quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

MODELOS DE FÉ, AMOR E ESPERANÇA

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 4 – QUINTA-FEIRA* *SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA *A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA – PEDRO DONG* *Leitura bíblica:* Jo 1:29; At 26:4-19; Gl 1:14-17; Fp 2:5-11; 1 Ts 1:6; 1 Jo 4:8 *Ler com oração:* O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco (Fp 4:9). ............................................. *MODELOS DE FÉ, AMOR E ESPERANÇA* Conforme nos demonstra a ilustração na terça-feira desta semana, ao crermos na palavra de Deus, a fé objetiva é trazida para dentro de nós e se torna nossa fé subjetiva. Tudo isso ocorre em nós pelo fato de crer e receber a palavra de Deus. Vimos que a palavra de Deus é ilustrada pelo caminhão, o veículo condutor da fé. Quanto mais crermos, mais de Deus, que é o elemento da fé, será depositado em nosso interior. E qual é a essência de Deus? Deus é amor (1 Jo 4:8). Deus quer salvar-nos por completo e para isso Ele precisa salvar nossa alma. As três partes de nossa alma: mente, emoção e vontade, ainda são muito “soltas” e independentes, fazendo só o que lhes agrada e convém; mas, por nos amar, o Senhor quer levar salvação às três partes de nosso ser — espírito, alma e corpo. Para isso, é necessário que recebamos a palavra de Deus não somente uma vez, como quando ouvimos e recebemos o evangelho, mas precisamos ouvir e crer na palavra de Deus constantemente. Dessa forma, toda a nossa alma (mente, vontade e emoção) será ganha pela palavra. O resultado de ouvir a palavra de Deus e nela crer é que seremos cheios da essência de Deus, ou seja, cheios de Seu amor. Que precioso! Quanto mais recebemos a fé objetiva em nosso interior, mais do amor de Deus nos é dispensado. À medida que nos enchemos da fé, que vem por meio da palavra de Deus, algo é gerado dentro de nós – o labor de amor! Para amar as pessoas, Deus nos fará passar por outra experiência, a saber, a perseverança da esperança. Que processo maravilhoso! A fé é o início e traz consigo o amor, que é Deus. À medida que vivemos o amor para com os outros, Deus nos levará a ser perseverantes gerando esperança em nós. Cristo, enquanto esteve entre nós em Seu ministério terreno, foi um modelo a ser seguido por Sua vida de fé, cheia de labor de amor e com perseverança da esperança. Como homem, Ele exercitava Sua fé crendo na palavra de Deus Pai. Sua vida foi de sacrifício, demonstrado na forma de labor de amor pelos pecadores. Ele veio como o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo exatamente para doar Sua vida por todos nós. Por que Ele se sacrificou a tal ponto pelos pecadores? Porque Cristo tinha esperança de que, ao morrer na cruz por nossos pecados, Deus Pai O ressuscitaria e O elevaria a Sua destra para ser exaltado e honrado como o Rei do reino dos céus. Devemos tomar Cristo como nosso maior modelo, pois em Seu viver havia os três componentes da estrutura que deve ser realidade no viver dos cristãos – fé, amor e esperança (Jo 1:29; Fp 2:5-11). Além de Cristo, há também irmãos que são modelos a ser seguidos: “Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus; e, considerando atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram” (Hb 13:7). Todos nós precisamos de uma referência para seguir, para imitar. Os tessalonicenses imitaram o viver de Paulo (1 Ts 1:6). Os que nos pregaram a palavra de Deus são nossos guias, e devemos imitar a fé que tiveram. Graças a Deus, ao longo de toda a história da igreja, temos modelos de fé, amor e esperança. Consideremos atentamente o efeito da fé na vida do apóstolo Paulo. Assim diz: “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo” (Gl 1:10). Em primeiro lugar, um servo de Deus não vive para agradar a homens. Em seu trabalho, ele procura o favor de Deus, e não o de homens. Nessa porção, é como se Paulo dissesse: “Eu estou aqui como apóstolo e servo de Deus não porque alguém me paga para isso, ou porque devo agradar a alguém, ou porque estou em busca de exaltação. Não é isso”. Em seguida, Paulo continua com palavras de advertência e diz: “Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem, porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo. Porque ouvistes qual foi o meu proceder outrora no judaísmo, como sobremaneira perseguia eu a igreja de Deus e a devastava” (vs. 11-13). Antes de sua conversão, Paulo tentava destruir a igreja de Deus perseguindo-a de maneira cruel. Entretanto houve uma mudança radical em sua vida, e ele se tornou, além dos apóstolos que estiveram com Jesus, a única pessoa que recebeu a palavra diretamente do Senhor. Este lhe apareceu no caminho de Damasco, e aprouve a Deus revelar Seu Filho nele (vs. 14-17). Diante do rei Agripa, as palavras de Paulo revelam como ele se tornou um exemplo para todos os cristãos (At 26:4-19). A transformação radical na vida de Paulo ocorreu por ele crer na palavra de Deus. Aleluia! Amados irmãos, como precisamos seguir o exemplo de fé, amor e esperança deixado por Cristo e pelo apóstolo Paulo. À medida que cremos na palavra de Deus e dela desfrutamos, nossa vida vai sendo transformada, e nos tornamos servos do Senhor cheios de fé, amor e esperança! *Pergunta:* Quais os três elementos que constituem a estrutura do viver da igreja? *Meu ponto-chave:*

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

A ESTRUTURA DAI GREJA-A OBRA DE FÉ (2)

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 4 – QUARTA-FEIRA* *SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA *A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA – PEDRO DONG* *Leitura bíblica:* 2 Co 4:18; Ef 4:14 *Ler com oração:* Visto que andamos por fé e não pelo que vemos (2 Co 5:7). ............................................. *A ESTRUTURA DA IGREJA – A OBRA DE FÉ (2)* Vamos continuar discorrendo sobre a fé, o primeiro dos três itens essenciais da estrutura do viver da igreja. Vejamos agora o que o livro de Hebreus nos ensina sobre a fé: “A fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem” (11:1). Nessa porção, a palavra “fé” não se refere à fé objetiva, que diz respeito a Cristo, e sim a nossa fé subjetiva, que surge pelo fato de crermos na palavra de Deus e a recebermos. A palavra traduzida para “certeza” no versículo acima aparece também neste outro versículo de Hebreus, traduzida diferentemente: “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas” (1:3). Aqui vemos que Cristo é a expressão exata do “Ser” de Deus, ou seja, Ele é a substância de Deus. Essa palavra “ser” em grego é hupostasis (a mesma palavra para “certeza” em Hebreus 11:1). Se fôssemos transcrever esse versículo usando a palavra hupostasis, ficaria assim: “A fé é a hupostasis de coisas que se esperam” (Hb 11:1). Na língua portuguesa, a transliteração da palavra grega hupostasis é “hipóstase”. Vejamos a definição de “hipóstase”: “Para os pensadores da antiguidade é a realidade permanente, concreta e fundamental, ou seja, a substância”. Na antiguidade, os pensadores acertaram. Eles afirmavam que neste universo havia apenas uma realidade permanente, concreta e fundamental. Eles estavam apontando para Cristo, a única realidade absoluta deste universo. Jesus Cristo demonstra ser a realidade permanente, concreta e fundamental ao dizer: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14:6). Amados irmãos, no mundo em que vivemos não há verdade. Precisamos crer e receber Deus como a verdade por meio de Sua palavra. Graças a Deus, que nos revelou que neste universo há uma verdade única, absoluta, permanente e que jamais mudará: Cristo, a maravilhosa verdade! Ao crermos na palavra, nossa fé passa a ter acesso à substância de Deus. O que significa isso? Significa que nossa fé tem acesso a Cristo, que é a realidade permanente neste universo. Não balançamos de um lado para outro como meninos agitados por qualquer vento de doutrina (Ef 4:14). Amados irmãos, caso estejamos firmados na única verdade do universo, não vacilaremos. Por sua fé você tem acesso ao que Deus é. Nossa fé nos leva para a dimensão espiritual, dando-nos acesso a ela, como se fosse uma janela ou porta. Fomos criados na dimensão material, pois nascemos neste mundo, no entanto as coisas visíveis deste mundo vieram das coisas invisíveis, como está escrito: “Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem” (Hb 11:3). Deus deseja produzir em nós a realidade das coisas invisíveis, ou seja, Ele deseja dispensar-nos Seus elementos e substância (2 Co 4:18). Ser cristão não é pertencer a uma religião. A vida cristã se inicia com o elemento estrutural da fé. A fé nos leva a ter acesso a Deus, ter contato com Ele na dimensão espiritual. Aleluia! Nós podemos contatar Deus! Por meio da fé, podemos desfrutar de todas as coisas invisíveis que estão na dimensão de Deus, tais como Suas riquezas, Sua natureza santa e Seu amor. *Pergunta:* O que acontece quando cremos na palavra de Deus? *Meu ponto-chave:*

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

A ESTRUTURA DA IGREJA-A OBRA DE FÉ (1)

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 4 – TERÇA-FEIRA* *SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA *A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA – PEDRO DONG* *Leitura bíblica:* Rm 10:14-16; 1 Ts 1:3, 6 *Ler com oração:* Ele, porém, respondeu: Antes, bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam! (Lc 11:28). ............................................. *A ESTRUTURA DA IGREJA – A OBRA DE FÉ (1)* A igreja tem o papel fundamental de trazer o Senhor de volta e introduzir o reino de Deus na terra. Sem ela, não será possível isso tornar-se realidade. Sabendo da importância da igreja no plano de Deus, precisamos inteirar-nos de sua estrutura, ou seja, de seu fundamento. Em primeiro lugar, o que é estrutura? Por ser engenheiro e ter trabalhado fazendo cálculos para construções, gostaria de mostrar como é essencial uma boa estrutura para firmar um edifício. Por exemplo, a fundação, que chamamos de infraestrutura, precisa ser bem calculada para suportar com precisão todas as cargas. Em segundo lugar, há a superestrutura, que é o esqueleto, ou seja, a estrutura que sustenta todo o edifício em si. É o caso das colunas, que fazem parte da estrutura de um edifício. Se uma delas for retirada, todo o prédio ficará comprometido, vindo a desabar. Portanto, ao fazer reforma em uma casa ou apartamento, não temos liberdade para remover os elementos estruturais. O que pode ser retirado são os elementos não estruturais, como paredes de alvenaria, janelas, portas etc. Quão importantes são os elementos estruturais! Se compararmos a igreja a um edifício, conseguiremos entender bem a importância da estrutura. Os elementos estruturais sustentam a vida da igreja, impedindo sua queda. Quais são os elementos que fazem parte da estrutura da vida da igreja? A fé, o amor e a esperança são os três elementos que se interligam e sustentam a vida da igreja (1 Ts 1:3). Tornamo-nos membros da igreja por meio da fé. A fé vem por ouvir a palavra. Tanto os tessalonicenses como nós tivemos a experiência de ser introduzidos no viver da igreja por meio da palavra recebida, a qual produziu a fé em nós. Fica claro, de acordo com este versículo, que a fé teve início entre os tessalonicenses quando eles receberam a palavra: “Com efeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo” (v. 6). Aleluia! É a palavra que nos dá a possibilidade de ter fé. Somos ainda mais esclarecidos por este versículo de Romanos: “Assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (10:17). Em grego, a palavra “pregação” nesse versículo é melhor traduzida para “ouvir”: “Assim, a fé vem pelo ouvir”. O órgão de nosso corpo físico responsável por receber a palavra é a audição, ou seja, nossos ouvidos. A palavra de Deus vem a nós, e a recebemos por meio da audição. Para exemplificar, a ilustração abaixo nos ensina como o cristão recebe a fé para dentro de si. Vejamos: A fé é o conteúdo da economia de Deus, ou seja, o próprio Cristo. A fé está fora do homem e, quer ele creia, quer não, sempre existirá, pois diz respeito a Cristo. Se removermos Cristo, todo o plano de Deus entrará em colapso. Na ilustração, a palavra é o caminhão, ou seja, o veículo que transporta a fé. Por meio da palavra, Deus dispensa Sua própria vida e natureza. Em seguida vemos três círculos concêntricos. Eles se referem ao corpo, à alma e ao espírito. A palavra, representada pelo caminhão, se depara em primeiro lugar com nosso corpo, mais especificamente com nossos ouvidos. Nesse momento temos duas opções: ou recebemos a palavra de Deus, e assim ela segue seu percurso até chegar a nosso espírito, a parte mais interior de nosso ser, ou rejeitamos a palavra, e ela não entra em nós nem produz fé (Rm 10:14-16). Se recebermos a palavra por meio do ouvir, a fé prosseguirá seu caminho e chegará a nossa mente, que é a parte líder da alma. A mente é que determina: “Sim, eu aceito”. Em seguida, após a mente dizer “sim”, a emoção sente prazer em receber tal palavra. E, por fim, a vontade toma a decisão de receber a palavra. Esse é o processo que ocorre dentro de nós. O caminhão, que é a palavra de Deus, vai trazendo a fé e depositando Cristo, momento após momento, em nosso interior. Aleluia! Crer é receber: “A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome” (Jo 1:12). No momento em que recebemos a palavra, nós recebemos esse caminhão, que traz o elemento da fé. E, assim, surge em nosso interior a fé subjetiva. Como isso ocorre? Por meio do crer! Portanto nossa fé é para crer. Ela só tem utilidade se cremos. Deus sempre vai enviar, por meio da palavra, um elemento da fé para que possamos crer, e assim Cristo será cada vez mais depositado em nosso interior. *Pergunta:* Explique como ocorre a transferência da fé objetiva (fora de nós) para a fé subjetiva (dentro de nós). *Meu ponto-chave:*

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

CRISTO RECONECTA O HOMEM O HOMEM A DEUS

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 4 – SEGUNDA-FEIRA* *SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA *A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA – PEDRO DONG* *Leitura bíblica:* Rm 8:30; 2 Co 3:18; Ef 1:22; 1 Ts 1:3; Hb 4:14; 7:3 *Ler com oração:* Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste (Cl 1:17). ............................................. *CRISTO RECONECTA O HOMEM A DEUS* Nesta semana vamos desfrutar da mensagem “Perseverança – sinal distintivo de um apóstolo”. O apóstolo Paulo descreve sobre o assunto ao dizer: “As credenciais do apostolado foram apresentadas no meio de vós, com toda a persistência, por sinais, prodígios e poderes miraculosos” (2 Co 12:12). A palavra “credenciais”, no original grego, é σημεῖον (semeión), derivada de σημa (séma), e pode ser traduzida para “sinais distintivos”, isto é, aquilo que distingue um apóstolo. E a palavra “persistência”, do grego ὑπομονή (hypomoné), pode ser traduzida para “perseverança”. Ao longo desta semana, seremos mais esclarecidos quanto aos elementos estruturais do viver da igreja. A obra de fé, o labor de amor e a perseverança da esperança serão as palavras-chave que o Senhor usará para que tenhamos um viver em realidade. Seremos ajudados pelo modelo de fé, amor e esperança presente no viver de Paulo e do próprio Senhor Jesus. Nosso desejo é que a cada dia desta semana o Senhor nos conceda espírito de sabedoria e de revelação. A igreja em Tessalônica foi gerada pelo apóstolo Paulo sob muita luta diante das circunstâncias que havia na época. A cultura grega, a religião judaica e a religião politeísta dos gregos predominavam naquela civilização. Todavia Deus usou Paulo para fazer uma grande obra no meio dos tessalonicenses por meio do labor de amor, da obra de fé e da perseverança da esperança (1 Ts 1:3). Assim como os tessalonicenses estavam fundamentados na fé, no amor e na esperança, também nós queremos ser. Por crer na palavra do apóstolo, eles se tornaram um modelo para os crentes da Macedônia e da Acaia. Antes de desenvolver nosso encargo, vamos fazer uma pequena recapitulação do que o Senhor nos deu nos últimos dois anos. O Senhor tem sido muito generoso concedendo-nos Sua palavra profética. Começamos com um estudo do livro de Romanos sobre a plena salvação de Deus. Ela se inicia na justificação, que vem somente pela fé, passa pela reconciliação, santificação e culmina na glorificação do homem. Vemos, a partir do sexto capítulo de Gênesis, a corrupção da raça humana, o dilúvio, a civilização pós-dilúvio, e o surgimento de Ninrode, que, ao estabelecer seu reino, deu origem a uma civilização independente de Deus, indicando que o homem estava condenado e necessitava de salvação. O livro de Romanos revela que Deus preparou para o homem uma salvação completa capaz de justificá-lo, com o objetivo de conduzi-lo à glória (Rm 8:30). Ao longo dos livros de 1 e 2 Coríntios e no Evangelho de João, vimos que a glorificação não se dá de uma vez por todas, mas é um processo pelo qual, pouco a pouco, somos transformados de glória em glória (2 Co 3:18). Desfrutamos, no Evangelho de João, capítulos 13 a 17, que o objetivo da glorificação é tornar-nos aptos a ser inseridos em Deus Pai, ou seja, ser recebidos para dentro da glória de Deus. Além de revelar-nos o ápice de Sua economia, Deus nos levou a ver, no livro de Hebreus, como isso será realizado. De que maneira o Senhor nos glorificará? Ele mesmo nos introduzirá nesse processo de crescimento até a maturidade. Após a ressurreição, Cristo se tornou Sumo Sacerdote da ordem de Melquisedeque, penetrou os céus e hoje, no santuário celeste, intercede a nosso favor para que sejamos glorificados. Também em Hebreus vimos a realeza de Cristo, que aponta para Sua segunda vinda (Hb 4:14; 7:3). O ser humano desconectou-se de Deus. Vivemos em um mundo de desordem e caos. A quebra da conexão entre Deus e o homem foi iniciada no jardim do Éden após a queda, e, com a queda do homem, toda a criação ficou desconectada do Criador, entrando, assim, numa esfera de maldição. A terra se tornou maldita. Graças a Deus, porém, que, por meio da redenção de Cristo, Seu filho, Ele está novamente reconectando a Si o homem e todas as coisas criadas. Amado leitor, Deus escolheu Cristo para ser o Rei do reino dos céus, O qual está aguardando até que todas as coisas Lhe sejam postas debaixo dos pés (Ef 1:22). Essa é nossa esperança! No momento em que todas as coisas criadas estiverem debaixo de Seus pés, a humanidade e todo o universo estarão de novo totalmente reconectados a Deus. *Pergunta:* O que reconecta o homem a Deus? Por quê? *Meu ponto-chave:* *Leitura de apoio:* “O coração da Bíblia” – caps. 1-4 – André Dong.

domingo, 31 de janeiro de 2021

A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA É PARA OS VENCEDORES

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 3 – DOMINGO* *SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA *A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA – PEDRO DONG* *Leitura bíblica:* Rm 8:17-18 *Ler com oração:* Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa (Hb 10:35-36). ............................................. *A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA É PARA OS VENCEDORES* Aqueles que desejam crescer em vida até se tornar herdeiros de Deus receberão o galardão de reinar com Cristo em Seu reino. Para alcançar esse objetivo, precisamos viver pela fé, tomando posse das coisas espirituais e das riquezas de Deus no espírito, e invocar o nome do Senhor para nos manter firmes na graça. Além da fé, para amadurecer na vida divina, há a necessidade do labor de amor. Precisamos pregar o evangelho e apascentar as pessoas com o amor de Deus. Isso causará sofrimentos e aborrecimentos. Mas, mesmo que nos afadiguemos, o Senhor nos suprirá com um combustível, a perseverança da esperança, para prosseguirmos diante desses encargos. A genuína vida da igreja ainda não está presente em todas as partes da terra. Graças ao Senhor, temos o grande privilégio de viver a realidade do reino dos céus hoje, na igreja. Vamos aproveitar essa oportunidade para amadurecer, laborando em amor, cuidando das pessoas e apresentando-lhes o evangelho do reino para que sejam inseridas no viver da igreja. Os colportores, por exemplo, incansavelmente saem às ruas para suprir as pessoas de vida e não têm horário para findar o trabalho ou descansar. Eles estão lutando para tirar as pessoas do império das trevas e livrá-las das garras do inimigo. Por meio da oração e da palavra revelada nos livros, eles reconectam as pessoas com Deus, levando-as a obter paz mediante o encabeçamento de Cristo. Esperamos que mais irmãos se levantem para participar desse encargo, engajando-se no exército de jovens santos para a batalha final. O contexto mundial nos ajuda a perceber que vivemos os momentos finais desta era. As coisas estão acontecendo de forma acelerada, e, provavelmente, dentro de alguns anos, o grande acordo de paz no Oriente Médio será assinado, dando início à última semana profética de Daniel. Quando isso acontecer, teremos pouco tempo, apenas três anos e meio para nos preparar para o arrebatamento. Diante disso, nosso intuito é preparar a igreja e alertar as pessoas para que não vivam desapercebidas. Deixemos de ser infantis, egocêntricos, queixosos e murmuradores, e sejamos sóbrios e vigilantes. Vamos remir o tempo, reconectando-nos com Deus no espírito e na alma, convidando Cristo a morar em nosso coração. Entretanto nosso coração não deve ser como um hotel, onde não se pode entrar na cozinha, na despensa e em outros recintos. Cristo deve ter livre acesso a todos os cômodos de nosso coração. Ele é nosso Senhor, o dono de nosso coração. Ele deve ter liberdade para mandar em nossa mente, em nossos pensamentos, em nossa emoção, no que gostamos ou não; e deve governar nossa vontade para que façamos a vontade do Pai. Assim, sendo governados pelo Senhor, Deus contará com um grupo de vencedores para encerrar a presente era. Estamos no meio de uma batalha muito feroz, mas estamos seguros nas mãos do Senhor, pois estamos crescendo em vida e atendendo às Suas necessidades. Nosso anelo é que as pessoas tenham acesso ao evangelho do reino por meio da palavra profética que pregamos, para que a fé seja gerada em seus corações. Por crer em Jesus, o Senhor nos deu a fé, que nos concede acesso às coisas invisíveis, às riquezas imateriais de Deus, Sua vida e natureza. Ao usar o espírito, invocando o nome do Senhor, convidamos Deus a habitar em nosso coração e a governá-lo. O Senhor está trabalhando em nosso interior a fim de Lhe concedermos a permissão de governar nossa mente, emoção e vontade, expulsando toda rebeldia, desobediência e murmuração. Assim, seremos conduzidos à maturidade, tornando-nos filhos-herdeiros de Deus, os que lutam por Seus interesses. Estamos sendo preparados para fazer parte do filho varão para, naquele Dia, lutar, em companhia do Senhor, a batalha final. Portanto, tomemos hoje o caminho de restrição, de perseverança, de tribulação, de aprovação e de esperança, para que sejamos úteis nas mãos do Senhor. Assim, seremos conduzidos, como um só homem, a cumprir a vontade de Deus; e, na manifestação de Seu reino, reinaremos com o Senhor e seremos introduzidos na glória do Pai. *Pergunta:* Como podemos levar o testemunho genuíno do viver da igreja a outros lugares? *Meu ponto-chave:*

sábado, 30 de janeiro de 2021

A ESPERANÇA DO NOSSO CHAMAMENTO

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 3 – SÁBADO* *Leitura bíblica:* Jo 7:17; 14:21; Rm 8:5-6; Ef 1:17-18; 1 Jo 1:9 *Ler com oração:* Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos (Ap 20:6). ............................................. *A ESPERANÇA DE NOSSO CHAMAMENTO* Nosso Deus, o Pai da glória, deseja fazer-nos crescer em vida até nos tornarmos filhos-herdeiros para nos introduzir em Sua glória. Deus quer glorificar-nos, por isso Ele tem-se revelado, concedendo-nos “espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele” (Ef 1:17). No espírito podemos conhecer nosso Deus, que nos chama para ser Sua herança (v. 18). Nosso coração é composto da consciência, a parte do espírito que faz ligação com a alma, e das três partes da alma (mente, vontade e emoção). Para que os olhos de nosso coração sejam iluminados, é necessário ter uma consciência limpa, purificada, que faça a ligação do espírito com a alma, principalmente com nossa mente, que é a parte líder. O apóstolo João nos ensina o que fazer para manter a consciência adequada diante de Deus: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1:9). Por vezes, assumimos uma postura defensiva: argumentamos, justificamo-nos, achamos que nunca estamos errados e defendemos nossos atos a todo custo. Amado leitor, Deus é luz! Por isso devemos abandonar essa posição defensiva e ir com simplicidade à presença do Senhor para ser iluminados em relação a nossas falhas. Precisamos confessar nossos pecados e aprender a pedir perdão a Deus e a quem ofendemos. Do contrário, nossa consciência ficará cauterizada, como quando a pele é queimada pelo fogo e cria uma casca grossa e insensível. Com isso, vemos a necessidade de ter uma consciência limpa, saudável e sensível ao espírito. Quando confessamos os pecados na presença do Senhor, somos purificados de toda injustiça, e, com a consciência limpa, a mente obedecerá ao espírito. A mente posta no espírito resulta em vida e paz (Rm 8:5-6). Precisamos aprender a purificar nossa consciência e a colocar nossa mente no espírito. Assim, a vida de Deus nos saturará: nossa emoção amará com o amor de Deus (Jo 14:21) e nossa vontade estará submissa a Seus desígnios (7:17). Com esse coração adequado, poderemos atender a Deus, que nos chama para Seu reino e para Sua glória. Qual é a esperança de nosso chamamento? Vejamos a seguir: “Aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória” (Cl 1:27). A esperança de nosso chamamento é a esperança da glória, que é ser introduzidos na glória do Pai. O Senhor zela por nossa alma: “Sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo [...]. Obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma” (1 Pe 1:5, 9). Deus, por meio do acréscimo de Sua vida e natureza em nós, nos tem saturado de Sua essência, que é amor. Ao final desse processo divino, Deus alcançará Seu objetivo, e reinaremos com o Senhor como vencedores: “Para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra” (Ap 5:10). Seremos constituídos reino e sacerdotes e reinaremos mil anos sobre a terra (20:6). A maioria dos cristãos não busca alcançar o nível de maturidade de um filho-herdeiro, o nível de perfeição exigido por Deus para a glorificação. Muitos não deixam o Senhor governar sua alma e se importam apenas em fazer a própria vontade. Agindo assim, perderão o privilégio de reinar com Cristo durante os mil anos, pois esse galardão está reservado aos vencedores. Um cristão que não deseja ser vencedor não precisa fazer nada; contudo perderá a oportunidade de ser sacerdote e rei com Cristo e terá sua porção somente quando vier o novo céu e a nova terra. A perseverança da esperança é para os vencedores, para aqueles que alcançaram a maturidade. Quando o Senhor voltar, os que almejaram tornar-se filhos-herdeiros, pagaram o preço, gloriaram-se nas tribulações, perseveraram, tiveram o caráter aprovado e obtiveram esperança, descansarão de seus sofrimentos e participarão do reino milenar. *Pergunta:* Qual é a esperança de nosso chamamento?

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

O DESEJO DE DEUS: NOSSA GLORIFICAÇÃO

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 3 – SEXTA-FEIRA* *SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA *A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA – PEDRO DONG* *Leitura bíblica:* Rm 4:3-5, 24-25; 5:1-5 *Ler com oração:* Se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados (Rm 8:17). ............................................. *O DESEJO DE DEUS: NOSSA GLORIFICAÇÃO* Aqueles que creram, receberam Cristo como vida, tornando-se filhos de Deus. No primeiro estágio do crescimento de vida, somos filhos téknon, ou seja, crianças. Todavia, no viver da igreja, somos encorajados a buscar crescimento, a avançar na vida divina, tornando-nos filhos huiós, filhos adultos. Esse segundo estágio, porém, de filhos maduros, ainda não é suficiente. Os filhos crescidos devem envolver-se nos negócios do Pai para se tornar herdeiros de Deus. Se cooperarmos com Deus, herdaremos juntamente com Cristo todas as coisas: “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados” (Rm 8:17). Os sofrimentos do tempo presente são para nossa aprovação, para sermos glorificados. Nossa esperança e ardente expectativa é que, mediante as dificuldades e os sofrimentos provenientes do labor ao cuidar das pessoas e ter nossa vida sob o encabeçamento de Cristo, sejamos introduzidos plenamente no Pai; ou seja, recebidos para dentro de Sua glória. Para atingir esse objetivo, precisamos crescer até alcançar a maturidade, pois, se houver em nós coisas estranhas a Deus, como pecado, velho homem, velha criação, rebeldia, desobediência e incredulidade, não entraremos na glória de Deus. Portanto, para ser glorificados Nele, precisamos eliminar todas as impurezas e estar completamente sujeitos ao governo de Cristo. Esse é um processo que envolve tribulação e sofrimento, mas que resultará em nossa glorificação: “Para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Rm 8:18). A glória a ser revelada em nós superará em muito os sofrimentos do tempo presente. O Senhor trabalha em nós sem cessar para nos tornar completamente unidos a Cristo: “E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo” (Rm 8:23). Se permanecermos conectados a Cristo, estaremos no processo de glorificação. Deus nos tem purificado de toda impureza para poder receber-nos em Sua glória. A glorificação será completa com a redenção de nosso corpo. Deus transformará esse corpo de humilhação em um corpo de glória. Assim, nosso espírito, nossa alma e nosso corpo serão glorificados, e seremos totalmente recebidos na glória de Deus. Essa é nossa esperança. Todo esse processo de glorificação teve início quando cremos em Cristo e nossa fé foi gerada: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5:1). A fé nos foi imputada como justiça não por sermos justos ou porque fizemos algo bom, mas por crermos no Filho de Deus (Rm 4:3-5, 24-25). Agora temos paz com Deus por meio de Jesus Cristo. A fé no Filho nos deu acesso à graça: “Por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus” (Rm 5:2). A graça é simplesmente o próprio Deus, que nos foi dado para nosso desfrute por meio de Seu Filho. Mediante a graça, temos acesso a todas as riquezas de Deus, a tudo o que Ele é, Seus atributos, e a todas as virtudes de Cristo. Por meio da graça, recebemos a vida e a natureza divinas. Isso gera em nós a esperança da glória de Deus. Também precisamos aprender a nos gloriar nas tribulações: “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança” (Rm 5:3). Gloriemo-nos na esperança da glória, mas também em nossas tribulações, as quais nos conduzem à glorificação. Uma pessoa que nunca passou por dificuldades e sofrimentos, que foi criada em uma “redoma” por pais superprotetores, não será uma pessoa perseverante e resiliente, e terá dificuldades em prosseguir no processo da glorificação. Se você estiver caminhando na direção certa para o reino e para a glória do Senhor, passará por tribulações. Esses sofrimentos não são ocasionados porque você cometeu pecado ou porque fez algo errado. São tribulações e aborrecimentos relacionados ao labor de amor, porque você está buscando a glória de Deus. A tribulação produz perseverança, “e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança” (Rm 5:4). A palavra “experiência,” em grego, é dokime, que também pode ser traduzida para “aprovação”. Por perseverar, você terá um caráter aprovado. A aprovação, a experiência, produz esperança: “Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Rm 5:5). A expressão “a esperança não confunde” pode ser traduzida por “a esperança não decepciona”. Essa esperança não decepciona “porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado”. Quanto mais avançarmos no processo de glorificação, mais teremos tribulação, perseverança, aprovação e esperança. Essa esperança não nos decepcionará porque o Espírito Santo, que recebemos no momento em que cremos em Jesus, derrama o amor de Deus em nosso coração. A própria essência de Deus está sendo derramada para saturar nosso ser. Isso é a glorificação. Aleluia! *Pergunta:* Por que devemos aprender a nos gloriar nas tribulações? *Meu ponto-chave:**ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 3 – SEXTA-FEIRA* *SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA *A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA – PEDRO DONG* *Leitura bíblica:* Rm 4:3-5, 24-25; 5:1-5 *Ler com oração:* Se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados (Rm 8:17). ............................................. *O DESEJO DE DEUS: NOSSA GLORIFICAÇÃO* Aqueles que creram, receberam Cristo como vida, tornando-se filhos de Deus. No primeiro estágio do crescimento de vida, somos filhos téknon, ou seja, crianças. Todavia, no viver da igreja, somos encorajados a buscar crescimento, a avançar na vida divina, tornando-nos filhos huiós, filhos adultos. Esse segundo estágio, porém, de filhos maduros, ainda não é suficiente. Os filhos crescidos devem envolver-se nos negócios do Pai para se tornar herdeiros de Deus. Se cooperarmos com Deus, herdaremos juntamente com Cristo todas as coisas: “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados” (Rm 8:17). Os sofrimentos do tempo presente são para nossa aprovação, para sermos glorificados. Nossa esperança e ardente expectativa é que, mediante as dificuldades e os sofrimentos provenientes do labor ao cuidar das pessoas e ter nossa vida sob o encabeçamento de Cristo, sejamos introduzidos plenamente no Pai; ou seja, recebidos para dentro de Sua glória. Para atingir esse objetivo, precisamos crescer até alcançar a maturidade, pois, se houver em nós coisas estranhas a Deus, como pecado, velho homem, velha criação, rebeldia, desobediência e incredulidade, não entraremos na glória de Deus. Portanto, para ser glorificados Nele, precisamos eliminar todas as impurezas e estar completamente sujeitos ao governo de Cristo. Esse é um processo que envolve tribulação e sofrimento, mas que resultará em nossa glorificação: “Para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Rm 8:18). A glória a ser revelada em nós superará em muito os sofrimentos do tempo presente. O Senhor trabalha em nós sem cessar para nos tornar completamente unidos a Cristo: “E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo” (Rm 8:23). Se permanecermos conectados a Cristo, estaremos no processo de glorificação. Deus nos tem purificado de toda impureza para poder receber-nos em Sua glória. A glorificação será completa com a redenção de nosso corpo. Deus transformará esse corpo de humilhação em um corpo de glória. Assim, nosso espírito, nossa alma e nosso corpo serão glorificados, e seremos totalmente recebidos na glória de Deus. Essa é nossa esperança. Todo esse processo de glorificação teve início quando cremos em Cristo e nossa fé foi gerada: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5:1). A fé nos foi imputada como justiça não por sermos justos ou porque fizemos algo bom, mas por crermos no Filho de Deus (Rm 4:3-5, 24-25). Agora temos paz com Deus por meio de Jesus Cristo. A fé no Filho nos deu acesso à graça: “Por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus” (Rm 5:2). A graça é simplesmente o próprio Deus, que nos foi dado para nosso desfrute por meio de Seu Filho. Mediante a graça, temos acesso a todas as riquezas de Deus, a tudo o que Ele é, Seus atributos, e a todas as virtudes de Cristo. Por meio da graça, recebemos a vida e a natureza divinas. Isso gera em nós a esperança da glória de Deus. Também precisamos aprender a nos gloriar nas tribulações: “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança” (Rm 5:3). Gloriemo-nos na esperança da glória, mas também em nossas tribulações, as quais nos conduzem à glorificação. Uma pessoa que nunca passou por dificuldades e sofrimentos, que foi criada em uma “redoma” por pais superprotetores, não será uma pessoa perseverante e resiliente, e terá dificuldades em prosseguir no processo da glorificação. Se você estiver caminhando na direção certa para o reino e para a glória do Senhor, passará por tribulações. Esses sofrimentos não são ocasionados porque você cometeu pecado ou porque fez algo errado. São tribulações e aborrecimentos relacionados ao labor de amor, porque você está buscando a glória de Deus. A tribulação produz perseverança, “e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança” (Rm 5:4). A palavra “experiência,” em grego, é dokime, que também pode ser traduzida para “aprovação”. Por perseverar, você terá um caráter aprovado. A aprovação, a experiência, produz esperança: “Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Rm 5:5). A expressão “a esperança não confunde” pode ser traduzida por “a esperança não decepciona”. Essa esperança não decepciona “porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado”. Quanto mais avançarmos no processo de glorificação, mais teremos tribulação, perseverança, aprovação e esperança. Essa esperança não nos decepcionará porque o Espírito Santo, que recebemos no momento em que cremos em Jesus, derrama o amor de Deus em nosso coração. A própria essência de Deus está sendo derramada para saturar nosso ser. Isso é a glorificação. Aleluia! *Pergunta:* Por que devemos aprender a nos gloriar nas tribulações? *Meu ponto-chave:*

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

LABOR DE AMOR NO VIVER DA IGREJA

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 3 – QUINTA-FEIRA* *SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA *A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA – PEDRO DONG* *Leitura bíblica:* Rm 8:14, 16-17 *Ler com oração:* A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome (Jo 1:12). ............................................. *LABOR DE AMOR NO VIVER DA IGREJA* O amor agape origina-se em Deus. Quando cremos no Senhor, recebemos esse amor em nosso interior; e, no viver da igreja, recebemos a palavra profética que nos enche da essência de Deus, de Sua vida e natureza, para ajudar outras pessoas, com labor de amor, mesmo em meio a fadigas e aborrecimentos. Quando pregavam o evangelho em Filipos, Paulo e Silas foram perseguidos, açoitados e encarcerados. Mesmo passando por sofrimentos, estavam alegres e cantavam na prisão. Embora o intenso trabalho lhes trouxesse fadiga e aborrecimento, trazia-lhes também muita alegria e gozo no Senhor. Quando pregamos o evangelho, reconectando as pessoas com Deus, dispensamos o amor do Senhor e obtemos uma alegria inefável, cheia de glória, em nosso interior. Deus espera que trabalhemos como Paulo, Silas e Timóteo. Eles, mesmo enfrentando dificuldades e até risco de vida, serviam dia e noite, em lágrimas, em fadiga, pastoreando, apascentando e ensinando as pessoas. Devemos enfrentar toda e qualquer dificuldade para edificar a igreja e salvar as pessoas. Vamos reconectá-las com Deus, tornando-as membros ativos no Corpo de Cristo. As pessoas estão perdidas, sofrendo, aguardando ser introduzidas na igreja, na realidade do reino dos céus. Precisamos ir diante do Senhor a fim de nos encher de fé e de amor para levar adiante esse labor sem murmurar, sem reclamar, sem almejar fama ou recompensa, mas trabalhando com labor de amor, pois Deus é amor. Amor é doação e sacrifício. Deus se deu a nós, sacrificando Seu único Filho. E por que nós, uma vez que temos a essência desse amor em nosso interior, não nos doamos às pessoas e nos sacrificamos por elas? Uma criança quer apenas receber: ganhar chocolate, bicicleta, games etc. Contudo, quando amadurece, entende que dar é melhor do que receber. A essência do amor de Deus e a esperança nos fazem perseverar e amar as pessoas. Quem não tem esperança não possui expectativa nem persevera, pois não tem vontade de viver o dia A perseverança da esperança49seguinte. Louvamos ao Senhor, pois Nele temos a esperança da glória, que é o combustível para a perseverança e para o labor de amor. Temos esperança porque fomos reconectados com Deus no espírito e fomos gerados filhos de Deus: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8:16). Vemos que, por crermos em Jesus, recebemos o poder de ser filhos de Deus (Jo 1:12). Crer em Jesus é receber Jesus, receber a filiação, tornando-nos filhos de Deus. Em grego, existem vários níveis de filiação. O primeiro deles é téknon (Rm 8:17), termo grego que indica um filho infantil, filho-criança. Contudo um filho de Deus não pode permanecer criança para sempre. Por estarmos ligados a Deus e sermos encabeçados por Cristo, nossa vida entra em ordem, e nossa alma é reconectada ao espírito. Nossa alma é composta de mente, emoção e vontade, as quais estavam totalmente fora do governo de Deus, alheias a Ele. Nossa mente pensava o que queria; nossa emoção gostava mais dos prazeres do pecado; e nossa vontade era direcionada pela carne e pelos pensamentos. Todavia, quando, em nosso espírito, fomos reconectados com Deus, Cristo fez morada em nosso coração. Daí em diante, Cristo, como dono de nosso coração, passou a agir em nós por meio da consciência, que é uma parte do espírito. Contudo o Senhor deseja obter mais espaço em nosso interior, encabeçando também nossa mente, emoção e vontade, saturando do Espírito nossa alma e tornando-nos um canal, um instrumento útil em Suas mãos. À medida que recebemos mais da vida e da natureza de Deus, crescemos espiritualmente, deixando de ser filhos téknon e nos tornando filhos huiós: “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Rm 8:14). Aqui, “filhos”, em grego, é huiós, ou seja, filhos crescidos, adultos, filhos maduros. Nesse estágio, não agimos mais como crianças, mas deixamos Cristo governar nossa alma, pois crescemos espiritualmente e passamos a entender a vontade de Deus. *Pergunta:* Como podemos tornar-nos um instrumento útil nas mãos de Deus? *Meu ponto-chave:*

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

PELA FÉ TEMOS ACESSO ÀS RIQUEZAS DE DEUS

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 3 – QUARTA-FEIRA* *SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA *A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA – PEDRO DONG* *Leitura bíblica:* Hb 1:3; 11:1; 1 Jo 4:7-8 *Ler com oração:* Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas (2 Co 4:18). ............................................. *PELA FÉ TEMOS ACESSO ÀS RIQUEZAS DE DEUS* A fé pertence à dimensão espiritual; e o homem terrenal, desconectado de Deus, tem uma percepção de mundo a partir do que é físico e psicológico, vivendo limitado pelo tempo e espaço e pela esfera psicológica. Mas Deus deseja conceder ao homem uma faculdade maior, a espiritual. Ao crermos no Senhor Jesus, a fé objetiva entra em nosso coração e se torna nossa fé subjetiva. Dessa forma, o homem consegue sair da esfera física, material e sensorial e passa a ter acesso à dimensão das coisas de Deus. Hebreus registra que “a fé é a certeza de coisas que se esperam” (11:1a). A palavra “certeza”, em grego, é hupostasis(hipóstase). Essa mesma palavra “hipóstase” aparece em outro versículo (1:3) e foi traduzida para “o ser de Deus”, “a substância de Deus”. Assim, a fé torna reais as coisas de Deus, a substância de Deus. Por isso usamos a palavra “substantificação”. A expressão “substantificar” significa tornar real a substância de Deus, a qual é intangível para o homem material. Mas nós, que cremos, temos acesso às coisas de Deus, pois a fé também é “a convicção de fatos que se não veem” (11:1b). O mundo visível é limitado, mas o mundo invisível, onde Deus está, é eterno (2 Co 4:18). Antes de crer no Filho, não tínhamos acesso às coisas invisíveis da esfera de Deus. Contudo, pelo simples fato de crermos no evangelho, a fé entrou em nosso coração e gerou em nosso interior a faculdade que nos dá acesso às coisas espirituais, às coisas celestiais, às coisas invisíveis de Deus. Quando recebemos o Senhor Jesus, a fé é gerada dentro de nós. A fé é a porta de entrada para termos acesso a todas as riquezas de Deus, que é rico para com todos os que invocam Seu nome. Todo aquele que foi regenerado no espírito, que nasceu de novo, foi reconectado com Deus; e, por meio de invocar o nome do Senhor, tem acesso às riquezas de Deus, a Sua vida e natureza. Uma vez que nascemos do alto, não devemos mais viver uma vida miserável, apegada às coisas terrenas. Há um espírito dentro de nós que nos dá acesso às coisas de Deus. No espírito, estamos reconectados com Deus e podemos encher-nos de Sua vida e natureza. Assim como uma planta dispensa a seiva a seus ramos, Deus, que é amor (1 Jo 4:7-8), também deseja dispensar-nos Suas riquezas, Sua essência e Seus elementos santos e divinos. Quanto mais nos enchermos das riquezas de Deus, invocando o nome do Senhor e acessando o portal da fé, mais seremos constituídos com Seus elementos, com Sua substância, que é amor. Deus não tem um depósito de amor, Ele mesmo é amor. É exatamente desse amor verdadeiro que o ser humano precisa. Muitos irmãos servem ao Senhor como colportores dinâmicos, como missionários, indo às ruas para pregar o evangelho do reino. Eles oram pelas pessoas e disponibilizam os livros espirituais, enriquecendo-as com os elementos de Deus e tirando-as da miséria espiritual, da angústia, da aflição e da exaustão a que estão sujeitas. No mundo, as pessoas estão desconectadas de Deus. Por isso a vida do homem, seu casamento e sua família entraram em colapso. Mas podemos ajudar as pessoas, reconectando-as com Deus e ensinando-as a receber Cristo como o Cabeça. Pelo fato de não ter a vida de Deus nem ser governadas por Ele, as pessoas estão vivendo em desordem. Elas são como ovelhas perdidas em busca do bom Pastor. Louvado seja o Senhor, pois Deus está buscando essas ovelhas para Seu rebanho. Graças aos colportores, as pessoas têm encontrado o que mais precisam: o amor, que é o próprio Deus. Não é o amor eros, o amor carnal, nem é o amor meramente phileo, o amor fraternal, mas a fonte de todo amor, o amor agape, o amor de Deus. Esse amor entrou em nós quando nosso espírito foi regenerado e está gerando mais amor em nosso interior. Quanto mais formos saturados da vida e da natureza de Deus, mediante o desfrute da palavra fundamental e da palavra profética, mais nos encheremos da essência divina, passando a trabalhar intensamente em favor das pessoas, ajudando-as, como pais a seus filhos, com labor de amor, e suportando fadigas e aborrecimentos. *Pergunta:* Como podemos ter acesso à dimensão espiritual das coisas de Deus? *Meu ponto-chave:*

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

A FÉ SUBJETIVA

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 3 – TERÇA-FEIRA* *SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA *A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA – PEDRO DONG* *Leitura bíblica:* Rm 10:6-13 *Ler com oração:* A fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem (Hb 11:1). ............................................. *A FÉ SUBJETIVA* A fé vem por ouvir a palavra de Cristo. Essa palavra é o veículo que leva a fé às pessoas, suprindo-as com a vida e a natureza de Deus. Nossos ouvidos são a porta de entrada para receber a palavra; em seguida, ela entra em nossa mente, que precisa aceitá-la. Muitas vezes, por falta de atenção, não conseguimos ouvir o falar do Senhor. Precisamos ouvir atentamente a palavra e nos concentrar para que nossa mente não se distraia. Ao ouvir adequadamente, nossa emoção é tocada, e nossa vontade decide receber a palavra de Deus, a qual entra em nosso espírito, trazendo Cristo a nosso coração e gerando a fé subjetiva, que opera poderosamente em nós. Esse processo de obtenção da fé em nosso interior é acessível a todos. Para receber a salvação de Deus, não é necessário ser culto, ter educação elevada tampouco ser formado em alguma faculdade. A salvação de Deus é simples e está disponível a todas as pessoas (Rm 10:6-7). Não é por nossa capacidade que recebemos a fé. Deus fez tudo por nós. Precisamos apenas confessar e crer, como está escrito: “Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos” (v. 8). Portanto, ao ouvir a palavra do evangelho, temos de usar a boca e o coração: “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (v. 9). Com a transgressão de Adão, o homem foi desconectado de Deus e assim permaneceu por muito tempo, até que Cristo veio. Agora, para se reconectar com Deus, o homem precisa confessar, dizer com a própria boca: “Eu não quero mais viver desconectado de Deus, em desordem, tristeza e angústia, vagando, sem saber para onde ir, sem um pastor. Eu preciso viver conectado a Deus, sob o encabeçamento de Cristo”. Assim, confessando Cristo como Senhor, a conexão com Deus e a ligação com a autoridade, o Cabeça, são restabelecidas. Jesus Cristo morreu na cruz por nós, mas Deus não O deixou na morte; Ele ressuscitou a Cristo e O recebeu na glória. O homem Jesus foi admitido na glória do Pai e foi gerado Filho primogênito de Deus, abrindo, assim, a porta da glorificação para os demais filhos de Deus, gerados por meio da fé no Primogênito. Portanto, se confessar com a boca e crer com o coração que Deus O ressuscitou dentre os mortos, você será salvo (Rm 10:10-11). Uma vez reconectado com Deus no espírito, você não será mais confundido, pois estará ligado ao Senhor. Estamos ligados a Deus por meio de Sua vida e natureza, independentemente de nossa origem: “Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm 10:12-13). Para Deus não importa se você é judeu, gentio, grego, brasileiro, americano, espanhol, porque Ele é o Senhor de todos. Nós invocamos o nome do Senhor e desfrutamos as riquezas de Deus pela fé, que é “a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem” (Hb 11:1). A fé está relacionada à dimensão espiritual; e o homem encontra dificuldade em aceitar as coisas espirituais, pois, desde seu nascimento, percebe o mundo que o cerca por meio de seu corpo terreno. Para captar as coisas do mundo físico, temos cinco sentidos: visão, olfato, paladar, audição e tato. Essa captação vai para o sistema nervoso central e para nosso cérebro, que está interligado com a alma. O modo como os sentidos do corpo se interligam para alimentar a alma é um mistério. Sabemos que a mente é responsável por processar as captações dos sentidos. Então, a mente pensa e analisa; a emoção verifica o que lhe agrada; e a vontade delibera, toma decisões, aceita ou não. Desde o nascimento, nossa percepção de mundo é a partir do mundo físico, material. Até os sentidos psicológicos são gerados a partir da captação das coisas do mundo material. Vivemos limitados ao tempo e ao espaço, ao mundo físico e à esfera das coisas psicológicas. Contudo, ao crer, temos acesso às coisas invisíveis e espirituais da esfera de Deus. *Pergunta:* O que o homem deve fazer para se reconectar com Deus? *Meu ponto-chave:*

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 3 – SEGUNDA-FEIRA* *SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA *A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA – PEDRO DONG* *Leitura bíblica:* Rm 10:17; 1 Co 13:13 *Ler com oração:* Recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo (1 Ts 1:3). ............................................. *A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA* O tema desta semana, baseado em 1 Tessalonicenses 5:1-11, é “A perseverança da esperança”. Esse assunto, abordado em 1 e 2 Tessalonicenses, está diretamente relacionado com a vinda do Senhor. A esperança é o que nos motiva a perseverar diante das dificuldades, dos sofrimentos e das lutas. No viver da igreja, devemos perseverar na busca pelo amadurecimento espiritual com o objetivo de avançar nas etapas da filiação, passando de filhos-crianças para filhos-crescidos, até nos tornar filhos-herdeiros, que é o estágio final, quando, então, seremos inseridos plenamente na glória do Pai. Para completar esse processo, precisamos desenvolver nossa fé e ser encabeçados por Cristo, permitindo que Ele habite em nosso coração e governe nossa mente, emoção e vontade. Além disso, devemos ter a consciência pura diante de Deus. Assim iremos agradar-Lhe, fazendo Sua vontade com labor de amor, pregando o evangelho do reino e apascentando as pessoas para que se tornem parte do filho varão, o qual lutará no exército de Cristo na batalha final. Podemos ver neste versículo a estrutura da vida cristã: “Recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 1:3). O viver da igreja baseia-se na obra de fé, no labor de amor e na perseverança da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo. A palavra “abnegação” tem um significado muito profundo, que envolve um intenso trabalho com fadigas e aborrecimentos. Todo trabalho realizado na igreja, na obra de Deus, requer muito labor com fadiga e muitos aborrecimentos. Por isso precisamos de perseverança, assim como uma mãe que persevera em cuidar dos filhos sem recompensa salarial nem gratificações ou férias. Apesar das fadigas e dos aborrecimentos, os pais perseveram na esperança de ver o filho crescer e se tornar útil na sociedade e, principalmente, no serviço ao Senhor. O resultado do labor de amor permanecerá para todo o sempre: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor” (1 Co 13:13). Tudo o mais passará, mas o fruto do labor de amor, gerado pela vida e pela justiça de Deus, permanecerá por toda a eternidade. Por meio da fé e do amor, alcançamos a perseverança da esperança. Graças a Deus, Ele nos concedeu a fé. No jardim do Éden, o pecado entrou no homem quando a serpente, com sua sutileza, enganou Eva, que, juntamente com seu marido, comeu do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, desobedecendo à ordem de Deus. Aconteceu aí uma grande tragédia: o homem desconectou-se de Deus. No âmbito da criação, o homem estava ligado a Deus, sendo que Este tinha a intenção de que aquele comesse da árvore da vida e, assim, estivesse para sempre conectado a Si por meio do espírito. Entretanto o homem transgrediu escolhendo conectar-se à serpente; com isso, o pecado entrou no mundo, e todos pecaram. O homem ficou totalmente sob o controle de Satanás, o inimigo de Deus, e o mundo tornou-se um caos, cheio de corrupção, maldade, violência e toda sorte de pecado. Sem a conexão com Deus, vivemos cada vez mais perdidos no mundo. Contudo nosso Deus não desistiu de Seu propósito. Ele enviou Seu próprio Filho, que se revestiu da natureza humana, tornando-se homem, a nossa semelhança, e viveu na terra. Ele passou por todas as tentações humanas, por isso compreende nossas fraquezas, e foi obediente até à morte, e morte de cruz. Essa morte nos concedeu eterna redenção. Graças a essa redenção, Deus nos justificou, perdoando nossos pecados. Por meio da fé, nos reconectamos com Deus e tomamos posse de tudo o que o Senhor realizou por nós. A fé é Cristo, o Filho de Deus, como o conteúdo da economia de Deus. A fé existe no universo, quer o ser humano creia ou não. Essa é a fé objetiva. Mas precisamos entender como Cristo se torna nossa fé subjetiva. A ilustração da página seguinte mostra como a fé objetiva se torna nossa fé subjetiva. A fé vem pela palavra de Deus, conforme lemos: “A fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Rm 10:17). A melhor tradução para o termo “pregação” é “ouvir”. A fé vem por ouvir a palavra de Cristo. Na ilustração, o Filho de Deus, que é a própria Palavra, é o veículo que nos traz a fé, e nela estão presentes a vida e a natureza de Deus. Quando o Filho nos alcança, o caminhão carregado de fé vem até nós. Graças ao Senhor, um dia recebemos o evangelho, a palavra da fé. E qual foi a parte do corpo que primeiramente recebeu essa palavra? O ouvido. É por isso que a fé vem pelo ouvir. Precisamos aceitar a palavra por meio do sentido da audição. Então, podemos ouvir e receber a palavra, ou rejeitá-la. Graças ao Senhor, um dia recebemos essa palavra pelo ouvir; e a fé objetiva, que é Cristo, fez morada em nós e se tornou nossa fé subjetiva, fazendo-nos participantes da filiação. *Pergunta:* Como a fé objetiva se torna nossa fé subjetiva? *Meu ponto-chave:* *Leitura de apoio:* “A palavra e a oração na vida cristã” – cap. 3 – Dong Yu Lan.

domingo, 24 de janeiro de 2021

CRIAR REDES DE CUIDADO

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 2 – DOMINGO* *SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA *A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA – PEDRO DONG* *Leitura bíblica:* Ef 3:14-19 *Ler com oração:* Assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade (Ef 3:17-18). ............................................. *CRIAR REDES DE CUIDADO* Muitas pessoas ainda vivem sem ter uma experiência com Deus. Por estar alheias a Jesus, elas nem sequer têm acesso à Bíblia ou à palavra profética. E, quando são atingidas por situações como a atual pandemia, ficam sem chão. Nesse cenário existe a colportagem dinâmica, por meio da qual diversas pessoas são abordadas nas ruas com a pergunta “Posso orar por você?”; e assim são semeados quase nove mil livros por dia, cujo conteúdo é o evangelho do reino. É a palavra que leva a fé às pessoas, e, pela oração, abre-se o coração humano. As mensagens difundidas pelo Instituto Vida Para Todos – IVPT – compartilham a palavra profética e o ensinamento saudável de acordo com a Bíblia. As pessoas são atraídas por essa palavra, que lhes tem despertado o desejo de participar do viver da igreja junto conosco. Essa igreja, no final dos tempos, é a igreja em Filadélfia, descrita em Apocalipse. Apesar de não sermos grandes em número, vivemos a realidade do reino dos céus. O Centro de Aperfeiçoamento para a Propagação do Evangelho – CEAPE, atualmente, tem formado líderes. Muitos, ao ouvir o relato daqueles que passaram pelo CEAPE, manifestam o desejo de participar desse aperfeiçoamento. Além disso, os colportores que são formados têm feito uma revolução no mundo por meio da pregação do evangelho do reino. O Senhor tem ganhado muitos jovens por meio do “Avança, Jovem!”. Esse projeto iniciou-se com um pequeno grupo de jovens fiéis à palavra profética. Com a bênção do Senhor, o projeto se espalhou por todo o Brasil, ganhando um exército de jovens santos para trazer o Senhor de volta. Outra ferramenta é o BooKafé, um ambiente agradável para orar com as pessoas e cuidar delas, onde também são realizadas reuniões de irmãs e irmãos. Mas não devemos ficar restritos ao ambiente do BooKafé, também podemos visitar as pessoas em seus lares ou convidá-las para uma reunião de grupo familiar. Assim, elas perceberão que há uma estrutura para cuidar delas, dando-lhes segurança. Cada igreja precisa ter essa rede de cuidado, uma estrutura orgânica para apascentar com responsabilidade. Por sua vez, a Editora Árvore da Vida tem produzido livros como “Fundamentos da Fé Cristã”, que apresenta a palavra fundamental, e “Fundamentos da Liderança Cristã”, para a liderança, atendendo a diversas demandas. Há livros específicos para mulheres, crianças e adolescentes. Essa estrutura orgânica tem produzido uma rede de cuidado para manter as pessoas em nosso meio. O Expolivro também nos trouxe muita alegria. Visitamos diversas cidades, onde fomos recebidos por várias autoridades. Nossa oração é para que o Senhor ponha fim à pandemia a fim de que o Expolivro volte a atuar nas cidades. Nosso canal oficial de comunicação, o Instituto Vida Para Todos, fundado no final de 2014, revelou-se um instrumento crucial para o momento presente. E, graças ao Senhor, temos a igreja, com todas as suas facetas, desde as reuniões ministeriais, a mesa do Senhor, os grupos familiares e de apascentamento etc. Nesse ambiente de amor e dedicação, todos podem receber cuidados específicos. É importante mencionar que algumas pessoas têm entrado em contato com o IVPT e temos direcionado cada uma delas à igreja da cidade onde moram. Com labor de amor, desejamos encher da vida de Deus essas pessoas. Não estamos pensando em nós mesmos, mas sacrificando-nos em favor das pessoas para que o Senhor volte logo. Há também exemplos de novas iniciativas. Algumas igrejas têm praticado a chamada “casa de oração”, conquistando para Deus muitas pessoas. Em certas localidades, as irmãs iniciaram um projeto denominado “Unidas e Conectadas”, em que são realizadas leituras de livros. Elas começaram com poucas irmãs e, hoje, já somam mais de 240 mulheres. E ainda há o projeto “Conectadas e conduzidas à glória”, em que uma condutora cuida de seis mulheres, com acréscimo constante de novas participantes. Amados irmãos, vamos estruturar redes de cuidado para ganhar pessoas com o intuito de aperfeiçoá-las. Ao final, teremos uma igreja cheia de amor, e esse amor permanecerá por toda a eternidade. Sentimos que a volta do Senhor está próxima, por isso precisamos trabalhar para o encerramento desta era. Que o Senhor fortaleça nosso homem interior e que Cristo habite em nosso coração, levando-nos a crescer com todos os santos em uma esfera de amor até a plenitude. Que Deus abençoe Sua igreja. Amém! *Pergunta:* O que você tem feito para apressar a volta do Senhor? *Meu ponto-chave:*

sábado, 23 de janeiro de 2021

COMO PRATICAR O AMOR ÁGAPE

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 2 – SÁBADO* *SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA *A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA – PEDRO DONG* *Leitura bíblica:* 1 Co 13:1-13 *Ler com oração:* Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor (1 Co 13:13). ............................................. *COMO PRATICAR O AMOR AGAPE* Na epístola aos coríntios, podemos ver mais a respeito do amor-doação, do amor-sacrifício. Em 1 Coríntios são apresentados diferentes dons. Todavia, se o dom não produzir amor, para nada serve (13:1-3). Se o dom de curar não gerar amor, se o dom de profetizar não visar à economia de Deus, cuja essência é o amor, para nada servirão. Ainda que conheçamos todos os mistérios e tenhamos o dom de misericórdia, se isso não produzir o amor agape, de nada valerá .O capítulo 13 de 1 Coríntios nos revela as características excelentes do amor agape. Ele é paciente, benigno e não arde em ciúmes, portanto, não é ciumento; também não se ensoberbece, ou seja, não se vangloria. O amor não se conduz inconvenientemente e não procura seus interesses, quer dizer, não fica bravo, nem se exaspera. Esse ponto é mais característico do homem, que costuma ficar zangado com mais facilidade, já a mulher tem a tendência de se ressentir. O amor é reto em seu caminhar, razão pela qual não se alegra com a injustiça mas se regozija com a verdade. Esse amor agape tudo sofre, e aqui podemos entender como tudo suporta, tudo aguenta; além disso, o amor é como uma cobertura, ele cobre o outro. Veja bem, o amor tudo crê, tudo espera, tudo suporta e jamais acaba, pois o amor de Deus não tem fim, é inesgotável (vs. 4-8). No tocante às profecias, elas um dia desaparecerão. Hoje precisamos da palavra profética para nos dar direção e guiar nossos passos. Essa palavra nos alimenta, nos fortalece. No entanto, quando formos totalmente enchidos do amor, não haverá mais necessidade de profecias nem da palavra profética. Igualmente, as línguas cessarão e a ciência, que é o conhecimento, passará. Atualmente, em parte conhecemos e em parte profetizamos. Isso explica por que não conseguimos falar a respeito do todo. Somente quando estivermos com o Senhor, entenderemos o todo. Lemos ainda: “Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado” (1 Co 13:10). Afinal, o que é perfeito? Somente o amor é perfeito; é o único item que não acaba. A palavra “perfeito” quer dizer completo; a obra está completa, e não há mais nada a ser feito. É incrível imaginar que é para tal perfeição que Deus nos está conduzindo. Naquele dia, admirados, iremos compreender o todo, mergulhados no amor de Deus. Não precisaremos de conhecimento nem de profecias, pois nossa mente estará aberta a Deus para que Ele nos dê Seu entendimento. Imagine se o ar que nos cerca fosse o amor. É assim que estaremos, imersos e mergulhados no amor. Portanto deixemos para trás as “meninices” (1 Co 13:11). O versículo seguinte afirma que hoje vemos como por espelho, obscuramente. Antigamente, os espelhos eram feitos de bronze polido, os vidros eram opacos. Desse modo, a imagem refletida era imperfeita, obscura. Concluindo esse capítulo, lemos: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor” (v. 13). A fé conecta-nos com Deus para produzir o amor. A esperança é para gerar em nós perseverança até a vinda do Senhor; ela não nos deixa desistir. No entanto o que permanece é o amor. Amados irmãos, o labor de amor produzirá frutos para o Senhor. Hoje temos ferramentas que levam a palavra de Deus repleta de fé até o coração das pessoas: o Instituto Vida para Todos – IVPT, o Centro de Aperfeiçoamento para a Propagação do Evangelho – CEAPE, a colportagem, o Jornal Árvore da Vida – JAV, a colportagem dinâmica, o projeto 288, a Editora Árvore da Vida, o Expolivro e o Projeto “Avança, Jovem!”. Esse conjunto de ferramentas compõe um “caminhão” (conforme ilustração abaixo) carregado de palavra, a fim de transportar a fé para todos. Esses itens que o Senhor nos deu são para levar a fé, a esperança e o amor às pessoas, num processo a ser mantido até que todos cheguemos à plenitude do amor para a glória de Deus. *Pergunta:* Temos a fé, a esperança e o amor. Por que o amor é o maior dos três? *Meu ponto-chave:*

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

SER ENCHIDOS DA PLENITUDE DE CRISTO

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 2 – SEXTA-FEIRA* *SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA *A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA – PEDRO DONG* *Leitura bíblica:* Ef 1:23; 3:17-19 *Ler com oração:* E, assim, entender o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que sejais preenchidos de toda a plenitude de Deus (Ef 3:19 KJA). ............................................. *SER ENCHIDOS DA PLENITUDE DE CRISTO* Até aqui, vimos que Deus se conecta ao homem para fortalecê-lo interiormente, que Cristo quer habitar em nosso coração e que, pelo exercício da fé, estamos firmados com raízes alicerçadas em amor. Mas tudo isso tem um propósito, conforme vemos em Efésios: “A fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade” (3:18). O propósito, portanto, é nos levar a compreender as dimensões de Cristo. Obter o comprimento de um terreno é possível, mas não temos como medir a largura, o comprimento, a altura e a profundidade de Cristo, pois Suas dimensões são imensuráveis. Ele é Aquele que a tudo enche em todas as coisas (Ef 1:23). O universo criado por Deus, no princípio, estava plenamente enchido por Cristo. Onde não há Cristo, há algum problema. Não pode existir vácuo de poder, ou seja, um local em que não se sabe quem governa ou domina, como se fosse terra de ninguém. Graças a Deus, Cristo tem o poder de encher todas as coisas, em qualquer dimensão, visível ou não. E aonde Cristo chegar, chega o amor. Por isso o trecho de Efésios esclarece: “E conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus” (3:19). Cristo é imensurável, não conseguimos encontrar o fim; Ele enche todas as coisas com Seu amor, que também é imensurável e excede todo entendimento. E, juntamente com todos os santos, experimentamos as riquezas de Deus e de Sua glória. Ele está nos enchendo de amor, dia a dia, até que sejamos preenchidos de Sua plenitude. Na versão King James Atualizada, esse versículo está traduzido da seguinte forma: “E, assim, entender o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que sejais preenchidos de toda a plenitude de Deus”. Esse é o objetivo de Deus: encher-nos plenamente de Seu amor. Somente desse modo compreenderemos as dimensões de Cristo. A vida de Deus encherá nosso espírito e nossa alma, e nosso corpo mortal será glorificado; então, estaremos plenamente enchidos de Cristo e de Seu amor. O labor de amor não é meramente comportamental; não basta dizer: “Daqui para frente eu vou amar os irmãos, vou tratá-los bem”. O amor de Cristo é proporcional ao quanto permitimos que Deus nos encha de Sua vida. Na ilustração abaixo, vemos todo o ser tripartido do homem (espírito, alma e corpo) tomado da plenitude do amor de Deus. Deus nos salvou, e agora estamos conectados com Ele em nosso espírito. O Pai, então, possui um canal para se comunicar conosco e fortalecer nosso homem interior a fim de vencermos o homem natural, que ainda é muito forte. Em seguida, Cristo vem morar em nosso coração, expandindo esse processo de salvação para a alma. Ele quer se sentir à vontade nos “quartos” da nossa alma (mente, emoção e vontade). É por meio desse caminho que nós, juntamente com todos os santos, entenderemos qual é a dimensão de Cristo. Como Cristo é imensurável, assim é Seu amor. Essa verdade não é para ser compreendida, pois excede todo entendimento, mas é para nos encher até a plenitude de Cristo. Amados irmãos, estamos sendo transformados pelo trabalhar de Deus. Aleluia! *Pergunta:* Como podemos ser plenamente enchidos do amor de Cristo? *Meu ponto-chave:*

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

DEUS QUER HABITAR NO CORAÇÃO DO HOMEM

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 2 – QUINTA-FEIRA* *SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA *A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA – PEDRO DONG* *Leitura bíblica:* Ef 3:14-15 *Ler com oração:* Segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor (Ef 3:16-17). ............................................. *DEUS QUER HABITAR NO CORAÇÃO DO HOMEM* O que vimos anteriormente nos ajuda a compreender o trabalhar do Senhor. Tudo isso é muito profundo. Que Deus nos conceda espírito de sabedoria e de revelação para entender Seus mistérios. Em Efésios, lemos: “Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra” (3:14-15). Nessa passagem, vemos Deus como o Pai de toda família. Não se trata unicamente da família da fé. Pelo fato de Deus ser o Criador, essa família envolve toda a Sua criação. Devemos a Deus reverência e nos colocamos de joelhos em obediência ao Pai, reconhecendo ser Ele a origem de tudo o que há nos céus e sobre a terra. Deus é o Pai da família dos anjos, de toda a raça humana, de Israel, da família da fé, da igreja, da nova criação. Por ser a fonte de tudo, Ele é o Pai de todos. Ao crer em Jesus, conectamo-nos com Deus e recebemos Seu Espírito para ser fortalecidos interiormente. Essa é a mensagem contida em Efésios: “Para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior” (3:16). O Pai precisa fortalecer-nos com poder; Ele é o Deus de todo o poder. Fomos regenerados ao crer no Filho e experimentamos, no espírito, um novo nascimento, tornando-nos filhos de Deus. Hoje, temos o Espírito de Deus, que é o Espírito, o Espírito da realidade, o outro Consolador, o Espírito Santo, em nosso espírito. É por meio desse Espírito que Deus nos fortalece. Daí a importância de exercitar nosso espírito. Após crermos, Cristo deseja habitar em nosso coração (Ef 3:17). Antes de adentrar nesse ponto, falaremos sobre o espírito, a alma e o coração. O espírito compõe-se de três partes (ou funções): comunhão, intuição e consciência. A comunhão nos conecta com Deus; ela representa um canal de comunicação. Quando esse canal é estabelecido, Deus fala conosco por meio da intuição. A consciência, por sua vez, tem o papel de conectar o espírito com a alma. O que ouvimos de Deus, por meio da comunhão e da intuição, é transmitido à alma pela consciência, que se liga diretamente à mente. Já as partes (ou funções) da alma são a mente, a emoção e a vontade. Então, a união da alma com a consciência forma o coração. As imagens abaixo trazem, com clareza, uma explicação a respeito disso. Embora o ato de crer conecte nosso espírito a Deus, o problema está na alma, que continua solta e rebelde. Por essa razão, Deus deseja tomar para Si o coração do homem, pois é no coração que ocorre a comunhão entre o espírito e a alma. Essas duas partes são conectadas pela consciência, que é a parte líder do coração. À vista disso, Deus almeja estabelecer morada no coração humano, conforme lemos em Efésios: “Habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor” (3:17). Por melhor que seja a hospedagem em um hotel, não nos sentimos totalmente à vontade, porque não é nossa casa; somos apenas hóspedes. Em contrapartida, nosso lar pode não ter tanto conforto como um hotel, porém é nossa casa, é onde nos sentimos bem. O Senhor quer entrar em nosso coração e nele fazer morada. Ele quer sentir-se à vontade não apenas em nosso espírito, mas também em nosso coração. Com Cristo habitando em nosso coração, tomamos posse da realidade de estar arraigados e alicerçados em amor. Nossos olhos naturais não conseguem enxergar, porém temos em nós a fé, a substantificação das coisas invisíveis de Deus. Se usarmos a fé, estaremos com a raiz alicerçada em amor, que é o fundamento eterno de tudo. A próxima imagem ilustra o resumo desse processo. Deus, após conectar-se com nosso espírito, deseja fortalecer nosso homem interior. Esse homem interior refere-se ao espírito conectado a Deus e às três partes da alma totalmente obedientes ao espírito. Nosso homem natural é muito forte, mas Deus deseja conquistar-nos, fortalecendo nosso homem interior. Assim, Cristo se sentirá à vontade para habitar em nosso coração e completar Sua obra em nosso ser. *Pergunta:* Quais são as partes que compõem o coração do homem? *Meu ponto-chave:*

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

RECEBER LUZ PARA CONECTAR-SE COM DEUS E COM OS IRMÃOS EM AMOR

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 2 – QUARTA-FEIRA* *SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA *A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA – PEDRO DONG* *Leitura bíblica:* Lv 19:18; Jo 13:34-35; Gl 5:22-25; 1 Jo 1; 2:1-11; 3:23; 4:7-8 *Ler com oração:* Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço (1 Jo 2:10). ............................................. *RECEBER LUZ PARA CONECTAR-SE COM DEUS* *E COM OS IRMÃOS EM AMOR* Nossa conversão é só o começo de nossa história com o Senhor. Assim que nos convertemos, passamos a ser supridos pela raiz santa a fim de manifestar Deus em nosso viver. As pessoas precisam ver o amor em nós. Não podemos ter a aparência de uma figueira repleta de folhas, mas sem frutos. Almejamos dar frutos de amor e rogamos ao Senhor que nos abençoe dia a dia para alcançarmos esse objetivo. Sabemos que o amor é fruto do Espírito (Gl 5:22). O amor é a base dos demais itens: alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio, que não são apenas boas ações, mas a manifestação do amor agape. Do Antigo Testamento ao Novo (Lv 19:18; Jo 13:34-35), o mandamento de amar ao próximo está presente, pois, se tivermos amor, teremos tudo. João, o apóstolo, logo no início de sua primeira epístola, afirma que a vida eterna, que estava com o Pai, foi manifestada no Filho (1 Jo 1:1-2), e também diz: “O que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo” (v. 3). É muito interessante que primeiramente os apóstolos se conectam a Deus e ao Filho, para que depois, por intermédio deles, os irmãos da igreja também se conectem ao Pai e ao Filho. Podemos perceber, por exemplo, os tessalonicenses conectando-se com o Pai e com o Filho por intermédio da pregação dos apóstolos. A conexão com Cristo e com Deus, de natureza vertical, precisa de uma conexão horizontal, com os irmãos. Os apóstolos conectaram os tessalonicenses verticalmente com Deus, e como consequência, conectaram-se horizontalmente com eles. Continuando, vemos que Deus é luz, e não há Nele treva nenhuma (1 Jo 1:5). O amor de Deus nos leva a ter comunhão com os irmãos. Todavia as conexões horizontal e vertical somente são estabelecidas se não houver pecado ou outro obstáculo. A falta de luz indica a existência de pecado em nosso viver, prejudicando nossa comunhão com Deus e com os irmãos. É mediante o andar na luz que estabelecemos a comunhão horizontal com os irmãos (1 Jo 1:6-7). Quando experimentamos a luz do Senhor, é-nos aberto um caminho para receber o Deus que é amor. Dessa forma, em primeiro lugar devemos limpar-nos de todo pecado para realmente amar a Deus e estar conectados com Seu amor. Essa base nos permitirá estabelecer uma conexão com os irmãos. Tudo isso é muito prático, portanto não adianta falar a respeito do amor se, em nossos relacionamentos, os canais estiverem entupidos. Precisamos viver na luz. No trecho de 1 João, está evidente a importância da confissão dos pecados (1 Jo 1:8-10). Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Talvez achemos o viver da igreja difícil e que não temos as qualificações necessárias. Isso acontece quando nos comparamos com os irmãos e nos achamos fracos. Mas aqui vemos que não precisamos ser uma pessoa muito forte. A solução é simples, basta confessar os pecados, e o Senhor nos perdoará. Certamente, isso não é um incentivo para pecar. Todavia, se alguém for vencido pelo pecado, temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo, O qual é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro (2:1-2). Na leitura de 1 João, não há dúvidas quanto ao mandamento a que ele se refere. O mandamento é justamente o de amar o próximo e se refere ao amor de Deus (2:3). Os versículos seguintes são uma sequência lógica de quais passos precisamos trilhar para guardar esse mandamento (4-11). Antes de tudo, é necessário receber luz para limpar todas as impurezas existentes no canal de conexão com Deus e com os irmãos. Uma vez limpo o canal, o amor flui pela vida de Deus e dá muito fruto. Amado leitor, creiamos no nome de Jesus e amemos uns aos outros (1 Jo 3:23). O amor procede de Deus, e todo aquele que ama, é nascido de Deus e conhece a Deus, pois Deus é amor (4:7-8). *Pergunta:* Há barreiras entre você e Deus? E entre você e os irmãos? Reserve alguns minutos para orar sobre isso e receber luz do Senhor, permitindo que o amor flua de você. *Meu ponto-chave:*

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

CONECTADOS COM A RAIZ SANTA

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 2 – TERÇA-FEIRA* *SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA *A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA – PEDRO DONG* *Leitura bíblica:* Jo 13:34-35; 15:1-17; Rm 11:16-17 *Ler com oração:* Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. [...] Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor (Jo 15:4, 9). ............................................. *CONECTADOS COM A RAIZ SANTA* Ainda no capítulo 13 de João, há um novo mandamento apresentado por Jesus: que nos amemos uns aos outros. É por meio do amor que seremos reconhecidos como discípulos do Senhor (vs. 34-35). E esse amor é o agape, o amor de Deus, o amor-sacrifício, o amor-doação. Suas características são sacrifício e doação. Ao crer no Senhor, nossa fé, que está em nosso espírito, conectou-nos a Deus. Uma planta está conectada à raiz e dela recebe suprimento. De modo semelhante, a fé conectou-nos a Cristo para suprir-nos da vida e da natureza de Deus. O povo de Israel teve sua origem nas “santas primícias da massa”, que eram os patriarcas, por exemplo, Abraão, que foi escolhido por Deus em razão de sua fé, conforme vemos em Romanos 11. Mas os judeus, mais tarde, desprezaram e rejeitaram Jesus, e Deus retirou esses ramos naturais da raiz santa e nela implantou os gentios. É por isso que cada um de nós foi enxertado nessa raiz (vs. 16-17). Ao sermos conectados a Cristo, uma nova história tem início em nosso viver, pois passamos a desfrutar da seiva divina proveniente da raiz santa. Em João 15, Jesus revela-se como a videira verdadeira, e nós fomos conectados a essa videira para dar fruto (vs. 1-2). O versículo seguinte diz que nós, os ramos, somos limpos pela palavra (v. 3). Portanto a palavra nos conecta a Deus e nos limpa para produzirmos mais frutos. Aleluia! O texto de João reforça a importância de permanecermos conectados à videira para frutificar (15:4). No passado, ouvimos que fruto, aqui, se refere aos frutos do evangelho, às pessoas que ganhamos para Cristo. Na realidade, o fruto também é o amor, que é resultado de recebermos a seiva da natureza santa de Deus. Esse amor preenche nossa alma e nos faz manifestar Deus aos homens. Nós, os ramos, devemos estar conectados à videira para dar frutos, pois, sem o Senhor, nada podemos fazer (Jo 15:5). Essa conexão está diretamente ligada à Palavra, como registrado no versículo 7. Por consequência, ao ler a Bíblia e ouvir as mensagens e o compartilhar dos irmãos, mantemo-nos conectados à videira. É maravilhoso saber que o Pai é glorificado ao darmos fruto (Jo 15:8), e que esse fruto é o amor, no qual devemos permanecer (v. 9). Quando a vida de Deus nos enche, manifesta-se como amor, o amor agape. Que mistério surpreendente! Deus nos enche com Sua vida, e o amor é manifestado em nós. Quanto mais vida divina recebermos, mais amor teremos (v. 10). Nosso gozo e alegria é apresentar frutos de amor (v. 11). Amor é doação. Quanto mais você se doa, mais feliz você é. A verdadeira felicidade é amar com o amor agape, o qual é sacrifício e doação. Não espere receber algo. Procure doar-se, e você verá a verdadeira alegria chegar à sua vida. Amar o próximo como Cristo nos amou somente é possível com o amor agape (Jo 15:12). Diante de tantas revelações, o Senhor nos tem chamado de amigos, pois tudo o que ouviu do Pai Ele nos transmitiu (vs. 13-15). De igual modo, estamos transmitindo o que o Senhor nos tem revelado. Uma árvore é identificada por seus frutos. Somente quando frutifica é que podemos conhecer que tipo de árvore ela é. Assim também ocorre conosco: “Não há árvore boa que dê mau fruto; nem tampouco árvore má que dê bom fruto. Porquanto cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto. Porque não se colhem figos de espinheiros, nem dos abrolhos se vindimam uvas” (Lc 6:43-44). Amados irmãos, não esperem colher amor se não for da Videira verdadeira e da boa Oliveira. Conforme vimos em João 15, frutificar é amar, e é o amor agape que nos conduz a pregar o evangelho, cuidar dos irmãos (vs. 16-17), edificar a igreja e renunciar ao próprio prazer. *Pergunta:* À luz dessa mensagem, qual é o fruto que Deus deseja colher em nós? Que novas atitudes você pode ter para frutificar mais? Escreva três novas ações e pratique. *Meu ponto-chave:*

domingo, 17 de janeiro de 2021

SUBIR DE NÍVEL NA PRÁTICA DO AMOR ÁGAPE

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 1 – DOMINGO (páginas 22, 23 e 24)* *SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA *A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA – PEDRO DONG* *Mensagem:* O LABOR DE AMOR (1) – 1 TS 4:9-12 *Ministrada por Pedro Dong* *Leitura bíblica:* Is 53:1-12; Jo 13:1; Rm 5:7-10 *Ler com oração:* Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos (1 Jo 3:16). ............................................. *SUBIR DE NÍVEL NA PRÁTICA DO AMOR AGAPE* O amor agape, o amor de Deus pelos homens, se dispõe ao sacrifício, é algo que nos impressiona: “Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” (Rm 5:7-10). Ao menor sinal de dificuldade, podemos desanimar e desistir das pessoas de quem cuidamos ou das que estão próximas de nós, mas com o Senhor não foi assim: “Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim” (Jo 13:1). É o amor de Cristo, que ama “até o fim”, que precisamos ter uns pelos outros. Não vamos desistir das pessoas, não vamos deixar ninguém pelo caminho. O amor de Cristo já está em nós e nos levará a amar uns aos outros até o fim! Em Hebreus lemos que o Senhor realizou eterna redenção pelo Seu sacrifício de amor na cruz. Quando nos conectamos com Cristo pela fé, é esse amor que recebemos para dentro de nós. O Senhor não nos deixa pelo caminho, nem jamais nos abandonará, pois a redenção que Ele obteve para nós foi eterna: “Não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção. [...] Muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!” (Hb 9:12, 14). Isso é simplesmente maravilhoso! Louvado seja o Senhor! Este texto de Isaías é ainda mais impressionante e encorajador: “Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR? Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. [Não fizemos caso do filho de Deus que veio morrer por nós!] Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados [depois da queda do homem no jardim do Éden, nos desconectamos do Senhor] como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido [Ele foi cortado da terra dos viventes por nossa causa]. Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca. Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do Senhorprosperará nas suas mãos. Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si. Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu” (Is 53:1-12). Querido leitor, essa é a mais excelente descrição do amor agape! O amor agape é o amor-doação, o amor-sacrifício de Alguém que se doou por nós. Deus se doou por nós e sacrificou Seu Filho a nosso favor. Deus nos amou de tal maneira! Por que não podemos dedicar também o mesmo amor agape, que já está em nós, a nossos irmãos? Nestes tempos finais, Deus precisa que subamos de nível também em relação ao amor. Não basta o amor que temos praticado até hoje. Que o Senhor aumente o nível do amor-sacrifício em nosso viver! Louvado seja Deus! *Pergunta:* De que maneira você pode exercitar o amor-sacrifício em sua vida diária e no viver da igreja? *Meu ponto-chave:*

sábado, 16 de janeiro de 2021

AMOR DOAÇÃO E SACRIFÍCIO

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 1 – SÁBADO (páginas 20 e 21)* *SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA *A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA – PEDRO DONG* *Mensagem:* O LABOR DE AMOR (1) – 1 TS 4:9-12 *Ministrada por Pedro Dong* *Leitura bíblica:* Gn 22:2, 7-8, 12; Jo 1:29; 3:16; 17:21-22; 1 Jo 3:16; 4:8-11, 16; Ap 22:1-2 *Ler com oração:* Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados (1 Jo 4:10). ............................................. *AMOR: DOAÇÃO E SACRIFÍCIO* Por meio da fé, quando confessamos que Jesus é o Senhor, nós nos conectamos a Deus e ficamos sob Seu senhorio, sob Sua autoridade. Mas essa autoridade sobre nós é para nos suprir com a vida e a natureza de Deus. Apocalipse nos apresenta a figura da nova Jerusalém em forma de um cubo tridimensional. O trono de Deus e do Cordeiro está no topo dessa cidade, e do trono desce o rio da água da vida. Dos dois lados do rio está a árvore da vida, que visa suprir todo o povo de vida (Ap 22:1-2). Quando nos conectamos, pela fé, ao trono de Deus, ficamos sob a autoridade do Senhor, o que indica que, a partir de então, Deus nos supre com Sua vida e natureza e, quando necessário, também nos corrige, disciplina e repreende. É por meio desse processo de conexão que passamos a ter acesso à vida e à natureza de Deus. A essência da vida divina é o amor (1 Jo 4:8)! Dia a dia, ao nos conectarmos, pela fé, com o Senhor, recebemos mais de Sua vida, isto é, mais amor (v. 16). O amor é a natureza e a substância de Deus. Portanto, quando lemos que Deus quer inserir-nos em Sua glória (Jo 17:21-22), isso é o mesmo que dizer que Ele quer colocar-nos dentro de Seu amor. Já imaginou que experiência maravilhosa? Nosso futuro é ser colocados dentro da glória de Deus para viver envolvidos por esse amor. Seria como encher uma piscina de amor e pular nela. Assim estaremos imersos no amor de Deus. Vejamos agora a definição prática de amor: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos” (1 Jo 3:16). Amor é doação! Amor não é receber, amor é dar. Paulo afirmou aos presbíteros de Éfeso que é melhor dar do que receber. Muitos acreditam que, se receberem muito dinheiro, muitos presentes no dia do aniversário, se ganharem na loteria, isso será felicidade. Querido leitor, a felicidade não está em receber! A felicidade está em dar, porque o amor é doação. Deus se doou! Não só nos doou a água que bebemos, o ar que respiramos, o alimento que comemos, o ambiente em que vivemos, o calor do sol, a chuva que rega o solo, como também nos doou a Si mesmo, enviando Seu próprio Filho para Se sacrificar por nós. Leiamos: “Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele” (1 Jo 4:9). “Filho unigênito” significa “Filho único”. Isso nos faz lembrar a experiência de Abraão. Depois de tantas lutas e erros, Deus concedeu a ele e Sara seu único filho, Isaque. Este se tornou o filho da promessa. Mas, depois de crescido, Deus o pediu de volta: “Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei” (Gn 22:2). Deus enfatizou que o sacrifício seria o único filho de Abraão. Mesmo assim, Abraão não retrucou. Cortou a lenha, pegou seu filho junto com dois servos e seguiu caminho de três dias para Moriá. E, quando chegou perto do lugar escolhido por Deus, pediu que seus servos esperassem e seguiu somente com Isaque. Carregando a lenha e vendo nas mãos de seu pai o fogo e o cutelo para sacrificar o animal, Isaque perguntou: “Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” (v. 7b). Abraão respondeu em seguida: “Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto” (v. 8). Quando chegaram, Abraão montou o altar, colocou a lenha e amarrou Isaque sobre ela. E, quando estava pronto para imolar o próprio filho, o anjo do Senhor bradou do céu: “Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho” (Gn 22:12). Por que Deus fez isso? Para mostrar a toda a humanidade que Ele faria o mesmo, sacrificaria Seu único Filho em favor de todos nós (Jo 3:16). Amor não é simplesmente “pagar pizza” para os outros, mas sim sacrifício e doação. Nosso Senhor Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1:29). Como Ele fez isso? Morrendo como sacrifício a Deus para tirar o pecado do mundo. Esse é o amor agape. Enquanto a versão King James Atualizada o chama de “amor sacrificial”, eu prefiro chamar de “amor-sacrifício”. Esse é o modelo de labor de amor que todos devemos seguir (1 Jo 4:11). *Pergunta:* Você ama as pessoas com o amor-sacrifício com que Deus nos amou? *Meu ponto-chave:*

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

TRABALHAR E SE PORTAR COM DIGNIDADE PERANTE OS OUTROS

 *ALIMENTO DIÁRIO* *SEMANA 1 – SEXTA-FEIRA (páginas 17, 18 e 19)* *SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA *A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA – PEDRO DONG* *Mensagem:* O LABOR DE AMOR (1) – 1 TS 4:9-12 *Ministrada por Pedro Dong* *Leitura bíblica:* At 17:4; 1 Ts 4:9-12; 5:14; 2 Ts 3:9 *Ler com oração:* Pois, de fato, estamos informados de que, entre vós, há pessoas que andam desordenadamente, não trabalhando; antes, se intrometem na vida alheia (2 Ts 3:11). ............................................. *TRABALHAR E SE PORTAR COM DIGNIDADE* *PERANTE OS OUTROS* Necessitamos de bons modelos na igreja. Todos nós que almejamos amadurecer na vida cristã e cooperar com a edificação da igreja precisamos preocupar-nos em nos tornar modelo para os outros. Aqueles que são obreiros, ao visitar as igrejas em outras cidades, devem deixar bons exemplos para ser seguidos pelos irmãos (2 Ts 3:9). Quando uma criança nasce, se a primeira mamada dela for errada, fica difícil corrigi-la depois. Da mesma forma ocorre com a igreja. Se sua primeira “mamada” for errada, fica difícil endireitá-la mais tarde. Paulo e Silas entraram em Tessalônica e deixaram um modelo corretíssimo, um exemplo de vida para que aqueles cristãos pudessem seguir. Não vamos ser aqueles que deixam modelos errados por aí, gerando filhos errados. Quem lidera deve preocupar-se em ser modelo no labor de amor, e os que são liderados devem dedicar-se a praticar o que aprenderam. O resultado disso deve ser mais amor entre os irmãos (1 Ts 4:9). Não deixe um modelo errado por onde você passar e não se contente com o nível de experiência que já alcançou. Vamos progredir mais e mais (v. 10). Quando somos imaturos, achamos que amar uns aos outros é praticar boas obras, é sair para tomar um lanche juntos ou comer na casa de algum irmão. Como se o resultado do amor se resumisse a “acabar em pizza”. Tais práticas não estão erradas, mas é necessário saber que o amor produz frutos espirituais para Deus. O amor gera a edificação e o crescimento desse organismo vivo que é a igreja. Vimos que havia na igreja em Tessalônica alguns judeus, uma multidão de gregos e algumas senhoras nobres da cidade (At 17:4). Algumas dessas pessoas eram de alto nível social e certamente possuíam mais dinheiro. Isso pode tornar-se um perigo para alguns obreiros, que ficam atraídos pelo dinheiro dessas pessoas. Mas nós não trabalhamos assim. Se um dia ajudamos os que têm mais posses na igreja a usar bem seu dinheiro para a obra de Deus, não é porque estamos de olho em seu dinheiro, mas para que ele saiba administrar bem aquilo que Deus lhe deu. Não ambicionamos o dinheiro de ninguém, pois o dinheiro ofertado para a obra de Deus pertence ao Senhor. Nunca será usado para uma obra particular. E, quando aperfeiçoamos algum rico no sentido de ofertar, é para que ele desenvolva seu ministério de oferta de riquezas materiais, e não porque precisamos do dinheiro dele. Em Sua obra, Deus é o responsável por conseguir dinheiro, recursos materiais e humanos. Como na igreja em Tessalônica havia irmãos de diferentes seguimentos sociais, isso acabou gerando um comportamento errado entre alguns. Então Paulo precisou corrigir aquele grupo de irmãos que possivelmente estavam se escorando e se aproveitando dos mais ricos. Por isso ele exortou a igreja com as seguintes palavras: “E a diligenciardes por viver tranquilamente, cuidar do que é vosso e trabalhar com as próprias mãos, como vos ordenamos; de modo que vos porteis com dignidade para com os de fora e de nada venhais a precisar” (1 Ts 4:11-12). Esse “viver tranquilamente” significa viver em paz, cuidar do que é seu, não se intrometer na vida dos outros. Na igreja, cada um deve cuidar do que é seu e cada um deve trabalhar com suas próprias mãos. Em outras palavras, não viva às custas de ninguém! Trabalhe! Sempre alerto aos obreiros (muitos deles vivem de ofertas) que não se comportem como aqueles judeus que faziam jejuns e mudavam seu semblante para que todos percebessem sua condição. Um obreiro que vive de ofertas deve portar-se com dignidade. Mesmo que esteja passando por alguma necessidade financeira, ainda assim não deve sair por aí falando para as pessoas. Deus é responsável por seus servos, portanto não precisamos demonstrar sofrimento ou necessidades para os outros. Se você é servo, porte-se com a dignidade que dinheiro nenhum pode comprar. É assim que nos devemos portar com os de fora. Paulo exortou a igreja a que admoestasse os insubmissos (1 Ts 5:14). A palavra grega ataktos foi traduzida para “insubmissos” nesse versículo e também para “desordenadamente” (2 Ts 3:11). Na sociedade grega, havia uma ordem de que todos precisavam trabalhar. Como alguns preguiçosos, que se entregaram ao ócio, não obedeciam a essa regra, Paulo afirma que eles viviam desordenadamente. A versão King James diz que essas pessoas são as que se entregaram à “vagabundagem”. Querido leitor, nenhuma mãe cuida com carinho e alimenta o filho para vê-lo, depois, tornar-se um “vagabundo”. Na igreja, da mesma forma, não podemos viver às custas dos outros. Não podemos viver ociosamente sem trabalhar. Se você é solteiro, não procure irmãs ricas para casar só porque quer viver preguiçosamente. Todos têm de trabalhar! Aprenda a fazer a colportagem dinâmica. Acerte seu coração. Seja aperfeiçoado. Você certamente será abençoado. *Pergunta:* Com base nessas palavras, você tem-se portado com dignidade, seja no trabalho, seja perante a família, seja na igreja? *Meu ponto-chave:*