segunda-feira, 10 de setembro de 2012

SUBMISSÃO, AMOR E BRANDURA




Coração
O maior sonho de todos os pais é ter um lar feliz. Mesmo aqueles que já desistiram, por qualquer motivo, já anelaram isso um dia. Avaliando a condição da maioria das famílias, percebe-se que são poucos os pais que atingiram o alvo. Tal insucesso dar-se-ia porque um lar feliz não passa de uma utopia ou seria o resultado da falha dos pais em não atentar aos princípios que Deus estabeleceu?
A carta que o apóstolo Paulo escreveu aos colossenses estabelece princípios que a esposa, marido, pais e filhos devem viver no seio familiar (Colossenses 3:18-21).
O primeiro grande princípio é que, antes de ser uma boa mãe, a mãe precisa ser uma boa esposa.
Dedicar-se primeiramente aos filhos antes de dedicar-se ao marido constitui erro grave. Há beleza no lar quando os filhos submetem-se à autoridade dos pais. Essa ordem é desejada por todas as famílias. De um fato todos nós devemos ter clareza: são as esposas as responsáveis por estabelecer o padrão de submissão no lar. Quando a esposa consegue submeter-se a seu próprio marido, torna-se desnecessário falar de autoridade e submissão para os filhos. O exemplo de submissão da esposa ao marido substituirá os gritos e as agressões físicas que os pais, às vezes, lançam mão para fazer os filhos enxergarem sua posição e dever. é uma lei: se a esposa grita, desobedece e faz pouco caso do marido, os filhos não somente aprenderão essa nociva lição, como também se voltarão mais tarde contra o pai, confrontando, assim, sua autoridade. Esposas submissas = filhos submissos.
O segundo grande princípio é que, antes de ser um bom pai, o pai precisa ser um bom marido. Pouco adianta o esforço do pai em dar presentes e fazer piqueniques com os filhos se a forma como ele trata a esposa é com amargura. Se o pai pudesse ter uma conversa sincera com os filhos e perguntasse-lhes o que mais alegraria seu pequeno coração, certamente a resposta seria que amasse profundamente a mãe deles. Os maridos geralmente desempenham erradamente seu papel de autoridade em casa. Eles pensam que exercer autoridade é mandar, humilhar e esbravejar quando as esposas não respondem a contento as suas reclamações. A verdadeira autoridade é exercida sem força, sem peso. A verdadeira autoridade é exercida com amor. Quando o marido ama verdadeiramente a esposa como ele ama o próprio corpo, a esposa submete-se ao esposo espontaneamente e os filhos entendem que o melhor caminho a trilhar com os pais e com os irmãos é amando-os.
O terceiro grande princípio está na correção branda dos pais ao corrigir os erros dos filhos. No passado erramos com nossos pais. Nossos avós e todos os outros filhos que vieram antes de nós também erraram bastante com seus pais; entretanto, achamos inadmissível que nossos filhos errem. Quando os filhos brigam uns com os outros, tiram notas baixas, mentem ou, por alguma razão, ficam introspectivos, a maioria dos pais reage de uma forma tão irritadiça que chegam a transparecer que desconhecem todos esses gestos e sentimentos e que jamais agiram de modo semelhante.
A irritação furta dos pais a possibilidade do diálogo, da sobriedade, do discernimento, do equilíbrio, da compreensão e da disciplina eficaz. Muitos pais, em vez de ajudarem os filhos que erraram, irritam os filhos, "jogando na cara" seus erros, deficiências e humilhando-os perante os outros. Por causa dessas atitudes, os filhos ficam bastante desanimados para prosseguir. A crítica amarga dificilmente produz bons resultados; pelo contrário, a crítica amarga elimina a esperança dos filhos, deixa-os na defensiva e gera no coração deles raiz de amargura. Não estamos incentivando a condescendência ou conivência com o erro cometido pelo filho. Entretanto, quando os filhos tiverem de ser corrigidos, devemos fazê-lo com brandura (Gálatas 6:1). Voltemos ao passado, lembremo-nos de que já cometemos o mesmo erro e nos perguntemos: "Como eu gostaria de, numa situação dessas, ser corrigido pelos meus pais?" Esse pequeno lapso de tempo pode desfazer a irritação e produzir caminhos mais criativos no trato do pai com o filho. Dessa forma fica mais fácil os filhos obedecerem.
Se aqueles que têm filhos desejam ser bons pais, precisam primeiramente ser boas esposas e bons maridos. Ambos precisam compartilhar submissão e amor um para com o outro. é somente dessa forma que bons pais surgem, é dessa forma que lares felizes surgem.
Fonte: Jornal árvore da Vida nº 146

FALTA DE DISPOSIÇÃO PARA OBEDECER A PALAVRA DE DEUS


Falta de Disposição para Obedecer à Palavra de Deus

Coração
Não apenas temos os pecados no lado negativo: a Bíblia nos mostra que ser negligente diante de Deus em nossa intenção de obedecer à Sua palavra também é pecado.
Irmãos e irmãs, quantos mandamentos de Deus vocês têm lido, e a quantos têm obedecido? Quantos maridos amam a mulher e quantas mulheres se submetem ao marido? Uma irmã disse certa vez que sabia que devia submeter-se ao marido, mas sempre discutia um pouco antes de submeter-se. Ela percebeu com o tempo que nunca havia tido uma verdadeira submissão conforme o padrão do mandamento de Deus. Isso, é claro, é pecado.
Quantos cristãos percebem que estar tristes é pecado? A Bíblia diz que devemos regozijar-nos sempre. Quantos cristãos têm obedecido a esse mandamento? Devemos ver que estar triste é pecado. Todos os que não se regozijam, pecam. O mandamento de Deus diz que por nada devemos estar ansiosos. Se estamos cheios de ansiedade, temos pecado. De acordo com o mandamento de Deus, estar triste e ansioso é pecado. Claro que, de acordo com o homem, estar triste ou ansioso não é pecado, mas a Palavra de Deus diz que a tristeza e a ansiedade são pecados.
Devemos em tudo dar graças. Deus manda que demos graças em tudo. Em tudo devemos dizer: "Deus, eu Te agradeço e Te louvo". Mesmo que encontremos dificuldades devemos dizer: "Deus, eu Te agradeço e Te louvo". Uma mulher que teve nove filhos pensava que a palavra sobre não estar ansiosos estava equivocada. Ela alegava que uma mãe precisa estar ansiosa. Achava que não estar ansiosa era pecado. Já havia perdido dois filhos em meio à sua ansiedade e acreditava que devia criar os outros sete com ansiedade. Essa irmã não entendia que a ansiedade é pecado; pensava que era sua obrigação estar ansiosa. Regozijar-se sempre é um mandamento de Deus. Não andar ansioso de coisa alguma também o é. Em tudo dar graças, mais ainda, é um mandamento de Deus. A vitória e a força nos capacitam para obedecer o que Deus manda. Os que não conseguem vencer não são capazes de guardar os mandamentos de Deus.
Agora, se você pensar: "Mas tenho muitos motivos para estar ansioso ou triste", considere o seguinte: acaso nós não colhemos aquilo que plantamos? Se prefiro viver ao meu modo, como a promessa de Deus será uma realidade pra mim?
Se para Deus não estar ansioso é um mandamento, deve ser mandamento pra mim também. Se para Ele, "alegrai-vos" ou "regozijai-vos" é um mandamento, para mim também é.
"Quanto ao mais, irmãos meus, regozijai-vos no Senhor. Não me é penoso a mim escrever-vos as mesmas coisas, e a vós vos dá segurança." (Filipenses 3:1)
Reconheça que precisa crer na palavra de Deus. Crer é receber. Por exemplo, sobre a ansiedade, o que diz a Bíblia?
"Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós." (I Pedro 5:7)
O que você acha, é um conselho ou mandamento? Acha que este cuidado de Deus é só se você concorda? Ele quer cuidar de você a todo o tempo, mas se você não crer, não terá outra opção exceto de cuidar de si mesmo. As palavras da Bíblia não devem ser interpretadas segundo nossa lógica, precisamos da luz de Deus para entendê-lO. Reconheça que não tem obedecido ao Senhor e que é ainda um cristão tão triste e ansioso. Sobre o que deveríamos estar ansiosos? Por buscar a presença do Senhor, isso é a única coisa que deixa Ele também ansioso, pois deseja ainda mais a nossa presença:
"ó Deus, tu és o meu Deus; ansiosamente te busco. A minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água." (Salmo 63:1)
Graças a Deus, há um caminho de volta: arrependimento. Se o homem se arrepende, Deus o restaura. Se quiser mesmo ser restaurado, volte-se para o Senhor, confesse seu pecado - esses dos quais falamos aqui - e arrependa-se, Ele será fiel com você.
Adaptado de "A Vida Que Vence" - Watchman Nee

COM ELEVAR A AUTO-ESTIMA DO SEU FILHO




Todos os pais devem esforçar-se para elevar a auto-estima de seus filhos. Quando uma criança possui auto-estima, significa que ela possui um forte senso de valor e de prestígio de si mesma. Esse sentimento lhe garante crescer sem complexo de inferioridade. O preço que ela dirá ter e a percepção de valor de seus amigos, parentes e as pessoas de um modo geral enxergarão nela é determinado pelo rótulo que os pais imprimirem nas crianças durante os primeiros anos de vida. Os pais são, por isso, os responsáveis pela etiqueta de valor que terão os filhos.

Não podemos esperar que o mundo faça isso. O mundo tornou-se muito competitivo e exigente, basta que os nossos filhos não atinjam a média na escola ou errem frente a seus parentes ou se estranhem com as outras crianças nos parques recreativos, para que várias palavras negativas sejam dirigidas sem misericórdia a elas, abalando, assim, sua base de sustentação e quebrando o termômetro que os mede como alguém importante: sua auto-estima.

Nosso lar, como um jardim, e nossos filhos como a cultura, precisam ser regados e devidamente adubados para crescerem fortes. Se somos estes que irão produzir filhos fortes, confiantes e bem consigo mesmos, não podemos deixar passar as oportunidades que nosso próprio lar proporciona. O lar pode se transformar em um viveiro produtor de filhos que gostam de si mesmos. Cultivar esse sentimento é fundamental para uma criança.

Quando permitimos que nossos filhos ajudem em casa varrendo o chão, enxugando a louça, atendendo o telefone, arrumando a própria cama, colocando os sapatos em lugar próprio, escovando os próprios dentes e fazendo uma infinidade de pequenas coisas que temos ao nosso dispor, sem dúvida, eles crescerão sentindo-se mais importantes e com uma saudável percepção de valor. Essa é a forma de transformar uma plantinha em uma grande árvore.

é certo que muitos desses serviços não sairão bem feitos, já que a vontade de ajudar da criança nem sempre corresponde com a maturidade que tem: estatura, coordenação motora, capacidade de discernir prioridades, etc. Esse é o grande motivo de os pais rejeitarem a ajuda que os filhos pretendem e gostam de dar. O que os pais geralmemente não percebem é que quando o serviço de uma criança é rejeitado, ela também sente-se rejeitada. Esse sentimento de rejeição é muito ruim para se conviver com ele. Um pai com visão nunca olha para o resultado do serviço que o filho presta, mas para o resultado que ocorre na pessoa dele. E não há melhor resultado do que este: ser estimado como alguém de grande valor.

Os filhos que crescem em um lar onde os pais agem como meros gerentes, sempre exigindo e esperando a melhor performance deles, correm o sério risco de tornar-se filhos tímidos e inseguros. Talvez preferirão, por medo de errar, não se aventurar em desempenhar as tarefas que lhe cabem ou não terão iniciativa de criar algumas outras. Que lástima! Quando nossas crianças são privadas desse senso de valor, não temerão, no futuro, gastar sua vida com o mundo, andar com o carro em alta velocidade, usar drogas, tatuar seu corpo, pois não aprenderam a gostar de si mesmas.

Por outro lado, se tivermos pais com as características de um bom jardineiro, que lança a semente, rega, aduba e que tem a paciência de esperar décadas, se for necessário, para ver os resultados, esses produzirão filhos positivamente destemidos, ousados e com mais capacidade de influenciar o grupo com que se relacionam do que serem influenciados por ele.

A vida de nossos filhos é preciosa demais para não ser usada por Aquele que sabe valorizar o homem - Deus. O preço que Ele pagou por nossos filhos foi suficiente para que eles se sintam os mais especiais do mundo.

Pais, permitam que seus filhos ajudem em casa, tenham paciência, gastem tempo com eles, ajam como bons jardineiros e digam-lhes, por favor, que eles são preciosos para Deus.
2

domingo, 9 de setembro de 2012

AOS CASAIS

Oh! Senhor Jesus--( Aos Casais )
O amargo pode se tornar doce ler: Êxodo 15:22-26
"...Ás vezes nosso casamento passa pro situações amargas e difíceis porque o Senhor nos quer mostrar que em nosso ego não existe água pura que possa dessendentar. Deus por meio das circunstâncias, revela que não somente é amargo o que ocorre ao nosso redor mas todo o nosso ser também é amargo. Só a cruz de Cristo cu
ra nossa amargura e muda o que somos. somos doente física, emocional e espiritualmente. precisamos de socorro!... Em nossa vida cristã e em nosso relacionamento conjugal, se não andarmos em comunhão constante com o Senhor e não dependermos Dele, nos encontraremos várias vezes cansados e sedentos, mas só com águas amargas que não podem satisfazer nossa sede. o Senhor permite isso para que percebamos que, em nós mesmos, em nosso ego, não existe nada doce, nenhuma água que consiga saciar nossa sede. somente águas amargas. é também o que temos a oferecer ao conjugue....Após crermos no Senhor ainda precisamos ter um viver de obedecer ao Senhor e aplicar a cruz em nosso ser doente e amargo. Nossa cruz vem por meio de negarmos a nós mesmos, tomarmos a cruz de Cristo e seguir-Lo. percebemos desequilibrio em nossas emoções, assim como em nossas decisões carregadas de insegurança. até nosso corpo perde a força e adoece por causa do stress gerado pelas emoções desequilibradas. não adianta insistir para o Senhor mudar somente a situação exterior, pois nosso coração, que é a fonte de todos os nossos sentimentos é cheio de amargura, insatisfações, queixas contra o conjugue e contra o próprio Deus. Não aceitamos o seus caminhos., reclamamos das pessoas que nos cercam, do chefe, do conjugue, dos filhos, dos pais,dos amigos, como se Deus não estivesse fazendo nada a nosso favor! quando ouvimos a voz do Senhor , obedecemos à Ele , guardamos Seus mandamentos e rejeitamos toda a rebelião que há em nosso ser aí o experimentamos como nosso médico e remédio. Ele é o único que pode mudar uma situação amarga em doce e pode principalmente mudar nosso interior, onde está a fonte dos problemas... Abramo-nos a Ele: OH SENHOR JESUS!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O QUE ACONTECE NO NOVO NASCIMENTO?


 Você Precisa Nascer de Novo

João 3:1-10

Ora, havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. 2 Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. 3 Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. 4 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? 5 Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. 6 O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. 7 Não te admires de eu te haver dito: Necessário vos é nascer de novo. 8 O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. 9 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode ser isto? 10 Respondeu-lhe Jesus: Tu és mestre em Israel, e não entendes estas coisas?

Nós começamos uma série de mensagens sobre o novo nascimento. Jesus disse a Nicodemos em João 3.3: "em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus". Ele estava falando com todos nós quando disse isso. Nicodemos não era um caso especial. Você e eu precisamos nascer novamente, ou não veremos o reino de Deus. Isso significa que nós não seremos salvos, não seremos parte da família de Deus, não iremos para o céu, mas para o inferno.

Nicodemos era um dos Fariseus, os líderes judeus mais religiosos. Jesus disse pra eles em Mateus 23.15 e 33, "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós ... Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno?". Então a série que começamos não é sobre um assunto secundário. É central. A eternidade está em questão quando se fala sobre o novo nascimento. "Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus".

O novo nascimento é desconfortável
Na primeira mensagem nós focalizamos as razões para essa série e os tipos de questionamentos que faríamos. A pergunta de hoje é: O que acontece no novo nascimento? Antes de tentar responder essa pergunta, deixe-me mencionar uma profunda preocupação que tenho sobre a maneira que esta mensagem será entendida. Estou ciente de que essa série de mensagens será desconfortável para muitos de vocês - assim como as palavras de Jesus são desconfortáveis para nós vez após vez, se as levamos a sério. Existem pelo menos três razões pra isso:

1) Por causa da nossa condição sem esperança

O ensinamento de Jesus sobre o novo nascimento nos confronta com nossa condição sem esperança espiritual, moral e legal, à parte da graça regeneradora de Deus. Antes de o novo nascimento ocorrer para nós, estamos espiritualmente mortos. Somos moralmente egoístas e rebeldes. Somos legalmente culpados perante a lei de Deus e estamos debaixo de Sua ira. Quando Jesus nos diz que devemos nascer de novo, Ele está dizendo que o nosso presente estado é desesperadamente irresponsável, corrupto e culpado. A não ser pela maravilhosa graça em nossas vidas, nós não gostamos de ouvir essas coisas sobre nós mesmos. Então é desconfortável quando Jesus diz que devemos nascer de novo.

2) Porque nós não podemos causar o novo nascimento

Ensinar sobre o novo nascimento é desconfortável porque isso envolve algo que é feito em nós, não algo que nós fazemos. João 1.13 enfatiza isso. Refere-se aos filhos de Deus como àqueles que “não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus". Pedro expõe a mesma coisa "bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança" (1Pe 1.3). Nós não causamos o novo nascimento. Deus causa o novo nascimento. Qualquer coisa de bom que fazemos é resultado do novo nascimento, não a causa dele. Isso significa que o novo nascimento está fora do nosso próprio alcance. Está fora do nosso controle. E isso confronta nossa inutilidade e nossa absoluta dependência de Alguém que não nós mesmos.

Isso é desconfortável. Ele nos diz que não veremos o reino de Deus se não nascermos de novo. E nos diz, ainda, que não podemos nascer de novo por nós mesmos. Isso incomoda.

3) Porque a liberdade absoluta de Deus nos confronta

Então, a terceira razão porque o ensino de Jesus sobre o novo nascimento incomoda, é porque nos confronta com a absoluta liberdade de Deus. A não ser por Deus, estamos espiritualmente mortos no nosso egoísmo e rebeldia. Somos filhos da ira por natureza (Efésios 2.3). Nossa rebeldia é tão profunda que não perceber ou desejar a glória de Cristo no evangelho (2 Coríntios 4.4). Portanto, se nascemos de novo, isso é baseado decisivamente e em ultima instância por Deus. A decisão dEle de nos dar vida não será uma resposta ao que nós espiritualmente fizemos, mas o que nós fazemos será a resposta por Ele nos ter dado vida. Para a maioria das pessoas, pelo menos inicialmente, isso é desconfortável.

Minha esperança: Calmo e Salvo, não somente incomodado
Então, conforme eu inicio a série, sei quão desconfortável esse ensinamento sobre o novo nascimento pode ser. E como eu quero ser cuidadoso. Não quero inquietar desnecessariamente almas tranquilas. E não quero dar falsa esperança para aqueles que têm confundido moralidade ou religião com vida espiritual. Por favor, orem por mim. Sinto-me como se tivesse almas eternas em minhas mãos nesses dias. E ainda sei que não tenho poder para lhes dar vida. Mas Deus tem. E tenho muita esperança que Ele fará como diz em Efésios 2.4-5 "Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo". Deus ama magnificar as riquezas da sua graça vivificadora, na qual Cristo é exaltado em verdade. Essa é a minha esperança: que essa série não somente incomode, mas que acalme e salve.

O que acontece no novo nascimento?
Vamos tratar agora dessa questão: o que acontece no novo nascimento? Tentarei responder em três itens. Trataremos dos dois primeiros hoje, e do terceiro falaremos domingo que vem, se Deus quiser: 1) O que acontece no novo nascimento não é admitir uma nova religião, mas receber uma nova vida, 2) O que acontece no novo nascimento não é meramente afirmar o sobrenatural em Jesus, mas experimentar o sobrenatural em você mesmo, 3) O que acontece no novo nascimento não é o melhoramento da sua antiga natureza humana, mas a criação de uma nova natureza humana (uma natureza que é verdadeiramente você, é perdoada e purificada, é realmente nova e está sendo formada pela habitação do Espírito de Deus. Vamos ver um ponto de cada vez.

1) Nova vida, não nova religião

O que acontece no novo nascimento não é admitir uma nova religião, mas receber uma nova vida. Leia comigo os três primeiros versos de João 3: “Ora, havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.”

João faz questão de deixar claro que Nicodemos é um fariseu, poderoso entre os Judeus. Os fariseus eram o grupo mais religiosamente rigoroso dentre todos os grupos judaicos. A esse fariseu, Jesus disse (no verso 3), "Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus". E ainda mais pessoalmente no verso 7: "Necessário vos é nascer de novo." Logo, um dos pontos de João é: Toda a religião de Nicodemos, todo o seu maravilhoso estudo, disciplina e legalismo farisaicos não suprem a necessidade do novo nascimento. Na verdade, eles podem muito bem evidenciar a necessidade do novo nascimento.

O que Nicodemos precisa, e que você e eu precisamos, não é religião, mas vida. O motivo de referir-se a novo nascimento é porque nascimento traz nova vida ao mundo. Em um sentido, claramente, Nicodemos está vivo. Ele está respirando, pensando, sentindo, agindo. Ele é humano, criado à imagem de Deus. Mas evidentemente, Jesus pensa que ele está morto. Não existe vida espiritual em Nicodemos. Espiritualmente, ele não nasceu. Ele precisa de vida, não mais atividades religiosas ou zelo. Disso ele já tem muito.

Você se lembra do que Jesus disse em Lucas 9.60 ao homem que queria adiar seguir a Jesus para poder enterrar o seu próprio pai? Jesus disse: "Deixa os mortos sepultar os seus próprios mortos; tu, porém, vai e anuncia o reino de Deus". Isso significa que existem pessoas fisicamente mortas que precisam ser enterradas. E existem pessoas espiritualmente mortas que podem enterrá-las. Em outras palavras, Jesus pensou em termos de pessoas que andam por aí com aparência de muita vida, e que estão mortas. Na parábola do filho pródigo, o pai diz: "porque este meu filho estava morto, e reviveu". (Lucas 15.24)

Nicodemos não precisava de religião. Ele precisava de vida, vida espiritual. O que acontece no novo nascimento é que vida passa a existir onde não existia antes. Nova vida acontece no novo nascimento. Isso não é atividade religiosa, disciplina ou decisão. Isso é a vida passando a existir. Esse é o primeiro modo de descrever o que acontece no novo nascimento.

2) Experimentando o sobrenatural, e não somente o afirmando

O que acontece no novo nascimento não é a mera afirmação do sobrenatural em Jesus, mas experimentar o sobrenatural em você mesmo. No verso 2, Nicodemos diz "Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele". E, outras palavras, Nicodemos vê em Jesus uma genuína atividade divina. Ele admite que Jesus viera da parte de Deus. Jesus faz as obras de Deus. A isso, Jesus não responde: "quem dera todos na Palestina vissem a verdade que você vê em mim". Ao invés disso, Ele disse: "se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus".

Vendo sinais e maravilhas, e se maravilhando com eles, e dando o devido crédito da operação de milagres a Deus, isso não salva ninguém. Esse é um dos maiores perigos dos sinais e maravilhas: você não precisa de um novo coração para se maravilhar com eles. A velha e caída natureza humana é tudo o que é necessário para se maravilhar com sinais e milagres. E essa velha e caída natureza humana quer reconhecer que o operador de milagres é da parte de Deus. O próprio diabo sabe que Jesus é o filho de Deus e opera milagres (Marcos 1.24). Não, Nicodemos, ver-me como um operador de milagres enviado por Deus não é a chave para o reino de Deus. "Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus".

Em outras palavras, o que importa não é meramente afirmar o sobrenatural em Jesus, mas experimentar o sobrenatural em você mesmo. O novo nascimento é sobrenatural, não natural. Ele não pode ser calculado por coisas que já são encontradas neste mundo. O verso 6 enfatiza a natureza sobrenatural do novo nascimento: "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito". A carne é o que somos. O Espírito de Deus é a pessoa sobrenatural que traz o novo nascimento. Jesus diz novamente no versículo 8: "o vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito". O Espírito de Deus não é parte deste mundo natural. Ele está acima dessa natureza. Ele é sobrenatural. De fato, Ele é Deus. Ele é a causa imediata do novo nascimento.

Então, Nicodemos - disse Jesus - o que acontece no novo nascimento não é meramente afirmar o sobrenatural em mim, mas experimentar o sobrenatural em você mesmo. Você precisa nascer de novo. E não de maneira metafórica, mas de modo sobrenatural. O Espírito Santo de Deus precisa vir sobre você e trazer nova vida à existência.

No próximo encontro veremos as palavras do verso 5 mais de perto: "em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus". O que água e Espírito significam aqui? E como isso nos ajuda a entender o que acontece no novo nascimento?

Jesus é a vida
Mas hoje eu quero encerrar fazendo uma conexão crucial entre o novo nascimento pelo Espírito e ter vida eterna pela fé em Jesus. O que vimos até agora é que o que acontece no novo nascimento é obra sobrenatural do Espírito Santo que traz vida espiritual onde ela não existia. Jesus disse novamente em João 6.63: "o espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita".

Mas o evangelho de João esclarece outra coisa também: Jesus é a vida que o Espírito Santo concede. Ou podemos dizer: a vida espiritual que Ele dá, Ele só dá em conexão com Jesus. União com Jesus é onde experimentamos o sobrenatural, a vida espiritual. Jesus disse em João 14.6: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim". Em João 6.35, disse: "Eu sou o pão da vida". E em 20.31, João diz: "estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome".

Não há vida à parte de Jesus
Então, não há vida espiritual (vida eternal) longe de Jesus e da fé em Jesus. Nós teríamos muito mais a dizer sobre a relação entre o novo nascimento e a fé em Jesus. Mas deixe-me colocar assim por enquanto: no novo nascimento, o Espírito Santo une-nos a Cristo numa união vivificadora. Cristo é vida. Cristo é a vinha onde brota vida. Nós somos os ramos (João 15.1 e seguintes). O que acontece no novo nascimento é a criação sobrenatural de nova vida espiritual, e ela é criada pela união em Cristo Jesus. O Santo Espírito nos traz uma conexão vital com Cristo, que é o caminho, a verdade e a vida. Essa é a realidade objetiva do que acontece no novo nascimento.

E do nosso lado, o modo que experimentamos isso, é que a fé em Jesus é despertada em nossos corações. Vida espiritual e fé em Jesus vêm a existir simultaneamente. A nova vida faz a fé possível e uma vez que vida espiritual sempre desperta a fé e se expressa na fé, não há vida sem fé em Jesus. Portanto, nós devemos nunca separar o novo nascimento da fé em Jesus. Do lado de Deus, nós somos unidos a Cristo no novo nascimento. É isso que o Espírito Santo faz. Do nosso lado, nós experimentamos essa união pela fé em Jesus.

Nunca separe o novo nascimento da fé em Jesus
Veja como João coloca essas coisas juntas em 1 João 5.4: “porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”. Nascido de Deus – a chave da vitória. Fé – a chave da vitória. Porque fé é a maneira que experimentamos o nascer de Deus.

Veja agora como João diz isso em 1 João 5.11-12: “e o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida”. Portanto, quando Jesus diz, “o espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita” (João 6.63), e quando diz “você precisa nascer do Espírito” para ter vida, ele quer dizer: No novo nascimento, o Espírito Santo nos dá sobrenaturalmente nova vida espiritual ao nos conectar com Jesus Cristo pela fé. Porque Jesus é vida.

Então, nunca separe essas duas afirmações de Jesus em João 3: “se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (v.3) e “quem crê no Filho tem a vida eterna” (v.36).

AS SETE IGREJAS DE APOCALIPSE (Ap 1:20)


"E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera." Mt 13:22 - fomos ensinados que deveríamos arrancar os espinhos, mas de acordo com a luz que recebemos atualmente vimos que o melhor é queimá-los.
A diferença entre o joio e o trigo: o joio não dá frutos e quando cresce fica reto, o que representa seu orgulho: quanto mais cresce, mais orgulhoso se torna. Já o trigo ao crescer dá sementes que fazem peso e o faz se inclinar, indicando sua humildade; quanto mais cresce mais frutos dá e mais humilde se torna.
Às vezes sofremos com pessoas que nos atacam e caluniam, querendo destruir a igreja. Nós os vemos como joio, e vamos até o Senhor para apresentar a situação e dizemos: "Senhor, arranca este joio que não me deixa receber a luz solar." Mas o Senhor lhe responde: "Não, você deve cre
scer mais para receber mais luz."
Quando você estuda a Bíblia, qual a parte de seu ser você usa? É a alma. Ao invés de negar a vida da alma, muitos cristãos a usam para ganhar conhecimento da letra e, ao fazerem comparações, se acham melhores que os demais. A situação de Éfeso era assim, e se agravou tanto que Timóteo adoeceu fisicamente a ponto de Paulo recomendar-lhe tomar um pouco de vinho, o que muitos cristão que vivem na alma tomam como licença para beber vinho.
A igreja em Tiatira representa a igreja Católica, que por um lado reconhece Cristo, mas por outro está na posição de Jezabel, que introduziu fermento (falsos ensinamentos) nas três medidas de farinha (a pura palavra do Deus Triúno) substituindo o nome do Senhor Jesus pelo de Maria. (Lc 13:21)
Sardes significa restaração. A igreja em Sardes representa o protestantismo que, através de Martim Lutero, tornou pública as Escrituras, mas não restaurou a igreja como deveria, pois ao conhecer a Bíblia, ao invés de restaurar a igreja se voltou para doutrinas e ensinamentos diferentes, causando ainda mais divisão.
A igreja em Filadélfia indica todos aqueles que guardam o nome e a palavra; são os que de coração puro invocam o nome do Senhor.
A igreja em Laodicéia refere-se àqueles que se acham abastados, que nada mais precisam receber.

DESOCUPADOS


"Porque o reino dos céus é semelhante a um homem, pai de família, que saiu pela manhã a contratar trabalhadores para a sua vinha. E tendo ajustato com os trabalhadores por um denário ao dia, enviou-os para a sua vinha. Saindo perto da terceira hora, viu outros que estavam no lugar desocupados; e lhes disse: Vão também vós para a minha vinha, e lhes darei o que seja justo. E eles foram. Saiu outra vez perto da sexta hora e da nona, e fez o mesmo. E saindo perto da décima primeira hora..." (Mt. 20:1-6).
Esta é a conhecida parábola dos trabalhadores da vinha. A décima primeira hora é a penúltima hora do dia, porque os hebreus dividiam o dia em doze horas, do amanhecer até o ocaso. Então, aqui faltava uma hora para que fosse concluído o dia de trabalho, e a essa hora, o dono da vinha"...achou outros que estavam desocupados; e lhes disse: por que estais aqui todo o dia desocupados?". No relato, a palavra desocupados aparece três vezes. O que significa isto, espiritualmente falando?
A vinha representa a obra de Deus. Agora, se nós estivermos fora da vinha, estamos desocupados. Como considera Deus nossa vida fora da vinha? Não importa quantas coisas façamos para nós mesmos, quantos planos desenvolvemos, quanta riqueza acumulemos. Para Deus, este é um tempo desocupado, sem proveito, sem fruto. É um tempo que não conta, não existe.
A vinha do Senhor é o âmbito de nosso trabalho. É nela onde podemos investir o tempo e ser achado úteis, ocupados, dando fruto. Isso não significa que tenhamos que deixar todas as nossas ocupações terrestres para nos dedicar à obra do Senhor em tempo completo. Não. Significa, simplesmente, estar no lugar que Deus quer, fazendo realmente o que Deus quer que façamos.
Você está, amado irmão, no lugar certo? Ou está fora da vinha? Talvez considere que está fazendo muita obra para Deus, mas mesmo assim, poderia estar fora da vinha. Lembra que é a Sua vinha, não nossa vinha; são Seus trabalhos, não nossos trabalhos.
Creio que, na vida de todos os servos de Deus, quando estamos muito atarefados ou muito desgastados servindo ao Senhor, chega um momento em que nos curvamos. E então nos perguntamos: "Estou realmente fazendo a obra de Deus?". E esta pergunta pode trazer um grande terremoto e até um dano em nossa vida. Tudo o que façamos fora da vinha será tempo perdido, será trabalho inútil, será obra sem valor para Deus.
Nesta parábola, esse dia de doze horas da manhã até a tarde, representa para nós toda a nossa vida. Talvez estejamos na décima primeira hora, e falte só uma hora para que se feche a porta. Estamos fora, desocupados, fazendo muitas coisas para nós mesmos? Estamos realmente servindo na vinha do Senhor? Como estamos ocupando os nossos dias?

VIVER COMO PASSARINHOS

Em muitas ocasiões ouvimos a expressão: “Não podemos viver como passarinhos”. A conotação que tem esta frase dentro da cultura popular se relaciona com a ideia de viver sem responsabilidades, sem preocupar-se com nada. Em nossa sociedade, isto é considerado como algo negativo, pois, o homem deve preocupar-se e assumir responsabilidades diante da vida. Assuntos como trabalhar e desta forma poder adquirir o necessário (ou talvez mais do que o necessário) para nos alimentar e nos vestir, são ações elogiáveis.

Olhemos com atenção esta expressão à luz das palavras de nosso Senhor Jesus, registradas em Mateus 6:26: “Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem recolhem em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas?”.

Viver como passarinhos não significa ausência de responsabilidade, pelo contrário. Deus não leva o alimento para as aves no ninho. Elas saem em busca do sustento que Deus lhes preparou e, através das capacidades que o Criador lhes outorgou, podem ir e recolher o necessário no lugar correto. Portanto, a vida das aves não é uma vida irresponsável.

O tema central aqui é a preocupação pelas coisas materiais e não a irresponsabilidade ou vadiagem. As aves não se preocupam, só saem em busca da comida que, elas sabem, foi preparada para esse dia. Elas saem, vão procurá-la, mas confiando em que a encontrarão, pois, conhecem o seu Criador. A vida das aves é uma vida de dependência absoluta, de espera confiada, não de preocupação.

Isto é um grande exemplo para nós, pois, sempre estamos preocupados pelas coisas que estão por vir e não sabemos descansar em Deus com respeito aos nossos planos e projetos. Sejamos como os passarinhos, confiemos em nosso Deus e Pai, aquele que conhece o nosso coração e sabe do que necessitamos. Ele nos proverá o necessário e nos dirá também onde e como. Aprendamos a lhe conhecer e então confiaremos muito mais nele. Só procuremos o seu reino e a sua vontade e esperemos nele.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

O INÍCIO DO MINISTÉRIO DE PAULO


Entrementes, Saulo assolava a igreja e “respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote e lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém” (At 9:1-2). Ele foi a Damasco para prender a todos que invocavam o nome do Senhor (v. 14). Mas aconteceu que “seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (vs. 3-5). Então Saulo entendeu que ao perseguir aqueles que invocavam o nome do Senhor, ele estava perseguindo 
o próprio Jesus.
Saulo creu, foi batizado e ousadamente pregava o evangelho. Ele era muito jovem e por onde passava discutia com os judeus, e estes intentavam matá-lo. Para guardá-lo, ele foi enviado para Tarso, sua terra natal. Tempos depois, Barnabé o levou para servir na igreja em Antioquia e o ajudou a exercitar seus dons.
Paulo ganhou muita graça e, de perseguidor daqueles que invocavam o nome do Senhor, se tornou um instrumento útil nas mãos de Deus. Um dia, quando ele estava servindo e jejuando junto com os demais irmãos em Antioquia, “disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13:2). Eles foram enviados para pregar o evangelho, receberam o ministério e apostolado.
Apóstolo é aquele que é enviado da parte de Deus. O Senhor abençoou a obra deles porque estavam no espírito. Provavelmente eles invocavam o nome do Senhor e levavam as pessoas ao espírito. Isso nos revela um princípio: se pararmos de invocar o nome do Senhor, como os doze apóstolos fizeram, perderemos nossa função e o ministério que recebemos será entregue a outros, assim como ocorreu naquela época, quando o ministério foi passado para Barnabé e Paulo. Isto é, a responsabilidade de levar adiante a obra do Senhor recaiu sobre eles.

O QUE É A IGREJA?



Depois de salvos, precisamos prosseguir para ver a igreja. O que é a igreja? A igreja não é uma catedral, um local de reuniões, tampouco uma casa, um edifício, uma organização humana ou ainda um grupo religioso. Na língua original, a palavra igreja é ekklesia. Ela é composta de duas palavras: a primeira palavra é ek, que significa fora, e a segunda, klesia que significa chamar. A igreja, portanto, segundo o Novo Testamento, é a congregação dos que foram chamados para fora do mundo (1 Coríntios 1:2).

A igreja é o Corpo de Cristo (Efésios 1:22-23). Assim como Jesus tinha um corpo e usava-o para andar e se expressar, a igreja, como o Corpo de Cristo deve ser a expressão de Cristo na terra. Por isso é tão fundamental que a igreja desfrute as insondáveis riquezas de Cristo.
 Tudo o que Cristo é pode ser expresso pela igreja. Quando as insondáveis riquezas de Cristo são desfrutadas pelos santos, surge a igreja como a plenitude de Cristo, expressando tudo o que Ele é.

A igreja também é a casa do Deus vivo. Por todos os séculos, desde o princípio, Deus desejava ter um lar. Ele já tinha um trono para se assentar, um estrado para pôr Seus pés, mas carecia de uma casa para descansar (Atos 7:48-49). A igreja é a casa de Deus; é o lugar onde Ele pode ser manifestado na terra (1 Timóteo 3:15-16). No Antigo Testamento Ele estava em um lugar inacessível, mas com a edificação do tabernáculo e depois com a edificação do templo, Ele teve uma morada temporária, onde Sua Pessoa poderia ser achada e buscada pelos filhos de Israel. No Novo Testamento, quando Cristo se encarnou, Ele armou um tabernáculo entre os homens; assim, onde quer que Cristo estivesse, ali estava Deus. Agora, depois que o Senhor Jesus morreu, ressuscitou e ascendeu, se alguém quiser buscá-Lo, onde O encontrará? Aleluia! Hoje Deus está na igreja, Sua casa, Sua residência entre os homens, e essa é a razão pela qual Ele deseja estabelecer uma igreja em casa cidade.

EPIKALÉO: INVOCAR UMA PESSOA CHAMAR PELO NOME




A palavra hebraica para invocar significa gritar para, clamar a, isto é, gritar. A palavra grega para invocar significa invocar uma pessoa pelo nome, chamar uma pessoa pelo nome. Em outras palavras, chamar uma pessoa pelo nome audivelmente. Embora as orações possam ser silenciosas, o invocar deve ser audível.

O invocar o nome do Senhor começou na terceira geração da humanidade com Enos, o filho de Sete (Gn 4:26). Depois foi praticado por Abrão (Gn 12:8; 13:4; 21:33), Isaque (Gn 26:25), Moisés (Dt 4:7) e por muitos outros servos de Deus no Antigo Testamento (Jó 12:4; Sl 91:15; 1 Cr 4:10; Jz 16:28; 1 Sm 12:18; 2 Sm 22:4; Jn 1:6; 1 Rs 18:24; Lm 3:55; Jl 2:32; Sf 3:9; Zc 13:9).

No Novo Testamento, invocar o nome do Senhor foi praticado pelos crentes a partir do dia de Pentecostes (At 2:21; 7:59; 22:16; 1 Co 1:2; 12:3; 2 Tm 2:22). Saulo de Tarso, que tinha recebido autoridade dos principais sacerdotes para prender todo aquele que invocasse o nome do Senhor (At 9:14), ele mesmo foi batizado e teve seus pecados lavados invocando o nome do Senhor (At 22:13-16). Todos esses versículos indicam que os santos primitivos eram invocadores de Jesus. O invocar o nome do Senhor Jesus era um sinal, uma marca, de que eles eram cristãos.

No livro de Romanos, o apóstolo Paulo escreveu: "Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo" (Rm 10:12-13).

ELE ESTÁ TRABALHANDO

Muitas vezes olhamos para nossa condição espiritual e ficamos profundamente decepcionados. Procuramos pela expressão da vida de Deus em nós e não encontramos, procuramos os frutos e não encontramos, procuramos até ser úteis ao Senhor, mas parece que Deus não faz caso de nós. Acreditamos que muitos filhos de Deus, de vez em quando, têm a sensação de que nada está acontecendo o
u sendo operado em sua vida.

Essa pequena história que contamos não é apenas a história de algumas pessoas, mas também a história de Pedro. Tudo que ele fazia parecia estar errado; nele não se via muito da expressão de Deus e mesmo tendo sido comissionado pelo Senhor, sua atuação em termos de registro bíblico ficou suspenso por muitos anos. Entretanto, por trás de toda a situação que parecia ser negativa o Espírito resolveu dedicar-se para trabalhar nele; e foi isso que aconteceu. Depois do investimento invisível e misterioso do Espírito, Pedro passou a expressar a vida de Deus, dar frutos, ser útil ao Senhor e pôde deixar registrada, em duas epístolas, sua história de transformação. Portanto, não desanime. Deus também está trabalhando em você!

O CRESCIMENTO DE VIDA




A vida que recebemos de Deus precisa crescer. Qualquer coisa que tem vida sempre cresce, e o crescimento é assunto da vida. Todas as formas de vida - a vida humana, a vida animal e a vida vegetal - exibem crescimento. O mesmo acontece com a vida divina. A vida divina é a vida mais sublime, a vida no plano mais alto. Uma vez que a vida divina é a vida mais sublime, ela tem o maior crescimento.

Paulo disse: "Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus" (1 Co 3:6). O versículo não diz: "eu ensinei" mas "eu plantei". COM A VIDA HÁ CRESCIMENTO. Paulo disse que Apolo regou. Hoje, entre os cristãos, fala-se muito de ensinamento. Mas quantos falam sobre nossa necessidade de ser regados? As plantas secas precisam ser regadas. Precisamos mudar a terminologia, muito usada no meio cristão, de ensinar para regar.

Há muitas pessoas que estão preocupadas com o modo como alguns irmãos andam, do modo que se vestem e como arrumam o cabelo. E na tentativa de se fazer alguma coisa, eles começam a corrigir, repreender e ameaçar. Na verdade, o que precisamos fazer é regar os irmãos. Os irmãos não precisam ser corrigidos, mas regados. Só o regar produz o crescimento de vida.

É o alimento da mãe que faz com que o filho cresça. Uma mãe alimenta os filhos, e é isso que os leva ao crescimento.

Se invocarmos o nome do Senhor com sinceridade, com certeza, haverá crescimento. É impossível não haver nenhum tipo de crescimento, se estamos recebendo Cristo dia após dia.

domingo, 2 de setembro de 2012

ESPÍRITO, ALMA E CORPO


O conceito corrente da constituição dos seres humanos é dualista: alma e corpo. Segundo este conceito, a alma é a parte interior espiritual invisível, enquanto que o corpo é a parte corporal externa visível. Embora haja algo de certo nisto, contudo, é inexato. Esta opinião vem de homens caídos, não de Deus. Além da revelação de Deus não há nenhum conceito seguro. Que o corpo é a cobertura externa do homem é, sem dúvida alguma, correto, mas a Bíblia jamais confunde o espírito e a alma como se fossem a mesma coisa. Não só são diferentes em condições, mas também suas naturezas diferem uma de outra. A Palavra de Deus não divide o homem em duas partes de alma e corpo. Pelo contrário, trata o homem como um ser tripartido: espírito, alma e corpo. 1 Tessalonicenses 5:23, 24 diz:

«E o próprio Deus de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, e ele também o fará..»

Este versículo mostra claramente que o homem está dividido em três partes. O apóstolo Paulo se refere aqui à santificação total dos crentes: «vos santifique completamente». Segundo o apóstolo, como se santifica uma pessoa por completo? Guardando seu espírito, alma e corpo.
Com isso, é fácil compreender que o conjunto da pessoa compreende estas três partes.
Este versículo também faz uma distinção entre espírito e alma, pois de outro modo Paulo teria dito simplesmente «sua alma». Posto que Deus distinguiu o espírito humano da alma humana, concluímos que o homem está composto, não de dois, mas sim de três partes: espírito, alma e corpo.
Tem alguma importância a divisão em espírito e alma? É um assunto de primordial importância porque afeta tremendamente a vida espiritual do crente. Como um crente pode compreender  a vida espiritual se não conhecer o alcance do mundo espiritual? Sem compreender isto como pode crescer espiritualmente?
O fracasso em distinguir entre o espírito e a alma é fatal para a maturidade espiritual. Com freqüência os cristãos consideram espiritual o que é anímico (ou seja, da alma), e desta maneira permanecem em um estado anímico e não procuram o que é espiritual seriamente.
Como poderemos escapar do fracasso se confundirmos o que Deus dividiu?
O conhecimento espiritual é muito importante para a vida espiritual. Acrescentemos, não obstante, que para o crente é de igual importância, ou mais, ser humilde e estar disposto a aceitar o ensino do Espírito Santo. Se o for, o Espírito Santo lhe concederá a experiência de dividir espírito e alma, embora possivelmente não tenha muito conhecimento sobre esta verdade. Por um lado, o crente mais ignorante, sem o mínimo entendimento da divisão de espírito e alma, pode, entretanto, experimentar esta divisão na vida real. Por outro lado, o crente mais informado, conhecedor por completo da verdade sobre espírito e alma, pode, entretanto, não vivê-la em sua experiência. Muito melhor é o caso da pessoa que pode ter tanto o conhecimento como a experiência.
No entanto, a maioria carece desta experiência. Em conseqüência, é bom começar por guiá-los a que conheçam as diferentes funções do espírito e da alma e em seguida animá-los a procurar o que é espiritual.
Outras partes da Bíblia fazem a mesma diferenciação entre espírito e alma.

«Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.» (Hb. 4:12).

Neste versículo, o escritor divide os elementos não corporais do homem em duas partes, «alma e espírito». Aqui se menciona a parte corporal através das juntas e das medulas — órgãos motores e sensoriais. Quando o sacerdote utiliza a faca para cortar e dividir totalmente o sacrifício, não pode ficar nada oculto. Inclusive se separam as juntas e as medulas (tutanos). Da mesma maneira o Senhor Jesus usa a Palavra de Deus sobre seu povo para separá-lo todo, para penetrar inclusive até a divisão do espiritual, o anímico e o físico. E daqui se deduz que, posto que se pode dividir a alma e o espírito, devem ser diferentes em sua natureza. Assim, é evidente aqui que o homem é um composto de três partes.

O REINO EDIFICA A IGREJA


“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; dar-te-ei as chaves do Reino dos céus; o que ligares, pois, na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16:18-19).
“Vós também, quais pedras vivas, sois edificados como casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus por Jesus Cristo” (1 Pe 5:5).
“Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento levanta um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; pois aquele dia a demonstrará, porque será revelada no fogo, e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se permanecer a obra que alguém sobre ele edificou, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele prejuízo; mas o tal será salvo, todavia como que pelo fogo” (1 Co 3:11-15).
“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito” (Ef 2:20-22).
Vamos orar:
Querido Pai celestial, quando nos reunimos no nome do Teu Filho amado, nosso Senhor Jesus, Te louvamos e Te agradecemos porque Tu amaste a Igreja e Te deste por ela. Te agradecemos e louvamos porque Tu também amas Teu Reino e, Senhor, pedimos que nós, também, possamos amar Tua Igreja e possamos amar Teu Reino. Oramos para que Tu aumentes em nosso coração tal amor por Teu Reino e pela Tua Igreja porque são coisas que Tu carinhosamente amas. Oh Senhor Tu irás pelo teu Espírito falar ao nosso coração e nos conduzir àquilo que Tu estas buscando. Encomendamos este tempo em Tuas mãos no nome de nosso Senhor Jesus. Amém.

PROGREDIR CADA VEZ MAIS


PROGREDIR SEMPRE

Todas as vezes que nos arrependemos genuinamente, o Senhor se acrescenta a nós como vida, elevando nossa humanidade. Assim, passamos a participar da natureza divina. Nossa necessidade hoje é reunirmos toda nossa diligência e progredirmos do amor fraternal ao amor ágape, perseverando em viver segundo o ministério ulterior de João, enfatizando a prática de invocar o nome do Senhor, de guardar a Sua palavra e de negar a vida da alma.
Hoje podemos fazer parte do ministério de João, que é o ministério de Espírito e vida. Todos podem ser aperfeiçoados para aperfeiçoar os santos para a obra do Senhor por meio destes três pontos: invocar o nome do Senhor, guardar a Palavra e negar a vida da alma.
Mantendo-nos nesse fluir da vida, exercitando-nos na piedade, iremos gradualmente progredir em nossa experiência, até o ponto de alcançarmos o nível do amor ágape, quando a plenitude de Deus em nós nos capacita a amar todas as pessoas, assim como Ele as ama.

A GRAÇA E A VERDADE 1


Duas vezes aparece no primeiro capítulo de João a frase "graça e verdade", ambas referidas ao Senhor Jesus Cristo. Ele veio "cheio de graça e de verdade"; e "a graça e a verdade" vieram por meio dele. Em seguida, entre ambas as frases estão esta outra, tanto ou mais maravilhosa do que aquela: "e graça sobre graça".
A graça é o dom imerecido de Deus para o homem. É a mão de Deus estendida ao homem, para que este a agarre por meio da fé. A verdade ao contrário, significa realidade, veracidade. Cristo é a graça de Deus e a verdade de Deus. A graça de Deus, em Cristo, levanta-nos, e a verdade nos ilumina, mostrando-nos as coisas como são – não como parecem ser.
Quando os homens se encontravam com Jesus conheciam a graça e a verdade de Deus. A graça os perdoava, e os levantava de sua prostração, no entanto a verdade permitia a eles alcançar o verdadeiro conhecimento de Deus e de si mesmos.
No Evangelho de João tudo está ordenado para mostrar a Cristo como a graça e como a verdade de Deus. Porque Deus não só quer nos receber e nos perdoar, como também quer nos mostrar as coisas como são, para que não estejamos enganados.
Quando recém conhecemos o Senhor vimos principalmente a graça – quase tudo era graça; mas passado um tempo, Deus começou a nos mostrar a verdade referente a nós mesmos, a nossa realidade. Começou a nos despir das nossas aparências, e começamos a nos sentir envergonhados de nós mesmos. A verdade de Deus começava a fazer o seu trabalho de descobrimento.
Mas em seguida, para que não nos "consumíssemos de demasiada tristeza", renova-nos a sua graça e nos diz: "Assim como é –e apesar disso– eu te amei, e te amo. Não me surpreendes com as suas misérias, antes, porém, por causa delas, te escolhi, para mostrar em ti o meu amor e o meu poder".
Assim, com o passar dos anos, a graça e a verdade sempre andam juntas, realizando a sua preciosa obra em nossos corações. Um pouco de graça e algo de verdade, nas doses precisas para não nos envaidecer, nem para nos desanimar. Deus quer que avancemos paralelamente no conhecimento de Deus e no conhecimento de nós mesmos, para que não estejamos enganados, como outros.
Deus não só sente prazer em nos perdoar, mas também em nos transformar, para que sejamos semelhantes ao Seu amado Filho Jesus Cristo. A frase que está no meio, dizíamos, é "e graça sobre graça". E ela nos faz pensar que a graça ultrapassa a verdade. Sem a graça, a verdade nos derruba; e por isso, enquanto estejamos em um corpo de carne como o que levamos, necessitaremos "graça sobre graça", uma e outra vez.

sábado, 1 de setembro de 2012

A IMPORTÂNCIA DE PRATICAR A PALAVRA DE DEUS

Ao refletirmos sobre a experiência de Pedro, precisamos enfatizar as palavras de João Batista que, inspirado pelo Espírito, disse: “Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3:11). Louvado seja o Senhor pela obra de transformação que hoje opera em nós, pois pelo Espírito recebemos Sua vida e por meio do fogo nossa natureza caída, a vida da alma, é eliminada.
A experiência de Pedro ilustra bem esse processo. Nos evangelhos vemos, em vários momentos, sua vida da alma sendo exposta e isso não foi algo fácil para ele. Esses sofrimentos interiores constrangeram-no a se arrepender, fazendo-o provar a eficácia do fogo purificador do Espírito.
Quanto à experiência de Paulo, sua terceira viagem revela que muito de
sua vida da alma ainda precisava passar pelo fogo do Espírito. No decorrer dessa viagem, o Espírito o advertia, por meio da unção e por meio dos irmãos, que ele não deveria ir a Jerusalém. Entretanto, não se deixando persuadir pelos irmãos, partiu para lá.
Logo após ter tomado voto e se proposto a fazer ofertas segundo a tradição judaica (At 21:23-26), indo contra toda a revelação que havia recebido de Deus (Gl 2:16, 21; 3:5, 13), Paulo foi preso. Por Sua misericórdia, o Senhor impediu-o de consumar aquele voto, pois ele ainda precisava transmitir o restante das revelações que recebera de Deus. Estando na prisão, Paulo completou a revelação da economia de Deus, escrevendo as epístolas aos Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom.