quarta-feira, 17 de outubro de 2012

ALMA, CORPO E ESPÍRITO


Alma, Espírito & Corpo
 
O homem em sua essência possui uma estrutura triúna, todos somos: espírito, alma e corpo. Em 1Ts 5.23 esta verdade é expressa de forma clara e inquestionável: “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Há uma grande confusão a respeito de Espírito e Alma, muitos afirmam que se trata da mesma coisa; mas, ao lermos Hb 4.12 concluímos que são distintas entre si. Leia o texto: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”.
Como servos de Deus precisamos conhecer alguns pontos fundamentais da fé, o objetivo deste estudo e mostrar de forma clara e inequívoca que possuímos uma dimensão tríplice: espírito, alma e corpo.
1- ESPÍRITO HUMANO
A nossa vida consiste em aprendermos a exercitar o nosso espírito humano recriado para contatar o Senhor e sermos por ele guiados. Tudo o que necessitamos para alcançarmos uma vida vitoriosa, plena e produtiva, já nos foi dado pelo Espírito Santo residem em nós.
E como o nosso desejo é crescer na presença de Deus, precisamos de revelação. Revelação é o conhecimento que é transmitido pelo Espírito Santo ao nosso espírito.
Há uma diferença considerável entre o conhecimento mental (intelectual) e o conhecimento espiritual. Observe como há tantos que estão nas igrejas, conhecem a Bíblia, mas, este conhecimento não os faz frutificar para a vida eterna. Isto ocorre, pois muitos conhecem a Bíblia apenas intelectualmente (a letra); desprovida da revelação.
Ao lermos as cartas de Paulo percebemos que a sua maior preocupação era a de que os crentes tivessem a revelação de Deus. A revelação transforma através da Palavra as pessoas e a fé se manifesta de forma espontânea, a unção de Deus é transbordante. Veja: Ef 1.17 “para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele” e “E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção”.  Fp 1.9
A revelação é ocorre primeiramente em nosso espírito. O Espírito Santo transmite uma verdade ao nosso espírito, e o nosso espírito para a nossa mente. A mente por si só não pode ter revelação de Deus; esta função é do nosso espírito. Muitos membros de igrejas estão vivendo apenas como homens naturais, não conseguem discernir as coisas do espírito, pois não sabem usar seu próprio espírito para discernir a verdade de Deus.
O Espírito Santo que habita em nós fala conosco. Se alguém nunca ouviu o Senhor no espírito, então provavelmente não se converteu, pois somos gerados pela Palavra de Deus, se Deus não falou, então não houve Palavra e, e o novo nascimento não ocorreu.
Mas, como posso perceber e ou ouvir o espírito?  Entendemos que o nosso espírito é muitas vezes chamado de coração na Bíblia. No texto, Paulo explica que o coração é o espírito, ou pelo menos é o meio pelo qual ele é percebido. Quando a Bíblia faz referência ao coração, aponta para algo íntimo, das profundezas de nosso ser (comunhão, intuição e consciência).
Em Rm 2.29 lemos: “Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus”.
Veja mais sobre o espírito humano:
a) Deus é Espírito – Jo 4.24 “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”.
Entende-se que, para que possamos ter contato com a matéria precisamos ser matéria, da mesma forma, para que possamos ter contato com Deus que é Espírito, precisamos ser um espírito também. Não ouvimos a voz de Deus com os nosso ouvidos físicos e tão pouco o veremos com os olhos da carne. Mas, a Bíblia afirma que é possível conhecer a Deus e este contato é possível apenas através de nosso espírito.
b) Através do espírito, adquirimos conhecimento espiritual – 1Co 2.14 “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”.
O conhecimento importante que há em nossa vida cristã é adquirido espiritualmente. Há no meio cristão muitos usando a mente para entender as coisas que só é possível discerni-las espiritualmente, em conseqüência lêem a Bíblia e não a entendem e sobre conclusões erradas edificam a vida.
c) O nascer de novo é no espírito – Jo 3.6 “O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito”.
O pecado de Adão produziu uma série de conseqüências que se estendeu a toda humanidade. Quando falamos da morte de Adão, não nos referimos à morte física, sim espiritual. O seu espírito morreu para o Eterno, esta morte se estendeu a todos os homens “naturais”. A morte espiritual não extinguiu o espírito, encontra-se morto, incapaz de estabelecer contato com o Criador. O Nascer de novo é o renascimento deste espírito para Deus.
d) Andar no espírito.
O Novo Testamento exorta-nos a andar no espírito e quando entendemos que aquele que se une ao Senhor é um só espírito com Deus, numa união indissolúvel, necessitamos que o nosso espírito esteja vivo, pois é através dele que recebemos toda a direção que procede do Espírito de Deus. O nosso espírito é a parte do nosso ser que tem como função contatar a Deus.
A nossa vida consiste em sermos guiados pelo Espírito, se não consigo ouvir o que o Espírito Santo está dizendo, como serei guiado?
Deus habita em nós na pessoa do Espírito Santo, nos molda e nos guia a toda verdade; estas ações não são frutos de doutrinas teológicas, sim, revelação de Deus.
e) Somos espirituais – 1Co 14.14 “Porque, se eu orar em outra língua, o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera”.
Paulo afirma que: “se eu orar... então o meu espírito ora”. O apostolo mostra de forma clara que o “eu” e o “espírito” são a mesma coisa, concluímos que Paulo se via como um ser espiritual.
É evidente que não somos apenas espírito, somos também alma e corpo. Paulo ao escrever aos crentes de Roma afirma que é também matéria (corpo): Rm 7.18 “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne...”
A divisão que apresentamos tem como objetivo facilitar a compreensão. O homem é um ser constituído de três partes, a saber: espírito, alma e corpo.
O corpo que hoje possuímos é apenas a nossa morada terrestre, quando estivermos com o Senhor, nos céus, receberemos uma habitação celestial. Leia: 1Co 5.1,2 “Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, neste tabernáculo, gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação celestial”.
2- ALMA
A palavra de Deus aponta-nos a alma como composta de três partes, são elas: a mente, a vontade e a emoção. Estas três faculdades constitui a personalidade humana. A alma é a sede da nossa personalidade, é o nosso “EU”. É por esse motivo que a Bíblia, em alguns textos, chama o homem de “alma”. A alma concentra as principais características do homem, tais como: amor, idéias, pensamentos, etc.
a) Função da Vontade:
Buscar - 1Cr 22.19 “Disponde, pois, agora o coração e a alma para buscardes ao SENHOR, vosso Deus”. Buscar é uma função da vontade e ela está na alma.
Recusar - Jó 6.7 “Aquilo que a minha alma recusava tocar”. Recusar é uma função da vontade.
Escolher - Jó 7.15 “pelo que a minha alma escolheria, antes, ser estrangulada; antes, a morte do que esta tortura”. Escolher também é uma função da vontade.
À luz dos textos citados, concluímos que a vontade é uma das funções da alma.
A vontade é o instrumento para nossas decisões e indisposições. Sem a existência da vontade seriamos semelhantes a um robô. O pecar ou não pecador está relacionado à vontade.
b) Função da Emoção:
A emoção é extremamente importante, ela traz “cor” à vida humana, no entanto, jamais podemos nos deixar guiar por ela. As emoções se manifestam de muitas formas, entre elas: amor, ódio, alegria, tristeza, pesar, saudade, desejo, etc.
Alguns exemplos de emoções:

Amor – 1Sm 18.1 “...e Jônatas o amou como à sua própria alma”. (ver também: Ct 1.7 e Sl 42.1) O amor é algo que surge em nossas almas e isso confirma que dentro da alma existe uma função como a emoção.
Ódio – 2Sm 5.8 “Davi, naquele dia, mandou dizer: Todo o que está disposto a ferir os jebuseus suba pelo canal subterrâneo e fira os cegos e os coxos, a quem a alma de Davi aborrece”. (ver também: Ez 36.5) Expressões como: menosprezo, aborrecimento, desprezo, etc. significam ódio e, vemos que procedem da alma.
Alegria – Is 61.10 “Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegra no meu Deus”. Sl 86.4 “Alegra a alma do teu servo, porque a ti, Senhor, elevo a minha alma”. A alegria, segundo os textos citados é uma emoção da alma.
c) Função da Mente:
Os textos de Romanos e Provérbios sugerem que a alma necessita de conhecimento.
Conhecimento - Rm 12.1-2 “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.  E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.
Pv 2.10 “Porquanto a sabedoria entrará no teu coração, e o conhecimento será agradável à tua alma”. Conforme os textos, Conhecimento é uma função da mente, logo, a mente é uma função da alma.
Saber – Sl 139.14 “Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem”. Saber é uma função da mente, e, portanto, também da alma.
Lembrar – Lm 3.20 “Minha alma, continuamente, os recorda e se abate dentro de mim”. O texto de Lamentações afirma claramente que a alma pode se lembrar. A Lembrança é uma das funções da mente. Podemos afirmar que a mente é uma função da alma.
A mente é a função mais importante da alma. Se a nossa mente for obscurecida, jamais chegaremos ao pleno conhecimento da Verdade. A renovação da mente nos possibilita experimentar e entender a vontade de Deus, que é revelada em nosso espírito.
Os tópicos apresentados, com base na Bíblia, não deixam dúvidas quanto às funções da alma, são elas: mente, vontade e emoção.
A Palavra de Deus nos mostra que aqueles que andam segundo os padrões da alma (vontade, mente e emoções) são chamados de carnais. Carnal não é exatamente aquele que anda na prática do pecado; pois, os que andam no pecado possivelmente ainda não nasceram (1Jo 3.9 “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus”).  Os cristãos que vivem segundo os padrões da alma tendem a seguir a função da alma que lhes é mais peculiar. Por exemplo:
a) Os emotivos usam as emoções como critério da vida espiritual. Se forem tomados por calafrios e fortes emoções conseguem fazer a Obra de Deus, mas, se as emoções acabam, também o ânimo se esvai.
b) Padrões da Mente, estes recusam as emoções; até criticam os emotivos como sendo carnais. O que não percebem é que andar segundo a mente também é da alma. Os que andam segundo o padrão da mente tendem a ser extremamente críticos e naturais na Obra. Geralmente, não aceitam o sobrenatural e quere colocar o Espírito Santo nos seus padrões de mente.
c) Empolgados pela Vontade (oba-oba) é a características de alguns crentes. Sempre dispostos a iniciar alguma atividade, porém, em pouco tempo o “fogo se apaga”, não são dotados de perseverança. E até afirmam: “Se não tenho vontade, não preciso orar, ler a Bíblia e jejuar, afinal, Deus não quer sacrifício”. Tem aparência de piedosos, mas se trata apenas de desculpas da carne para não servir a Deus.
Se o nosso andar é segundo a alma, invariavelmente cairemos em um dos três pontos expostos acima ou em todos eles. Lembre-se: “os que estão na carne não podem agradar a Deus”. Rm 8.8
Concluirmos que a nossa alma é ruim não é correto. O Erro é andarmos confiados em sua capacidade de pensar, entender e sentir. Os que andam segundo a alma não andam por fé.
Devemos transformá-la e este processo de transformação dura a vida inteira. Como transformar a alma? Renovando a mente!
A mente é a primeira função da alma, se a mudamos, os reflexos da transformação envolve toda a nossa vida. E a única forma de mudar a nossa mente e conformando-a com a Palavra de Deus. “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm 12.2).
Sou eu mesmo quem me transformo na medida que me encho com a Palavra de Deus.
3- O CORPO
A Bíblia nos diz de forma clara que o nosso corpo é apenas a nossa casa terrestre. É o lugar onde moramos nesse mundo. A função básica do corpo é ter contato com o mundo físico.
Paulo escreve aos irmãos de Corinto e afirma:
“Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, neste tabernáculo, gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação celestial;  se, todavia, formos encontrados vestidos e não nus.  Pois, na verdade, os que estamos neste tabernáculo gememos angustiados, não por querermos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida”. 2Co 5.1-4
O nosso corpo não tem conserto e nem salvação. Precisamos receber um novo corpo.  No céu não teremos uma nova alma, mas, teremos um novo corpo. O nosso espírito foi regenerado e a nossa alma está sendo transforma e o nosso corpo será glorificado. Estes são os aspectos passado, presente e futuro da nossa salvação.
 

JESUS CUMPRIU TODA A JUSTIÇA


Jesus cumpriu toda a justiça

Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos

Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o admitiu (Mt 3:15)

1 Sm 10:1; 16:13; Mt 3:13-17

O Senhor Jesus é o primeiro ministro do Novo Testamento. Mas, antes de iniciar Seu ministério terreno, Ele se dirigiu para o Jordão a fim de ser batizado por João (v. 13).Após ser batizado, o Senhor foi ungido pelo Espírito, que desceu sobre Ele em forma de pomba. Como já vimos, aquele que é ungido recebe um ministério. No Antigo Testamento, quando alguém era ungido, recebia de Deus uma comissão para executar seu ministério. Por exemplo, o sumo sacerdote era ungido para exercer o ministério sacerdotal. Igualmente os reis precisavam ser ungidos por sacerdotes para serem confirmados em seu trono (cf. 1 Sm 10:1; 16:13).

João Batista, como precursor de Jesus, veio para Lhe preparar o caminho. Em Mateus 3:11 João Batista diz: “Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”. João Batista tentou dissuadir o Senhor de ser batizado, mas Ele respondeu: “Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça” (v. 15). A justiça aqui se refere a fazer o que é correto, justo. Aquilo que Deus nos disser, é o que devemos fazer, pois assim Ele determinou.

Em nosso conceito, toda vez que falamos de justiça, nós a colocamos em oposição ao pecado. Na verdade, não pecar deveria ser uma situação normal. Deus não nos criou para pecar. O pecado entrou depois, por meio do engano de Satanás, quando o homem comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal. Ao comer do fruto dessa árvore, o pecado entrou, e todos pecaram (Rm 5:12).

O Senhor Jesus veio para resolver esse problema que o homem tinha com Deus e abrir caminho para que a vida de Deus pudesse nele entrar e crescer. Por meio de Sua morte na cruz, o Senhor cumpriu a redenção e abriu o caminho para o homem ser salvo e regenerado. O ministério terreno do Senhor Jesus tinha esse objetivo, mas, para iniciá-lo, Ele precisava cumprir toda a justiça. Deus determinou que todos fossem batizados, e o Senhor, como homem, cumpriu a justiça, submetendo-se à vontade do Pai, e foi batizado por João.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

A IGREJA COMO EDIFICAÇÃO ESPIRITUAL


A igreja como edificação espiritual

Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos

Não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia (2 Co 4:16)

Mt 16:24-25; Gl 4:1-2; Ef 4:11-12

Quando cremos no Senhor, nascemos de novo (Jo 1:12; 1 Pe 1:3). Como recém-nascidos em Cristo, precisamos crescer. Gálatas 4:1-2 nos mostra que, enquanto é criança, o herdeiro precisa ser colocado num ambiente adequado para crescer, sob os cuidados de tutores e curadores, para instruírem-no e cuidarem dele. Assim é nossa experiência na vida de Deus. Nós tínhamos apenas a vida natural herdada de Adão, mas, um dia, nascemos de novo e ganhamos a vida divina em nosso espírito. Agora essa vida precisa expandir-se para nossa alma. Todavia como pode a vida de Deus entrar em nossa alma se estamos cheios de nós mesmos? Não há espaço para ela. É preciso esvaziar-nos de nós mesmos para que a vida divina cresça em nós. A vida da igreja é o lugar adequado para isso.
A igreja não é uma organização nem um prédio físico. Alguns talvez entendam a igreja como um lugar físico porque o Senhor em Mateus 16 fala de edificá-la sobre a rocha (v. 18). Assim, no conceito de muitos, a igreja refere-se a uma construção, como um templo ou lugar onde os cristãos se reúnem. De fato, a igreja precisa ser edificada, mas não de uma maneira física.
Efésios 4:11-12 fala do aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério com vistas à edificação do Corpo de Cristo. Essa edificação não é material, e sim espiritual. O Corpo de Cristo é edificado com vida, a vida divina. A vida da igreja é o ambiente onde isso ocorre (v. 16).
Ao referir-se à vida da igreja, ao nosso viver, o próprio Senhor Jesus disse: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16:24).A expressão “a si mesmo” refere-se ao eu, ao ego caído. Esses termos equivalem à vida da alma (v. 25), ou ao velho homem (Rm 6:6; Ef 4:22; Cl 3:9), o homem natural (1 Co 2:14). Essa é a razão de enfatizarmos tanto a importância de renunciarmos à vida da alma, pois isso permitirá que a vida de Deus cresça em nós. Se a vida de Deus continuar crescendo, seremos semelhantes a Cristo (1 Jo 3:2). Assim, a vida de Deus em nós terá proporção maior do que a vida da alma, e seremos capacitados a entrar na manifestação do reino dos céus.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

ARREPENDIMENTO PARA CRESCER E AMADURECER


Arrependimento para crescer e amadurecer

O pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz (Rm 8:6)
Mt 3:1-2; Lc 1:15; Rm 8:6, 10-11; Gl 4:19
Alimento Diário, Dong Yu Lan, Árvore da Vida, BookafeO tema desta semana é “João Batista”. Ele foi o precursor do Senhor Jesus, a fim de Lhe preparar o caminho. No registro do livro de Mateus, a primeira menção a João diz que ele apareceu no deserto pregando o arrependimento (Mt 3:1-2). O Evangelho de Lucas, porém, nos fornece mais detalhes. Seu pai, Zacarias, era sacerdote, e sua mãe, Isabel, era parenta de Maria, a mãe de Jesus (Lc 1:36).
Lucas 1:39-40 fala que Maria, mãe de Jesus, foi visitar Isabel, mãe de João Batista. Quando Maria saudou Isabel, João, ainda no ventre de Isabel, estremeceu. Este fato mostra que, como aquele que iria preparar o caminho do Senhor, João seria “cheio do Espírito Santo, desde o ventre materno” (v. 15).
Mais tarde, já adulto, João Batista saiu a pregar, dizendo: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mt 3:2). Que significa arrepender-se? A palavra arrependimento quer dizer mudança de mente, e a mente é a parte principal da alma.
Deus criou o homem com três partes: espírito, alma e corpo (cf. Gn 2:7). Romanos 8 fala da salvação de todas essas três partes. Os versículos 10 e 11 mostram que, quando Cristo habita em nós, nosso espírito é vida, e, por fim, até mesmo nosso corpo mortal ganhará vida por meio desse Espírito. Já o versículo 6 diz: “O pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz”. A palavra “pendor” indica a inclinação da mente. Isso quer dizer que, se colocarmos a mente na carne, isso resultará em morte espiritual. Mas, se inclinarmos a mente para o espírito, teremos vida e paz.
Embora esses versículos de Romanos 8 não mencionem a palavra alma, eles mencionam sua parte principal: a mente. Nessa porção da Palavra, a mente representa a alma. Inclinar nossa mente ao espírito é, portanto, colocar nossa mente debaixo do governo do espírito. Isso significa que arrepender-se é negar a vida da alma, deixar o espírito liderar, abandonando nossos conceitos e tradições para que Deus nos revele coisas novas.
Temos repetido essas palavras insistentemente porque o problema do pecado é mais fácil de ser percebido e resolvido, mas muitos não percebem que a alma do homem tem um grande problema, especialmente o lado bom da vida da alma. O lado mau da alma é facilmente detectado e rejeitado; ninguém o quer. Contudo todos valorizam o lado bom da alma e não querem abrir mão dele.
Antes de recebermos a vida de Deus, nossa alma estava cheia da vida natural herdada de Adão, pela qual vivíamos espontaneamente. Um dia, porém, fomos regenerados, nascendo de Deus (Jo 1:12; 1 Pe 1:3). Além da vida humana que ganhamos de nossos pais, obtivemos a vida de Deus, que entrou em nosso espírito como uma sementinha e agora precisa crescer até a maturidade. Isso é semelhante ao bebê no ventre materno: precisa desenvolver-se e tomar forma. Esse era o encargo de Paulo com os gálatas: ele sofria até que Cristo fosse formado neles (Gl 4:19). Que o Senhor cresça cada dia em nós para que, em Sua volta, estejamos maduros para reinar com Ele na manifestação do Seu reino!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

SEGREDOS PARA UMA ORAÇÃO BEM RECEBIDA


Segredos para uma oração bem recebida
 1. ORAR. Não basta saber que temos que orar, não basta falar de oração, fazer estudo sobre oração, temos que orar. – “Clama a mim e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas que não sabes” Jr. 33.3

2- Nossas orações não serão atendidas se não tivermos fé genuína, verdadeira. "Ao que lhe respondeu Jesus: Se podes! Tudo é possível ao que crê." Mc 9.23 "E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados."Tg 5.15

3- Nossas orações devem ser feitas em nome de Jesus, ou seja, devem estar em harmonia com a pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor -"E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei." João 14.13-14

4- A nossa oração deve ser feita segundo a vontade de Deus que, muitas vezes, nos é revelada pela sua palavra, que por sua vez deve ser lida com oração. “E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.", Mt 6.10 "venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;" I Jo.5.14

5- Para uma oração eficaz, precisamos ser perseverantes -"Perseverai na oração, vigiando com ações de graças."Cl.4.2; "Esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro." Sl. 40.1

6- O cristão deve orar em todo o tempo. 1Ts 5.17 "Orai sem cessar." Ef 6:18 "com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos". É um estado permanente de comunhão com Deus. É uma condição que não dá lugar para ser atingido pelos dardos inflamados do inimigo, pois seu espírito está sempre alerta, através da oração.


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A PRESSÃO DAS CICUNSTÂNCIAS


A pressão das circuntâncias:  E Davi muito se angustiou, porque o povo falava de apedrejá-lo, porque a alma de todo o povo estava em amargura, cada um por causa dos seus filhos e das suas filhas; todavia Davi se fortaleceu no SENHOR seu Deus." (1 Samuel 30:6).
Deus usa as circunstâncias a fim de revelar nosso coração.
Não só o pecado e a necessidade criam pressão, mas as circunstâncias produzem-na também. Deus permite que os crentes passem pela pressão das circunstâncias para que vivam diante Dele. Freqüentemente, situações adversas são levantadas na vida dos filhos de Deus. Alguns são perturbados pelos familiares, outros, pelos amigos. Alguns podem sofrer perdas nos negócios; outros podem ser perseguidos pelos colegas. Uns podem ser hostilizados ou mal-interpretados pelas pessoas; outros podem ter dificuldades financeiras.
Por que todas essas coisas lhes sobrevêm? Muitos crentes normalmente não reconhecem quão preciosa é a vida regenerada que receberam. Embora sejam nascidos de novo, são ainda ignorantes do fato de que sua vida regenerada não tem preço. Mas, uma vez que estejam sob pressão, eles começam a apreciar sua vida regenerada porque essa nova vida que Deus lhes deu os capacita a vencer em todas as situações. Todas essas pressões exteriores podem provar a realidade da vida regenerada e de seu poder. O Senhor propositadamente nos coloca em situações adversas a fim de nos lembrar que, sem Sua vida, não podemos suportar. O poder da Sua vida é manifesto através da pressão exterior.
Muitos cristãos consideram, como vida boa, aquela que tem poucas dificuldades e angústias. Sempre que deparam com alguma coisa dolorosa, eles pedem a Deus para removê-la. Podemos dizer que eles estão vivendo, mas isso certamente não pode ser chamado de ressurreição. Suponhamos que, em sua constituição natural, você pudesse suportar a censura de dez pessoas, mas não mais; assim, pede a Deus para não permitir que você seja tentado acima da censura dos dez. Mas Deus permite que a pressão de onze pessoas venha sobre você.
Em tais situações, você, por fim, clama a Ele que não pode mais suportar, pois está além da sua capacidade. Permita-me dizer que Deus, não obstante, deixará que você seja pressionado além daquilo que seu próprio poder e paciência e bondade naturais possam suportar. O resultado será que você dirá a Ele que não pode mais suportar e pedirá que lhe conceda o poder para vencer. Naquele momento, você experimentará um poder novo e maior que pode suportar crítica, não apenas de dez, mas até de vinte pessoas. Você veio a reconhecer e experimentar que, quanto maior for a pressão, maior seu poder; e que, sempre que estiver sem poder, é porque você não foi colocado sob a disciplina da pressão.
Fonte: "O Poder da Pressão", Watchman Nee


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O MISTÉRIO DA VIDA HUMANA


"Também disse Deus:
Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança."

1- O PLANO DE DEUS- Deus deseja expressar a Si mesmo por meio do homem (Rm 8:29) Com esse propósito, Ele criou o homem a Sua imagem (Gn1;26). Assim como uma luva tem a imagem da mão, com o fim de conter a mão, o homem foi feito a imagem de Deus para conter Deus. Recebendo Deus como seu conteúdo, o homem pode expressar Deus (2 Co 4:7). ** DEUS- Espírito, Alma, Corpo

2- O HOMEM- Para cumprir Seu plano, Deus criou o homem como um vaso (Rm 9:21-24). Esse vaso tem três partes: corpo, alma e espírito (1 Ts 5:23). O corpo é para contatar e receber as coisas da esfera física. A alma, a faculdade mental, contata e recebe as coisas da esfera psicológica. E o espírito humano, a parte mais interior do homem, foi feito para contatar e receber o próprio Deus (Jo 4:24). O homem não foi criado para conter meramente comida em sua mente, mas para conter Deus em seu espírito (Ef 5:18).

3- AQUEDA DO HOMEM- Mas, antes que o homem recebesse Deus como vida em seu espírito, o pecado entrou no homem (Rm 5:12). O pecado amorteceu seu espírito ( Ef 2:1),tornou o homem inimigo d Deusem sua mente (Cl1:21) e transformou seu corpo em corpo de pecado (Gn 6:3; Rm6:12). Assim, o pecado danificou as três partes do homem, separando-o de Deus. Nessa condição, o homem não pode receber Deus.

4- A REDENÇÃO DE CRISTO PARA O DISPENSAR DE DEUS - ** DEUS - Encarnação- Viver humano- Crucificação-  Sepultamento- Ressurreição- Espírito que dá vida- Entronização- Dispensar- HOMEM

Contudo, a queda do homem não deteve Deus de cumprir Seu plano original. Para cumprir Seu plano, Deus primeiramente se tornou um homem, chamado Jesus Cristo ( Jo1:1,14). Então, Cristo morreu na cruz para redimir o homem ( Ef 1:7), Tirando, assim, seu pecado e levando-o de volta a Deus ( Jo1:29; Ef 2:13). Por fim, em ressurreição, Ele tornou-se o Espírito que dá vida para poder dispensar Suas riquezas insondáveis para o espírito do homem ( 1 Co 15:45b; Jo 20:22; 3:6).

5- A REGENERAÇÃO DO HOMEM- ** Arrepender-se e crer traz Deus para o homem

Uma  vez que Cristo se tornou o Espírito que dá vida, o homem pode agora receber a vida de Deus em seu espírito. A Bíblia chama isso de regeneração ( 1Pe 1:3; Jo 3:3). Para receber essa vida, o homem precisa se arrepender para Deus e crer no Senhor Jesus Cristo ( At 20;21; 16:31).

Para ser regenerado, simplesmente abra o seu coração ao Senhor e, com sinceridade, diga:  

             Senhor Jesus, eu sou um pecador,
                    Eu preciso de Ti.
          Obrigado por teres morrido por mim.
              Senhor Jesus, perdoa-me.
           Limpa-me de todos os meus pecados.
       Eu creio que Tu ressuscitasse dentre os mortos.
     Eu te recebo agora como meu Salvador e minha vida.
           Entra em mim! Enche-me com a Tua vida!
     Senhor Jesus, eu me entrego a Ti para o Teu propósito. Amém.

6- A SALVAÇÃO PLENA DE DEUS-  Após a regeneração, aquele que creu precisa ser batizado ( Mc 16:16). Então, Deus começa o processo de Se espalhar gradualmente do espírito para a alma daquele que creu (Ef 3:170; e esse é um processo que dura toda a vida. Esse processo, chamado transformação ( Rm12:2), exige a cooperação humana ( Fp 2:12). O crente coopera permitindo ao Senhor que se expanda para sua alma, até que todos os seus desejos, pensamentos e decisões tornem-seum com os de Cristo. Por fim, na volta de Cristo, Deus saturará plenamente o corpo do crente com a sua vida. Isso é chamado de glorificação(Fp 3:21). Assim, em vez de estar vazio e danificado em todas as partes, esse homem está cheio e saturado pela vida de Deus. Isso é a salvação plena de Deus! Esse homem expressa Deus e cumpre Seu plano.


                             


terça-feira, 25 de setembro de 2012

A PARÁBOLA DOS TALENTOS

As parábolas ditas pelo Senhor Jesus, e registradas em Mateus 24 e 25, ajudam-nos a compreender melhor sobre esse assunto. Abordaremos agora, também sucintamente a parábola dos talentos (15: 14- 30).
A parábola das dez virgens está relacionada com a vida, e a dos talentos com a obra. No aspecto da vida, os cristãos são virgens, e a exigência é crescer e ser vigilante; quanto à obra, somos servos, o que implica sermos bons, fiéis e prudentes. Portanto, não podemos negligenciar nem o aspecto da vida (que é interior, subjetivo e se refere à nossa experiência com Deus) nem o aspecto da obra (que é exterior, objetivo e resulta da nossa comunhão com Deus). A parábola dos talentos, dessa forma, está relacionada ao adequado uso dos dons que de Deus recebemos.
“Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens” (v. 14). O “homem” aqui se refere a Cristo. Ele entregou Seus bens a Seus servos. Os cristãos, ao mesmo tempo em que são filhos de Deus, são servos ou escravos de Cristo (1 Co 7: 22- 23; 2 Pe 1: 1; Tg 1: 1; Rm 1: 1). No aspecto da vida, somos virgens vivendo unicamente para Cristo (2 Co 11: 2), e no aspecto da obra nós O servimos como escravos comprados por Seu precioso sangue. Por termos a Sua vida, somos a igreja, que é a herança de Deus (Ef 1: 18), e somos os Seus bens. Nesta era, o bem mais precioso que Cristo possui, alcançado com o sacrifício de Sua própria vida, é a igreja, Seu corpo e noiva.
“A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e então partiu” (Mt 25: 15). Os talentos nessa parábola representam os dons espirituais (Ef 4: 7- 8; Rm 12: 6; 1 Co 12: 4; 1 Pe 4: 10; 2 Tm 1: 6). Para servir ao Senhor precisamos de dons. Muitas pessoas, ao tornarem-se cristãos, pensam usar para o Senhor seus talentos naturais, sua habilidades “de nascimento”. Isso, no entanto, é abominável para Deus, pois tais habilidades pertencem ao homem caído, à velha criação, à vida da alma. Os talentos de que Deus necessita no serviço a Ele são dons espirituais, que nos foram dados por Ele após a nossa salvação. Somente com esses dons podemos servir ao Senhor como bons servos a fim de realizar Sua obra.
No momento em que recebemos a vida de Deus, por meio da regeneração, tornamo-nos membros do Corpo de Cristo e membros uns dos outros. Num corpo nem todos os membros têm a mesma função (Rm 12: 4- 5). em nosso corpo físico, cada membro sabe exatamente qual é sua função, como deve agir em coordenação com os outros membros. Do mesmo modo, no Corpo de Cristo cada membro tem sua função, e é especialmente necessário que aprendamos a servir junto com outros irmãos. Por essa razão, Deus “concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (Ef 4: 11), visando um fim proveitoso: o aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério, para a edificação do Corpo de Cristo (v. 12). Esses irmãos aperfeiçoam e ensinam-nos a usar os dons que recebemos de Deus da maneira mais adequada e proveitosa.

A ORAÇÃO EFICAZ




“Elias subiu ao cume do Carmelo, e se inclinou por terra, e meteu o seu rosto
entre os seus joelhos. E disse ao seu moço: Sobe agora e olha para a banda do mar. E subiu, e olhou, e disse: Não há nada. Então, disse ele: Torna lá sete vezes. E sucedeu que, à sétima vez, disse: Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar. Então, disse ele: Sobe e dize a Acabe: Aparelha o teu carro e desce, para que a chuva te não apanhe. E sucedeu que, entretanto, os céus se enegreceram com nuvens e vento, e veio uma grande chuva; e Acabe subiu ao carro e foi para Jezreel”. 1Rs 18.42b-45

A oração é uma comunicação multifacetada entre os crentes e o Senhor. Além de palavras como “oração” e “orar”, essa atividade é descrita como invocar a Deus (Sl 17.6). Invocar o nome do Senhor (Gn 4.26), clamar ao Senhor (Sl3.4), levantar nossa alma ao Senhor (Sl 25.1), buscar ao Senhor (Is 55.6), aproximar-se do trono da graça com confiança (Hb 4.16) e chegar perto de Deus (Hb 10.22).

MOTIVOS PARA A ORAÇÃO.

A Bíblia apresenta motivos claros para o povo de Deus orar.

1) Antes de tudo, Deus ordena que o crente ore. O mandamento para orarmos vem através dos salmistas (1Cr 16.11; Sl 105.4), dos profetas (Is 55.6; Am 5.4,6), dos apóstolos (Ef 6.17,18; Cl 4.2; 1Ts 5.17) e do próprio Senhor Jesus (Mt 26.41; Lc 18.1; Jo 16.24). Deus aspira a comunhão conosco; mediante a oração, mantemos o nosso relacionamento com Ele.

2) A oração é o elo de ligação que carecemos para recebermos as bênçãos de Deus, o seu poder e o cumprimento das suas promessas. Numerosas passagens bíblicas ilustram esse princípio. Jesus, por exemplo, prometeu aos seus seguidores que receberiam o Espírito Santo se perseverassem em pedir, buscar e bater à porta do seu Pai celestial (Lc 11.5-13). Por isso, depois da ascensão de Jesus, seus seguidores reunidos permaneceram em constante oração no cenáculo (At 1.14) até o Espírito Santo ser derramado com poder (At 1.8) no dia de Pentecostes (At 2.1-4). Quando os apóstolos se reuniram após serem libertos da prisão pelas autoridades judaicas, oraram fervorosamente para o Espírito Santo lhes conceder ousadia e autoridade divina para falarem a palavra dEle. “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus” (At 4.31). O apóstolo Paulo freqüentemente pedia oração em seu próprio favor, sabendo que a sua obra não prosperaria se os crentes não orassem por ele (Rm 15.30-32; 2Co 1.11; Ef 6.18, 20; Fp 1.19; Cl 4.3,4). Tiago declara inequivocamente que o crente pode receber a cura física em resposta à “oração da fé” (Tg 5.14,15).

3) Deus, no seu plano de salvação da humanidade, estabeleceu que os crentes sejam seus cooperadores no processo da redenção. Em certo sentido, Deus se limita às orações santas, de fé e incessantes do seu povo. Muitas coisas não serão realizadas no reino de Deus se não houver oração intercessória dos crentes (ver Êx 33.11). Por exemplo: Deus quer enviar obreiros para evangelizar. Cristo ensina que tal obra não será levada a efeito dentro da plenitude do propósito de Deus sem as orações do seu povo: “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara” (Mt 9.38). Noutras palavras, o poder de Deus para cumprir muitos dos seus propósitos é liberado somente através das orações contritas do seu povo em favor do seu reino. Se não orarmos, poderemos até mesmo estorvar a execução do propósito divino da redenção, tanto para nós mesmos, como indivíduos, quanto para a igreja coletivamente.

REQUISITOS DA ORAÇÃO EFICAZ.

Nossa oração para ser eficaz precisa satisfazer certos requisitos.

1) Nossas orações não serão atendidas se não tivermos fé genuína, verdadeira. Jesus declarou abertamente: “Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis” (Mc 11.24). Ao pai de um menino endemoninhado, Ele falou assim: “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23). O autor de Hebreus admoesta-nos assim: “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé” (Hb 10.22), e Tiago encoraja-nos a pedir com fé, não duvidando (Tg 1.6; cf. 5.15).

2) Além disso, a oração deve ser feita em nome de Jesus. O próprio Jesus expressou esse princípio ao dizer: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.13,14). Nossas orações devem ser feitas em harmonia com a pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor (ver Jo 14.13).

3) A oração só poderá ser eficaz se feita segundo a perfeita vontade de Deus. “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1Jo 5.14). Uma das petições da oração modelo de Jesus, o Pai Nosso, confirma esse fato: “Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu” (Mt 6.10; Lc 11.2; note a oração do próprio Jesus no Getsêmani, Mt 26.42). Em muitos casos, sabemos qual é a vontade de Deus, porque Ele no-la revelou na Bíblia. Podemos ter certeza que será eficaz toda oração realmente baseada nas promessas de Deus constantes da sua Palavra. Elias tinha certeza de que o Deus de Israel atenderia a sua oração por meio do
fogo e, posteriormente, da chuva, porque recebera a palavra profética do Senhor (18.1) e estava plenamente seguro de que nenhum deus pagão era maior do que o Senhor Deus de Israel, nem mais poderoso (18.21-24).

4) Não somente devemos orar segundo a vontade de Deus, mas também devemos estar dentro da vontade de Deus, para que Ele nos ouça e atenda. Deus nos dará as coisas que pedimos, somente se buscarmos em primeiro lugar o seu reino e sua justiça (ver Mt 6.33). O apóstolo João declara que “qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista” (1Jo 3.22). Obedecer aos mandamentos de Deus, amá-lo e agradá-lo são condições prévias indispensáveis para termos resposta às orações. Tiago ao escrever que a oração do justo é eficaz, refere-se tanto à pessoa que foi justificada pela fé em Cristo, quanto à pessoa que está a viver uma vida reta, obediente e temente a Deus — tal qual o profeta Elias (Tg 5.16-18; Sl 34.13,14). O AT acentua este mesmo ensino. Deus tornou claro que as orações de Moisés pelos israelitas eram eficazes por causa do seu relacionamento obediente com o Senhor e da sua lealdade a Ele (ver Êx 33.17). Por outro lado, o salmista declara que se abrigarmos o pecado em nossa vida, o Senhor não atenderá as nossas orações (Sl 66.18; ver Tg 4.5 nota). Eis a razão principal por que o Senhor não atendia as orações dos israelitas idólatras e ímpios (Is 1.15). Mas se o povo de Deus arrepender-se e voltar-se dos seus caminhos ímpios, o Senhor promete voltar a atendê-lo, perdoar seus pecados e sarar a sua terra (2Cr 7.14; cf. 6.36-39; Lc 18.14). Note que a oração do sumo sacerdote pelo perdão dos pecados dos israelitas no Dia da Expiação não seria atendida se antes o seu próprio estado pecaminoso não fosse purificado (ver Êx 26.33).

(5) Finalmente, para uma oração eficaz, precisamos ser perseverantes. É essa a lição principal da parábola da viúva importuna (Lc 18.1-7; ver 18.1). A instrução de Jesus: “Pedi... buscai... batei”, ensina a perseverança na oração (ver Mt 7.7,8). O apóstolo Paulo também nos exorta à perseverança na oração (Cl 4.2 nota; 1Ts 5.17). Os santos do AT também reconheciam esse princípio. Por exemplo, foi somente enquanto Moisés perseverava em oração com suas mãos erguidas a Deus, que os israelitas venciam na batalha contra os amalequitas (ver Êx 17.11). Depois de Elias receber a palavra profética de que ia chover, ele continuou em oração até a chuva começar a cair (Ex 18.41-45). Numa ocasião anterior, esse grande profeta orou com insistência e fervor, para Deus devolver a vida ao filho morto da viúva de Sarepta, até que sua oração foi atendida (Ex 17.17-23).

PRINCÍPIOS E MÉTODOS BÍBLICOS DA ORAÇÃO EFICAZ.

1) Quais são os princípios da oração eficaz?

a) Para orarmos com eficácia, devemos louvar e adorar a Deus com sinceridade (Sl 150; At 2.47; Rm 15.11).
b) Intimamente ligada ao louvor, e de igual importância, vem a ação de graças a Deus (Sl 100.4; Mt 11.25,26; Fp 4.6).
c) A confissão sincera de pecados conhecidos é vital à oração da fé (Tg 5.15,16; Sl 51; Lc 18.13; 1Jo 1.9).
d) Deus também nos ensina a pedir de acordo com as nossas necessidades, segundo está escrito em Tiago: deixamos de receber as coisas de que precisamos, ou porque não pedimos, ou porque pedimos com motivos injustos (Tg 4.2,3; Sl 27.7-12; Mt 7.7-11; Fp 4.6).
e) Devemos orar de coração pelos outros, especialmente oração intercessória (Nm 14.13-19; Sl 122.6-9; Lc 22.31,32; 23.34).

2) Como devemos orar?

Jesus acentua a sinceridade do nosso coração, pois não somos atendidos na oração simplesmente pelo nosso falar de modo vazio (Mt 6.7). Podemos orar em silêncio (1Sm 1.13) ou em voz alta (Ne 9.4; Ez 11.13). Podemos orar com nossas próprias palavras, ou usando palavras diretas das Escrituras. Podemos orar com a nossa mente, ou podemos orar através do Espírito (i.e., em línguas, 1Co 14.14-18). Podemos até mesmo orar através de gemidos, i.e., sem usar qualquer palavra humana (Rm 8.26), sabendo que o Espírito levará a Deus esses pedidos inaudíveis. Ainda outro método de orar é cantar ao Senhor (Sl 92.1,2; Ef 5.19,20; Cl 3.16). A oração profunda ao Senhor será, às vezes, acompanhada de jejum (Ed 8.21; Ne 1.4; Dn 9.3,4; Lc 2.37; At 14.23; ver Mt 6.16).

(3) Qual a posição apropriada, do corpo, na oração?

A Bíblia menciona pessoas orando em pé (8.22; Ne 9.4,5), sentadas (1Cr 17.16; Lc 10.13), ajoelhadas (Ed 9.5; Dn 6.10; At 20.36), acamadas (Sl 63.6), curvadas até o chão (Êx 34.8; Sl 95.6), prostradas no chão (2Sm 12.16; Mt 26.39) e de mãos levantadas aos céus (Sl 28.2; Is 1.15; 1Tm 2.8).

EXEMPLOS DE ORAÇÃO EFICAZ.

A Bíblia está cheia de exemplos de orações que foram poderosas e eficazes.

1) Moisés fez numerosas orações intercessórias às quais Deus atendeu, mesmo depois de Ele dizer a Moisés que ia proceder de outra maneira.

2) Sansão, arrependido, orou pedindo uma última oportunidade de cumprir sua missão máxima de derrotar os filisteus; Deus atendeu essa oração ao lhe dar forças suficientes para derrubar as colunas do prédio onde os inimigos estavam exaltando o poder dos seus deuses (Jz 16.21-30).

3) Deus respondeu às orações de Elias em pelo menos quatro grandes ocasiões; em todas elas redundaram em glória ao Deus de Israel (17-18; Tg 5.17,18).

4) O rei Ezequias adoeceu e Isaías lhe declarou que morreria (2Rs 20.1; Is 38.1). Ezequias, reconhecendo que sua vida e obra estavam incompletas, virou o rosto para a parede e orou intensamente a Deus para que prolongasse sua vida. Deus mandou Isaías retornar a Ezequias para garantir a cura e mais quinze anos de vida (2Rs 20.2-6; Is 38.2-6).

5) Não há dúvida de que Daniel orou ao Senhor na cova dos leões, pedindo para não ser devorado por eles, e Deus atendeu o seu pedido (Dn 6.10,16-22).

6) Os cristãos primitivos oraram incessantemente a Deus pela libertação de Pedro da prisão, e Deus enviou um anjo para libertá-lo (At 12.3-11; cf. 12.5 nota). Tais exemplos devem fortalecer a nossa fé e encher-nos de disposição para orarmos de modo eficaz, segundo os princípios delineados na Bíblia.

O CRISTÃO É PLANTADO, NUTRIDO E PROTEGIDO PELO SENHOR


"Os cedros do Líbano que Ele plantou." (Sl. 104:16)

"O cristão é plantado, nutrido e protegido pelo Senhor."

Os cedros do Líbano simbolizam os cristãos, naquilo que se refere a terem sido inteiramente plantados pelo Senhor. Isto é a verdade absoluta de cada filho de Deus. O cristão não é plantado pelo homem, nem por si mesmo, mas é plantado por Deus.
A mão misteriosa do Espírito divino fez cair a semente da vida dentro do coração que Ele mesmo preparara para recebê-la. Cada verdadeiro herdeiro do céu pertence ao grande Agricultor que o plantou. Além disso, os cedros do Líbano não dependem do homem para regá-los; eles subsistem nas altas rochas não irrigadas pelo homem; e, no entanto, nosso Pai Celeste supre suas necessidades.
Assim é com o cristão que aprendeu a viver pela fé. Ele não depende do homem, mesmo nas coisas temporais; ele espera no Senhor seu Deus pelo seu sustento, e somente nEle. O orvalho do céu é sua porção e o Deus do céu o seu manancial. Mais uma vez, os cedros do Líbano não são protegidos por nenhum poder mortal. Eles nada devem aos homens para serem preservados das tempestades e ventos tormentosos. São árvores de Deus, mantidas e preservadas por Ele, somente por Ele. é exatamente a mesma coisa com o cristão. Ele não é uma planta de estufa, protegido das tentações; ele fica no local mais exposto; não tem refúgio, nem proteção, exceto esta, que as vastas asas do Deus eterno sempre abrigam os cedros que Ele mesmo plantou.
Como os cedros, os crentes são cheios de vigor, tendo vitalidade suficiente para estarem sempre viçosos, mesmo no meio das neves do inverno. Finalmente, o florescimento e as majestosas condições do cedro são somente para o louvor de Deus. O Senhor, e somente Ele, tem sido tudo para o cedro e, por isso, Davi, com muita doçura, colocou num de seus salmos: "Louvai ao SENHOR, árvores frutíferas e todos os cedros." (Sl. 148:9) No crente não existe nada que possa glorificar o homem; ele é plantado, nutrido e protegido pela própria mão do Senhor, e a Ele seja atribuída toda a glória.
Fonte: Morning and Evening — Charles Haddon Spurgeon

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

COMUNHÃO COM DEUS


    COMUNHÃO COM DEUS: Sem dúvida, George Muller foi um  cristão que experimentou durante toda sua vida o poder da oração. Ele sustentava orfanatos sem nunca pedir donativos para ninguém, tampouco tornar públicas as necessidades que tinha- ele simplesmente orava. E Deus sempre o supria na medida.
     Um de seus "segredos" era ler a Bíblia antes de orar. Ele dedicava as primeiras horas do dia para a oração, e iniciava isso lendo a Bíblia. Assim, seu homem interior era suprido, sua mente era cheia dos pensamentos de Deus e, então, espontaneamente uma oração de acordo com a vontade de Deus surgia. Muller testificava na presença de Deus, e podia apresentar-Lhe suas necessidades, confessar seus pecados e oferecer-se ao Senhor.
     Precisamos praticar isso. Muitas vezes, ao orar, estamos tão ansiosos por pedir coisas, por interceder por muitas pessoas, que nossa mente e coração ficam cheios de nossas coisas e da nossa vontade. Precisamos ser esvaziados das preocupações, e a melhor maneira é primeiramente ter contato com a Palavra de Deus. Mesmo apenas um ou dois versículos, se lidos com oração, com desejo de ter comunhão com o Senhor, são suficientes para nos preparar para entrar no Santos dos Santos.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

COMO ENSINAR OS FILHOS


COMO ENSINAR OS FILHOS



"Tu, meu filho Timóteo, desde a infância sabes as Sagradas Letras que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus." (Tm 3:15)
Só a palavra de Deus nos faz sábios para a salvação. Timóteo recebeu tal conhecimento na sua infância. Ele o aprendeu por meio da sua avó e da sua mãe, ambas cristãs, pela fé que estava nelas. Elas certamente praticavam o que está de acordo com Deutrenômio 6, pois Paulo falava da mesma fé que estava na sua vó Lóide e na sua mãe Eunice.
Esta fé passou de uma geração a outra e chegou até Timóteo. Deve ter havido uma fonte originadora que foi infundida de uma geração que conhecia a Deus à outra geração.
Além do conhecimento do Novo Testamento, Timóteo também tinha desde sua infânca, bom fundamento no Antigo Testamento. Ele era alguém que estava totalmente aperfeiçoado e equipado para ministrar a palavra de Deus, não somente no cuidado da igreja em sua cidade, como também no confronto com o crescente declínio da igreja em todo o mundo de sua época.
Hoje, todos os cristãos, especialmente os jovens, precisam do entendimento da palavra de Deus, tanto do Antigo como do Novo Testamento. é muito interessante que isso seja desde a mais tenra infância.
A palavra infância vem do latim e quer dizer: "Não falar" — ou seja, uma idade antes de aprender a falar. Timóteo, antes de aprender a falar, já estava sendo instruído nas sagradas letras.
Muitos pais cristãos não tem clareza de quando devem começar a ensinar a Bíblia aos filhos. Na vida de Timóteo, temos a resposta: mesmo antes de aprender a falar, devemos ensinar-lhes as sagradas letras. Isso não vai regenerá-los, mas poderá fazê-los sábios para a salvação.
Além disso, o conhecimento da palavra vai guardar a infância e a juventude deles da influência maligna do mundo. Pense sobre isso e comece já a ensinar a seus filhos.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

SUBMISSÃO, AMOR E BRANDURA




Coração
O maior sonho de todos os pais é ter um lar feliz. Mesmo aqueles que já desistiram, por qualquer motivo, já anelaram isso um dia. Avaliando a condição da maioria das famílias, percebe-se que são poucos os pais que atingiram o alvo. Tal insucesso dar-se-ia porque um lar feliz não passa de uma utopia ou seria o resultado da falha dos pais em não atentar aos princípios que Deus estabeleceu?
A carta que o apóstolo Paulo escreveu aos colossenses estabelece princípios que a esposa, marido, pais e filhos devem viver no seio familiar (Colossenses 3:18-21).
O primeiro grande princípio é que, antes de ser uma boa mãe, a mãe precisa ser uma boa esposa.
Dedicar-se primeiramente aos filhos antes de dedicar-se ao marido constitui erro grave. Há beleza no lar quando os filhos submetem-se à autoridade dos pais. Essa ordem é desejada por todas as famílias. De um fato todos nós devemos ter clareza: são as esposas as responsáveis por estabelecer o padrão de submissão no lar. Quando a esposa consegue submeter-se a seu próprio marido, torna-se desnecessário falar de autoridade e submissão para os filhos. O exemplo de submissão da esposa ao marido substituirá os gritos e as agressões físicas que os pais, às vezes, lançam mão para fazer os filhos enxergarem sua posição e dever. é uma lei: se a esposa grita, desobedece e faz pouco caso do marido, os filhos não somente aprenderão essa nociva lição, como também se voltarão mais tarde contra o pai, confrontando, assim, sua autoridade. Esposas submissas = filhos submissos.
O segundo grande princípio é que, antes de ser um bom pai, o pai precisa ser um bom marido. Pouco adianta o esforço do pai em dar presentes e fazer piqueniques com os filhos se a forma como ele trata a esposa é com amargura. Se o pai pudesse ter uma conversa sincera com os filhos e perguntasse-lhes o que mais alegraria seu pequeno coração, certamente a resposta seria que amasse profundamente a mãe deles. Os maridos geralmente desempenham erradamente seu papel de autoridade em casa. Eles pensam que exercer autoridade é mandar, humilhar e esbravejar quando as esposas não respondem a contento as suas reclamações. A verdadeira autoridade é exercida sem força, sem peso. A verdadeira autoridade é exercida com amor. Quando o marido ama verdadeiramente a esposa como ele ama o próprio corpo, a esposa submete-se ao esposo espontaneamente e os filhos entendem que o melhor caminho a trilhar com os pais e com os irmãos é amando-os.
O terceiro grande princípio está na correção branda dos pais ao corrigir os erros dos filhos. No passado erramos com nossos pais. Nossos avós e todos os outros filhos que vieram antes de nós também erraram bastante com seus pais; entretanto, achamos inadmissível que nossos filhos errem. Quando os filhos brigam uns com os outros, tiram notas baixas, mentem ou, por alguma razão, ficam introspectivos, a maioria dos pais reage de uma forma tão irritadiça que chegam a transparecer que desconhecem todos esses gestos e sentimentos e que jamais agiram de modo semelhante.
A irritação furta dos pais a possibilidade do diálogo, da sobriedade, do discernimento, do equilíbrio, da compreensão e da disciplina eficaz. Muitos pais, em vez de ajudarem os filhos que erraram, irritam os filhos, "jogando na cara" seus erros, deficiências e humilhando-os perante os outros. Por causa dessas atitudes, os filhos ficam bastante desanimados para prosseguir. A crítica amarga dificilmente produz bons resultados; pelo contrário, a crítica amarga elimina a esperança dos filhos, deixa-os na defensiva e gera no coração deles raiz de amargura. Não estamos incentivando a condescendência ou conivência com o erro cometido pelo filho. Entretanto, quando os filhos tiverem de ser corrigidos, devemos fazê-lo com brandura (Gálatas 6:1). Voltemos ao passado, lembremo-nos de que já cometemos o mesmo erro e nos perguntemos: "Como eu gostaria de, numa situação dessas, ser corrigido pelos meus pais?" Esse pequeno lapso de tempo pode desfazer a irritação e produzir caminhos mais criativos no trato do pai com o filho. Dessa forma fica mais fácil os filhos obedecerem.
Se aqueles que têm filhos desejam ser bons pais, precisam primeiramente ser boas esposas e bons maridos. Ambos precisam compartilhar submissão e amor um para com o outro. é somente dessa forma que bons pais surgem, é dessa forma que lares felizes surgem.
Fonte: Jornal árvore da Vida nº 146

FALTA DE DISPOSIÇÃO PARA OBEDECER A PALAVRA DE DEUS


Falta de Disposição para Obedecer à Palavra de Deus

Coração
Não apenas temos os pecados no lado negativo: a Bíblia nos mostra que ser negligente diante de Deus em nossa intenção de obedecer à Sua palavra também é pecado.
Irmãos e irmãs, quantos mandamentos de Deus vocês têm lido, e a quantos têm obedecido? Quantos maridos amam a mulher e quantas mulheres se submetem ao marido? Uma irmã disse certa vez que sabia que devia submeter-se ao marido, mas sempre discutia um pouco antes de submeter-se. Ela percebeu com o tempo que nunca havia tido uma verdadeira submissão conforme o padrão do mandamento de Deus. Isso, é claro, é pecado.
Quantos cristãos percebem que estar tristes é pecado? A Bíblia diz que devemos regozijar-nos sempre. Quantos cristãos têm obedecido a esse mandamento? Devemos ver que estar triste é pecado. Todos os que não se regozijam, pecam. O mandamento de Deus diz que por nada devemos estar ansiosos. Se estamos cheios de ansiedade, temos pecado. De acordo com o mandamento de Deus, estar triste e ansioso é pecado. Claro que, de acordo com o homem, estar triste ou ansioso não é pecado, mas a Palavra de Deus diz que a tristeza e a ansiedade são pecados.
Devemos em tudo dar graças. Deus manda que demos graças em tudo. Em tudo devemos dizer: "Deus, eu Te agradeço e Te louvo". Mesmo que encontremos dificuldades devemos dizer: "Deus, eu Te agradeço e Te louvo". Uma mulher que teve nove filhos pensava que a palavra sobre não estar ansiosos estava equivocada. Ela alegava que uma mãe precisa estar ansiosa. Achava que não estar ansiosa era pecado. Já havia perdido dois filhos em meio à sua ansiedade e acreditava que devia criar os outros sete com ansiedade. Essa irmã não entendia que a ansiedade é pecado; pensava que era sua obrigação estar ansiosa. Regozijar-se sempre é um mandamento de Deus. Não andar ansioso de coisa alguma também o é. Em tudo dar graças, mais ainda, é um mandamento de Deus. A vitória e a força nos capacitam para obedecer o que Deus manda. Os que não conseguem vencer não são capazes de guardar os mandamentos de Deus.
Agora, se você pensar: "Mas tenho muitos motivos para estar ansioso ou triste", considere o seguinte: acaso nós não colhemos aquilo que plantamos? Se prefiro viver ao meu modo, como a promessa de Deus será uma realidade pra mim?
Se para Deus não estar ansioso é um mandamento, deve ser mandamento pra mim também. Se para Ele, "alegrai-vos" ou "regozijai-vos" é um mandamento, para mim também é.
"Quanto ao mais, irmãos meus, regozijai-vos no Senhor. Não me é penoso a mim escrever-vos as mesmas coisas, e a vós vos dá segurança." (Filipenses 3:1)
Reconheça que precisa crer na palavra de Deus. Crer é receber. Por exemplo, sobre a ansiedade, o que diz a Bíblia?
"Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós." (I Pedro 5:7)
O que você acha, é um conselho ou mandamento? Acha que este cuidado de Deus é só se você concorda? Ele quer cuidar de você a todo o tempo, mas se você não crer, não terá outra opção exceto de cuidar de si mesmo. As palavras da Bíblia não devem ser interpretadas segundo nossa lógica, precisamos da luz de Deus para entendê-lO. Reconheça que não tem obedecido ao Senhor e que é ainda um cristão tão triste e ansioso. Sobre o que deveríamos estar ansiosos? Por buscar a presença do Senhor, isso é a única coisa que deixa Ele também ansioso, pois deseja ainda mais a nossa presença:
"ó Deus, tu és o meu Deus; ansiosamente te busco. A minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água." (Salmo 63:1)
Graças a Deus, há um caminho de volta: arrependimento. Se o homem se arrepende, Deus o restaura. Se quiser mesmo ser restaurado, volte-se para o Senhor, confesse seu pecado - esses dos quais falamos aqui - e arrependa-se, Ele será fiel com você.
Adaptado de "A Vida Que Vence" - Watchman Nee

COM ELEVAR A AUTO-ESTIMA DO SEU FILHO




Todos os pais devem esforçar-se para elevar a auto-estima de seus filhos. Quando uma criança possui auto-estima, significa que ela possui um forte senso de valor e de prestígio de si mesma. Esse sentimento lhe garante crescer sem complexo de inferioridade. O preço que ela dirá ter e a percepção de valor de seus amigos, parentes e as pessoas de um modo geral enxergarão nela é determinado pelo rótulo que os pais imprimirem nas crianças durante os primeiros anos de vida. Os pais são, por isso, os responsáveis pela etiqueta de valor que terão os filhos.

Não podemos esperar que o mundo faça isso. O mundo tornou-se muito competitivo e exigente, basta que os nossos filhos não atinjam a média na escola ou errem frente a seus parentes ou se estranhem com as outras crianças nos parques recreativos, para que várias palavras negativas sejam dirigidas sem misericórdia a elas, abalando, assim, sua base de sustentação e quebrando o termômetro que os mede como alguém importante: sua auto-estima.

Nosso lar, como um jardim, e nossos filhos como a cultura, precisam ser regados e devidamente adubados para crescerem fortes. Se somos estes que irão produzir filhos fortes, confiantes e bem consigo mesmos, não podemos deixar passar as oportunidades que nosso próprio lar proporciona. O lar pode se transformar em um viveiro produtor de filhos que gostam de si mesmos. Cultivar esse sentimento é fundamental para uma criança.

Quando permitimos que nossos filhos ajudem em casa varrendo o chão, enxugando a louça, atendendo o telefone, arrumando a própria cama, colocando os sapatos em lugar próprio, escovando os próprios dentes e fazendo uma infinidade de pequenas coisas que temos ao nosso dispor, sem dúvida, eles crescerão sentindo-se mais importantes e com uma saudável percepção de valor. Essa é a forma de transformar uma plantinha em uma grande árvore.

é certo que muitos desses serviços não sairão bem feitos, já que a vontade de ajudar da criança nem sempre corresponde com a maturidade que tem: estatura, coordenação motora, capacidade de discernir prioridades, etc. Esse é o grande motivo de os pais rejeitarem a ajuda que os filhos pretendem e gostam de dar. O que os pais geralmemente não percebem é que quando o serviço de uma criança é rejeitado, ela também sente-se rejeitada. Esse sentimento de rejeição é muito ruim para se conviver com ele. Um pai com visão nunca olha para o resultado do serviço que o filho presta, mas para o resultado que ocorre na pessoa dele. E não há melhor resultado do que este: ser estimado como alguém de grande valor.

Os filhos que crescem em um lar onde os pais agem como meros gerentes, sempre exigindo e esperando a melhor performance deles, correm o sério risco de tornar-se filhos tímidos e inseguros. Talvez preferirão, por medo de errar, não se aventurar em desempenhar as tarefas que lhe cabem ou não terão iniciativa de criar algumas outras. Que lástima! Quando nossas crianças são privadas desse senso de valor, não temerão, no futuro, gastar sua vida com o mundo, andar com o carro em alta velocidade, usar drogas, tatuar seu corpo, pois não aprenderam a gostar de si mesmas.

Por outro lado, se tivermos pais com as características de um bom jardineiro, que lança a semente, rega, aduba e que tem a paciência de esperar décadas, se for necessário, para ver os resultados, esses produzirão filhos positivamente destemidos, ousados e com mais capacidade de influenciar o grupo com que se relacionam do que serem influenciados por ele.

A vida de nossos filhos é preciosa demais para não ser usada por Aquele que sabe valorizar o homem - Deus. O preço que Ele pagou por nossos filhos foi suficiente para que eles se sintam os mais especiais do mundo.

Pais, permitam que seus filhos ajudem em casa, tenham paciência, gastem tempo com eles, ajam como bons jardineiros e digam-lhes, por favor, que eles são preciosos para Deus.
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domingo, 9 de setembro de 2012

AOS CASAIS

Oh! Senhor Jesus--( Aos Casais )
O amargo pode se tornar doce ler: Êxodo 15:22-26
"...Ás vezes nosso casamento passa pro situações amargas e difíceis porque o Senhor nos quer mostrar que em nosso ego não existe água pura que possa dessendentar. Deus por meio das circunstâncias, revela que não somente é amargo o que ocorre ao nosso redor mas todo o nosso ser também é amargo. Só a cruz de Cristo cu
ra nossa amargura e muda o que somos. somos doente física, emocional e espiritualmente. precisamos de socorro!... Em nossa vida cristã e em nosso relacionamento conjugal, se não andarmos em comunhão constante com o Senhor e não dependermos Dele, nos encontraremos várias vezes cansados e sedentos, mas só com águas amargas que não podem satisfazer nossa sede. o Senhor permite isso para que percebamos que, em nós mesmos, em nosso ego, não existe nada doce, nenhuma água que consiga saciar nossa sede. somente águas amargas. é também o que temos a oferecer ao conjugue....Após crermos no Senhor ainda precisamos ter um viver de obedecer ao Senhor e aplicar a cruz em nosso ser doente e amargo. Nossa cruz vem por meio de negarmos a nós mesmos, tomarmos a cruz de Cristo e seguir-Lo. percebemos desequilibrio em nossas emoções, assim como em nossas decisões carregadas de insegurança. até nosso corpo perde a força e adoece por causa do stress gerado pelas emoções desequilibradas. não adianta insistir para o Senhor mudar somente a situação exterior, pois nosso coração, que é a fonte de todos os nossos sentimentos é cheio de amargura, insatisfações, queixas contra o conjugue e contra o próprio Deus. Não aceitamos o seus caminhos., reclamamos das pessoas que nos cercam, do chefe, do conjugue, dos filhos, dos pais,dos amigos, como se Deus não estivesse fazendo nada a nosso favor! quando ouvimos a voz do Senhor , obedecemos à Ele , guardamos Seus mandamentos e rejeitamos toda a rebelião que há em nosso ser aí o experimentamos como nosso médico e remédio. Ele é o único que pode mudar uma situação amarga em doce e pode principalmente mudar nosso interior, onde está a fonte dos problemas... Abramo-nos a Ele: OH SENHOR JESUS!

sexta-feira, 7 de setembro de 2012