domingo, 25 de outubro de 2020

EXPERIMENTAR O PODER DO EVANGELHO

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 1 – DOMINGO (páginas 21 e 22)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: O PODER DO EVANGELHO – (1 Ts 1:5))
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
1 Tm 6:10; Ap 18:2
Ler com oração:
Sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna (1 Jo 5:20).

EXPERIMENTAR O PODER DO EVANGELHO
Sabemos que há duas categorias de idolatria: a visível e a oculta. A idolatria oculta também se apoia em um tripé que substitui Deus em nossa vida: a tecnologia, o dinheiro (relacionado ao poder) e o prazer. A tecnologia está ligada à fé. As pessoas confiam no celular, no computador, no sistema financeiro. O dinheiro está relacionado ao amor, pois a Bíblia nos revela que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1 Tm 6:10). Nós aguardamos a vinda do Senhor. Mas quem está envolvido com o mundo da idolatria só tem esperança em ter mais prazer e vive refém do sistema de entretenimento. Hoje, muitos tomam essas provedoras de filmes e séries de televisão como esperança de divertimento e satisfação nos momentos atuais de isolamento social. Outros ainda idolatram sua carreira, pois ela ocupa o primeiro lugar em sua vida. Todavia, precisamos lembrar que o tripé tecnologia-dinheiro-prazer compõe a estrutura daquilo que a Bíblia chama de torre de Babel, que consiste atualmente na grande Babilônia. Deus já está começando a derrubar essa grande Babilônia (Ap 18:2).
O poder do evangelho é capaz de libertar-nos de toda forma de idolatria e fazer-nos voltar para Deus. Todos precisamos ir diante do Senhor e perguntar: “Senhor, eu tenho ídolos?”. O celular tornou-se um poderoso ídolo. Muitos, quando acordam, pegam o celular, e não a Bíblia. Há jovens totalmente usurpados pelos jogos on-line. Lembre-se: tudo o que toma o lugar de Deus em sua vida se torna um ídolo. Se você tem tempo para todas essas coisas, mas não tem tempo para ler a Bíblia, orar, sair para pregar o evangelho, significa que você ainda não foi liberto da idolatria. Creia no poder do evangelho: deixe os ídolos e volte-se para o verdadeiro Deus.
A experiência com o poder do evangelho também fez com que os de Tessalônica se dispusessem a servir o Deus vivo e verdadeiro. Esse serviço está relacionado ao labor de amor. O amor que Deus colocou em nosso coração é que nos leva a servir nosso Deus vivo e verdadeiro. Servir o Deus verdadeiro não é tão difícil. Sabemos que nosso Deus não é de ouro, prata ou pedra. Nosso Deus nos ouve, nos vê e também fala conosco. Devemos perguntar-nos: meu Deus é vivo? Para responder a isso, devemos fazer mais uma pergunta: como é minha vida diária? Você está conectado a Ele diariamente? Que tipo de Deus seus familiares, colegas, amigos veem em você? Você tem um Deus que o governa e o corrige? O seu Deus é vivo? O que eles ouvem mais de sua boca: louvor e agradecimentos a Deus ou reclamações? Saiba que nossa vida diária afeta diretamente a imagem que nossos familiares, amigos e colegas têm de nosso Deus.
Por fim, os tessalonicenses aguardavam dos céus o Filho de Deus, conforme lemos: “E para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura” (1 Ts 1:10). Aguardar dos céus o Filho indica a perseverança da esperança. O que aguardamos hoje? Não estamos dizendo que não devamos fazer planos para nossa vida. Podemos e devemos fazer planos para nossa família, filhos, trabalho, mas, acima de tudo, o que aguardamos? A economia do país melhorar? Esperamos ganhar mais dinheiro? Ou aguardamos dos céus o Filho de Deus? O que estamos dizendo é que precisamos estar focados em Cristo. Cristo é nosso único destino. Cristo é nosso único futuro. Não coloque sua esperança neste mundo, ainda mais nestes tempos finais.
Mesmo já tendo a vida divina em nós, vamos experimentar o poder do evangelho para nossa plena salvação. O Senhor quer salvar-nos para estarmos em Seu reino e, para isso, quer levar-nos a perseverar até o fim. Esse processo envolve a transformação de nossa vida. O evangelho não é só palavra, não é doutrina, é o poder do Espírito Santo! O evangelho é nosso viver. Não importa se você é um cristão novo ou antigo, Deus quer salvá-lo até o fim. Ele quer que você experimente o poder do evangelho em sua vida! Ele está esperando por isso.

sábado, 24 de outubro de 2020

LIBERTAÇÃO DA IDOLATRIA E CONVERSÃO A DEUS

 ALIMENTO DIÁRIO

*SEMANA 1 – SÁBADO (páginas 18, 19 e 20)*
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem:*O PODER DO EVANGELHO – (1 Ts 1:5))
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
Ec 3:11; 1 Ts 5:23
Ler com oração:
Eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura (1 Ts 1:9-10).

LIBERTAÇÃO DA IDOLATRIA E CONVERSÃO A DEUS
O testemunho dos tessalonicenses teve uma repercussão marcante em toda a região da Macedônia e Acaia. Estamos diante de uma igreja nova, de poucos meses, mas visivelmente transformada (1 Ts 1:9-10). Aqui, Paulo, mais uma vez, não enfatiza milagres nem atitudes a que os homens e os cristãos em geral dão importância. Ele ressalta a transformação de vidas por intermédio de seu testemunho naquela cidade. Paulo afirma: “Pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro” (v. 9). Era como se Paulo dissesse: “Nossa presença no meio de vocês causou toda essa transformação”.
As palavras e o viver de Paulo e seus cooperadores geraram entre os tessalonicenses três atitudes que estão relacionadas com a estrutura do viver da igreja. Primeiramente, eles deixaram os ídolos para se converter a Deus (obra de fé), depois, começaram a servir o Deus vivo e verdadeiro (labor de amor). Por fim, passaram a aguardar dos céus a Jesus (perseverança da esperança).
Podemos afirmar que uma coisa é deixar os pecados e voltar-se para Deus, e outra é deixar os ídolos e voltar-se para Ele. Muitos cristãos hoje, de certa maneira, deixaram os pecados grosseiros e se voltaram para Deus. Mas a pergunta que fazemos é: será que todos eles deixaram os ídolos? Ao analisarmos a natureza humana, entendemos por que as pessoas se apegam a ídolos. Leiamos: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim” (Ec 3:11). Esse versículo se relaciona com este: “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5:23). Esses versículos são revolucionários.
O ser humano compõe-se de três partes: espírito, alma e corpo. O corpo é a parte exterior. Na parte intermediária, temos nossa alma, a parte psicológica (psique), que se compõe de três partes: a intelectual, que é a nossa mente; a emocional, que é a nossa emoção; e a parte volitiva, que é a nossa vontade. Na parte mais interior, está o espírito humano. Apesar de reconhecer a existência do corpo e da alma, poucos sabem que dentro de si também há um espírito humano, uma parte que está escondida lá em seu âmago, em seu íntimo. É aí que Deus colocou a eternidade, conforme lemos em Eclesiastes, no coração do homem, sem que este o perceba (3:11).
O homem tem a eternidade dentro de si, e a única maneira de preencher esse vazio é com o próprio Deus. Assim, é possível compreender por que, desde os primórdios de sua existência, o ser humano procura preencher esse vazio com coisas materiais (dinheiro, casas, carros, tecnologia etc.) ou com prazeres para sua alma (viagens, sucesso, entretenimento etc.), sem com isso se sentir satisfeito. Agora, sabemos que, por mais que tente, o ser humano nunca conseguirá preencher esse vazio, pois a eternidade está em seu coração. Essa eternidade, que é o espírito humano, só pode ser preenchida com o próprio Deus, que é eterno. Todas as pessoas têm uma necessidade natural de adorar ao Deus vivo e verdadeiro. Desde indígenas, que adoram estátuas ou elementos da natureza, até aqueles que se declaram ateus, todos sentem necessidade de adorar a Deus, mas, como se negam a fazer isso, criam seus próprios ídolos.
Existem duas categorias de idolatria: a visível e a oculta. Em muitos países, a idolatria é ostensiva, visível, com imagens e estátuas de ídolos. Em outros lugares, a idolatria é oculta, como o culto às celebridades, aos bens materiais, ao dinheiro e aos prazeres. Mas, afinal, o que é ídolo? Ídolo é tudo aquilo que toma o lugar de Deus. É algo muito sutil. Os ídolos podem impedir você de se consagrar ao Senhor. Muitos idolatram celebridades do mundo da música, do cinema, dos esportes, da política e, agora, das redes sociais. Alguns ainda conservam em suas casas quadros desses ídolos. Embora não sejam imagens de santos, são igualmente ídolos.
Vimos que os cristãos tessalonicenses deixaram os ídolos para se converter a Deus. “Converter” no sentido original da palavra em português significa voltar-se. As pessoas da província da Macedônia, onde se encontrava a cidade de Tessalônica, viviam profundamente enraizadas na idolatria. Mas muitas delas experimentaram o poder do evangelho, foram libertas dos ídolos e se voltaram para o Deus vivo e verdadeiro. Que transformação! Essa experiência todos nós precisamos ter na igreja! Louvado seja o Senhor.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

CRER NO PODER TRANSFORMADOR DO EVANGELHO

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 1 – SEXTA-FEIRA (páginas 16 e 17)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: O PODER DO EVANGELHO – (1 Ts 1:5))
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
Jo 20:19; At 2:4, 14; 13:52; Rm 14:17; Gl 5:22; 1 Pe 5:3
Ler com oração:
Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1:16)

CRER NO PODER TRANSFORMADOR DO EVANGELHO
Nós, que já cremos no Senhor Jesus, temos a tendência de pensar nos outros sempre que ouvimos falar sobre o evangelho. Pensamos nos familiares, vizinhos, amigos e até desconhecidos. Querido leitor, todos nós, que já recebemos o evangelho, precisamos crer no poder que ele tem de operar em nossa vida. Muitas vezes não cremos que o evangelho possa mudar-nos. Como, então, esperar que ele mude outras pessoas? Se eu não crer, minhas palavras não terão peso e não transmitirão convicção. Muitos acham que, por já serem salvos, não precisam mais dessa palavra, julgando que ela deve ser destinada apenas aos incrédulos. Certamente, já estamos salvos da perdição eterna, mas todo cristão precisa, todos os dias, ser salvo do mundo, do pecado, de sua personalidade difícil, de sua dificuldade de se coordenar com outros e de viver em paz com eles. Nossa pregação não deve estar fundamentada apenas em palavras, mas no poder de uma vida transformada. O apóstolo Paulo afirmou ousadamente: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder” (1 Co 2:4). E quanto a nós?
“O reino de Deus consiste não em palavra, mas em poder” (1 Co 4:20). Hoje, querido leitor, precisamos desse poder na igreja, em nosso lar, em nossa vida pessoal, em nosso serviço a Deus. O evangelho é o poder para salvação de todo aquele que crê (Rm 1:16). Você crê? Não pense que você já se graduou no evangelho. Toda vez que Deus nos fala por meio da palavra profética, Ele nos prega o evangelho, nos dá esperança, nos motiva. Nessas horas, que atitude devemos ter? Devemos crer no evangelho (Mc 1:15).
Muitos associam o poder do evangelho a um toque na testa que derruba pessoas ou à expulsão de demônios. Todavia o verdadeiro poder é o que transforma vidas, é o que reconcilia marido e mulher, que consegue fazer pessoas diferentes servir juntas e em harmonia na igreja. Se uma igreja está dividida, o verdadeiro poder é aquele que consegue derrubar a parede que separa os irmãos e novamente os juntar. Depois da morte de Jesus, os discípulos estavam trancados em uma casa com medo dos judeus, mas, quando receberam o Espírito, foram libertos do medo e passaram a pregar o evangelho àqueles de quem antes se escondiam (Jo 20:19; At 2:4, 14). Os que são tímidos, os que têm medo de servir a Deus, de pregar o evangelho, quando se enchem do poder que vem do Espírito Santo, tornam-se ousados. Um dos grandes adversários que temos em nosso interior é o medo, mas o poder do evangelho nos liberta do temor de nos consagrar totalmente a Deus.
Uma das principais manifestações de que estamos cheios do Espírito é a alegria (1 Ts 1:6; At 13:52; Rm 14:17; Gl 5:22). Existe hoje um mal-entendido com relação a encher-se do Espírito Santo. Muitos pensam que a evidência de uma pessoa estar cheia do Espírito Santo é falar em línguas. Mas, nas epístolas aos tessalonicenses, Paulo nada disse sobre “falar em línguas”. No capítulo um de 1 Tessalonicenses, Paulo apresenta uma evidência de alguém que está cheio do poder do Espírito Santo: a alegria (v. 6). Por isso, alegremo-nos no Senhor. Mesmo no meio desta pandemia e do isolamento social, queremos e podemos encher-nos da alegria do Espírito. Louvado seja o Senhor!
O poder do evangelho se manifestou entre os tessalonicenses por meio do viver e do testemunho de Paulo e seus companheiros: “Com efeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo” (1 Ts 1:6). Aqui vemos a importância do exemplo. Aquela igreja foi tão impactada pelo testemunho de Paulo que passou a imitá-lo. Os apóstolos se tornaram seus modelos (1 Co 4:16; 11:1; Fp 3:17; 2 Ts 3:7, 9). Paulo os encorajava a ser seus imitadores, assim como ele procurava ser de Cristo. Os líderes devem pastorear a igreja, não com ordens, mas com o exemplo (1 Pe 5:3). Por imitar os apóstolos, a igreja em Tessalônica, apesar de ser nova, tornou-se modelo para os irmãos da Macedônia e Acaia (1 Ts 1:7-8).
A pregação do evangelho nos leva a viver a obra de fé, o labor de amor e a perseverança da esperança. Mesmo em meio a provações, existe esperança! Louvado seja o Senhor!


quinta-feira, 22 de outubro de 2020

A OBRA DE FÉ, O LABOR DE AMOR, A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA E O PODER DO EVANGELHO

 *ALIMENTO DIÁRIO*

SEMANA 1 – QUINTA-FEIRA (páginas 14 e 15)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: O PODER DO EVANGELHO – (1 Ts 1:5))
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
1 Ts 1:8, 10; 2:19; 3:12; 4:9-10, 13-18
Ler com oração:
O nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós (1 Ts 1:5).

A OBRA DE FÉ, O LABOR DE AMOR, A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA E O PODER DO EVANGELHO
Lemos algo tremendo que diz respeito a nosso viver: “Recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 1:3). Essa passagem nos apresenta a estrutura da vida da igreja. A tradução literal do grego dessa porção é a seguinte: “Recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da vossa obra de fé, do vosso labor de amor e da vossa perseverança da esperança”.
A fé relaciona-se à obra. Nossa obra não é uma obra qualquer, pois a natureza e a força que a move é a fé. Trabalhamos e servimos ao Senhor porque cremos. Por exemplo, o trabalho dos colportores dinâmicos é uma obra de fé. Toda manhã eles saem com fé: eles têm uma meta, oram e contatam as pessoas. Vidas são salvas por uma breve oração. Mas essa oração é cheia de fé! O amor está relacionado com o labor. O labor é mais do que um trabalho. Limpar a casa é um trabalho doméstico, mas, quando uma mãe cuida de seu bebê, isso é labor. O labor tem uma motivação que nos leva a afadigar-nos e dedicar-nos integralmente a uma atividade. Essa motivação é o amor. O amor é a característica do labor. E a esperança tem a ver com a perseverança. O que nos leva a perseverar até o fim é a esperança. Os tessalonicenses haviam perdido a esperança em relação aos que tinham morrido, mas Paulo revelou-lhes que a salvação é eterna, que o Senhor Jesus os livraria da ira vindoura e que eles também seriam arrebatados e estariam novamente juntos (1 Ts 1:10; 4:13-18). Essas palavras deram esperança aos cristãos de Tessalônica. A fé direciona-se para Deus (1:8), o amor direciona-se para os santos (3:12; 4:9-10) e a esperança direciona-se para a vinda do Senhor (2:19).
Paulo usa a expressão “nosso evangelho” (1 Ts 1:5), ou seja, o evangelho fazia parte de sua vida. O evangelho não deve ser apenas palavras para nós, mas deve ser parte de nosso viver. Querido leitor, foi esse fato que levou os tessalonicenses a ter uma grande transformação em tão pouco tempo; e esse é o evangelho que devemos ter e pregar. Paulo explicou: “O nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo” (1 Ts 1:5a). O evangelho não é só o que você prega, é o que você vive! Vemos a importância do evangelho no viver dos cristãos genuínos, e sempre precisamos lembrar que o evangelho não é somente palavra, o evangelho é poder. É o poder no Espírito Santo! O evangelho é o poder de transformar vidas, e não apenas a vida dos outros, mas a minha vida. Uma vida transformada é, por si só, uma poderosa pregação do evangelho!
Também vemos, nesses versículos iniciais, que não podemos ter dúvidas no coração: “E em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós” (1 Ts 1:5b). O procedimento de Paulo e seus cooperadores em Tessalônica foi uma verdadeira pregação do evangelho! As pessoas devem olhar para um cristão e pensar: “É essa vida que eu quero para mim”.
Leiamos: “Para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho” (2 Ts 2:14). Mais uma vez vemos Paulo usar a expressão “o nosso evangelho”, o que confirma que o evangelho fazia parte de sua pessoa. O evangelho é o poder de Deus. Querido leitor, queremos que todos tenhamos a plena convicção do poder do evangelho para nos transformar e para influenciar a vida de outras pessoas. Esse evangelho não é só o da graça para a salvação eterna, mas é o evangelho do reino, do poder que nos levará a ser um vencedor. Esse é o poder que Deus quer que tenhamos! Aleluia!

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

A ELEIÇÃO DO PAI, O LIVRAMENTO DO FILHO E O DISPENSAR DO ESPÍRITO

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 1 – QUARTA-FEIRA (páginas 12 e 13)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: O PODER DO EVANGELHO – (1 Ts 1:5))
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
Jo 3:5, 16; 1 Ts 1:5-6, 10
Ler com oração:
Devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade (2 Ts 2:13).

A ELEIÇÃO DO PAI, O LIVRAMENTO DO FILHO E O DISPENSAR DO ESPÍRITO
Depois de compreender o que deu origem às cartas de Paulo aos tessalonicenses, vamos atentar para as características espirituais dessa igreja. “Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo, graça e paz a vós outros” (1 Ts 1:1). Paulo escreveu várias de suas epístolas juntamente com seus cooperadores, mostrando-nos seu trabalho conjunto e em harmonia no Corpo de Cristo. A expressão “igreja dos tessalonicenses”, que Paulo usou aqui, é muito diferente das usadas em outras epístolas. É uma expressão mais carinhosa. Devemos lembrar que essa foi sua primeira epístola escrita, e que aquela igreja era muito nova. Seria como se ele enviasse uma carta para a igreja em São Paulo e iniciasse com a expressão “à igreja dos paulistanos”. Ao mesmo tempo em que demonstra que a igreja é composta de seres humanos, ele completa a informação: “à igreja dos tessalonicenses em Deus Pai”. Isso é maravilhoso! Não é uma igreja somente de pessoas, mas de pessoas em Deus. E não apenas em Deus, mas em Deus Pai.
Até antes da primeira vinda de Cristo, a relação entre o homem e Deus era de Criador e criatura. O homem jamais poderia estar em Deus. Por isso Paulo escreveu aqui “Deus Pai”, porque não é só uma relação de Criador e criatura, mas uma relação de Pai e filho, uma relação de vida. Um dia, Ele nos gerou no Espírito e se tornou nosso Pai, e nós, Seus filhos (Jo 3:5, 16). Essa relação de Pai e filho nos revela a união, a conexão de Deus com o homem. No entanto, os tessalonicenses não tinham como se conectar a Deus por si mesmos. Como, então, isso foi possível? A resposta vem em seguida: “À igreja dos tessalonicenses em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 1:1). A união, a plena conexão tornou-se possível por meio de Cristo. Ele é o conector central do universo; todas as coisas convergem Nele; Nele, tudo subsiste (Ef 1:10; Cl 1:17b). Ele nos conectou a Deus mediante a redenção e pôs ordem em nossa vida. Quando nossa vida é encabeçada por Cristo, desfrutamos de paz! Isso é maravilhoso! Paulo se refere a Jesus aqui como o Senhor Jesus Cristo,
O poder do evangelho 13isto é, como Aquele que encabeça, que reina sobre todas as coisas. Por isso, apreciamos tanto invocar esse Nome: Senhor Jesus! Essa é uma forma de aumentar cada vez mais nossa conexão com Deus. Estamos conectados ao Pai porque Jesus se tornou nosso Senhor.
Nessa primeira epístola, vemos o trabalho do Deus Triúno: em primeiro lugar, temos a eleição do Pai, que nos escolheu; em segundo, desfrutamos o livramento do Filho; e, em terceiro, temos o dispensar do Espírito! Essa epístola foi escrita para irmãos novos, mas está repleta de verdades. Querido leitor, esse é o evangelho que Deus nos confiou, esse é o legado que Ele entregou à igreja. Portanto, não tenha vergonha de nossas verdades. Não diga assim: “Nossas verdades são muito elevadas para as pessoas lá fora”. Não! Precisamos crer nessas verdades, confiar no que Deus nos deu e entregar isso a todas as pessoas.
Os versículos iniciais de 1 Tessalonicenses nos revelam que a eleição é do Pai. Logo no primeiro versículo há a expressão “em Deus Pai”; no terceiro versículo, “diante do nosso Deus e Pai”, e, no quarto versículo, “reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição”. Foi o Pai quem nos escolheu. Fomos escolhidos! Paulo estava dizendo aos tessalonicenses: “Vocês foram escolhidos! Reconhecemos, irmãos amados, a eleição de vocês”. Paulo estava consolando a igreja, que sofria perseguições e martírios, mostrando-lhes que nossa salvação é eterna. Mesmo que muitos ali tenham sido mortos, eles ainda poderiam crer na obra do Filho, pois o Senhor Jesus os livraria da ira vindoura (1 Ts 1:10). O apóstolo também mostrou que toda aquela transformação que experimentavam era decorrente do trabalhar do Espírito Santo na vida deles (vs. 5-6).
Querido leitor, você tem dúvida de que Deus o escolheu? Se você está lendo estas palavras neste momento, creia: você foi escolhido! Creia: sua salvação é eterna, e o Espírito é o poder de Deus em sua vida. Mesmo em meio a lutas e perseguições, o Espírito é capaz de nos fazer pessoas felizes e alegres. Apenas creia!

terça-feira, 20 de outubro de 2020

O CUIDADO DE PAULO PARA COM A IGREJA EM TESSALÔNICA

 ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 1 – TERÇA-FEIRA (páginas 10 e 11)
SÉRIE: DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: O PODER DO EVANGELHO – (1 Ts 1:5))
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
At 17:3-15; 18:1, 5; Fp 4:16; 1 Ts 1:6-9; 2:9; 3:1-3, 8
Ler com oração:
Porque, vos recordais, irmãos, do nosso labor e fadiga; e de como, noite e dia labutando para não vivermos à custa de nenhum de vós, vos proclamamos o evangelho de Deus (1 Ts 2:9).

O CUIDADO DE PAULO
PARA COM A IGREJA EM TESSALÔNICA
Paulo permaneceu por um tempo em Tessalônica. Embora não se saiba ao certo quanto à duração exata da sua estada, alguns afirmam que ele permaneceu ali por apenas três semanas, apoiados nos versículos de Atos (17:1-2). Por esse relato, vemos também que Paulo e Silas pregaram o evangelho, e uma numerosa multidão de gregos piedosos e distintas mulheres creram na Palavra (vs. 3-4). A menção de distintas mulheres reforça a importância do ministério das mulheres para a edificação da igreja.
Depois de algum tempo, os judeus, tomados por inveja, levantaram-se contra Paulo e os novos irmãos. Foi por isso que ele teve de deixar a cidade e seguir para Bereia (At 17:5-10). Observando outras passagens, podemos afirmar que Paulo e Silas, muito provavelmente, ficaram mais de três semanas em Tessalônica. Talvez a estada deles ali tenha durado alguns meses, conforme três evidências que apresentaremos a seguir.
A primeira está no fato de que, enquanto permaneceram na cidade pregando o evangelho, Paulo e Silas trabalharam dia e noite, para não viver à custa dos irmãos e não ser um peso para os tessalonicenses (1 Ts 2:9; 2 Ts 3:8). Se tivessem ficado por apenas três semanas ali, todo esse labor não teria sido necessário.
A segunda é que, ao partir de Tessalônica, Paulo e Silas deixaram a igreja numa condição bem próspera, com os irmãos em um estágio bastante avançado de experiência e testemunho da Palavra (1 Ts 1:6-8). Em três semanas seria muito difícil estabelecer uma igreja com esse tipo de amadurecimento espiritual. A igreja em Tessalônica tornou-se modelo para as outras igrejas na Macedônia e Acaia, e isso demanda muito tempo e dedicação investidos. Houve uma mudança completa na vida dos irmãos, pois eles abandonaram os ídolos e se converteram totalmente a Deus (v. 9).
A última evidência de que eles, muito provavelmente, permaneceram mais de três semanas está em Filipenses (4:16), em que Paulo explica que a igreja em Filipos lhes havia enviado suprimentos mais de uma vez enquanto estavam em Tessalônica. A distância entre uma cidade e outra era de 160 a 170 km. Como viajavam a pé, eles demoravam mais de cinco dias para percorrer essa distância. Portanto, seria difícil aos irmãos de Filipos ir duas vezes para Tessalônica em apenas três semanas. A igreja em Tessalônica era nova, e Paulo cuidou dos irmãos ali por alguns meses, até que os judeus e os desocupados se levantaram contra ele, Silas e os demais irmãos.
Ao sair às pressas de Tessalônica, Paulo e Silas foram para Bereia (At 17:10-13). Contudo, os judeus vieram de Tessalônica e perseguiram Paulo, que foi levado por alguns irmãos até Atenas; mas, antes de sair de Bereia, ele deixou ali Silas e Timóteo (v. 14). De Atenas, Paulo enviou um recado para que os dois fossem encontrá-lo (v. 15). Como Paulo estava muito preocupado com a condição da igreja em Tessalônica, enviou Timóteo de Atenas para Tessalônica a fim de confirmar a fé dos irmãos, consolá-los e encorajá-los (1 Ts 3:1-3). (Veja o mapa na página 8).
Assim que Timóteo foi para Tessalônica, Paulo também enviou Silas até essa mesma região da Macedônia (provavelmente para Filipos e Bereia). Vemos isso porque, tendo Paulo saído de Atenas e chegado a Corinto, Timóteo e Silas desceram da Macedônia para encontrá-lo ali (At 18:1, 5). Por causa das notícias trazidas da Macedônia por Silas e Timóteo, Paulo, então, escreveu junto com eles as duas epístolas aos tessalonicenses (1 Ts 1:1a, 2 Ts 1:1a).
Querido leitor, isso mostra que, no coração de uma pessoa que serve o Senhor, existe a preocupação com as igrejas. Precisamos todos ter tal coração, principalmente, durante estes dias de pandemia, motivo pelo qual devemos orar por todos os irmãos. Que o Senhor nos conduza sempre por esse caminho de cuidado mútuo

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

O PANO DE FUNDO DA CARTA DE PAULO AOS TESSALONICENSES

 ALIMENTO DIÁRIO




SEMANA 1 – SEGUNDA-FEIRA (páginas 7, 8 e 9)

SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA

O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG

Mensagem: O PODER DO EVANGELHO – (1 Ts 1:5))
Ministrada por Ezra Ma

Leitura bíblica:
At 16:40—17:4; 1 Ts 4:14-18

Ler com oração:
Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança (1 Ts 4:13) 


O PANO DE FUNDO DA CARTA DE
PAULO AOS TESSALONICENSES

Querido leitor, iniciamos uma nova série do Alimento Diário intitulada “Deus nos chama para o Seu reino e glória”, com base nas duas epístolas de Paulo aos tessalonicenses. Nesta semana, trataremos do contexto em que o apóstolo escreveu essas cartas à igreja em Tessalônica; do tempo em que ele e seus cooperadores permaneceram naquela cidade; da forte experiência que os irmãos tiveram com o poder do evangelho, um poder que os libertou dos ídolos, para servir ao Deus vivo e verdadeiro; e, por fim, veremos como tudo isso se relaciona com a estrutura do viver da igreja: a obra de fé, o labor de amor e a perseverança da esperança.
Após o livro de Atos, seguem-se as epístolas de Paulo nesta ordem: Romanos, Primeira e Segunda Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses e, por fim, Primeira e Segunda Tessalonicenses. Embora apareçam no final da sequência bíblica das cartas dirigidas às igrejas, as epístolas aos tessalonicenses foram as primeiras que Paulo escreveu.
Conhecer os eventos que motivaram Paulo a escrever essas duas epístolas vai nos ajudar a compreender o conteúdo espiritual delas. A igreja em Tessalônica era uma igreja nova, com poucos meses de existência, quando recebeu as cartas de Paulo. Como teve de sair às pressas daquela cidade, o apóstolo não pôde apresentar a Palavra e o conhecimento de uma maneira mais completa. Assim, ele escreveu essas duas epístolas para orientá-los a viver uma vida cristã santa, com vistas à vida da igreja. Ele apresentou aos tessalonicenses a preciosa estrutura da igreja: fé, amor e esperança. Além disso, a igreja passava por provações e, em razão das perseguições do Império Romano, vários irmãos foram mortos. Isso gerou dúvidas sobre o que aconteceria com os que morreram, sobre qual seria o futuro deles. Por isso, Paulo despendeu um tempo considerável nessas duas epístolas para esclarecê-los sobre a vinda do Senhor e
O poder do evangelho e o arrebatamento tanto dos vivos, como daqueles que dormiram no Senhor, isto é, dos mortos (1 Ts 4:13-18).
Tais palavras são muito oportunas, pois alguns de nós, nestes tempos de pandemia, também experimentamos tristeza decorrente da partida de alguns de nossos irmãos e entes queridos. Não estamos num momento de perseguição exterior, mas de tribulação. E muitos de nós temos uma sensação interior de que a vinda do Senhor está próxima. Essas cartas não foram escritas somente para os irmãos de Tessalônica, mas para nós hoje!
Tessalônica era a capital da província romana da Macedônia. Sua economia era forte e florescente devido a sua excelente localização no mar Egeu. Seu porto era utilizado pelos romanos para transporte de mercadorias e realização de negócios. Sua população era numerosa, com nativos e diversas comunidades de estrangeiros, incluindo uma importante colônia judaica.
Sabemos, por meio do livro de Atos, que Paulo estava em sua segunda viagem missionária quando chegou a Tessalônica. Ele e Silas foram guiados pelo Senhor a cada uma das cidades apontadas no mapa até chegar àquela cidade: “À noite, sobreveio a Paulo uma visão na qual um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos. Assim que teve a visão, imediatamente, procuramos partir para aquele destino, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho. Tendo, pois, navegado de Trôade, seguimos em direitura a Samotrácia, no dia seguinte, a Neápolis e dali, a Filipos, cidade da Macedônia, primeira do distrito e colônia. Nesta cidade, permanecemos alguns dias” (At 16:9-12). É fascinante perceber na Bíblia a maneira de Deus enviar e direcionar Seus servos, como fez com Paulo e Silas, orientando-lhes os passos conforme Sua vontade. Isso é um grande exemplo para nós.
Saindo de Filipos, passaram por Anfípolis, depois chegaram a Tessalônica, e, ali, encontraram uma sinagoga de judeus (At 16:40—17:4), onde por três sábados Paulo discorreu com eles acerca das Escrituras. Alguns judeus se uniram a Paulo e Silas, bem como numerosa multidão de gregos e muitas mulheres distintas.
Que sempre busquemos, no cuidado para com os irmãos e no estabelecimento das igrejas, ser conduzidos por esse mesmo caminho de obediência ao guiar do Espírito, e que tenhamos palavras de esclarecimento e consolo aos que têm dúvidas ou passam por sofrimentos. Aleluia!


domingo, 18 de outubro de 2020

O CORAÇÃO DA BÍBLIA PRINCÍPIO DA MORTE E RESSURREIÇÃO

 LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA


QUARTA SEMANA – DOMINGO 18/10 (Páginas 106 à 109)


Ler com oração:

2 Tm 2:22   Fuja dos desejos malignos da juventude e siga a justiça, a fé, o amor e a paz, com aqueles que, de coração puro, invocam o Senhor.


PRINCÍPIO DA MORTE E RESSURREIÇÃO 


    No versículo 33 de 1 Coríntios 15, lemos: “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes”. A expressão “más conversações” também pode ser traduzida por “más companhias”. Enquanto orientava seu jovem cooperador Timóteo, Paulo disse o seguinte: “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor” (2 Tm 2:22). Nossos companheiros devem ser pessoas positivas na igreja, de coração puro, que invocam e amam o Senhor. Não nos associemos aos que espalham boatos e conversas negativas, e só causam desânimo. Que na vida da igreja nos ajudemos mutuamente em amor, buscando a sobriedade e tendo conhecimento de Deus (1 Co 15:34). 


    Nos versículos 35 a 39, Paulo mostra como ocorre a ressurreição dos mortos, usando como referência a vida vegetal (1 Co 15). Toda e qualquer semente, quando semeada, “não nasce, se primeiro não morrer” (v. 36). Se você semear uma semente na terra, ela, primeiramente, morrerá, para depois germinar, crescer, florescer e frutificar a trinta, a sessenta e a cem por um (Mt 13:8). Esse é o princípio na vida de ressurreição. 


    O Senhor Jesus comparou-Se a um grão de trigo. No Evangelho de João 12:24, lemos: “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto”. Esse é o princípio da ressurreição. Jesus foi a semente de vida que, caindo na terra, morreu, e não ficou na morte, mas ressuscitou. Quando ressuscitou, produziu muito fruto. Nós somos esse fruto, o resultado dessa semeadura. Nos versículos 40 e 41, o apóstolo Paulo mostra que há diversos tipos de corpos e, entre eles, há diversos níveis de glória (1 Co 15). Isso se aplica aos diversos níveis do galardão que receberemos. No caso da parábola das minas (Lc 19:16-19), o que negociou sua mina e rendeu dez, recebeu autoridade sobre dez cidades; o que negociou sua mina e rendeu cinco, recebeu autoridade sobre cinco cidades. Essa ilustração mostra que tudo depende de nosso rendimento espiritual na vida da igreja. Deus é conhecido como galardoador dos que O buscam (Hb 11:6). Se buscamos pouco, receberemos pouco; se, entretanto, buscamos muito, receberemos muito. 


    Nos versículos 42 a 44 de 1 Coríntios 15, vemos a dualidade do corpo, antes e depois da ressurreição. Quando experimentarmos a ressurreição, nosso corpo será incorruptível, glorioso, espiritual e cheio de poder, isto é, não será mais anímico (governado pela alma), mas governado pelo Espírito. Podemos ver todos esses atributos no Cristo ressurreto, conforme lemos: “Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante” (v. 45). O Senhor Jesus é o Espírito que dá vida. E, como último Adão, o Senhor encerrou o velho homem na cruz. Agora, temos apenas Cristo. 

    Com a morte e a ressurreição, o Senhor se tornou o Espírito que dá vida. E os que creem em Cristo recebem esse Espírito prometido (Jo 7:37-39). Hoje, Jesus já foi glorificado, pois morreu e ressuscitou. Podemos unir-nos a Ele como um só espírito (1 Co 6:17); podemos experimentá-Lo por meio da Palavra, que é espírito e vida (Jo 6:63); e, à medida que vivemos no Espírito de Deus mesclado ao nosso espírito, cumprimos a economia, o plano de Deus. O resultado é que a fé objetiva, o que está escrito na Palavra, se tornará nossa fé subjetiva, nossa experiência com a Palavra.


 TRAGADA FOI A MORTE PELA VITÓRIA 


    Em 1 Coríntios 15, versículos 46 a 49, o apóstolo Paulo prossegue fazendo um paralelo entre o primeiro homem, Adão, e o segundo homem, Cristo. O primeiro homem é natural e terreno, enquanto o segundo homem é espiritual e celestial. Por isso devemos trazer a imagem do segundo homem, Cristo. Nesse sentido, o que nos diferencia das outras pessoas? A única e grande diferença é que nós, cristãos, temos o Espírito. Contudo, se vivemos na carne, é possível que cometamos as mesmas coisas que elas cometem. Então a responsabilidade é nossa. 


    Viver no espírito é a maneira de praticarmos a palavra profética, é o caminho para termos a realidade do reino dos céus hoje e garantirmos nossa entrada em sua manifestação na era vindoura. Sem viver no espírito, não haverá realidade alguma; antes, seremos naturais e terrenos, como todos os demais descendentes do velho Adão. 

    O versículo 50 continua: “Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção” (1 Co 15). Absolutamente nada proveniente da corrupção, isto é, do velho Adão, poderá herdar o reino de Deus. Paulo fez uma lista das coisas oriundas da carne em 1 Coríntios 6:9-10. No entanto, no versículo 11 desse mesmo capítulo, ele nos encoraja: “Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus”. 


    Na genuína vida cristã, que é conforme a vontade de Deus, não existe a opção de ficar em cima do muro. Deixar de viver no espírito é, automaticamente, escolher viver na carne. As obras da carne são terríveis (Gl 5:19-21) e estão relacionadas ao corpo: prostituição, impureza, lascívia; à alma: inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas; e a questões de ordem espiritual: idolatria e feitiçarias. Porém, em meio a tantas coisas negativas provenientes do velho Adão, temos mais uma palavra de encorajamento: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (vs. 22-23). Essas coisas são provenientes da vida divina, que recebemos ao crer no Senhor e está crescendo em nós! 

    Em 2 Timóteo 3:1-5 temos uma relação de coisas negativas provenientes do legado do velho Adão; são situações características do tempo do fim. Diante dessas questões, devemos seguir a recomendação de Paulo: “Foge também destes”. 


    Finalmente, chegamos aos versículos 51 a 58 de 1 Coríntios 15: “Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão”. Esses versículos nos trazem esperança. Aleluia! Nosso corpo corruptível será revestido de incorruptibilidade; ou, em outras palavras, nosso corpo de humilhação será igual ao corpo da glória de Cristo (Fp 3:20-21). 

    Dessa forma, concluímos o capítulo 15 de 1 Coríntios. Em outra publicação, abordaremos o capítulo 16, que trata das ofertas de riquezas materiais e tem uma relação muito grande com a ressurreição. Jesus é o Senhor!


sábado, 17 de outubro de 2020

LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA FIÉIS NO POUCO PARA SERVIR NO MUITO

 LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA


QUARTA SEMANA – SÁBADO 17/10 (Páginas 102 à 105)


Ler com oração:

Lc 19:12    Ele disse: "Um homem de nobre nascimento foi para uma terra distante para ser coroado rei e depois voltar.

FIÉIS NO POUCO PARA SERVIR NO MUITO


     Voltemos ao versículo 24 de 1 Coríntios 15: “Então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder”. Cristo, o Filho, está, hoje, conquistando o reino da terra de volta para Deus. Ele, contudo, não faz isso sozinho, mas conta com a igreja, que é o Seu Corpo. Primeiramente, Cristo, o Filho de Deus, foi enviado à terra para realizar a redenção e concluir esta era. Então virá o fim.

     Em virtude da rebelião de Lúcifer, a terra foi usurpada por Satanás. A primeira criação de Deus estava sob a liderança de Lúcifer, o arcanjo. Como querubim da guarda ungido, sua função era velar pela glória de Deus e estar sobre toda a Sua criação (Ez 28:14). Por causa de seu orgulho, esse arcanjo pôs tudo a perder, pois desejou ser igual a Deus (Is 14:13-14; Ez 28:15). Além de seduzir a terça parte dos anjos, também corrompeu a criação de Deus. O Criador, no entanto, subjugou sua rebelião, enviando-o para a terra (Is 14:15; Ez 28:17). Os anjos rebeldes tornaram-se os principados e as potestades (Ef 6:12); e o seres criados antes de Adão tiveram seus espíritos aprisionados nas águas (Mt 8:29, 31-32). O presente mundo, portanto, está sob a influência de Satanás (Lc 4:5-7). 

    Diante disso, o Senhor não ficou de braços cruzados. Entretanto não reconquistará esse reino sozinho. Ele conta conosco, Seus servos. O Senhor, então, como na parábola das minas (Lc 19:11-27), antes de sair “com o fim de tomar posse de um reino e voltar” (v. 12), confiou “minas” a nós (cada mina era equivalente à sexagésima parte de um talento). E deixou a seguinte ordem: “Negociai até que eu volte” (v. 13). Na verdade, essa parábola mostra que o Senhor, em Sua primeira vinda, nos confiou dons e deseja que os multipliquemos a fim de edificar Seu Corpo e estabelecer Seu reino aqui na terra (Mt 6:10). 

    Na segunda vinda do Senhor, porém, teremos de prestar contas a Ele do que fizemos com os dons que recebemos: “Quando ele voltou, depois de haver tomado posse do reino, mandou chamar os servos a quem dera o dinheiro, a fim de saber que negócio cada um teria conseguido” (Lc 19:15). Nessa prestação de contas, os dois primeiros servos trouxeram, respectivamente, dez e cinco minas, como resultado do que cada um recebeu inicialmente. Então o Senhor confiou-lhes autoridade sobre dez e cinco cidades, respectivamente (vs. 16-19). Essa é a maneira que o Senhor recompensará a cada um de nós, Seus servos. 

    Querido leitor, essa parábola nos traz encorajamento e é uma advertência. Encorajamento porque podemos aprender com o exemplo desses servos que negociaram suas minas e entregaram o rendimento delas a seu senhor; e uma advertência porque o servo que não negociou sua mina trouxe prejuízo para si mesmo, não tendo direito à recompensa. Pelo contrário, a mina lhe foi tirada e dada ao que tinha dez (Lc 19:20-24).


 A VITÓRIA DE CRISTO SOBRE TODOS OS INIMIGOS 


    Em 1 Coríntios 15:25-26, lemos: “Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte”. O trecho de Apocalipse 20 nos ajuda a compreender melhor esses versículos. Durante o reino milenar, parte do reino dos céus destinada aos vencedores, Satanás será preso no abismo por mil anos (vs. 1-3). 

    Após sua prisão, Satanás será solto e, infelizmente, ainda conseguirá seduzir as nações a segui-lo em sua ambição de resistir a Deus e a Seus filhos vencedores (vs. 7-8). O que me espanta nessa situação é ver que muitas nações cederão à sedução de Satanás, mesmo depois de terem participado de um ambiente tão glorioso como a manifestação do reino. 

    Em seguida, descerá fogo do céu e consumirá as nações, e Satanás será lançado no lago de fogo, onde já estarão a besta e o falso profeta (vs. 9-10). 

    No versículo 14, lemos: “Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo”. O último inimigo, a morte, será, finalmente, lançado para dentro do lago de fogo. Graças ao Senhor, não faremos parte da segunda morte, pois seremos ressuscitados. 


A RESSURREIÇÃO INTRODUZIU O HOMEM NA GLÓRIA


     Prosseguindo, em 1 Coríntios 15:27 e 28, lemos: “Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou. Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos”. Esses versículos expõem a missão do Filho. Ele foi enviado pelo Pai para sujeitar todas as coisas e, posteriormente, sujeitar-se ao Pai.

     Essa porção nos remete a Salmos 8, em que Davi profetiza que Jesus, como homem, foi feito, por um pouco, menor do que Deus e foi coroado de glória e de honra (vs. 1-5). O segundo da trindade, o Filho, já era Deus (Jo 1:1); e, como homem, Ele abriu caminho para que a humanidade também fosse coroada e glorificada. Assim, Jesus nasceu como homem, viveu como homem, sofreu como homem, passou por todas as restrições, mas com uma diferença: Ele não pecou. O Senhor foi à cruz cumprir a redenção por nós. Ele morreu e foi sepultado, mas ressuscitou. A ressurreição representa uma mudança de esfera, de ambiente, e, sobretudo, uma mudança de dimensão. Ela não pertence à esfera terrena. O Senhor, portanto, venceu por nós! Ele subiu aos céus e está à direita do Pai, como o Filho do Homem.

     Quando Estêvão estava sendo apedrejado, confessou ter visto Jesus, o Filho do Homem, em pé à destra de Deus (At 7:55-56). Antes do Senhor Jesus, não havia nenhum homem na glória. Ele foi o primeiro homem a estar lá. Assim como Jesus tornou-se Senhor e Cristo, encabeçando todas as coisas, Ele conferiu essa autoridade à igreja, a qual também será exaltada juntamente com Ele (Mt 28:18-19). 

    Em Sua segunda vinda, Cristo virá com Seus vencedores, e, juntos, regerão sobre as nações, no reino milenar. Então tudo estará consumado. Satanás, a besta, o falso profeta e a morte serão derrotados e lançados no lago de fogo. Amém! 


A RESSURREIÇÃO ASSEGURA NOSSA ESPERANÇA 


    Nos versículos 29 a 32 de 1 Coríntios 15, o apóstolo Paulo retomou seus argumentos acerca da ressurreição. Até uma prática herética entre os coríntios, de se batizarem pelos mortos, foi usada por Paulo para mostrar-lhes a existência da ressurreição. Eles faziam isso com a falsa expectativa de que, quando Cristo voltasse, seus parentes, que não tiveram oportunidade de serem batizados, seriam ressuscitados. 


    A ressurreição tem tanto valor para a vida cristã que o apóstolo disse que lutou com feras em Éfeso por causa da esperança da ressurreição. Os epicureus comiam, bebiam e morriam, pois para eles não haveria outra vida após a morte. Logo, tinham de aproveitar bem a presente vida, porque a morte seria o fim. Obviamente, Paulo queria mostrar-lhes que há, sim, esperança após a morte, a ressurreição. É a partir dela que toda a economia de Deus se consumará, conforme vimos no tópico acima.


sexta-feira, 16 de outubro de 2020

LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA A RESSURREIÇÃO NOS INTRODUZIU NA UNIDADE DO DEUS TRIÚNO

 LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA

DIA: 16/10/2020


QUARTA SEMANA – SEXTA-FEIRA (Páginas 98 à 102)


Ler com oração:

Jo 14:20   Naquele dia, compreenderão que estou em meu Pai, vocês em mim, e eu em vocês.


A RESSURREIÇÃO NOS INTRODUZIU   NA UNIDADE DO DEUS TRIÚNO 


    Quando andava com Seus discípulos, o Senhor predisse Sua morte e Sua ressurreição três vezes, conforme registrado nos três primeiros evangelhos: no Evangelho de Mateus (16:21; 17:23; 20:19); no Evangelho de Marcos (8:31; 9:31; 10:34); e no Evangelho de Lucas (9:22; 18:33; 24:7). 


    A predição da morte e ressurreição do Senhor no Evangelho de João foi um pouco diferente. No capítulo 14, lemos: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também. E vós sabeis o caminho para onde eu vou” (vs. 2-4). Depois de ouvir essas palavras, Tomé perguntou: “Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho?” (v. 5). Se estivéssemos no lugar dele, provavelmente, acrescentaríamos: Que lugar é esse? Que caminho devemos tomar para chegar lá? Então o Senhor prosseguiu: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (v. 6). Nessas palavras do Senhor temos uma importante dica: o lugar é o Pai, e o caminho para alcançá-Lo é o Filho.


     De acordo com esses versículos, o “ir” do Senhor diz respeito à Sua morte, e o “voltar”, à Sua ressurreição como Espírito. Para melhor esclarecimento, prestemos atenção aos versículos 16 e 17: “Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós” (Jo 14). Quando o Senhor falou essas palavras, o Espírito ainda não tinha sido dado, porque Ele ainda vivia na terra. Era necessário Cristo ser crucificado, morrer, ressuscitar e ser glorificado para que o Espírito viesse a nós. Hoje, porém, como Cristo já passou por tudo isso, podemos ler esse versículo da seguinte forma: “O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e está em vós”. O Espírito da verdade ou da realidade já está em nós, que cremos. Por meio Dele, podemos viver a realidade do reino dos céus. 


    Outra importante questão é que, para se referir ao Pai, o Senhor usou a terceira pessoa do singular: “Ele vos dará outro Consolador”, mas, de repente, mudou para a primeira pessoa ao afirmar: “Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros” (Jo 14:18). Desse modo, podemos entender que o Espírito da verdade não nos deixará órfãos. Isso prova que o Senhor rogou ao Pai para que enviasse outro Consolador, o qual é o Espírito da verdade, que é o próprio Cristo. 

    Tomando como base a conclusão acima, podemos entender melhor o versículo 20: “Naquele dia, vós conhecereis que eu estou em meu Pai, e vós, em mim, e eu, em vós” (Jo 14). O Senhor está no Pai, o Pai está no Senhor, o Senhor está em nós, e nós estamos no Senhor. Em outras palavras, nós estamos no Pai e no Filho. Isso é maravilhoso! 


    A fim de que façamos parte do Deus Triúno, o Senhor nos santifica. Leiamos: “A favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade” (Jo 17:19). Segundo esse versículo, de um lado, os discípulos foram incluídos na oração do Senhor; de outro, nós também fomos incluídos em Sua oração, conforme lemos: “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra” (v. 20). Você e eu fomos incluídos na oração do Senhor porque viemos a crer Nele, por intermédio de Sua palavra.


     Prosseguindo, no versículo 21, lemos: “A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17). Não tínhamos nada a ver com o Pai. Agora, o Pai é um com o Filho e o Filho é um com o Pai, para que também sejamos um com o Pai e com o Filho. 

    Para que essa unidade entre nós e o Deus Triúno seja real, precisamos de aperfeiçoamento. O versículo 23 diz: “Eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim” (Jo 17). Estamos sendo aperfeiçoados nessa unidade.


 Ela não é exterior. Não se trata de um mero acordo de trégua. A unidade aqui é entre o Pai, o Filho e nós. 

    Por saber de nossas limitações, o Senhor colocou-nos na vida da igreja para sermos aperfeiçoados. Imagine se o Senhor entregasse tudo para nós, todas as Suas riquezas de uma única vez! Não iríamos aguentar, iríamos explodir. Por isso o Senhor nos colocou na vida da igreja, para sermos aperfeiçoados na unidade. 


    Prestemos atenção ao final do versículo 23: “Para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim”. Esse versículo termina falando do amor. A base da vida da igreja é o amor. Não foi à toa que o apóstolo Paulo usou um capítulo inteiro de sua primeira carta aos coríntios para falar sobre o amor (1 Co 13). O amor é a essência dos dons. Tudo passará, menos o amor. Esse é o amor de Deus. 


A RESSURREIÇÃO – O ARREBATAMENTO DO FILHO VARÃO

 

    Vamos meditar um pouco mais no versículo 23 de 1 Coríntios 15. Nessa porção vemos que Cristo, as primícias, foi o primeiro a ressuscitar. Mas o versículo prossegue mostrando que os que “são de Cristo” também ressuscitarão. Vejamos esse assunto à luz da Primeira Epístola de Paulo aos Tessalonicenses: “Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras” (4:16-18). Pelo fato de Cristo ter sido o primeiro a ressuscitar, temos a realidade da ressurreição em nós e devemos viver segundo essa realidade. Ademais, acende em nós a esperança de que, um dia, ressuscitaremos fisicamente. 


    Geralmente, essas palavras da epístola aos tessalonicenses são usadas em funerais, a fim de consolar as famílias e amigos da pessoa que faleceu. Contudo, nessa porção, ainda há algo mais que devemos considerar: quando formos arrebatados entre as nuvens para o encontro do Senhor nos ares, todos nós seremos julgados no tribunal de Cristo (2 Co 5:10). Nessa ocasião, o Senhor determinará quem serão os vencedores. No entanto, se temos desfrutado da realidade do reino dos céus na vida da igreja, temos grande chance de fazer parte dos vencedores coletivos. 

    Sobre os vencedores coletivos, convém compreendermos o que foi registrado em Apocalipse 12. Esse capítulo descreve uma mulher que está sofrendo dores de parto, que representa a igreja no aspecto universal, compreendendo todos os filhos de Deus. Depois, vemos um grande dragão vermelho, que representa Satanás, o diabo, a antiga serpente, e sua cauda arrasta a terça parte das estrelas, representando a terça parte dos anjos que se rebelaram contra Deus por influência de Lúcifer. E, por fim, o filho varão, a quem esse dragão deseja devorar, que representa os vencedores (vs. 1-4, 9). 


    No versículo 5 de Apocalipse 12, lemos: “Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono”. Note que o filho varão não foi arrebatado para os ares, mas diretamente para o trono de Deus. Ou seja, esses vencedores serão julgados enquanto vivem na terra e servem na casa de Deus (1 Pe 4:17). Quando chegar o grande Dia, eles pegarão uma linha direta, um voo direto, sem escalas, até alcançar o terceiro céu, onde está o trono de Deus.


     Quando vejo esse cenário, fico entusiasmado, pois é muito possível que isso aconteça ainda nesta era, na nossa geração. Que façamos parte desse vencedor coletivo, corporativo! Não nos preocupemos apenas com nós mesmos. Hoje, a chance de sermos arrebatados vivos, com um grupo de irmãos, é muito maior do que no tempo do apóstolo Paulo. Busquemos esse caminho! Assim como o Senhor, não queremos que ninguém se perca. Se for preciso, carregaremos uns aos outros para que todos façam parte desse filho varão. Aleluia!


OS RESSUSCITADOS PARA O TRONO BRANCO


     Além da ressurreição dos filhos de Deus, haverá a ressurreição dos incrédulos mortos, a fim de serem julgados. Leiamos: “Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. [...] Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras” (Ap 20:5, 11-13). De acordo com esses versículos, quem não participou da primeira ressurreição (v. 5) será ressuscitado para o juízo (v. 13). Desse modo, o trono branco está relacionado com o julgamento dos mortos que não creram no Senhor. Estes não farão parte da primeira ressurreição. 



    Querido leitor, tenho uma grande notícia para você, e muito positiva por sinal: nós não faremos parte dessa ressurreição para o juízo. Ela é destinada às pessoas que não creram em Jesus ou não quiseram aceitar a pregação do evangelho quando lhe foi dada a oportunidade. Você e eu participaremos da ressurreição para a recompensa (Lc 14:14).