quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O QUE ACONTECE NO NOVO NASCIMENTO?


 Você Precisa Nascer de Novo

João 3:1-10

Ora, havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. 2 Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. 3 Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. 4 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? 5 Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. 6 O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. 7 Não te admires de eu te haver dito: Necessário vos é nascer de novo. 8 O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. 9 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode ser isto? 10 Respondeu-lhe Jesus: Tu és mestre em Israel, e não entendes estas coisas?

Nós começamos uma série de mensagens sobre o novo nascimento. Jesus disse a Nicodemos em João 3.3: "em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus". Ele estava falando com todos nós quando disse isso. Nicodemos não era um caso especial. Você e eu precisamos nascer novamente, ou não veremos o reino de Deus. Isso significa que nós não seremos salvos, não seremos parte da família de Deus, não iremos para o céu, mas para o inferno.

Nicodemos era um dos Fariseus, os líderes judeus mais religiosos. Jesus disse pra eles em Mateus 23.15 e 33, "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós ... Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno?". Então a série que começamos não é sobre um assunto secundário. É central. A eternidade está em questão quando se fala sobre o novo nascimento. "Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus".

O novo nascimento é desconfortável
Na primeira mensagem nós focalizamos as razões para essa série e os tipos de questionamentos que faríamos. A pergunta de hoje é: O que acontece no novo nascimento? Antes de tentar responder essa pergunta, deixe-me mencionar uma profunda preocupação que tenho sobre a maneira que esta mensagem será entendida. Estou ciente de que essa série de mensagens será desconfortável para muitos de vocês - assim como as palavras de Jesus são desconfortáveis para nós vez após vez, se as levamos a sério. Existem pelo menos três razões pra isso:

1) Por causa da nossa condição sem esperança

O ensinamento de Jesus sobre o novo nascimento nos confronta com nossa condição sem esperança espiritual, moral e legal, à parte da graça regeneradora de Deus. Antes de o novo nascimento ocorrer para nós, estamos espiritualmente mortos. Somos moralmente egoístas e rebeldes. Somos legalmente culpados perante a lei de Deus e estamos debaixo de Sua ira. Quando Jesus nos diz que devemos nascer de novo, Ele está dizendo que o nosso presente estado é desesperadamente irresponsável, corrupto e culpado. A não ser pela maravilhosa graça em nossas vidas, nós não gostamos de ouvir essas coisas sobre nós mesmos. Então é desconfortável quando Jesus diz que devemos nascer de novo.

2) Porque nós não podemos causar o novo nascimento

Ensinar sobre o novo nascimento é desconfortável porque isso envolve algo que é feito em nós, não algo que nós fazemos. João 1.13 enfatiza isso. Refere-se aos filhos de Deus como àqueles que “não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus". Pedro expõe a mesma coisa "bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança" (1Pe 1.3). Nós não causamos o novo nascimento. Deus causa o novo nascimento. Qualquer coisa de bom que fazemos é resultado do novo nascimento, não a causa dele. Isso significa que o novo nascimento está fora do nosso próprio alcance. Está fora do nosso controle. E isso confronta nossa inutilidade e nossa absoluta dependência de Alguém que não nós mesmos.

Isso é desconfortável. Ele nos diz que não veremos o reino de Deus se não nascermos de novo. E nos diz, ainda, que não podemos nascer de novo por nós mesmos. Isso incomoda.

3) Porque a liberdade absoluta de Deus nos confronta

Então, a terceira razão porque o ensino de Jesus sobre o novo nascimento incomoda, é porque nos confronta com a absoluta liberdade de Deus. A não ser por Deus, estamos espiritualmente mortos no nosso egoísmo e rebeldia. Somos filhos da ira por natureza (Efésios 2.3). Nossa rebeldia é tão profunda que não perceber ou desejar a glória de Cristo no evangelho (2 Coríntios 4.4). Portanto, se nascemos de novo, isso é baseado decisivamente e em ultima instância por Deus. A decisão dEle de nos dar vida não será uma resposta ao que nós espiritualmente fizemos, mas o que nós fazemos será a resposta por Ele nos ter dado vida. Para a maioria das pessoas, pelo menos inicialmente, isso é desconfortável.

Minha esperança: Calmo e Salvo, não somente incomodado
Então, conforme eu inicio a série, sei quão desconfortável esse ensinamento sobre o novo nascimento pode ser. E como eu quero ser cuidadoso. Não quero inquietar desnecessariamente almas tranquilas. E não quero dar falsa esperança para aqueles que têm confundido moralidade ou religião com vida espiritual. Por favor, orem por mim. Sinto-me como se tivesse almas eternas em minhas mãos nesses dias. E ainda sei que não tenho poder para lhes dar vida. Mas Deus tem. E tenho muita esperança que Ele fará como diz em Efésios 2.4-5 "Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo". Deus ama magnificar as riquezas da sua graça vivificadora, na qual Cristo é exaltado em verdade. Essa é a minha esperança: que essa série não somente incomode, mas que acalme e salve.

O que acontece no novo nascimento?
Vamos tratar agora dessa questão: o que acontece no novo nascimento? Tentarei responder em três itens. Trataremos dos dois primeiros hoje, e do terceiro falaremos domingo que vem, se Deus quiser: 1) O que acontece no novo nascimento não é admitir uma nova religião, mas receber uma nova vida, 2) O que acontece no novo nascimento não é meramente afirmar o sobrenatural em Jesus, mas experimentar o sobrenatural em você mesmo, 3) O que acontece no novo nascimento não é o melhoramento da sua antiga natureza humana, mas a criação de uma nova natureza humana (uma natureza que é verdadeiramente você, é perdoada e purificada, é realmente nova e está sendo formada pela habitação do Espírito de Deus. Vamos ver um ponto de cada vez.

1) Nova vida, não nova religião

O que acontece no novo nascimento não é admitir uma nova religião, mas receber uma nova vida. Leia comigo os três primeiros versos de João 3: “Ora, havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.”

João faz questão de deixar claro que Nicodemos é um fariseu, poderoso entre os Judeus. Os fariseus eram o grupo mais religiosamente rigoroso dentre todos os grupos judaicos. A esse fariseu, Jesus disse (no verso 3), "Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus". E ainda mais pessoalmente no verso 7: "Necessário vos é nascer de novo." Logo, um dos pontos de João é: Toda a religião de Nicodemos, todo o seu maravilhoso estudo, disciplina e legalismo farisaicos não suprem a necessidade do novo nascimento. Na verdade, eles podem muito bem evidenciar a necessidade do novo nascimento.

O que Nicodemos precisa, e que você e eu precisamos, não é religião, mas vida. O motivo de referir-se a novo nascimento é porque nascimento traz nova vida ao mundo. Em um sentido, claramente, Nicodemos está vivo. Ele está respirando, pensando, sentindo, agindo. Ele é humano, criado à imagem de Deus. Mas evidentemente, Jesus pensa que ele está morto. Não existe vida espiritual em Nicodemos. Espiritualmente, ele não nasceu. Ele precisa de vida, não mais atividades religiosas ou zelo. Disso ele já tem muito.

Você se lembra do que Jesus disse em Lucas 9.60 ao homem que queria adiar seguir a Jesus para poder enterrar o seu próprio pai? Jesus disse: "Deixa os mortos sepultar os seus próprios mortos; tu, porém, vai e anuncia o reino de Deus". Isso significa que existem pessoas fisicamente mortas que precisam ser enterradas. E existem pessoas espiritualmente mortas que podem enterrá-las. Em outras palavras, Jesus pensou em termos de pessoas que andam por aí com aparência de muita vida, e que estão mortas. Na parábola do filho pródigo, o pai diz: "porque este meu filho estava morto, e reviveu". (Lucas 15.24)

Nicodemos não precisava de religião. Ele precisava de vida, vida espiritual. O que acontece no novo nascimento é que vida passa a existir onde não existia antes. Nova vida acontece no novo nascimento. Isso não é atividade religiosa, disciplina ou decisão. Isso é a vida passando a existir. Esse é o primeiro modo de descrever o que acontece no novo nascimento.

2) Experimentando o sobrenatural, e não somente o afirmando

O que acontece no novo nascimento não é a mera afirmação do sobrenatural em Jesus, mas experimentar o sobrenatural em você mesmo. No verso 2, Nicodemos diz "Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele". E, outras palavras, Nicodemos vê em Jesus uma genuína atividade divina. Ele admite que Jesus viera da parte de Deus. Jesus faz as obras de Deus. A isso, Jesus não responde: "quem dera todos na Palestina vissem a verdade que você vê em mim". Ao invés disso, Ele disse: "se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus".

Vendo sinais e maravilhas, e se maravilhando com eles, e dando o devido crédito da operação de milagres a Deus, isso não salva ninguém. Esse é um dos maiores perigos dos sinais e maravilhas: você não precisa de um novo coração para se maravilhar com eles. A velha e caída natureza humana é tudo o que é necessário para se maravilhar com sinais e milagres. E essa velha e caída natureza humana quer reconhecer que o operador de milagres é da parte de Deus. O próprio diabo sabe que Jesus é o filho de Deus e opera milagres (Marcos 1.24). Não, Nicodemos, ver-me como um operador de milagres enviado por Deus não é a chave para o reino de Deus. "Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus".

Em outras palavras, o que importa não é meramente afirmar o sobrenatural em Jesus, mas experimentar o sobrenatural em você mesmo. O novo nascimento é sobrenatural, não natural. Ele não pode ser calculado por coisas que já são encontradas neste mundo. O verso 6 enfatiza a natureza sobrenatural do novo nascimento: "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito". A carne é o que somos. O Espírito de Deus é a pessoa sobrenatural que traz o novo nascimento. Jesus diz novamente no versículo 8: "o vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito". O Espírito de Deus não é parte deste mundo natural. Ele está acima dessa natureza. Ele é sobrenatural. De fato, Ele é Deus. Ele é a causa imediata do novo nascimento.

Então, Nicodemos - disse Jesus - o que acontece no novo nascimento não é meramente afirmar o sobrenatural em mim, mas experimentar o sobrenatural em você mesmo. Você precisa nascer de novo. E não de maneira metafórica, mas de modo sobrenatural. O Espírito Santo de Deus precisa vir sobre você e trazer nova vida à existência.

No próximo encontro veremos as palavras do verso 5 mais de perto: "em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus". O que água e Espírito significam aqui? E como isso nos ajuda a entender o que acontece no novo nascimento?

Jesus é a vida
Mas hoje eu quero encerrar fazendo uma conexão crucial entre o novo nascimento pelo Espírito e ter vida eterna pela fé em Jesus. O que vimos até agora é que o que acontece no novo nascimento é obra sobrenatural do Espírito Santo que traz vida espiritual onde ela não existia. Jesus disse novamente em João 6.63: "o espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita".

Mas o evangelho de João esclarece outra coisa também: Jesus é a vida que o Espírito Santo concede. Ou podemos dizer: a vida espiritual que Ele dá, Ele só dá em conexão com Jesus. União com Jesus é onde experimentamos o sobrenatural, a vida espiritual. Jesus disse em João 14.6: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim". Em João 6.35, disse: "Eu sou o pão da vida". E em 20.31, João diz: "estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome".

Não há vida à parte de Jesus
Então, não há vida espiritual (vida eternal) longe de Jesus e da fé em Jesus. Nós teríamos muito mais a dizer sobre a relação entre o novo nascimento e a fé em Jesus. Mas deixe-me colocar assim por enquanto: no novo nascimento, o Espírito Santo une-nos a Cristo numa união vivificadora. Cristo é vida. Cristo é a vinha onde brota vida. Nós somos os ramos (João 15.1 e seguintes). O que acontece no novo nascimento é a criação sobrenatural de nova vida espiritual, e ela é criada pela união em Cristo Jesus. O Santo Espírito nos traz uma conexão vital com Cristo, que é o caminho, a verdade e a vida. Essa é a realidade objetiva do que acontece no novo nascimento.

E do nosso lado, o modo que experimentamos isso, é que a fé em Jesus é despertada em nossos corações. Vida espiritual e fé em Jesus vêm a existir simultaneamente. A nova vida faz a fé possível e uma vez que vida espiritual sempre desperta a fé e se expressa na fé, não há vida sem fé em Jesus. Portanto, nós devemos nunca separar o novo nascimento da fé em Jesus. Do lado de Deus, nós somos unidos a Cristo no novo nascimento. É isso que o Espírito Santo faz. Do nosso lado, nós experimentamos essa união pela fé em Jesus.

Nunca separe o novo nascimento da fé em Jesus
Veja como João coloca essas coisas juntas em 1 João 5.4: “porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”. Nascido de Deus – a chave da vitória. Fé – a chave da vitória. Porque fé é a maneira que experimentamos o nascer de Deus.

Veja agora como João diz isso em 1 João 5.11-12: “e o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida”. Portanto, quando Jesus diz, “o espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita” (João 6.63), e quando diz “você precisa nascer do Espírito” para ter vida, ele quer dizer: No novo nascimento, o Espírito Santo nos dá sobrenaturalmente nova vida espiritual ao nos conectar com Jesus Cristo pela fé. Porque Jesus é vida.

Então, nunca separe essas duas afirmações de Jesus em João 3: “se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (v.3) e “quem crê no Filho tem a vida eterna” (v.36).

AS SETE IGREJAS DE APOCALIPSE (Ap 1:20)


"E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera." Mt 13:22 - fomos ensinados que deveríamos arrancar os espinhos, mas de acordo com a luz que recebemos atualmente vimos que o melhor é queimá-los.
A diferença entre o joio e o trigo: o joio não dá frutos e quando cresce fica reto, o que representa seu orgulho: quanto mais cresce, mais orgulhoso se torna. Já o trigo ao crescer dá sementes que fazem peso e o faz se inclinar, indicando sua humildade; quanto mais cresce mais frutos dá e mais humilde se torna.
Às vezes sofremos com pessoas que nos atacam e caluniam, querendo destruir a igreja. Nós os vemos como joio, e vamos até o Senhor para apresentar a situação e dizemos: "Senhor, arranca este joio que não me deixa receber a luz solar." Mas o Senhor lhe responde: "Não, você deve cre
scer mais para receber mais luz."
Quando você estuda a Bíblia, qual a parte de seu ser você usa? É a alma. Ao invés de negar a vida da alma, muitos cristãos a usam para ganhar conhecimento da letra e, ao fazerem comparações, se acham melhores que os demais. A situação de Éfeso era assim, e se agravou tanto que Timóteo adoeceu fisicamente a ponto de Paulo recomendar-lhe tomar um pouco de vinho, o que muitos cristão que vivem na alma tomam como licença para beber vinho.
A igreja em Tiatira representa a igreja Católica, que por um lado reconhece Cristo, mas por outro está na posição de Jezabel, que introduziu fermento (falsos ensinamentos) nas três medidas de farinha (a pura palavra do Deus Triúno) substituindo o nome do Senhor Jesus pelo de Maria. (Lc 13:21)
Sardes significa restaração. A igreja em Sardes representa o protestantismo que, através de Martim Lutero, tornou pública as Escrituras, mas não restaurou a igreja como deveria, pois ao conhecer a Bíblia, ao invés de restaurar a igreja se voltou para doutrinas e ensinamentos diferentes, causando ainda mais divisão.
A igreja em Filadélfia indica todos aqueles que guardam o nome e a palavra; são os que de coração puro invocam o nome do Senhor.
A igreja em Laodicéia refere-se àqueles que se acham abastados, que nada mais precisam receber.

DESOCUPADOS


"Porque o reino dos céus é semelhante a um homem, pai de família, que saiu pela manhã a contratar trabalhadores para a sua vinha. E tendo ajustato com os trabalhadores por um denário ao dia, enviou-os para a sua vinha. Saindo perto da terceira hora, viu outros que estavam no lugar desocupados; e lhes disse: Vão também vós para a minha vinha, e lhes darei o que seja justo. E eles foram. Saiu outra vez perto da sexta hora e da nona, e fez o mesmo. E saindo perto da décima primeira hora..." (Mt. 20:1-6).
Esta é a conhecida parábola dos trabalhadores da vinha. A décima primeira hora é a penúltima hora do dia, porque os hebreus dividiam o dia em doze horas, do amanhecer até o ocaso. Então, aqui faltava uma hora para que fosse concluído o dia de trabalho, e a essa hora, o dono da vinha"...achou outros que estavam desocupados; e lhes disse: por que estais aqui todo o dia desocupados?". No relato, a palavra desocupados aparece três vezes. O que significa isto, espiritualmente falando?
A vinha representa a obra de Deus. Agora, se nós estivermos fora da vinha, estamos desocupados. Como considera Deus nossa vida fora da vinha? Não importa quantas coisas façamos para nós mesmos, quantos planos desenvolvemos, quanta riqueza acumulemos. Para Deus, este é um tempo desocupado, sem proveito, sem fruto. É um tempo que não conta, não existe.
A vinha do Senhor é o âmbito de nosso trabalho. É nela onde podemos investir o tempo e ser achado úteis, ocupados, dando fruto. Isso não significa que tenhamos que deixar todas as nossas ocupações terrestres para nos dedicar à obra do Senhor em tempo completo. Não. Significa, simplesmente, estar no lugar que Deus quer, fazendo realmente o que Deus quer que façamos.
Você está, amado irmão, no lugar certo? Ou está fora da vinha? Talvez considere que está fazendo muita obra para Deus, mas mesmo assim, poderia estar fora da vinha. Lembra que é a Sua vinha, não nossa vinha; são Seus trabalhos, não nossos trabalhos.
Creio que, na vida de todos os servos de Deus, quando estamos muito atarefados ou muito desgastados servindo ao Senhor, chega um momento em que nos curvamos. E então nos perguntamos: "Estou realmente fazendo a obra de Deus?". E esta pergunta pode trazer um grande terremoto e até um dano em nossa vida. Tudo o que façamos fora da vinha será tempo perdido, será trabalho inútil, será obra sem valor para Deus.
Nesta parábola, esse dia de doze horas da manhã até a tarde, representa para nós toda a nossa vida. Talvez estejamos na décima primeira hora, e falte só uma hora para que se feche a porta. Estamos fora, desocupados, fazendo muitas coisas para nós mesmos? Estamos realmente servindo na vinha do Senhor? Como estamos ocupando os nossos dias?

VIVER COMO PASSARINHOS

Em muitas ocasiões ouvimos a expressão: “Não podemos viver como passarinhos”. A conotação que tem esta frase dentro da cultura popular se relaciona com a ideia de viver sem responsabilidades, sem preocupar-se com nada. Em nossa sociedade, isto é considerado como algo negativo, pois, o homem deve preocupar-se e assumir responsabilidades diante da vida. Assuntos como trabalhar e desta forma poder adquirir o necessário (ou talvez mais do que o necessário) para nos alimentar e nos vestir, são ações elogiáveis.

Olhemos com atenção esta expressão à luz das palavras de nosso Senhor Jesus, registradas em Mateus 6:26: “Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem recolhem em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas?”.

Viver como passarinhos não significa ausência de responsabilidade, pelo contrário. Deus não leva o alimento para as aves no ninho. Elas saem em busca do sustento que Deus lhes preparou e, através das capacidades que o Criador lhes outorgou, podem ir e recolher o necessário no lugar correto. Portanto, a vida das aves não é uma vida irresponsável.

O tema central aqui é a preocupação pelas coisas materiais e não a irresponsabilidade ou vadiagem. As aves não se preocupam, só saem em busca da comida que, elas sabem, foi preparada para esse dia. Elas saem, vão procurá-la, mas confiando em que a encontrarão, pois, conhecem o seu Criador. A vida das aves é uma vida de dependência absoluta, de espera confiada, não de preocupação.

Isto é um grande exemplo para nós, pois, sempre estamos preocupados pelas coisas que estão por vir e não sabemos descansar em Deus com respeito aos nossos planos e projetos. Sejamos como os passarinhos, confiemos em nosso Deus e Pai, aquele que conhece o nosso coração e sabe do que necessitamos. Ele nos proverá o necessário e nos dirá também onde e como. Aprendamos a lhe conhecer e então confiaremos muito mais nele. Só procuremos o seu reino e a sua vontade e esperemos nele.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

O INÍCIO DO MINISTÉRIO DE PAULO


Entrementes, Saulo assolava a igreja e “respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote e lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém” (At 9:1-2). Ele foi a Damasco para prender a todos que invocavam o nome do Senhor (v. 14). Mas aconteceu que “seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (vs. 3-5). Então Saulo entendeu que ao perseguir aqueles que invocavam o nome do Senhor, ele estava perseguindo 
o próprio Jesus.
Saulo creu, foi batizado e ousadamente pregava o evangelho. Ele era muito jovem e por onde passava discutia com os judeus, e estes intentavam matá-lo. Para guardá-lo, ele foi enviado para Tarso, sua terra natal. Tempos depois, Barnabé o levou para servir na igreja em Antioquia e o ajudou a exercitar seus dons.
Paulo ganhou muita graça e, de perseguidor daqueles que invocavam o nome do Senhor, se tornou um instrumento útil nas mãos de Deus. Um dia, quando ele estava servindo e jejuando junto com os demais irmãos em Antioquia, “disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13:2). Eles foram enviados para pregar o evangelho, receberam o ministério e apostolado.
Apóstolo é aquele que é enviado da parte de Deus. O Senhor abençoou a obra deles porque estavam no espírito. Provavelmente eles invocavam o nome do Senhor e levavam as pessoas ao espírito. Isso nos revela um princípio: se pararmos de invocar o nome do Senhor, como os doze apóstolos fizeram, perderemos nossa função e o ministério que recebemos será entregue a outros, assim como ocorreu naquela época, quando o ministério foi passado para Barnabé e Paulo. Isto é, a responsabilidade de levar adiante a obra do Senhor recaiu sobre eles.

O QUE É A IGREJA?



Depois de salvos, precisamos prosseguir para ver a igreja. O que é a igreja? A igreja não é uma catedral, um local de reuniões, tampouco uma casa, um edifício, uma organização humana ou ainda um grupo religioso. Na língua original, a palavra igreja é ekklesia. Ela é composta de duas palavras: a primeira palavra é ek, que significa fora, e a segunda, klesia que significa chamar. A igreja, portanto, segundo o Novo Testamento, é a congregação dos que foram chamados para fora do mundo (1 Coríntios 1:2).

A igreja é o Corpo de Cristo (Efésios 1:22-23). Assim como Jesus tinha um corpo e usava-o para andar e se expressar, a igreja, como o Corpo de Cristo deve ser a expressão de Cristo na terra. Por isso é tão fundamental que a igreja desfrute as insondáveis riquezas de Cristo.
 Tudo o que Cristo é pode ser expresso pela igreja. Quando as insondáveis riquezas de Cristo são desfrutadas pelos santos, surge a igreja como a plenitude de Cristo, expressando tudo o que Ele é.

A igreja também é a casa do Deus vivo. Por todos os séculos, desde o princípio, Deus desejava ter um lar. Ele já tinha um trono para se assentar, um estrado para pôr Seus pés, mas carecia de uma casa para descansar (Atos 7:48-49). A igreja é a casa de Deus; é o lugar onde Ele pode ser manifestado na terra (1 Timóteo 3:15-16). No Antigo Testamento Ele estava em um lugar inacessível, mas com a edificação do tabernáculo e depois com a edificação do templo, Ele teve uma morada temporária, onde Sua Pessoa poderia ser achada e buscada pelos filhos de Israel. No Novo Testamento, quando Cristo se encarnou, Ele armou um tabernáculo entre os homens; assim, onde quer que Cristo estivesse, ali estava Deus. Agora, depois que o Senhor Jesus morreu, ressuscitou e ascendeu, se alguém quiser buscá-Lo, onde O encontrará? Aleluia! Hoje Deus está na igreja, Sua casa, Sua residência entre os homens, e essa é a razão pela qual Ele deseja estabelecer uma igreja em casa cidade.

EPIKALÉO: INVOCAR UMA PESSOA CHAMAR PELO NOME




A palavra hebraica para invocar significa gritar para, clamar a, isto é, gritar. A palavra grega para invocar significa invocar uma pessoa pelo nome, chamar uma pessoa pelo nome. Em outras palavras, chamar uma pessoa pelo nome audivelmente. Embora as orações possam ser silenciosas, o invocar deve ser audível.

O invocar o nome do Senhor começou na terceira geração da humanidade com Enos, o filho de Sete (Gn 4:26). Depois foi praticado por Abrão (Gn 12:8; 13:4; 21:33), Isaque (Gn 26:25), Moisés (Dt 4:7) e por muitos outros servos de Deus no Antigo Testamento (Jó 12:4; Sl 91:15; 1 Cr 4:10; Jz 16:28; 1 Sm 12:18; 2 Sm 22:4; Jn 1:6; 1 Rs 18:24; Lm 3:55; Jl 2:32; Sf 3:9; Zc 13:9).

No Novo Testamento, invocar o nome do Senhor foi praticado pelos crentes a partir do dia de Pentecostes (At 2:21; 7:59; 22:16; 1 Co 1:2; 12:3; 2 Tm 2:22). Saulo de Tarso, que tinha recebido autoridade dos principais sacerdotes para prender todo aquele que invocasse o nome do Senhor (At 9:14), ele mesmo foi batizado e teve seus pecados lavados invocando o nome do Senhor (At 22:13-16). Todos esses versículos indicam que os santos primitivos eram invocadores de Jesus. O invocar o nome do Senhor Jesus era um sinal, uma marca, de que eles eram cristãos.

No livro de Romanos, o apóstolo Paulo escreveu: "Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo" (Rm 10:12-13).

ELE ESTÁ TRABALHANDO

Muitas vezes olhamos para nossa condição espiritual e ficamos profundamente decepcionados. Procuramos pela expressão da vida de Deus em nós e não encontramos, procuramos os frutos e não encontramos, procuramos até ser úteis ao Senhor, mas parece que Deus não faz caso de nós. Acreditamos que muitos filhos de Deus, de vez em quando, têm a sensação de que nada está acontecendo o
u sendo operado em sua vida.

Essa pequena história que contamos não é apenas a história de algumas pessoas, mas também a história de Pedro. Tudo que ele fazia parecia estar errado; nele não se via muito da expressão de Deus e mesmo tendo sido comissionado pelo Senhor, sua atuação em termos de registro bíblico ficou suspenso por muitos anos. Entretanto, por trás de toda a situação que parecia ser negativa o Espírito resolveu dedicar-se para trabalhar nele; e foi isso que aconteceu. Depois do investimento invisível e misterioso do Espírito, Pedro passou a expressar a vida de Deus, dar frutos, ser útil ao Senhor e pôde deixar registrada, em duas epístolas, sua história de transformação. Portanto, não desanime. Deus também está trabalhando em você!

O CRESCIMENTO DE VIDA




A vida que recebemos de Deus precisa crescer. Qualquer coisa que tem vida sempre cresce, e o crescimento é assunto da vida. Todas as formas de vida - a vida humana, a vida animal e a vida vegetal - exibem crescimento. O mesmo acontece com a vida divina. A vida divina é a vida mais sublime, a vida no plano mais alto. Uma vez que a vida divina é a vida mais sublime, ela tem o maior crescimento.

Paulo disse: "Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus" (1 Co 3:6). O versículo não diz: "eu ensinei" mas "eu plantei". COM A VIDA HÁ CRESCIMENTO. Paulo disse que Apolo regou. Hoje, entre os cristãos, fala-se muito de ensinamento. Mas quantos falam sobre nossa necessidade de ser regados? As plantas secas precisam ser regadas. Precisamos mudar a terminologia, muito usada no meio cristão, de ensinar para regar.

Há muitas pessoas que estão preocupadas com o modo como alguns irmãos andam, do modo que se vestem e como arrumam o cabelo. E na tentativa de se fazer alguma coisa, eles começam a corrigir, repreender e ameaçar. Na verdade, o que precisamos fazer é regar os irmãos. Os irmãos não precisam ser corrigidos, mas regados. Só o regar produz o crescimento de vida.

É o alimento da mãe que faz com que o filho cresça. Uma mãe alimenta os filhos, e é isso que os leva ao crescimento.

Se invocarmos o nome do Senhor com sinceridade, com certeza, haverá crescimento. É impossível não haver nenhum tipo de crescimento, se estamos recebendo Cristo dia após dia.

domingo, 2 de setembro de 2012

ESPÍRITO, ALMA E CORPO


O conceito corrente da constituição dos seres humanos é dualista: alma e corpo. Segundo este conceito, a alma é a parte interior espiritual invisível, enquanto que o corpo é a parte corporal externa visível. Embora haja algo de certo nisto, contudo, é inexato. Esta opinião vem de homens caídos, não de Deus. Além da revelação de Deus não há nenhum conceito seguro. Que o corpo é a cobertura externa do homem é, sem dúvida alguma, correto, mas a Bíblia jamais confunde o espírito e a alma como se fossem a mesma coisa. Não só são diferentes em condições, mas também suas naturezas diferem uma de outra. A Palavra de Deus não divide o homem em duas partes de alma e corpo. Pelo contrário, trata o homem como um ser tripartido: espírito, alma e corpo. 1 Tessalonicenses 5:23, 24 diz:

«E o próprio Deus de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, e ele também o fará..»

Este versículo mostra claramente que o homem está dividido em três partes. O apóstolo Paulo se refere aqui à santificação total dos crentes: «vos santifique completamente». Segundo o apóstolo, como se santifica uma pessoa por completo? Guardando seu espírito, alma e corpo.
Com isso, é fácil compreender que o conjunto da pessoa compreende estas três partes.
Este versículo também faz uma distinção entre espírito e alma, pois de outro modo Paulo teria dito simplesmente «sua alma». Posto que Deus distinguiu o espírito humano da alma humana, concluímos que o homem está composto, não de dois, mas sim de três partes: espírito, alma e corpo.
Tem alguma importância a divisão em espírito e alma? É um assunto de primordial importância porque afeta tremendamente a vida espiritual do crente. Como um crente pode compreender  a vida espiritual se não conhecer o alcance do mundo espiritual? Sem compreender isto como pode crescer espiritualmente?
O fracasso em distinguir entre o espírito e a alma é fatal para a maturidade espiritual. Com freqüência os cristãos consideram espiritual o que é anímico (ou seja, da alma), e desta maneira permanecem em um estado anímico e não procuram o que é espiritual seriamente.
Como poderemos escapar do fracasso se confundirmos o que Deus dividiu?
O conhecimento espiritual é muito importante para a vida espiritual. Acrescentemos, não obstante, que para o crente é de igual importância, ou mais, ser humilde e estar disposto a aceitar o ensino do Espírito Santo. Se o for, o Espírito Santo lhe concederá a experiência de dividir espírito e alma, embora possivelmente não tenha muito conhecimento sobre esta verdade. Por um lado, o crente mais ignorante, sem o mínimo entendimento da divisão de espírito e alma, pode, entretanto, experimentar esta divisão na vida real. Por outro lado, o crente mais informado, conhecedor por completo da verdade sobre espírito e alma, pode, entretanto, não vivê-la em sua experiência. Muito melhor é o caso da pessoa que pode ter tanto o conhecimento como a experiência.
No entanto, a maioria carece desta experiência. Em conseqüência, é bom começar por guiá-los a que conheçam as diferentes funções do espírito e da alma e em seguida animá-los a procurar o que é espiritual.
Outras partes da Bíblia fazem a mesma diferenciação entre espírito e alma.

«Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.» (Hb. 4:12).

Neste versículo, o escritor divide os elementos não corporais do homem em duas partes, «alma e espírito». Aqui se menciona a parte corporal através das juntas e das medulas — órgãos motores e sensoriais. Quando o sacerdote utiliza a faca para cortar e dividir totalmente o sacrifício, não pode ficar nada oculto. Inclusive se separam as juntas e as medulas (tutanos). Da mesma maneira o Senhor Jesus usa a Palavra de Deus sobre seu povo para separá-lo todo, para penetrar inclusive até a divisão do espiritual, o anímico e o físico. E daqui se deduz que, posto que se pode dividir a alma e o espírito, devem ser diferentes em sua natureza. Assim, é evidente aqui que o homem é um composto de três partes.

O REINO EDIFICA A IGREJA


“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; dar-te-ei as chaves do Reino dos céus; o que ligares, pois, na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16:18-19).
“Vós também, quais pedras vivas, sois edificados como casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus por Jesus Cristo” (1 Pe 5:5).
“Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento levanta um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; pois aquele dia a demonstrará, porque será revelada no fogo, e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se permanecer a obra que alguém sobre ele edificou, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele prejuízo; mas o tal será salvo, todavia como que pelo fogo” (1 Co 3:11-15).
“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito” (Ef 2:20-22).
Vamos orar:
Querido Pai celestial, quando nos reunimos no nome do Teu Filho amado, nosso Senhor Jesus, Te louvamos e Te agradecemos porque Tu amaste a Igreja e Te deste por ela. Te agradecemos e louvamos porque Tu também amas Teu Reino e, Senhor, pedimos que nós, também, possamos amar Tua Igreja e possamos amar Teu Reino. Oramos para que Tu aumentes em nosso coração tal amor por Teu Reino e pela Tua Igreja porque são coisas que Tu carinhosamente amas. Oh Senhor Tu irás pelo teu Espírito falar ao nosso coração e nos conduzir àquilo que Tu estas buscando. Encomendamos este tempo em Tuas mãos no nome de nosso Senhor Jesus. Amém.

PROGREDIR CADA VEZ MAIS


PROGREDIR SEMPRE

Todas as vezes que nos arrependemos genuinamente, o Senhor se acrescenta a nós como vida, elevando nossa humanidade. Assim, passamos a participar da natureza divina. Nossa necessidade hoje é reunirmos toda nossa diligência e progredirmos do amor fraternal ao amor ágape, perseverando em viver segundo o ministério ulterior de João, enfatizando a prática de invocar o nome do Senhor, de guardar a Sua palavra e de negar a vida da alma.
Hoje podemos fazer parte do ministério de João, que é o ministério de Espírito e vida. Todos podem ser aperfeiçoados para aperfeiçoar os santos para a obra do Senhor por meio destes três pontos: invocar o nome do Senhor, guardar a Palavra e negar a vida da alma.
Mantendo-nos nesse fluir da vida, exercitando-nos na piedade, iremos gradualmente progredir em nossa experiência, até o ponto de alcançarmos o nível do amor ágape, quando a plenitude de Deus em nós nos capacita a amar todas as pessoas, assim como Ele as ama.

A GRAÇA E A VERDADE 1


Duas vezes aparece no primeiro capítulo de João a frase "graça e verdade", ambas referidas ao Senhor Jesus Cristo. Ele veio "cheio de graça e de verdade"; e "a graça e a verdade" vieram por meio dele. Em seguida, entre ambas as frases estão esta outra, tanto ou mais maravilhosa do que aquela: "e graça sobre graça".
A graça é o dom imerecido de Deus para o homem. É a mão de Deus estendida ao homem, para que este a agarre por meio da fé. A verdade ao contrário, significa realidade, veracidade. Cristo é a graça de Deus e a verdade de Deus. A graça de Deus, em Cristo, levanta-nos, e a verdade nos ilumina, mostrando-nos as coisas como são – não como parecem ser.
Quando os homens se encontravam com Jesus conheciam a graça e a verdade de Deus. A graça os perdoava, e os levantava de sua prostração, no entanto a verdade permitia a eles alcançar o verdadeiro conhecimento de Deus e de si mesmos.
No Evangelho de João tudo está ordenado para mostrar a Cristo como a graça e como a verdade de Deus. Porque Deus não só quer nos receber e nos perdoar, como também quer nos mostrar as coisas como são, para que não estejamos enganados.
Quando recém conhecemos o Senhor vimos principalmente a graça – quase tudo era graça; mas passado um tempo, Deus começou a nos mostrar a verdade referente a nós mesmos, a nossa realidade. Começou a nos despir das nossas aparências, e começamos a nos sentir envergonhados de nós mesmos. A verdade de Deus começava a fazer o seu trabalho de descobrimento.
Mas em seguida, para que não nos "consumíssemos de demasiada tristeza", renova-nos a sua graça e nos diz: "Assim como é –e apesar disso– eu te amei, e te amo. Não me surpreendes com as suas misérias, antes, porém, por causa delas, te escolhi, para mostrar em ti o meu amor e o meu poder".
Assim, com o passar dos anos, a graça e a verdade sempre andam juntas, realizando a sua preciosa obra em nossos corações. Um pouco de graça e algo de verdade, nas doses precisas para não nos envaidecer, nem para nos desanimar. Deus quer que avancemos paralelamente no conhecimento de Deus e no conhecimento de nós mesmos, para que não estejamos enganados, como outros.
Deus não só sente prazer em nos perdoar, mas também em nos transformar, para que sejamos semelhantes ao Seu amado Filho Jesus Cristo. A frase que está no meio, dizíamos, é "e graça sobre graça". E ela nos faz pensar que a graça ultrapassa a verdade. Sem a graça, a verdade nos derruba; e por isso, enquanto estejamos em um corpo de carne como o que levamos, necessitaremos "graça sobre graça", uma e outra vez.

sábado, 1 de setembro de 2012

A IMPORTÂNCIA DE PRATICAR A PALAVRA DE DEUS

Ao refletirmos sobre a experiência de Pedro, precisamos enfatizar as palavras de João Batista que, inspirado pelo Espírito, disse: “Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3:11). Louvado seja o Senhor pela obra de transformação que hoje opera em nós, pois pelo Espírito recebemos Sua vida e por meio do fogo nossa natureza caída, a vida da alma, é eliminada.
A experiência de Pedro ilustra bem esse processo. Nos evangelhos vemos, em vários momentos, sua vida da alma sendo exposta e isso não foi algo fácil para ele. Esses sofrimentos interiores constrangeram-no a se arrepender, fazendo-o provar a eficácia do fogo purificador do Espírito.
Quanto à experiência de Paulo, sua terceira viagem revela que muito de
sua vida da alma ainda precisava passar pelo fogo do Espírito. No decorrer dessa viagem, o Espírito o advertia, por meio da unção e por meio dos irmãos, que ele não deveria ir a Jerusalém. Entretanto, não se deixando persuadir pelos irmãos, partiu para lá.
Logo após ter tomado voto e se proposto a fazer ofertas segundo a tradição judaica (At 21:23-26), indo contra toda a revelação que havia recebido de Deus (Gl 2:16, 21; 3:5, 13), Paulo foi preso. Por Sua misericórdia, o Senhor impediu-o de consumar aquele voto, pois ele ainda precisava transmitir o restante das revelações que recebera de Deus. Estando na prisão, Paulo completou a revelação da economia de Deus, escrevendo as epístolas aos Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom.

DE QUAL IGREJA VOCÊ É?


* DESCOBRINDO A IGREJA DO PRIMEIRO SÉCULO(Atos 11:19-26)
Há dois mil anos, quando os apóstolos começaram a pregar o evangelho do Senhor pelo mundo inteiro, NÃO EXISTIA uma variedade de “igrejas”, denominações e seitas, todas com as suas doutrinas e métodos para ganhar discípulos. De fato, Jesus e os seus apóstolos ensinaram haver UMA SÓ IGREJA, a qual é o corpo de Jesus, ele mesmo sendo o cabeça (veja Mateus 16:18; Efésios 1:22-23,4:4, 5:22-23; Colossenses 1:18).

Portanto, quando pessoas se convertiam, ninguém lhes perguntava, “de qual igreja você é?” – pois era óbvio que pertenciam àquela única igreja que Cristo mesmo edificou. Muitos hoje dizem estar procurando “a igreja certa”. Para alguns isto quer dizer simplesmente um lugar onde possam se sentir bem ou confortáveis, apaziguando suas consciências com atos externos de “adoração” a Deus. Porém, para os mais honestos, esta procura é uma busca verdadeira para fazer parte da “...nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9-10).

Com o intuito honesto de descobrir a igreja edificada por Cristo, vamos viajar dois mil anos atrás para a cidade de Antioquia da Síria, onde estava chegando pela primeira vez a pregação do evangelho de Jesus. Ao lermos este relato do Espírito Santo sobre a conversão das pessoas desta cidade, prestemos bem atenção ao que aconteceu, e façamos a pergunta, “DE QUAL IGREJA ERAM ESTAS PESSOAS?”

*  O QUE ACONTECEU EM ANTIOQUIA? (Atos 11:19-20)

Depois que Estêvão foi morto em Jerusalém por pregar o evangelho (veja Atos 7:51 - 8:4), os cristãos que ali moravam se espalharam pelas regiões ao redor, levando a palavra do Senhor para lugares onde ainda não havia sido pregada.
No início estes discípulos pregavam somente aos judeus, porém alguns que eram naturais de lugares entre os gentios (“gregos”) logo começaram também a pregar aos não-judeus.

O QUE EXATAMENTE OS DISCÍPULOS PREGAVAM? Versículo 19 diz que se espalharam “ANUNCIANDO...A PALAVRA”, e versículo 20 nos ensina que estavam “anunciando lhes o O EVANGELHO DO SENHOR JESUS”. Este fato é simples e importante demais para o ignorarmos –os que saíram de Jerusalém pregavam SOMENTE A PALAVRA, o evangelho do Senhor Jesus. Mostrando este mesmo padrão em seu ensinamento, o apóstolo Paulo disse: “decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1 Coríntios 2:2).

* QUAL É O RESULTADO DA PREGAÇÃO DA PALAVRA DO SENHOR? (Atos 11:21-24)

A Bíblia nos afirma que ouvir a palavra é suficiente para produzir fé em pessoas a fim de salvá-las. O apóstolo Paulo escreveu aos Romanos, “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê...” e “...assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Romanos 1:16; 10:17).

Pessoas que verdadeiramente querem servir a Deus junto ao povo dele não precisam ouvir de milagres ou promessas de bênçãos materiais, porém responderão com fé à simples pregação da palavra de Cristo. Vejamos o que aconteceu em Antioquia quando as pessoas responderam com fé:

* CONVERSÃO AO SENHOR:

Quando as pessoas honestas de Antioquia ouviram o evangelho, “crendo, se converteram ao Senhor” (Atos 11:21). Pregar o evangelho de Jesus resulta na conversão de pessoas a ele, o Senhor! Ninguém na Bíblia jamais foi convertido à igreja. Porém, muitos hoje são. Basta ouvir uma conversa entre dois crentes, e logo alguém dirá algo assim: “Você sabia que fulano-de-tal saiu da igreja?” ou “Graças a Deus que depois de tanto tempo desviado eu voltei para a igreja!” Expressões assim mostram pessoas CONVERTIDAS À IGREJA E NÃO AO SENHOR. O problema é que muitos que se chamam “evangelistas”saem pelas ruas anunciando muitas coisas – a igreja, o pastor, teologia, promessas de curas ou de bênçãos materiais, expulsão de demônios, etc. – mas pouca gente parece ter interesse pela pregação da palavra.
O resultado disso é pessoas convertidas a estas coisas, e não ao Senhor. Para fazer parte da igreja que pertence ao Senhor, é necessário ouvir o evangelho, a palavra que fala do Senhor, para que sejamos convertidos a ele.

*  FIRMEZA NO SENHOR:

Boas notícias correm rapidamente, e logo a igreja em Jerusalém ficou sabendo da conversão das pessoas em Antioquia (Atos 11:22). A linguagem que descreve a igreja em Jerusalém deve chamar nossa cuidadosa atenção. Por exemplo, ela tem “ouvidos”. Também, ao mesmo tempo ela é singular – “a igreja” – e plural – “enviaram Barnabé”. O que aprendemos com isto? A palavra “igreja” na Bíblia não descreve um prédio ou uma organização (denominação), e sim PESSOAS. A igreja em Jerusalém simplesmente era pessoas convertidas ao Senhor que ouviram da conversão de outros e mandaram ajuda na pessoa de Barnabé.
Quando Barnabé chegou em Antioquia, ele ficou alegre ao ver a graça de Deus entre estes novos convertidos (Atos 11:23). Como é possível ver a graça de Deus? O apóstolo Paulo escreveu: “a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus...” (Tito 2:11-13).

O que Barnabé viu em Antioquia eram pessoas que manifestavam vidas transformadas pela graça de Deus. Sua resposta era de exortar “a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor” (Atos 11:23).
MUITOS TÊM ORGULHO EM DIZER QUE PERMANECERÃO SEMPRE FIRMES NA iGREJA. Vamos lembrar, porém, que a igreja é pessoas, e pessoas, mesmo boas, podem errar. Seria tolice permanecer firme em pessoas se estas não estão firmes no Senhor! Porém, quem permanece FIRME NO SENHOR, NA ROCHA, não cairá mesmo se toda a igreja e os pastores caírem, pois seguirá aquele que é o verdadeiro “bom pastor” (veja João 10:27-28).

*  UNIÃO AO SENHOR:

Por causa da pregação do evangelho por Barnabé e outros em Antioquia, “muita gente se uniu ao Senhor” (Atos 11:24). De fato, o resultado de pessoas ouvindo o evangelho do Senhor, se convertendo ao Senhor, e permanecendo no Senhor sempre será pessoas unidas ao Senhor.
Este é o ponto da conversão – Deus nos oferece paz e reconciliação em Cristo para que possamos SER UNIDOS A ELE para eternidade !(veja 2 Coríntios 5:18-21; João 14:1-3)

Infelizmente, o padrão que vemos no mundo religioso hoje é bem diferente do que vimos em Antioquia. Hoje, PESSOAS PREGAM IGREJA, SE CONVERTEM À IGREJA, permanecem e se unem à igreja. Mas foco de Barnabé e dos outros discípulos que espalhavam a palavra nunca era a igreja e sim era sempre o Senhor! E o que acontece quando pessoas respondem à pregação do Senhor? “Por todo um ano, se reuniram naquela igreja e ensinaram numerosa multidão” (Atos 11:26). Ninguém pregou a igreja, mas mesmo assim o resultado da pregação foi uma igreja em Antioquia que estava ativamente ensinando a outros!

Permanece, portanto, a nossa pergunta – “de qual igreja eram estas pessoas?” Era Católica? Batista? Presbiteriana? Mórmon? Não! Para ser uma dessas igrejas, teria sido necessário pregar e converter pessoas à doutrina de uma delas. Era uma filiada da igreja de Jerusalém? Também não! Ninguém pregou a igreja de Jerusalém, embora todos tivessem saído de lá! A doutrina não era de Jerusalém, e sim do Senhor! Então, qual igreja era? Basta dizer que era a igreja do Senhor (pois, pertence a ele!) que se reunia na cidade de Antioquia(veja Romanos 16:1; 1 Coríntios 1:2; 1 Tessalonicenses 1:1; etc.).

* E COMO FORAM CHAMADOS OS MEMBROS DESTA IGREJA?

Católicos? Batistas? Presbiterianos? Mórmons? Também não! “Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, CHAMADOS CRISTÃOS” (Atos 11:26). Sendo pessoas que ouviram a palavra do Senhor Jesus Cristo, se converteram ao Senhor Jesus Cristo, permaneceram no Senhor Jesus Cristo, e se uniram ao Senhor Jesus Cristo, faz perfeito sentido eles terem sido chamados pelo título dele – “cristãos”. Estes não conheceram nenhuma doutrina humana para que fossem chamados por nomes e métodos humanos. ESTES SEGUIRAM E SERVIRAM A CRISTO

* É POSSÍVEL TER UMA IGREJA IGUAL A DE ANTIOQUIA HOJE?

O problema não se resolve em ter uma igreja igual à de Antioquia, mas em ser uma igual. Afirmamos que isto não é somente possível, mas é essencial, pois sendo qualquer outra coisa traz a condenação de Deus (veja 2 João 9-11)! Como conseguiremos isto? A resposta é simples – faremos da mesma forma que os irmãos no primeiro século o fizeram. Deixemos de procurar igrejas e filiações com denominações e doutrinas humanas, procurando em vez disso o Senhor através da palavra dele! Ao ouvir o simples evangelho, pessoas honestas se converterão, permanecerão firmes, e se unirão ao Senhor. Quando se reunirem em um só lugar para adorar o Senhor juntas, mesmo se forem só duas ou três pessoas, já serão uma igreja (veja Mateus 18:20). Qual igreja serão? A igreja edificada pelo Senhor, ele mesmo sendo a cabeça. De qual igreja você é?

O QUE É A IGREJA E O QUE ELA SIGNIFICA?


* O QUE É A IGREJA?
Igreja. Vemos esta palavra por toda a parte. Algumas pessoas usam “igreja” para descrever um belo edifício no centro de uma praça proeminente. Outros a usam para descrever uma
organização religiosa mundial, completa com regiões, distritos e dioceses. As definições confusas de igreja, em nosso tempo, muitas vezes vedam o significado original desta palavra quando aplicada, no Novo Testamento, ao povo de Deus. Neste artigo, examinaremos brevemente o significado de “igreja” na Bíblia.

* IGREJA: O QUE SIGNIFICA?
Igreja é um edifício construído com blocos e cimento? Não. É um edifício construído com pedras vivas. ?Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo”(1 Pedro 2:5). Estas pedras vivas são chamadas santos e são membros da família de Deus: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito”(Efésios 2:19-22).

A palavra Igreja provém do grego ekklesia (assembléia). Entende-se por igreja a totalidade dos salvos em Cristo, dos que estão compromissados com a obra do Senhor, dos separados (santos)“chamado para fora” ,do grupo de pessoas chamadas para saírem do pecado no mundo e servirem ao Senhor. A igreja não é nenhum tipo de instituição ou objeto impessoal. É um corpo constituído de componentes vivos. Como um organismo vivo, a igreja pode sentir medo (Atos 5:11), pode orar (Atos 12:5) e pode falar (Mateus 18:17). Pessoas que são chamadas para saírem do pecado não continuam participando do mal no mundo, porque elas estão santificadas ou separadas do pecado (estude João 17:14-23; Colossenses 1:13; 1 Pedro 2:9; 1 João 4:5-6). Deus chama o povo para deixar o mal deste mundo através da mensagem do evangelho (2 Tessalonicenses 2:13-14). Aqueles que são convertidos verdadeiramente a Cristo são chamados santos (1 Coríntios 1:2; Colossenses 1:1-2).

Entender o conceito bíblico de igreja como um corpo de pessoas chamadas para fora do pecado, para serem santos, ajuda-nos a apreciar a riqueza da descrição de Paulo da “Igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue” (Atos 20:28). Jesus não morreu para comprar terra e edifícios, nem para estabelecer alguma instituição. Ele morreu para comprar as almas dos homens e mulheres que estavam mortos no pecado, mas que agora têm salvação e esperança de vida eterna(Romanos 5:8; 1 Coríntios 6:19-20).

* A IGREJA UNIVERSAL E A IGREJA LOCAL
Algumas vezes a Bíblia usa a palavra “igreja” no sentido universal, isto é, para falar de todo o povo que pertence a Cristo, não importa de onde ele possa ser. Jesus falou da igreja deste modo: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16:18). Ele não está falando apenas de uma congregação local, nem está falando de uma organização ou instituição mundial.

Ele está falando de pessoas, pedras vivas, construídas sobre Jesus Cristo, a fundação sólida. Paulo falou da igreja, neste mesmo sentido universal, quando escreveu: “...Cristo é o cabeça da Igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo” (Efésios 5:23). Jesus é o cabeça sobre todos aqueles que o servem, todos aqueles lavados e purificados de seus pecados (Efésios 5:26).
Frequentemente, a palavra “igreja” é usada para descrever uma congregação local ou assembleia de santos. Note uns poucos exemplos: “…à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos…” (1 Coríntios 1:2); “E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano” (Mateus 18:17); “...saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles.” (Romanos 16:5). Igrejas locais são o resultado da pregação do evangelho. Quando as pessoas obedecem a palavra e se tornam cristãs, elas começam a reunir-se com outros irmãos na fé.

A VONTADE DE DEUS

Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que presenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que nã
o pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.
De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.Rm 12:1-8"

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O MINISTÉRIO DE JOÃO

Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados (1 Pe 4:8)
Mt 4:21-22; Mc 3:17; 10:35-37; Lc 9:54; Jo 13:23, 25; 20:2; 21:7, 20; At 3:1; 4:19; 8:14
Nesta semana veremos sobre o ministério do apóstolo João. No passado vimos que João foi chamado pelo Senhor em sua juventude. Ele era pescador, assim como Tiago, seu irmão (Mt 4:21). No momento em que o Senhor os chamou, eles estavam consertando as redes de pesca. Porém, ao chamado do Senhor imediatamente deixaram as redes e o barco para segui-Lo (v. 22).
De acordo com os registros bíblicos, podemos perceber que em certos momentos João era um jovem impetuoso (Mc 3:17; 10:35-37; Lc 9:54), contudo o Senhor o amava muito, a ponto de ele mesmo descrever-se como o “discípulo a quem Jesus amava” (Jo13:23; 20:2; 21:7, 20). Ele também manifestou o amor intenso que tinha pelo Senhor, permanecendo ao Seu lado mesmo durante a crucificação, enquanto todos o
s outros discípulos se dispersaram. Em uma das passagens, vemo-lo aconchegado a Jesus, reclinando-se sobre o Seu peito (Jo 13:24-25). A sua proximidade do Senhor, portanto, foi uma das principais características de João.
Entretanto, durante o período relatado no livro de Atos, João não tinha destaque entre os demais apóstolos, aparecendo apenas ao lado de Pedro, acompanhando-o em suas viagens (At 3:1; 4:19; 8:14). Ademais, não há registros de mensagens, viagens ou pregações feitas por João, embora ele fosse descrito por Paulo como uma das “colunas” da igreja (Gl 2:9).
Não sabemos por qual motivo, naquele período, João não participava de forma mais ativa na obra do ministério, tal como os apóstolos Pedro e Paulo. Talvez fosse por pouca capacidade ou por ser muito humilde, deixando Pedro sempre tomar a liderança. Todavia, sabemos que todas essas coisas estavam de acordo com a vontade soberana de Deus, pois muitos anos após a morte de Pedro e Paulo, João foi usado pelo Senhor para dar continuidade ao Seu ministério.
Em sua maturidade, depois de permanecer exilado por vinte anos, João recebeu grandes visões, as quais ele narrou no livro de Apocalipse. Depois de ser libertado da prisão, segundo a história da igreja, dirigiu-se para Éfeso, com a finalidade de ajudar os irmãos da igreja ali. Assim como quando era pescador, em sua juventude, João consertava as redes de seu pai e, mais tarde, tornou-se muito útil a Deus para reparar falhas espirituais existentes na igreja. Seu ministério tinha esse aspecto remendador, cuja base sólida era o amor a Deus e aos irmãos.