NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 8: As verdades na forma da letra [2] – (2 Co 3:6)
Leitura bíblica: At 6:1-14; Fp 1:1; 1 Tm 3:1, 8
Ler com oração: Irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço (At 6:3).
Na igreja temos o desempenho de dois ofícios: os presbíteros, que são os irmãos responsáveis e exercem a liderança, ministram a Palavra e administram a igreja; e também os diáconos, que são designados para auxiliar no cuidado da igreja e exercer os demais tipos de serviço (Fp 1:1; 1 Tm 3:1, 8; Tt 1:5; 1 Pe 5:1-3). O livro de Atos relata como surgiram esses dois ofícios no Novo Testamento.
No dia de Pentecostes, quando Pedro e os onze se levantaram para falar acerca do Senhor Jesus e Sua redenção, quase três mil foram salvos e passaram a se reunir. Dentre tantas pessoas, muitos precisavam de maiores cuidados, como as viúvas, que necessitavam ser alimentadas. Aparentemente, no início, eram os apóstolos que distribuíam a comida entre elas. Como aumentou o número de fiéis, os apóstolos ficaram sobrecarregados, pois, por um lado, precisavam ir à Palavra, preparando os ensinamentos; por outro, tinham de se preocupar com a distribuição de alimentos (At 6:1-3).
Diante daquelas dificuldades, foram escolhidos diáconos para substituí-los naquele serviço. Os apóstolos puderam, então, dedicar-se à oração e ao ministério da Palavra (v. 4). Naquele momento foram escolhidos sete diáconos para cuidar dos serviços de distribuição de alimentos. Eles, porém, não apenas cuidavam de coisas práticas, mas também eram cheios do Espírito e de sabedoria (vs. 5-6).
Mesmo para cuidar de serviços mais simples na igreja, os apóstolos exigiram que fossem homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria. Dentre eles, havia um chamado Estêvão, que falava com muita intrepidez e supria as pessoas com seu falar.
Aparentemente Estêvão era um simples diácono, que cuidava apenas das questões práticas, mas o livro de Atos nos mostra que seu falar era tão prevalecente que suscitou inveja por parte dos judeus, os quais armaram uma estratégia para matá-lo (vs. 9-14).
Em Atos 7 encontramos Estêvão falando ao Sinédrio. Suas palavras apresentaram um resumo da história de seu povo desde Abraão, passando por Moisés, Davi, os profetas, e chegando até o Justo, que é o Senhor Jesus. Por causa de suas palavras francas, os que compunham aquele Sinédrio o condenaram ao apedrejamento. Ao ser apedrejado, porém, Estêvão, cheio do Espírito Santo, invocava e dizia: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito!” (v. 59). Depois, ajoelhado, clamou em alta voz: “Senhor, não lhes imputes este pecado!” (v. 60), e adormeceu. O sentimento de Estêvão era o mesmo do Senhor ao ser crucificado: orar pelos inimigos. Isso nos mostra que aqueles que invocam o nome do Senhor expressam o amor de Deus até mesmo pelos inimigos.
Entre os que assistiam ao apedrejamento, havia um jovem chamado Saulo, aos pés de quem as testemunhas deixaram suas vestes. Esse Saulo que consentia com a morte de Estêvão mais tarde tornou-se o apóstolo Paulo (At 22:20).
Estêvão foi o primeiro mártir no livro de Atos. Um pouco antes de morrer ele fez uma declaração muito especial: “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus” (7:56). Sua declaração é única em todo o Novo Testamento. Várias passagens mencionam que o Senhor assentou-se à destra do trono de Deus (Mc 16:19; Hb 8:1; 10:12; 12:2). No episódio do apedrejamento de Estêvão, todavia, o Senhor estava em pé, mostrando Seu amor, cuidado e interesse pelos que sofrem pelo nome Dele.
Por vezes, ao passar por sofrimentos e tribulações, pensamos que o Senhor não está atento à nossa situação; estamos enganados: o Senhor se preocupa conosco todo o tempo, especialmente quando sofremos pelo Seu nome!
Ponto-chave:
Servir cheios do Espírito.