LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA
QUARTA SEMANA – QUINTA-FEIRA 15/10 (Páginas 95 à 97)
Ler com oração:
Rm 5:15 Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram;
A RESSURREIÇÃO – ESSENCIAL À FÉ
Nos versículos 12 a 17 de 1 Coríntios 15, vemos como a ressurreição é estratégica e essencial para nossa fé. O texto diz: “Ora, se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados”. Não crer na ressurreição de Cristo torna vã a nossa pregação, ou seja, não tem efeito algum; torna vã a nossa fé. Seremos tidos por falsas testemunhas, pois estaremos indo contra Deus, uma vez que negar a ressurreição é o mesmo que duvidar de Deus; e, por fim, permaneceremos em nossos pecados, ou seja, não houve perdão de pecados.
Na época de Paulo, no judaísmo havia duas fortes correntes: os fariseus e os saduceus. Vejamos a diferença entre eles: “Pois os saduceus declaram não haver ressurreição, nem anjo, nem espírito; ao passo que os fariseus admitem todas essas coisas” (At 23:8). A declaração dos saduceus afetava o viver da igreja em Corinto, comprometendo o dispensar de Deus aos santos e fazendo-os perder o sentido de ser cristãos. Diante disso, para assegurar nossa convicção de que Cristo ressuscitou, recomendo a você, querido leitor, declarar em alto e bom som: Cristo ressuscitou! A ressurreição existe sim! Amém!
Continuando, no versículo 18, lemos: “E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram” (1 Co 15). Na segunda vinda de Cristo, os irmãos que já morreram, identificados, nesse versículo, como “os que dormiram”, serão ressuscitados. Depois, os que ainda estiverem vivos terão seus corpos transfigurados, e, em seguida, todos serão arrebatados para o encontro do Senhor nos ares (1 Ts 4:13-17).
Prosseguindo: “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (1 Co 15:19). Sem a clara convicção acerca da ressurreição, a infelicidade é uma certeza. Mas a nossa esperança em Cristo não se limita apenas a esta vida. Aleluia! Nós temos outra vida para viver. Nosso alvo é entrar no reino dos céus.
A APARÊNCIA, A REALIDADE E A MANIFESTAÇÃO DO REINO
Nos dias atuais, entre nós, cristãos, há dois aspectos em relação ao reino: a aparência e a realidade. A maneira como você e eu nos portamos no viver da igreja determinará se estaremos ou não na manifestação do reino. Esse é um assunto que faz parte do plano de Deus.
Hoje, estamos na era da graça, que inclui a realidade e a aparência do reino. Os que vivem a realidade do reino dos céus terão o direito de participar da sua manifestação, que é o galardão. Os que vivem a aparência, entretanto, serão lançados nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes, isto é, perderão o galardão de reinar com Cristo durante mil anos.
Para entender melhor, considere que o reino de Deus compreende da eternidade passada à eternidade futura. Para entrar nele, basta nascer de novo por meio de crer no Senhor Jesus (Jo 3:5). O reino dos céus engloba a era atual, da igreja, na qual precisamos viver a realidade desse reino, e não a aparência (Mt 16:18-19). A manifestação desse reino, porém, está dentro do reino de Deus e é destinada aos vencedores hoje, ou seja, aos que levaram a sério a vida da igreja em seu cotidiano, estando dispostos a fazer a vontade de Deus (Mt 5:3, 10; 7:21). Então, quando vier o reino milenar, que é a era seguinte, será a manifestação dessa realidade (Mt 16:27).
Hoje, o reino está dentro de nós (Lc 17:21). Ninguém enxerga, mas, quando pregamos o evangelho, nosso intuito é levar a outros a realidade do reino dos céus, que é a vida da igreja. Quando formos para as ruas com a camisa com os dizeres “Posso orar por você?”, após a oração, é sempre bom deixar com a pessoa algum livro espiritual ou um exemplar do Jornal Árvore da Vida. Nosso desejo, além de abençoá-las com a oração, é também disponibilizar uma literatura saudável para sua edificação.
A RESSURREIÇÃO – PROFETIZADA NAS ESCRITURAS
Retomando, no versículo 20 de 1 Coríntios 15, lemos: “Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem”. A palavra “primícias”, nesse versículo, nos remete ao livro de Levítico e representa os frutos que amadureciam primeiro. Esses frutos eram colhidos, ofertados a Deus e movidos pelo sacerdote no dia imediato ao sábado, isto é, no domingo (23:10-12). Cristo, como as primícias, foi predito no Antigo Testamento. Usando a linguagem de Paulo, em sua primeira carta aos coríntios, Cristo refere-se às primícias da ressurreição, pois Ele ressuscitou primeiro.
Na Epístola aos Colossenses, Cristo é chamado de o primogênito de entre os mortos (1:18); em Efésios, Ele foi ressuscitado dentre os mortos (1:20); e, em Mateus, o Senhor ressuscitou no primeiro dia da semana, em um domingo. Esse fato foi percebido pelas irmãs Maria Madalena e a outra Maria, que chegaram bem cedo ao sepulcro, porque, com simplicidade, creram nas palavras do Senhor quando Ele disse que ressuscitaria ao terceiro dia (28:1-7).
Vejamos, agora, o legado de Adão e o de Cristo. Leiamos: “Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo” (1 Co 15:21-22). Enquanto em Adão o pecado introduziu a morte nos homens, por meio de Cristo temos a ressurreição, e com ela, a vida (Rm 5:12, 15).
A partir do versículo 23 de 1 Coríntios 15, Paulo apresenta a ordem dos que ressuscitarão: “Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda”. Por ser o primeiro, Cristo é as primícias. Depois, seremos nós, os que são de Cristo, em Sua segunda vinda.