ALIMENTO DIÁRIO
E SERÁ PREGADO ESTE EVANGELHO DO REINO POR TODO MUNDO, PARA TESTEMUNHO A TODAS AS NAÇÕES. "ENTÃO VIRÁ O FIM" (Mt 24:14).
sábado, 24 de outubro de 2020
LIBERTAÇÃO DA IDOLATRIA E CONVERSÃO A DEUS
sexta-feira, 23 de outubro de 2020
CRER NO PODER TRANSFORMADOR DO EVANGELHO
ALIMENTO DIÁRIO
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
A OBRA DE FÉ, O LABOR DE AMOR, A PERSEVERANÇA DA ESPERANÇA E O PODER DO EVANGELHO
*ALIMENTO DIÁRIO*
quarta-feira, 21 de outubro de 2020
A ELEIÇÃO DO PAI, O LIVRAMENTO DO FILHO E O DISPENSAR DO ESPÍRITO
ALIMENTO DIÁRIO
terça-feira, 20 de outubro de 2020
O CUIDADO DE PAULO PARA COM A IGREJA EM TESSALÔNICA
ALIMENTO DIÁRIO
segunda-feira, 19 de outubro de 2020
O PANO DE FUNDO DA CARTA DE PAULO AOS TESSALONICENSES
ALIMENTO DIÁRIO
SEMANA 1 – SEGUNDA-FEIRA (páginas 7, 8 e 9)
SÉRIE:* DEUS NOS CHAMA PARA O SEU REINO E GLÓRIA
O PODER DO EVANGELHO – EZRA MA E PEDRO DONG
Mensagem: O PODER DO EVANGELHO – (1 Ts 1:5))
Ministrada por Ezra Ma
Leitura bíblica:
At 16:40—17:4; 1 Ts 4:14-18
Ler com oração:
Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança (1 Ts 4:13)
PAULO AOS TESSALONICENSES
Querido leitor, iniciamos uma nova série do Alimento Diário intitulada “Deus nos chama para o Seu reino e glória”, com base nas duas epístolas de Paulo aos tessalonicenses. Nesta semana, trataremos do contexto em que o apóstolo escreveu essas cartas à igreja em Tessalônica; do tempo em que ele e seus cooperadores permaneceram naquela cidade; da forte experiência que os irmãos tiveram com o poder do evangelho, um poder que os libertou dos ídolos, para servir ao Deus vivo e verdadeiro; e, por fim, veremos como tudo isso se relaciona com a estrutura do viver da igreja: a obra de fé, o labor de amor e a perseverança da esperança.
Após o livro de Atos, seguem-se as epístolas de Paulo nesta ordem: Romanos, Primeira e Segunda Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses e, por fim, Primeira e Segunda Tessalonicenses. Embora apareçam no final da sequência bíblica das cartas dirigidas às igrejas, as epístolas aos tessalonicenses foram as primeiras que Paulo escreveu.
Conhecer os eventos que motivaram Paulo a escrever essas duas epístolas vai nos ajudar a compreender o conteúdo espiritual delas. A igreja em Tessalônica era uma igreja nova, com poucos meses de existência, quando recebeu as cartas de Paulo. Como teve de sair às pressas daquela cidade, o apóstolo não pôde apresentar a Palavra e o conhecimento de uma maneira mais completa. Assim, ele escreveu essas duas epístolas para orientá-los a viver uma vida cristã santa, com vistas à vida da igreja. Ele apresentou aos tessalonicenses a preciosa estrutura da igreja: fé, amor e esperança. Além disso, a igreja passava por provações e, em razão das perseguições do Império Romano, vários irmãos foram mortos. Isso gerou dúvidas sobre o que aconteceria com os que morreram, sobre qual seria o futuro deles. Por isso, Paulo despendeu um tempo considerável nessas duas epístolas para esclarecê-los sobre a vinda do Senhor e
O poder do evangelho e o arrebatamento tanto dos vivos, como daqueles que dormiram no Senhor, isto é, dos mortos (1 Ts 4:13-18).
Tais palavras são muito oportunas, pois alguns de nós, nestes tempos de pandemia, também experimentamos tristeza decorrente da partida de alguns de nossos irmãos e entes queridos. Não estamos num momento de perseguição exterior, mas de tribulação. E muitos de nós temos uma sensação interior de que a vinda do Senhor está próxima. Essas cartas não foram escritas somente para os irmãos de Tessalônica, mas para nós hoje!
Tessalônica era a capital da província romana da Macedônia. Sua economia era forte e florescente devido a sua excelente localização no mar Egeu. Seu porto era utilizado pelos romanos para transporte de mercadorias e realização de negócios. Sua população era numerosa, com nativos e diversas comunidades de estrangeiros, incluindo uma importante colônia judaica.
Sabemos, por meio do livro de Atos, que Paulo estava em sua segunda viagem missionária quando chegou a Tessalônica. Ele e Silas foram guiados pelo Senhor a cada uma das cidades apontadas no mapa até chegar àquela cidade: “À noite, sobreveio a Paulo uma visão na qual um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos. Assim que teve a visão, imediatamente, procuramos partir para aquele destino, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho. Tendo, pois, navegado de Trôade, seguimos em direitura a Samotrácia, no dia seguinte, a Neápolis e dali, a Filipos, cidade da Macedônia, primeira do distrito e colônia. Nesta cidade, permanecemos alguns dias” (At 16:9-12). É fascinante perceber na Bíblia a maneira de Deus enviar e direcionar Seus servos, como fez com Paulo e Silas, orientando-lhes os passos conforme Sua vontade. Isso é um grande exemplo para nós.
Saindo de Filipos, passaram por Anfípolis, depois chegaram a Tessalônica, e, ali, encontraram uma sinagoga de judeus (At 16:40—17:4), onde por três sábados Paulo discorreu com eles acerca das Escrituras. Alguns judeus se uniram a Paulo e Silas, bem como numerosa multidão de gregos e muitas mulheres distintas.
Que sempre busquemos, no cuidado para com os irmãos e no estabelecimento das igrejas, ser conduzidos por esse mesmo caminho de obediência ao guiar do Espírito, e que tenhamos palavras de esclarecimento e consolo aos que têm dúvidas ou passam por sofrimentos. Aleluia!
domingo, 18 de outubro de 2020
O CORAÇÃO DA BÍBLIA PRINCÍPIO DA MORTE E RESSURREIÇÃO
LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA
QUARTA SEMANA – DOMINGO 18/10 (Páginas 106 à 109)
Ler com oração:
2 Tm 2:22 Fuja dos desejos malignos da juventude e siga a justiça, a fé, o amor e a paz, com aqueles que, de coração puro, invocam o Senhor.
PRINCÍPIO DA MORTE E RESSURREIÇÃO
No versículo 33 de 1 Coríntios 15, lemos: “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes”. A expressão “más conversações” também pode ser traduzida por “más companhias”. Enquanto orientava seu jovem cooperador Timóteo, Paulo disse o seguinte: “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor” (2 Tm 2:22). Nossos companheiros devem ser pessoas positivas na igreja, de coração puro, que invocam e amam o Senhor. Não nos associemos aos que espalham boatos e conversas negativas, e só causam desânimo. Que na vida da igreja nos ajudemos mutuamente em amor, buscando a sobriedade e tendo conhecimento de Deus (1 Co 15:34).
Nos versículos 35 a 39, Paulo mostra como ocorre a ressurreição dos mortos, usando como referência a vida vegetal (1 Co 15). Toda e qualquer semente, quando semeada, “não nasce, se primeiro não morrer” (v. 36). Se você semear uma semente na terra, ela, primeiramente, morrerá, para depois germinar, crescer, florescer e frutificar a trinta, a sessenta e a cem por um (Mt 13:8). Esse é o princípio na vida de ressurreição.
O Senhor Jesus comparou-Se a um grão de trigo. No Evangelho de João 12:24, lemos: “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto”. Esse é o princípio da ressurreição. Jesus foi a semente de vida que, caindo na terra, morreu, e não ficou na morte, mas ressuscitou. Quando ressuscitou, produziu muito fruto. Nós somos esse fruto, o resultado dessa semeadura. Nos versículos 40 e 41, o apóstolo Paulo mostra que há diversos tipos de corpos e, entre eles, há diversos níveis de glória (1 Co 15). Isso se aplica aos diversos níveis do galardão que receberemos. No caso da parábola das minas (Lc 19:16-19), o que negociou sua mina e rendeu dez, recebeu autoridade sobre dez cidades; o que negociou sua mina e rendeu cinco, recebeu autoridade sobre cinco cidades. Essa ilustração mostra que tudo depende de nosso rendimento espiritual na vida da igreja. Deus é conhecido como galardoador dos que O buscam (Hb 11:6). Se buscamos pouco, receberemos pouco; se, entretanto, buscamos muito, receberemos muito.
Nos versículos 42 a 44 de 1 Coríntios 15, vemos a dualidade do corpo, antes e depois da ressurreição. Quando experimentarmos a ressurreição, nosso corpo será incorruptível, glorioso, espiritual e cheio de poder, isto é, não será mais anímico (governado pela alma), mas governado pelo Espírito. Podemos ver todos esses atributos no Cristo ressurreto, conforme lemos: “Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante” (v. 45). O Senhor Jesus é o Espírito que dá vida. E, como último Adão, o Senhor encerrou o velho homem na cruz. Agora, temos apenas Cristo.
Com a morte e a ressurreição, o Senhor se tornou o Espírito que dá vida. E os que creem em Cristo recebem esse Espírito prometido (Jo 7:37-39). Hoje, Jesus já foi glorificado, pois morreu e ressuscitou. Podemos unir-nos a Ele como um só espírito (1 Co 6:17); podemos experimentá-Lo por meio da Palavra, que é espírito e vida (Jo 6:63); e, à medida que vivemos no Espírito de Deus mesclado ao nosso espírito, cumprimos a economia, o plano de Deus. O resultado é que a fé objetiva, o que está escrito na Palavra, se tornará nossa fé subjetiva, nossa experiência com a Palavra.
TRAGADA FOI A MORTE PELA VITÓRIA
Em 1 Coríntios 15, versículos 46 a 49, o apóstolo Paulo prossegue fazendo um paralelo entre o primeiro homem, Adão, e o segundo homem, Cristo. O primeiro homem é natural e terreno, enquanto o segundo homem é espiritual e celestial. Por isso devemos trazer a imagem do segundo homem, Cristo. Nesse sentido, o que nos diferencia das outras pessoas? A única e grande diferença é que nós, cristãos, temos o Espírito. Contudo, se vivemos na carne, é possível que cometamos as mesmas coisas que elas cometem. Então a responsabilidade é nossa.
Viver no espírito é a maneira de praticarmos a palavra profética, é o caminho para termos a realidade do reino dos céus hoje e garantirmos nossa entrada em sua manifestação na era vindoura. Sem viver no espírito, não haverá realidade alguma; antes, seremos naturais e terrenos, como todos os demais descendentes do velho Adão.
O versículo 50 continua: “Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção” (1 Co 15). Absolutamente nada proveniente da corrupção, isto é, do velho Adão, poderá herdar o reino de Deus. Paulo fez uma lista das coisas oriundas da carne em 1 Coríntios 6:9-10. No entanto, no versículo 11 desse mesmo capítulo, ele nos encoraja: “Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus”.
Na genuína vida cristã, que é conforme a vontade de Deus, não existe a opção de ficar em cima do muro. Deixar de viver no espírito é, automaticamente, escolher viver na carne. As obras da carne são terríveis (Gl 5:19-21) e estão relacionadas ao corpo: prostituição, impureza, lascívia; à alma: inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas; e a questões de ordem espiritual: idolatria e feitiçarias. Porém, em meio a tantas coisas negativas provenientes do velho Adão, temos mais uma palavra de encorajamento: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (vs. 22-23). Essas coisas são provenientes da vida divina, que recebemos ao crer no Senhor e está crescendo em nós!
Em 2 Timóteo 3:1-5 temos uma relação de coisas negativas provenientes do legado do velho Adão; são situações características do tempo do fim. Diante dessas questões, devemos seguir a recomendação de Paulo: “Foge também destes”.
Finalmente, chegamos aos versículos 51 a 58 de 1 Coríntios 15: “Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão”. Esses versículos nos trazem esperança. Aleluia! Nosso corpo corruptível será revestido de incorruptibilidade; ou, em outras palavras, nosso corpo de humilhação será igual ao corpo da glória de Cristo (Fp 3:20-21).
Dessa forma, concluímos o capítulo 15 de 1 Coríntios. Em outra publicação, abordaremos o capítulo 16, que trata das ofertas de riquezas materiais e tem uma relação muito grande com a ressurreição. Jesus é o Senhor!
sábado, 17 de outubro de 2020
LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA FIÉIS NO POUCO PARA SERVIR NO MUITO
LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA
QUARTA SEMANA – SÁBADO 17/10 (Páginas 102 à 105)
Ler com oração:
Lc 19:12 Ele disse: "Um homem de nobre nascimento foi para uma terra distante para ser coroado rei e depois voltar.
FIÉIS NO POUCO PARA SERVIR NO MUITO
Voltemos ao versículo 24 de 1 Coríntios 15: “Então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder”. Cristo, o Filho, está, hoje, conquistando o reino da terra de volta para Deus. Ele, contudo, não faz isso sozinho, mas conta com a igreja, que é o Seu Corpo. Primeiramente, Cristo, o Filho de Deus, foi enviado à terra para realizar a redenção e concluir esta era. Então virá o fim.
Em virtude da rebelião de Lúcifer, a terra foi usurpada por Satanás. A primeira criação de Deus estava sob a liderança de Lúcifer, o arcanjo. Como querubim da guarda ungido, sua função era velar pela glória de Deus e estar sobre toda a Sua criação (Ez 28:14). Por causa de seu orgulho, esse arcanjo pôs tudo a perder, pois desejou ser igual a Deus (Is 14:13-14; Ez 28:15). Além de seduzir a terça parte dos anjos, também corrompeu a criação de Deus. O Criador, no entanto, subjugou sua rebelião, enviando-o para a terra (Is 14:15; Ez 28:17). Os anjos rebeldes tornaram-se os principados e as potestades (Ef 6:12); e o seres criados antes de Adão tiveram seus espíritos aprisionados nas águas (Mt 8:29, 31-32). O presente mundo, portanto, está sob a influência de Satanás (Lc 4:5-7).
Diante disso, o Senhor não ficou de braços cruzados. Entretanto não reconquistará esse reino sozinho. Ele conta conosco, Seus servos. O Senhor, então, como na parábola das minas (Lc 19:11-27), antes de sair “com o fim de tomar posse de um reino e voltar” (v. 12), confiou “minas” a nós (cada mina era equivalente à sexagésima parte de um talento). E deixou a seguinte ordem: “Negociai até que eu volte” (v. 13). Na verdade, essa parábola mostra que o Senhor, em Sua primeira vinda, nos confiou dons e deseja que os multipliquemos a fim de edificar Seu Corpo e estabelecer Seu reino aqui na terra (Mt 6:10).
Na segunda vinda do Senhor, porém, teremos de prestar contas a Ele do que fizemos com os dons que recebemos: “Quando ele voltou, depois de haver tomado posse do reino, mandou chamar os servos a quem dera o dinheiro, a fim de saber que negócio cada um teria conseguido” (Lc 19:15). Nessa prestação de contas, os dois primeiros servos trouxeram, respectivamente, dez e cinco minas, como resultado do que cada um recebeu inicialmente. Então o Senhor confiou-lhes autoridade sobre dez e cinco cidades, respectivamente (vs. 16-19). Essa é a maneira que o Senhor recompensará a cada um de nós, Seus servos.
Querido leitor, essa parábola nos traz encorajamento e é uma advertência. Encorajamento porque podemos aprender com o exemplo desses servos que negociaram suas minas e entregaram o rendimento delas a seu senhor; e uma advertência porque o servo que não negociou sua mina trouxe prejuízo para si mesmo, não tendo direito à recompensa. Pelo contrário, a mina lhe foi tirada e dada ao que tinha dez (Lc 19:20-24).
A VITÓRIA DE CRISTO SOBRE TODOS OS INIMIGOS
Em 1 Coríntios 15:25-26, lemos: “Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte”. O trecho de Apocalipse 20 nos ajuda a compreender melhor esses versículos. Durante o reino milenar, parte do reino dos céus destinada aos vencedores, Satanás será preso no abismo por mil anos (vs. 1-3).
Após sua prisão, Satanás será solto e, infelizmente, ainda conseguirá seduzir as nações a segui-lo em sua ambição de resistir a Deus e a Seus filhos vencedores (vs. 7-8). O que me espanta nessa situação é ver que muitas nações cederão à sedução de Satanás, mesmo depois de terem participado de um ambiente tão glorioso como a manifestação do reino.
Em seguida, descerá fogo do céu e consumirá as nações, e Satanás será lançado no lago de fogo, onde já estarão a besta e o falso profeta (vs. 9-10).
No versículo 14, lemos: “Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo”. O último inimigo, a morte, será, finalmente, lançado para dentro do lago de fogo. Graças ao Senhor, não faremos parte da segunda morte, pois seremos ressuscitados.
A RESSURREIÇÃO INTRODUZIU O HOMEM NA GLÓRIA
Prosseguindo, em 1 Coríntios 15:27 e 28, lemos: “Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou. Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos”. Esses versículos expõem a missão do Filho. Ele foi enviado pelo Pai para sujeitar todas as coisas e, posteriormente, sujeitar-se ao Pai.
Essa porção nos remete a Salmos 8, em que Davi profetiza que Jesus, como homem, foi feito, por um pouco, menor do que Deus e foi coroado de glória e de honra (vs. 1-5). O segundo da trindade, o Filho, já era Deus (Jo 1:1); e, como homem, Ele abriu caminho para que a humanidade também fosse coroada e glorificada. Assim, Jesus nasceu como homem, viveu como homem, sofreu como homem, passou por todas as restrições, mas com uma diferença: Ele não pecou. O Senhor foi à cruz cumprir a redenção por nós. Ele morreu e foi sepultado, mas ressuscitou. A ressurreição representa uma mudança de esfera, de ambiente, e, sobretudo, uma mudança de dimensão. Ela não pertence à esfera terrena. O Senhor, portanto, venceu por nós! Ele subiu aos céus e está à direita do Pai, como o Filho do Homem.
Quando Estêvão estava sendo apedrejado, confessou ter visto Jesus, o Filho do Homem, em pé à destra de Deus (At 7:55-56). Antes do Senhor Jesus, não havia nenhum homem na glória. Ele foi o primeiro homem a estar lá. Assim como Jesus tornou-se Senhor e Cristo, encabeçando todas as coisas, Ele conferiu essa autoridade à igreja, a qual também será exaltada juntamente com Ele (Mt 28:18-19).
Em Sua segunda vinda, Cristo virá com Seus vencedores, e, juntos, regerão sobre as nações, no reino milenar. Então tudo estará consumado. Satanás, a besta, o falso profeta e a morte serão derrotados e lançados no lago de fogo. Amém!
A RESSURREIÇÃO ASSEGURA NOSSA ESPERANÇA
Nos versículos 29 a 32 de 1 Coríntios 15, o apóstolo Paulo retomou seus argumentos acerca da ressurreição. Até uma prática herética entre os coríntios, de se batizarem pelos mortos, foi usada por Paulo para mostrar-lhes a existência da ressurreição. Eles faziam isso com a falsa expectativa de que, quando Cristo voltasse, seus parentes, que não tiveram oportunidade de serem batizados, seriam ressuscitados.
A ressurreição tem tanto valor para a vida cristã que o apóstolo disse que lutou com feras em Éfeso por causa da esperança da ressurreição. Os epicureus comiam, bebiam e morriam, pois para eles não haveria outra vida após a morte. Logo, tinham de aproveitar bem a presente vida, porque a morte seria o fim. Obviamente, Paulo queria mostrar-lhes que há, sim, esperança após a morte, a ressurreição. É a partir dela que toda a economia de Deus se consumará, conforme vimos no tópico acima.
sexta-feira, 16 de outubro de 2020
LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA A RESSURREIÇÃO NOS INTRODUZIU NA UNIDADE DO DEUS TRIÚNO
LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA
DIA: 16/10/2020
QUARTA SEMANA – SEXTA-FEIRA (Páginas 98 à 102)
Ler com oração:
Jo 14:20 Naquele dia, compreenderão que estou em meu Pai, vocês em mim, e eu em vocês.
A RESSURREIÇÃO NOS INTRODUZIU NA UNIDADE DO DEUS TRIÚNO
Quando andava com Seus discípulos, o Senhor predisse Sua morte e Sua ressurreição três vezes, conforme registrado nos três primeiros evangelhos: no Evangelho de Mateus (16:21; 17:23; 20:19); no Evangelho de Marcos (8:31; 9:31; 10:34); e no Evangelho de Lucas (9:22; 18:33; 24:7).
A predição da morte e ressurreição do Senhor no Evangelho de João foi um pouco diferente. No capítulo 14, lemos: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também. E vós sabeis o caminho para onde eu vou” (vs. 2-4). Depois de ouvir essas palavras, Tomé perguntou: “Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho?” (v. 5). Se estivéssemos no lugar dele, provavelmente, acrescentaríamos: Que lugar é esse? Que caminho devemos tomar para chegar lá? Então o Senhor prosseguiu: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (v. 6). Nessas palavras do Senhor temos uma importante dica: o lugar é o Pai, e o caminho para alcançá-Lo é o Filho.
De acordo com esses versículos, o “ir” do Senhor diz respeito à Sua morte, e o “voltar”, à Sua ressurreição como Espírito. Para melhor esclarecimento, prestemos atenção aos versículos 16 e 17: “Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós” (Jo 14). Quando o Senhor falou essas palavras, o Espírito ainda não tinha sido dado, porque Ele ainda vivia na terra. Era necessário Cristo ser crucificado, morrer, ressuscitar e ser glorificado para que o Espírito viesse a nós. Hoje, porém, como Cristo já passou por tudo isso, podemos ler esse versículo da seguinte forma: “O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e está em vós”. O Espírito da verdade ou da realidade já está em nós, que cremos. Por meio Dele, podemos viver a realidade do reino dos céus.
Outra importante questão é que, para se referir ao Pai, o Senhor usou a terceira pessoa do singular: “Ele vos dará outro Consolador”, mas, de repente, mudou para a primeira pessoa ao afirmar: “Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros” (Jo 14:18). Desse modo, podemos entender que o Espírito da verdade não nos deixará órfãos. Isso prova que o Senhor rogou ao Pai para que enviasse outro Consolador, o qual é o Espírito da verdade, que é o próprio Cristo.
Tomando como base a conclusão acima, podemos entender melhor o versículo 20: “Naquele dia, vós conhecereis que eu estou em meu Pai, e vós, em mim, e eu, em vós” (Jo 14). O Senhor está no Pai, o Pai está no Senhor, o Senhor está em nós, e nós estamos no Senhor. Em outras palavras, nós estamos no Pai e no Filho. Isso é maravilhoso!
A fim de que façamos parte do Deus Triúno, o Senhor nos santifica. Leiamos: “A favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade” (Jo 17:19). Segundo esse versículo, de um lado, os discípulos foram incluídos na oração do Senhor; de outro, nós também fomos incluídos em Sua oração, conforme lemos: “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra” (v. 20). Você e eu fomos incluídos na oração do Senhor porque viemos a crer Nele, por intermédio de Sua palavra.
Prosseguindo, no versículo 21, lemos: “A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17). Não tínhamos nada a ver com o Pai. Agora, o Pai é um com o Filho e o Filho é um com o Pai, para que também sejamos um com o Pai e com o Filho.
Para que essa unidade entre nós e o Deus Triúno seja real, precisamos de aperfeiçoamento. O versículo 23 diz: “Eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim” (Jo 17). Estamos sendo aperfeiçoados nessa unidade.
Ela não é exterior. Não se trata de um mero acordo de trégua. A unidade aqui é entre o Pai, o Filho e nós.
Por saber de nossas limitações, o Senhor colocou-nos na vida da igreja para sermos aperfeiçoados. Imagine se o Senhor entregasse tudo para nós, todas as Suas riquezas de uma única vez! Não iríamos aguentar, iríamos explodir. Por isso o Senhor nos colocou na vida da igreja, para sermos aperfeiçoados na unidade.
Prestemos atenção ao final do versículo 23: “Para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim”. Esse versículo termina falando do amor. A base da vida da igreja é o amor. Não foi à toa que o apóstolo Paulo usou um capítulo inteiro de sua primeira carta aos coríntios para falar sobre o amor (1 Co 13). O amor é a essência dos dons. Tudo passará, menos o amor. Esse é o amor de Deus.
A RESSURREIÇÃO – O ARREBATAMENTO DO FILHO VARÃO
Vamos meditar um pouco mais no versículo 23 de 1 Coríntios 15. Nessa porção vemos que Cristo, as primícias, foi o primeiro a ressuscitar. Mas o versículo prossegue mostrando que os que “são de Cristo” também ressuscitarão. Vejamos esse assunto à luz da Primeira Epístola de Paulo aos Tessalonicenses: “Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras” (4:16-18). Pelo fato de Cristo ter sido o primeiro a ressuscitar, temos a realidade da ressurreição em nós e devemos viver segundo essa realidade. Ademais, acende em nós a esperança de que, um dia, ressuscitaremos fisicamente.
Geralmente, essas palavras da epístola aos tessalonicenses são usadas em funerais, a fim de consolar as famílias e amigos da pessoa que faleceu. Contudo, nessa porção, ainda há algo mais que devemos considerar: quando formos arrebatados entre as nuvens para o encontro do Senhor nos ares, todos nós seremos julgados no tribunal de Cristo (2 Co 5:10). Nessa ocasião, o Senhor determinará quem serão os vencedores. No entanto, se temos desfrutado da realidade do reino dos céus na vida da igreja, temos grande chance de fazer parte dos vencedores coletivos.
Sobre os vencedores coletivos, convém compreendermos o que foi registrado em Apocalipse 12. Esse capítulo descreve uma mulher que está sofrendo dores de parto, que representa a igreja no aspecto universal, compreendendo todos os filhos de Deus. Depois, vemos um grande dragão vermelho, que representa Satanás, o diabo, a antiga serpente, e sua cauda arrasta a terça parte das estrelas, representando a terça parte dos anjos que se rebelaram contra Deus por influência de Lúcifer. E, por fim, o filho varão, a quem esse dragão deseja devorar, que representa os vencedores (vs. 1-4, 9).
No versículo 5 de Apocalipse 12, lemos: “Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono”. Note que o filho varão não foi arrebatado para os ares, mas diretamente para o trono de Deus. Ou seja, esses vencedores serão julgados enquanto vivem na terra e servem na casa de Deus (1 Pe 4:17). Quando chegar o grande Dia, eles pegarão uma linha direta, um voo direto, sem escalas, até alcançar o terceiro céu, onde está o trono de Deus.
Quando vejo esse cenário, fico entusiasmado, pois é muito possível que isso aconteça ainda nesta era, na nossa geração. Que façamos parte desse vencedor coletivo, corporativo! Não nos preocupemos apenas com nós mesmos. Hoje, a chance de sermos arrebatados vivos, com um grupo de irmãos, é muito maior do que no tempo do apóstolo Paulo. Busquemos esse caminho! Assim como o Senhor, não queremos que ninguém se perca. Se for preciso, carregaremos uns aos outros para que todos façam parte desse filho varão. Aleluia!
OS RESSUSCITADOS PARA O TRONO BRANCO
Além da ressurreição dos filhos de Deus, haverá a ressurreição dos incrédulos mortos, a fim de serem julgados. Leiamos: “Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. [...] Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras” (Ap 20:5, 11-13). De acordo com esses versículos, quem não participou da primeira ressurreição (v. 5) será ressuscitado para o juízo (v. 13). Desse modo, o trono branco está relacionado com o julgamento dos mortos que não creram no Senhor. Estes não farão parte da primeira ressurreição.
Querido leitor, tenho uma grande notícia para você, e muito positiva por sinal: nós não faremos parte dessa ressurreição para o juízo. Ela é destinada às pessoas que não creram em Jesus ou não quiseram aceitar a pregação do evangelho quando lhe foi dada a oportunidade. Você e eu participaremos da ressurreição para a recompensa (Lc 14:14).
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA A RESSURREIÇÃO – ESSENCIAL À FÉ
LIVRO: O CORAÇÃO DA BÍBLIA
QUARTA SEMANA – QUINTA-FEIRA 15/10 (Páginas 95 à 97)
Ler com oração:
Rm 5:15 Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram;
A RESSURREIÇÃO – ESSENCIAL À FÉ
Nos versículos 12 a 17 de 1 Coríntios 15, vemos como a ressurreição é estratégica e essencial para nossa fé. O texto diz: “Ora, se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados”. Não crer na ressurreição de Cristo torna vã a nossa pregação, ou seja, não tem efeito algum; torna vã a nossa fé. Seremos tidos por falsas testemunhas, pois estaremos indo contra Deus, uma vez que negar a ressurreição é o mesmo que duvidar de Deus; e, por fim, permaneceremos em nossos pecados, ou seja, não houve perdão de pecados.
Na época de Paulo, no judaísmo havia duas fortes correntes: os fariseus e os saduceus. Vejamos a diferença entre eles: “Pois os saduceus declaram não haver ressurreição, nem anjo, nem espírito; ao passo que os fariseus admitem todas essas coisas” (At 23:8). A declaração dos saduceus afetava o viver da igreja em Corinto, comprometendo o dispensar de Deus aos santos e fazendo-os perder o sentido de ser cristãos. Diante disso, para assegurar nossa convicção de que Cristo ressuscitou, recomendo a você, querido leitor, declarar em alto e bom som: Cristo ressuscitou! A ressurreição existe sim! Amém!
Continuando, no versículo 18, lemos: “E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram” (1 Co 15). Na segunda vinda de Cristo, os irmãos que já morreram, identificados, nesse versículo, como “os que dormiram”, serão ressuscitados. Depois, os que ainda estiverem vivos terão seus corpos transfigurados, e, em seguida, todos serão arrebatados para o encontro do Senhor nos ares (1 Ts 4:13-17).
Prosseguindo: “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (1 Co 15:19). Sem a clara convicção acerca da ressurreição, a infelicidade é uma certeza. Mas a nossa esperança em Cristo não se limita apenas a esta vida. Aleluia! Nós temos outra vida para viver. Nosso alvo é entrar no reino dos céus.
A APARÊNCIA, A REALIDADE E A MANIFESTAÇÃO DO REINO
Nos dias atuais, entre nós, cristãos, há dois aspectos em relação ao reino: a aparência e a realidade. A maneira como você e eu nos portamos no viver da igreja determinará se estaremos ou não na manifestação do reino. Esse é um assunto que faz parte do plano de Deus.
Hoje, estamos na era da graça, que inclui a realidade e a aparência do reino. Os que vivem a realidade do reino dos céus terão o direito de participar da sua manifestação, que é o galardão. Os que vivem a aparência, entretanto, serão lançados nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes, isto é, perderão o galardão de reinar com Cristo durante mil anos.
Para entender melhor, considere que o reino de Deus compreende da eternidade passada à eternidade futura. Para entrar nele, basta nascer de novo por meio de crer no Senhor Jesus (Jo 3:5). O reino dos céus engloba a era atual, da igreja, na qual precisamos viver a realidade desse reino, e não a aparência (Mt 16:18-19). A manifestação desse reino, porém, está dentro do reino de Deus e é destinada aos vencedores hoje, ou seja, aos que levaram a sério a vida da igreja em seu cotidiano, estando dispostos a fazer a vontade de Deus (Mt 5:3, 10; 7:21). Então, quando vier o reino milenar, que é a era seguinte, será a manifestação dessa realidade (Mt 16:27).
Hoje, o reino está dentro de nós (Lc 17:21). Ninguém enxerga, mas, quando pregamos o evangelho, nosso intuito é levar a outros a realidade do reino dos céus, que é a vida da igreja. Quando formos para as ruas com a camisa com os dizeres “Posso orar por você?”, após a oração, é sempre bom deixar com a pessoa algum livro espiritual ou um exemplar do Jornal Árvore da Vida. Nosso desejo, além de abençoá-las com a oração, é também disponibilizar uma literatura saudável para sua edificação.
A RESSURREIÇÃO – PROFETIZADA NAS ESCRITURAS
Retomando, no versículo 20 de 1 Coríntios 15, lemos: “Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem”. A palavra “primícias”, nesse versículo, nos remete ao livro de Levítico e representa os frutos que amadureciam primeiro. Esses frutos eram colhidos, ofertados a Deus e movidos pelo sacerdote no dia imediato ao sábado, isto é, no domingo (23:10-12). Cristo, como as primícias, foi predito no Antigo Testamento. Usando a linguagem de Paulo, em sua primeira carta aos coríntios, Cristo refere-se às primícias da ressurreição, pois Ele ressuscitou primeiro.
Na Epístola aos Colossenses, Cristo é chamado de o primogênito de entre os mortos (1:18); em Efésios, Ele foi ressuscitado dentre os mortos (1:20); e, em Mateus, o Senhor ressuscitou no primeiro dia da semana, em um domingo. Esse fato foi percebido pelas irmãs Maria Madalena e a outra Maria, que chegaram bem cedo ao sepulcro, porque, com simplicidade, creram nas palavras do Senhor quando Ele disse que ressuscitaria ao terceiro dia (28:1-7).
Vejamos, agora, o legado de Adão e o de Cristo. Leiamos: “Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo” (1 Co 15:21-22). Enquanto em Adão o pecado introduziu a morte nos homens, por meio de Cristo temos a ressurreição, e com ela, a vida (Rm 5:12, 15).
A partir do versículo 23 de 1 Coríntios 15, Paulo apresenta a ordem dos que ressuscitarão: “Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda”. Por ser o primeiro, Cristo é as primícias. Depois, seremos nós, os que são de Cristo, em Sua segunda vinda.