sexta-feira, 6 de novembro de 2020

UM RESUMO DE 1 TESSALONICENSES

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 3 – SEXTA-FEIRA (páginas 48 e 49)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: UMA VISÃO PANORÂMICA – (1 TS 1:1, 3, 5-10)
Ministrada por Pedro Dong
Leitura bíblica:
1 Ts 1—2
Ler com oração:
Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações (1 Ts 1:2a).

UM RESUMO DE 1 TESSALONICENSES
Vamos hoje começar a expor catorze itens que resumem a Primeira Epístola de Paulo aos Tessalonicenses.
1. Oração de ação de graças (1 Ts 1:1-5). Paulo introduz a epístola dando graças a Deus pela obra de fé, pelo labor de amor e pela perseverança da esperança, destacando a repercussão da conversão dos tessalonicenses na região.
2. Deixando os ídolos, converteram-se a Deus (1 Ts 1:6-10). Apesar de toda pressão cultural e familiar, o evangelho agiu fortemente entre eles, motivo pelo qual deixaram os ídolos e passaram a servir ao Deus vivo e verdadeiro.
3.O proceder dos apóstolos (1 Ts 2:1-12). Essa porção da Bíblia é preciosa demais, pois mostra que nós que servimos ao Senhor temos de aprender a trabalhar com pureza no coração (vs. 3-4). Em nós não há intenção impura ou vontade de enganar alguém. Tampouco visamos ganhar votos, como se estivéssemos em uma disputa eleitoral, nem visamos conquistar fama e popularidade. No entanto, não podemos ignorar que muitas vezes nosso coração é enganoso. Julgamos que estamos servindo ao Senhor, mas há pequenas motivações impuras. Que o Senhor nos ilumine! Precisamos alcançar um nível mais profundo em nosso serviço ao Senhor, retirando de nosso coração todas as impurezas. Satanás foi quem buscou fama, popularidade e negociou para ganhar influência. Quanto a nós, buscamos somente servir ao Senhor.
A todo momento, Deus prova nosso coração para ver se há impureza, dolo, engano, segundas intenções ou motivações impuras. Ao provar nosso coração, Deus almeja aprová-lo para formar um grupo de vencedores que constituirão o filho varão, a fim de trazer o Senhor de volta. É preciso haver um grupo de pessoas cujo coração tenha sido provado e aprovado. Oramos ao Senhor para que nenhuma motivação impura esteja em nosso serviço. Se agirmos com impureza, muitos podem até ser enganados, mas Deus não o será. Deus não encarregará o evangelho aos de coração impuro; Ele só encarrega o evangelho a quem é aprovado.
Além disso Paulo não buscou obter vantagens entre os tessalonicenses (1 Ts 2:5). Do mesmo modo, nosso propósito não é agradar a homens ou obter ganhos financeiros. Desejamos que o Senhor trabalhe em nosso coração nesta época final e levante uma “fortaleza em Sião” composta por aqueles de coração puro.
Em seguida, o apóstolo, abrindo mais seu coração, diz: “Embora pudéssemos, como enviados de Cristo, exigir de vós a nossa manutenção, todavia, nos tornamos carinhosos entre vós, qual ama que acaricia os próprios filhos” (1 Ts 2:7). Como enviados de Cristo, não exigimos nada dos irmãos; pelo contrário, apresentamo-nos como uma mãe que cuida dos filhos. Uma mãe não tem salário ou nenhuma outra vantagem trabalhista, como décimo terceiro, férias ou licença. Mas ela cuida com amor e carinho. Assim deve ser nosso cuidado para com os irmãos e as pessoas que apascentamos. Esse é o labor de amor: cuidar como uma mãe que acarinha os próprios filhos.
Ainda há necessidade de fadiga e labor nestes tempos finais (1 Ts 2:9). Graças ao Senhor por nossas equipes de colportores que estão realizando um belo trabalho nas ruas. Há também vários irmãos que estão a nossa frente, tais como os cooperadores e os irmãos líderes das igrejas, os quais se afadigam em nosso favor e nos servem de modelo. Por fim, leiamos: “Vós e Deus sois testemunhas do modo por que piedosa, justa e irrepreensivelmente procedemos em relação a vós outros, que credes. E sabeis, ainda, de que maneira, como pai a seus filhos, a cada um de vós, exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória” (vs. 10-12). Em primeiro lugar está o reino, ou seja, antes de tudo, precisamos reconectar-nos a Deus. A glória é consequência, pois fomos chamados para Seu reino e glória. Aleluia!
Pergunta:
Que tal permitir que o Senhor sonde seu coração?
Meu ponto-chave:

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

A IGREJA É UM ORGANISMO VIVO

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 3 – QUINTA-FEIRA (páginas 45, 46 e 47)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: UMA VISÃO PANORÂMICA – (1 TS 1:1, 3, 5-10)
Ministrada por Pedro Dong
Leitura bíblica:
1 Ts 1:1-10
Ler com oração:


Recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo (1 Ts 1:3).

A IGREJA É UM ORGANISMO VIVO
Terminada a descrição do pano de fundo dessa epístola aos tessalonicenses, daremos início à leitura dos versículos: “Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo, graça e paz a vós outros” (1 Ts 1:1). Nessa passagem, Paulo deixa claro que não estava oferecendo outra religião, mas apresentava um Deus vivo, que é Criador e Pai. Os tessalonicenses creram em um Deus que dispensa vida ao homem. Esse conceito foi muito revolucionário para aquela época.
Certa vez um amado irmão preocupou-se com minha saúde, pois achava que eu estava perdendo o fôlego ao falar. Eu o acalmei, dizendo-lhe que não estava com a Covid-19. Na verdade, eu estava tão afoito como Paulo, querendo mostrar algo que, às vezes, é difícil de expressar. No contexto em que viviam os tessalonicenses, era possível alguém oferecer uma filosofia melhor ou outra religião, mas os apóstolos mostraram um Deus que deseja ser o Pai do ser humano. Não se tratava de uma nova religião, mas de fazer da igreja um organismo vivo, divino e celestial, algo inexistente até então na cultura humana. Para isso ocorrer, é necessário haver “a operosidade da fé”, ou “a obra de fé” (1 Ts 1:3). A fé trabalha, é poderosa, e não se resume a um cartão de entrada para uma religião.
Atualmente, os colportores dinâmicos estão nas ruas contatando pessoas. Muitos, como eu, não podem deixar suas casas em razão do isolamento social, todavia nossos queridos irmãos colportores estão batalhando essa guerra por nós, levando o evangelho do reino por meio dos livros. A distribuição por dia chega a ser de oito a nove mil livros. Por meio do “Posso orar por você?”, milagres têm ocorrido, sendo perceptível a mudança no semblante das pessoas após receber a oração. Se, por um lado, os colportores trabalham rápido para alcançar um maior número de pessoas, por outro, compete a nós, como igreja, vir, em seguida, recolhendo os frutos. Depois de salvas, todas as pessoas precisam fazer parte da igreja em cada cidade.
Não estamos convencendo ninguém a entrar em uma nova religião, mas a receber a vida e natureza de Deus. Lá no jardim do Éden, o homem se desconectou de Deus, e, hoje, Deus quer se conectar ao homem por meio da nova criação. Do iletrado ao mais culto doutor, todos podem receber a vida divina: basta abrir o coração, ouvir a palavra da fé, crer no coração que Deus de fato ressuscitou a Jesus Cristo dentre os mortos e confessá-Lo com a boca. É importante confessar, demonstrando que desejamos nos reconectar a Deus. Desse modo, declaramos que não estamos soltos e entregues à própria vontade, pois temos um Senhor que nos governa: “Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm 10:13). Essa salvação reconecta o espírito do homem a Deus.
Também lemos em 1 Tessalonicenses a expressão “abnegação do vosso amor” (1:3), que traduzimos para “labor de amor”. A expressão grega empregada no texto é kopos, que denota um intenso trabalho com aborrecimento e fadiga. Esse organismo vivo, a igreja, não se forma sem trabalho intenso realizado com fadiga, amor, e, muitas vezes, com aborrecimento, tristezas e lágrimas.
Nesse versículo, traduzimos “firmeza da esperança” para “perseverança da esperança”, pois a esperança é o combustível para a perseverança: “firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo” (1:3b). Graças a Deus, a esperança da volta do Senhor e Seu reino eterno é o combustível para nossa perseverança. Não somos dos que retrocedem, porque temos a esperança que nos dá perseverança.
Paulo, no versículo 5, expõe seu procedimento entre os tessalonicenses. O evangelho não é só palavra ou filosofia, nem se resume à eloquência. Infelizmente, muitos pregadores buscam impactar as multidões com a eloquência humana. Não estamos preocupados com isso, mas estamos focados em divulgar a palavra de Deus de forma saudável. O mais importante é um proceder que demonstre o viver dos que pregam.
Os versículos 6 e 7 indicam que os crentes de Tessalônica sofreram muito para ouvir a palavra e aceitar Jesus. O testemunho deles impactou toda a Macedônia e Acaia, regiões formadas principalmente por cidades gregas. Eles assumiram o risco de ficar isolados da sociedade e sofrer discriminação da família. É admirável como tiveram força e uma conversão tão forte.
Os gregos tinham muitos deuses, um para cada necessidade humana. No Brasil há pessoas que, por exemplo, quando querem se casar, procuram o “santo casamenteiro”. É o mesmo princípio dos gregos, mas nós apresentamos a todos o Deus vivo e verdadeiro.
O versículo 9 ressalta o modo pelo qual os tessalonicenses deixaram os ídolos e se converteram ao Deus vivo e verdadeiro. Não pensem que lhes foi fácil deixar os ídolos, mas a obra de fé lhes deu poder e força. Essa obra de fé é poderosa e nos conduz a servir em uma esfera de labor de amor.
Finalmente, o versículo 10 traz-nos a esperança: “E para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem Ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura”. Essa esperança é que nos dá motivação para perseverarmos até que a igreja amadureça e seja plenamente reconectada a Deus
Pergunta:
Qual destes três aspectos: obra de fé, labor de amor e perseverança da esperança, você precisa desenvolver mais em sua vida?
Meu ponto-chave:

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

A REPERCUSSÃO DA CONVERSÃO

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 3 – QUARTA-FEIRA (páginas 43 e 44)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: UMA VISÃO PANORÂMICA – (1 TS 1:1, 3, 5-10)
Ministrada por Pedro Dong
Leitura bíblica:
At 17:16-30
Ler com oração:
Eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura (1 Ts 1:9-10).

A REPERCUSSÃO DA CONVERSÃO

Para compreender um pouco mais a cultura e a religião dos gregos, relembramos quando Paulo foi para Atenas e, com muito esforço, pregou a respeito de Jesus e Sua ressurreição. Como o assunto gerou grande repercussão, os atenienses conduziram Paulo ao areópago para melhor discutir.
A sociedade da época não aceitava a ideia de haver apenas um Deus, por isso o fato de muitos gregos crerem no evangelho repercutiu em toda a Macedônia. A cultura grega era repleta de imagens de deuses e de deusas, os teatros exibiam histórias da mitologia grega, e a moral era ensinada com os exemplos dos deuses e semideuses. Tudo estava relacionado à religião politeísta. Então, acreditar em um Deus, Jesus Cristo, que morreu e ressuscitou, era muito contrário à cultura e à religião da época.
Os gregos que creram, sofreram grande discriminação e isolamento da sociedade. O testemunho alcançou diversos lugares, pois a decisão deles foi muito forte. Os gregos não aceitavam o governo de um só homem, de um tirano ou imperador, que se fazia de deus. É válido lembrar que, assim como o Faraó do Egito se julgava um deus, o mesmo ocorria com os imperadores romanos. Isso gerou nos gregos aversão ao domínio de tudo por um só homem. Semelhantemente, transportando esse modelo para a área religiosa, os gregos acreditavam que possuir um único Deus, e não deuses, era um perigo. Satanás incutiu na sociedade humana o conceito politeísta, transmitindo a ideia de que ter um só Deus é perigoso porque seria uma espécie de tirania.
Mesmo assim, Paulo, em Atenas, pregou sobre o Deus único, que criou os céus e a terra, afirmando que Nele todos vivemos, nos movemos e existimos; que é Ele que nos dá vida, o ar para nossa respiração e tudo o mais. Embora esse conceito fosse impossível aos gregos, Paulo não deixou de pregá-lo. Como vimos, os apóstolos enfrentaram problemas religiosos, culturais e políticos, porque pregaram um Rei que assumiria todos os reinos deste mundo e estabeleceria Seu reino eterno. Então podemos imaginar como os gregos e o Império Romano reagiram contrariamente à pregação dos apóstolos.
Passado o período clássico da Grécia Antiga, no século IV a.C., Filipe II da Macedônia dominou a Grécia, que tinha em Atenas um importante centro político e cultural. Após sua morte, seu filho Alexandre, o Grande, deu prosseguimento às conquistas e expandiu muito o império macedônico. Em aproximadamente dez anos, ele conquistou toda a região chegando até a Índia.
Alexandre, o Grande, havia estudado em Atenas, numa escola que seguia a filosofia de Aristóteles. Por essa razão, espalhou, com seu império macedônico, a cultura grega, misturando-a com a cultura oriental dos países conquistados. Essa mistura tornou-se o que hoje é chamado de Helenismo, o berço da cultura ocidental. Por meio da expansão macedônica, a cultura e língua gregas espalharam-se por todos os lugares.
Ao estudarmos a história de Israel, percebemos a razão por que legítimos judeus lutam pela pureza da raça judia, repudiando por completo a helenização, pois visam evitar que a crença judaica se misture com a cultura grega. No entanto alguns judeus ensinavam o grego, em detrimento do hebraico, porque naquela época quem não falasse o grego era considerado bárbaro, e ninguém queria ficar marginalizado. Como todos procuravam aprender o grego, houve a hegemonia da língua e da cultura gregas.
Com todo esse contexto, conseguimos entender ainda mais o ambiente que cercava o período de surgimento da igreja em Tessalônica.
Pergunta:

Por que a política e a religião gregas se opunham à pregação da existência de um único Deus?
Meu ponto-chave:

terça-feira, 3 de novembro de 2020

A OPOSIÇÃO DE JUDEUS E GREGOS

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 3 – TERÇA-FEIRA (páginas 41 e 42)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: UMA VISÃO PANORÂMICA – (1 TS 1:1, 3, 5-10)
Ministrada por Pedro Dong
Leitura bíblica:
At 17:6-10; Rm 16:21
Ler com oração:
Com efeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo, de sorte que vos tornastes o modelo para todos os crentes na Macedônia e na Acaia (1 Ts 1:6-7

A OPOSIÇÃO DE JUDEUS E GREGOS

Conforme vimos ontem, alguns judeus, numerosa multidão de gregos piedosos e muitas distintas mulheres passaram a crer em Jesus Cristo. Isso provocou a inveja dos judeus de Tessalônica, como bem relata este versículo: “Os judeus, porém, movidos de inveja, trazendo consigo alguns homens maus dentre a malandragem, ajuntando a turba, alvoroçaram a cidade e, assaltando a casa de Jasom, procuravam trazê-los para o meio do povo” (At 17:5). Os judeus invejosos trouxeram homens maus da malandragem para juntos se opor ao evangelho.
Os judeus queriam prender os apóstolos e levá-los às autoridades, por isso invadiram a casa de Jasom, pois ele os havia hospedado. Jasom é novamente citado como parente de Paulo (Rm 16:21). O termo “parente”, naquele tempo, poderia ser usado para um familiar ou um compatriota, e tanto Paulo como Jasom eram judeus.
Voltando ao episódio ocorrido em Tessalônica, os judeus invejosos, não encontrando os apóstolos, arrastaram Jasom e alguns irmãos perante as autoridades, acusando-os de estar “transtornando o mundo” (At 17:6). O evangelho pregado pelos apóstolos anunciava Cristo como o Filho de Deus, O qual ressuscitou dentre os mortos e voltará para estabelecer Seu reino aqui na terra. Essa pregação era uma novidade e estava transtornando a cultura e a religião da época.
O evangelho que Paulo e Silas pregaram certamente era o evangelho do reino. Sabemos que a queda do homem no jardim do Éden causou sua desconexão de Deus. O evangelho do reino, portanto, não é só para falar sobre o reino de Deus, é também para reconectar as pessoas ao rei Jesus. Isso foi interpretado como uma ameaça política à dominação romana, como lemos: “Todos estes procedem contra os decretos de César, afirmando ser Jesus outro rei” (At 17:7b).
Apesar da grande agitação gerada, Jasom e os demais, após pagar fiança, foram postos em liberdade. Já à noite, os irmãos de Tessalônica aconselharam Paulo e Silas a deixar a cidade, enviando-os para Bereia. Essa saída repentina causou dor no coração de Paulo e de Silas, pois desejavam ter permanecido mais tempo para ajudar a igreja a progredir.
Além da oposição dos judeus, os gregos tampouco se agradavam do evangelho. Os gregos não aprovavam o domínio dos romanos por meio de um único imperador, inclusive a democracia, cuja existência precede a época desse regime de governo, estava em contraposição a esse regime. Como a pregação do evangelho consistia em anunciar um único rei, Jesus, que reinaria sobre todos, os gregos passaram a se opor também.
A religião grega era politeísta, composta por deuses, semideuses, heróis, ninfas e outras figuras da mitologia grega. Sua origem encontra-se no sexto capítulo de Gênesis. Como o homem era o centro (antropocentrismo), cada deus grego tinha uma função, atendendo dessa forma a uma dada necessidade humana. Por isso Paulo escreveu em Colossenses: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria” (3:5). A idolatria é motivada pela avareza do homem, o qual deseja o favor para si, visando ao próprio benefício e enriquecimento. O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males e conduziu o homem a criar uma religião politeísta, para que os diversos deuses atendessem às mais variadas necessidades humanas. Esse era o ambiente da época, muito contrário à existência de um Deus único e verdadeiro.
Assim, tanto os judeus como os gregos que creram em Jesus sofriam grande isolamento religioso e social, enfrentando até dificuldades de conseguir emprego ou realizar negócios. Apesar disso, damos glória a Deus em razão de judeus, gregos piedosos e distintas mulheres terem acolhido as palavras dos apóstolos, dando início à igreja dos tessalonicenses.

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

A IMPORTÂNCIA DA VISÃO PANORÂMICA

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 3 – SEGUNDA-FEIRA (páginas 39 e 40)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: UMA VISÃO PANORÂMICA – (1 TS 1:1, 3, 5-10)
Ministrada por Pedro Dong
Leitura bíblica:
At 15:40; 17:1-9; 20:4; Cl 4:10
Ler com oração:

Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo, graça e paz a vós outros (1 Ts 1:1).

A IMPORTÂNCIA DA VISÃO PANORÂMICA

Nesta semana, vamos “sobrevoar” a Primeira Epístola de Paulo aos Tessalonicenses para obter uma visão panorâmica das circunstâncias vivenciadas pelo apóstolo e seus companheiros. Veremos como a cultura e a religião da época foram um grande obstáculo ao avanço do evangelho, gerando oposição tanto de judeus como de gregos. E foi justamente por haver tantos desafios que a conversão dos tessalonicenses teve tanta repercussão. Deus pôde constituir em Tessalônica um organismo vivo, a igreja, em contraste com a idolatria reinante. Nos três últimos dias desta semana, iremos apresentar catorze itens que formarão um esboço completo dessa carta.
Para melhor compreensão da epístola, apresentaremos um panorama do cenário da época que nos permitirá um aprendizado vivo e dinâmico. Pelo registro bíblico, vemos que Paulo e Silas partiram de Antioquia e viajaram pela Ásia, onde confirmaram as igrejas levantadas na região da Galácia e da Capadócia (At 15:40). Nessa ocasião, Timóteo também se uniu a eles. Depois, atendendo a um chamado macedônio, foram direcionados pelo Espírito para o continente europeu. A primeira cidade em que pregaram o evangelho foi Filipos. Em seguida, Paulo, Silas e Timóteo foram até Tessalônica, cidade de origem grega, dominada pelo Império Romano.
Em Atos 17:1-2, é-nos mostrado que, por três sábados, ou seja, por ao menos três semanas, os apóstolos permaneceram em Tessalônica. Provavelmente a estada deles tenha-se prolongado um pouco mais, contudo a Bíblia não deixa isso claro.
Um segundo aspecto que extraímos da passagem acima é que Paulo, por não ter outro lugar para realizar suas pregações, procurou a sinagoga dos judeus. Nesse lugar se falava das Escrituras, e para ali concorriam os gregos piedosos, isto é, aqueles que buscavam conhecer o Deus único.
O versículo a seguir descreve o conteúdo da pregação de Paulo aos tessalonicenses: “Expondo e demonstrando ter sido necessário que o Cristo padecesse e ressurgisse dentre os mortos; e este, dizia ele, é o Cristo, Jesus, que eu vos anuncio” (At 17:3). Aqui, o apóstolo apresentou uma grande novidade para todos, o tema da ressurreição. E, com certeza, também anunciou a segunda vinda do Senhor Jesus, quando, então, a era atual será encerrada com a introdução de Seu reino eterno. Portanto, ao falar de um novo rei, a atenção do Império Romano poderia ser despertada a fim de evitar qualquer tentativa de revoltas ou movimentos de independência. Pregar sobre um rei que viria no futuro e traria Seu reino era uma questão delicada, um problema político.
Percebemos claramente quais pessoas futuramente comporiam a igreja em Tessalônica: alguns poucos judeus e uma multidão de gregos: “Alguns deles foram persuadidos e unidos a Paulo e Silas, bem como numerosa multidão de gregos piedosos e muitas distintas mulheres” (At 17:4). O evangelho também havia alcançado “muitas distintas mulheres”, e esse é o primeiro relato bíblico desse fato, ocorrido em Tessalônica. O segundo está relacionado ao que ocorreu em Bereia (v. 12), onde mulheres gregas de alta posição igualmente se converteram a Jesus. O evangelho, então, passava a alcançar pessoas de alto nível cultural e social. Nessa promissora igreja, dentre os judeus convertidos, estava Aristarco, que foi muito útil a Paulo como seu cooperador e companheiro de prisão (At 20:4; Cl 4:10).
Tais pessoas salvas pela pregação do evangelho possuíam recursos humanos e financeiros, um bom entendimento da Palavra e eram influentes na sociedade. Havia uma grande expectativa, por parte de Paulo e Silas, com relação ao progresso dessa igreja. Lamentavelmente, Paulo e Silas tiveram de fugir de Tessalônica, o que lhes condoeu o coração, pois desejavam trabalhar mais ali e gerar uma igreja modelo.
O pano de fundo dessa epístola é muito útil porque nos permite ter uma visão mais completa do ambiente em que viviam os tessalonicenses daquela época e de como a igreja foi levantada ali.

domingo, 1 de novembro de 2020

PERSEVERAR ATÉ O FIM

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 – DOMINGO (páginas 36, 37 e 38)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIAO PODER DO EVANGELHO
– EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: DEUS NOS CHAMA PARA SEU REINO E GLÓRIA – (1 TS 2:12)
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
Mt 24:13
Ler com oração:
Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa (Hb 10:35-36).

PERSEVERAR ATÉ O FIM
A jornada para o reino envolve muitas tribulações, conforme lemos: “Fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus” (At 14:22). A palavra “importa” aqui significa é necessário. Isso indica que o caminho que nos conduz ao reino passa por tribulações. Não precisamos pedir tribulações, porque aquelas pelas quais passamos são suficientes, nem devemos fugir delas, porque são necessárias. Devemos, sim, aproveitar as experiências difíceis para ganhar mais do Senhor e aprender mais lições. Não permitamos que as tribulações sejam em vão; pelo contrário, saiamos de cada uma delas mais maduros, mais experientes.
Ao se referir a nossa tão aguardada entrada no reino, o apóstolo Pedro disse: “Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 1:11). “Amplamente”! Essa palavra indica, por exemplo, que, se a média para passar no ano for 5, mas sua nota foi 5,05, você não obteve aprovação com ampla vantagem. Na verdade, você quase não passou. Agora, se a média for 5 e sua nota final foi 9,5, então pode-se dizer que você foi aprovado com margem ampla. Querido leitor, não vamos “passar raspando”, mas busquemos entrar com ampla vantagem no reino e na glória de nosso Senhor.
Em Romanos também há uma passagem que nos encoraja a perseverar para entrar no reino e ser glorificados. Nós que cremos no evangelho já fomos feitos filhos de Deus, mas Ele quer fazer de nós Seus herdeiros. Ele quer que prossigamos do status de filhos crianças (teknon, no grego) para filhos maduros (huios, no grego), e que esses filhos se tornem Seus herdeiros. O caminho que um filho de Deus percorre para se tornar um herdeiro envolve sofrimentos, não há como escapar: “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados” (Rm 8:17). Os sofrimentos, portanto, são o meio para nos inserir em Deus e nos glorificar, conforme lemos: “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (v. 18). Que nossos sofrimentos sejam por Cristo e pela igreja, a qual é Seu corpo. Quando você se sentir cansado e abatido pelos sofrimentos, tire os olhos dos sofrimentos presentes e use a esperança para olhar para a glória com que seremos contemplados. Leiamos: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação” (2 Co 4:17).
Por fim, para andar de modo digno de Deus, que nos chama para Seu reino e glória, precisamos de perseverança até o fim, e o que nos leva a perseverar é a esperança de que seremos salvos, como se lê: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 24:13). Louvado seja o Senhor!
Nossa intenção, ao estudar as cartas de Paulo aos tessalonicenses, não é dar um estudo sequencial nem descrever todos os itens da verdade que constam nessas epístolas. Antes, nosso objetivo é extrair os grandes “diamantes” desses dois livros.
Vamos encerrar a mensagem com uma oração: “Senhor Jesus, nós Te agradecemos por essas palavras, porque Tu nos mostraste, Senhor, como nos conduzir na vida diária, normal, nesta vida cristã santa que Tu queres que tenhamos e como nos conduzir na vida da igreja. Ó Senhor Jesus! Que sejamos os imitadores do apóstolo Paulo, como ele foi de Ti. Senhor, estamos diante de Ti e queremos comprometer-nos Contigo, com Tua vontade, na questão do evangelho, porque isso é o que está em Teu coração. Estamos preparados para enfrentar muita luta, Senhor. Mas também queremos estar juntos para perseverar até o fim. Nós almejamos praticar a unidade, estando no mesmo espírito e unidos de alma. Senhor, pedimos que Tu nos aproves. Prova nosso coração e tira de nós qualquer coisa que não Te agrada para podermos ser carimbados por Ti com ‘Aprovado’. Senhor Jesus, queremos que Tu nos aproves a ponto de nos confiar o evangelho. Purifica nosso coração e não nos deixes ser cegados, Senhor, pelos ganhos, pela ganância, pela cobiça, pela glória, pela posição dos homens, por querer agradar a homens – nada disso, Senhor! Dá-nos um coração puro. Ensina-nos também, Senhor, a cuidar dos irmãos como mãe que acalenta e como pai que exorta e corrige seus filhos. Leva-nos a ter uma vida santa, piedosa, justa e irrepreensível diante de Ti. Também desejamos andar de modo digno de Ti porque ouvimos Teu chamamento. Tu nos chamas para Teu reino e glória, e nós queremos responder a esse chamamento. Sabemos que o andar é difícil, a porta é estreita e o caminho, apertado, mas queremos dizer ‘Amém’ a Ti. Estamos dispostos a perseverar até o fim neste caminho para receber uma entrada ampla no Teu reino e glória. Abençoa, Senhor, todos os irmãos, supre cada um, abençoa as famílias e cuida da saúde de cada um. Nós oramos em nome de Jesus. Amém!”.

sábado, 31 de outubro de 2020

CHAMADOS PARA TRILHAR O CAMINHO DA GLÓRIA

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 – SÁBADO (páginas 34 e 35)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: DEUS NOS CHAMA PARA SEU REINO E GLÓRIA – (1 TS 2:12)
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
1 Ts 2:7, 11-12
Ler com oração:
Para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo (2 Ts 2:14).


CHAMADOS PARA TRILHAR O CAMINHO DA GLÓRIA

O relacionamento de Paulo com a igreja em Tessalônica é, de fato, inspirador. De um lado, seu procedimento era semelhante ao de uma mãe que acalenta, alimenta e pega no colo seus filhos. De outro, sua conduta também era como a de um pai que exorta (1 Ts 2:7, 11). E foi com essas credenciais, de mãe e pai, que Paulo pôde dizer: “Exortamos, consolamos e admoestamos” (v. 12). Querido leitor, é desse tipo de irmão que a vida da igreja precisa. Por vezes ouvimos alguém dizer: “Aquela irmã é uma mãe para mim”, ou “aquele irmão é um pai”. Todos precisamos ser mães e pais uns dos outros. Mães que cuidam, alimentam, dão carinho, e pais que exortam, corrigem, consolam, admoestam!
Paulo reforça a questão do rogo e da exortação, como se lê: “Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como de nós recebestes, quanto à maneira por que deveis viver e agradar a Deus, e efetivamente estais fazendo” (1 Ts 4:1a). E, no final da epístola, mais uma vez ele diz: “Exortamo-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos”(5:14a). Na igreja, precisamos de pais que nos admoestem. Tudo isso nos mostra como Paulo se preocupava com aqueles irmãos, de modo a estar sempre pronto a exortá-los como pai.
Mas qual era a razão da exortação de Paulo? Leiamos: “Exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória” (1 Ts 2:12). A expressão grega para “viverdes” é peripateo, que diz respeito ao andar diário e pessoal. Paulo estava convocando os irmãos a que andassem no dia a dia de forma digna de Deus, que nos chama para Seu reino e glória. Andar de modo digno é andar de acordo com a vontade de Deus. Mas por que Deus nos chama para andar de modo digno? Porque Ele nos escolheu. Amado leitor, Deus escolheu você, você mesmo que está recebendo esta palavra. Hoje, você está sendo chamado porque foi escolhido por Deus antes mesmo de nascer. Atenda a Seu chamado, pois Ele é fiel e o ajudará a percorrer esse caminho. O que cabe a nós é apenas perseverar. “Fiel é o que vos chama, o qual também o fará” (1 Ts 5:24).
O chamamento de Deus se dá mediante a pregação do evangelho, conforme lemos: “Para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo” (2 Ts 2:14). Portanto, todas as vezes que você ouvir a palavra de Deus ser proferida, é o evangelho vindo até você. Esse evangelho visa conduzir-nos a alcançara glória. Este é o destino de nosso chamamento: Seu reino e glória (1 Ts 2:12).
O apóstolo Pedro também reforçou essa questão do chamamento e nos deu importantes contribuições, como lemos aqui: “Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar” (1 Pe 5:10). Pedro confirma que nossa ida para a glória não será simples, mas mediante sofrimento. Contudo esse sofrimento, quando comparado com a glória do reino, se torna suportável. Permaneçamos firmes e oremos uns pelos outros, pois queremos que todos cheguem ao destino final, o reino.
A primeira vinda do Senhor Jesus foi precedida de uma proclamação e um chamado ao arrependimento: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”(Mt 3:2). Hoje, às portas de Sua segunda vinda, nós também podemos perceber o chamamento de Deus para que nos arrependamos, isto é, tenhamos uma mudança de mente, de atitude e de postura. Vamos aguardar a vinda do Senhor como um soldado de Seu exército, de prontidão!
Se perguntarmos: “Quem quer o reino?”, todos dirão: “Eu quero!”. Mas, se perguntássemos: “Quem quer sofrer?”, alguns iriam esmorecer. Não estamos com isso dizendo que devemos orar ao Senhor pedindo mais sofrimentos, pois os que nos são destinados surgem de forma espontânea e são suficientes. Nossa necessidade é perseverar mesmo em meio a sofrimentos!

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

UM VIVER IMPACTANTE E INSPIRADOR

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 – SEXTA-FEIRA (páginas 32 e 33)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: DEUS NOS CHAMA PARA SEU REINO E GLÓRIA – (1 TS 2:12)
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
Jo 13:14-16; 1 Co 9:1-12; 2 Co 11:9; 12:14; 1 Ts 2:8; 2 Ts 3:8
Ler com oração:
Embora pudéssemos, como enviados de Cristo, exigir de vós a nossa manutenção, todavia, nos tornamos carinhosos entre vós, qual ama que acaricia os próprios filhos (1 Ts 2:7).

UM VIVER IMPACTANTE E INSPIRADOR
Temos visto como a conduta de Paulo entre os tessalonicenses foi impactante. Atentemos ao que ele disse: “Embora pudéssemos, como enviados de Cristo, exigir de vós a nossa manutenção, todavia, nos tornamos carinhosos entre vós, qual ama que acaricia os próprios filhos” (1 Ts 2:7). Esse versículo é muito humano e muito doce. A tradução literal para “enviados” é apóstolos, e, como tal, Paulo tinha direitos sobre aquela igreja, de modo a dela exigir sua manutenção. Com base na autoridade apostólica que tinha, Paulo poderia impor aos tessalonicenses o peso de sua manutenção. Ele continua: “Porque vos recordais, irmãos, do nosso labor e fadiga; e de como, noite e dia labutando para não vivermos à custa de nenhum de vós, vos proclamamos o evangelho de Deus” (v. 9). No entanto, em vez de se fazer pesado aos irmãos, Paulo trabalhou com as próprias mãos, noite e dia, para não viver à custa de ninguém. Mesmo trabalhando e labutando, ele conseguiu pregar o evangelho. Que exemplo excelente!
Paulo também falou sobre os direitos que possuía por ser apóstolo (1 Co 9:1-12). Quando esteve em Corinto, Paulo trabalhou com as próprias mãos, humilhou-se e abriu mão de sua posição de dignidade para servir, seguindo o exemplo do Senhor Jesus. Nosso Senhor não reivindicou Sua posição; antes, até mesmo lavou os pés de Seus discípulos, e é com essa humildade que nós também devemos servir (Jo 13:14-16). Em vez de usar do direito de impor coisas sobre os tessalonicenses, Paulo se comparou a uma mãe que acalenta os filhos e deles cuida com carinho. Foi assim que Paulo se relacionou com a igreja em Tessalônica (1 Ts 2:7). É dessa forma carinhosa que devemos lidar com os irmãos, como nos foi ensinado por Paulo com seu exemplo.
Paulo não apenas pregou o evangelho aos tessalonicenses, mas lhes deu a própria vida (1 Ts 2:8). Note que “vida” aqui é “vida da alma”, psiquê, em grego, e isso envolve sacrifício, desdobramento, desprendimento. Paulo não enfatizou atos milagrosos, como cura, expulsão de demônios ou outras formas de demonstração de poder, mas apresentou seu testemunho de uma vida cristã normal, que inclui fé, amor e esperança.
O apóstolo trabalhou muito e nunca quis ser pesado a ninguém, pelo que chegou a trabalhar noite e dia (1 Ts 2:9; 2 Ts 3:8). Quanta disposição ele tinha! Mesmo envolvido em seus afazeres diários, jamais deixou de pregar o evangelho e dar testemunho do que o evangelho havia feito em sua vida. O trabalho nunca foi um impedimento ao exercício de seu ministério. Mesmo sendo apóstolo, separado para realizar a obra de Deus, Paulo tinha por profissão confeccionar tendas e, por onde passava, trabalhava, mas, principalmente, pregava o evangelho (At 18:3).
Veja como era sua vida por suas próprias palavras: “E nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos” (1 Co 4:12a). Ele sempre buscou trabalhar para não se fazer pesado a ninguém, embora os irmãos de Filipos se tivessem associado a seu apostolado e o suprido em algumas ocasiões (2 Co 11:9; Fp 4:15-16). Paulo nunca esteve interessado nos benefícios de ser apóstolo; antes, sua atitude sempre foi a de doar-se (2 Co 12:14). Esse foi seu testemunho entre os tessalonicenses e foi isso que causou impacto.
Por fim, ainda sobre sua conduta entre os tessalonicenses, Paulo escreveu: “Vós e Deus sois testemunhas do modo por que piedosa, justa e irrepreensivelmente procedemos em relação a vós outros, que credes” (1 Ts 2:10). A conduta piedosa é para com Deus, a conduta justa é para com os homens e a conduta irrepreensível é para com Deus, para com os homens e também para com Satanás, a fim de que este não tenha motivo de nos repreender ou acusar. No início do versículo 11, ele reforça: “E sabeis, ainda, de que maneira [...]”. A conduta do apóstolo Paulo deve inspirar-nos a buscar o mesmo tipo de viver piedoso, justo e irrepreensível. Louvado seja o Senhor!

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

FIÉIS, SINCEROS E HUMILDES NO SERVIÇO A DEUS

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 – QUINTA-FEIRA (páginas 30 e 31)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: DEUS NOS CHAMA PARA SEU REINO E GLÓRIA – (1 TS 2:12)
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
2 Co 2:17; 4:2; 1 Tm 6:3-5, 10a; Tt 1:11
Ler com oração:
A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra (Pv 29:23).

FIÉIS, SINCEROS E HUMILDES NO SERVIÇO A DEUS
Temos visto que, ao se dirigir aos tessalonicenses, Paulo não o fez com motivação impura ou buscando algum interesse próprio. Esse assunto nos ajuda a refletir sobre o propósito, a maneira e a intenção de nosso serviço a Deus: “A verdade é que nunca usamos de linguagem de bajulação, como sabeis, nem de intuitos gananciosos. Deus disto é testemunha” (1 Ts 2:5). Essas palavras são muito atuais e se contrapõem à triste realidade presente no cristianismo de forma geral, em que é possível perceber muita linguagem de bajulação, badalação e adulação com o objetivo de agradar a homens. Essa questão é seríssima, e o próprio Paulo tratou disso com bastante firmeza, conforme lemos: “Esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos” (Rm 16:18), ou seja, enganam o coração dos simples e inocentes.
Na Epístola de Judas, também encontramos outra passagem bastante firme no tocante a isso: “Os tais são murmuradores, são descontentes, andando segundo as suas paixões. A sua boca vive propalando grandes arrogâncias; são aduladores dos outros, por motivos interesseiros” (v. 16). Querido leitor, que o Senhor limpe nosso coração dessas coisas. Esse tipo de situação acontecia na época de Paulo, mas também acontece em nosso tempo. Que nosso serviço a Deus não seja por ganância, buscando algum proveito, especialmente na área financeira, cobiçando o dinheiro das pessoas.
Paulo expõe que alguns mercadejavam a Palavra, isto é, vendiam-na por preço; ele, todavia, servia com sinceridade da parte de Deus (2 Co 2:17). Tudo isso é muito significativo e precisa incomodar-nos. Ao lidar com a Palavra de Deus, devemos ter sempre muito temor e tremor; jamais diluí-la, mas apresentá-la como de fato é. Além disso, ao pregar a Palavra, devemos crer que, se as pessoas estiverem no espírito, receberão revelação para entender o que consta nas Escrituras, sem a necessidade de darmos algum tipo de desconto ao que Deus disse. A Palavra de Deus deve ser apresentada de forma pura, sem mistura (4:2).
Em suas cartas pastorais a Timóteo e Tito, de forma veemente, Paulo falou contra aqueles que utilizavam seu ar de piedade, de espiritualidade, para obter lucro, mesmo que para isso fosse preciso perverter a verdade a fim de atingir um propósito ganancioso (1 Tm 6:3-5; Tt 1:11). Infelizmente ainda existem, em nosso tempo, pessoas que agem dessa maneira.
O apóstolo Pedro também deixou sua contribuição ao escrever: “Movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme” (2 Pe 2:3). Quão séria é essa questão! O Senhor hoje nos testa e espera que todos sejamos aprovados. É lamentável como alguns servos de Deus são reprovados na questão das finanças, uma área em que muitos caem, comprovando a tese bíblica de que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1 Tm 6:10a).
A grande tentação para os servos de Deus é a glória humana. A esse respeito, veja o que Paulo escreveu: “Também jamais andamos buscando glória de homens, nem de vós, nem de outros” (1 Ts 2:6). Muitos, ao servir a Deus, começam com humildade, mas, com o passar do tempo, por serem reconhecidos, passam a buscar a glória humana. Isso é muito perigoso, pois pode levá-los à ruína como servos de Deus. Vamos conservar a simplicidade e não permitir que o sucesso seja a razão de nossa queda. Hoje, o Senhor tem levantado muitos irmãos e irmãs jovens que desempenham funções importantes na igreja. Irmãos, nós que ministramos a Palavra de Deus temos muito temor. Falo isso de coração, porque jamais queremos, em tempo algum, roubar a glória de Deus. Queremos continuar sendo os irmãos simples que o Senhor levantou para servir as igrejas.
O maior perigo é o sucesso. Quando fracassamos, o perigo é a possibilidade que temos de desistir e não perseverar. Mas, quando estamos no caminho do sucesso, a glória dos homens será sempre o maior perigo. Que sejamos simples e humildes, reconhecendo sempre que toda glória é do Senhor!

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

DIGNOS DA CONFIANÇA DE DEUS

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 – QUARTA-FEIRA (páginas 28 e 29)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: DEUS NOS CHAMA PARA SEU REINO E GLÓRIA – (1 TS 2:12)
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
At 26:28; 2 Co 11:23-28; Gl 1:10; 1 Ts 2:4
Ler com oração:
Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno (Sl 139:23-24).

DIGNOS DA CONFIANÇA DE DEUS
Deus tem um forte desejo de nos entregar o Seu evangelho! Mas, para que isso ocorra, primeiramente, precisamos ser aprovados por Ele. Quando Deus nos confia algo, isso arde em nosso coração de tal maneira que até nos faz perder o sono. Portanto, aqui cabe uma pergunta bastante singela: Como você tem vivido? Despreocupadamente ou como se algo queimasse em seu coração?
Nossa intenção, ao falar essas palavras, não é condenar ninguém, mas transmitir o sentimento que Deus colocou em nosso coração. Fazemos isso com temor e tremor. Será que podemos dizer: “Deus me confiou o evangelho”? Existe algo queimando dia e noite em nosso coração como acontecia com Paulo? Ao observar bem as experiências da vida dele, vemos que ele viajava muito, foi preso, fustigado com varas, açoitado várias vezes, sofreu três naufrágios (2 Co 11:23-27), mas nenhuma dessas experiências chegou a inquietá-lo tanto como a preocupação com as igrejas! Isso, sim, ardia em seu coração (v. 28). Certa vez, Paulo foi preso e, ao ser interrogado pelo rei Agripa, pregou-lhe o evangelho e quase o persuadiu a ser cristão (At 26:28). Durante seu discurso, ele fez ainda a seguinte declaração: “Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial”(v. 19). Querido leitor, a experiência de Paulo é inspiradora. Existe um fogo que arde em você? Vamos reagir e pedir juntos: “Senhor, aprova-me e confia-me Teu evangelho”!
Paulo realmente tinha certeza de que Deus lhe confiara o evangelho, conforme ele declara em algumas passagens, como em sua primeira epístola a Timóteo: “Segundo o evangelho da glória do Deus bendito, do qual fui encarregado” (1 Tm 1:11); na epístola a Tito: “Em tempos devidos, manifestou a sua palavra mediante a pregação que me foi confiada por mandato de Deus, nosso Salvador” (Tt 1:3); e na primeira epístola aos coríntios: “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho! Se o faço de livre vontade, tenho galardão; mas, se constrangido, é, então, a responsabilidade de despenseiro que me está confiada” (1 Co 9:16-17). Concluindo, Paulo diz que seu compromisso é agradar a Deus, e não aos homens. Os tessalonicenses viram em Paulo alguém devidamente conectado a Deus e comprometido com a missão que lhe fora confiada. Confira: “Assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração” (1 Ts 2:4b).
Paulo sempre foi uma pessoa convicta de que seu dever era agradar a Deus; se agradasse a homens, não seria servo de Cristo (Gl 1:10). Embora sirvamos as pessoas, e devemos fazê-lo com sabedoria, prudência e discernimento para não ofender ninguém levianamente, tenhamos sempre em mente que nosso objetivo é, acima de tudo, agradar a Deus.
Querido leitor, ainda que a carta aos tessalonicenses tenha sido dirigida a irmãos novos, não podemos desprezar seu conteúdo. Essas palavras devem levar-nos de volta à simplicidade, fazendo-nos examinar nossa condição espiritual para descobrir se há algum problema com o fundamento de nossa fé que nos impeça de avançar.
No livro de Salmos, há duas passagens que nos mostram a importância de adotar uma atitude humilde diante de Deus, como fez o rei Davi, pedindo a Ele que o sondasse interiormente: “Examina-me, Senhor, e prova-me; sonda-me o coração e os pensamentos” (Sl 26:2); e “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno” (139:23-24). É esse tipo de humildade que Deus requer de nós para que sejamos aprovados e considerados dignos de receber a comissão de pregar o evangelho. Que Deus nos carimbe a todos com “Aprovado!”, “Aprovado!”, “Aprovado!”. Que o “fogo” do evangelho queime em todos nós e que haja uma enorme “fogueira” queimando em todas as cidades. Aleluia!