SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 19: Ouro transparente [1] – (Gn 2:10-12a; 1 Pe 1:7; Ap 21:18, 21)
Leitura bíblica: Mt 9:14;11:5-6;14:3-11; Jo 3:22-26; At 9:20-25
O PERIGO DE TER OS PRÓPRIOS DISCÍPULOS
Deus incumbiu Paulo de transmitir a Fé objetiva (isto é, o conteúdo da economia neotestamentária de Deus), aos irmãos, até que essa Fé se tornasse subjetiva, sendo praticada por eles. Paulo fez o melhor que pôde para transmitir essa revelação, mas, porque possuía muitos argumentos, vencia as discussões com os judeus e, com isso, começou a lograr destaque pessoal em sua obra. Nesse contexto, não demorou a surgir um grupo de admiradores que se tornaram seus discípulos em Damasco.
No passado, isso também havia acontecido com João Batista. Ele era um grande profeta e falava com muita eloquência, de sorte que passou a ser seguido por um grupo particular de discípulos. No início de seu ministério, contudo, ele admitia que estava aguardando o Messias e que ele mesmo não era o Messias, mas apenas realizava o batismo com água para arrependimento, para preparar o caminho para a vinda Dele. Como precursor do Senhor, João não se considerava digno nem de levar Suas sandálias. Segundo suas próprias palavras, João Batista considerava o Senhor Jesus superior, pois batizaria as pessoas com o Espírito Santo e com fogo.
O Senhor Jesus veio para cumprir toda a justiça de Deus, isto é, fazer o que o Pai determinara. Por isso, antes de iniciar Seu ministério terreno, o Senhor foi até João Batista para ser batizado. Isso o impressionou e o levou a dizer que ele, João, é que deveria ser batizado pelo Senhor Jesus. Embora suas palavras fossem belas, ele não procedeu assim. Como precursor, naquele momento, João deveria ter encerrado seu ministério para seguir o Senhor, mas não o fez. Antes, manteve seu próprio ministério e discipulado, paralelamente ao ministério do Senhor. Embora dois de seus discípulos o tenham deixado para seguir Jesus, o próprio João Batista preservou seu grupo (Jo 3:22-26). Posteriormente, esse mesmo grupo se associou aos fariseus para criticar os discípulos do Senhor, causando-lhes transtornos (Mt 9:14).
No final de sua vida, João Batista foi encarcerado e da prisão mandou um recado ao Senhor, perguntando-lhe se Ele era mesmo o Messias ou se deveria esperar por outro. A isto, o Senhor respondeu: “Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço” (Mt 11:4-6). Ao ouvir essa resposta, João Batista deveria ter se arrependido, mas não o fez. Por fim, ele foi decapitado no cárcere (14:3-11).
Ao percorrer as cidades e povoados, o Senhor pregava o arrependimento, anunciando que o reino dos céus estava próximo. Seu ministério terreno durou cerca de três anos e meio, período no qual Ele aperfeiçoava Seus discípulos ensinando-lhes lições de vida diante das situações com que se deparavam no dia a dia. Se João Batista tivesse seguido o Senhor, provavelmente teria tido a oportunidade de ser aperfeiçoado por Ele, assim como Pedro o foi.
Ponto-chave: Seguir o Senhor e fazer o que Ele determinou.
Pergunta: Qual o significado da resposta do Senhor a João Batista?