antioquia, Judas retornou para Jerusalém. Silas, todavia, permaneceu ao lado de Paulo e Barnabé em Antioquia (vs. 33-35). A Bíblia não menciona o motivo que levou Silas a permanecer ali, porém cremos que ele tenha percebido que a direção do Espírito estava com Paulo.
Ao prepararem-se para a segunda viagem, com o propósito de visitar os irmãos pelas cidades onde anunciaram o evangelho, Barnabé manifestou o desejo de levar João Marcos com eles. Paulo, por sua vez, recusou-se a levá-lo, e isso gerou tal desavença entre eles que se separaram. Assim, Barnabé seguiu para Chipre, levando Marcos consigo, e Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu para visitar as igrejas da Síria e Cilícia.
Nessa viagem Paulo e Silas se deixaram ser totalmente conduzidos pelo Senhor. Por estarem sensíveis à direção do Espírito, posto que quisessem pregar o evangelho na Ásia, Mísia e Bitínia, e tendo sido impedidos pelo Espírito, desceram para Trôade onde aguardaram o Senhor lhes mostrar o caminho que deveriam seguir (16:6-8).
Naquela noite sobreveio a Paulo uma visão na qual um varão macedônio lhe rogava, dizendo: “Passa à Macedônia e ajuda-nos” (v. 9). E logo após Paulo ter recebido essa visão, imediatamente partiram para a Macedônia, em obediência à direção que o Espírito lhes havia mostrado. O Senhor os abençoou de tal modo que, por onde passaram, mesmo diante dos sofrimentos e de grandes tribulações, muitas pessoas creram no evangelho e foram salvas. Louvado seja o Senhor!
Contudo, quando Paulo partiu para a sua terceira viagem, a situação mudou. Silas, que estivera com ele por toda segunda viagem, já não mais o acompanhava. Ao chegar a Éfeso, Paulo pregou o evangelho para um grupo de pessoas que havia recebido apenas o batismo de João. Paulo os batizou, e logo grande quantidade de pessoas creu no evangelho, por ocasião dos sinais e prodígios realizados por Paulo (At 19:1-8, 11-12).
Apesar de Paulo ter sido comissionado por Deus para pregar o evangelho aos gentios, durante sua permanência em Éfeso, ele também acabou dando muita ênfase às doutrinas e verdades espirituais, discorrendo-as na escola de Tirano por dois anos (vs. 9-10).
Com efeito, Paulo havia sido constituído com a revelação da economia neotestamentária, no entanto não era o desejo de Deus que isso fosse motivo de discussão ou debates. Essas verdades deveriam promover a fé e ajudá-los a crescer na vida de Deus.


Ponto-chave: Ser sensível à voz do Espírito nos revela o caminho que devemos seguir.
Pergunta: Por que Silas não prosseguiu com Paulo em sua terceira viagem?

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O AMBIENTE ADEQUADO PARA OUVIR O FALAR DO ESPÍRITO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 5 - QUARTA-FEIRA

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 21: A verdade no ministério de Paulo (2 Tm 2:2)

Leitura bíblica: At 11:23-26, 29-30; 13:1-3; 15:1-5

Ler com oração: Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres. [...] E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram. Enviados, pois, pelo Espírito Santo (At 13:1-4a).

O AMBIENTE ADEQUADO PARA OUVIR O FALAR DO ESPÍRITO


Por força do arranjo soberano do Senhor, Paulo permaneceu algum tempo em Tarso após ter sido enviado para lá pelos irmãos de Jerusalém. Não sabemos quanto tempo ele permaneceu naquela cidade, todavia cremos que ele já estava sendo aperfeiçoado para a obra. Quando surgiu a igreja em Antioquia, Barnabé foi enviado até lá pelos irmãos que estavam em Jerusalém e, depois de testemunhar a alegria dos irmãos em Antioquia e de exortá-los a permanecerem no Senhor, partiu para Tarso à procura de Paulo e, tendo-o encontrado, levou-o para Antioquia (At 11:23-26).

Eles permaneceram naquela cidade por um ano, servindo aos irmãos e pregando o evangelho às pessoas. Naquele tempo Paulo ainda estava aprendendo com Barnabé a servir o Senhor (vs. 29-30; 12:25). O capítulo 13 mostra que havia na igreja de Antioquia um ambiente saudável, com profetas e mestres servindo ao Senhor com jejum e oração, em comunhão íntima com Ele (vs. 1-2). Por causa desse ambiente positivo e cheio do Espírito, cremos que Paulo cresceu na vida de Deus, aprendendo a viver mais no espírito e a confiar menos em suas razões.

 Ali, ele também foi aperfeiçoado para a obra do ministério, aprendendo a se coordenar com os demais irmãos e a ser um dos profetas e mestres na igreja.
Por estarem no espírito, eles puderam discernir a voz do Espírito Santo, que teve liberdade para dizer: “Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado” (v. 2). O Senhor precisava deles para levar o evangelho aos gentios. Assim, partiram para a primeira viagem ministerial, na qual passaram por muitos lugares e muitas situações perigosas, como tempestades, ondas e naufrágio, porém o Senhor os guardou.

Em Gálatas 3:3 vemos como eles realizavam a obra de Deus. Paulo e Barnabé conduziam as pessoas ao Espírito. Eles pregavam o evangelho e levavam as pessoas a receber o Espírito por meio de invocar o nome do Senhor Jesus (1 Co 1:2; 12:3). Assim eles pregaram o evangelho na Galácia e na Ásia Menor, estabelecendo igrejas por onde passavam.

Entretanto, em Atos 15:1 lemos: “Alguns indivíduos que desceram da Judeia ensinavam aos irmãos: Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos”. Esses judaizantes de Jerusalém perturbavam e confundiam o entendimento dos novos crentes, pois, ao contrário do que Paulo e Barnabé lhes haviam anunciado, ensinavam que não bastava aos gentios crerem no Senhor, impondo-lhes a circuncisão e a observância da lei mosaica como condição para serem salvos (v. 5).

Diante dessa situação, Paulo e Barnabé decidiram ir a Jerusalém, a fim de levar o assunto aos apóstolos e presbíteros da igreja naquela cidade (v. 2). Depois de darem testemunho acerca de tudo que Deus fizera por intermédio deles, deflagrado um grande debate entre todos, Pedro tomou a palavra e lhes falou (vs. 7-11). Infelizmente, nesse tempo o apóstolo Pedro quase não mais exercia liderança na igreja em Jerusalém e, mesmo tendo falado com a sabedoria do Espírito, suas palavras tiveram pouca repercussão. Além disso, havia muitas tradições e conceitos religiosos naquele ambiente.

Essa situação nos revela quão prejudicial são nossos conceitos e tradições, pois nos impedem de ouvir e discernir o falar do Espírito. Devemos sempre esvaziar nosso ser diante do Senhor, em temor e oração, para que possamos atender ao Seu chamado e não ser pedra de tropeço na obra do Senhor.


Ponto-chave: Viver no espírito e servir em coordenação para ouvir o falar do Espírito.
Pergunta: Por que em Atos 15 os líderes da igreja em Jerusalém não foram convencidos pelas palavras de Pedro?

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

EQUIPADOS COM A REVELAÇÃO PARA SERMOS ÚTEIS AO SENHOR

Alimento diário / Semana 5 - terça-feira


SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO

MENSAGEM 21: A verdade no ministério de Paulo (2 Tm 2:2)

 

Leitura bíblica: At 9:20-29; Gl 1:17; 2:16; 3:2-3; 5:16, 25; 2 Co 12:1-4

 

Ler com oração: Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade (2 Tm 2:24-26).
 


EQUIPADOS COM A REVELAÇÃO PARA SERMOS ÚTEIS AO SENHOR

 
Vemos duas linhas ministeriais no Novo Testamento. A primeira linha principal é identificada no ministério dos doze apóstolos e relaciona-se com os ensinamentos do Senhor Jesus durante os três anos e meio em que conviveu com Seus discípulos. Eles receberam as palavras diretamente do Senhor Jesus, que os instruía à medida que O seguiam, utilizando-se das circunstâncias presentes para lhes transmitir lições. O chamamento de Paulo deu origem à segunda linha ministerial, baseada nas visões e revelações que recebeu sobre a economia neotestamentária de Deus.


Conforme vimos nas semanas anteriores, Paulo não havia conhecido o Senhor pessoalmente, pois não era um de Seus discípulos. Ao ser chamado por Deus, Paulo, que era fariseu, possuía apenas o conhecimento acerca das coisas do Antigo Testamento, pois fora instruído aos pés de Gamaliel quanto à exatidão da lei (At 22:3). Por isso Deus precisava equipá-lo com as verdades neotestamentárias, para que ele estivesse apto a realizar Sua obra.


Depois de sua conversão, Paulo foi para as regiões da Arábia (Gl 1:17). Cremos que foi nesse período que Paulo recebeu as revelações que nortearam seu ministério (2 Co 12:1-4). Ao ser arrebatado ao terceiro céu, ao paraíso de Deus, ele recebeu diretamente de Deus as visões e revelações de Sua economia neotestamentária.


O conteúdo dessas revelações foi registrado por Paulo em suas epístolas. Uma parte dessas revelações está na Epístola aos Gálatas, uma das primeiras que escreveu, onde apresentou uma visão geral da economia neotestamentária de Deus. Nessa carta, ele nos mostra que somos justificados pela fé em Cristo e naquilo que Cristo realizou por nós, e não pelas obras da lei (2:16). Pelo ouvir da fé recebemos o Espírito (3:2-3), e agora devemos andar no espírito (5:16, 25) para crescer na vida de Deus e nos tornar os herdeiros da promessa (3:29; 4:1-7).


Depois disso, Paulo retornou para Damasco, onde pregava nas sinagogas (At 9:20). Nesse primeiro momento, por causa de sua persuasão e eloquência, muitos se tornaram seus discípulos, ao passo que outros o odiavam e queriam matá-lo (vs. 22-25). O Senhor não desejava que Paulo tivesse um discipulado, pois queria enviá-lo aos gentios a fim de anunciar-lhes o evangelho. Por ainda ser imaturo, Paulo se envolvia em muitas discussões e contendas, na tentativa de convencer as pessoas das coisas que falava. Por fim, a perseguição dos judeus contra ele forçou-o a fugir de Damasco e, posteriormente, a se retirar de Jerusalém e ir para Tarso (vs. 28-29).


Paulo foi equipado com as visões e revelações da economia neotestamentária de Deus. Ele havia recebido a mais elevada revelação de Deus. Contudo, mesmo tendo obtido o conhecimento destas coisas, a vida de Deus ainda necessitava crescer mais nele. Graças ao Senhor, um pouco antes de ser martirizado, ele escreveu: "Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente" (2 Tm 2:24).


Deus não nos chamou para discutir sobre as verdades com as pessoas, mas para praticá-las. Que essa seja nossa realidade.

 



Ponto-chave: Não discutir sobre as verdades, mas praticá-las.


 
Pergunta: Por que o Senhor precisou revelar Sua economia divina para Paulo?


domingo, 4 de agosto de 2013

O PODER TRANSFORMADOR DA VIDA DE DEUS

ALIMENTO DIÁRIO \ SEMANA 5 - SEGUNDA-FEIRA

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 21: A verdade no ministério de Paulo (2 Tm 2:2)

Leitura bíblica: At 7:58-60; 8:1-3; 9:1-2; 22:3, 16-18; Gl 1:14; Fp 3:5-6





Ler com oração: Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios (Gl 1:15-16a).


O PODER TRANSFORMADOR DA VIDA DE DEUS

Nessa semana adentraremos mais nas revelações apresentadas por Paulo em seu ministério. Antes, porém, é importante vermos a pessoa de Paulo, seu histórico judaizante, o operar do Espírito em sua vida, as revelações recebidas, as experiências vividas em suas viagens ministeriais, bem como o cuidado que ministrava às igrejas.

Paulo, anteriormente chamado Saulo, era um jovem zeloso das tradições de seus pais, que se avantajava a muitos de sua idade (Gl 1:14), sendo instruído por Gamaliel (At 22:3), um dos principais fariseus da época. Em Atos vemos que ele estava presente no momento da morte de Estevão, um dos diáconos da igreja em Jerusalém (6:5). Saulo guardava as vestes dos que o apedrejavam e consentia em sua morte (7:58; 8:1). Ele testemunhou que Estevão, enquanto era apedrejado, invocava e dizia: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito!”, e ainda: “Senhor, não lhes imputes este pecado!” (7:59-60).

Saulo era fariseu extremamente zeloso da lei judaica e se considerava irrepreensível quanto à justiça que há nela (Fp 3:5-6), por isso se tornou o principal perseguidor da igreja. Atos 8:1b descreve: “Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judeia e Samaria”. Todos os cristãos de Jerusalém, exceto os doze apóstolos, tiveram que fugir para as cidades vizinhas. Enquanto isso, Saulo “assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere” (v. 3).

Tendo perseguido e prendido vários cristãos em Jerusalém, “Saulo, respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote e lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém” (At 9:1-2).

Quando, porém, estava a caminho de Damasco, uma forte luz lhe apareceu, fazendo-o cair por terra e deixando-o cego. No meio daquela luz uma voz lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (v. 4). Nesse momento ele certamente percebera que era Deus quem lhe falava e perguntou: “Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (v. 5). Diante disso Saulo compreendeu que, ao perseguir os cristãos, aqueles que invocavam o nome do Senhor Jesus, ele também estava perseguindo o próprio Senhor. Essa experiência mudou sua vida completamente.

Com efeito, Deus queria usá-lo, mas disse-lhe: “Levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer”. Chegando a Damasco, Saulo permaneceu três dias jejuando e orando (vs. 9, 11). Ananias, então, foi enviado por Deus a Saulo para anunciar-lhe Seu propósito (vs. 15-17). Por fim Saulo foi batizado invocando o nome do Senhor (22:16). Saulo, que estava cego até aquele momento, passou a enxergar novamente (v. 18). Depois de algum tempo, pregava ousadamente o evangelho em todo lugar, tornando-se um importante instrumento nas mãos de Deus. Aleluia!

Assim como foi com Saulo, Deus deseja mudar nossa vida, renovar nossa visão, equipar-nos e enviar-nos para pregar o evangelho do reino para todas as pessoas.


Ponto-chave: O Senhor deseja mudar nossa vida e renovar nossa visão.
Pergunta: Por que motivo Deus precisou se apresentar de modo tão intenso para Saulo?

sábado, 3 de agosto de 2013

A MANEIRA ESPONTÂNEA DE NEGAR A VIDA DA ALMA

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 4 - DOMINGO

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 20: Ouro transparente [2] – (2 Pe 1:3-8)
Leitura bíblica: Rm 6:6; 2 Co 5:17; Gl 5:24


Ler com oração: Pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo (2 Pe 1:3-4).

A MANEIRA ESPONTÂNEA DE NEGAR A VIDA DA ALMA

Por permitir que o Senhor trabalhasse nele, Pedro tinha certeza de que receberia louvor, glória e honra na revelação do Senhor, isto é, na Sua volta (1 Pe 1:7). E quanto a nós? Devemos continuar a negar a vida da alma, voltar-nos ao espírito e permitir que o fogo queime todas as impurezas de nosso ser.

A Bíblia nos revela vários fatos espirituais realizados pelo Senhor a nosso favor na cruz. Romanos 6:6 diz: “Sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos”. Em 2 Coríntios 5:17 Paulo nos diz: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”. Em Gálatas 5:24 lemos: “E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências”. Esses feitos realizados pelo Senhor são objetivos, isto é, são fatos que, em muitos aspectos de nosso viver, ainda não se tornaram nossa realidade.

Por isso insistimos que não é fácil negar a vida da alma, negar a si mesmo, tomar a cruz, fazer morrer a carne com suas paixões e concupiscências, e despojar-nos do velho homem com suas práticas. Isso não depende simplesmente de entender os fatos espirituais com a mente e tomar uma decisão com a vontade.

Quando ouvimos essas palavras acerca de negar a nós mesmos, de que nosso velho homem já foi crucificado juntamente com Cristo e que hoje somos uma nova criatura, muitas vezes decidimos: “De hoje em diante, eu vou negar a vida da alma”, pensando que desse modo a vida da alma vai embora. Não! Dia a dia devemos experimentar desses fatos espirituais. O reino foi semeado em nós pela Palavra do Senhor (Mt 13:19). Agora essa semente precisa crescer, e isso leva tempo e requer labor e cuidado. Por um lado, ninguém pode dizer que já foi totalmente transformado e já está crescido; por outro, todos têm esperança, pois a semente está lá. Aleluia, estamos nesse processo!

O modo de experimentar esses feitos do Senhor é voltar-nos ao nosso espírito, onde habita o Espírito da verdade, da realidade. Ele é que torna todos esses fatos espirituais realidade para nós e em nós. Uma maneira simples e eficiente de nos voltar ao espírito é invocar o nome do Senhor Jesus (cf. 1 Co 12:3). O Senhor está trabalhando naqueles que foram regenerados. Eles nasceram de novo, receberam a vida divina e estão no processo de crescimento e transformação a fim de se tornarem filhos maduros. Quando o Senhor terminar essa obra neles, poderão herdar o reino a fim de governar com Ele o mundo que há de vir. Louvado seja o Senhor!


Ponto-chave: Os fatos espirituais não podem tornar-se nossa realidade subjetiva.

Pergunta: Qual é a maneira mais espontânea de negarmos a nós mesmos?

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

O VIVER DE REUNIÕES, FAMILIAR, SOCIAL E A BATALHA ESPIRITUAL

ALIMENTO DIÁRIO \ SEMANA 4 - SÁBADO

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 20: Ouro transparente [2] – (2 Pe 1:3-8)
Leitura bíblica: Jo 10:11-15; At 2:42-47; 1 Pe 2:11-12, 17-20; 3:1-7

Ler com oração: Tratai todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai o rei (1 Pe 2:17).

O VIVER DE REUNIÕES, FAMILIAR, SOCIAL E A BATALHA ESPIRITUAL

Se permitirmos que o Senhor trabalhe em nós e nos transforme nesta era, na revelação de Jesus Cristo receberemos louvor, glória e honra (1 Pe 1:6-7). Isso foi o que Pedro provou e devemos também provar. Pedro era bastante natural, como vemos nos evangelhos, agindo conforme os impulsos de sua alma, mas Deus trabalhou nele a ponto de ele ser transformado: o Pedro que vemos nos evangelhos é bem diferente do Pedro que vemos em suas cartas, pois já havia amadurecido na vida do Senhor.

O viver da igreja é o ambiente em que o Senhor nos transforma, e esse viver é constituído de quatro esferas: as reuniões, o viver familiar, o viver social e a batalha espiritual. Precisamos do viver de reuniões, pois nelas podemos exercitar o espírito, ter comunhão uns com os outros, receber luz coletivamente e nos alimentar da Palavra. Somos um rebanho; não conseguimos viver sozinhos (Jo 10:11-15). Porém a vida da igreja não se limita às reuniões. Não podemos ter um viver nas reuniões e outro em casa, por isso a vida da igreja inclui também a vida familiar: em casa devemos também ruminar a Palavra, orar com nossos familiares e ter momentos de comunhão pessoal com o Senhor a fim de ter intimidade com Ele.

Além desses dois tipos de viver da igreja, devemos também exercitar o espírito e nos voltar a ele na vida social. No trabalho ou na escola, devemos sempre ter bom testemunho e expressar o Senhor tanto em ações como em palavras, pregando o evangelho aos colegas e conhecidos. Além disso, não podemos esquecer que estamos em uma guerra espiritual, batalhando a favor do reino de Deus, e a todo tempo precisamos vigiar e orar, pois o inimigo de Deus não dorme; ele quer nos matar, roubar e destruir para impedir que o reino de Deus se manifeste (Mt 26:41; Jo 10:10, Gl 5:17; Ef 6:12).

Esses quatro aspectos do nosso viver fazem parte da vida da igreja, e em todos eles devemos ter experiências subjetivas da obra transformadora do Senhor em nós, como as que Pedro teve: experiências de ser purificado pelo fogo. Quando nos voltamos ao nosso espírito, o fogo do Espírito pode consumir todas as impurezas.

Apesar de em nós haver ainda muitas impurezas por causa de nossa herança em Adão, isto é, nossa vida da alma caída, o Senhor hoje está ocupado trabalhando em nós. Com o passar do tempo nossa vida da alma vai sendo negada e a vida de Deus vai crescendo até chegar a um ponto em que receberemos o louvor, a glória e a honra.

Que todos nós vivamos a vida da igreja, exercitando o espírito no viver de reuniões, na vida familiar, na vida social e na batalha espiritual a favor do reino de Deus. Aleluia!


Ponto-chave: Viver a vida da igreja no espírito nos conduz ao reino.

Pergunta: A sua vida da igreja tem se limitado apenas às reuniões?

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

VIDA DA ALMA: O EMPECILHO PARA NOSSA TRANSFORMAÇÃO

 Alimento diário / Semana 4 - sexta-feira


SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO

MENSAGEM 20: Ouro transparente [2] – (2 Pe 1:3-8)

Leitura bíblica:
Hb 2:5-7; 4:15; 1 Pe 1:6-7; Ap 21:23

 

Ler com oração: Todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito (2 Co 3:18).
 


VIDA DA ALMA: O EMPECILHO PARA NOSSA TRANSFORMAÇÃO

 
Deus quer tornar-nos úteis para Seu reino e nos entregar o governo do mundo que há de vir, por isso, hoje, Ele está nos preparando (Hb 2:5). O homem foi criado para ir ao encontro da necessidade de Deus. Porém, para governar o mundo que há de vir, o homem precisa ter seu problema resolvido: a natureza caída herdada de Adão, que o leva a cometer todos os tipos de pecado e a ser independente de Deus.


Mateus 1:1 diz que o Senhor Jesus era descendente de Davi. Ao nascer de Maria, Ele se revestiu da natureza humana, participando de carne e sangue, semelhante a nós, porém sem pecado (Hb 2:14; 4:15). Então, mesmo sendo Filho, o Senhor aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu (5:8), submetendo-se à vontade do Pai, a ponto de morrer na cruz por nós. Ele sabia que o que mais atrapalha o homem de fazer a vontade do Pai é o velho homem, o ego, o homem natural, ou seja, a vida da alma!


O objetivo do Senhor, portanto, após nascermos de novo, é Se trabalhar em nós a fim de eliminar a vida da alma caída. Então Pedro, checando seu viver, se deu conta de que, para isso ocorrer, precisava do fogo (1 Pe 1:6-7). Se nossa meta é crescer na vida divina, precisamos eliminar a vida da alma por meio do fogo. Ninguém vai levar a vida da alma para o reino. Deus trabalha em nós na era presente, por isso precisamos render-nos ao Senhor para que Ele a elimine com o fogo que há em nosso espírito.


Na vida da igreja servimos uns aos outros e, de vez em quando, expressamos nossa vida natural por meio de opiniões, preferências e pontos de vista. Nossa vida da alma está lotada de opiniões! Agir segundo a vida natural nos causa sofrimentos, provações e tribulações, porém não são os sofrimentos que nos irão transformar (todos os seres humanos sofrem e nem por isso são transformados à imagem de Deus), e sim, negar a vida da alma, por meio de nos voltar ao espírito. Toda vez que fazemos isso, um pouco mais da vida da alma é eliminada e mais da vida divina é acrescentada.


Embora seja fácil falar sobre isso, não é fácil aprender essa lição! Por isso devemos invocar o tempo todo: "Ó Senhor Jesus! Ó Senhor Jesus! Ó Senhor Jesus!". Quando a Bíblia diz que quem invocar o nome do Senhor será salvo, não se refere apenas à salvação inicial, à regeneração, mas à salvação completa, isto é, a transformação de nossa alma nesta era. Ao invocar, entramos no espírito, no qual habita o Espírito de Deus, e Nele encontramos o fogo, que espontaneamente queima todas as impurezas. Aleluia.


Em Hebreus 2:6, lemos: "Que é o homem, que dele te lembres?". Nesta era, ou seja, por pouco tempo, o ser humano é menor do que os anjos, mas Deus tem um alvo para esse homem que foi corrompido com a natureza pecaminosa: trabalhar nele continuamente até que ele seja coroado de glória e de honra (v. 7). Ele faz isso removendo nossa vida da alma, isto é, nosso velho homem, e infundindo em nós mais de Sua vida e natureza. Por meio do trabalhar do Espírito e do infundir da vida divina, no aspecto positivo, e do queimar do fogo, no aspecto negativo, somos transformados na imagem do Senhor, dia a dia e de glória em glória (2 Co 3:18). Como a imagem gloriosa do Senhor, seremos a nova Jerusalém, radiando luz por toda a eternidade (Ap 21:23).

 



Ponto-chave: Transformação da alma.


Pergunta: Que lição devemos aprender sobre a transformação de nossa alma?
 

OPORTUNIDADES PARA QUE A VIDA DIVINA CRESÇA EM NÓS

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 4 - QUINTA-FEIRA

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 20: Ouro transparente [2] – (2 Pe 1:3-8)
Leitura bíblica: Gn 2:10-12; Ap 21:18, 24-25


Ler com oração: Se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará (1 Co 3:12-13).


OPORTUNIDADES PARA QUE A VIDA DIVINA CRESÇA EM NÓS

Além da vida humana que recebemos de nossos pais, obtivemos outra vida por meio do novo nascimento: a vida divina: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1 Pe 1:3). Quando recebemos o Senhor, a vida divina que entrou em nós (Jo 1:12-13) ainda é em pequena proporção, como uma semente (1 Pe 1:23), mas temos uma viva esperança de que essa vida crescerá e que o Senhor fará surgir oportunidades nas quais as impurezas em nós serão removidas. Essa viva esperança é que um dia receberemos uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para nós (v. 4).

O versículo 5 diz que somos “guardados pelo poder de Deus, mediante a fé para a salvação preparada para revelar-se no último tempo”. Essa será nossa salvação completa: teremos nosso espírito, alma e corpo salvos. Contudo o versículo 6 diz que no presente precisamos aprender várias lições: “Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações”. Essa é a etapa de nossa jornada cristã pela qual todos precisamos passar; é a etapa do cadinho. É dessa forma que seremos apurados, refinados, purificados das impurezas, por isso, por breve tempo, seremos contristados por várias provações.

O ouro transparente da nova Jerusalém será o resultado do trabalhar da vida divina em nós. Uma vez refinados pelo fogo, isto é, pela obra transformadora do Espírito em nós, seremos mais preciosos do que o ouro perecível. Essa preciosidade é completamente diferente do ouro que conhecemos hoje. Na eternidade futura, a nova Jerusalém será uma cidade de ouro puro, semelhante a vidro límpido (Ap 21:18). Se o ouro da nova Jerusalém fosse o que conhecemos hoje, opaco, pelo qual não passa luz, como a cidade poderia iluminar todas as nações em volta (vs. 24-26)? Seria impossível! Porém esse ouro será muito especial, será transparente e puro, demonstrando o resultado do trabalhar do Senhor em nós.

A primeira vez que o ouro é mencionado na Bíblia é em Gênesis 2:10-12: “E saía um rio do Éden para regar o jardim e dali se dividia, repartindo-se em quatro braços. O primeiro chama-se Pisom; é o que rodeia a terra de Havilá, onde há ouro. O ouro dessa terra é bom; também se encontram lá o bdélio e a pedra de ônix”. O versículo 12 diz que o ouro dessa terra era bom. Ele prefigura a nossa experiência de provar o purificar do Senhor como o ouro é purificado pelo fogo que remove as impurezas. O produto final é um ouro especial, mais precioso que ouro perecível, um ouro transparente.

O rio Pisom prefigura o rio da água da vida que flui até a nova Jerusalém. Por meio do fluir do rio da vida e o trabalhar do Senhor em nós, recebemos “o ouro” não perecível e somos transformados em “pedras preciosas”, que por fim comporão a nova Jerusalém. Isso ocorrerá na revelação de Jesus Cristo e redundará em louvor, glória e honra.


Ponto-chave: Refinados, purificados e transformados.
Pergunta: Qual será o resultado do trabalhar de Deus e do queimar do Espírito em nosso ser?

quarta-feira, 31 de julho de 2013

O FOGO DO ESPÍRITO COMO SOLUÇÃO DEFINITIVA PARA A VIDA NATURAL

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 4 - QUARTA-FEIRA

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 20: Ouro transparente [2] – (2 Pe 1:3-8)
Leitura bíblica: Gn 2:11-12; 1 Co 3:12; Ap 21:18

Ler com oração: Para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo (1 Pe 1:7).


O FOGO DO ESPÍRITO COMO SOLUÇÃO DEFINITIVA PARA A VIDA NATURAL

Não é muito eficaz eliminar a vida da alma simplesmente por meio de sofrimentos. O passar por tribulações em si não é o que nos transforma, e sim voltar-nos ao nosso espírito, onde habita o Espírito do Senhor. Nesses momentos de sofrimento e provação, é o Espírito que opera em nós, e não o sofrimento em si. Se não nos voltamos ao Espírito que habita em nosso espírito, vamos simplesmente usar nossa força natural para tentar melhorar a nós mesmos. Isso pode ter algum efeito temporário, porém, após passar o sofrimento, voltamos a ser o que éramos antes.

Por isso, em sua primeira epístola, Pedro diz que, quando somos contristados por várias provações, devemos exultar, pois essas provações do presente são por breve tempo e ocorrem se necessário. Depois, uma vez confirmado o valor da nossa fé, que é muito mais precioso do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redundará em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo (1 Pe 1:6-7).

Nossa vida da alma é forte. Quando, ela se manifesta e somos iluminados, percebemos que ela ainda está muito ativa e espontaneamente tentamos suprimi-la por nós mesmos. Decidimos não mais agir daquela forma ou pensar de certa maneira, mas de repente ela se manifesta de novo, pois esse é nosso ser natural. Essa é nossa história onde quer que estejamos. A solução, o segredo, é nos voltarmos ao espírito, onde há o fogo do Espírito que pode queimar a vida da alma. Louvado seja o Senhor!

Dentre os mais de cem elementos químicos, o ouro é um dos que tem alta temperatura de fusão. Para que o ouro seja refinado, o minério ainda impuro é colocado num receptáculo chamado “cadinho”, que é posto no fogo, em altíssima temperatura, acima de mil graus Celsius. Nesse ponto o ouro se funde. Visto que o ouro é um metal pesado e os demais metais são relativamente mais leves, o ouro permanece no fundo do cadinho e os demais sobem e podem ser retirados.

Todos nós precisamos ter a experiência de passar pelo fogo. Esse fogo está em nosso espírito, portanto, quando estamos no espírito, o fogo começa a operar e separar as impurezas em nosso ser natural. Uma vez removidas, o que resta é o “ouro”, isto é, a natureza divina.

O ouro físico nunca é cem por cento puro, e Pedro o chama de ouro perecível, mas o ouro na Bíblia refere-se à natureza divina. Ele é mencionado em Gênesis 2:11-12,

1 Coríntios 3:12 e Apocalipse 21:18. É a esse ouro – a natureza divina em nós – que Pedro se refere quando menciona o valor aumentado da fé após ser apurada por fogo: “Para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais precioso do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” (1 Pe 1:7 lit.). É esse “ouro” que devemos desejar!


Ponto-chave: A fé provada é como ouro depurado.

Pergunta: Como pode sua velha natureza caída tornar-se como ouro puro?

terça-feira, 30 de julho de 2013

AQUELE QUE PERSEVERAR ATÉ O FIM SERÁ SALVO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 4 - TERÇA-FEIRA

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 20: Ouro transparente [2] – (2 Pe 1:3-8)
Leitura bíblica: Sl 32:1-5; 51:1-10, 17


Ler com oração: Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança (Tg 1:2-3).

AQUELE QUE PERSEVERAR ATÉ O FIM SERÁ SALVO

Pedro descobriu que o Espírito e o fogo andam juntos, por isso, em sua primeira epístola, ele escreve que “uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” (1 Pe 1:7). Pedro percebeu que, quando se voltava ao espírito, esse fogo consumia sua vida natural. Em seu viver, ele reconhecia que sua vida da alma era muito forte. Embora tivesse tentado eliminá-la, ela voltava. Quando, porém, viu acerca do Espírito Santo e do fogo, ele descobriu o segredo. Era como se dissesse: “Basta estar no espírito, porque aí há fogo. Quando estou no espírito, há um fogo no meu interior que pode queimar minha vida da alma”.
Ninguém gosta da sensação de ser queimado no fogo. Não é nada confortável, mas, ao entender esse aspecto da obra transformadora do Senhor, assim como Pedro, podemos exultar, porque entendemos o benefício de estar no espírito: nele está o Espírito Santo e o fogo. Assim, ao nos voltarmos ao espírito, as impurezas de nossa alma são queimadas.
Certa vez um irmão deu testemunho dizendo que percebia que sua vida da alma era muito forte. Um dia ele ficou bastante enfermo e, como todos nós quando temos uma enfermidade grave, sua primeira reação foi de se arrepender diante do Senhor. Após esse arrependimento, ele apresentou uma boa recuperação.
Passado um tempo, ele piorou novamente e orou: “Ó Senhor, eu já me arrependi, já confessei diante de Ti. Será que ainda há algo dentro de mim relacionado à minha vida da alma?”. E o Espírito Santo lhe mostrou que sim. Ainda no leito do hospital, ele mais uma vez confessou e se arrependeu de novo. Nessa segunda confissão, seu arrependimento foi mais profundo do que da primeira vez. Depois disso, ele voltou a melhorar.
Tempos depois, ele ficou ruim pela terceira vez. Nesse momento ele reconheceu que não havia confessado o suficiente e o fez de forma ainda mais profunda, e o Senhor o perdoou novamente. A seguir ele testificou: “Eu sofri e neguei a vida da alma; sofri de novo e neguei mais uma vez. Porém, passado um tempo, percebi que a vida da alma ainda estava lá”.
Não desanimemos, pois nossa alma caída certamente será transformada pelo Senhor. Mas é importante sabermos que, mesmo tendo passado por situações que nos fizeram negar a nós mesmos, não obtivemos “diploma” por isso. Cada situação é uma nova oportunidade de negar a vida da alma. Isso ocorrerá até a volta do Senhor. Por isso o Senhor diz que “aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo” (Mt 10:22; 24:13).


Ponto-chave: Render-se cada dia à obra transformadora do Espírito.
Pergunta: Que lições você tirou do testemunho apresentado hoje?

segunda-feira, 29 de julho de 2013

A EXPERIÊNCIA DE PEDRO AO LIDAR COM A VIDA DA ALMA

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 4 - SEGUNDA-FEIRA

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 20: Ouro transparente [2] – (2 Pe 1:3-8)
Leitura bíblica: Mt 3:11; 1 Pe 1:6-7; 4:12-13


Ler com oração: Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação (2 Co 4:17).

A EXPERIÊNCIA DE PEDRO AO LIDAR COM A VIDA DA ALMA

O Espírito Santo nos tem levado a seguir a linha do Espírito e da vida do ministério do apóstolo João em sua maturidade. Em idade bastante avançada, João se lembrou do tempo em que esteve com Pedro e também de suas experiências.

A vida da alma de Pedro era extremamente forte, e, na fase inicial de sua caminhada com o Senhor, ele teve de lidar com ela por meio de sofrimentos. Por fim, se deu conta de que os sofrimentos não eram suficientes para eliminá-la por completo, uma vez que enquanto sofria, aparentemente a vida da alma desaparecia por algum tempo, mas isso não era duradouro, pois, passados os sofrimentos, ela se tornava forte novamente.

Assim como Pedro, temos o mesmo problema. Embora ninguém queira que a vida da alma permaneça sendo uma barreira ou estorvo para a obra do Senhor, definitivamente sabemos que ela é difícil de ser extraída de nosso ser.

Quando agimos impulsionados pela nossa vida da alma, não cumprimos a vontade de Deus. Por isso ela deve ser eliminada pelo fogo que nos purifica (1 Pe 4:12). Em Mateus 3:11, João Batista afirma que o Senhor batizaria com o Espírito Santo e com fogo. Embora o termo “fogo” nesse versículo seja entendido por muitos estudiosos como o fogo inextinguível, citado no versículo seguinte, a conjunção “e” indica que, mesmo os que foram batizados com o Espírito Santo, também precisam passar pelo batismo com fogo. Esse fogo se refere à obra transformadora do Espírito em nossa alma nesta era.

Em sua primeira epístola Pedro fala do fogo duas vezes. A primeira está em 1:6-7: “Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo”. Nesse trecho, ele se refere às provações que sofremos como um modo de o Senhor apurar nossa fé, assim como o fogo apura o ouro. Em estado natural, o ouro contém impurezas que precisam ser retiradas para que ele se torne de grande valor. Isso se dá aquecendo-o a uma temperatura de mais de mil graus Celsius. Quando isso ocorre, ele se torna líquido e, por ser um metal de grande densidade, deposita-se no fundo, e as impurezas vêm à tona e podem ser retiradas.

A segunda vez em que Pedro escreve sobre o fogo está em 4:12-13, onde lemos: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando”. As provas pelas quais o Senhor permite que passemos não são coisa extraordinária; pelo contrário, são parte da obra do Senhor em nós, ao nos fazer participantes dos Seus sofrimentos nesta era.

Se nos alegramos nos sofrimentos, que são leves e momentâneos quando comparados ao eterno peso da glória que receberemos (2 Co 4:17), na volta do Senhor iremos nos alegrar com exultação. Que bênção ser trabalhados pelo Senhor nesta era!


Ponto-chave: Não estranhar o fogo das provações.

Pergunta: Em meio às provações, você percebe que o Senhor quer trabalhar em você e transformá-lo?

domingo, 28 de julho de 2013

TRANSFORMADOS EM OURO TRANSPARENTE PELO FOGO DO ESPÍRITO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 3 - DOMINGO

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO

MENSAGEM 19: Ouro transparente [1] – (Gn 2:10-12a; 1 Pe 1:7; Ap 21:18, 21)
Leitura bíblica: Mt 3:11; 1 Co 13:11; 1 Pe 1:6-7


Ler com oração: Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro (1 Jo 3:2-3). As doze portas são doze pérolas, e cada uma dessas portas, de uma só pérola. A praça da cidade é de ouro puro, como vidro transparente (Ap 21:21).


TRANSFORMADOS EM OURO TRANSPARENTE PELO FOGO DO ESPÍRITO

O batismo com Espírito Santo e com fogo é realizado pelo Senhor Jesus. Quando cremos em Seu nome, somos batizados com o Espírito, recebendo-O para dentro de nosso espírito humano (1 Co 12:13). A partir de então, em nosso interior temos o Espírito Santo e também o fogo. Todas as vezes que nossa vida da alma se manifesta, podemos exercitar nosso espírito e nos arrepender, e, dessa maneira, experimentar o fogo do Espírito queimando as impurezas da nossa alma. Com o fogo, a vida da alma é consumida, eliminada. Assim, já não é tão fácil sermos influenciados pelo orgulho, justificativas e opiniões da alma, mas estamos livres para avançar com o Senhor. Por isso experimentar o batismo com fogo é tão importante para nós!

Pedro descreve a experiência de ser batizado com fogo na seguinte passagem: “Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” (1 Pe 1:6-7).

Por várias vezes, Pedro experimentou o fogo do Espírito queimando as impurezas de sua alma. Como resultado, ele não mais reincidia nos mesmos problemas relacionados ao ego, mas permitia que Deus produzisse algo precioso em seu interior: a fé subjetiva, cujo valor é muito mais precioso do que o ouro perecível. Assim como Pedro, nós também devemos permitir que o fogo do Espírito consuma as impurezas da alma e abra caminho para a vida de Deus crescer.

Se praticarmos essa palavra, o resultado final será maravilhoso, pois na vinda do Senhor seremos coroados de louvor, glória e de honra. O louvor corresponde à aprovação do Senhor, que se agradará de nossa pessoa; a glória se refere a entrar em Seu reino; a honra, por sua vez, consiste na autoridade que receberemos para reinar com Cristo no mundo que há de vir. Então, na nova Jerusalém, seremos como o ouro transparente, puro e límpido para expressar a glória de Deus. Essa é a nossa viva esperança!


Ponto-chave: O valor da fé se torna mais precioso quando as impurezas da alma são queimadas pelo Espírito.

Pergunta: Como ocorre o processo de purificação pelo fogo do Espírito?

sábado, 27 de julho de 2013

O EXERCÍCIO DE NEGAR A SI MESMO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 3 - SÁBADO

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 19: Ouro transparente [1] – (Gn 2:10-12a; 1 Pe 1:7; Ap 21:18, 21)
Leitura bíblica: Mt 16:22-23; 17:4-5, 24-27



Ler com oração: Sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para salvação preparada para revelar-se no último tempo. Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações (1 Pe 1:5-6).

O EXERCÍCIO DE NEGAR A SI MESMO

Pedro é um dos principais exemplos da Bíblia sobre a questão de negar a vida da alma. Durante o tempo em que acompanhou o Senhor Jesus, Pedro cometeu muitos erros, mas essas situações foram utilizadas pelo Senhor para transmitir lições a ele mesmo e aos demais discípulos. Pedro tinha muitos defeitos e dificuldades, mas, como negou a si mesmo e perseverou em seguir o Senhor, a vida de Deus cresceu em seu interior. Pedro não frequentou uma escola para aprender a negar a si mesmo; esse aprendizado ocorreu na prática, no dia a dia.

No início de nossa vida cristã, quando fomos regenerados, a vida de Deus entrou em nosso espírito. Em nossa alma, porém, ainda estávamos cheios de nossos próprios pensamentos e interesses. Por termos a alma ocupada com outras coisas, a vida divina não encontrava espaço para se expandir em nós. Então, no viver da igreja, aprendemos, pouco a pouco, a nos esvaziar. Assim o Senhor tem caminho para acrescentar mais de Sua vida em nós.

O exemplo de Pedro mostra que não importa quão forte seja a nossa vida da alma, se estamos participando ativamente no viver da igreja, praticando a Palavra, há esperança para nós! Pedro cresceu em vida ao negar a si mesmo, e nós também podemos crescer. Mesmo que consideremos que nossa vida da alma seja a mais difícil de lidar, o exemplo positivo de Pedro nos encoraja a prosseguir.

Antigamente, pensávamos que o sofrimento era a única maneira de negarmos a vida da alma. Nosso antigo conceito nos levava a considerar que orações feitas em meio a tribulação eram as mais eficazes para nos fazer negar a nós mesmos. Todavia, pela experiência, sabemos que, quando o sofrimento cessa, muitas vezes nossa disposição retrocede à condição anterior e voltamos a ser influenciados pela vida da alma. Graças a Deus, porém, a experiência de Pedro nos ajuda a perceber que o fogo do Espírito tem maior eficácia para purificar nossa alma, sempre que nos arrependemos, e nos fazer crescer em vida.


Ponto-chave: Dar espaço para que a vida de Deus cresça.

Pergunta: O que as experiências de Pedro trazem como lição para nós?

sexta-feira, 26 de julho de 2013

NEGAR A NÓS MESMOS, AMAR OS IRMÃOS E TER ESPERANÇA NO REINO DOS CÉUS

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 3 - SEXTA-FEIRA

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO

MENSAGEM 19:

 Ouro transparente [1] – (Gn 2:10-12a; 1 Pe 1:7; Ap 21:18, 21)

Leitura bíblica: Mt 16:24; Ef 4:11-12; 2 Pe 1:5-7


Ler com oração: Damos sempre graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vós, desde que ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que tendes para com todos os santos; por causa da esperança que vos está preservada nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho (Cl 1:3-5).

NEGAR A NÓS MESMOS, AMAR OS IRMÃOS E TER ESPERANÇA NO REINO DOS CÉUS

Após a regeneração, o Senhor nos aperfeiçoa e continua acrescentando Sua vida em nós. À medida que negamos a nós mesmos e O seguimos, Ele trabalha em nosso interior. Seu desejo é que cresçamos até a plenitude, a ponto de sermos coroados de glória e honra no reino dos céus. Temos essa esperança conforme a Palavra do Senhor. Mas, para que a alcancemos, devemos permitir que Ele nos aperfeiçoe e trabalhe em nós.

O trabalhar contínuo de Deus sobre nossa pessoa ocorre no ambiente da vida da igreja. É no viver da igreja que somos aperfeiçoados e participamos da edificação do Corpo de Cristo (Ef 4:12-16). É nesse viver de comunhão, serviço e coordenação com outros irmãos que aprendemos a negar a nós mesmos e amar todos os filhos de Deus.

Isso foi apresentado pelo Senhor Jesus no capítulo 16 do Evangelho de Mateus. Ali temos não apenas a revelação de Cristo como o Filho do Deus vivo e da igreja, mas também nos é revelado o item mais importante para o viver da igreja: negar a nós mesmos para segui-Lo (v. 24).

Pedro experienciou essa palavra e, em sua maturidade, registrou a maneira de a praticarmos: “Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1 Pe 1:22). Quando obedecemos à verdade, estamos negando a nós mesmos. Quanto mais negamos a vida da alma, mais recebemos da vida e do amor de Deus; como resultado, espontaneamente nós amamos os irmãos e assim participamos da edificação do Corpo de Cristo, a qual só pode ocorrer na esfera do amor (Ef 4:16). O Senhor deseja que prossigamos nesse caminho até estarmos plenos de Sua vida. Essa é a maneira de alcançarmos a viva esperança para a qual fomos regenerados.

O Senhor nos preparou uma herança, que é o reino vindouro, conforme vimos em Hebreus 2:5-7: “Pois não foi a anjos que sujeitou o mundo que há de vir, sobre o qual estamos falando; antes, alguém, em certo lugar, deu pleno testemunho, dizendo: Que é o homem, que dele te lembres? Ou o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste e o constituíste sobre as obras das tuas mãos”.

Embora atualmente a terra esteja debaixo da influência do príncipe deste mundo, o desejo de Deus é restaurar o governo da terra à normalidade. Nos dias de hoje vemos violência e corrupção em toda a parte, mas em Sua vinda o Senhor estabelecerá Seu reino de justiça e paz. Ele entregará esse reino aos filhos de Deus que houverem crescido na vida divina e tenham sido aperfeiçoados. Hoje ainda somos menores que os anjos, mas, com o crescimento da vida de Deus, um dia receberemos honra e autoridade para governar o mundo que há de vir. Que busquemos dia a dia praticar a palavra que temos ouvido, a fim de alcançarmos a viva esperança: o reino dos céus.


Ponto-chave: Ser trabalhado por Deus para alcançar a viva esperança.

Pergunta: Qual é a relação entre amar os irmãos e negar a vida da alma?

quinta-feira, 25 de julho de 2013

A VIVA ESPERANÇA QUE PROVÉM DA REGENERAÇÃO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 3 - QUINTA-FEIRA

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 19: Ouro transparente [1] – (Gn 2:10-12a; 1 Pe 1:7; Ap 21:18, 21)
Leitura bíblica: Jo 3:1-3; Rm 8:21; Fp 3:21; 1 Pe 1:3-4


Ler com oração: Fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente (1 Pe 1:23). Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória (Cl 3:4).


A VIVA ESPERANÇA QUE PROVÉM DA REGENERAÇÃO

O registro de João acerca da regeneração, ao relatar o diálogo entre Nicodemos e o Senhor Jesus (Jo 3:1-3), é cronologicamente posterior ao que Pedro também já havia escrito sobre esse tema. De acordo com o evangelho de João, regeneração significa nascer de novo para entrar no reino de Deus. Pedro, anteriormente, já havia mencionado esse assunto segundo sua própria experiência, conforme lemos: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1 Pe 1:3).

De acordo com o que Pedro escreveu a regeneração provém da vida de Deus, que se tornou disponível para nós após a ressurreição do Senhor Jesus. Ao sermos regenerados, recebemos a vida divina dentro de nós. Com isso, uma semente incorruptível foi plantada em nosso interior: “Pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente” (v. 23).

Podemos receber a vida divina ao crer na viva Palavra de Deus. É nesse momento que a semente divina é plantada em nosso interior e se torna uma viva esperança, com um objetivo: “Para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo” (1 Pe 1:4-5).

Isso significa que a regeneração é apenas o passo inicial para entrarmos no reino dos céus. Após sermos regenerados, precisamos cuidar para que a vida divina cresça em nós, ocupando nossa alma e todo o nosso ser. Isso ocorre quando negamos a nós mesmos e, dia a dia, tomamos a cruz para seguir o Senhor. Se perseverarmos em negar a vida da alma, estaremos aptos a participar da salvação preparada para revelar-se no fim dos tempos. Assim, quando o Senhor voltar, todo o nosso ser será glorificado, alcançando a plena redenção (Rm 8:21; Fp 3:21; Cl 3:4). É isso o que Deus tem preparado para nós.


Ponto-chave: A vida divina precisa se expandir para todo o nosso ser.

Pergunta: Qual é o passo inicial para entrarmos no reino?

quarta-feira, 24 de julho de 2013

SILAS, UM VERDADEIRO COMPANHEIRO ESPIRITUAL

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 3 - QUARTA-FEIRA


SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO

MENSAGEM 19: Ouro transparente [1] – (Gn 2:10-12a; 1 Pe 1:7; Ap 21:18, 21)
Leitura bíblica: At 15:22-27, 32-40; 16:6-34; 2 Co 1:19; 1 Ts 1:1; 2 Ts 1:1





Ler com oração: Todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus (Rm 8:14). Por meio de Silvano, que para vós outros é fiel irmão, como também o considero, vos escrevo resumidamente, exortando e testificando, de novo, que esta é a genuína graça de Deus; nela estai firmes (1 Pe 5:12).

SILAS, UM VERDADEIRO COMPANHEIRO ESPIRITUAL

Ao pregar o evangelho, Paulo contou com a cooperação de Silas (ou Silvano – vide: 2 Co 1:19; 1 Ts 1:1; 2 Ts 1:1) que, posteriormente, também cooperou com Pedro em seu ministério (1 Pe 5:12).

Silas era um irmão notável da igreja em Jerusalém que foi enviado a Antioquia, juntamente outro irmão da mesma igreja, Judas, a fim de acompanhar Paulo e Barnabé na leitura de uma carta enviada às igrejas dos gentios (At 15:24-27). Após cumprida a missão, Judas retornou a Jerusalém, mas Silas permaneceu em Antioquia, cooperando com Paulo (vs. 32-34). Provavelmente o Espírito direcionou Silas a tomar essa decisão, levando-o a perceber que o Senhor tinha comissionado Paulo com o ministério neotestamentário.

Silas foi escolhido por Paulo para acompanhá-lo na segunda viagem ministerial, após este e Barnabé terem discordado sobre levar João Marcos para essa jornada. Por causa do desentendimento que houve entre eles, Barnabé se separou de Paulo e seguiu viagem com João Marcos para Chipre (vs. 36-40), enquanto Paulo foi acompanhado por Silas.

Durante essa viagem, Paulo e Silas estavam sensíveis ao direcionamento do Espírito, logo, tudo o que fizeram foi aprovado pelo Senhor. Quando o Espírito os proibia de ir a determinada direção, eles obedeciam; quando o Espírito revelava o caminho a seguir, Eles procuravam partir imediatamente para aquele destino (16:6-10). Nesse contexto, Paulo e Silas cruzaram o mar, chegaram à Europa e estabeleceram a igreja em Filipos, nas regiões da Macedônia. Ali experimentaram a graça do Senhor ao visitarem um lugar de oração, junto ao rio, onde uma mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, se converteu, bem como toda sua casa. Após serem todos batizados, ela constrangeu Paulo, Silas e os demais cooperadores a permanecer em sua casa (vs. 13-15). Além disso, Paulo e Silas tiveram uma experiência vitoriosa na prisão, onde o carcereiro se converteu e a salvação de Deus alcançou toda a sua família (vs. 24-34).

Paulo e Silas ainda seguiram viagem para as regiões da Acaia, onde levantaram igrejas em Tessalônica e Corinto (17:1-2; 18:1-5). Essas igrejas eram ricas em bens materiais. No caminho de volta, não sabemos por que Paulo passou por Jerusalém para saudar a igreja ali, de onde, então, retornou para Antioquia (v. 22).

A partir disso, Silas não mais acompanhou a Paulo em sua terceira viagem. Provavelmente ele sentiu, pelo espírito, que não deveria voltar para Jerusalém e que o ministério incumbido por Deus a Paulo era destinado aos gentios, e não aos judeus.

Silas reaparece novamente nos registros bíblicos, cooperando com Pedro em seu ministério na Babilônia. Ele se tornou seu companheiro espiritual, e é muito provável que ambos compartilhassem da mesma experiência com a palavra revelada. Pedro deve ter recebido alguma ajuda espiritual de Silas, a quem chamou de fiel irmão, para escrever sua epístola. Nessa época, Pedro já havia alcançado a maturidade na vida de Deus, por ter sido provado várias vezes pelo fogo do Espírito (Mt 3:11).


Ponto-chave: Seguir o sentimento do Espírito para cooperar na obra do ministério.

Pergunta: Como você descreve a cooperação de Silas no ministério neotestamentário?

terça-feira, 23 de julho de 2013

O PERIGO DE TER OS PRÓPRIOS DISCÍPULOS

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 3 - TERÇA-FEIRA

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 19: Ouro transparente [1] – (Gn 2:10-12a; 1 Pe 1:7; Ap 21:18, 21)
Leitura bíblica: Mt 9:14;11:5-6;14:3-11; Jo 3:22-26; At 9:20-25


Ler com oração: A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus. Nem sereis chamados guias, porque um só é vosso Guia, o Cristo. Mas o maior dentre vós será vosso servo. Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado (Mt 23:9-12).

O PERIGO DE TER OS PRÓPRIOS DISCÍPULOS

Deus incumbiu Paulo de transmitir a Fé objetiva (isto é, o conteúdo da economia neotestamentária de Deus), aos irmãos, até que essa Fé se tornasse subjetiva, sendo praticada por eles. Paulo fez o melhor que pôde para transmitir essa revelação, mas, porque possuía muitos argumentos, vencia as discussões com os judeus e, com isso, começou a lograr destaque pessoal em sua obra. Nesse contexto, não demorou a surgir um grupo de admiradores que se tornaram seus discípulos em Damasco.

No passado, isso também havia acontecido com João Batista. Ele era um grande profeta e falava com muita eloquência, de sorte que passou a ser seguido por um grupo particular de discípulos. No início de seu ministério, contudo, ele admitia que estava aguardando o Messias e que ele mesmo não era o Messias, mas apenas realizava o batismo com água para arrependimento, para preparar o caminho para a vinda Dele. Como precursor do Senhor, João não se considerava digno nem de levar Suas sandálias. Segundo suas próprias palavras, João Batista considerava o Senhor Jesus superior, pois batizaria as pessoas com o Espírito Santo e com fogo.

O Senhor Jesus veio para cumprir toda a justiça de Deus, isto é, fazer o que o Pai determinara. Por isso, antes de iniciar Seu ministério terreno, o Senhor foi até João Batista para ser batizado. Isso o impressionou e o levou a dizer que ele, João, é que deveria ser batizado pelo Senhor Jesus. Embora suas palavras fossem belas, ele não procedeu assim. Como precursor, naquele momento, João deveria ter encerrado seu ministério para seguir o Senhor, mas não o fez. Antes, manteve seu próprio ministério e discipulado, paralelamente ao ministério do Senhor. Embora dois de seus discípulos o tenham deixado para seguir Jesus, o próprio João Batista preservou seu grupo (Jo 3:22-26). Posteriormente, esse mesmo grupo se associou aos fariseus para criticar os discípulos do Senhor, causando-lhes transtornos (Mt 9:14).

No final de sua vida, João Batista foi encarcerado e da prisão mandou um recado ao Senhor, perguntando-lhe se Ele era mesmo o Messias ou se deveria esperar por outro. A isto, o Senhor respondeu: “Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço” (Mt 11:4-6). Ao ouvir essa resposta, João Batista deveria ter se arrependido, mas não o fez. Por fim, ele foi decapitado no cárcere (14:3-11).

Ao percorrer as cidades e povoados, o Senhor pregava o arrependimento, anunciando que o reino dos céus estava próximo. Seu ministério terreno durou cerca de três anos e meio, período no qual Ele aperfeiçoava Seus discípulos ensinando-lhes lições de vida diante das situações com que se deparavam no dia a dia. Se João Batista tivesse seguido o Senhor, provavelmente teria tido a oportunidade de ser aperfeiçoado por Ele, assim como Pedro o foi.


Ponto-chave: Seguir o Senhor e fazer o que Ele determinou.

Pergunta: Qual o significado da resposta do Senhor a João Batista?

segunda-feira, 22 de julho de 2013

UM IMPORTANTE PRINCÍPIO A SER APRENDIDO PELOS SERVOS DO SENHOR

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 3 - SEGUNDA-FEIRA

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 19: Ouro transparente [1] – (Gn 2:10-12a; 1 Pe 1:7; Ap 21:18, 21)
Leitura bíblica:Jo 16:7-8; At 9:22-29; Ef 1:3-14


Ler com oração: Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente (2 Tm 2:24).

UM IMPORTANTE PRINCÍPIO A SER APRENDIDO PELOS SERVOS DO SENHOR

O ministério do apóstolo João em sua maturidade consistiu em conduzir os irmãos a praticar as verdades, principalmente as reveladas pelo apóstolo Paulo em suas epístolas escritas após ser preso em Roma. Elas descrevem a economia neotestamentária de Deus, isto é, Seu propósito eterno de dispensar Sua vida a todo homem (Ef 1:3-14).

Paulo foi chamado por Deus de modo especial, quando estava a caminho de Damasco para perseguir os cristãos. Sendo zeloso do judaísmo, prendia e encarcerava aqueles que invocavam o nome do Senhor Jesus, até que o próprio Senhor lhe apareceu. Ao ver uma grande luz, Paulo caiu ao chão e ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 9:4b). Ele ainda não se dera conta de que estava perseguindo o próprio Jesus, por isso perguntou: “Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (v. 5). Então o Senhor determinou que Paulo aguardasse em Damasco, onde lhe diriam o que fazer.

A seguir, o Senhor enviou um irmão chamado Ananias para orar por Paulo e orientá-lo. Por meio de Ananias, Paulo foi levado a invocar o nome do Senhor, recebeu o batismo e o comissionamento de pregar o evangelho aos gentios. Após permanecer um período em Damasco, ele se dirigiu para as regiões da Arábia, onde obteve a revelação divina, conforme descreve em 2 Coríntios 12:1-4: “Se é necessário que me glorie, ainda que não convém, passarei às visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) e sei que o tal homem (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir”.

Ao revelar essas palavras a Paulo, Deus o estava equipando para transmitir o evangelho aos gentios. Assim como Moisés foi incumbido por Deus para revelar ao povo de Israel Sua economia no Antigo Testamento, Paulo foi comissionado e equipado por Deus para transmitir a todos nós Seu propósito no Novo Testamento.

Após receber essa revelação, Paulo voltou para Damasco, e, ao pregar o evangelho, procurava demonstrar aos judeus que ali moravam que Jesus é o Cristo, mas seus argumentos os confundiam, por isso eles tentaram matá-lo (At 9:22-23). Paulo havia sido comissionado por Deus para ser apóstolo perante os gentios, mas, porque possuía argumentos fortes, passou a ter problemas com os judeus ao tentar convencê-los. O mesmo ocorreu quando foi para Jerusalém (vs. 29-30). Então, a fim de evitar que fosse morto, os irmãos de lá o enviaram para Tarso.

Isso nos mostra um princípio a ser adotado em nosso serviço a Deus: não utilizemos nossa habilidade natural para argumentar e persuadir os outros em favor do evangelho; antes, busquemos, com humildade, ser fiéis ao encargo que o Senhor nos confiou de anunciar o evangelho. Deixemos a obra de convencer as pessoas para o Espírito Santo (Jo 16:7-8).


Ponto-chave: O servo do Senhor não vive a contender.

Pergunta: Que encargos o Senhor comissionou a João e a Paulo?

domingo, 21 de julho de 2013

O RESULTADO FINAL DO TRABALHAR DE DEUS EM NÓS É O AMOR ÁGAPE

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 2 - DOMINGO

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 18: Ágape (2 Pe 1:3-8)
Leitura bíblica: 2 Tm 3:16; 2 Pe 1:3-7


Ler com oração: Eu disse: sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo (Sl 82:6). Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. [...] Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é (1 Jo 3:1-2).


O RESULTADO FINAL DO TRABALHAR DE DEUS EM NÓS É O AMOR ÁGAPE

Damos graças a Deus Pai pela obra transformadora do Espírito, por meio da qual estamos sendo purificados e conformados à imagem do Filho de Deus, Jesus Cristo, nosso Senhor. O resultado final desse processo de transformação pelo qual passamos hoje é a plena manifestação do amor de Deus em nós.

Em 2 Pedro 1:3 lemos: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade”. Vida e piedade estão relacionadas ao dispensar do Pai, pois Seu desejo é que desfrutemos de Sua vida em plenitude, e tenhamos piedade, isto é, um viver que manifeste o próprio Deus.

O versículo prossegue: “Pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude”. Isso diz respeito ao Filho, que manifestou a glória do Pai em Seu viver humano e elevou as virtudes humanas. A esse viver de glória e virtudes elevadas é que fomos chamados. Aleluia!

Em seguida, lemos: “Pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina” (v. 4). Por meio do Espírito que nos foi prometido, nos tornamos coparticipantes da natureza divina, ou seja, todas as promessas de Deus se tornam reais para nós no Espírito. Tudo que necessitamos para nosso crescimento de vida o Senhor nos concede por meio de Seu Espírito.

Assim, à medida que nos esvaziamos de nós mesmos, permitimos que a vida de Deus cresça em nós. O início desse processo aconteceu quando a fé foi plantada em nosso interior. A partir daí outros atributos divinos são trabalhados em nós, tais como a virtude, o conhecimento, o domínio próprio, a perseverança, a piedade, a fraternidade e, por fim, o amor (vs. 5-7). De acordo com o original grego, a palavra “amor” é “ágape”, que representa o amor puro e incondicional do próprio Deus. Conforme esses atributos se desenvolvem em nós, passamos a expressar o genuíno amor de Deus.

Logo, vemos que amor fraternal, embora seja importante, ainda não é nossa meta final. O objetivo de Deus é que Sua vida cresça em nós até o ponto de manifestarmos o Seu amor ágape. Manifestar o amor ágape significa que estamos cheios da vida de Deus, a ponto de amarmos até os nossos inimigos. Esse é o grande mistério da piedade (1 Tm 3:16): sermos como Deus em vida e natureza (Sl 82:6; 1 Jo 3:1-2).

Para que possamos alcançar esse padrão divino, necessitamos que o Espírito tenha liberdade para operar em nosso interior, iluminando nosso coração e queimando nossas impurezas. Essa foi a experiência vivida principalmente por Pedro e João. Cada um deles experimentou a transformação do Espírito de maneira especial, de tal forma que se tornaram modelos para nós. Que possamos aprender com eles e igualmente aplicar o fogo do Espírito em nosso viver para que o amor ágape se manifeste por meio de nós.


Ponto-chave: A meta final do trabalhar do Deus Triúno em nós é o amor ágape.

Pergunta: Como podemos definir o amor de Deus?

sábado, 20 de julho de 2013

PASSAR PELO FOGO HOJE PARA RECEBERMOS LOUVOR, GLÓRIA E HONRA

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 2 - SÁBADO

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 18: Ágape (2 Pe 1:3-8)
Leitura bíblica: Jo 6:63; Hb 2:5-7; Ap 3:8

Ler com oração: Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo (1 Pe 1:6-7).


PASSAR PELO FOGO HOJE PARA RECEBERMOS LOUVOR, GLÓRIA E HONRA

Segundo a revelação que recebemos das experiências de Pedro registradas em sua primeira epístola, se permitirmos que o fogo do Espírito queime nossas impurezas hoje, então, no dia em que Ele se manifestar, receberemos louvor, glória e honra (1 Pe 1:7b). Esse louvor está relacionado com a expressão da vida de Deus em nós, resultado de se negar a natureza anímica. A glória relaciona-se com a manifestação do reino, no qual estaremos para sempre com o Senhor. A honra que receberemos diz respeito ao privilégio de governarmos com Cristo em Seu reino.

Então em nós se cumprirá o que está escrito em Hebreus 2:7: “Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste e o constituíste sobre as obras das tuas mãos”. Embora hoje sejamos menores do que os anjos, por meio do trabalhar contínuo do Senhor em nós e do fogo purificador do Espírito em nossa alma, por fim seremos coroados de glória e de honra. Louvado seja o Senhor!

Através das experiências de Pedro somos encorajados, pois, se ele, que tinha uma vida da alma tão forte, pôde ser transformado e purificado, nós também, que temos uma vida da alma tão forte quanto a dele, podemos ser transformados. Aleluia! Além disso, não precisamos passar por tantas situações de sofrimentos exteriores para aprender que essas experiências apenas nos ajudam temporariamente. Pedro em sua maturidade percebeu que a melhor maneira de ser purificado é deixar o fogo do Espírito queimar as impurezas da alma.

Também podemos aprender com o apóstolo João, pois ele, vivendo ao lado de Pedro, aprendeu com as experiências dele e as tomou para si. Por meio dessas lições João também pôde ser transformado.

Hoje cabe a nós aprender com as experiências de João. Ao vermos sua experiência, aprendemos que a maneira mais prática de nos esvaziarmos de nós mesmos e nos enchermos da vida de Deus é invocar o nome do Senhor e guardar Suas palavras (Ap 3:8), que são Espírito e são vida (Jo 6:63). Esse é o caminho para negarmos a nós mesmos, crescermos na vida divina e manifestarmos o amor de Deus.


Ponto-chave: Aprender com Pedro e João.

 Pergunta: Que relação há entre 1 Pedro 1:7 com Hebreus 2:5-7?

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O DESENVOLVIMENTO DA REVELAÇÃO DIVINA NO NOVO TESTAMENTO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 2 - SEXTA-FEIRA

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 18: Ágape (2 Pe 1:3-8)
Leitura bíblica: Mt 3:11; 1 Pe 1:3-7; 4:12; 1 Jo 1:5, 9; Ap 21:18, 21


Ler com oração: Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões, e, diante do trono, ardem sete tochas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus (Ap 4:5). Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te (3:18-19).

O DESENVOLVIMENTO DA REVELAÇÃO DIVINA NO NOVO TESTAMENTO

Mediante o ministério de Paulo, recebemos uma herança de revelações e verdades espirituais, que são essenciais para compreendermos a vontade e o plano de Deus. Além disso, por meio do ministério de Pedro, aprendemos que, para seguirmos o Senhor em nosso viver diário, é necessário que neguemos nossa vida da alma e tomemos a cruz. Em outras palavras, precisamos ser batizados com o fogo do Espírito (Mt 3:11; 1 Pe 4:12). Desse modo, somos purificados e nos tornamos úteis ao Senhor.

Em 1 Pedro 1:3 lemos: “Bendito o Deus e pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante e ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”. Ao discorrer sobre nossa salvação, Pedro fala de nossa regeneração, da nova vida que recebemos, a qual nos capacita a negar a vida da alma; ele também menciona a viva esperança que temos mediante a ressurreição de Cristo dentre os mortos.

Essa viva esperança está relacionada com uma herança incorruptível, sem mácula e imarcescível que o Senhor tem preparado para nós (v. 4). Por essa razão, podemos exultar, mesmo que no presente momento sejamos contristados por várias provações (v. 6), para que seja confirmado o valor da nossa fé, o qual é muito mais precioso do que o ouro depurado pelo fogo (v. 7). Isso ocorrerá se permitirmos que o fogo do Espírito elimine as impurezas de nossa alma. Uma vez purificados pelo fogo, receberemos louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo em Sua vinda.

O apóstolo João também fala desse ouro puro. Em Apocalipse 21 vemos que a nova Jerusalém, a habitação eterna de Deus com os homens, será edificada com ouro puro, semelhante a vidro límpido (vs. 18, 21). Isso diz respeito ao resultado final do trabalhar do Espírito naqueles que farão parte da cidade santa: seremos como ouro transparente, totalmente puro, refletindo a glória de Deus. Sem essa obra purificadora do fogo do Espírito não teríamos como ser usados como material na edificação da nova Jerusalém.

Isso nos mostra que João aprendeu muitas coisas com Pedro. Mesmo ao escrever sua primeira epístola, já maduro, João também apresenta a necessidade de sermos purificados. Ele disse que a mensagem que ouvimos desde o princípio é que Deus é luz (1 Jo 1:5). Sim, onde há o Espírito, há fogo; onde há fogo, há luz; e onde há luz não tem como haver trevas. Pelo contrário, onde há luz, nossas impurezas são expostas e só podemos confessá-las. Quando confessamos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (v. 9), isto é, nos purificar de tudo o que fizemos contrário a Sua vontade. Esse é o modo como João descreve o trabalhar do fogo do Espírito em nosso interior.


Ponto-chave: O trabalhar do Espírito é para nos tornar como ouro transparente.

Pergunta: Que aprendemos por meio dos ministérios de Paulo, Pedro e João?

quinta-feira, 18 de julho de 2013

ONDE HÁ O ESPÍRITO, HÁ O FOGO SANTIFICADOR

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 2 - QUINTA-FEIRA

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO

MENSAGEM 18: Ágape (2 Pe 1:3-8)

Leitura bíblica: Mt 3:11; 16:22-24; 1 Pe 1:6-9

Ler com oração: Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando (1 Pe 4:12-13).

ONDE HÁ O ESPÍRITO, HÁ O FOGO SANTIFICADOR

Ontem vimos que o Novo Testamento nos apresenta duas linhas ministeriais, uma baseada nos ensinamentos dos apóstolos que estiveram com o Senhor e outra nos ensinamentos transmitidos por Paulo. De acordo com a visão celestial que recebera, Paulo escreveu com profundidade as elevadas verdades espirituais. A linha ministerial dos apóstolos, por sua vez, pode ser representada pela experiência de Pedro. Ele possuía características muito fortes em sua alma, e suas falhas foram notadamente destacadas nos evangelhos. Cada vez que Pedro se deixava conduzir segundo seu próprio entendimento, que era contrário à vontade de Deus, isso era exposto pelo Senhor, que o exortava e corrigia.

A experiência de Pedro nos traz muita ajuda, pois muitas vezes podemos nos identificar com ele. Por exemplo, em Mateus 16 vemos que, após o Senhor afirmar que teria de sofrer, morrer e ressuscitar, Pedro, chamando-O à parte, passou a repreendê-Lo, dizendo: “Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá” (v. 22). Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: “Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens” (v. 23). Aqui recebemos uma importante lição, na qual vemos que nossos sentimentos e pensamentos naturais podem ser um obstáculo para que a vontade de Deus seja feita e um impedimento para que o Senhor realize Sua obra. Houve muitos outros momentos como esse em que as falhas de Pedro foram expostas (17:1-5; 24-27; Jo 13:36-38), porém ele perseverou em seguir o Senhor, pois de fato O amava.

Assim como Pedro, todos nós possuímos uma vida da alma muito forte. E pela experiência sabemos que não é fácil negá-la. Todavia, por meio dos escritos de Pedro, somos ajudados a perceber nossa necessidade de sermos purificados por meio do fogo santificador do Espírito. Esse é o modo usado por Deus para nos transformar e nos moldar segundo Sua vontade.

Cremos que Pedro aplicou em sua vida o que foi descrito em Mateus 3:11, onde nos é dito que o Senhor Jesus nos batizaria com o Espírito Santo e com fogo. De fato, somente esse fogo é capaz de nos purificar e eliminar todas as impurezas de nossa alma.

Por essa razão, 1 Pedro 1:6-9 nos diz: “Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória, obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma”. Essa é a lição que aprendemos com Pedro: onde há o Espírito, há o fogo santificador.

Além de Pedro, João também pertencia a essa linha ministerial. Ele também teve sua alma transformada por meio do fogo do Espírito. Quando ainda era jovem, por estar sempre próximo de Pedro, João certamente aprendeu muitas lições com a experiência de Pedro. Em sua maturidade João pôde desenvolver essa linha em seu ministério ulterior. O ministério de João nos ensina que, quando nos voltamos ao nosso espírito, invocando o nome do Senhor e ruminando Sua palavra, permitimos que o fogo do Espírito queime nossas impurezas, iluminando e purificando nossa alma, e tornando-nos úteis ao Senhor. Amém!


Ponto-chave: Pensamentos e sentimentos naturais podem ser obstáculos para Deus.

Pergunta: Como devemos lidar com nossos pensamentos e sentimentos?

quarta-feira, 17 de julho de 2013

NÃO APENAS CONHECER AS VERDADES, MAS PRATICÁ-LAS

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 2 - QUARTA-FEIRA

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 18: Ágape (2 Pe 1:3-8)

Leitura bíblica: At 2:21; 4:12; 9:13-14, 21; 13:1-2; 26:9-10; Gl 1:14, 17

Ler com oração: Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes (Jo 13:17). O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco (Fp 4:9).

NÃO APENAS CONHECER AS VERDADES, MAS PRATICÁ-LAS

Em outras mensagens vimos que o ministério de invocar o nome do Senhor foi confiado inicialmente aos doze apóstolos (At 1:8; 2:21; 4:12). Naquele tempo, ao anunciarem a salvação que há no nome do Senhor Jesus, segundo as palavras do profeta Joel, em um só dia cerca de três mil pessoas se converteram e foram batizadas (2:41), e dias depois o número chegou a quase cinco mil (4:4). Contudo, por causa da perseguição que se levantou contra a igreja em Jerusalém, os apóstolos que ficaram ali já não podiam mais invocar o nome do Senhor publicamente, tampouco anunciar o evangelho com a mesma ousadia naquela cidade.

Todos que invocavam o nome do Senhor eram perseguidos pelo judaísmo (9:13-14, 21; 26:9-10). Dentre os principais perseguidores estava Saulo, um jovem instruído aos pés de Gamaliel e zeloso nas tradições de seus pais (22:3; Gl 1:14). Ao dirigir-se para Damasco, com o propósito de prender mais cristãos, o Senhor apareceu a Saulo e Se revelou a ele. Depois disso, o Senhor enviou um membro de Seu Corpo, Ananias, para anunciar a Saulo que a partir daquele momento ele seria um instrumento para levar o nome do Senhor Jesus diante dos homens (At 9:15). Então Saulo foi batizado invocando o nome do Senhor (22:16), e, a partir daí, passou a chamar-se Paulo.

Desse modo, o ministério que havia sido confiado aos doze apóstolos foi transferido para aquele que antes era o maior perseguidor dos que invocavam o nome de Jesus. Paulo, depois dessa experiência, se tornou um grande pregador do evangelho, anunciando a salvação e a riqueza que recebemos quando invocamos o nome do Senhor (Rm 10:12-13).

Depois de seu encontro com o Senhor, Paulo viajou pelas regiões da Arábia (Gl 1:17), onde provavelmente recebeu a revelação da economia neotestamentária de Deus (2 Co 12:2). Ao retornar para Damasco, Paulo pregava com ousadia em nome de Jesus até que precisou fugir da cidade, pois conspiravam contra sua vida (At 9:27). Por causa de seu zelo natural, ao chegar a Jerusalém, Paulo discutia com as pessoas, e isso colocou sua vida novamente em risco. Quando ficaram sabendo desse perigo, os irmãos acharam melhor enviá-lo para Tarso (vs. 29-30). Ali permaneceu até que Barnabé se lembrou dele e o trouxe para Antioquia, onde, servindo ao Senhor junto com outros irmãos, recebeu o chamamento do Espírito Santo para a obra do ministério (13:1-2).

Até então, havia apenas uma linha ministerial, sob a liderança de Pedro e os demais apóstolos em Jerusalém. A partir desse chamamento em Antioquia, encontramos no Novo Testamento outra linha ministerial, a de Paulo. Este, baseado na visão celestial que havia recebido, expôs muitas verdades espirituais em suas epístolas. Nelas podemos encontrar todo o conteúdo da economia neotestamentária de Deus que lhe fora revelado. No entanto, infelizmente, as igrejas cuidadas por ele naquela época não conseguiram praticar essas verdades. Além disso, por ocasião de seu aprisionamento, Paulo não pôde acompanhar de perto as igrejas, por isso ficou impedido de ajudar os santos a praticarem o conteúdo de suas epístolas.

Por outro lado, a linha ministerial de Pedro e os demais apóstolos, embora tenha sido interrompida por um tempo, por causa da influência do judaísmo em Jerusalém, estava baseada nos ensinamentos dados pelo próprio Senhor Jesus, no momento em que exerceu Seu ministério terreno. Enquanto andava com eles, o Senhor Jesus ensinou-lhes muitas coisas, utilizando-se das circunstâncias e experiências que viviam diariamente. Dentre esses ensinamentos, o principal está descrito em Mateus 16:24, onde o Senhor revelou que, para segui-Lo, precisamos negar a nós mesmos, tomando a cruz.

Enquanto a linha ministerial do apóstolo Paulo deu mais ênfase às revelações celestiais que recebera, destacando a necessidade de obtermos o pleno conhecimento da verdade, podemos dizer que a linha ministerial dos doze apóstolos possui um aspecto mais prático, destacando nossa necessidade de seguirmos o Senhor, crescermos na vida de Deus, negarmos a nós mesmos e amarmos os irmãos. Que possamos colocar em prática as revelações que temos recebido da Palavra de Deus.


Ponto-chave: Praticar aquilo que tem sido revelado a nós.

Pergunta: Por que o ministério de invocar o nome do Senhor foi transferido para Paulo?