quarta-feira, 4 de novembro de 2020

A REPERCUSSÃO DA CONVERSÃO

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 3 – QUARTA-FEIRA (páginas 43 e 44)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: UMA VISÃO PANORÂMICA – (1 TS 1:1, 3, 5-10)
Ministrada por Pedro Dong
Leitura bíblica:
At 17:16-30
Ler com oração:
Eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura (1 Ts 1:9-10).

A REPERCUSSÃO DA CONVERSÃO

Para compreender um pouco mais a cultura e a religião dos gregos, relembramos quando Paulo foi para Atenas e, com muito esforço, pregou a respeito de Jesus e Sua ressurreição. Como o assunto gerou grande repercussão, os atenienses conduziram Paulo ao areópago para melhor discutir.
A sociedade da época não aceitava a ideia de haver apenas um Deus, por isso o fato de muitos gregos crerem no evangelho repercutiu em toda a Macedônia. A cultura grega era repleta de imagens de deuses e de deusas, os teatros exibiam histórias da mitologia grega, e a moral era ensinada com os exemplos dos deuses e semideuses. Tudo estava relacionado à religião politeísta. Então, acreditar em um Deus, Jesus Cristo, que morreu e ressuscitou, era muito contrário à cultura e à religião da época.
Os gregos que creram, sofreram grande discriminação e isolamento da sociedade. O testemunho alcançou diversos lugares, pois a decisão deles foi muito forte. Os gregos não aceitavam o governo de um só homem, de um tirano ou imperador, que se fazia de deus. É válido lembrar que, assim como o Faraó do Egito se julgava um deus, o mesmo ocorria com os imperadores romanos. Isso gerou nos gregos aversão ao domínio de tudo por um só homem. Semelhantemente, transportando esse modelo para a área religiosa, os gregos acreditavam que possuir um único Deus, e não deuses, era um perigo. Satanás incutiu na sociedade humana o conceito politeísta, transmitindo a ideia de que ter um só Deus é perigoso porque seria uma espécie de tirania.
Mesmo assim, Paulo, em Atenas, pregou sobre o Deus único, que criou os céus e a terra, afirmando que Nele todos vivemos, nos movemos e existimos; que é Ele que nos dá vida, o ar para nossa respiração e tudo o mais. Embora esse conceito fosse impossível aos gregos, Paulo não deixou de pregá-lo. Como vimos, os apóstolos enfrentaram problemas religiosos, culturais e políticos, porque pregaram um Rei que assumiria todos os reinos deste mundo e estabeleceria Seu reino eterno. Então podemos imaginar como os gregos e o Império Romano reagiram contrariamente à pregação dos apóstolos.
Passado o período clássico da Grécia Antiga, no século IV a.C., Filipe II da Macedônia dominou a Grécia, que tinha em Atenas um importante centro político e cultural. Após sua morte, seu filho Alexandre, o Grande, deu prosseguimento às conquistas e expandiu muito o império macedônico. Em aproximadamente dez anos, ele conquistou toda a região chegando até a Índia.
Alexandre, o Grande, havia estudado em Atenas, numa escola que seguia a filosofia de Aristóteles. Por essa razão, espalhou, com seu império macedônico, a cultura grega, misturando-a com a cultura oriental dos países conquistados. Essa mistura tornou-se o que hoje é chamado de Helenismo, o berço da cultura ocidental. Por meio da expansão macedônica, a cultura e língua gregas espalharam-se por todos os lugares.
Ao estudarmos a história de Israel, percebemos a razão por que legítimos judeus lutam pela pureza da raça judia, repudiando por completo a helenização, pois visam evitar que a crença judaica se misture com a cultura grega. No entanto alguns judeus ensinavam o grego, em detrimento do hebraico, porque naquela época quem não falasse o grego era considerado bárbaro, e ninguém queria ficar marginalizado. Como todos procuravam aprender o grego, houve a hegemonia da língua e da cultura gregas.
Com todo esse contexto, conseguimos entender ainda mais o ambiente que cercava o período de surgimento da igreja em Tessalônica.
Pergunta:

Por que a política e a religião gregas se opunham à pregação da existência de um único Deus?
Meu ponto-chave:

terça-feira, 3 de novembro de 2020

A OPOSIÇÃO DE JUDEUS E GREGOS

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 3 – TERÇA-FEIRA (páginas 41 e 42)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: UMA VISÃO PANORÂMICA – (1 TS 1:1, 3, 5-10)
Ministrada por Pedro Dong
Leitura bíblica:
At 17:6-10; Rm 16:21
Ler com oração:
Com efeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo, de sorte que vos tornastes o modelo para todos os crentes na Macedônia e na Acaia (1 Ts 1:6-7

A OPOSIÇÃO DE JUDEUS E GREGOS

Conforme vimos ontem, alguns judeus, numerosa multidão de gregos piedosos e muitas distintas mulheres passaram a crer em Jesus Cristo. Isso provocou a inveja dos judeus de Tessalônica, como bem relata este versículo: “Os judeus, porém, movidos de inveja, trazendo consigo alguns homens maus dentre a malandragem, ajuntando a turba, alvoroçaram a cidade e, assaltando a casa de Jasom, procuravam trazê-los para o meio do povo” (At 17:5). Os judeus invejosos trouxeram homens maus da malandragem para juntos se opor ao evangelho.
Os judeus queriam prender os apóstolos e levá-los às autoridades, por isso invadiram a casa de Jasom, pois ele os havia hospedado. Jasom é novamente citado como parente de Paulo (Rm 16:21). O termo “parente”, naquele tempo, poderia ser usado para um familiar ou um compatriota, e tanto Paulo como Jasom eram judeus.
Voltando ao episódio ocorrido em Tessalônica, os judeus invejosos, não encontrando os apóstolos, arrastaram Jasom e alguns irmãos perante as autoridades, acusando-os de estar “transtornando o mundo” (At 17:6). O evangelho pregado pelos apóstolos anunciava Cristo como o Filho de Deus, O qual ressuscitou dentre os mortos e voltará para estabelecer Seu reino aqui na terra. Essa pregação era uma novidade e estava transtornando a cultura e a religião da época.
O evangelho que Paulo e Silas pregaram certamente era o evangelho do reino. Sabemos que a queda do homem no jardim do Éden causou sua desconexão de Deus. O evangelho do reino, portanto, não é só para falar sobre o reino de Deus, é também para reconectar as pessoas ao rei Jesus. Isso foi interpretado como uma ameaça política à dominação romana, como lemos: “Todos estes procedem contra os decretos de César, afirmando ser Jesus outro rei” (At 17:7b).
Apesar da grande agitação gerada, Jasom e os demais, após pagar fiança, foram postos em liberdade. Já à noite, os irmãos de Tessalônica aconselharam Paulo e Silas a deixar a cidade, enviando-os para Bereia. Essa saída repentina causou dor no coração de Paulo e de Silas, pois desejavam ter permanecido mais tempo para ajudar a igreja a progredir.
Além da oposição dos judeus, os gregos tampouco se agradavam do evangelho. Os gregos não aprovavam o domínio dos romanos por meio de um único imperador, inclusive a democracia, cuja existência precede a época desse regime de governo, estava em contraposição a esse regime. Como a pregação do evangelho consistia em anunciar um único rei, Jesus, que reinaria sobre todos, os gregos passaram a se opor também.
A religião grega era politeísta, composta por deuses, semideuses, heróis, ninfas e outras figuras da mitologia grega. Sua origem encontra-se no sexto capítulo de Gênesis. Como o homem era o centro (antropocentrismo), cada deus grego tinha uma função, atendendo dessa forma a uma dada necessidade humana. Por isso Paulo escreveu em Colossenses: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria” (3:5). A idolatria é motivada pela avareza do homem, o qual deseja o favor para si, visando ao próprio benefício e enriquecimento. O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males e conduziu o homem a criar uma religião politeísta, para que os diversos deuses atendessem às mais variadas necessidades humanas. Esse era o ambiente da época, muito contrário à existência de um Deus único e verdadeiro.
Assim, tanto os judeus como os gregos que creram em Jesus sofriam grande isolamento religioso e social, enfrentando até dificuldades de conseguir emprego ou realizar negócios. Apesar disso, damos glória a Deus em razão de judeus, gregos piedosos e distintas mulheres terem acolhido as palavras dos apóstolos, dando início à igreja dos tessalonicenses.

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

A IMPORTÂNCIA DA VISÃO PANORÂMICA

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 3 – SEGUNDA-FEIRA (páginas 39 e 40)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: UMA VISÃO PANORÂMICA – (1 TS 1:1, 3, 5-10)
Ministrada por Pedro Dong
Leitura bíblica:
At 15:40; 17:1-9; 20:4; Cl 4:10
Ler com oração:

Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo, graça e paz a vós outros (1 Ts 1:1).

A IMPORTÂNCIA DA VISÃO PANORÂMICA

Nesta semana, vamos “sobrevoar” a Primeira Epístola de Paulo aos Tessalonicenses para obter uma visão panorâmica das circunstâncias vivenciadas pelo apóstolo e seus companheiros. Veremos como a cultura e a religião da época foram um grande obstáculo ao avanço do evangelho, gerando oposição tanto de judeus como de gregos. E foi justamente por haver tantos desafios que a conversão dos tessalonicenses teve tanta repercussão. Deus pôde constituir em Tessalônica um organismo vivo, a igreja, em contraste com a idolatria reinante. Nos três últimos dias desta semana, iremos apresentar catorze itens que formarão um esboço completo dessa carta.
Para melhor compreensão da epístola, apresentaremos um panorama do cenário da época que nos permitirá um aprendizado vivo e dinâmico. Pelo registro bíblico, vemos que Paulo e Silas partiram de Antioquia e viajaram pela Ásia, onde confirmaram as igrejas levantadas na região da Galácia e da Capadócia (At 15:40). Nessa ocasião, Timóteo também se uniu a eles. Depois, atendendo a um chamado macedônio, foram direcionados pelo Espírito para o continente europeu. A primeira cidade em que pregaram o evangelho foi Filipos. Em seguida, Paulo, Silas e Timóteo foram até Tessalônica, cidade de origem grega, dominada pelo Império Romano.
Em Atos 17:1-2, é-nos mostrado que, por três sábados, ou seja, por ao menos três semanas, os apóstolos permaneceram em Tessalônica. Provavelmente a estada deles tenha-se prolongado um pouco mais, contudo a Bíblia não deixa isso claro.
Um segundo aspecto que extraímos da passagem acima é que Paulo, por não ter outro lugar para realizar suas pregações, procurou a sinagoga dos judeus. Nesse lugar se falava das Escrituras, e para ali concorriam os gregos piedosos, isto é, aqueles que buscavam conhecer o Deus único.
O versículo a seguir descreve o conteúdo da pregação de Paulo aos tessalonicenses: “Expondo e demonstrando ter sido necessário que o Cristo padecesse e ressurgisse dentre os mortos; e este, dizia ele, é o Cristo, Jesus, que eu vos anuncio” (At 17:3). Aqui, o apóstolo apresentou uma grande novidade para todos, o tema da ressurreição. E, com certeza, também anunciou a segunda vinda do Senhor Jesus, quando, então, a era atual será encerrada com a introdução de Seu reino eterno. Portanto, ao falar de um novo rei, a atenção do Império Romano poderia ser despertada a fim de evitar qualquer tentativa de revoltas ou movimentos de independência. Pregar sobre um rei que viria no futuro e traria Seu reino era uma questão delicada, um problema político.
Percebemos claramente quais pessoas futuramente comporiam a igreja em Tessalônica: alguns poucos judeus e uma multidão de gregos: “Alguns deles foram persuadidos e unidos a Paulo e Silas, bem como numerosa multidão de gregos piedosos e muitas distintas mulheres” (At 17:4). O evangelho também havia alcançado “muitas distintas mulheres”, e esse é o primeiro relato bíblico desse fato, ocorrido em Tessalônica. O segundo está relacionado ao que ocorreu em Bereia (v. 12), onde mulheres gregas de alta posição igualmente se converteram a Jesus. O evangelho, então, passava a alcançar pessoas de alto nível cultural e social. Nessa promissora igreja, dentre os judeus convertidos, estava Aristarco, que foi muito útil a Paulo como seu cooperador e companheiro de prisão (At 20:4; Cl 4:10).
Tais pessoas salvas pela pregação do evangelho possuíam recursos humanos e financeiros, um bom entendimento da Palavra e eram influentes na sociedade. Havia uma grande expectativa, por parte de Paulo e Silas, com relação ao progresso dessa igreja. Lamentavelmente, Paulo e Silas tiveram de fugir de Tessalônica, o que lhes condoeu o coração, pois desejavam trabalhar mais ali e gerar uma igreja modelo.
O pano de fundo dessa epístola é muito útil porque nos permite ter uma visão mais completa do ambiente em que viviam os tessalonicenses daquela época e de como a igreja foi levantada ali.

domingo, 1 de novembro de 2020

PERSEVERAR ATÉ O FIM

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 – DOMINGO (páginas 36, 37 e 38)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIAO PODER DO EVANGELHO
– EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: DEUS NOS CHAMA PARA SEU REINO E GLÓRIA – (1 TS 2:12)
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
Mt 24:13
Ler com oração:
Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa (Hb 10:35-36).

PERSEVERAR ATÉ O FIM
A jornada para o reino envolve muitas tribulações, conforme lemos: “Fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus” (At 14:22). A palavra “importa” aqui significa é necessário. Isso indica que o caminho que nos conduz ao reino passa por tribulações. Não precisamos pedir tribulações, porque aquelas pelas quais passamos são suficientes, nem devemos fugir delas, porque são necessárias. Devemos, sim, aproveitar as experiências difíceis para ganhar mais do Senhor e aprender mais lições. Não permitamos que as tribulações sejam em vão; pelo contrário, saiamos de cada uma delas mais maduros, mais experientes.
Ao se referir a nossa tão aguardada entrada no reino, o apóstolo Pedro disse: “Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 1:11). “Amplamente”! Essa palavra indica, por exemplo, que, se a média para passar no ano for 5, mas sua nota foi 5,05, você não obteve aprovação com ampla vantagem. Na verdade, você quase não passou. Agora, se a média for 5 e sua nota final foi 9,5, então pode-se dizer que você foi aprovado com margem ampla. Querido leitor, não vamos “passar raspando”, mas busquemos entrar com ampla vantagem no reino e na glória de nosso Senhor.
Em Romanos também há uma passagem que nos encoraja a perseverar para entrar no reino e ser glorificados. Nós que cremos no evangelho já fomos feitos filhos de Deus, mas Ele quer fazer de nós Seus herdeiros. Ele quer que prossigamos do status de filhos crianças (teknon, no grego) para filhos maduros (huios, no grego), e que esses filhos se tornem Seus herdeiros. O caminho que um filho de Deus percorre para se tornar um herdeiro envolve sofrimentos, não há como escapar: “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados” (Rm 8:17). Os sofrimentos, portanto, são o meio para nos inserir em Deus e nos glorificar, conforme lemos: “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (v. 18). Que nossos sofrimentos sejam por Cristo e pela igreja, a qual é Seu corpo. Quando você se sentir cansado e abatido pelos sofrimentos, tire os olhos dos sofrimentos presentes e use a esperança para olhar para a glória com que seremos contemplados. Leiamos: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação” (2 Co 4:17).
Por fim, para andar de modo digno de Deus, que nos chama para Seu reino e glória, precisamos de perseverança até o fim, e o que nos leva a perseverar é a esperança de que seremos salvos, como se lê: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 24:13). Louvado seja o Senhor!
Nossa intenção, ao estudar as cartas de Paulo aos tessalonicenses, não é dar um estudo sequencial nem descrever todos os itens da verdade que constam nessas epístolas. Antes, nosso objetivo é extrair os grandes “diamantes” desses dois livros.
Vamos encerrar a mensagem com uma oração: “Senhor Jesus, nós Te agradecemos por essas palavras, porque Tu nos mostraste, Senhor, como nos conduzir na vida diária, normal, nesta vida cristã santa que Tu queres que tenhamos e como nos conduzir na vida da igreja. Ó Senhor Jesus! Que sejamos os imitadores do apóstolo Paulo, como ele foi de Ti. Senhor, estamos diante de Ti e queremos comprometer-nos Contigo, com Tua vontade, na questão do evangelho, porque isso é o que está em Teu coração. Estamos preparados para enfrentar muita luta, Senhor. Mas também queremos estar juntos para perseverar até o fim. Nós almejamos praticar a unidade, estando no mesmo espírito e unidos de alma. Senhor, pedimos que Tu nos aproves. Prova nosso coração e tira de nós qualquer coisa que não Te agrada para podermos ser carimbados por Ti com ‘Aprovado’. Senhor Jesus, queremos que Tu nos aproves a ponto de nos confiar o evangelho. Purifica nosso coração e não nos deixes ser cegados, Senhor, pelos ganhos, pela ganância, pela cobiça, pela glória, pela posição dos homens, por querer agradar a homens – nada disso, Senhor! Dá-nos um coração puro. Ensina-nos também, Senhor, a cuidar dos irmãos como mãe que acalenta e como pai que exorta e corrige seus filhos. Leva-nos a ter uma vida santa, piedosa, justa e irrepreensível diante de Ti. Também desejamos andar de modo digno de Ti porque ouvimos Teu chamamento. Tu nos chamas para Teu reino e glória, e nós queremos responder a esse chamamento. Sabemos que o andar é difícil, a porta é estreita e o caminho, apertado, mas queremos dizer ‘Amém’ a Ti. Estamos dispostos a perseverar até o fim neste caminho para receber uma entrada ampla no Teu reino e glória. Abençoa, Senhor, todos os irmãos, supre cada um, abençoa as famílias e cuida da saúde de cada um. Nós oramos em nome de Jesus. Amém!”.

sábado, 31 de outubro de 2020

CHAMADOS PARA TRILHAR O CAMINHO DA GLÓRIA

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 – SÁBADO (páginas 34 e 35)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: DEUS NOS CHAMA PARA SEU REINO E GLÓRIA – (1 TS 2:12)
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
1 Ts 2:7, 11-12
Ler com oração:
Para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo (2 Ts 2:14).


CHAMADOS PARA TRILHAR O CAMINHO DA GLÓRIA

O relacionamento de Paulo com a igreja em Tessalônica é, de fato, inspirador. De um lado, seu procedimento era semelhante ao de uma mãe que acalenta, alimenta e pega no colo seus filhos. De outro, sua conduta também era como a de um pai que exorta (1 Ts 2:7, 11). E foi com essas credenciais, de mãe e pai, que Paulo pôde dizer: “Exortamos, consolamos e admoestamos” (v. 12). Querido leitor, é desse tipo de irmão que a vida da igreja precisa. Por vezes ouvimos alguém dizer: “Aquela irmã é uma mãe para mim”, ou “aquele irmão é um pai”. Todos precisamos ser mães e pais uns dos outros. Mães que cuidam, alimentam, dão carinho, e pais que exortam, corrigem, consolam, admoestam!
Paulo reforça a questão do rogo e da exortação, como se lê: “Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como de nós recebestes, quanto à maneira por que deveis viver e agradar a Deus, e efetivamente estais fazendo” (1 Ts 4:1a). E, no final da epístola, mais uma vez ele diz: “Exortamo-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos”(5:14a). Na igreja, precisamos de pais que nos admoestem. Tudo isso nos mostra como Paulo se preocupava com aqueles irmãos, de modo a estar sempre pronto a exortá-los como pai.
Mas qual era a razão da exortação de Paulo? Leiamos: “Exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória” (1 Ts 2:12). A expressão grega para “viverdes” é peripateo, que diz respeito ao andar diário e pessoal. Paulo estava convocando os irmãos a que andassem no dia a dia de forma digna de Deus, que nos chama para Seu reino e glória. Andar de modo digno é andar de acordo com a vontade de Deus. Mas por que Deus nos chama para andar de modo digno? Porque Ele nos escolheu. Amado leitor, Deus escolheu você, você mesmo que está recebendo esta palavra. Hoje, você está sendo chamado porque foi escolhido por Deus antes mesmo de nascer. Atenda a Seu chamado, pois Ele é fiel e o ajudará a percorrer esse caminho. O que cabe a nós é apenas perseverar. “Fiel é o que vos chama, o qual também o fará” (1 Ts 5:24).
O chamamento de Deus se dá mediante a pregação do evangelho, conforme lemos: “Para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo” (2 Ts 2:14). Portanto, todas as vezes que você ouvir a palavra de Deus ser proferida, é o evangelho vindo até você. Esse evangelho visa conduzir-nos a alcançara glória. Este é o destino de nosso chamamento: Seu reino e glória (1 Ts 2:12).
O apóstolo Pedro também reforçou essa questão do chamamento e nos deu importantes contribuições, como lemos aqui: “Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar” (1 Pe 5:10). Pedro confirma que nossa ida para a glória não será simples, mas mediante sofrimento. Contudo esse sofrimento, quando comparado com a glória do reino, se torna suportável. Permaneçamos firmes e oremos uns pelos outros, pois queremos que todos cheguem ao destino final, o reino.
A primeira vinda do Senhor Jesus foi precedida de uma proclamação e um chamado ao arrependimento: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”(Mt 3:2). Hoje, às portas de Sua segunda vinda, nós também podemos perceber o chamamento de Deus para que nos arrependamos, isto é, tenhamos uma mudança de mente, de atitude e de postura. Vamos aguardar a vinda do Senhor como um soldado de Seu exército, de prontidão!
Se perguntarmos: “Quem quer o reino?”, todos dirão: “Eu quero!”. Mas, se perguntássemos: “Quem quer sofrer?”, alguns iriam esmorecer. Não estamos com isso dizendo que devemos orar ao Senhor pedindo mais sofrimentos, pois os que nos são destinados surgem de forma espontânea e são suficientes. Nossa necessidade é perseverar mesmo em meio a sofrimentos!

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

UM VIVER IMPACTANTE E INSPIRADOR

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 – SEXTA-FEIRA (páginas 32 e 33)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: DEUS NOS CHAMA PARA SEU REINO E GLÓRIA – (1 TS 2:12)
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
Jo 13:14-16; 1 Co 9:1-12; 2 Co 11:9; 12:14; 1 Ts 2:8; 2 Ts 3:8
Ler com oração:
Embora pudéssemos, como enviados de Cristo, exigir de vós a nossa manutenção, todavia, nos tornamos carinhosos entre vós, qual ama que acaricia os próprios filhos (1 Ts 2:7).

UM VIVER IMPACTANTE E INSPIRADOR
Temos visto como a conduta de Paulo entre os tessalonicenses foi impactante. Atentemos ao que ele disse: “Embora pudéssemos, como enviados de Cristo, exigir de vós a nossa manutenção, todavia, nos tornamos carinhosos entre vós, qual ama que acaricia os próprios filhos” (1 Ts 2:7). Esse versículo é muito humano e muito doce. A tradução literal para “enviados” é apóstolos, e, como tal, Paulo tinha direitos sobre aquela igreja, de modo a dela exigir sua manutenção. Com base na autoridade apostólica que tinha, Paulo poderia impor aos tessalonicenses o peso de sua manutenção. Ele continua: “Porque vos recordais, irmãos, do nosso labor e fadiga; e de como, noite e dia labutando para não vivermos à custa de nenhum de vós, vos proclamamos o evangelho de Deus” (v. 9). No entanto, em vez de se fazer pesado aos irmãos, Paulo trabalhou com as próprias mãos, noite e dia, para não viver à custa de ninguém. Mesmo trabalhando e labutando, ele conseguiu pregar o evangelho. Que exemplo excelente!
Paulo também falou sobre os direitos que possuía por ser apóstolo (1 Co 9:1-12). Quando esteve em Corinto, Paulo trabalhou com as próprias mãos, humilhou-se e abriu mão de sua posição de dignidade para servir, seguindo o exemplo do Senhor Jesus. Nosso Senhor não reivindicou Sua posição; antes, até mesmo lavou os pés de Seus discípulos, e é com essa humildade que nós também devemos servir (Jo 13:14-16). Em vez de usar do direito de impor coisas sobre os tessalonicenses, Paulo se comparou a uma mãe que acalenta os filhos e deles cuida com carinho. Foi assim que Paulo se relacionou com a igreja em Tessalônica (1 Ts 2:7). É dessa forma carinhosa que devemos lidar com os irmãos, como nos foi ensinado por Paulo com seu exemplo.
Paulo não apenas pregou o evangelho aos tessalonicenses, mas lhes deu a própria vida (1 Ts 2:8). Note que “vida” aqui é “vida da alma”, psiquê, em grego, e isso envolve sacrifício, desdobramento, desprendimento. Paulo não enfatizou atos milagrosos, como cura, expulsão de demônios ou outras formas de demonstração de poder, mas apresentou seu testemunho de uma vida cristã normal, que inclui fé, amor e esperança.
O apóstolo trabalhou muito e nunca quis ser pesado a ninguém, pelo que chegou a trabalhar noite e dia (1 Ts 2:9; 2 Ts 3:8). Quanta disposição ele tinha! Mesmo envolvido em seus afazeres diários, jamais deixou de pregar o evangelho e dar testemunho do que o evangelho havia feito em sua vida. O trabalho nunca foi um impedimento ao exercício de seu ministério. Mesmo sendo apóstolo, separado para realizar a obra de Deus, Paulo tinha por profissão confeccionar tendas e, por onde passava, trabalhava, mas, principalmente, pregava o evangelho (At 18:3).
Veja como era sua vida por suas próprias palavras: “E nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos” (1 Co 4:12a). Ele sempre buscou trabalhar para não se fazer pesado a ninguém, embora os irmãos de Filipos se tivessem associado a seu apostolado e o suprido em algumas ocasiões (2 Co 11:9; Fp 4:15-16). Paulo nunca esteve interessado nos benefícios de ser apóstolo; antes, sua atitude sempre foi a de doar-se (2 Co 12:14). Esse foi seu testemunho entre os tessalonicenses e foi isso que causou impacto.
Por fim, ainda sobre sua conduta entre os tessalonicenses, Paulo escreveu: “Vós e Deus sois testemunhas do modo por que piedosa, justa e irrepreensivelmente procedemos em relação a vós outros, que credes” (1 Ts 2:10). A conduta piedosa é para com Deus, a conduta justa é para com os homens e a conduta irrepreensível é para com Deus, para com os homens e também para com Satanás, a fim de que este não tenha motivo de nos repreender ou acusar. No início do versículo 11, ele reforça: “E sabeis, ainda, de que maneira [...]”. A conduta do apóstolo Paulo deve inspirar-nos a buscar o mesmo tipo de viver piedoso, justo e irrepreensível. Louvado seja o Senhor!

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

FIÉIS, SINCEROS E HUMILDES NO SERVIÇO A DEUS

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 – QUINTA-FEIRA (páginas 30 e 31)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: DEUS NOS CHAMA PARA SEU REINO E GLÓRIA – (1 TS 2:12)
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
2 Co 2:17; 4:2; 1 Tm 6:3-5, 10a; Tt 1:11
Ler com oração:
A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra (Pv 29:23).

FIÉIS, SINCEROS E HUMILDES NO SERVIÇO A DEUS
Temos visto que, ao se dirigir aos tessalonicenses, Paulo não o fez com motivação impura ou buscando algum interesse próprio. Esse assunto nos ajuda a refletir sobre o propósito, a maneira e a intenção de nosso serviço a Deus: “A verdade é que nunca usamos de linguagem de bajulação, como sabeis, nem de intuitos gananciosos. Deus disto é testemunha” (1 Ts 2:5). Essas palavras são muito atuais e se contrapõem à triste realidade presente no cristianismo de forma geral, em que é possível perceber muita linguagem de bajulação, badalação e adulação com o objetivo de agradar a homens. Essa questão é seríssima, e o próprio Paulo tratou disso com bastante firmeza, conforme lemos: “Esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos” (Rm 16:18), ou seja, enganam o coração dos simples e inocentes.
Na Epístola de Judas, também encontramos outra passagem bastante firme no tocante a isso: “Os tais são murmuradores, são descontentes, andando segundo as suas paixões. A sua boca vive propalando grandes arrogâncias; são aduladores dos outros, por motivos interesseiros” (v. 16). Querido leitor, que o Senhor limpe nosso coração dessas coisas. Esse tipo de situação acontecia na época de Paulo, mas também acontece em nosso tempo. Que nosso serviço a Deus não seja por ganância, buscando algum proveito, especialmente na área financeira, cobiçando o dinheiro das pessoas.
Paulo expõe que alguns mercadejavam a Palavra, isto é, vendiam-na por preço; ele, todavia, servia com sinceridade da parte de Deus (2 Co 2:17). Tudo isso é muito significativo e precisa incomodar-nos. Ao lidar com a Palavra de Deus, devemos ter sempre muito temor e tremor; jamais diluí-la, mas apresentá-la como de fato é. Além disso, ao pregar a Palavra, devemos crer que, se as pessoas estiverem no espírito, receberão revelação para entender o que consta nas Escrituras, sem a necessidade de darmos algum tipo de desconto ao que Deus disse. A Palavra de Deus deve ser apresentada de forma pura, sem mistura (4:2).
Em suas cartas pastorais a Timóteo e Tito, de forma veemente, Paulo falou contra aqueles que utilizavam seu ar de piedade, de espiritualidade, para obter lucro, mesmo que para isso fosse preciso perverter a verdade a fim de atingir um propósito ganancioso (1 Tm 6:3-5; Tt 1:11). Infelizmente ainda existem, em nosso tempo, pessoas que agem dessa maneira.
O apóstolo Pedro também deixou sua contribuição ao escrever: “Movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme” (2 Pe 2:3). Quão séria é essa questão! O Senhor hoje nos testa e espera que todos sejamos aprovados. É lamentável como alguns servos de Deus são reprovados na questão das finanças, uma área em que muitos caem, comprovando a tese bíblica de que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1 Tm 6:10a).
A grande tentação para os servos de Deus é a glória humana. A esse respeito, veja o que Paulo escreveu: “Também jamais andamos buscando glória de homens, nem de vós, nem de outros” (1 Ts 2:6). Muitos, ao servir a Deus, começam com humildade, mas, com o passar do tempo, por serem reconhecidos, passam a buscar a glória humana. Isso é muito perigoso, pois pode levá-los à ruína como servos de Deus. Vamos conservar a simplicidade e não permitir que o sucesso seja a razão de nossa queda. Hoje, o Senhor tem levantado muitos irmãos e irmãs jovens que desempenham funções importantes na igreja. Irmãos, nós que ministramos a Palavra de Deus temos muito temor. Falo isso de coração, porque jamais queremos, em tempo algum, roubar a glória de Deus. Queremos continuar sendo os irmãos simples que o Senhor levantou para servir as igrejas.
O maior perigo é o sucesso. Quando fracassamos, o perigo é a possibilidade que temos de desistir e não perseverar. Mas, quando estamos no caminho do sucesso, a glória dos homens será sempre o maior perigo. Que sejamos simples e humildes, reconhecendo sempre que toda glória é do Senhor!

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

DIGNOS DA CONFIANÇA DE DEUS

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 – QUARTA-FEIRA (páginas 28 e 29)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: DEUS NOS CHAMA PARA SEU REINO E GLÓRIA – (1 TS 2:12)
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
At 26:28; 2 Co 11:23-28; Gl 1:10; 1 Ts 2:4
Ler com oração:
Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno (Sl 139:23-24).

DIGNOS DA CONFIANÇA DE DEUS
Deus tem um forte desejo de nos entregar o Seu evangelho! Mas, para que isso ocorra, primeiramente, precisamos ser aprovados por Ele. Quando Deus nos confia algo, isso arde em nosso coração de tal maneira que até nos faz perder o sono. Portanto, aqui cabe uma pergunta bastante singela: Como você tem vivido? Despreocupadamente ou como se algo queimasse em seu coração?
Nossa intenção, ao falar essas palavras, não é condenar ninguém, mas transmitir o sentimento que Deus colocou em nosso coração. Fazemos isso com temor e tremor. Será que podemos dizer: “Deus me confiou o evangelho”? Existe algo queimando dia e noite em nosso coração como acontecia com Paulo? Ao observar bem as experiências da vida dele, vemos que ele viajava muito, foi preso, fustigado com varas, açoitado várias vezes, sofreu três naufrágios (2 Co 11:23-27), mas nenhuma dessas experiências chegou a inquietá-lo tanto como a preocupação com as igrejas! Isso, sim, ardia em seu coração (v. 28). Certa vez, Paulo foi preso e, ao ser interrogado pelo rei Agripa, pregou-lhe o evangelho e quase o persuadiu a ser cristão (At 26:28). Durante seu discurso, ele fez ainda a seguinte declaração: “Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial”(v. 19). Querido leitor, a experiência de Paulo é inspiradora. Existe um fogo que arde em você? Vamos reagir e pedir juntos: “Senhor, aprova-me e confia-me Teu evangelho”!
Paulo realmente tinha certeza de que Deus lhe confiara o evangelho, conforme ele declara em algumas passagens, como em sua primeira epístola a Timóteo: “Segundo o evangelho da glória do Deus bendito, do qual fui encarregado” (1 Tm 1:11); na epístola a Tito: “Em tempos devidos, manifestou a sua palavra mediante a pregação que me foi confiada por mandato de Deus, nosso Salvador” (Tt 1:3); e na primeira epístola aos coríntios: “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho! Se o faço de livre vontade, tenho galardão; mas, se constrangido, é, então, a responsabilidade de despenseiro que me está confiada” (1 Co 9:16-17). Concluindo, Paulo diz que seu compromisso é agradar a Deus, e não aos homens. Os tessalonicenses viram em Paulo alguém devidamente conectado a Deus e comprometido com a missão que lhe fora confiada. Confira: “Assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração” (1 Ts 2:4b).
Paulo sempre foi uma pessoa convicta de que seu dever era agradar a Deus; se agradasse a homens, não seria servo de Cristo (Gl 1:10). Embora sirvamos as pessoas, e devemos fazê-lo com sabedoria, prudência e discernimento para não ofender ninguém levianamente, tenhamos sempre em mente que nosso objetivo é, acima de tudo, agradar a Deus.
Querido leitor, ainda que a carta aos tessalonicenses tenha sido dirigida a irmãos novos, não podemos desprezar seu conteúdo. Essas palavras devem levar-nos de volta à simplicidade, fazendo-nos examinar nossa condição espiritual para descobrir se há algum problema com o fundamento de nossa fé que nos impeça de avançar.
No livro de Salmos, há duas passagens que nos mostram a importância de adotar uma atitude humilde diante de Deus, como fez o rei Davi, pedindo a Ele que o sondasse interiormente: “Examina-me, Senhor, e prova-me; sonda-me o coração e os pensamentos” (Sl 26:2); e “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno” (139:23-24). É esse tipo de humildade que Deus requer de nós para que sejamos aprovados e considerados dignos de receber a comissão de pregar o evangelho. Que Deus nos carimbe a todos com “Aprovado!”, “Aprovado!”, “Aprovado!”. Que o “fogo” do evangelho queime em todos nós e que haja uma enorme “fogueira” queimando em todas as cidades. Aleluia!

terça-feira, 27 de outubro de 2020

TESTADOS E APROVADOS PARA SERVIR A DEUS

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 – TERÇA-FEIRA (páginas 26 e 27)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: DEUS NOS CHAMA PARA SEU REINO E GLÓRIA – (1 TS 2:12)
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
1 Ts 2:3-4; 2 Tm 2:15
Ler com oração:
Visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração (1 Ts 2:4).

TESTADOS E APROVADOS PARA SERVIR A DEUS
Veremos hoje alguns pontos relevantes da mensagem desta semana. Paulo disse: “Pois a nossa exortação não procede de engano, nem de impureza, nem se baseia em dolo” (1 Ts 2:3). Esse versículo desvenda o coração do apóstolo Paulo, pois ele afirma que não exortava os irmãos com segundas intenções. O engano, a que se refere, diz respeito à meta e à razão pelas quais as coisas são feitas; a impureza diz respeito à motivação; e o dolo está relacionado ao meio, ao método usado para se alcançar algo, e implica astúcia e malícia, ou seja, é um procedimento fraudulento. A conduta de Paulo não tinha como objetivo alcançar proveito pessoal, suas motivações não eram impuras, e os meios que utilizava eram legítimos. Há outra passagem confirmando as palavras do apóstolo: “Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia” (2 Co 4:1-2a).
Paulo prossegue: “Pelo contrário, visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração” (1 Ts 2:4). A palavra “aprovados” no grego é dokimazo, que significa “ser testado” ou “ser examinado”. Essa expressão era utilizada para o teste de pureza de metais, para saber se uma moeda era genuína ou adulterada pela mistura de outros metais. Na atualidade, Deus tem usado a pandemia da Covid-19 para nos testar, para provar nosso coração. Tudo aquilo por que temos passado tem sido um teste para nosso coração, inclusive o isolamento social. Uma vez que estamos próximos do tempo do fim, o Senhor está, com Seu carimbo, aprovando ou reprovando Seus filhos. Ele nos examina para detectar impurezas em nosso coração, porque precisamos ser purificados para ser aprovados por Deus, a fim de “nos confiar ele o evangelho”! Ó Senhor Jesus!
O termo dokimos, do mesmo radical dokimazo, é encontrado neste versículo: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar” (2 Tm 2:15a). Essa segunda expressão diz respeito àquele que foi aprovado. Querido leitor, que sejamos obreiros aprovados por Deus. Para servir a Deus em Seu exército, precisamos ser aprovados, e, por essa razão, somos testados constantemente. Qual é nossa condição? Estamos comprometidos, focados e engajados? Qual é nossa motivação ao nos alistar no exército de Deus? Essas perguntas são para nossa reflexão.
Para ficar mais esclarecidos com respeito a esses termos usados por Paulo, consideremos o contexto da época. As moedas eram produzidas com metais valiosos, como o ouro e a prata, derretidos e colocados em formas próprias. Cada moeda tinha um peso específico, conforme seu valor. Em seguida, as moedas eram polidas, para facilitar o manuseio, e colocadas em uso. Uma vez que eram usadas no comércio, pessoas mal-intencionadas cortavam pequenas lascas das moedas, adulterando-as. Essa questão era tão séria na época, que, em Atenas, em um século, foram decretadas oitenta leis que proibiam essa prática. O termo dokimos designava homens honestos que se recusavam a negociar usando moedas adulteradas, os quais eram chamados pelo povo de dokimos ou “aprovados”.
E hoje, como Deus nos vê? Somos aprovados a ponto de Ele nos confiar o evangelho? Precisamos estar diante de Deus com temor e tremor, a fim de que Ele nos examine e veja se há em nós algo impuro. E como saber se fomos ou não aprovados por Deus? A resposta está no fato de Deus nos confiar ou não o evangelho. Portanto, hoje, vimos como é o viver e o procedimento de alguém chamado por Deus, sem engano, impureza, dolo e astúcia. Que o Senhor nos purifique para que Lhe sejamos úteis.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

NOSSO PROCEDIMENTO DEVE CORRESPONDER A NOSSO EVANGELHO

ALIMENTO DIÁRIO*SEMANA 2 – SEGUNDA-FEIRA (páginas 23, 24 e 25)

SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: DEUS NOS CHAMA PARA SEU REINO E GLÓRIA – (1 TS 2:12)
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
Fp 1:27-30; 1 Ts 2:1-2
Ler com oração:
O nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós (1 Ts 1:5).

NOSSO PROCEDIMENTO
DEVE CORRESPONDER A NOSSO EVANGELHO

O título da mensagem desta semana é “Deus nos chama para o Seu reino e glória”, que também é o tema geral de nosso estudo sobre as epístolas aos tessalonicenses. Ao longo da semana, vamos considerar alguns aspectos preciosos do segundo capítulo da primeira epístola.
Veremos como a conduta pura, piedosa, justa e irrepreensível de Paulo foi decisiva para que o evangelho impactasse positivamente os tessalonicenses. Seu procedimento foi como o de uma mãe e um pai que se doam aos filhos, pelo que exortava os irmãos a atender ao chamado de Deus para viver de modo digno do evangelho, trilhando um caminho apertado. Embora envolvesse sofrimento, esse caminho, com perseverança, redundaria numa ampla entrada no reino.
A visita de Paulo à cidade de Tessalônica foi bastante proveitosa: “Porque vós, irmãos, sabeis, pessoalmente, que a nossa estada entre vós não se tornou infrutífera”(1 Ts 2:1). A palavra “estada” no grego significa entrada e também aparece no primeiro capítulo como “ingresso” (v. 9). Quando o apóstolo disse ainda que ela “não se tornou infrutífera”, o significado literal é “não foi em vão”.
O testemunho, o procedimento e a conduta de Paulo e seus companheiros, e não a operação de milagres ou coisas exteriores, contribuíram para a grande repercussão do evangelho naquela cidade (1 Ts 1:5). Tudo isso é muito significativo e nos mostra a importância de cuidar de nossa pessoa e conduta, pois o evangelho não é só palavra, mas, antes de tudo, diz respeito a nosso procedimento.
Como tem sido nosso testemunho entre as pessoas que estão próximas de nós, como os vizinhos, por exemplo? Quando o cachorro de um deles late sem parar e isso nos incomoda, qual é nossa reação? São pequenas situações como essa que revelam nosso tipo de viver. Se um casal cristão briga frequentemente a ponto de os vizinhos ouvirem gritaria e pratos e copos sendo quebrados, o que essas pessoas dirão? E se esse casal, motivado a pregar o evangelho, decide bater às portas dos vizinhos e dizer: “Olá, podemos orar por vocês?”. Bem, a probabilidade de essa oração ser rejeitada é grande, uma vez que o testemunho do casal não condiz com sua pregação. Quando isso ocorre, podemos dizer que o ingresso daquele casal na vizinhança foi infrutífero. Querido leitor, a pregação do evangelho não é apenas uma questão de falar, tampouco se resume a orar pelas pessoas, mas, principalmente, é um tipo de viver que inspira os outros a aceitar o mesmo Senhor a quem servimos e por quem fomos salvos.
Demos sequência à leitura: “Apesar de maltratados e ultrajados em Filipos, como é do vosso conhecimento, tivemos ousada confiança em nosso Deus, para vos anunciar o evangelho de Deus, em meio a muita luta” (1 Ts 2:2). A pregação do evangelho é uma questão muito séria e envolve grande luta espiritual contra o inimigo de Deus. Como exército de Deus, precisamos aprender a lutar junto com os irmãos, em unidade e com perseverança.
A maior dificuldade de lutar juntos em prol do evangelho são nossas diferenças de alma. Nesse sentido, Paulo fez um apelo para que vivêssemos de modo digno do evangelho de Cristo, e, para isso, seria necessário estar firmes em um só espírito, como uma só alma, que é a nossa maior dificuldade (Fp 1:27-30). Muitas vezes, nossas diferentes personalidades, gostos e vontades nos afastam uns dos outros, mas o Senhor, por meio de Seu Espírito e de Sua palavra, nos reconcilia com os irmãos, apesar de nossas diferenças. E é assim que, efetivamente, conseguimos lutar juntos pela fé do evangelho. Quando percebemos nossas diferenças de alma e permitimos que o Espírito as supere, nenhum adversário (quer seja interno, como o medo, a indecisão, a dúvida, a falta de autoestima, as mentiras do inimigo para nos desanimar; quer seja externo, como as dificuldades circunstanciais) pode prevalecer contra nós.

domingo, 25 de outubro de 2020

EXPERIMENTAR O PODER DO EVANGELHO

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 1 – DOMINGO (páginas 21 e 22)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: O PODER DO EVANGELHO – (1 Ts 1:5))
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
1 Tm 6:10; Ap 18:2
Ler com oração:
Sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna (1 Jo 5:20).

EXPERIMENTAR O PODER DO EVANGELHO
Sabemos que há duas categorias de idolatria: a visível e a oculta. A idolatria oculta também se apoia em um tripé que substitui Deus em nossa vida: a tecnologia, o dinheiro (relacionado ao poder) e o prazer. A tecnologia está ligada à fé. As pessoas confiam no celular, no computador, no sistema financeiro. O dinheiro está relacionado ao amor, pois a Bíblia nos revela que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1 Tm 6:10). Nós aguardamos a vinda do Senhor. Mas quem está envolvido com o mundo da idolatria só tem esperança em ter mais prazer e vive refém do sistema de entretenimento. Hoje, muitos tomam essas provedoras de filmes e séries de televisão como esperança de divertimento e satisfação nos momentos atuais de isolamento social. Outros ainda idolatram sua carreira, pois ela ocupa o primeiro lugar em sua vida. Todavia, precisamos lembrar que o tripé tecnologia-dinheiro-prazer compõe a estrutura daquilo que a Bíblia chama de torre de Babel, que consiste atualmente na grande Babilônia. Deus já está começando a derrubar essa grande Babilônia (Ap 18:2).
O poder do evangelho é capaz de libertar-nos de toda forma de idolatria e fazer-nos voltar para Deus. Todos precisamos ir diante do Senhor e perguntar: “Senhor, eu tenho ídolos?”. O celular tornou-se um poderoso ídolo. Muitos, quando acordam, pegam o celular, e não a Bíblia. Há jovens totalmente usurpados pelos jogos on-line. Lembre-se: tudo o que toma o lugar de Deus em sua vida se torna um ídolo. Se você tem tempo para todas essas coisas, mas não tem tempo para ler a Bíblia, orar, sair para pregar o evangelho, significa que você ainda não foi liberto da idolatria. Creia no poder do evangelho: deixe os ídolos e volte-se para o verdadeiro Deus.
A experiência com o poder do evangelho também fez com que os de Tessalônica se dispusessem a servir o Deus vivo e verdadeiro. Esse serviço está relacionado ao labor de amor. O amor que Deus colocou em nosso coração é que nos leva a servir nosso Deus vivo e verdadeiro. Servir o Deus verdadeiro não é tão difícil. Sabemos que nosso Deus não é de ouro, prata ou pedra. Nosso Deus nos ouve, nos vê e também fala conosco. Devemos perguntar-nos: meu Deus é vivo? Para responder a isso, devemos fazer mais uma pergunta: como é minha vida diária? Você está conectado a Ele diariamente? Que tipo de Deus seus familiares, colegas, amigos veem em você? Você tem um Deus que o governa e o corrige? O seu Deus é vivo? O que eles ouvem mais de sua boca: louvor e agradecimentos a Deus ou reclamações? Saiba que nossa vida diária afeta diretamente a imagem que nossos familiares, amigos e colegas têm de nosso Deus.
Por fim, os tessalonicenses aguardavam dos céus o Filho de Deus, conforme lemos: “E para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura” (1 Ts 1:10). Aguardar dos céus o Filho indica a perseverança da esperança. O que aguardamos hoje? Não estamos dizendo que não devamos fazer planos para nossa vida. Podemos e devemos fazer planos para nossa família, filhos, trabalho, mas, acima de tudo, o que aguardamos? A economia do país melhorar? Esperamos ganhar mais dinheiro? Ou aguardamos dos céus o Filho de Deus? O que estamos dizendo é que precisamos estar focados em Cristo. Cristo é nosso único destino. Cristo é nosso único futuro. Não coloque sua esperança neste mundo, ainda mais nestes tempos finais.
Mesmo já tendo a vida divina em nós, vamos experimentar o poder do evangelho para nossa plena salvação. O Senhor quer salvar-nos para estarmos em Seu reino e, para isso, quer levar-nos a perseverar até o fim. Esse processo envolve a transformação de nossa vida. O evangelho não é só palavra, não é doutrina, é o poder do Espírito Santo! O evangelho é nosso viver. Não importa se você é um cristão novo ou antigo, Deus quer salvá-lo até o fim. Ele quer que você experimente o poder do evangelho em sua vida! Ele está esperando por isso.