segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O MINISTÉRIO DE JOÃO

ALIMENTO DIÁRIO \ SEMANA 3 - TERÇA-FEIRA

SÉRIE: livro: CHAMADOS PARA PROMOVER A FÉ

MENSAGEM CAPITULO 4 - A ECONOMIA DE DEUS REVELADA PELO APÓSTOLO JOÃO
Leitura bíblica: Jo 21:15-22

Ler com oração: Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros. Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas. Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres.Disse isto para significar com que gênero de morte Pedro havia de glorificar a Deus. Depois de assim falar, acrescentou-lhe: Segue-me. Então, Pedro, voltando-se, viu que também o ia seguindo o discípulo a quem Jesus amava, o qual na ceia se reclinara sobre o peito de Jesus e perguntara: Senhor, quem é o traidor? Vendo-o, pois, Pedro perguntou a Jesus: E quanto a este? Respondeu-lhe Jesus: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me (Jo 21: 15-22)

O MINISTÉRIO DE JOÃO (PÁG 62-64)

No último capítulo do Evangelho de João, vemos que, depois que o Senhor Jesus ressuscitou, Pedro levou os discípulos para pescar. Então o Senhor lhes apareceu e, depois de tê-los alimentado, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, amas-me mais do que todas essas coisas?” (Jo 21:15a - lit.) “Essas coisas” se referiam às coisas que davam sustento a Pedro, o qual respondeu três vezes: “Senhor, eu te amo” (vs. 15b, 16 b, 17b).
O Senhor, diante da resposta confirmada, disse-lhe: “Quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias” (v. 18). Em outras palavras: “Pedro, você podia andar conforme sua vida da alma desejasse. Agora, porém, Eu já morri na cruz por você, para resolver o problema de seu pecado; também morri na cruz com você para crucificar seu velho homem. Pedro, você já foi crucificado e virá o dia em que não mais andará conforme seu querer, sua preferência. Outro o cingirá e o levará por onde você não quer”.
Ali o Senhor mostrava a Pedro que o crescimento da vida divina nele ia restringi-lo, mas ele ia aprender a se coordenar com os irmãos. Pedro, porém, ao ouvir isso e vendo que João também seguia a Jesus, perguntou-Lhe: “E quanto a este?” (v. 21). Percebe-se aqui a vida natural de Pedro se manifestando novamente. É como se ele perguntasse: “Por que só eu tenho de sofrer? E João?”. O Senhor lhe respondeu: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me” (v. 22).
Foi assim que se tornou corrente entre os irmãos que o Senhor Jesus havia dito que João não morreria. Mas o próprio João acrescentou uma nota dizendo: “Ora, Jesus não dissera que tal discípulo não morreria, mas: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?”. João quis deixar claro que lhe era impossível viver até a volta do Senhor com aquele corpo carnal. Seguramente o Senhor se referia ao ministério entregue a João, de ajudar as igrejas e os santos com Espírito e com vida para que pudessem cumprir a economia de Deus e entrar na manifestação de Seu reino.


Ponto-chave: O crescimento da vida divina nos restringe.
Pergunta: O que o Senhor quis dizer quando respondeu a Pedro “Se eu quero que ele permaneça até eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me” (Jo 21: 22).?

OS PASSOS DO DEUS TRIÚNO PARA ENTRAR EM NÓS

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 3 - SEGUNDA-FEIRA


SÉRIE: livro: CHAMADOS PARA PROMOVER A FÉ
MENSAGEM CAPITULO 4 - A ECONOMIA DE DEUS REVELADA PELO APÓSTOLO JOÃO
Leitura bíblica: Jo 19:34-35,14:16-20,20:19-22,7:37-39;Jo 15:5

Ler com oração: Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. Aquele que isto viu testificou, sendo verdadeiro o seu testemunho; e ele sabe que diz a verdade, para que também vós creiais (Jo 19: 34-35).

OS PASSOS DO DEUS TRIÚNO PARA ENTRAR EM NÓS (PÁG 58-62)

João revelou o desejo do Senhor Jesus de entrar em nós e nos dar vida, e assim estar conosco para sempre. Em simples palavras, ele nos apresentou os passos que o Deus Triúno deu para cumprir Seu desejo. Ele é o próprio Deus que se encarnou. Como, na forma humana, Deus não poderia estar para sempre com o homem, foi-Lhe necessário ir (morrer) e voltar (ressuscitar) para que o outro Consolador (o Espírito da realidade) pudesse estar para sempre conosco e nos dar vida.
Jesus disse a Seus discípulos que Ele precisava ir e voltar para que eles pudessem estar onde Ele estava: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também” (Jo 14:1-3). Muitos cristãos consideram que, ao dizer “quando eu for”, o Senhor quis dar a entender que ia morrer. Isso está correto. Entretanto pensam que, quando disse “voltarei”, Jesus se referia a Sua segunda vinda.
Para compreender melhor o que Ele disse, precisamos saber, em primeiro lugar, onde o Senhor estava. Ele mesmo afirmou que estava no Pai (v. 11). Portanto o lugar em que Ele quer que nós também estejamos é no Pai. Todavia como isso seria possível? Como nós, pecadores, poderíamos estar no Pai?
Deus realmente é sábio! Ao morrer, o Senhor Jesus verteu sangue e água (19:34-35). Seu sangue nos lavou dos pecados, e a água representa Sua vida divina, que foi liberada para todo aquele que Nele crê. Jesus ressuscitou no terceiro dia e veio como o outro Consolador, o Espírito da realidade, cumprindo o que havia dito: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros. Ainda por um pouco, e o mundo não me verá mais; vós, porém, me vereis; porque eu vivo, vós também vivereis. Naquele dia, vós conhecereis que eu estou em meu Pai, e vós, em mim, e eu, em vós” (14:16-20).
Antes de Sua morte, Jesus estava com eles e era o Consolador deles. Jesus os socorria, era o Paracleto deles, ou seja, quem advogava por eles perante o Pai. Mas como Jesus, em carne, Ele não poderia estar sempre com os discípulos, muito menos estar neles. Por isso disse que precisava ir, para que o outro Consolador — que é Ele mesmo como o Espírito – pudesse vir, entrar neles e estar com eles o tempo todo. Isso aconteceu “naquele dia”, isto é, no dia em que Jesus ressuscitou. Ele apareceu para os discípulos e lhes disse: “Paz seja convosco!” e, depois de lhes mostrar as mãos e o lado, soprou sobre eles e disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo” (20:19-22).
Assim, cumpridos os passos de tornar-se carne, viver como um homem perfeito, morrer por nossos pecados e ressuscitar, o Senhor Jesus veio como o Espírito da realidade. Após Sua ressurreição, Ele foi glorificado e tornou-se o Espírito que dá vida, para poder entrar em nós, regenerar-nos e nos introduzir no Pai (Jo 7:38-39; 1 Co 15:45b; 1 Pe 1:3).
Se Jesus estivesse vivo hoje, em carne, Ele estaria lá na região da Palestina e, mesmo que estivesse onde estamos, não poderia estar conosco o tempo todo. Ele teria a limitação do tempo e do espaço. Mas Aleluia! Ele já não é Jesus em carne; agora Ele é Jesus em Espírito (2 Co 3:17)! Ele é muito real, mas o mundo não O pode receber porque não O conhece. Nós, porém, O conhecemos, pois, Nele cremos e O recebemos. Como o Espírito, Ele pode habitar em nós e estar para sempre conosco. Se estamos na Argentina, Ele está lá conosco; se vamos a Brasília, Ele também está lá.
A economia neotestamentária de Deus precisa ficar bem clara para nós. Sabemos que o Pai habita em luz inacessível. Mas um dia Deus se manifestou em carne (1 Tm 3:16); Ele se tornou homem e recebeu o nome de Jesus. Ele é Emanuel, Deus conosco (Mt 1:21, 23). Contudo, como homem, Deus, na pessoa de Jesus, estava limitado pelo espaço e tempo. Para vencer esse obstáculo, o Senhor, após Sua morte e ressurreição, veio como o Espírito da realidade, o outro Consolador. Tudo o que Deus é, tem, cumpriu e alcançou está no Espírito. Onde o Espírito está, também estão o Pai e o Filho, e nós também estamos com Ele. Se vivermos no Espírito, poderemos cumprir Sua economia.
Essas coisas já haviam sido ditas aos doze discípulos, mas foi João, em sua maturidade, quando estava em Éfeso, que escreveu sobre isso. Ele mostrou que Deus deseja unir-se a nós, dar-nos Sua vida e nos aperfeiçoar, para que sejamos Sua expressão e expansão. Ele é a videira, e nós, os ramos (Jo 15:5). Este é o alvo de Sua economia: dispensar-nos tudo o que Ele é e tem, como o Espírito, através do ministério da palavra (tanto falada quanto escrita), a fim de que, pela prática da Palavra, torne-se realidade em nosso interior — isso significa ter a Fé objetiva infundida, trabalhada em nossa fé subjetiva . Aleluia!


Ponto-chave: O Espírito da realidade habita em nós!
Pergunta: O que representa o sangue e a água, vertidos do lado de Jesus?

domingo, 15 de setembro de 2013

O DEUS TRIÚNO NO EVANGELHO E JOÃO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 2 - DOMINGO

SÉRIE: livro: CHAMADOS PARA PROMOVER A FÉ

MENSAGEM CAPITULO 4 - A ECONOMIA DE DEUS REVELADA PELO APÓSTOLO JOÃO

Leitura bíblica: Jo1:1-3, 14, 18, 14:8-9, 16-18; 1Co15:45b

Ler com oração: Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? (Jo 14:8-9). E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros (vs. 16-18).

O DEUS TRIÚNO NO EVANGELHO E JOÃO (PÁG 57-58)

João começa seu evangelho de maneira maravilhosa: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez” (1:1-3). O Senhor Jesus era o Verbo, ou seja, a Palavra de Deus; Ele estava com Deus e era o próprio Deus.
Esses versículos mostram a relação do Filho com o Pai. Se um homem ficar calado, ninguém o conhecerá, será uma pessoa misteriosa; entretanto, se começar a falar, passaremos a conhecê-lo. Quando a palavra de alguém sai, ela revela quem essa pessoa é. Enquanto Deus está oculto, Ele é o Pai; quando se expressa ou se manifesta, Ele é o Filho.
João prosseguiu dizendo: “O Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (v. 14). O Verbo que se tornou carne é o Senhor Jesus. Ninguém jamais viu a Deus, e somente o Filho unigênito O pôde revelar (v. 18). Quando o Filho veio, o Verbo veio e Deus foi revelado. Assim, quem vê o Senhor Jesus, vê o Pai, pois o Filho revela o Pai (14:8-9).
O Senhor Jesus viveu na terra cerca de trinta e três anos e meio. Depois disso foi morto e, em ressurreição, voltou como o Espírito da verdade – ou Espírito da realidade –, o outro Consolador, de modo a poder estar para sempre conosco (vs. 16-18). Esse Espírito é o Espírito que dá vida (1 Co 15:45b). Por meio Dele ganhamos a vida divina, e tudo o que Deus é se torna real para nós. Essa é a economia neotestamentária de Deus.


Ponto-chave: O Senhor Jesus era o Verbo, ou seja, a Palavra de Deus; Ele estava com Deus e era o próprio Deus.
Pergunta: Como Deus foi revelado? E como pode estar conosco, hoje?

sábado, 14 de setembro de 2013

A ECONOMIA DE DEUS REVELADA PELO APÓSTOLO JOÃO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 2 - SÁBADO


SÉRIE: livro: CHAMADOS PARA PROMOVER A FÉ
MENSAGEM CAPITULO 4 - A ECONOMIA DE DEUS REVELADA PELO APÓSTOLO JOÃO
Leitura bíblica: Hb 2:5-7; At 3:1; Ap 1:10; Jo 14:26

Ler com oração: Pois não foi a anjos que sujeitou o mundo que há de vir, sobre o qual estamos falando; antes, alguém, em certo lugar, deu pleno testemunho, dizendo: Que é o homem, que dele te lembres? Ou o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste [e o constituíste sobre as obras das tuas mãos] (Hb 2: 5-7).

A ECONOMIA DE DEUS REVELADA PELO APÓSTOLO JOÃO / O APÓSTOLO JOÃO EM SUA MATURIDADE (PÁGS. 53-57)

Nos capítulos anteriores, vimos que Deus revelou Sua economia ao apóstolo Paulo e soberanamente lhe poupou a vida a fim de que ele registrasse nas epístolas (em especial as escritas durante seu aprisionamento em Roma) as ricas revelações a respeito do dispensar do Deus Triúno e de Seu plano para o homem. Esse plano inclui a escolha e predestinação do Pai, a redenção do Filho e Seu encabeçamento sobre todas as coisas e a obra do Espírito, o qual nos sela e confirma até sermos totalmente Dele. Esse dispensar nos transforma e edifica em um Corpo, que é Sua igreja, a fim de expressar Sua plenitude e nos tornar Seus herdeiros, aptos para reinar com Cristo no mundo que há de vir (Ef 1:3-14, 22-23; Hb 2:5-7).
Não deixa de ser curioso o fato de Deus ter revelado tudo isso a Paulo, porque somente após a crucificação de Cristo é que ele foi chamado pelo Senhor e constituído apóstolo. Desde então seus escritos se tornaram os que mais detalhadamente falam a respeito dos itens da fé cristã no Novo Testamento.
Ainda que Paulo tenha sido o primeiro a escrever sobre a economia de Deus no Novo Testamento, essa revelação não foi dada exclusivamente a ele. Com certeza, o próprio Senhor Jesus orientou, guiou e ensinou os primeiros apóstolos, por três anos e meio, segundo aquilo que viria a ser reconhecido como a economia neotestamentária de Deus. Era de se esperar que eles – que ouviram as palavras diretamente da boca do Senhor – estivessem em melhores condições de nos explicar a Fé, mas não foi isso que aconteceu.
Mateus, Marcos e Lucas escreveram seus evangelhos registrando, sobretudo, o viver de Jesus e as obras que Ele fez. Seus relatos não esclarecem de modo suficiente acerca do plano de Deus e de sua aplicação no viver cristão. Mesmo João, quando esteve com Jesus junto dos demais apóstolos, também não conseguiu perceber a essência do que o Senhor lhes dizia. Talvez não tenham conseguido perceber a importância daquelas palavras ou não tenham entendido o que Ele lhes falava.
No ano 70, o general romano Tito destruiu a cidade de Jerusalém e seu templo (Mt 24:2). Os líderes cristãos, como se deu com Paulo e Pedro, foram martirizados. João, naquela época, era apenas um seguidor de Jesus que acompanhava o apóstolo Pedro aonde quer que este fosse (At 3:1). Em relação ao ministério da palavra, ele não se destacava como Pedro. Não há registro de nenhum discurso ou pregação de João no livro de Atos. Ele era bastante manso e humilde, sempre seguindo de perto, tanto a Jesus, no tempo em que Ele estava na terra, como a Pedro. É possível que João não tenha sido martirizado, como ocorreu com Paulo e Pedro, porque não exercia nenhuma liderança direta sobre outros, mas ficou exilado por vinte anos na ilha de Patmos.
O apóstolo João em sua maturidade
Durante os vinte anos de exílio, João amadureceu em sua vida interior. Certamente aprendeu a viver no espírito (Ap 1:10). Por estar mais maduro, mais sensível ao Senhor, o Espírito Santo pôde usá-lo e assim o inspirou, por volta do ano 90 d.C, a escrever sobre a economia neotestamentária e a importância da vida divina e do Espírito para a cumprirmos.
O Senhor não estava totalmente satisfeito com o que se registrou nos três primeiros evangelhos, nas epístolas de Paulo e nas outras cartas escritas por Pedro, Tiago e Judas. Desse modo, o Espírito da realidade fez João se lembrar das revelações que o Senhor Jesus havia feito no tempo em que esteve com Seus discípulos, as quais, naquela época, eles não haviam entendido (Jo 14:26).
Então, depois de escrever o livro de Apocalipse e sair da prisão em Patmos, João foi morar em Éfeso. Foi lá que ele, guiado pelo Espírito da realidade, escreveu o evangelho e as três epístolas, em que nos apresentou, de maneira bem simples, pontos relevantes acerca do Pai, do Filho e do Espírito e também a respeito da regeneração, do desejo de Deus dispensar-Se para dentro de nós e de outros assuntos cruciais para o viver cristão.
É razoável considerarmos como foi para João dedicar-se a escrever depois de décadas. É bem provável que, conforme o Espírito o lembrava das palavras do Senhor Jesus e dos fatos ocorridos, João meditasse e considerasse no espírito para, por fim, registrar em seus escritos. Da mesma forma, hoje, se permanecermos no espírito, onde habita o Espírito de Deus, Este nos ensinará todas as coisas e nos fará lembrar de tudo o que o Senhor nos tem falado.
Em Éfeso João serviu ao Senhor guiado pelo Espírito, ministrando de acordo com a necessidade dos irmãos ali e segundo o encargo que Deus lhe havia colocado no coração. Por supri-los de Espírito e vida, a igreja naquela cidade se tornou, de fato, uma igreja desejável .
Agradecemos ao Senhor por tudo o que nos foi revelado por Seus servos no passado. Estamos sobre os ombros deles, mas devemos avançar, pois a revelação da Palavra de Deus não terminou e ainda há muito para ser praticado.

Ponto-chave: O dispensar do Deus Triúno nos transforma e edifica em um Corpo, que é Sua igreja, a fim de expressar Sua plenitude e nos tornar Seus herdeiros, aptos para reinar com Cristo no mundo que há de vir.
Pergunta: Assim como João, de que maneira podemos receber revelação da Palavra?

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

CHAMADOS PARA PROMOVER A FÉ

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 2 - QUINTA-FEIRA

SÉRIE: livro:
CHAMADOS PARA PROMOVER A FÉ

MENSAGEM CAPITULO 3 - GUARDAR A FÉ

Leitura bíblica: At 28:30-31; Cl 1:25; 1Tm 1:12

Ler com oração: da qual me tornei ministro de acordo com a dispensação da parte de Deus, que me foi confiada a vosso favor, para dar pleno cumprimento à palavra de Deus (Cl 1: 25). Sou grato para com aquele que me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-me para o ministério (1Tm1: 12)

PRESERVADO PARA COMPLETAR A PALAVRA DE DEUS (PÁG 48-49)

Pelo visto, o ministério de edificação da igreja de que Paulo se ocupara diretamente em suas viagens havia cessado ali. Todavia Deus o preservou porque ainda queria usá-lo de outra maneira. Havia outro aspecto de seu ministério que precisava ser completado, porque as palavras inefáveis reveladas a ele no terceiro céu ainda não tinham sido escritas em livros.
Ao salvar a vida de Paulo, Deus também nos beneficiou grandemente. Antes de seu aprisionamento, ele havia escrito apenas seis epístolas: a carta aos romanos e a endereçada aos gálatas, as duas aos coríntios e as duas aos tessalonicenses. Restavam, portanto, outras oito para ser escritas.
Em Roma, foi-lhe concedido permanecer em prisão domiciliar (28:30-31). Ali Paulo teve o tempo necessário para se arrepender e escrever as principais de suas epístolas, dando pleno cumprimento à Palavra de Deus, as quais hoje nos são de imensa ajuda espiritual (Cl 1:25; 1 Tm 1:12).
Somente quando se aquietou um pouco, depois de ser preso, ele pôde se dedicar a escrever suas últimas epístolas – Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom –, as quais desvendaram com maior profundidade e clareza o conteúdo do plano de Deus para o homem. São livros relativos às mais fundamentais revelações do Novo Testamento que apresentam o conteúdo da Fé: o dispensar do Deus Triúno para dentro do homem tripartido com vistas à edificação do Corpo de Cristo.
Essas cartas têm grande importância para todos os que amam ao Senhor e desejam cumprir a vontade de Deus.


Ponto-chave: Preservado para Completar a Palavra de Deus
Pergunta: Quais são as mais fundamentais revelações do Novo Testamento, relatadas nos livros escritos por Paulo?

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

PAULO PÕE EM RISCO SUA INCUMBÊNCIA (PÁGS. 45-48)

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 2 - QUARTA-FEIRA

SÉRIE: livro: CHAMADOS PARA PROMOVER A FÉ

MENSAGEM CAPITULO 3 - GUARDAR A FÉ

Leitura bíblica: 1Co 1:2; At 19:8-12,21, At 21:10-12, 17-28; Gl 5:22-26

Ler com oração: à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, senhor deles e nosso (1Co 1: 2). Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros (Gl 5: 26).

PAULO PÕE EM RISCO SUA INCUMBÊNCIA (PÁGS. 45-48)

Em suas duas primeiras viagens, enquanto agia em harmonia com o Espírito Santo, Paulo promovia a Fé, a revelação do Filho de Deus e de Seu trabalhar em Seus escolhidos, segundo a vontade de Deus. Durante essas viagens, sua atuação foi excelente, produzindo igrejas saudáveis por onde passava, ajudando os santos a invocar o nome do Senhor e a viver no Espírito (1 Co 1:2; Gl 5:26).
No fim da segunda viagem, depois de terem passado o Mediterrâneo, Paulo foi a Jerusalém, conforme relata Atos 18:22: “Chegando a Cesareia, desembarcou, subindo a Jerusalém; e, tendo saudado a igreja, desceu para Antioquia”. O apóstolo deu início então a sua terceira viagem missionária, mas já não se menciona o nome de Silas. Essa terceira viagem de Paulo não foi tão positiva quanto a primeira e a segunda; pelo contrário, suas ações e atitudes quase lhe custaram a vida.
Chegando a Éfeso, permaneceu ali por três meses. Durante esse tempo, frequentou a sinagoga, dissertando e discutindo, tentando persuadir os presentes sobre o reino de Deus. Isso provocou comentários difamantes de alguns. Desgastado, Paulo afastou-se e, depois, passou a ensinar diariamente na escola de Tirano (19:8-10).
Percebe-se que essa conturbada estada de Paulo em Éfeso foi bem diferente da situação que viveu em Filipos, por ocasião de sua segunda viagem. Sabemos que atitudes de debates e polêmicas não conseguem gerar o fruto do Espírito (Gl 5:22-23), pois tendem a levar as pessoas a exercitar apenas a mente e a defender opiniões.
Paulo prosseguiu anunciando a palavra do Senhor, e Ele, pelas mãos do apóstolo, fez milagres extraordinários, a ponto de algumas pessoas serem curadas de enfermidades simplesmente por tocar em sua roupa (At 19:10-12).
Passados cerca de três anos, Paulo decidiu ir a Jerusalém, percorrendo e visitando as igrejas da Acaia e da Macedônia (v. 21), recolhendo ofertas para os irmãos da igreja em Jerusalém, que passavam por grande necessidade. Dessa vez, porém, Paulo não obedeceu ao Espírito como na vez anterior, já que estava determinado a subir para lá: “Estou pronto não só para ser preso, mas até para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus” (21:13). Ele resolveu que iria a Jerusalém, ainda que isso lhe custasse a vida. Mesmo advertido por vários irmãos a não subir à capital judaica (vs. 4, 10-12), não cedeu à obstinação natural e foi.
Em Jerusalém, encontrou-se com Tiago e com os presbíteros da igreja (vs. 17-18). Naquela ocasião, estranhamente, nenhuma menção é feita aos apóstolos. Ao que tudo indica, eles não mais estavam em Jerusalém ou já não tinham uma atuação destacada entre os santos.
Paulo narrou com detalhes aos irmãos como Deus agira por meio de seu ministério entre os gentios. Os irmãos o ouviram e deram glória a Deus, mas, logo em seguida, disseram-lhe que muitos judeus que creram foram informados de que ele ensinava todos os judeus entre os gentios a não guardar a lei de Moisés. Sugeriram, então, que Paulo tomasse um voto segundo as práticas do Antigo Testamento (vs. 23-24). Ele aceitou passar sete dias no templo, com outros judeus, num ritual de purificação.
Tudo isso nos serve de prova de como a igreja em Jerusalém acabou permitindo que as práticas da lei judaica e de sua tradição se infiltrassem de maneira profunda entre os irmãos, sufocando os aspectos relacionados à Fé.
Soberanamente, porém, antes que se cumprissem os sete dias da purificação, o Senhor providenciou para que alguns judeus vindos de outras regiões por onde Paulo passara o reconhecessem no templo e provocassem um tumulto. Os judeus queriam matá-lo, mas o comandante da guarda romana interveio e o levou preso. Deus usou esse comandante para salvar a vida de Paulo (vs. 27-28).
Se ele tivesse concluído aquele voto, toda a sua carreira cristã culminaria num grande fracasso. Não fosse a intervenção soberana de Deus, em Jerusalém, Paulo teria anulado todo o investimento feito em seu ministério, e toda a revelação que lhe foi concedida seria perdida e enterrada juntamente com ele em seu sepulcro.


Ponto-chave: Agir em harmonia com o Espírito
Pergunta: Por que Deus não permitiu que se concluísse o ritual de purificação que Paulo se submeteu a passar?

terça-feira, 10 de setembro de 2013

O BOM INÍCIO EM JERUSALÉM / A INFLUÊNCIA DA TRADIÇÃO RELIGIOSA

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 2 - TERÇA-FEIRA

SÉRIE: livro: CHAMADOS PARA PROMOVER A FÉ

MENSAGEM CAPITULO 3 - GUARDAR A FÉ

Leitura bíblica: Mt 24:14,28:18-20;At 1:8,2:21,41,46-47;Tt 1:1;At 15:1,Gl 3:1-3,5:2-4

Ler com oração: Ouviam somente dizer: Aquele que, antes, nos perseguia, agora, prega a fé que, outrora, procurava destruir (Gl 1: 23). logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenha na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim (2:20). Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne? (3: 1-3)

O BOM INÍCIO EM JERUSALÉM / A INFLUÊNCIA DA TRADIÇÃO RELIGIOSA

O bom início em Jerusalém

O Senhor Jesus começou Seu ministério aos trinta anos (Lc 3:23). Para realizar a obra que Lhe fora confiada pelo Pai, Ele chamou doze discípulos, aos quais aperfeiçoou e enviou – por isso foram chamados apóstolos. Após Sua morte e ressurreição, o Senhor lhes concedeu autoridade e os incumbiu de anunciar o evangelho do reino por todo o mundo, começando de Jerusalém até alcançar os confins da terra (Mt 24:14; 28:18-20; At 1:8).
Eles começaram bem no dia de Pentecostes. Por meio da pregação de Pedro, que mostrava a necessidade de invocar o nome do Senhor para serem salvos, houve acréscimo de quase três mil pessoas que foram batizadas no nome do Senhor Jesus (At 2:21, 41). Depois, com uma vida da igreja prevalecente, perseverando unânimes no templo, partindo o pão de casa em casa e tomando suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvavam a Deus e contavam com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, dia a dia lhes acrescentava o Senhor os que iam sendo salvos (vs. 46-47). Conforme a palavra de Deus crescia, até mesmo muitos sacerdotes passaram a obedecer à Fé (6:7).

A influência da tradição religiosa

Pelos registros bíblicos, podemos dizer que os primeiros doze apóstolos não foram totalmente fiéis à comissão que lhes havia sido confiada pelo Senhor e, quando se levantou grande perseguição contra a igreja em Jerusalém, em vez de levar a Fé até os confins da terra, permaneceram ali (8:1). Após isso, já não há registro de que alguém ousasse invocar o nome do Senhor publicamente naquela cidade.
Saulo exterminava em Jerusalém os que invocavam o Senhor, e estes começaram a ser perseguidos também em outros lugares, como em Damasco (9:14, 21). Os apóstolos, por sua vez, pouco a pouco foram sendo subjugados pelos sacerdotes que haviam crido no Senhor, os quais trouxeram para a igreja uma bagagem tradicional muito grande da religião judaica. Em Jerusalém, guardar a lei de Moisés foi se tornando mais importante que guardar a Fé (21:20-21, 24).
O Senhor, contudo, não desistiu de Seu propósito. Para que Sua economia neotestamentária pudesse ser executada, Ele apareceu a Paulo — ainda chamado Saulo —, um dos maiores opositores e perseguidores dos que invocavam o nome de Jesus, e o separou especialmente para anunciar o evangelho de Deus e levar Seu nome perante gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel (At 9:15; Rm 1:1-4).
Paulo se tornou um vaso muito útil, um instrumento nas mãos de Seu possuidor para promover a Fé (Tt 1:1). Ele promovia a Fé objetiva – que é aquilo em que cremos –, cujo conteúdo é a economia neotestamentária de Deus, que vem a ser Seu plano de nos redimir e Se dispensar para nós a fim de nos regenerar com Sua vida divina e nos transformar em filhos maduros para herdar Seu reino.
A situação em Jerusalém se agravou, pois ali não apenas se deixou de guardar a Fé, como também se começou a enviar pessoas especialmente para os lugares onde o evangelho estava sendo pregado, com o intuito de promover a circuncisão e a observância da lei e dos costumes do Antigo Testamento.
Quando se soube em Jerusalém o que Paulo estava pregando, enviaram-se irmãos para Antioquia e para a Galácia, a fim de se impor a circuncisão e a lei de Moisés aos que haviam sido salvos dentre os gentios. Isso trouxe grande perturbação nas igrejas levantadas por Paulo e Barnabé (At 15:1).
Essa interferência dos judaizantes acabou chegando ao conhecimento dos dois, que, depois de contender e discutir com eles, decidiram ir a Jerusalém para esclarecer o assunto.
Em sua primeira viagem, quando pregavam a Fé, Paulo e Barnabé haviam ajudado as pessoas que foram salvas a viver no espírito pela prática de invocar o nome do Senhor. Mas todas aquelas interferências impostas pelos judeus, segundo a tradição religiosa que tinham, poderiam conduzir os novos irmãos a viver em si mesmos, independentes de Deus, a estar sob a lei, desligando-os de Cristo e fazendo-os decair da graça (Gl 3:1-3; 5:2-4). Isso era inadmissível!
Tendo chegado a Jerusalém, Paulo e Barnabé encontraram-se com Tiago – irmão de Jesus –, com os apóstolos e com os presbíteros da igreja. Os apóstolos ainda estavam lá, mas já não havia tanta autoridade entre eles. Aparentemente Tiago se tornara o mais influente (cf. At 15).
Reuniram-se então para decidir a questão. Após algum alvoroço, Pedro deu seu testemunho de como Deus o havia usado para iniciar a pregação do evangelho aos gentios. Barnabé e Paulo, em seguida, deram um relato de como Deus os usara para fazer sinais e prodígios entre os gentios. Tiago, por fim, tomou a palavra e deu seu parecer. Ele propôs que os crentes gentios não fossem perturbados, mas apenas instruídos a guardar-se de quatro coisas julgadas essenciais: das contaminações dos ídolos, das relações sexuais ilícitas, da carne de animais sufocados e do sangue.
Por conseguinte, elaboraram uma carta com essas determinações e a enviaram a Antioquia pelas mãos de Paulo e Barnabé e de mais dois líderes da igreja em Jerusalém: Silas e Judas. Já mencionamos anteriormente que, depois de cumprir sua missão, Judas voltou, mas Silas, guiado pelo Espírito, resolveu permanecer ali (vs. 33-35).
Quando Paulo decidiu fazer sua segunda viagem missionária, escolheu Silas e este o seguiu. Nessa viagem, depois de passar por Filipos, Paulo e Silas foram para Tessalônica e posteriormente para Corinto, onde souberam que os irmãos da Galácia estavam se submetendo à circuncisão e se apartando do evangelho pregado por Paulo. Por causa disso, ele, pouco depois, escreveu aos gálatas.
Nessa epístola, Paulo escreveu um resumo da revelação que obtivera nas regiões da Arábia, quando ainda servia em Damasco (Gl 1:17). Afirmou na carta que o evangelho que anunciava não era segundo o homem (v. 11), e que ele não o havia aprendido de homem algum, nem o havia recebido de homem algum, mas mediante revelação do próprio Senhor Jesus (v. 12). Paulo também escreveu que fora feito apóstolo não por homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai (v. 1). Ele precisou dizer isso porque aqueles judaizantes, cuja origem era Jerusalém, provavelmente estavam espalhando pela região que, por não ter sido enviado de Jerusalém, Paulo não era apóstolo, portanto seu evangelho não era completo.
Ao falar aos gálatas, Paulo os repreendeu dizendo: “Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou [enfeitiçou, segundo o original grego] a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? Quero apenas saber isso de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne?” (3:1-3). Paulo não entendia como eles podiam estar passando tão rápido para outro evangelho; por isso os advertiu fortemente, lembrando-os de que haviam recebido o Espírito, a promessa de Deus a Abraão, por meio da pregação da Fé e não pelas obras da lei (1:23; 2:20).


Ponto-chave: Incumbência de anunciar o evangelho do reino por todo o mundo
Pergunta: Por que Paulo precisou advertir fortemente aos gálatas?

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

PROMOVER A FÉ POR MEIO DOS LIVROS ESPIRITUAIS

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 1 - SEGUNDA-FEIRA

SÉRIE: livro: CHAMADOS PARA PROMOVER A FÉ

MENSAGEM CAPITULO 2 - PROMOVER A FÉ

Leitura bíblica: Mt 24:14, Rm 16:3-5, 15, 34; 1Co 16:19; Gl 3:2

Ler com oração: Saudai Priscila e Aquila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida arriscaram a sua própria cabeça; e isto lhes agradeço, não somente eu, mas também todas as igrejas dos gentios; saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles. Saudai meu querido Epêneto, primícias da Ásia para Cristo (Rm 16: 3-5)... As igrejas da Ásia vos saúdam. No Senhor, muito vos saúdam. Áquila e Priscila e, bem assim, a igreja que está na casa deles (1Co 16: 19).

PROMOVER A FÉ POR MEIO DOS LIVROS ESPIRITUAIS

O Senhor ainda não voltou porque está esperando que preguemos o evangelho do reino por todo o mundo (Mt 24:14). Para que o evangelho do reino seja pregado em toda a terra habitada, precisamos atender ao chamamento do Senhor.
Temos de deixar o conceito de que apenas tendo um grande local de reuniões é que a igreja vai crescer e alcançar mais pessoas. Se há um lugar de oração e os irmãos estão juntos, ali está a igreja (Rm 16:3-5; 1 Co 16:19).
Precisamos ser flexíveis quanto ao conceito de se ter um local específico de reuniões. Claro que devemos procurar ter um lugar adequado para congregar os santos, mas não pensemos que somente ali o Senhor faz Sua obra. Podemos usar todos os espaços onde o Senhor nos der a oportunidade de congregar pessoas tementes a Deus para que haja lugares de oração: salas comerciais, algum local em nosso trabalho ou onde moramos, ou seja, qualquer lugar onde pessoas que buscam o Senhor possam encontrar conforto, oração por suas necessidades e contato com a Palavra de Deus.
A melhor maneira de participar é abrir nossa casa e fazer dela um lugar de oração, ou uma casa de reunião da igreja, assim como a casa de Lídia e a casa do carcereiro, em Filipos, foram abertas depois que eles receberam a salvação de Deus (At 16:15, 34). Se nossa casa estiver aberta para reuniões, as pessoas virão e encontrarão um ambiente propício para orar e adequado para se pregar o evangelho a vizinhos, amigos e parentes.
Cada um pode convidar seus vizinhos e dizer-lhes: “Vocês precisam de oração? Minha casa é um lugar de oração e podemos orar por você hoje”. Depois de orar, ainda se pode oferecer-lhes um cafezinho, para estreitar a comunhão ao término da reunião, e ler com eles alguma porção da Palavra de Deus ou de algum livro espiritual que os ajudem a ser conduzidos à Fé. Pela pregação, que é o ouvir da Fé, as pessoas ganharão o Espírito (Gl 3:2). Várias famílias já tiveram a bênção de ser úteis a Deus dessa maneira.
Outro modo prático de alcançar as pessoas é criar nas cidades, se possível em vários pontos, um ambiente acolhedor onde se encontram livros espirituais que conduzem as pessoas à Fé. A esse lugar chamamos Bookafé, cujo significado é livro [book] que conduz à Fé. Esse espaço já pode ser encontrado em várias cidades do Brasil e em outros países. O principal objetivo de se ter um lugar como esse é proporcionar às pessoas um ambiente informal a fim de orar com e por elas e suprir-lhes vida por meio da Palavra de Deus.
Seja qual for o lugar, o mais importante é promover a Fé, como Paulo e Silas fizeram na segunda e gloriosa viagem ministerial. Além de orar pelas pessoas e por suas necessidades, vamos ajudá-las a invocar o nome do Senhor, apresentar-lhes a Palavra de Deus e alimentá-las com as palavras saudáveis que temos recebido, levando-as a crescer na vida espiritual, na Fé.


Ponto-chave: Abrir nossa casa e fazer dela um lugar de oração
Pergunta: Qual o principal objetivo do Bookafé e dos lugares de oração?

sábado, 31 de agosto de 2013

SER APERFEIÇOADO PARA O MINISTÉRIO DA PALAVRA

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 8 - DOMINGO

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 24: O aperfeiçoamento dos santos para a edificação (Ef 4:11-12; 3 Jo 12)
Leitura bíblica: 1 Co 14:31; Ef 4:11-13; Cl 3:16; 2 Tm 2:15; 1 Tm 4:6
Ler com oração: Tomara todo o povo do SENHOR fosse profeta, que o SENHOR lhes desse o seu Espírito! (Nm 11:29). [Deus] nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica (2 Co 3:6).

SER APERFEIÇOADO PARA O MINISTÉRIO DA PALAVRA

João aprendeu a negar a vida da alma durante os vinte anos em que permaneceu preso no exílio. Por esse motivo, ele foi capaz de discernir a situação da igreja em Éfeso e ajudar os irmãos ali. Ele percebeu que os efésios permaneciam na esfera da alma, discutindo e analisando as verdades contidas na epístola escrita por Paulo, em vez de praticarem aquelas palavras. Essa condição era lamentável, porque a Palavra do Senhor estava sendo desperdiçada. Por isso, ao servir a igreja em Éfeso, João novamente trouxe à tona o encargo que Paulo havia transmitido a eles: que a igreja experimentasse e vivenciasse cada item contido naquela epístola.
A ênfase de Paulo no livro de Éfesios não era teórica, mas prática, pois ele mostrou a necessidade de vivermos e andarmos no espírito. Nesse sentido, não basta falar sobre a igreja ou cantar hinos que dizem respeito à igreja, pois o que o Senhor requer de nós é que tenhamos um viver da igreja que O expresse. Para isso, precisamos ser aperfeiçoados.
No capítulo 4 de Efésios, Paulo mostra que existem pessoas que Deus concedeu à igreja para nos aperfeiçoar. São os profetas, evangelistas, pastores e mestres. Não se trata de pessoas que ostentam uma posição, mas sim daqueles que carregam a responsabilidade de aperfeiçoar os que lhes foram confiados. Quando a igreja recebe aperfeiçoamento, muitos outros se tornam apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres.
Por exemplo, se estamos no espírito quando lemos a Palavra, recebemos luz e podemos transmitir vida a outros por meio do ministério da Palavra. Podemos compartilhar o que ganhamos em um grupo familiar, em uma reunião de estudo bíblico ou em um lugar de oração. Na verdade, o desejo do Senhor é que todos sejamos ministros da Palavra (Nm 11:29; 1 Co 14:31).
Quando desempenhamos o ministério da Palavra, estamos sendo aperfeiçoados e aperfeiçoando outros para edificação do Corpo de Cristo.


Ponto-chave: Ser um ministro da Palavra para edificar o Corpo de Cristo.
Pergunta: O que ocorre quando a igreja é aperfeiçoada?

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

ANDAR NO ESPÍRITO PARA FLUIR O AMOR DE DEUS

ALIMENTO DIÁRIO \ SEMANA 8 - SÁBADO

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 24: O aperfeiçoamento dos santos para a edificação (Ef 4:11-12; 3 Jo 12)
Leitura bíblica: Gl 5:16, 25; 1 Jo 3:16, 18; 4:7-8, 11-12, 20
Ler com oração: Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço (1 Jo 2:10).

ANDAR NO ESPÍRITO PARA FLUIR O AMOR DE DEUS

Em Efésios 4:1 lemos: “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados”. Logo em seguida o apóstolo Paulo nos fala sobre andar na graça, na verdade, no amor e na luz. Uma vez que Cristo vive em nós, podemos andar na graça e na verdade. Por sermos filhos amados de Deus Pai, vivendo sob Sua luz, podemos andar no amor e na luz. À medida que a vida de Deus cresce em nós, tornamo-nos mais parecidos com o Senhor e expressamos Seus atributos e virtudes.
Além das quatro características de andar descritas acima, Efésios 5 ainda nos fala que devemos andar no espírito, dizendo: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo” (vs. 15-21). Essa deve ser a realidade da vida da igreja: estarmos cheios no espírito como se estivéssemos “embriagados” do Espírito.
Andando dessa maneira, nós, que éramos um material imprestável, podemos ser úteis a Deus. Além disso, no viver da igreja, que inclui as reuniões, nosso viver familiar, social e a batalha espiritual, iremos fluir a vida divina, que se manifesta no amor. Que Cristo habite em nosso coração, pela fé, e que estejamos arraigados e alicerçados em amor, para que sejamos tomados de toda a plenitude de Deus (3:17-19).


Ponto-chave: Andar no espírito é a melhor maneira para remir o tempo e andar de maneira sábia.
Pergunta: Quais são as práticas listadas na Epístola aos Efésios que auxiliam a nos encher do Espírito?

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

EXERCITAR O ESPÍRITO PARA ANDARMOS DE MODO DIGNO DA NOSSA VOCAÇÃO

ALIMENTO DIÁRIO \ SEMANA 8 - SEXTA-FEIRA

 SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 24: O aperfeiçoamento dos santos para a edificação (Ef 4:11-12; 3 Jo 12)

Leitura bíblica:Ef 4:1 ,7, 15, 25; 5:8, 18

Ler com oração: Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo (Ef 4:11-13).

EXERCITAR O ESPÍRITO PARA ANDARMOS DE MODO DIGNO DA NOSSA VOCAÇÃO

O propósito do Senhor ao nos colocar na igreja é nos ensinar lições em cada situação que vivemos. Mesmo quando nos deparamos com problemas e tribulações entre os irmãos, temos a oportunidade de nos voltar ao Espírito para receber mais da vida de Deus. Por meio do exercício do espírito somos enchidos com a vida de Deus e habilitados para toda boa obra.
Durante sua permanência em Éfeso, certamente João teve a oportunidade de ler a epístola que Paulo havia escrito aos efésios. O capítulo 1 dessa carta apresenta de maneira completa a revelação de toda a economia de Deus. Paulo descreve que fomos abençoados com toda sorte de bênçãos espirituais, de tal forma que temos a benção do Pai, nos predestinando para sermos Seus filhos maduros; a benção do Filho, nos redimindo e salvando; e a benção do Espírito, nos selando e tornando herdeiros da promessa. O resultado de todas essas bênçãos é a produção da igreja, a qual é o Seu Corpo, conforme vemos no final desse capítulo (vs. 22-23).
No capítulo 2 vemos que a igreja é composta por todos aqueles que estavam mortos em seus delitos e pecados, mas, por causa da misericórdia e graça de Deus, foram salvos, receberam a vida divina, se tornaram a família de Deus e estão sendo edificados para ser a habitação de Deus no espírito (2:22). No capítulo 3, vemos que nesse ambiente de fé e amor podemos compreender, com todos os santos, todas as dimensões do amor de Cristo, que excede todo entendimento (3:18).
Na sequência, os capítulos 4 e 5 nos mostram que devemos andar de modo digno da vocação a que fomos chamados. Assim, temos quatro tipos de andar, que devemos aplicar em nosso viver. Primeiramente temos o andar na graça e na verdade, que vieram por meio de Cristo. Também devemos andar na luz e no amor, que representam a natureza de Deus Pai. Essa prática nos leva a manifestar a vida divina que está em nós. No entanto, se focarmos apenas no conhecimento das verdades, de modo doutrinário, e não buscamos praticá-las, nossa cooperação com o Senhor ficará seriamente comprometida.
Por isso, depois de obtermos o conhecimento das verdades, precisamos imediatamente exercitar nosso espírito, com a finalidade de praticar o que temos recebido, aplicando a Palavra em nosso viver diário.
Quanto mais exercitamos nosso espírito, servindo o Senhor com nossos dons, mais graça recebemos (Ef 4:7). Assim todos nós, membros do Corpo de Cristo, podemos ser aperfeiçoados para desempenhar nossa função na Sua edificação (vs. 12-13, 16). Aleluia!


Ponto-chave: Andar na graça, na verdade, no amor e na luz para edificar o Corpo de Cristo.
Pergunta: O que devemos fazer ao receber o conhecimento de alguma verdade?

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

EXERCITAR O ESPÍRITO PARA GANHAR O REINO

ALIMENTO DIÁRIO \ SEMANA 8 - QUINTA-FEIRA


SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 24: O aperfeiçoamento dos santos para a edificação (Ef 4:11-12; 3 Jo 12)
Leitura bíblica: Gn 17:1; Mt 5:48; Rm 10:13; 2 Tm 3:17

Ler com oração: O exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser. Fiel é esta palavra e digna de inteira aceitação (1 Tm 4:8-9).

EXERCITAR O ESPÍRITO PARA GANHAR O REINO

O Senhor deseja que sejamos aperfeiçoados em nosso viver diário, crescendo em vida, para governarmos o mundo que há de vir. Por isso o Espírito nos conduz a viver a vida da igreja, onde aprendemos a negar nossa vida da alma e a seguir o Senhor, junto com os demais irmãos. Em Mateus 16, todavia, quando o Senhor falou sobre a igreja e sua edificação, Ele não se referia a um templo físico. A vontade do Senhor é nos dar uma esfera espiritual na qual todos os Seus filhos possam se desenvolver, crescendo e amadurecendo, para obterem a plena filiação.
Aqueles que creram no Senhor já possuem a vida divina, porém isso é apenas o começo. Para ganharmos a plena filiação, que é a condição para reinarmos com Cristo, precisamos cooperar com Ele, abrindo-Lhe nosso coração e esvaziando-nos de nós mesmos. Quanto mais negamos a nossa vida da alma, exercitando nosso espírito, mais da vida divina recebemos. Uma vez que a responsabilidade de governar no reino vindouro não pode ser confiada aos filhos de Deus que ainda são imaturos, precisamos permitir que a vida de Deus cresça em nós.
Fomos escolhidos por Deus dentre inúmeras pessoas. Contudo, dentre aqueles que foram chamados, Ele ainda selecionará Seus escolhidos (Mt 22:14), aqueles que, por terem amadurecido, herdarão Seu reino. Esse amadurecimento relaciona-se com as experiências de vida que temos com o Senhor hoje. Precisamos ser provados, exercitados e experimentados a fim de sermos habilitados suficientemente para administrar e reger a porção que o Senhor nos confiará. Hoje, na igreja, temos tantas oportunidades para isso ocorrer. Cada vez que nos envolvemos com os serviços, cuidamos dos irmãos e pregamos o evangelho às pessoas, perseverando em meio às dificuldades e tribulações, estamos sendo aperfeiçoados para sermos Seus cooperadores na administração de Seu reino.
Um bom exemplo para nós é o apóstolo João. Mesmo sendo avançado em idade, depois de ter vivido e passado por tantas situações, e após ter registrado em livro todas as visões acerca do fim dos tempos que o Senhor lhe dera, ao sair da prisão não se contentou apenas em ter aquele conhecimento, pois ele sabia que ainda precisava crescer mais em vida e aperfeiçoar outros.
A história da igreja nos mostra que ele partiu para Éfeso a fim de ajudar a igreja naquela cidade a praticar o que havia recebido. A vida de Deus já havia crescido nele de tal modo que não se preocupou com sua idade tampouco com seu cansaço. Por meio de Espírito e vida, João ajudou os efésios a serem restaurados à uma condição espiritual desejável. Esse é o caminho para sermos aperfeiçoados para reinar com o Senhor.


Ponto-chave: Ser aperfeiçoados e amadurecer para cooperar com o Senhor.
Pergunta: De que modo a vida da igreja proporciona o ambiente adequado para crescermos em vida?

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O SENHOR É O JUSTO GALARDOADOR

ALIMENTO DIÁRIO \ SEMANA 8 - QUARTA-FEIRA

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 24: O aperfeiçoamento dos santos para a edificação (Ef 4:11-12; 3 Jo 12)
Leitura bíblica: Mt 16:27; Hb 11:6; Ap 2:26; 5:10

Ler com oração: Eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras (Ap 22:12).

O SENHOR É O JUSTO GALARDOADOR

Ontem vimos que ao final desta era os vencedores receberão do Senhor o galardão, que é a autoridade para governar as nações no reino vindouro. Essas nações serão compostas por aqueles que, mesmo não sendo regenerados, terão compaixão dos filhos de Deus durante a grande tribulação, ao final desta era. Isso foi profetizado pelo próprio Senhor Jesus em Mateus 25, quando apresenta dois grupos de pessoas tipificados pelas ovelhas e pelos cabritos.
Durante a grande tribulação o anticristo perseguirá todos os filhos de Deus a fim de matá-los. Nesse tempo somente aqueles que receberem sua marca, na mão ou na fronte, poderão comprar ou vender mantimentos (Ap 13:16-17). Todavia somente receberão esta marca aqueles que adorarem o anticristo. A moeda que usamos hoje deixará de existir e, com o desenvolvimento da tecnologia, será substituída pelo uso de microchips e sistemas de informação superdesenvolvidos.
Desse modo os genuínos filhos de Deus ficarão impedidos de comprar e vender qualquer coisa. Eles terão fome, sede e frio. Ficarão desabrigados, doentes e ainda serão perseguidos e aprisionados. Graças ao Senhor, segundo o que é apresentado pelo Senhor Jesus em Mateus 25, cremos que haverá um grupo de pessoas não regeneradas que, mesmo tendo a marca da besta, terá compaixão dos filhos de Deus. Essas pessoas serão as ovelhas que irão compor as nações terrenas durante o reino milenar; serão os cidadãos do reino, sobre as quais os vencedores exercerão autoridade. Elas ocultamente irão ajudar os cristãos, fornecendo alimentos, roupas, abrigo, remédios e outras coisas.
A essas pessoas o Senhor dirá: “Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me” (Mt 25:34-36). Eles perguntarão ao Senhor quando fizeram essas coisas, e Ele lhes dirá: “Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (v. 40).
O outro grupo mencionado em Mateus 25 são os cabritos, que tipificam as pessoas que não terão compaixão dos cristãos, negando-lhes os suprimentos necessários para que sobrevivam durante a grande tribulação. Esses irão para o castigo eterno (v. 46).
O Senhor, então, regerá as nações juntamente com Seus vencedores, que reinarão com Ele. Os vencedores são aqueles que viveram de acordo com os requisitos apresentados pelo Senhor em Mateus 5, 6 e 7. Se buscarmos viver de acordo com esse padrão, diariamente exercitando nosso espírito e praticando essas palavras, receberemos nosso galardão de governar as nações no mundo vindouro, segundo a proporção do crescimento de vida que tivermos.
Graças ao Senhor por toda palavra que temos recebido hoje e por todas as oportunidades que Ele tem nos dado de negar nossa vida da alma para nos encher com Sua vida. Se guardarmos a palavra da Sua perseverança, isto é, praticarmos o que Ele nos tem falado hoje, seremos poupados da hora da tribulação que virá sobre o mundo inteiro (Ap 3:10).


Ponto-chave: Crescer em vida, negar a vida da alma e guardar as palavras do Senhor.
Pergunta: Quem serão os cidadãos e os governantes do reino vindouro?

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

SER PREPARADOS PARA EXERCER A AUTORIDADE DIVINA

ALIMENTO DIÁRIO \ SEMANA 8 - TERÇA-FEIRA

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 24: O aperfeiçoamento dos santos para a edificação (Ef 4:11-12; 3 Jo 12)
Leitura bíblica: Mt 24:42; Lc 19:17; Rm 6:23; 1 Co 15:45b; Gl 3:13
Ler com oração: Se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória (Cl 3:1-4).

SER PREPARADOS PARA EXERCER A AUTORIDADE DIVINA

Em Sua sabedoria e glória o Senhor criou o homem à Sua imagem e semelhança. Zacarias 12:1 nos diz que o Senhor estendeu o céu, fundou a terra e formou o espírito do homem dentro dele. Quando o Senhor formou o homem do pó da terra, Ele soprou o espírito humano em suas narinas, e o homem tornou-se alma vivente (Gn 2:7). Ele estava preparando o homem para que pudesse recebê-Lo como sua vida, a fim de habitar em seu espírito, mesclando-se ao homem. Embora os anjos sejam seres espirituais, Deus não os criou com um espírito apto a recebê-Lo.
Infelizmente, por causa do engano da serpente, o homem não recebeu a vida de Deus em seu espírito, e sim o pecado, que acabou por afastá-lo do Criador. Então Deus Pai elaborou um plano de redenção, no qual o Seu Filho, Jesus Cristo, foi entregue para morrer em nosso lugar (Rm 6:23; Gl 3:13). Além disso, em ressurreição, o Senhor tornou-se o Espírito que dá vida (1 Co 15:45b), que regenera e liberta do jugo do pecado todo aquele que Nele crê. Louvado seja o Senhor! Agora, Ele deseja infundir mais de Sua vida em Seus filhos, a fim de fazê-los crescer e amadurecer, até que estejam aptos para receber Sua herança, Seu galardão. Somente por meio dessa vida poderemos governar o mundo que há de vir. Esse é o plano original de Deus, que criou o homem para partilhar com Ele Sua vida e autoridade.
Por isso hoje buscamos o crescimento de vida, negando nossa vida da alma, vivendo a vida da igreja, servindo ao Senhor no espírito e pregando o evangelho a todas as pessoas, para que mais da vida divina seja trabalhada em nós e, ao final, recebamos a plena filiação. Quando isso ocorrer, se cumprirá o que está escrito em Colossenses 3:4: “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória”. Isso é equivalente ao que Pedro disse a respeito do valor de nossa fé, que, uma vez confirmado, redundará em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo. Aleluia!
Consequentemente precisamos vigiar e orar, pois esse grande dia se aproxima. Todas as coisas à nossa volta anunciam que a volta do Senhor está próxima. Tantos eventos confirmam a chegada do fim desta era. Logo o governo deste mundo estará sob o absoluto domínio do anticristo, que um dia há de ser revelado. Antes disso, porém, o Senhor arrebatará Seus vencedores e uma grande tribulação acometerá o mundo inteiro. Nesse momento, o anticristo perseguirá os filhos de Deus que estiverem na terra. Por fim ele será derrotado e aprisionado, e o reino deste mundo se tornará do Senhor, que estabelecerá Seu reino celestial (Ap 11:15).
Os que tiverem vencido, serão investidos de autoridade para governar sobre as nações pelo período de mil anos (20:6). Amanhã veremos mais detalhes sobre isso.


Ponto-chave: Vigiar e orar porque está próximo o reino dos céus.
Pergunta: Qual é a sua real necessidade hoje, considerando que a volta do Senhor se abrevia?

domingo, 25 de agosto de 2013

UMA ADVERTÊNCIA ÀQUELES QUE DESEJAM REINAR COM O SENHOR

ALIMENTO DIÁRIO \ SEMANA 8 - SEGUNDA-FEIRA


SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO

MENSAGEM 24: O aperfeiçoamento dos santos para a edificação (Ef 4:11-12; 3 Jo 12)

Leitura bíblica: 1 Co 10:11; 15:50; 1 Pe 5:6

Ler com oração: Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites? (Sl 8:4). Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste e o constituíste sobre as obras das tuas mãos (Hb 2:7).

UMA ADVERTÊNCIA ÀQUELES QUE DESEJAM REINAR COM O SENHOR

Louvamos ao Senhor por estar concluindo mais uma série do Alimento Diário, na qual recebemos muita luz acerca da edificação do Corpo de Cristo. Vimos que o desejo do Senhor é que participemos desta edificação de maneira ativa, cooperando com Ele em Seu plano, por meio de todas as ferramentas que Ele nos tem dado para a consumação de Seu propósito. Deus conta com cada um de nós e deseja que nos preparemos hoje, vivendo intensamente a vida da igreja, para que estejamos aptos para, ao final desta era, governar o mundo que há de vir com Ele.
Em Hebreus 2:5 lemos: “Pois não foi a anjos que sujeitou o mundo que há de vir, sobre o qual estamos falando”. Esse contexto relaciona-se com o fato de Deus não ter confiado o mundo que há de vir aos anjos, mas ao homem. Em séries anteriores do Alimento Diário, vimos que o governo de Sua criação no mundo de outrora fora confiado ao Seu principal arcanjo, Lúcifer, o filho da alva.
Contudo Isaías 14 nos mostra que esse arcanjo encheu seu coração de orgulho a ponto de querer se igualar ao Altíssimo (vs. 13-14). Semelhantemente, em Ezequiel 28 vemos que, pelo fato de Deus o haver equipado com muitos dons e formosura, Lúcifer se orgulhou de sua capacidade, enchendo seu coração de iniquidade e violência (vs. 15-16). Ele deixou de reconhecer que o Senhor era a fonte de tudo o que possuía, por isso foi julgado por Deus e se tornou Seu adversário, Satanás.
Fomos contaminados com a natureza caída de Satanás por causa do pecado. Esse foi o resultado da queda do homem, ao se deixar enganar pela serpente. Assim, quando alguém vive de acordo com essa natureza caída, torna-se independente de Deus e manifesta também ambição e orgulho, o mesmo que havia em Lúcifer. Por isso precisamos constantemente nos esvaziar e voltar nossa mente ao Espírito, pedindo ao Senhor que nos purifique de tudo que não provém Dele.
Quando foi julgado por Deus e lançado por terra, Lúcifer seduziu a terça parte dos anjos e corrompeu a primeira criação de Deus. Esses anjos e seres viventes vieram a se tornar respectivamente os principados e potestades do ar, os espíritos malignos, e os demônios (Ef 6:12). Assim, desde sua queda, Satanás tem exercido o controle sobre os reinos deste mundo (1 Jo 5:19), por meio dessas forças espirituais do mal. Todas as autoridades do mundo em que vivemos também estão debaixo de seu governo, por isso o Senhor o chamou de “o príncipe deste mundo” (Jo 16:11). Esse é o motivo de toda a degradação e morte que vemos em todo lugar.
Nesse sentido, a palavra nos revela que o Senhor não entregará o mundo que há de vir novamente ao governo dos anjos, mas ao homem. O plano de Deus é nos preparar, regenerando e transformando-nos, para exercer Sua autoridade por meio de nós e reinarmos segundo a vida divina que Dele recebemos. Amém!


Ponto-chave: Esvaziar-se do orgulho e ambição.
Pergunta: Por que razão o Senhor não entregará o governo do mundo vindouro aos anjos?

sábado, 24 de agosto de 2013

ÉFESO TORNOU-SE O CENTRO DA OBRA

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 7 - DOMINGO


SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 23: A prática da verdade (2 Jo 4; 3 Jo 3-4)
Leitura bíblica: At 19:24-41; 3 Jo 3-8, 12

Ler com oração: Por causa do Nome foi que saíram, nada recebendo dos gentios. Portanto, devemos acolher esses irmãos, para nos tornarmos cooperadores da verdade (3 Jo 7-8)
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ÉFESO TORNOU-SE O CENTRO DA OBRA

João levou sua experiência para a igreja em Éfeso e a tornou o centro da obra, de onde ele enviou irmãos para outros lugares. Esses irmãos ganharam vida por meio do viver da igreja em Éfeso e, ao sair por causa do Nome (3 Jo 3-8), manifestavam essa vida por meio do amor.
Em Atos 19:24-41 vemos um ourives chamado Demétrio que causou muito problema para Paulo e seus cooperadores na pregação do evangelho em Éfeso. Contudo em 3 João 12, João escreve: “Quanto a Demétrio, todos lhe dão testemunho, até a própria verdade, e nós também damos testemunho; e sabes que o nosso testemunho é verdadeiro”.
Quando vemos alguém pecando, nossa reação não deve ser de condenação; antes, devemos ministrar-lhe Espírito, vida divina e amor. Em uma das unidades do CEAPE (Centro de Aperfeiçoamento para Propagação do Evangelho), vários ceapistas anteriormente eram moradores de rua, outros dependentes químicos. Há certos órgãos que dão assistência a essas pessoas para que se recuperem, no entanto, uma vez recuperadas, quem lhes dá trabalho? Com um passado daquele tipo, como empregá-las? O Senhor, todavia, prepara todas as coisas. Uma excelente opção para essas pessoas recuperadas é ser um colportor. Dessa maneira eles terão uma profissão por meio da qual também poderão servir a Deus.
Há algum tempo recebemos a visita de uma irmã da Alemanha, uma pastora que os viu e os entrevistou, ouviu e registrou o testemunho de cada um. Ela vertia lágrimas enquanto os ouvia e, ao final, nos disse: “Nós não conseguimos, na Alemanha, esse resultado”. Louvado seja o Senhor! Uma pessoa como Demétrio pôde ser transformada. Se há pessoas assim no nosso meio, vamos amá-las e suprir-lhes vida. Elas serão transformadas!
João, em sua maturidade, depois de ter escrito Apocalipse, foi levado pelo Espírito a servir em Éfeso. Historicamente falando, a igreja em Éfeso pode representar a primeira fase da igreja. João serviu ali com amor e vida e, devido a isso, a igreja mudou. Em nosso serviço na igreja sejamos também assim: não repreender nem acusar, mas amar. É preciso amar esses irmãos com o amor que resulta do crescimento da vida divina em nós. Louvado seja o Senhor!


Ponto-chave: Ajudar os demais com amor.
Pergunta: De que modo devemos ajudar os irmãos que estão em pecado?

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

JOÃO EM SUA MATURIDADE FOI PARA ÉFESO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 7 - SÁBADO


SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 23: A prática da verdade (2 Jo 4; 3 Jo 3-4)
Leitura bíblica: 1 Jo 4:7-21

Ler com oração: Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros (1 Jo 4:11).

JOÃO EM SUA MATURIDADE FOI PARA ÉFESO

Anos depois da morte de Paulo, o apóstolo João, já maduro, após seu exílio na ilha de Patmos, foi para Éfeso servir a igreja, segundo nos conta a história. Quando lá chegou, ajudou os santos não simplesmente com a verdade em seu aspecto doutrinário, mas levou os irmãos ao Espírito, pois ele já havia experimentado o Deus Triúno como o Espírito da realidade no seu interior.
Guiado pelo Espírito da realidade, João se lembrou de tudo que o Senhor havia dito durante os três anos e meio e o que Ele havia feito enquanto esteve com eles. Isso o fez escrever seu evangelho, que relata fatos e palavras ditas pelo Senhor que os outros evangelhos não registraram. Foi com tal espírito que ele foi servir em Éfeso.
A dificuldade da igreja em Éfeso, de acordo com a primeira das sete cartas às sete igrejas registradas em Apocalipse 2-3, foi ter abandonado o primeiro amor. Isso significa que eles não estavam no Espírito, pois Deus é amor, e o amor aos outros é o resultado do crescimento de vida, crescimento esse que ocorre no Espírito. Essa era a situação anterior da igreja em Éfeso.
Todavia, quando João chegou ali, ele ajudou aqueles irmãos e, depois de alguns anos, a igreja em Éfeso se tornou um centro de obra, onde muitos foram cuidados e de onde muitos eram enviados para diferentes lugares para cuidar de outros. Louvado seja o Senhor!
Em Éfeso, João ajudou a igreja a voltar-se para o Espírito, pois Nele há vida, que se manifesta por meio do amor. Quando estamos juntos, e invocamos o nome do Senhor, desfrutamos a vida de Deus, e como resultado, espontaneamente manifestamos o amor que temos pelos irmãos e pelas pessoas.
Quando estamos no espírito, não é preciso que sejamos exortados a amar uns aos outros. Isso será espontâneo. Em 1 João 4:7-8 lemos: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”. Nós amamos porque o Deus que é amor tornou-se carne (Jo 1:14), morreu por nós na cruz para nos redimir do pecado e dar vida, ressuscitou, tornando-se assim o Espírito que dá vida (1 Co 15:45b), entrou em nós e é um conosco (6:17).
Por isso nosso caminho não é repreender, acusar ou discutir com as pessoas, mas conduzi-las ao Espírito. Dessa maneira expressaremos uma genuína preocupação e cuidado por elas, com amor. Louvado seja o Senhor.


Ponto-chave: Espírito, vida e amor uns pelos outros.
Pergunta: Você tem cuidado de outros com amor para que se voltem ao Espírito, cresçam e amem uns aos outros?

OS QUATRO LIVROS ESCRITOS NA PRISÃO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 7 - SEXTA-FEIRA


SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 23: A prática da verdade (2 Jo 4; 3 Jo 3-4)
Leitura bíblica: 1 Tm 1:3, 6-7; 6:3-5; Fm 1-25

Ler com oração: Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão (1 Tm 6:11).

OS QUATRO LIVROS ESCRITOS NA PRISÃO

Enquanto era prisioneiro em Roma, depois de ter apelado para César, Paulo teve tempo de escrever três livros que, juntamente com Gálatas, formam os quatro livros mais importantes: Efésios, Colossenses, Filipenses. Além disso, ele escreveu uma epístola pessoal, endereçada a Filemom.
Filemom era uma pessoa de alta posição em Colossos e também um irmão líder na igreja ali. Na carta que lhe escreveu, Paulo fala de uma pessoa chamada Onésimo, escravo de Filemom que fugira de seu amo. Em Roma foi preso juntamente com Paulo, ouviu dele o evangelho e recebeu o Senhor (Fm 10). Paulo intercedeu pela vida de Onésimo na carta e a enviou por meio do próprio Onésimo, dizendo: “Ele, antes, te foi inútil; atualmente, porém, é útil a ti e a mim”. O nome Onésimo quer dizer útil.
Uma vez liberto de seu primeiro aprisionamento, Paulo voltou a visitar as igrejas e foi a Éfeso. Porém, quando viu a condição dos irmãos em Éfeso, Paulo ficou muito triste. A palavra Éfeso significa desejável, porém a igreja em Eféso nessa ocasião não era desejável, a despeito de todo labor de Paulo. Embora ouvissem palavras tão elevadas, aparentemente seu viver não estava à altura da revelação que receberam.
Paulo já havia permanecido em Éfeso por três anos cuidando da igreja e pregando o evangelho (At 20:31). Depois da prisão escreveu-lhes uma carta que falava do dispensar de Deus ao homem. Ainda assim parece que os irmãos não reagiram positivamente. Ao seguir para a Macedônia, Paulo deixou ali Timóteo para que admoestasse alguns que se preocupavam com fábulas e genealogias e não com o dispensar de Deus na fé (1 Tm 1:3 – lit.).
Timóteo não conseguiu mudar a situação da igreja ali, e por fim, ficou desanimado, por isso Paulo escreveu a ele duas cartas para encorajá-lo. Timóteo chegou a ter problemas de estômago provavelmente por causa da pressão espiritual e emocional que sofria e da situação dos santos ali (1 Tm 5:23). Em sua segunda carta a Timóteo, Paulo buscou reavivar, ou reacender, o dom que havia nele (2 Tm 1:6).
A condição da igreja em Éfeso estava lamentável. Embora tivessem sido alvo de tanto cuidado de Paulo e recebido dele uma carta tão rica e elevada, alguns irmãos ali estavam envolvidos com discussões e falatórios inúteis, em vez de dar atenção ao dispensar de Deus (1:6-7). Além disso, alguns tinham ensinamentos diferentes e não concordavam com as palavras saudáveis do Senhor Jesus; antes, eram arrogantes e tinham mania por questões e contendas (6:3-5).
Que o Senhor nos salve de cair numa condição assim! Que as palavras que ouvimos se tornem nossa experiência e prática.


Ponto-chave: Cuidar dos santos e das igrejas.
Pergunta: Você tem sido “Onésimo” para o Senhor?

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O MINISTÉRIO EPISTOLAR DE PAULO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 7 - QUINTA-FEIRA

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 23: A prática da verdade (2 Jo 4; 3 Jo 3-4)
Leitura bíblica: At 21:19-21; Gl 3:1-11, 23; 5:1-2, 4, 6


Ler com oração: Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado (Gl 2:16). Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão (v. 21).

O MINISTÉRIO EPISTOLAR DE PAULO

No final de sua terceira viagem ministerial, Paulo foi para Jerusalém levar a oferta dos santos da Macedônia e Acaia para os necessitados ali (At 19:21; 2 Co 8:1; 9:2, 4). Ele até pediu aos irmãos em Roma que orassem para que seu serviço em Jerusalém fosse bem aceito pelos santos (Rm 15:25-32). Uma vez em Jerusalém, Paulo “contou minuciosamente o que Deus fizera entre os gentios por seu ministério. Ouvindo-o, deram eles glória a Deus e lhe disseram: Bem vês, irmão, quantas dezenas de milhares há entre os judeus que creram, e todos são zelosos da lei” (At 21:19-20). Eles estavam preocupados que os judeus se incomodassem com a presença de alguém que pregava que, uma vez salvos, os judeus crentes já não precisavam da lei e dos costumes do Antigo Testamento, nem circuncidar os filhos (vs. 21-22; cf. Gl 2:16, 21; 3:1-11, 23; 5:1-2, 6). Por isso sugeriram que Paulo fizesse um voto de nazireado a fim de conciliar o evangelho com a lei (At 21:23-24).
O voto do nazireu no Antigo Testamento era para pessoas que não eram levitas, ou seja, não estavam qualificadas para servir ao Senhor como sacerdotes, mas queriam participar desse serviço (Nm 6:1-21). Esse voto servia apenas por um período; um nazireu não era um sacerdote vitalício. Provavelmente por causa da pressão da esfera religiosa que havia ali, Paulo aceitou fazer o voto (At 21:26). Caso Paulo tivesse cumprido o voto até o final, um grande problema surgiria: seria o fim de seu serviço espiritual, pois ele mesmo estaria voltando para a lei, depois de ter pregado que não se devia estar debaixo de seu jugo, e anularia para si o sacrifício da cruz de Cristo (Gl 2:21; 5:4).
Para se realizar o voto havia uma preparação de sete dias. Pela soberania do Senhor, findando-se os sete dias, os judeus vindos da Ásia viram Paulo no templo e alvoroçaram todo o povo e o agarraram (v. 27). A intenção deles era matá-lo, porém o Senhor não permitiu e interveio na situação (v. 31).
Paulo foi preso em Jerusalém e mais tarde, visto que os judeus ainda queriam matá-lo, foi levado para Cesareia, a fim de ser julgado pelos representantes romanos. O Senhor preservou Paulo para que ele completasse a incumbência de escrever as catorze epístolas, das quais apenas seis estavam prontas. Se Paulo fosse morto naquela ocasião, não teríamos os oito livros restantes. O Senhor, porém, zela por Sua palavra. Aleluia!


Ponto-chave: Não mais lei, mas Cristo.
Pergunta: De que modo o Senhor salvou Paulo de voltar

terça-feira, 20 de agosto de 2013

A ECONOMIA DE DEUS NOS ESCRITOS DE PAULO

ALIMENTO DIÁRIO \ SEMANA 7 - QUARTA-FEIRA


SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 23: A prática da verdade (2 Jo 4; 3 Jo 3-4)

Leitura bíblica: Ef 3:1-3; 4:1; Fp 1:13; Cl 1:25; 4:9; Fm 1, 9, 22

Ler com oração: O mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos (Cl 1:26).

A ECONOMIA DE DEUS NOS ESCRITOS DE PAULO

A economia de Deus, ou Seu dispensar, tem duas etapas: a do Antigo e a do Novo Testamento. A do Antigo Testamento foi revelada a Moisés quando esteve no monte durante quarenta dias e noites. Já a economia neotestamentária foi revelada a Paulo e transmitida a nós em seus escritos. Todas as revelações contidas em suas catorze epístolas não poderiam ser escritas com poucas palavras em um curto período de tempo. Todavia, apesar de ter discorrido sobre a economia de Deus em Efésios 1, Paulo não teve como detalhar aquelas palavras e ajudar os irmãos a praticá-las em seu viver.
Dentre os escritos de Paulo temos, primeiramente, Gálatas e Romanos. Segundo os historiadores, o livro de Gálatas foi escrito por volta do ano 54, quando Paulo estava em Corinto (cf. At 18:1, 11). Já a carta para os irmãos em Roma deve ter sido escrita mais tarde, por volta do ano 60, também em Corinto (Rm 15:25-32; At 19:21; 20:1-3). Depois temos mais quatros livros, que são em pares, Primeira e Segunda Coríntios e Primeira e Segunda Tessalonicenses, dando assim um total de seis livros escritos antes de ir para Roma.
Primeira Coríntios provavelmente foi escrita por volta do ano 60, quando Paulo estava em Éfeso (At 19:21-22; 1 Co 16:3-8, 19), e 2 Coríntios pouco tempo depois, quando ele estava na Macedônia (2 Co 2:13; 7:5-6; 8:1; 9:2, 4). Primeira Tessalonicenses deve ter sido escrita por volta do ano 54, em Corinto, na segunda viagem ministerial de Paulo, pois Silvano, que é Silas, estava com ele (1 Ts 1:1; 3:6; At 18:1, 5), e 2 Tessalonicenses pouco tempo depois (2 Ts 1:1).
Durante as jornadas de Paulo em prol do evangelho, muitos o perseguiram e quiseram matá-lo. Contudo, mesmo em meio a situações tão difíceis e estando tão ocupado, ele separou um tempo para escrever para certas igrejas. Porém a revelação da economia de Deus, do Seu dispensar, que ele relata em Efésios 1, ainda não fora escrita.
Somente depois de seu aprisionamento é que ele teve paz e tempo para fazer isso. Na prisão em Roma ele escreveu aos efésios (At 28:30; Ef 3:1; 4:1; 6:20), aos filipenses (Fp 1:13), aos colossenses (Cl 4:9) e a Filemom (Fm 1, 9, 22). Como veremos na leitura de amanhã, o Senhor poupou a vida de Paulo em Jerusalém para que ele pudesse completar seu ministério epistolar (Cl 1:25-27). Graças ao Senhor por Sua revelação transmitida a nós nas epístolas de Paulo!


Ponto-chave: A Palavra escrita nos permitiu conhecer a vontade de Deus.
Pergunta: De que maneira o Senhor usou Paulo em seu primeiro aprisionamento?