E SERÁ PREGADO ESTE EVANGELHO DO REINO POR TODO MUNDO, PARA TESTEMUNHO A TODAS AS NAÇÕES. "ENTÃO VIRÁ O FIM" (Mt 24:14).
quinta-feira, 2 de maio de 2013
O MARAVILHOSO EVANGELHO DA GRAÇA
ALIMENTO DIÁRIO
SEMANA 7 - QUINTA-FEIRA
SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 7: Os elementos constituintes da igreja (Ef 2:1, 4-7)
Leitura Bíblica: Rm 1:3; 5:8-10; 2 Co 5:21; Hb 4:15; 1 Pe 2:22
Ler com oração: Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos (Rm 3:23-24).
O MARAVILHOSO EVANGELHO DA GRAÇA
Nós fomos salvos pela graça. Para vermos mais sobre essa salvação, vamos dar uma olhada na Epístola aos Romanos, pois nela temos a revelação do evangelho completo, que nos mostra em detalhes a salvação de Deus.
A compreensão da maioria dos filhos de Deus acerca do evangelho se resume à obra redentora de Cristo que, por meio de Sua morte e ressurreição, nos purificou de nossos pecados e nos deu a vida eterna. A esse aspecto do evangelho chamamos de evangelho da graça, o qual está relacionado ao fato de sermos justificados pelo Seu sangue e salvos da ira de Deus (Rm 5:8-9). Contudo o evangelho possui outro aspecto: o evangelho do reino, que mostra a salvação de Deus por meio de Sua vida (5:10b). O primeiro aspecto do evangelho se refere ao Senhor Jesus como descendente de Davi (1:3). Jesus nasceu de Maria, tendo sido concebido pelo Espírito Santo. Da parte de Maria, o Senhor descendia da linhagem de Davi.
Quando lemos a história de Davi, vemos que ele cometeu muitos pecados graves como a cobiça, a fornicação e o homicídio. Nesse sentido, Davi representa toda a humanidade. Isso mostra que em nossa carne não habita bem nenhum, porque temos a mesma natureza pecaminosa que levou Davi a cometer aqueles pecados (Rm 7:15, 17). Na verdade, essa natureza foi inserida na humanidade desde quando Adão e Eva comeram da árvore do conhecimento do bem e do mal. Naquela ocasião, o pecado e a morte entraram no homem, e, desde então, existe a necessidade de salvação.
Ao encarnar como descendente de Davi, o Senhor Jesus se revestiu da natureza humana, mas Nele não havia pecado algum (2 Co 5:21; Hb 4:15; 1 Pe 2:22). Como Filho do Homem, Ele nasceu, cresceu, desempenhou Seu ministério e, por fim, foi crucificado e morto. Em Sua obra redentora, Ele providenciou a salvação de todo homem que Nele crê. Como Filho de Davi, o Senhor morreu na cruz em nosso lugar e se tornou o nosso Salvador. Não fizemos nada por merecer; foi Sua graça. Por isso Paulo afirma que fomos “justificados gratuitamente, por Sua graça, mediante a redenção que há em Cristo” (Rm 3:24). Somos gratos ao Senhor pela obra realizada por Ele na cruz. Esse é o maravilhoso evangelho da graça.
Ponto-chave: Justificados pelo sangue de Cristo e salvos da ira de Deus.
Pergunta: Que relação há entre o Senhor Jesus como descendente de Davi e nossa salvação?
quarta-feira, 1 de maio de 2013
A OBRA-PRIMA DE DEUS
ALIMENTO DIÁRIO
SEMANA 7 - QUARTA-FEIRA
SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 7: Os elementos constituintes da igreja (Ef 2:1, 4-7)
Leitura bíblica: 1 Co 3:10; Ef 1:4-10, 13-14
Ler com oração: Somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas (Ef 2:10).
A OBRA-PRIMA DE DEUS
Após nos salvar, o Senhor nos colocou na igreja, um ambiente de vida onde recebemos a palavra de Deus e também desfrutamos de Sua graça e amor. Efésios 1 nos revela que o Senhor nos concedeu toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais, em Cristo. Na igreja temos o dispensar do Deus Triúno, pois o Pai, o Filho e o Espírito Santo são dispensados a nós como vida.
Conforme Efésios 1:4-5, vemos a obra de Deus Pai, que nos escolheu antes da fundação do mundo e nos predestinou para a plena filiação. Em razão dessa predestinação, materiais que estavam indo para o lago de fogo foram resgatados para se tornar elementos constituintes da igreja. Nos versículos 6 a 12 vemos a obra do Filho, providenciando-nos, pela riqueza da Sua graça e pelo Seu sangue, a redenção, a remissão dos pecados. Então, nos versículos 13 e 14, vemos a obra do Espírito Santo, selando-nos com o penhor da nossa herança.
Quem poderia imaginar que pessoas inúteis para Deus, como nós, um dia estariam recebendo o dispensar do Deus Triúno? Por causa da morte de Cristo na cruz, isso se tornou possível. O que nos separava de Deus foi removido, e a vida divina pôde ser dispensada a todo aquele que Nele crê. Só podemos louvar e agradecer ao Senhor por tão grande graça.
Efésios 2:8-10 diz: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”. A palavra “feitura” em grego é a mesma que poiema, que quer dizer obra-prima.
Éramos indignos e não fomos salvos por qualquer obra própria, mas unicamente pela graça do Senhor. Agora devemos permitir que Deus trabalhe em nós e faça de nós Sua obra-prima. É como se fôssemos um pedaço de madeira destinado a se tornar carvão, mas que foi aproveitado por um escultor para com ele fazer sua melhor obra. Deus nos deu vida para nos transformar em materiais adequados para a edificação do Corpo de Cristo (1 Co 3:10). Louvamos ao Senhor por tão grande obra!
Ponto-chave: Permitir que o Senhor trabalhe em nós.
Pergunta: Em que ambiente recebemos o dispensar de Deus?
sábado, 27 de abril de 2013
A oposição pode ser benéfica
A oposição pode ser benéfica
A que caiu na boa terra são os que, tendo ouvido de bom e reto coração, retêm a palavra; estes frutificam com perseverança. Lucas 8:15
Se o amor ao mundo, a autoestima ou qualquer pensamento ou ação corrompidos obtiverem vitória sobre nós, perderemos a confiança em Jesus ou em nós mesmos? Será que isso aconteceu por uma falha da parte de Cristo em não nos suprir com Sua graça? Não; isso aconteceu porque não fizemos o que o Senhor nos disse para fazer: “Vigiai em oração” (1Pe 4:7); “a todo tempo, orando” (Lc 21:36). “Orai sem cessar” (1Ts 5:17).
Como podemos ser espiritualmente sadios se não orarmos e não mantivermos uma ligação com Cristo, a Fonte de toda luz, vida e poder espirituais? [...] Ele é o pão que desceu do Céu. Sejamos praticantes de Sua Palavra e teremos vida e poder espirituais. Devemos nos posicionar como suplicantes diante de Deus, pois a oração nos coloca em contato imediato com Ele por meio de Jesus Cristo. Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Se o cristão fracassa é porque não obedece às ordens de seu Capitão. Está desprevenido; não é semelhante a Cristo. A negligência da oração representa um desastre para a vida espiritual, pois somos levados a cair desatentamente em tentação. Mas, se cairmos, não devemos perder a confiança em Deus; percamos a confiança em nós mesmos e nos aproximemos ainda mais de Cristo.
Cristo não deve ser culpado pelos resultados da negligência e da indecisão do ser humano. Ele, que entregou a vida para salvar o ser humano caído, reconhece o valor de cada pessoa. Ele nunca falhará em cumprir a parte dEle, tampouco ficará desanimado. Jamais abandonará no conflito aquele que erra, que é tentado e provado. “A Minha graça te basta” (2Co 12:9). “Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças” (1Co 10:13).
Ele mede e pesa cada prova antes de permitir que ela sobrevenha. [...]
A oposição que enfrentamos poderá ser benéfica para nós em muitos sentidos. Se for devidamente suportada, desenvolverá virtudes que nunca teriam aparecido se os cristãos nada tivessem a suportar. E a fé, a paciência, a clemência, a inclinação para as coisas celestiais, a confiança na Providência Divina e genuína compaixão para com os que erram são o resultado de provações bem suportadas. [...]
Se a Palavra for recebida em um coração honesto e bom, a personalidade inflexível será vencida, e a fé, apegando-se às promessas e confiando em Jesus, será triunfante (Review and Herald, 28 de junho de 1892).
Grandes Mulheres da Bíblia - Sara
Grandes Mulheres da Bíblia - Sara
Sara é uma mulher sobre a qual muito se fala. Até algumas músicas citam Sara. Isso não é à toa! Sara foi uma mulher especial, e precisa ser lembrada como tal!
Infelizmente, os relatos sobre a vida de Sara não estão livres de comportamentos e decisões infelizes. Por um momento ela duvidou que a promessa de Deus cumprir-se-ia nela e solicitou que Abraão lhe desse um filho através de sua serva. Triste ideia esta que Sara teve e que Abraão acatou!
Contudo, gostaria de focar outros pontos que não este.
Você toparia fazer uma viagem sem saber ao certo para onde iria, porque seu marido recebeu ordens de ir? Ou você questionaria seu marido, seus motivos, e argumentaria a favor do conforto do seu lar e da estabilidade de sua vida atual?
Quando Abraão recebeu a ordem divina “Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei” Gên. 12:1, Sara se uniu a ele. Ellen White relata que “Apenas sepultado seu pai, a voz divina mandou-lhe que prosseguisse. Seu irmão Naor, com a família, apegaram-se a seu lar e seus ídolos. Além de Sara, mulher de Abraão, apenas Ló, filho de Harã, falecido havia muito, optara partilhar da vida peregrina do patriarca.” Patriarcas e Profetas, p. 127. Ela optou por ir com seu marido, seguir as orientações divinas, enquanto muitos de seus parentes optaram por permanecer na idolatria.
Além de Sara e Ló, sabemos que uma multidão acompanhava Abraão. Ele era homem de muitas posses, e possuía muitos empregados. Mas não eram só os empregados que os acompanhavam não. Sara havia sido missionária com seu esposo, e carregou consigo muitos “novos conversos”! “Durante sua permanência em Harã, tanto Abraão como Sara haviam levado outros à adoração e ao culto do verdadeiro Deus. Estes apegaram-se à casa do patriarca, e o acompanharam à terra da promessa.” Patriarcas e Profetas, p. 127.
Em relação à promessa divina, quando esta se cumpriu, Abraão e Sara enfrentaram dificuldades com Ismael: “Ismael, agora um rapaz, fora considerado por todos no acampamento como o herdeiro da riqueza de Abraão, e das bênçãos prometidas a seus descendentes. Agora foi subitamente posto de lado; e, em seu desapontamento, mãe e filho odiaram o filho de Sara. O regozijo geral aumentou a sua inveja, até que Ismael ousou zombar abertamente do herdeiro da promessa de Deus. Sara viu na disposição turbulenta de Ismael uma fonte perpétua de discórdias, e apelou para Abraão, insistindo que Hagar e Ismael fossem despedidos do acampamento. O patriarca foi lançado em grande angústia. Como poderia banir a Ismael, seu filho, ainda ternamente amado? Em sua perplexidade rogou a direção divina. O Senhor, por meio de um santo anjo, determinou-lhe satisfazer o desejo de Sara; seu amor por Ismael ou Hagar não lho deveria impedir pois apenas assim poderia ele restabelecer a harmonia e a felicidade à sua família.” Patriarcas e Profetas, p. 146.
Muitas vezes, somos tentados a reprovar a atitude de Sara de solicitar que seu marido expulsasse Hagar e seu filho de sua casa. Afinal de contas, Ismael era fruto de um plano de Sara de dar uma “ajudinha” a Deus. O mais justo seria ela arcar com as consequências, não é?
Contudo, ao contrário de nós, Deus não reprovou o comportamento de Sara ao solicitar que Hagar fosse embora. “A instrução proporcionada a Abraão, no tocante à santidade da relação matrimonial, deve ser uma lição para todos os tempos. Declara que os direitos e a felicidade desta relação devem ser cuidadosamente zelados, mesmo com grande sacrifício. Sara era a única esposa legítima de Abraão. Seus direitos como esposa e mãe, nenhuma outra pessoa tinha a prerrogativa de partilhar. Reverenciava seu marido, e nisto é apresentada no Novo Testamento como um digno exemplo. Mas não queria que as afeições de Abraão fossem dadas a outra; e o Senhor não a reprovou por exigir o banimento de sua rival. Tanto Abraão como Sara não confiaram no poder de Deus, e foi este erro que determinou o casamento com Hagar.” Patriarcas e Profetas, p. 147.
Por falta de fé, Abraão e Sara cometeram um erro contra a santidade do casamento. Mas Deus tinha um plano especial para essa família e, provavelmente, os problemas que eles estavam tendo com Hagar e Ismael poderiam prejudicar estes planos. Então Deus não reprova a atitude de Sara, mas não lhes poupa das consequências. O Espírito de Profecia diz que a descendência de Ismael “sempre foi um incômodo e aflição aos descendentes de Isaque” Patriarcas e Profetas, p. 174.
Quanto à sua falta de fé, Ele lhes “aplica” uma prova, cujo relato conhecemos muito bem!
O que podemos aprender com Sara? Sara foi um exemplo de mulher submissa, “Reverenciava seu marido, e nisto é apresentada no Novo Testamento como um digno exemplo.” Patriarcas e Profetas, p. 147. Era uma mulher missionária, que testemunhava do verdadeiro Deus junto ao seu marido. Mas cometeu erros cujos relatos estão registrados para alertar-nos de nossas própria condição.
Com Sara aprendemos que as promessas de Deus se cumprem, e que não devemos “ajudar” a Deus quando Ele não nos pede isso! Além disso, aprendemos que é preciso ter alguns cuidados para ter uma família feliz, e que Deus não reprova alguns de nossos atos que não são compreendidos por humanos, porque Ele tem propósitos para a nossa vida, e sabe muito melhor do que as demais pessoas a melhor conduta a seguir!
(Mulher Adventista)
A Porta do Céu
A Porta do Céu
Teve medo e disse: “Temível é este lugar! Não é
outro, se não a casa de Deus; esta é a porta dos
Céus.” Gênesis 28:17
Aqui está Jacó, tão esperto, apanhado pela própria armadilha. Ele está fugindo do irmão mais velho, Esaú, por ter obtido a bênção da primogenitura ao enganar o próprio pai. Esaú está irado e mal pode esperar chegar o dia em que poderá se vingar do irmão. Mas ainda não, não enquanto o pai já idoso, Isaque, estiver vivo.
Jacó foge. Ele vai para o norte a caminho de Harã, lugar em que o tio Labão mora. O plano de Jacó não parece mais tão perfeito. A noite vem e ele está totalmente solitário. Sem jantar em família esta noite. Sem cama confortável para encostar o corpo cansado. Ele terá que se virar de alguma forma. De repente, sua vida se tornou uma questão de sobrevivência selvagem.
Jacó procura um lugar para descansar e passar a noite. Nada de cobertor, lençol ou travesseiro nesta noite. Ele pega uma pedra para reclinar a cabeça.
Você já tentou dormir num travesseiro de pedra? Eu já e posso afirmar que não é divertido. Se você estiver muito cansado, acabará caindo no sono, mas não por muito tempo. E, ao acordar, parecerá que quebrou o pescoço.
Ali está Jacó, deitado sozinho ao relento, com a cabeça reclinada sobre uma pedra. Nunca tinha se sentido tão longe de casa, tão longe do Deus de Isaque e de Abraão.
Finalmente, pega no sono. Então, algo maravilhoso acontece. Deus lhe concede um lindo sonho. Naquele lugar ermo e hostil, seria normal ter pesadelos. Mas, em vez disso, Jacó vê uma escada ligando a Terra ao Céu e os anjos de Deus subindo e descendo por ela. O Senhor está no alto da escada proclamando: “Eu sou o Senhor, o Deus de seu pai Abraão e o Deus de Isaque. [...] Estou com você e cuidarei de você, aonde quer que vá; e Eu o trarei de volta a esta terra” (Gn 28:13, 15).
Ao acordar, Jacó pensa consigo: “Sem dúvida o Senhor está neste lugar, mas eu não sabia! [...] Temível é este lugar! Não é outro, senão a casa de Deus; esta é a porta dos Céus” (v. 16, 17).
Ainda é verdade. O Senhor está neste lugar. Não importa o quão solitário ou abandonado este lugar pareça, Deus não o abandonou, Ele não nos abandonou. Os anjos de Deus sobem e descem pela escada celestial ao lado de nosso travesseiro de pedra enquanto o Senhor diz: “Estou com você e cuidarei de você, aonde quer que vá.”
Fonte: Meditações Diárias
quinta-feira, 25 de abril de 2013
TORNAR-SE ÚTIL E FIEL A DEUS
ALIMENTO DIÁRIO
SEMANA 6 - QUINTA-FEIRA
SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 6: As epístolas de Paulo (Cl 1:25)
Leitura bíblica: Ef 3:4-6; Fp 3:8, 12; Cl 2:2; 4:9
Ler com oração: Ele, antes, te foi inútil; atualmente, porém, é útil, a ti e a mim. Eu to envio de volta em pessoa, quero dizer, o meu próprio coração, [...] não como escravo; antes, muito acima de escravo, como irmão caríssimo (Fm 11-12, 16a).
TORNAR-SE ÚTIL E FIEL A DEUS
O livro de Gálatas, escrito durante o ministério edificador de Paulo, apresenta uma visão geral da economia neotestamentária de Deus. Se formos comparar as epístolas de Paulo à estrutura de um avião, esse livro seria a fuselagem da aeronave (vide diagrama). Para sustentar a aeronave no ar, não basta a fuselagem; são necessárias também duas asas. No caso, as asas do avião são Efésios e Colossenses. Enquanto Colossenses revela que o mistério de Deus é Cristo (2:2), Efésios revela que o mistério de Cristo é a igreja (3:4-6). Portanto esses dois livros se complementam mutuamente e nos sustentam em nossa jornada cristã.
O destino do avião, ou sua meta, é mostrado no livro de Filipenses, que nos encoraja a prosseguir para o alvo, revelando que nossa meta é Cristo. Nesse livro, o Senhor nos chama para o prêmio, para o reino. Se desejarmos alcançar esse prêmio, precisamos ser como Paulo: esquecer o que fica para trás e avançar para o alvo, para o prêmio que está à nossa frente (3:8, 12).
Para decolarmos em direção a esse alvo, precisamos da pista de decolagem, que é o caminho traçado para alçar voo. Essa pista é representada pelo livro de Filemom, que retrata o amor fraternal sendo praticado na igreja. O livro de Filemom é repleto de amor, pois nele vemos que Paulo acolheu e apascentou um escravo fugitivo inútil, Onésimo, que se tornou útil após sua salvação e foi enviado de volta a Filemom, a quem possivelmente causara danos e prejuízos. Onésimo não apenas foi salvo, mas também aperfeiçoado pelo apóstolo, a ponto de ser chamado de irmão fiel e amado (Cl 4:9).
Ponto-chave:
Praticar o amor fraternal para alcançar o reino.
Pergunta:
Que lições aprendemos com os livros de Filipenses e Filemom?
terça-feira, 23 de abril de 2013
Como Deus Pode e Vai Restaurar Seu Casamento
Como Deus Pode e Vai Restaurar Seu Casamento
“Porque ele faz a chaga, e ele mesmo a liga; ele fere e as suas mãos curam” (Jó 5:18)
É estarrecedor o número de casais que estão passando pela síndrome da separação e do divórcio. Casamentos desfeitos representam alianças quebradas, destruídas. Não me refiro ao objeto circular de ouro, mas à promessa feita no Altar de DEUS, o que é mais grave. Casamentos por mais santificados que sejam, por mais abençoados, por mais corretos que pareçam, são de competência exclusiva dos cônjuges. Assim como também as causas que os levam ao fracasso. Tudo é de inteira responsabilidade do casal: as conquistas e os fracassos. DEUS é a bússola, o guia, o orientador. A Sua santa Palavra já nos foi revelada. Está aí há milênios de anos para obedecermos ou não. Isso também cabe a nós.
Outro dia visitei um site cristão e fui direto aos “Pedidos de Oração”. Verifiquei quase duzentos pedidos de pessoas espalhadas por todo o Brasil. A cada dez pedidos, sete se destinavam à restauração de casamentos. O melhor é que, graças a DEUS, há pessoas ainda que acreditam que DEUS pode e vai restaurar os seus casamentos. E o número de pessoas que não entraram no site, mas que já entregaram os pontos, achando que seus relacionamentos não há mais jeito, que tudo está perdido? E a quantidade de pessoas que já estão divorciadas e até já se casaram outra vez?
Por isso, eu quero deixar uma palavra certa neste estudo: DEUS é o maior interessado na restauração do seu casamento. Se ELE não quisesse mais que os cônjuges permanecessem casados, simplesmente tiraria a vida de um ou do outro, pois como a Sua Palavra afirma, segundo casamento apenas na morte de um dos cônjuges: “a mulher está ligada ao marido enquanto ele vive; mas se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada adúltera se, vivendo o marido, unir-se a outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias” (Romanos 7:2-3). O apóstolo Paulo ratifica essas mesmas palavras em 1 Coríntios 7:39. Pois se DEUS uniu, só ELE pode separar: “Portanto o que DEUS uniu não separe o homem”(Mateus 19:6).
A premissa “uma vez casados, casados até que a morte os separe” é radicalmente verdadeira e válida. DEUS detesta o divórcio como está apregoado com clareza no livro do profeta Malaquias capítulo 2, versículo 16. Portanto não adianta querer pôr outro fundamento além do que já está posto. DEUS é o mesmo. ELE nunca mudou o seu pensamento a cerca da família que abençoou, nem nunca mudará.
Todo fracasso matrimonial tem as suas causas. Umas maiores, outras menores. Umas fáceis de serem consertadas; outras bastante difíceis e complicadas. Aos olhos humanos, tudo pode parecer impossível. Mas nós, cristãos, servimos a um DEUS que tem mostrado ao longo dos tempos que não há impossível para ELE. Não há mar que não se abra, não há ondas que não se acalmem, não há morto que não ressuscite, não há enfermidade que não seja curada, pelo poder do Nome de JESUS CRISTO. DEUS poderia consertar um casamento apenas com uma palavra ou um toque, ou seja, instantaneamente. E por que assim ELE não faz? Porque a carpintaria de DEUS está localizada no deserto. O deserto é a escola dos filhos de DEUS, especialmente aqueles que não souberam obedecer antes, não fizeram conforme prometeram no Altar. DEUS é especialista em restaurar caráter. ELE agora não só vai moldar o caráter do marido, mas da esposa também. Os dois precisam ser machucados, quebrados, transformados; para que, adiante, quando estiverem completamente prontos, venham a viver plenamente a bênção do PAI, sem desperdiçá-la mais. O tempo na oficina de DEUS pode até ser doloroso, mas creia: ELE está trabalhando para tornar os dois melhores. Deixa DEUS trabalhar. Deixa DEUS agir. Deixa DEUS quebrar os vasos em suas mãos e fazê-los novos.
No tempo do deserto, DEUS também estará observando as suas atitudes. ELE quer ser adorado e glorificado nesse período. Não é tempo mais de murmurações, de olhar para trás, o que não deu certo ou quem foi o causador de tudo. Isso não mais interessa. DEUS está te ensinando a olhar para a frente, recuperando a sua fé. Se faltar comida, ELE providenciará. Se faltar água, DEUS a fará sair da rocha. Se as lágrimas forem muitas, DEUS tem um lenço eterno para enxugá-las. O tempo no deserto é o tempo da perseverança. O curioso é que tanto o marido como a esposa estão sendo tratados pelo mesmo Carpinteiro e no mesmo local. Mas não se vêem. DEUS não permite que não se encontrem ainda porque não é a hora. Se acaso ELE permitisse que se vissem fora do tempo, certamente sairiam reclamações, brigas e até xingamentos. DEUS está tirando isso dos dois, e aproveitando para ajustar outras áreas de sua vida que estava precisando de reparo. Lembra-se da soberba que existia em seu coração? Lembra-se de sua dificuldade de perdoar o próximo? Lembra-se de que você teve tantas e tantas oportunidades de procurar DEUS na Sua Casa, de adorá-LO, mas mesmo assim preferiu ficar em casa vendo televisão? DEUS havia ensinado: “Buscai primeiro o Reino de DEUS e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33).
Marido, você que hoje chora sozinho, longe da sua esposa, aquiete-se. Lembra-se do que DEUS havia dito a você? “Vós, maridos, amai a vossa mulher como Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Efésios 5:25). Você não a amou como deveria. Esposa, por que choras tanto e com muita angústia em seu coração, desesperada porque teu marido a abandonou? Lembra-se do que Nosso DEUS também lhe ensinou? “Assim como a igreja está submissa a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas a seu marido” (Efésios 5:24). Você não foi submissa a seu marido todo o tempo em que esteve com ele. DEUS também pediu que ambos suportassem um ao outro, que se amassem muito, respeitassem, se doassem, no mais profundo e verdadeiro amor. Não fizeram. Brigaram e se separaram. Agora DEUS os chamou para a Sua oficina. Com certeza, ELE não quer o mal do casal: “Porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem” (Provérbios 3:12). Já observou o aviso que consta na parede principal da oficina de DEUS? “Eis que te purifico, não como a prata, mas te provo na fornalha da aflição, por amor de mim, por amor de mim, é que isto faço” (Isaías 48:10-11).
DEUS agora está dizendo a você: “Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre as nações, serei exaltado sobre a terra” (Salmos 46:10). Nosso Senhor e Salvador tem pressa de restaurar o seu casamento. ELE vai restaurar. Aliás, já está no processo bem avançado, ainda que você não veja nada pelos seus olhos naturais, ainda que as nuvens pareçam carregadas sobre a tua vida. É hora de SANTIDADE e de OBEDIÊNCIA. Essas duas palavras são a chave da sua vitória. Segure-a firme e não a deixe cair. O diabo está furioso com você, mas não é à toa. Você decidiu entregar a sua causa a DEUS, diferentemente daqueles que se divorciaram e se casaram de novo e pensam ser felizes e abençoados. O diabo não os toca, porque estes estão fazendo a vontade dele. Esses não tiveram a fé que você teve de clamar ao DEUS Todo Poderoso. Você hoje sabe a seriedade com que DEUS trata o matrimônio. Essa batalha tem um General à frente chamado JESUS CRISTO, Aquele que venceu o diabo, venceu a morte e ao terceiro dia ressuscitou. Aleluia! A restauração do seu casamento é promessa certa a ser cumprida. Não se desespere! Creia! O tempo está bem próximo! Não precisaria nem você saber disso através de mim, nem através de louvores, nem mesmo por meio dos seus profetas. ELE garantiu, ELE irá cumprir tudo o que prometeu em sua vida. E em todas as coisas procure adorar e glorificar o Santo Nome do SENHOR.
Breve, DEUS estará chamando você e seu cônjuge pelo nome, em meio a tantos casais que estão sendo tratados nessa oficina maravilhosa. Quando DEUS os chamar, estará unindo-os e selando de uma vez por todas o seu casamento. Nessa hora, teu telefone ou a companhia da sua casa irá tocar. Será o teu marido ou a tua esposa arrependida (transformado(a) por DEUS) pedindo para voltar. À porta da saída da oficina, ELE os dirá: “EU SOU AQUELE QUE VAI ADIANTE DE TI, EU SOU CONTIGO, NUNCA TE DEIXAREI, NEM TE DESAMPARAREI; NÃO TEMAS NEM TE ESPANTES!” (Deuteronômio 31:8). SIGAM ADIANTE E SEJAM MUITO FELIZES!
Autor: Fernando César T. Alves Fonte: Estudos Gospel | Divulgação: Midia Gospel
segunda-feira, 22 de abril de 2013
CONHECER AO SENHOR E RECEBER REVELAÇÃO
ALIMENTO DIÁRIO
SEMANA 6 - SEGUNDA-FEIRA
SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 6: As epístolas de Paulo (Cl 1:25)
Leitura bíblica:
At 9:3-6, 8-19; 2 Co 12:1-4
Ler com oração:
O Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da Glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele (Ef 1:17)
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CONHECER AO SENHOR E RECEBER REVELAÇÃO
Paulo não foi instruído diretamente por Jesus, como os discípulos, mas teve um encontro especial com Ele no caminho para Damasco. Antes disso, ele servia a Deus de acordo com a tradição judaica e não conhecia o Senhor Jesus.
Paulo teve um encontro pessoal com o Senhor ao ver uma grande luz (At 9:3). Ele caiu por terra e ouviu uma voz que lhe disse: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Então, Saulo perguntou: “Quem és tu Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer” (vs. 4-6). Paulo deve ter pensado: “Eu nunca persegui a ninguém chamado Jesus”. Nessa ocasião, ele percebeu que, ao perseguir os cristãos, estava perseguindo o próprio Senhor.
Leiamos o trecho que corresponde a esse relato: “Então, se levantou Saulo da terra e, abrindo os olhos, nada podia ver. E, guiando-o pela mão, levaram-no para Damasco. Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu, nem bebeu. Ora, havia em Damasco um discípulo chamado Ananias. Disse-lhe o Senhor numa visão: Ananias! Ao que respondeu: Eis-me aqui, Senhor! Então, o Senhor lhe ordenou: Dispõe-te, e vai à rua que se chama Direita, e, na casa de Judas, procura por Saulo, apelidado de Tarso; pois ele está orando e viu entrar um homem, chamado Ananias, e impor-lhe as mãos, para que recuperasse a vista. Ananias, porém, respondeu: Senhor, de muitos tenho ouvido a respeito desse homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e para aqui trouxe autorização dos principais sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome. Mas o Senhor lhe disse: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome” (vs. 8-16). Então Ananias foi e, depois de transmitir-lhe as palavras do Senhor, batizou-o. Paulo permaneceu em Damasco alguns dias com os discípulos.
Era necessário que Paulo fosse batizado para se despojar do velho homem e das coisas antigas, pois Deus tinha uma grande incumbência para ele. Cremos que nesse período Paulo foi para o deserto da Arábia e teve a visão que depois descreveu em 2 Coríntios 12:1-4. Ali, talvez durante quarenta dias – como Moisés ao receber a revelação da economia veterotestamentária de Deus –, Paulo recebeu a revelação da economia neotestamentária, o propósito eterno de Deus para o homem. As palavras que Paulo escreveu em suas epístolas basearam-se nessa visão, e por meio delas temos sido abençoados com a revelação do plano eterno de Deus.
Ponto-chave:
Obter revelação da parte de Deus.
Pergunta:
O que as principais epístolas de Paulo nos transmitem?
SEMANA 6 - SEGUNDA-FEIRA
SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 6: As epístolas de Paulo (Cl 1:25)
Leitura bíblica:
At 9:3-6, 8-19; 2 Co 12:1-4
Ler com oração:
O Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da Glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele (Ef 1:17)
.
CONHECER AO SENHOR E RECEBER REVELAÇÃO
Paulo não foi instruído diretamente por Jesus, como os discípulos, mas teve um encontro especial com Ele no caminho para Damasco. Antes disso, ele servia a Deus de acordo com a tradição judaica e não conhecia o Senhor Jesus.
Paulo teve um encontro pessoal com o Senhor ao ver uma grande luz (At 9:3). Ele caiu por terra e ouviu uma voz que lhe disse: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Então, Saulo perguntou: “Quem és tu Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer” (vs. 4-6). Paulo deve ter pensado: “Eu nunca persegui a ninguém chamado Jesus”. Nessa ocasião, ele percebeu que, ao perseguir os cristãos, estava perseguindo o próprio Senhor.
Leiamos o trecho que corresponde a esse relato: “Então, se levantou Saulo da terra e, abrindo os olhos, nada podia ver. E, guiando-o pela mão, levaram-no para Damasco. Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu, nem bebeu. Ora, havia em Damasco um discípulo chamado Ananias. Disse-lhe o Senhor numa visão: Ananias! Ao que respondeu: Eis-me aqui, Senhor! Então, o Senhor lhe ordenou: Dispõe-te, e vai à rua que se chama Direita, e, na casa de Judas, procura por Saulo, apelidado de Tarso; pois ele está orando e viu entrar um homem, chamado Ananias, e impor-lhe as mãos, para que recuperasse a vista. Ananias, porém, respondeu: Senhor, de muitos tenho ouvido a respeito desse homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e para aqui trouxe autorização dos principais sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome. Mas o Senhor lhe disse: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome” (vs. 8-16). Então Ananias foi e, depois de transmitir-lhe as palavras do Senhor, batizou-o. Paulo permaneceu em Damasco alguns dias com os discípulos.
Era necessário que Paulo fosse batizado para se despojar do velho homem e das coisas antigas, pois Deus tinha uma grande incumbência para ele. Cremos que nesse período Paulo foi para o deserto da Arábia e teve a visão que depois descreveu em 2 Coríntios 12:1-4. Ali, talvez durante quarenta dias – como Moisés ao receber a revelação da economia veterotestamentária de Deus –, Paulo recebeu a revelação da economia neotestamentária, o propósito eterno de Deus para o homem. As palavras que Paulo escreveu em suas epístolas basearam-se nessa visão, e por meio delas temos sido abençoados com a revelação do plano eterno de Deus.
Ponto-chave:
Obter revelação da parte de Deus.
Pergunta:
O que as principais epístolas de Paulo nos transmitem?
domingo, 21 de abril de 2013
As viagens de Paulo (2 Co 7:8-11)
ALIMENTO DIÁRIO
SEMANA 5 - DOMINGO
SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 5: As viagens de Paulo (2 Co 7:8-11)
Leitura bíblica:
Ef 3:1; Fp 1:7; Cl 4:10; 1 Ts 3:1-2, 5; Fm 9
Ler com oração:
Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja; da qual me tornei ministro de acordo com a dispensação da parte de Deus, que me foi confiada a vosso favor, para dar pleno cumprimento à palavra de Deus (Cl 1:24-25).
O MINISTÉRIO DE PAULO APÓS SEU APRISIONAMENTO
Uma vez preso, Paulo já não podia visitar as igrejas e cuidar da edificação do Corpo de Cristo pessoalmente, porém havia parte de seu ministério que ainda restava cumprir: seu ministério epistolar (Cl 1:24-25).
Em Gálatas 1:17, Paulo diz que, depois de Cristo ser revelado nele, ele foi para as regiões da Arábia antes de voltar para Tarso, sua terra natal. Em 2 Coríntios 12:2-4, ele afirma: “Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) e sei que o tal homem (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir”. Embora não deixe claro, esse “homem” é ele mesmo. Cremos que essa revelação ele obteve nas regiões da Arábia e se refere à economia neotestamentária de Deus, a qual ele ainda não tivera como registrar em suas cartas.
Até ser aprisionado, durante seu ministério edificador, Paulo havia escrito seis livros: Gálatas, 1 e 2 Coríntios, 1 e 2 Tessalonicenses e Romanos, mas havia muitas revelações que não tinham sido escritas. Faltava escrever oito livros muito importantes, como Efésios, Colossenses e Filipenses – estes, juntamente com Gálatas, contêm o cerne da economia neotestamentária de Deus –, e ainda
1 e 2 Timóteo, Tito, Filemom e Hebreus¹ . Por esse motivo, Deus guardou sua vida. Após seu aprisionamento em Roma, incluindo as viagens que fez enquanto aguardava para ser julgado, ele teve o tempo e o sossego necessários para cumprir essa incumbência.
Na prisão domiciliar em Roma, ele escreveu quatro livros: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. Enquanto aguardava seu julgamento, ele ainda fez algumas viagens, visitando as igrejas. Nesse período, ele novamente passou por Éfeso e ali deixou seu jovem cooperador Timóteo para que admoestasse alguns irmãos a não ensinarem outra doutrina e não se ocuparem com fábulas e genealogias sem fim, que antes promoviam discussões, e não a economia, ou o dispensar, de Deus na fé (1 Tm 1:3-4). Sua Primeira Epístola a Timóteo foi provavelmente escrita na Macedônia (v. 3). Depois disso, ele escreveu uma carta para seu cooperador Tito, provavelmente quando estava em Nicópolis (Tt 3:12). A seguir, Paulo foi novamente encarcerado. Nesse período, ele escreveu Hebreus e sua Segunda Epístola a Timóteo.
Louvado seja o Senhor por Sua soberana providência e Seu cuidado pela Palavra e pelo Corpo. Sem esses escritos posteriores de Paulo, a Bíblia não seria completa como é hoje e não teríamos toda a revelação que o Senhor nos queria transmitir. Embora Ele tenha usado homens com falhas e deficiências, Ele os proveu de visão e cuidou deles para que levassem a cabo a incumbência de nos transmitir Sua Palavra. Hoje temos em mãos esse livro maravilhoso, graças a pessoas como Paulo, que deram a vida pelo Senhor e Seu propósito. Por meio de Sua Palavra, podemos desfrutar Espírito e vida, ser alimentados e iluminados. Aleluia!
Em Gálatas 1:17, Paulo diz que, depois de Cristo ser revelado nele, ele foi para as regiões da Arábia antes de voltar para Tarso, sua terra natal. Em 2 Coríntios 12:2-4, ele afirma: “Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) e sei que o tal homem (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir”. Embora não deixe claro, esse “homem” é ele mesmo. Cremos que essa revelação ele obteve nas regiões da Arábia e se refere à economia neotestamentária de Deus, a qual ele ainda não tivera como registrar em suas cartas.
Até ser aprisionado, durante seu ministério edificador, Paulo havia escrito seis livros: Gálatas, 1 e 2 Coríntios, 1 e 2 Tessalonicenses e Romanos, mas havia muitas revelações que não tinham sido escritas. Faltava escrever oito livros muito importantes, como Efésios, Colossenses e Filipenses – estes, juntamente com Gálatas, contêm o cerne da economia neotestamentária de Deus –, e ainda
1 e 2 Timóteo, Tito, Filemom e Hebreus¹ . Por esse motivo, Deus guardou sua vida. Após seu aprisionamento em Roma, incluindo as viagens que fez enquanto aguardava para ser julgado, ele teve o tempo e o sossego necessários para cumprir essa incumbência.
Na prisão domiciliar em Roma, ele escreveu quatro livros: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. Enquanto aguardava seu julgamento, ele ainda fez algumas viagens, visitando as igrejas. Nesse período, ele novamente passou por Éfeso e ali deixou seu jovem cooperador Timóteo para que admoestasse alguns irmãos a não ensinarem outra doutrina e não se ocuparem com fábulas e genealogias sem fim, que antes promoviam discussões, e não a economia, ou o dispensar, de Deus na fé (1 Tm 1:3-4). Sua Primeira Epístola a Timóteo foi provavelmente escrita na Macedônia (v. 3). Depois disso, ele escreveu uma carta para seu cooperador Tito, provavelmente quando estava em Nicópolis (Tt 3:12). A seguir, Paulo foi novamente encarcerado. Nesse período, ele escreveu Hebreus e sua Segunda Epístola a Timóteo.
Louvado seja o Senhor por Sua soberana providência e Seu cuidado pela Palavra e pelo Corpo. Sem esses escritos posteriores de Paulo, a Bíblia não seria completa como é hoje e não teríamos toda a revelação que o Senhor nos queria transmitir. Embora Ele tenha usado homens com falhas e deficiências, Ele os proveu de visão e cuidou deles para que levassem a cabo a incumbência de nos transmitir Sua Palavra. Hoje temos em mãos esse livro maravilhoso, graças a pessoas como Paulo, que deram a vida pelo Senhor e Seu propósito. Por meio de Sua Palavra, podemos desfrutar Espírito e vida, ser alimentados e iluminados. Aleluia!
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¹ Mesmo não sendo mencionado no livro de Hebreus o nome de seu autor, cremos que foi Paulo quem o escreveu.
quarta-feira, 17 de abril de 2013
O Espírito do Homem
Alguma coisa está faltando. Alguma coisa está obviamente faltando. Todos sabem disso. Alguns tentam encontrá-la nos prazeres físicos, outros se entregam com afinco à educação, esperando encontrar a resposta, enquanto a maioria se arrasta dia a dia, meramente vivendo. Dentro, porém, a interrogação permanece. Como uma melodia que não pode ser esquecida, esta dúvida volta repetidas vezes, aquele sentimento de que deve haver algo mais do que isto na vida. Quando você relaxa, tenta dormir, a sensação retorna. Alguma coisa está faltando.
O QUE É O HOMEM?
O homem é um mistério. Embora saibamos hoje mais do que nunca a seu respeito, cada vez o compreendemos menos. O que é um homem? Do que ele é composto? Para a maior parte dos filósofos, psicólogos e teólogos, o homem não é tão simples. Ele é tido como uma entidade com dupla natureza: física e metafísica, biológica e psicológica. Esta é a compreensão comum da natureza do homem. Ainda assim, à luz desse entendimento, permanecemos sem poderes para satisfazer a sensação de vazio interior. O homem, portanto, continua sendo um mistério. De onde vem esta sensação? A fim de penetrar no mistério do homem, você precisa ir além do mundo físico e do psicológico para encontrar a chave perdida.
"E o Senhor Deus formou o homem do pó da terra." - Gênesis 2:7
"Por isso, ao entrar no mundo, diz: sacrifício e oferta não quiseste, antes corpo me formaste." - Hebreus 10:5
O CORPO É UM BECO SEM SAÍDA
Todos estão cientes do seu próprio corpo. Ele é real, temporário e presta-se à investigação científica. Se você perguntasse a um químico: "O que é o homem?", ele poderia compor uma tabela analítica e apontar-lhe conclusivamente que o homem se compõe de carbono, hidrogênio, nitrogênio e vários outros elementos. De acordo com o seu campo de pesquisa, ele estaria certo. Contudo, estaria referindo-se somente à parte física do ser humano, idêntico em natureza aos elementos da terra.
Desde o início da história, o homem tem procurado libertar-se da prisão de seu corpo. Tentou encontrar novas maneiras para satisfazer seus sentimentos excessivamente manipulados. Tudo isso para descobrir aquilo que já foi descoberto antes - nada satisfaz. E embora tenha conseguido prolongar sua vida biológica, todo homem ainda chega ao ponto em que precisa admitir que seu corpo é um caminho sem saída. Não há nele chave alguma.
E QUANTO À ALMA?
Se você perguntasse algo sobre o homem a um psicólogo, ele poderia ressaltar-lhe que, além do corpo, existe uma composição mais interna, mais oculta. Você tem uma MENTE - um órgão para pensar; você tem EMOÇÕES - a faculdade de sentimentos interiores, capaz de amar, odiar, estar deprimida e exultante. Ele poderia também salientar que você tem uma VONTADE - uma faculdade para tomar decisões. Desta maneira, seria demonstrado que você não é um mero ser físico, mas também um ser psicológico. Em resumo, você é uma entidade que VIVE, PENSA, SENTE e DECIDE - não um mero pó animado, mas uma verdadeira pessoa viva, tendo uma personalidade única e distinta. Isto, diria ele, é VOCÊ. Seu verdadeiro "ego", explicaria ele, é seu "ego" interior, seu "ego" psicológico, enquanto seu corpo apenas constitui a envoltura exterior do seu ser.
"(...) O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente (...)" - 1 Coríntios 15:45
"(...) e o vosso espírito, alma e corpo, sejam conservados íntegros e irrepreensíveis (...)” - 1 Tessalonicenses 5:23
Na realidade, de acordo com o significado correto da palavra, tal parte psicológica é simplesmente a alma do homem. "Psique" é uma palavra grega que significa "alma". Psicologia é o estudo da alma. As três faculdades - mente, emoção e vontade - formam a personalidade e são meramente os componentes da alma humana. Há muita noção falsa sobre a distinção entre alma e espírito no mundo de hoje, principalmente entre os religiosos.
Os últimos dois séculos da história humana têm visto o levantar espetacular dos poderes da alma. As grandes mentes têm contribuído com uma abundância de pensamentos. As grandes vontades têm produzido uma abundância de ações decisivas no governo e na cultura. Sem dúvida alguma, a alma se elevou ao seu ápice nesses últimos anos.
Contudo, a despeito das grandes realizações humanas, o sentimento de vazio interior permanece. Podemos conquistar a lua, porém, ainda lá dentro de nós resta um território inexplorado - os mais altos pensamentos humanos são esquecidos, suas emoções mais profundas rapidamente se extinguem, suas determinações mais intransigentes vacilam. E, dentro da alma do homem, a busca pela chave termina em frustração.
O ESPÍRITO: A TERCEIRA PARTE DO SER HUMANO
Oculta e obscurecida, existe uma faculdade profunda dentro do homem, que permaneceu um mistério através de todas as épocas. É tal objeto desconhecido a toda investigação dos sedentos pela realidade. É o fim da busca interior. É mais profundo que sua mente ou seu entendimento. Por si mesmo, você jamais poderia descobri-lo. Poderia meditar, mas nunca o encontraria. Poderia sentar-se debaixo de uma árvore, ficar por horas ao sol ou à sombra, ponderar, limpar a mente de todo pensamento, recordar, concentrar, abrir-se para quaisquer que sejam as forças disponíveis, ser iluminado, o que quer que seja... mesmo assim, você jamais o encontraria.
É mais profundo do que a alma. Assim como o tutano que dá vida está oculto no osso, escondido na alma está o espírito humano. É tão próximo da alma e tão encoberto por ela, que é freqüentemente confundido com a alma... mas não é alma! É o espírito!
"Na verdade, há um ESPÍRITO no homem (...)" - Jó 32:8
"O ESPÍRITO do homem é a lâmpada do Senhor (...)" - Provérbios 20:27
"(...) dividindo alma do ESPÍRITO, juntas e medulas (...)" - Hebreus 4:12
"Aquele que é nascido do Espírito é ESPÍRITO." - João 3:6
"Mas aquele que se une ao Senhor é um ESPÍRITO com Ele." - 1 Coríntios 6:17
"O próprio Espírito testifica com o nosso ESPÍRITO que somos filhos de Deus." -Romanos 8:16
Todos os caminhos para esta parte mais profunda do seu ser têm sido interrompidos... todos os caminhos, exceto um. Somente Deus pode levá-lo lá.
Repetidas vezes vem a aspiração interior, a intranqüilidade, a fome do espírito por realidade. O espírito foi feito para conter o próprio Deus, para ser preenchido por Deus. O homem nunca está satisfeito, porque esta parte mais profunda ainda falta ser preenchida. Na realidade, a verdadeira função de um homem é ser preenchido pela vida de Deus. Para este propósito, ele foi criado com um espírito, um órgão destinado especificamente a conter Deus. A mente pode ser capaz de pensar, mas somente o espírito é capaz de contatar Deus. Deus é um Espírito.
“Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” - João 4:24
Assim como o ar que o envolve, Ele é bem acessível e está desejoso de preencher o vazio que foi feito especialmente para Ele. Ele é O Espírito, e você tem um espírito humano - estes dois foram feitos para se combinar - em você. Assim como a luva foi feita para conter a mão, o seu espírito foi feito para conter O Espírito. Nascer de novo é receber O Espírito dentro do seu espírito humano.
Receber a Deus dentro de você não é algo difícil ou complicado. Nem depende de você se aperfeiçoar. Ou mesmo de estudar ou entender coisa alguma. Basta crer. A palavra crer, descrita em vários versículos da Bíblia, também pode ser traduzida para receber. Crer é receber.
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” – João 3:16
Jesus Cristo é o Filho unigênito de Deus. Se você crer na Sua obra feita na cruz, onde Ele morreu para nos dar a vida eterna, você recebe O Espírito para dentro do seu espírito humano.
“Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. (...) Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” - Rm 10:9,10,13
Você precisa apenas crer com o coração e confessar com sua boca que Jesus é o Senhor. Invocar o Seu Nome de todo o seu ser, dizendo em voz alta “Senhor Jesus! Ó Senhor Jesus!”. Assim como Estevão fez:
“E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito!” – At 7:59
Voltando seu coração para Deus e invocando Seu nome, você encontrará a chave. O próprio Deus virá para dentro de seu espírito. Do mais profundo de seu ser, alguma coisa nova nascerá - alguma coisa que você jamais experimentou antes. A alegria! A plenitude! A satisfação! Toda a sua vida mudará... Agora, girando ao redor de um novo centro, você se tornará um homem normal, um homem que é preenchido por Deus em seu espírito. Você terá encontrado a chave para abrir o mistério do homem. Agora, nada mais estará faltando. Você terá chegado ao fim da busca interior.
"O Senhor Jesus Cristo seja com teu espírito!" (2 Timóteo 4:22)
O QUE É O HOMEM?
O homem é um mistério. Embora saibamos hoje mais do que nunca a seu respeito, cada vez o compreendemos menos. O que é um homem? Do que ele é composto? Para a maior parte dos filósofos, psicólogos e teólogos, o homem não é tão simples. Ele é tido como uma entidade com dupla natureza: física e metafísica, biológica e psicológica. Esta é a compreensão comum da natureza do homem. Ainda assim, à luz desse entendimento, permanecemos sem poderes para satisfazer a sensação de vazio interior. O homem, portanto, continua sendo um mistério. De onde vem esta sensação? A fim de penetrar no mistério do homem, você precisa ir além do mundo físico e do psicológico para encontrar a chave perdida.
"E o Senhor Deus formou o homem do pó da terra." - Gênesis 2:7
"Por isso, ao entrar no mundo, diz: sacrifício e oferta não quiseste, antes corpo me formaste." - Hebreus 10:5
O CORPO É UM BECO SEM SAÍDA
Todos estão cientes do seu próprio corpo. Ele é real, temporário e presta-se à investigação científica. Se você perguntasse a um químico: "O que é o homem?", ele poderia compor uma tabela analítica e apontar-lhe conclusivamente que o homem se compõe de carbono, hidrogênio, nitrogênio e vários outros elementos. De acordo com o seu campo de pesquisa, ele estaria certo. Contudo, estaria referindo-se somente à parte física do ser humano, idêntico em natureza aos elementos da terra.
Desde o início da história, o homem tem procurado libertar-se da prisão de seu corpo. Tentou encontrar novas maneiras para satisfazer seus sentimentos excessivamente manipulados. Tudo isso para descobrir aquilo que já foi descoberto antes - nada satisfaz. E embora tenha conseguido prolongar sua vida biológica, todo homem ainda chega ao ponto em que precisa admitir que seu corpo é um caminho sem saída. Não há nele chave alguma.
E QUANTO À ALMA?
Se você perguntasse algo sobre o homem a um psicólogo, ele poderia ressaltar-lhe que, além do corpo, existe uma composição mais interna, mais oculta. Você tem uma MENTE - um órgão para pensar; você tem EMOÇÕES - a faculdade de sentimentos interiores, capaz de amar, odiar, estar deprimida e exultante. Ele poderia também salientar que você tem uma VONTADE - uma faculdade para tomar decisões. Desta maneira, seria demonstrado que você não é um mero ser físico, mas também um ser psicológico. Em resumo, você é uma entidade que VIVE, PENSA, SENTE e DECIDE - não um mero pó animado, mas uma verdadeira pessoa viva, tendo uma personalidade única e distinta. Isto, diria ele, é VOCÊ. Seu verdadeiro "ego", explicaria ele, é seu "ego" interior, seu "ego" psicológico, enquanto seu corpo apenas constitui a envoltura exterior do seu ser.
"(...) O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente (...)" - 1 Coríntios 15:45
"(...) e o vosso espírito, alma e corpo, sejam conservados íntegros e irrepreensíveis (...)” - 1 Tessalonicenses 5:23
Na realidade, de acordo com o significado correto da palavra, tal parte psicológica é simplesmente a alma do homem. "Psique" é uma palavra grega que significa "alma". Psicologia é o estudo da alma. As três faculdades - mente, emoção e vontade - formam a personalidade e são meramente os componentes da alma humana. Há muita noção falsa sobre a distinção entre alma e espírito no mundo de hoje, principalmente entre os religiosos.
Os últimos dois séculos da história humana têm visto o levantar espetacular dos poderes da alma. As grandes mentes têm contribuído com uma abundância de pensamentos. As grandes vontades têm produzido uma abundância de ações decisivas no governo e na cultura. Sem dúvida alguma, a alma se elevou ao seu ápice nesses últimos anos.
Contudo, a despeito das grandes realizações humanas, o sentimento de vazio interior permanece. Podemos conquistar a lua, porém, ainda lá dentro de nós resta um território inexplorado - os mais altos pensamentos humanos são esquecidos, suas emoções mais profundas rapidamente se extinguem, suas determinações mais intransigentes vacilam. E, dentro da alma do homem, a busca pela chave termina em frustração.
O ESPÍRITO: A TERCEIRA PARTE DO SER HUMANO
Oculta e obscurecida, existe uma faculdade profunda dentro do homem, que permaneceu um mistério através de todas as épocas. É tal objeto desconhecido a toda investigação dos sedentos pela realidade. É o fim da busca interior. É mais profundo que sua mente ou seu entendimento. Por si mesmo, você jamais poderia descobri-lo. Poderia meditar, mas nunca o encontraria. Poderia sentar-se debaixo de uma árvore, ficar por horas ao sol ou à sombra, ponderar, limpar a mente de todo pensamento, recordar, concentrar, abrir-se para quaisquer que sejam as forças disponíveis, ser iluminado, o que quer que seja... mesmo assim, você jamais o encontraria.
É mais profundo do que a alma. Assim como o tutano que dá vida está oculto no osso, escondido na alma está o espírito humano. É tão próximo da alma e tão encoberto por ela, que é freqüentemente confundido com a alma... mas não é alma! É o espírito!
"Na verdade, há um ESPÍRITO no homem (...)" - Jó 32:8
"O ESPÍRITO do homem é a lâmpada do Senhor (...)" - Provérbios 20:27
"(...) dividindo alma do ESPÍRITO, juntas e medulas (...)" - Hebreus 4:12
"Aquele que é nascido do Espírito é ESPÍRITO." - João 3:6
"Mas aquele que se une ao Senhor é um ESPÍRITO com Ele." - 1 Coríntios 6:17
"O próprio Espírito testifica com o nosso ESPÍRITO que somos filhos de Deus." -Romanos 8:16
Todos os caminhos para esta parte mais profunda do seu ser têm sido interrompidos... todos os caminhos, exceto um. Somente Deus pode levá-lo lá.
Repetidas vezes vem a aspiração interior, a intranqüilidade, a fome do espírito por realidade. O espírito foi feito para conter o próprio Deus, para ser preenchido por Deus. O homem nunca está satisfeito, porque esta parte mais profunda ainda falta ser preenchida. Na realidade, a verdadeira função de um homem é ser preenchido pela vida de Deus. Para este propósito, ele foi criado com um espírito, um órgão destinado especificamente a conter Deus. A mente pode ser capaz de pensar, mas somente o espírito é capaz de contatar Deus. Deus é um Espírito.
“Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” - João 4:24
Assim como o ar que o envolve, Ele é bem acessível e está desejoso de preencher o vazio que foi feito especialmente para Ele. Ele é O Espírito, e você tem um espírito humano - estes dois foram feitos para se combinar - em você. Assim como a luva foi feita para conter a mão, o seu espírito foi feito para conter O Espírito. Nascer de novo é receber O Espírito dentro do seu espírito humano.
Receber a Deus dentro de você não é algo difícil ou complicado. Nem depende de você se aperfeiçoar. Ou mesmo de estudar ou entender coisa alguma. Basta crer. A palavra crer, descrita em vários versículos da Bíblia, também pode ser traduzida para receber. Crer é receber.
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” – João 3:16
Jesus Cristo é o Filho unigênito de Deus. Se você crer na Sua obra feita na cruz, onde Ele morreu para nos dar a vida eterna, você recebe O Espírito para dentro do seu espírito humano.
“Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. (...) Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” - Rm 10:9,10,13
Você precisa apenas crer com o coração e confessar com sua boca que Jesus é o Senhor. Invocar o Seu Nome de todo o seu ser, dizendo em voz alta “Senhor Jesus! Ó Senhor Jesus!”. Assim como Estevão fez:
“E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito!” – At 7:59
Voltando seu coração para Deus e invocando Seu nome, você encontrará a chave. O próprio Deus virá para dentro de seu espírito. Do mais profundo de seu ser, alguma coisa nova nascerá - alguma coisa que você jamais experimentou antes. A alegria! A plenitude! A satisfação! Toda a sua vida mudará... Agora, girando ao redor de um novo centro, você se tornará um homem normal, um homem que é preenchido por Deus em seu espírito. Você terá encontrado a chave para abrir o mistério do homem. Agora, nada mais estará faltando. Você terá chegado ao fim da busca interior.
"O Senhor Jesus Cristo seja com teu espírito!" (2 Timóteo 4:22)
segunda-feira, 15 de abril de 2013
João Ferreira de Almeida
João Ferreira de Almeida
O que se sabe hoje da vida de Almeida está registrado na Dedicatória de um de seus livros e nas atas dos presbitérios de Igrejas Reformadas do Sudeste da Ásia, para as quais trabalhou como pastor, missionário e tradutor, durante a segunda metade do século XVII.
Nascido na cidade de Torres de Tavares, em Portugal, Almeida morreu em 1693 - na Batávia - atual ilha de Java, Indonésia. Com apenas 16 anos, João Ferreira de Almeida dá início à tarefa de tradução da Bíblia, a qual se dedica até o final de sua vida.
terça-feira, 26 de março de 2013
Sabedoria na Vida
Sabedoria na Vida
O menino observava seu avô escrevendo em um caderno, e perguntou:
- Vovô, você está escrevendo algo sobre mim?
O avô sorriu, e disse ao netinho:
- Sim, estou escrevendo algo sobre você. Entretanto, mais importante do que as palavras que estou escrevendo, é este lápis que estou usando. Espero que você seja como ele, quando crescer.
O menino olhou para o lápis, e não vendo nada de especial, intrigado, comentou:
- Mas este lápis é igual a todos os que já vi. O que ele tem de tão especial?
- Bem, depende do modo como você olha. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir vivê-las, será uma pessoa de bem e em paz com o mundo – respondeu o avô.
- Primeira qualidade
Assim como o lápis, você pode fazer coisas grandiosas, mas nunca se esqueça que existe uma "mão" que guia os seus passos, e que sem ela o lápis não tem qualquer utilidade: a mão de Deus.
- Segunda qualidade
Assim como o lápis, de vez em quando você vai ter que parar o que está escrevendo, e usar um "apontador". Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas ao final, ele se torna mais afiado. Portanto, saiba suportar as adversidades da vida, porque elas farão de você uma pessoa mais forte e melhor.
- Terceira qualidade
Assim como o lápis, permita que se apague o que está errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos trazer de volta ao caminho certo.
- Quarta qualidade
Assim como no lápis, o que realmente importa não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro dele. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você. O seu caráter será sempre mais importante que a sua aparência.
- Finalmente, a quinta qualidade do lápis
Ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida deixará traços e marcas nas vidas das pessoas, portanto, procure ser consciente de cada ação, deixe um legado, e marque positivamente a vida das pessoas.
quarta-feira, 20 de março de 2013
Watchman Nee - Um Vidente da Revelação Divina
Watchman Nee - Um Vidente da Revelação Divina
Watchman Nee tornou-se cristão na China continental em 1920 com a idade de 17 e começou a escrever no mesmo ano. Ao longo dos anos, quase 30 de seu ministério, Watchman Nee foi claramente manifestada como um dom único do Senhor para o seu corpo para o Seu mover nesta era. Em 1952 ele foi preso por sua fé, ele permaneceu na prisão até sua morte em 1972. Suas palavras continuam a ser uma fonte abundante de revelação espiritual e fornecer aos cristãos de todo o mundo.
Cristo é o Filho de Deus que morreu pela redenção dos pecadores e ressuscitou depois de três dias. Esta é a maior verdade do universo. Eu morro por causa da minha crença em Cristo.
Witness Lee - Um servo de Jesus Cristo
Witness Lee - Um servo de Jesus Cristo
Witness Lee (1905-1997), um servo de Cristo Jesus, trabalhou abnegadamente toda a sua vida e derramou o seu ser para o interesse do seu Senhor. Nascido em 1905, no norte da China, ele foi criado em uma família cristã. Aos 19 anos, ele foi totalmente captado por Cristo e logo consagrou-se a pregar o evangelho para o resto de sua vida.
No início de seu serviço, Witness Lee conheceu Watchman Nee , um pregador de renome, professor e escritor. Witness Lee trabalhou em conjunto com Watchman Nee sob sua direção. Em 1934, Watchman Nee Witness Lee confiada a responsabilidade de sua operação publicação, chamada de Xangai Bookroom Evangelho.
Em 1949, Witness Lee foi enviado por Watchman Nee e seu outro co-trabalhadores a Taiwan para garantir que as coisas entregues a eles pelo Senhor não seria perdido. Watchman Nee instruiu Witness Lee para continuar a operação do primeiro editorial no exterior, como o Evangelho de Taiwan Bookroom, que tem sido reconhecido publicamente como o editor das obras de Watchman Nee fora da China. Trabalho Witness Lee em Taiwan manifestou abundante bênção do Senhor. De uns meros 350 crentes, recém-fugido do continente, as igrejas em Taiwan cresceu para 20.000 em cinco anos.
Em 1962, Witness Lee sentiu guiados pelo Senhor para vir para os Estados Unidos, fixando-se na Califórnia. Durante seus 35 anos de serviço em os EUA, ele ministrou em reuniões semanais e conferências finais de semana, oferecendo milhares de mensagens faladas. Grande parte de sua fala já foi publicado como mais de 400 títulos. Muitos deles foram traduzidos para mais de 14 idiomas. Ele deu a sua última conferência pública em Fevereiro de 1997 com a idade de 91.
Ministério de Witness Lee enfatiza a experiência de Cristo como a vida e a unidade prática dos crentes como o Corpo de Cristo. Salientando a importância de atender a estas duas questões, ele liderou as igrejas sob seus cuidados para crescer na vida cristã e função. Ele foi inflexível em sua convicção de que o objetivo de Deus não é o sectarismo estreito, mas o Corpo de Cristo. Com o tempo, os crentes começaram a se reunir simplesmente como a igreja em suas localidades, em resposta a essa convicção. Essas igrejas locais foram logo se estabeleceu ao longo de todo o hemisfério ocidental. Nos últimos anos, uma série de novas igrejas foram levantadas na Rússia e em muitos países da Europa Oriental.
sexta-feira, 15 de março de 2013
Jônatas Goforth «por meu espírito» (1859-1936)
Jônatas Goforth
«por meu espírito»
(1859-1936)
Certo dia, no ano de 1900, em Changte, no interior da China, passou um correio galopando à doida. Levava um despacho da imperatriz para o governador, ordenando que tomasse medidas para exterminar imediatamente todos os estrangeiros. Na horrenda carnificina que se seguiu, Jônatas Goforth, com sua esposa e filhinhos, foram cercados por milhares de Boxers, determinados a tirar-lhes a vida.
O pai da família, ao cair no chão com uma tremenda pancada que quase lhe partiu o crânio, ouviu uma voz dizer-lhe: "Não temas! Teus irmãos estão orando por ti." Antes de ficar inconsciente, viu chegar a galope um cavalo que ameaçava atropelá-lo. Ao voltar a si, viu que o cavalo caíra ao seu lado, esperneando de tal maneira que os seus atacantes foram obrigados a desistirem do propósito de matar o missionário. Assim ele reconheceu que a mão de Deus o guardava maravilhosa e constantemente durante o tempo do morticínio dos boxers, no qual centenas de crentes foram mortos. Jônatas Goforth e sua família, foram sal-vos de inumeráveis situações angustiosas entre o povo amotinado, até que, por fim, vinte dias depois, chegaram ao litoral do país.
Rosalind e Jônatas Goforth tinham as suas vidas escondidas com Cristo em Deus. Eis como viviam, nas suas próprias palavras: "Não é somente tolice aceitar para nós mesmos a glória que pertence a Deus, mas é grave pecado, porque o Senhor diz: 'A minha glória a outrem não darei'."
Quando ainda jovem, Jônatas Goforth adotou as palavras de Zacarias 4.6 como lema da sua vida: "Não por força nem por violência, mas por meu espírito, diz o Senhor dos Exércitos."
Alguém que o conhecia intimamente escreveu: "Antes de tudo, Jônatas Goforth era um ganhador de almas. Foi por essa razão que se tornou missionário para o estrangeiro; não havia outro interesse, outra atividade, outro ministério que o atraísse. Com o fogo do amor de Deus no coração, ele manifestava um entusiasmo irresistível e uma energia incansável. Nada podia impedir os esforços dinâmicos na obra, para a qual Deus o chamara. Era assim tanto aos setenta e sete anos como quando tinha cinqüenta e sete. Com a perda da vista durante os últimos três anos da sua vida, não diminuíram seus esforços - parece que aumentaram."
Revela-se, nas suas próprias palavras, como foram lançados os alicerces da sua vida constantemente esforçada no serviço do Senhor: "Minha mãe, quando eu e meus irmãos éramos ainda crianças, com desvelo incessante, nos ensinava as Escrituras e orava conosco. Uma coisa que teve grande influência sobre a minha vida foi o fato de minha mãe me pedir que lesse os Salmos para ela em voz alta. Tinha apenas cinco anos, quando comecei a fazer esse exercício e achei a leitura fácil. Com a continuação, adquiri o costume de decorar as Escrituras, coisa que continuei a fazer com grande proveito".
Todos podemos testificar que é fácil fazer com que a leitura das Escrituras e a oração cheguem a uma monótona formalidade. Mas, ao contrário, o semblante de Jônatas Goforth se iluminava com o reflexo da glória das Escrituras que recebia na alma. Depois da sua morte, uma criada católica romana declarou: "Quando o senhor Goforth se hospedava na casa onde trabalho, eu mirava seu rosto e dizia a mim mesma: O rosto de Deus pode ser assim!"
Acerca da conversão de seu pai, Jônatas escreveu: "No tempo da minha conversão, morava com meu irmão Guilherme. Certa vez, nossos pais nos visitaram, passando conosco mais ou menos um mês. Fazia tempo que o Senhor me dirigira a fazer culto doméstico. Assim, certo dia, anunciei: Taremos o culto doméstico de hoje e peço que todos se reúnam depois do jantar'. Esperava que meu pai se manifestasse contrariamente, porque em casa não costumávamos dar graças antes das refeições, quanto mais fazer culto doméstico! Li um capítulo de Isaías e, depois de falar algumas palavras, oramos juntos, de joelhos. Continuamos a realizar os cultos domésticos durante o tempo que eu estava em casa. Depois de alguns meses meu pai foi salvo."
O jovem Goforth, no tempo de estudante no ginásio, visava a ser advogado, até que, certo dia, leu a inspiradora biografia do pregador Roberto McCheyne. Não somente se desvaneceram para sempre todas as suas visões de ambição, mas ele dedicou, também, a sua própria vida a levar almas ao Salvador. Nesse tempo, "devorou" os livros: "Os Discursos de Spurgeon"; "Os Melhores Sermões de Spurgeon"; "Graça Abundante" (Bunyan); e "O Descanso dos Santos" (Baxter). A Bíblia, contudo, era o seu livro predileto, e costumava levantar-se duas horas mais cedo para estudar as Escrituras, antes de se ocupar em qualquer outro serviço do dia.
Acerca da sua chamada, nesse tempo, ele escreveu: "Apesar de sentir-me dirigido ao ministério da Palavra, recusava terminantemente a ser missionário no estrangeiro. Mas um colega me convidou a assistir à reunião de um missionário, o qual fez o seguinte apelo: 'Faz dois anos que passo de cidade em cidade contando a situação de Formosa e rogando que algum jovem se ofereça para me auxiliar. Mas parece que não consegui transmitir a são a nenhum. Volto, então, sozinho. Dentro de pouco tempo meus ossos estarão enbranquecendo na encosta dum morro em Formosa. Quebranta-me o coração saber que nenhum moço se sente dirigido a continuar o trabalho que iniciei'.
"Ao ouvir essas palavras, senti-me vencido pela vergonha. Se o chão tivesse me engolido, teria sido um alívio. Eu, comprado com o precioso sangue de Cristo, ousava planejar a minha vida como eu mesmo queria. Ouvi a voz do Senhor dizer: 'A quem enviarei, e quem há de ir por nós?' E respondi: Eis-me aqui, envia-me a mim! Desde então sou missionário. Lia avidamente tudo que podia achar acerca de missões no estrangeiro e me esforçava por transmitir aos outros a visão que eu alcançara - a visão dos milhões da terra sem oportunidade de ouvirem um pregador".
Por fim chegou o tempo de iniciar seus estudos em Toronto. O primeiro domingo ele o passou trabalhando entre os prisioneiros, na prisão "Don", um costume que continuou durante todos os anos de estudos nessa cidade. Durante a semana, dedicava muito tempo a andar de casa em casa ganhando almas para Cristo. Quando o diretor do colégio onde estudava perguntou-lhe quantas casas visitara durante os meses de junho a agosto, ele respondeu: "Novecentas e sessenta."
Foi nesse tempo dos estudos que Jônatas Goforth se casou com Rosalind Bell-Smith. Acerca desse ato ela escreveu:
"Comecei, aos vinte anos de idade, a orar pedindo que, se o Senhor desejasse que eu me casasse, Ele me dirigisse um moço inteiramente dedicado a Ele e ao seu serviço... Certo domingo, achei-me em uma reunião de obreiros da Toronto Mission Union. Um pouco antes de começar a reunião, alguém à porta chamou Jônatas Goforth. Ele, ao levantar-se para ir lá fora, deixou a Bíblia na cadeira. Então eu fiz uma coisa que nunca pude explicar, nem para ela achei desculpas; senti-me impelida a ir à cadeira dele, apanhei a Bíblia, e voltei à minha cadeira. Ao folhear rapidamente o livro, achei-o quase gasto pelo uso, e marcado de capa a capa. Fechei-o, e sem demora, coloquei-o de novo na cadeira. Tudo isso aconteceu em um intervalo de poucos segundos. Ali, sentada no culto, eu disse a mim mesma: 'Esse é o moço com quem seria bom que eu me casasse'.
"No mesmo dia fui apontada, juntamente com outras para abrir um ponto de pregação em outra parte de Toronto. Jônatas Goforth estava também entre o grupo. Durante as semanas que se seguiram, eu tive muitas oportunidades de ver a verdadeira grandeza da alma desse homem, a qual nem seu exterior desprezível podia esconder. Assim, quando ele me perguntou: - 'Queres unir a tua vida à minha para irmos à China?' Sem vacilar um só momento, respondi: - Quero! Mas, alguns dias depois, foi grande a minha surpresa quando ele me perguntou: - 'Prometes nunca me impedir de colocar o Senhor e a sua obra em primeiro lugar, mesmo antes de ti?' Era essa mesma a qualidade de moço que eu pedira, em oração, para que Deus mo desse como marido, e firmemente respondi: Prometo fazê-lo sempre! Oh! Como fora benigno o Mestre, ao esconder-me o que essa promessa significava!
"Poucos dias depois de eu haver prometido o que me pediu, veio a primeira prova. Eu sonhava, como mulher que era, com o bonito anel de casamento que ia receber. Foi então que Jônatas me disse: - 'Não te importas se eu te não comprar uma aliança?' A seguir explicou com grande entusiasmo, como se esforçava na distribuição de livros e folhetos sobre o trabalho na China. Queria economizar o mais possível para essa importante obra. Ao ouvi-lo, e depois de contemplar a luz no seu rosto, as visões de uma aliança bonita se desvaneceram: Era a minha primeira lição sobre os verdadeiros valores!"
Em 19 de janeiro de 1888, centenas de crentes se reuniram na estação em Toronto para se despedirem do casal Goforth que ia trabalhar na obra de Deus na China. Antes de sair o trem, todos baixaram a cabeça em oração e, ao partir o trem, a grande multidão cantava: "Avante, soldados de Cristo!" E, uma vez fora da estação, os dois no trem rogaram a Deus que os guardasse para viverem eternamente dignos da grande confiança que esses irmãos depositaram neles.
Não muito depois de chegarem à China, Hudson Taylor lhes escreveu: "Faz dez anos que a nossa missão se esforça para entrar no Sul da província e somente agora é que o conseguimos..." Se a China Inland Mission, com missionários e auxiliares experientes na língua e nos costumes do povo sofre fracasso durante dez anos nessa província, como podia entrar ele, jovem inexperiente e sem conhecer a língua?! As palavras de Hudson Taylor, "avançar de joelhos", tornaram-se o lema da missão de Goforth para entrar no Norte de Honã.
Jônatas Goforth levou mais tempo a aprender a língua, do que seu companheiro que chegara um ano depois dele. Certo dia, ao sair para pregar, ele, em grande desespero, disse à sua esposa: "Se o Senhor não operar um milagre para eu aprender essa língua, serei um grande fracasso como missionário!" Duas horas depois voltou, dizendo: "Oh! Rosa! Que maravilha! Ao começar a pregar, as palavras e as frases tornaram-se tão fáceis que o povo me compreendeu bem." Dois meses depois receberam uma carta dos estudantes no colégio Knox, em Toronto, contando como em certo dia a certa hora eles se reuniram para orar por eles - "Somente pelos Goforth" - e ficaram convencidos de que eles foram abençoados por Deus, porque sentiram muito a presença e o poder de Deus na oração. Goforth, ao abrir seu diário, descobriu que foi no mesmo dia e hora que Deus lhe deu a habilidade de falar fluentemente. Alguns anos depois, certo patrício seu, que falava bem o chinês, disse-lhe acerca do seu estilo de falar: "Compreende-se a fala do senhor sobre uma área maior do que de qualquer outra pessoa que conheço."
Um missionário veterano assim aconselhou a Goforth: "Os chineses têm tantos preconceitos do nome de Jesus que deve esforçar-se para demolir os deuses falsos e só depois mencionar o nome de Jesus, se houver oportunidade." Ao contar isso à sua esposa, Goforth exclamou indignado: "Nunca! Nunca! NUNCA!" Em nenhum tempo ele se levantou para pregar sem a Bíblia aberta na mão.
Quando, alguns anos depois, os missionários novatos lhe perguntaram o segredo do fruto extraordinário do seu ministério, ele respondeu: "Deixo Deus falar às almas dos ouvintes por intermédio da sua própria Palavra. Meu único segredo para tocar no coração dos mais vis pecadores é mostrar-lhes a sua necessidade e pregar-lhes o Salvador poderoso para os salvar... Esse era o segredo de Lutero, era o segredo de João Wesley e ninguém se aproveitou mais dele do que D. L. Moody". Para manejar a ''Espada do Espírito" com grande execução, Goforth a "afiava", estudando-a diariamente, sem falhar. Em vez de falar contra os ídolos, ele exaltava a Cristo crucificado. Isso atraía os pecadores para deixarem as suas vaidades.
Em 1896, ele escreveu: "Depois de chegar a Changté, há cinco meses, o poder do Espírito Santo se manifesta quase diariamente para nos alegrar. Durante esses meses, um total de mais de 25.000 homens e mulheres nos visitaram em casa, e todos ouviram a pregação do Evangelho. Pregamos, na média, oito horas por dia. Há, às vezes, mais de cinqüenta mulheres de uma vez no terraço. (Ele pregava aos homens, enquanto a sua esposa pregava às mulheres.) Quase todas as vezes que apresentamos Cristo como Redentor e Salvador, o Espírito Santo salva alguém e, às vezes, dez a vinte."
Contudo, não se deve pensar que esses missionários escaparam de grandes tribulações. Não muito depois de chegarem à China, um incêndio destruiu todas as suas possessões terrestres. O calor do verão era tão intenso que sua primogênita, Gertrude, faleceu e foi necessário levar o cadáver a uma distância de 75 quilômetros, a um lugar onde se permitia enterrar os estrangeiros. Quando faleceu outro filhinho, Donald, foi necessário fazer de novo a mesma longa viagem de 75 quilômetros com os restos mortais. Depois de passarem doze anos na China, novamente perderam tudo quanto tinham em casa, quando as águas de uma enchente subiram à altura de dois metros dentro da casa.
No ano 1900, logo após outra filha, Florença, morrer de meningite, veio a insurreição dos Boxers - acerca da qual já nos referimos. No levante dos Boxers, muitas centenas de missionários e crentes foram brutalmente mortos. Só a mão de Deus os guiou e os sustentou na fuga de Changté -uma viagem de 1.500 quilômetros, em tempo de intenso calor e de doença em um dos quatro filhos. Inúmeras vezes foram cercados pelas multidões que clamavam: "Matai-os! Matai-os!" Uma vez a multidão enfurecida arremessou pedras tão grandes que quebraram a espinha dos cavalos que puxavam a carroça, mas todas as pessoas do grupo escaparam! Goforth levou vários golpes de espada, um dos quais atingiu o osso do braço esquerdo, quando o ergueu para defender a cabeça. Apesar de o grosso capacete, que tinha na cabeça, ficar quase inteiramente cortado em pedaços, ele conseguiu manter-se em pé até que recebeu um golpe que, por pouco, não lhe partiu o crânio. Mas Deus não permitiu que a mão dos homens os destruíssem, porque ainda tinha uma grande obra para fazer na China por intermédio desses servos. Assim, sem poderem cuidar das feridas e com as roupas ensangüentadas, o grupo enfrentava as multidões furiosas, dia após dia, até alcançar Shanghai. De lá, a família embarcou em um navio para o Canadá.
Logo que diminuiu o perigo na China, os nossos incansáveis heróis estavam novamente ocupados no trabalho em Changté. A região foi dividida em três: a parte que caiu em sorte a Goforth foi o vasto território ao norte da cidade com inúmeras vilas e povoados.
O plano de Goforth era alugar uma casa em um centro importante, passar um mês evangelizando e, depois mudar-se para outro centro. Queria que a sua esposa pregasse no pátio da casa, de dia, enquanto ele e seus auxiliares pregavam nas ruas e nos povoados ao redor. À noite, faziam os cultos juntos, ela tocando o harmonium. No fim do mês, podiam deixar um dos auxiliares para ensinar os novos convertidos, enquanto o grupo passava para outro centro. Acerca desse plano a esposa de Goforth escreveu:
"De fato, o plano foi bem concebido, a não ser uma coisa: não se lembrou das crianças... Lembrei-me de como os meninos com varíola, em Hopei, me cercaram quando segurava a criança no colo. Lembrei-me das quatro covas de nossos pequeninos, e endureci o coração, como pederneira, contra o plano. Como meu marido suplicava dia após dia! 'Rosa, por certo o plano é de Deus e receio o que possa acontecer aos filhos se desobedecermos. O lugar mais seguro para ti e os filhos é no caminho da obediência. Pensas em guardar os filhos seguros em casa, mas Deus pode mostrar-te que não podes. Contudo, Ele guardará os filhos se obedeceres confiando nele!' Não muito depois, Wallace caiu doente de disenteria asiática e por quinze dias lutamos para salvar a criança; meu marido me disse: 'Oh! Rosa, cede a Deus, antes de perder tudo.' Mas parecia-me que Jônatas era duro e cruel. Então nossa filha Constância caiu enferma da mesma doença. Deus revelou-se a mim como um Pai em quem eu podia confiar para conservar os meus filhos. Baixei a cabeça e disse: 'Ó Deus, é tarde demais para a Constância, mas confio em ti, guarda os meus filhos. Irei aonde quer que me mandes.' Na tarde do dia em que a criança faleceu, mandei chamar a senhora Wang, uma crente fervorosa e amada e lhe disse: 'Não posso contar-lhe tudo agora, mas estou resolvida a acompanhar meu marido nas viagens de evangelização. Quer ir comigo?' Com lágrimas nos olhos, ela respondeu: 'Não posso, pois a menina pode adoecer sob tais condições.' Não querendo insistir, pedi que ela orasse e me respondesse depois. No dia seguinte ela voltou com os olhos cheios de lágrimas e, com um sorriso, disse: 'Irei com vocês'."
É coisa notável que não faleceu mais nenhum filho dos Goforth, na China, apesar dos muitos anos que passaram na vida nômade de evangelização. Goforth observou tão fielmente seu costume de levantar-se às 5 horas para oração e estudo das Escrituras, como quando estava em casa, em Chantgé. Geralmente, para o estudo tinha de ficar em pé diante da janela, com as costas viradas para a família. Acerca da obra em Chantgé, são de Goforth estas palavras: "Nos primeiros anos de meu trabalho na China, contentava-me com a lembrança de que sempre há sementeira antes da colheita. Mas já passavam mais de treze anos e a colheita parecia ainda distante. Tinha a certeza de que haveria uma coisa melhor para mim se eu tivesse a visão e a fé necessárias para adquiri-la. Estavam constantemente perante mim as palavras do Mestre em João 14.12: 'Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas; porque eu vou para meu Pai.' E sentia profundamente como no meu ministério faltavam as 'maiores obras'."
No ano de 1905, Jônatas Goforth leu na Autobiografia de Carlos Finney que um lavrador podia, com muita razão, orar pedindo uma colheita material independentemente de se cumprirem as leis da natureza, assim como os crentes podem esperar uma grande colheita de almas sem se cumprirem as leis que governam a colheita espiritual. Resolveu então saber quais eram essas leis e decidiu-se a cumpri-las, a qualquer preço.
Fez um estudo a fundo e de joelhos, sobre o Espírito Santo e escreveu as notas nas margens da sua Bíblia chinesa. Quando começou a ensinar essas lições aos crentes, houve grande quebrantamento, com confissão de pecados. Foi na grande exposição idólatra de Hsun Hsien que Deus primeiramente mostrou seu grande poder no ministério de Goforth. Durante o sermão, um obreiro exclamou em voz baixa: "Esse povo está tão comovido, pela pregação, como a multidão no dia de Pentecoste, pelo sermão de Pedro". Na noite do mesmo dia, num salão alugado e que não comportava toda a grande multidão pagã que queria assistir, Goforth pregou sobre o texto: "Levando Ele em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro". Quase todos mostraram-se convictos do pecado e quando o pregador fez o apelo, levantaram-se clamando: "Queremos seguir a esse Jesus que morreu por nós!" Um dos obreiros presentes assim expressou o que viu: "Irmão, aquele a quem oramos durante tanto tempo para que viesse, veio de fato esta noite." Nos dias que se seguiram, pecadores foram salvos em todos os pontos de pregação e em todos os cultos.
Acerca do avivamento, que nesse tempo visitou a Coréia, um dos missionários escreveu sobre o que presenciou: "Os missionários eram como os demais crentes: não havia alguém entre eles de talento extraordinário. Viviam e trabalhavam como quaisquer outros, a não ser nas orações... Nunca senti a presença divina como a senti nos seus rogos a Deus. Parecia que esses missionários nos levavam ao próprio trono no Céu! Fiquei muito impressionada, também, ao ver como o avivamento era prático... Havia dezenas de milhares de homens e mulheres transformados completamente pelo fogo divino. Grandes templos, com assentos para 1.500 pessoas, ficavam superlotados; era necessário realizar um culto para os homens e, em seguida, outro para as mulheres, a fim de que todos pudessem assistir. Em todos ardia o desejo de espalhar as 'boas-novas'. Crianças se aproximavam das pessoas que passavam pelas ruas, rogando-lhes que aceitassem a Cristo por seu Salvador... A pobreza do povo da Coréia era conhecida em todo o mundo. Contudo, havia tanta liberalidade nas ofertas, que os missionários não queriam ensinar mais sobre o dever de contribuir. Havia grande dedicação à Bíblia, quase todos levando um exemplar no bolso. E o maravilhoso espírito de oração permeava tudo."
Ao voltar da Coréia, Goforth foi chamado a Manchúria. Mais tarde, ele escreveu: "Quando iniciei a longa viagem, estava convicto de que eu tinha uma mensagem de Deus para entregar àquele povo. Mas não tinha idéia de como presidir a um avivamento. Sabia pronunciar um discurso e sabia levar o povo a orar, porém nada mais sabia do que isso..."
Goforth teve um grande desapontamento ao chegar à Manchúria: os crentes não oravam como lhe prometeram fazer e a igreja estava dividida! Depois do primeiro culto, ele, sozinho no seu quarto, caiu de joelhos em desespero. E Deus respondeu à sua insistência, enviando tão grande desejo de oração nas igrejas e tão profunda contrição pelo pecado, que elas não somente foram purificadas de toda a classe de pecado, inclusive dos mais horrendos crimes, mas os perdidos, em grande número, vinham e eram salvos.
A senha do avivamento do ano de 1859 foi: "Necessário vos é nascer de novo" e a de 1870: "Crê no Senhor Jesus!" Mas a meta de Goforth foi: "Não por força, nem por violência, mas por meu Espírito" (Zc 4.6). Que o Espírito Santo operava em vários lugares na Manchúria, em resposta às orações insistentes e em face de embaraços de toda a sorte, vê-se claramente no que ele escreveu acerca da obra na cidade de Newchang:
"Ao subir ao púlpito, ajoelhei-me um momento, como de costume, para orar. Quando olhei para o auditório, parecia como que todos os homens, mulheres e crianças na igreja estivessem com dores de julgamento. As lágrimas corriam copiosamente e houve confissão de toda a espécie de pecado. Como se explica isso? A igreja era conhecida como igreja morta e sem mais esperança, contudo, antes de enunciar sequer uma palavra, sem mesmo cantar um hino e antes de orar, começou essa obra maravilhosa. Não há outra explicação: foi o Espírito de Deus, que operou em resposta às orações das igrejas de Mukden, Liaoyang e de outros lugares na Manchúria, as quais haviam experimentado a mesma qualidade de avivamento e foram induzidas a interceder por sua pobre e necessitada igreja irmã".
Jônatas Goforth, quando foi à Manchúria, era quase desconhecido fora do pequeno círculo da sua denominação. Depois de algumas semanas, quando voltou, os olhos dos crentes de todo o mundo estavam fitos nele. Contudo, permaneceu o mesmo humilde servo de Deus, reconhecendo que a obra não era dele mas do Espírito de Deus.
Chansi é conhecida como "a província dos mártires". Certo chinês douto contou a Goforth como presenciara nessa província, durante a Insurreição dos Boxers, em 1900, de uma só vez a morte de 59 missionários. Todos eles encararam o carrasco com a maior calma. Uma mocinha, de cabelos louros, perguntou ao governador: "Por que devemos morrer? Os nossos médicos não vieram de países remotos para dar suas vidas para servir ao seu povo? Muitos doentes sem esperança não foram curados? Diversos cegos não receberam a vista? É por causa do bem que fizemos que devemos morrer?" O governador baixou a cabeça, e não respondeu. Mas um soldado, pegou a mocinha pelos cabelos, e com um só golpe, decepou-lhe a cabeça. Um após outro foram mortos; todos morreram com um sorriso de paz. Esse mesmo chinês contou como viu, entre eles, uma senhora falando alegremente ao filhinho. Com um só golpe ela foi prostrada, mas a criança continuou a segurar-lhe a mão; logo a seguir outro golpe, um pequeno cadáver jazia ao lado do cadáver da mãe.
Foi a essa mesma "província dos mártires" que Deus enviou seus servos, os Goforth, oito anos depois, e aconteceu o que vamos ler: "Em Chuwahsien, não muito depois de começar a falar, vi muitos dos ouvintes baixarem a cabeça, convictos, enquanto as lágrimas corriam-lhes pelas faces. Depois do discurso, todos que experimentaram orar, estavam quebrantados. O avivamento, que começou assim, continuou durante quatro dias. Houve confissão de toda a qualidade de pecados. O delegado regional se admirou grandemente ao ouvir confissões de homicídios, de roubos e de crimes de toda a sorte - confissões que ele só conseguiria arrancar deles açoitando-os até quase os deixar mortos. Às vezes, depois de um culto de três horas, ou mais, o povo voltava a casa para continuar a orar. Mesmo em horas tardias da noite, havia pequenos grupos reunidos em vários lugares para orarem até quase clarear o dia".
No colégio de moças, em Chuwu, na mesma "província dos mártires", "as alunas insistiram para que lhes concedessem tempo para jejuar e orar... No dia seguinte, quando as moças se reuniram de manhã, para oração, o Espírito caiu sobre elas e ficaram de joelhos até a tarde desse dia."
Das centenas de exemplos evidentes da operação poderosa do Espírito Santo nos corações, dentre muitos outros lugares, citaremos aqui apenas os seguintes:
Changté: "Quase setecentas pessoas assistiram pela manhã. Havia um ferver de homens se esforçando para ir à frente, de modo que Goforth só conseguiu pregar à tarde. O culto era contínuo, prolongava-se o dia inteiro, com intervalos para as refeições."
Kwangchow: "A igreja, com assentos para 1.400 ouvintes, não comportava as multidões. O Espírito Santo veio com poder extraordinário. Havia, às vezes, centenas de pecadores contritos chorando..." Dois endemoninhados foram libertos e se tornaram crentes fervorosos na obra de Deus. Em quatro anos o número dos salvos aumentou de 2.000 para 8.000.
Shuntehfu: "Inesperadamente, uma dúzia de homens começaram a orar e a chorar... sem poderem resistir ao poder do Espírito Santo... Velhos discípulos de Confúcio, vinham à frente, quebrantados e humilhados, para confessarem a Cristo como seu Senhor. Um total de quinhentos homens e mulheres foram salvos. Foi, talvez, a maior obra do Espírito Santo que eu tinha visto."
Nanquim: "Assistiram mais de 1.500 pessoas. Centenas que também queriam assistir, não puderam entrar e voltaram a casa. O culto da manhã durou quatro horas. O resto do tempo foi dedicado à oração e confissão de pecados. A massa de pessoas que desejava chegar ao estrado para confessar seus pecados foi tão grande que se tornou necessário construir outra escada... Subi de novo ao estrado, às 3 horas da tarde, para iniciar o segundo culto. Centenas de pessoas, nesse momento, começaram a vir à frente e por isso eu não podia pregar... Às nove horas da noite, seis horas depois de iniciar o culto, fui obrigado a me retirar e embarcar para Pequim onde os crentes me esperavam para outra série de cultos."
Shantung: "O avivamento foi tão grande que cerca de 3.000 membros foram acrescentados à igreja em três anos."
Acerca dos cultos entre os soldados do general Feng, a esposa de Goforth escreveu: ''Desde o início, sentimos a presença de Deus. Duas vezes, todos os dias, Goforth tinha auditórios de cerca de 2.000 pessoas, principalmente oficiais, que se mostravam grandemente interessados... A três cultos, às esposas foi permitido assistirem, e Deus me deu poder para falar-lhes. Quase todas declararam-se prontas a seguir a Cristo. O general Feng, ao experimentar orar, ficou quebrantado... A seguir outros oficiais, um após outro, começaram a clamar a Deus entre soluços e lágrimas."
Assim continuou a obra, ano após ano, geralmente com três cultos por dia, apesar de grandes obstáculos. No período da seca de 1920, 30 a 40 milhões dos habitantes ao redor encararam a morte pela fome. Em 1924, Goforth assim escreveu à sua esposa, forçada por doença a voltar ao Canadá: "Completo hoje 65 anos... Oh! Como cobiço, mais que qualquer avarento cobiça o ouro, vinte anos ainda para ganhar almas!"
Depois de completar 68 anos de idade e sua esposa 62, idades em que a maioria dos homens se afastam do serviço ativo, os dois foram enviados para um campo inteiramente novo, na Manchúria - campo distante, vasto e frio, que se estende até as fronteiras da Rússia e da Mongólia. Acerca da sua partida, Goforth escreveu:
"Certo dia, em fevereiro de 1926, a minha esposa estava deitada esperando a chegada da assistência para levá-la ao Hospital Geral de Toronto. De repente, a campainha da porta e a do telefone tocaram simultaneamente. Pelo telefone fomos avisados de que não haveria lugar no hospital antes de três dias. Na porta recebemos um cabograma do general Feng, da China, rogando que eu fosse sem demora. Nesse momento eu disse à minha esposa: 'Que farei? Não posso deixar-te'. (Todos pensávamos que ela não viveria muitos meses mais.) Minha esposa, depois de orar, disse: 'Vou contigo.' Os membros da junta estavam reunidos na ocasião; apresentei-lhes o cabograma do general Feng e concordaram que eu fosse. Mas quando os informaram de que a minha esposa queria acompanhar-me, mostraram-se horrorizados, respondendo que ela morreria no caminho. Então eu lhes disse: 'Os irmãos não conhecem essa mulher como eu. Quando ela diz que vai, ela vai!' Assim concordaram em que ela fosse."
Durante muito tempo, avisados pelo cônsul do novo campo da Manchúria, viviam com as malas arrumadas, a fim de partirem imediatamente no caso de haver uma segunda insurreição dos Boxers, como todos esperavam. Contudo, desde o início, Deus honrou o serviço desses servos, conforme se lê no que ele escreveu na avançada idade de 70 anos: "Realizavam-se três horas de pregação de manhã pelo grupo de missionários e quatro horas à tarde... Desde o primeiro dia houve conversões; às vezes doze em um só dia. Grande foi o nosso gozo ao vermos cerca de duzentas pessoas aceitaram a Cristo durante o mês de maio."
Havia muito tempo que diversos amigos insistiam em que ele escrevesse a história de como o Espírito Santo operava no seu ministério. Em tempo de intenso frio, viu-se obrigado a extrair os dentes; durante quatro longos meses sofreu dores cruciantes nos maxilares, a ponto de não poder pregar. Foi nessa época que seu filho menor chegou do Canadá. Goforth então conseguiu ditar a matéria para o filho datilografar. Dessa forma foi impresso o livro "Por Meu Espírito", obra de grande circulação e influência.
Após quatro anos de serviço, foi-lhe necessário voltar ao Canadá, por causa da vista de sua esposa. Foi durante esse tempo que Goforth, também, começou a perder a vista. Enquanto convalescia das operações mal-sucedidas para restaurar-lhe a visão de um olho. Ele relatou, uma por uma, as histórias da obra na China, histórias que a sua enfermeira estenografou e que, agora, completam o famoso livro intitulado: "Vidas Milagrosas da China".
Em 1931, Goforth e sua esposa, ela com 67 anos e ele com 72, com os corações ardendo pelo desejo de ganhar almas, voltaram mais uma vez à obra na Manchúria. Quatrocentos e setenta e dois convertidos foram batizados em 1932. Um dia Goforth voltou de uma viagem evangelística para entrar em casa às apalpadelas. Depois de ficar um momento ao lado da sua esposa, ele lhe disse em voz baixa: "Receio que a retina do olho esquerdo tenha saído do lugar." E assim tinha acontecido. A perda completa da visão era para ele uma tristeza, uma tragédia, sentida por todos. Ao mesmo tempo chegou-lhes uma carta informando-os de uma redução tão grande no que recebiam para o sustento dos missionários e nas despesas das viagens evangelísticas, que parecia impossível continuar a obra. Foi a maior crise de toda a vida de Jônatas Goforth. Contudo, sem vacilar, olhou para Deus. A própria cegueira parecia mais uma bênção do que uma aflição: os crentes mostravam-se mais ligados a ele do que antes. Vencendo o desânimo inevitável dos que perdem a vista, não cessou de pregar com a Bíblia que amava, aberta nas mãos. No ano de 1933, setecentos e setenta e oito convertidos foram batizados.
Por fim, os Goforth cederam ao apelo dos crentes do Canadá a que voltassem para animar as igrejas a enviarem mais missionários. Durante os preparativos para a viagem, souberam que novecentos e sessenta e seis convertidos foram batizados naquele ano, 1934. O culto de despedida foi um dos mais comoventes em toda a história da obra missionária. O missionário, tão amado pelos crentes, agora, por causa da cegueira, não podia ver como tinham enfeitado o templo, mas eles bondosamente e com prazer lhe descreveram tudo acerca das muitas e lindas bandeiras de seda e veludo que cobriam inteiramente as quatro paredes do templo. Os pregadores que falaram, o fizeram chorando. Um deles disse: "Agora Elias está para sair de nosso meio e cada um de nós deve tornar-se um Eliseu".
Na hora da despedida, na plataforma da estação estava uma multidão de crentes chorando. Goforth, sentado diante da janela no trem, com o rosto virado para aqueles crentes que tanto amava, mas não podia ver, continuava a fazer-lhes sinais com a cabeça, de vez em quando, levantando os olhos para cima, indicando, assim, a bendita esperança de uma reunião no Céu. Quando o trem partiu, os crentes com os olhos cheios de lágrimas, tentaram acompanhá-lo, correndo paralelamente, a fim de conseguirem olhar mais uma vez para o rosto desses queridos missionários.
Durante dezoito meses, Goforth pregou a grandes auditórios no Canadá e nos Estados Unidos. Dia após dia, esse veterano estava em pé diante desses auditórios, com a sua amada Bíblia aberta nas mãos. Abria o livro, aproximadamente nas páginas, das quais citava as passagens de cor, durante o sermão. Isso ele fazia, tendo os olhos abertos e com tanta prática, que era difícil crer que as não lia como outrora.
O ponto principal de suas mensagens descobre-se nestas palavras que ele disse certo dia à sua esposa: "Querida, acabo de fazer um cálculo mental que prova com certeza qual o resultado de dar ao Evangelho a oportunidade de operar. Se cada um dos missionários enviados à China tivesse levado tantas almas a Jesus como os seis missionários do nosso campo durante o ano de 1934, o último ano que passamos na Manchúria, isto é, 166 por cada missionário, o número de conversões na China teria alcançado a cifra de quase um milhão de almas, em vez de apenas 38.724, isto é, teria sido vinte e cinco vezes maior!"
Certo dia, quando tinha de pregar somente à noite, ele disse á sua esposa: "Em vez de sairmos de casa hoje, acho melhor participarmos de um banquete da Palavra. Lê para mim o precioso Evangelho de João". Ela leu dezesseis capítulos desse livro. "Percebia-se que era um verdadeiro banquete para ele, pela atenção que prestava à leitura de certas passagens." Antes de falecer, tinha lido a Bíblia, de capa a capa, mais de setenta e três vezes.
Na noite do dia 7 de outubro de 1936, Jônatas Goforth, depois de um discurso fervoroso e longo, sobre o tema: "Como o Fogo do Espírito Varreu a Coréia", deitou-se tarde para dormir. Às sete horas da manhã seguinte, a sua esposa levantou-se e vestiu-se. Logo a seguir verificou que foi mais ou menos no momento em que ela se levantou que ele, "dormindo aqui na terra, num instante, acordou-se na Glória, vendo de novo." Poucos dias antes, ele tinha dito que se regozijava em saber que o primeiro rosto que ia ver, seria o de seu Salvador.
Cinco anos e meio depois de Jônatas Goforth haver dormido no Senhor, Rosalind Goforth reuniu-se ao seu amado marido e companheiro de lutas. As últimas palavras que pronunciou, foram estas: "O Rei me chama. Estou pronta".
Dela também pode-se dizer, como foi dito a respeito dele: "Entregava-se à oração e ao estudo da Palavra, para saber a vontade de Deus. Foi esse amor pela leitura da Bíblia e a ininterrupta comunhão com Deus que lhe deram o poder de comover auditórios e convencê-los do pecado e da necessidade do arrependimento. Em todas as ocasiões ele dominava a sua própria pessoa e confiava inteiramente no poder do Espírito Santo para descobrir as coisas de Jesus aos ouvintes."
Que o mesmo brado de guerra seja sempre nosso: "Não por força, nem por violência, mas por meu Espírito" - "Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo".
(extraido do livro hérois da fé)
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