E SERÁ PREGADO ESTE EVANGELHO DO REINO POR TODO MUNDO, PARA TESTEMUNHO A TODAS AS NAÇÕES. "ENTÃO VIRÁ O FIM" (Mt 24:14).
sábado, 12 de janeiro de 2013
Lições de paciência e esperança
Lições de paciência e esperança
Quantas vezes ao longo da vida você não teve de esperar por algo? Mudança das circunstâncias, mais dinheiro, relacionamentos melhores, a oportunidade ideal, a pessoa certa, alguém que notasse você. Não é agradável esperar. Deus, porém, afirma que esperar pode ser algo bom, pois nos ensina a ser pacientes.
A paciência, um atributo de Deus, é uma das virtudes necessárias para nos tornarmos completos. Quando somos pacientes, nos assemelhamos ao Senhor. Quando somos provados no deserto e precisamos abrir mão de nossos sonhos ou enfrentar provações intensas, aprendemos, entre outras coisas, a ser pacientes.
O hábito diário de orar e ler a Bíblia nos ajuda a manter acesa a esperança, nos leva a confiar mais em Deus e a depender dEle, faz de nós pessoas mais pacientes. Diga ao Senhor neste mesmo instante: “Ponho minha esperança em Tua Palavra e peço que me enchas novamente com teu Espírito Santo e removas de mim toda ansiedade e dúvida. Faze Tua luz brilhar nos cantos escuros de minha alma que precisam ser revelados. Quero descansar nas Tuas promessas”.
Seus momentos de comunhão com o Senhor renovarão sua fé e sua esperança a cada dia, de modo que você será aos poucos transformado, para parecer-se mais com seu Salvador. (escrito por Stormie Omartian)
Dependência mútua
Dependência mútua
Paulo usou a metáfora do corpo para ilustrar a interdependência dos membros da igreja (I Coríntios 12:12-13). Quando qualquer parte do nosso corpo físico está sofrendo, todas as outras partes também estão; quando uma parte cumpre o seu dever, isto sempre se deve ao esforço de muitos..
Tal interdependência resulta em uma preocupação mútua das várias partes do corpo. De forma semelhante, os crentes estão ligados a Cristo. Quando um cristão erra, compartilhamos este erro e cuidados de suas necessidades. Quando aquele irmão é restaurado à comunhão, nós nos rejubilamos com ele.
Não podemos nos dar ao luxo de acreditar que não importa se estamos ativamente envolvidos nas lutas contra o mundo, ou se estamos flutuando a esmo com a maré. Quando perdemos a nossa paixão pela igreja (o corpo de Cristo) e ficamos envolvidos com nossas preocupações, nosso testemunho começa a afundar. Iremos submergir nas águas geladas da indiferença…
O mesmo acontece com a igreja local. Uma igreja preocupada com as suas próprias diferenças ou dilacerada pela divisão tornar-se uma boa candidata ao esquecimento final…
As diferenças devem ser tratadas sem mágoas. Dessa maneira, a igreja poderá exercitar a disciplina sem diminuir o seu impacto sobre o mundo. (Extraído da obra How in the World Can I Be Holy, de Erwin W. Lutzer)
Paulo usou a metáfora do corpo para ilustrar a interdependência dos membros da igreja (I Coríntios 12:12-13). Quando qualquer parte do nosso corpo físico está sofrendo, todas as outras partes também estão; quando uma parte cumpre o seu dever, isto sempre se deve ao esforço de muitos..
Tal interdependência resulta em uma preocupação mútua das várias partes do corpo. De forma semelhante, os crentes estão ligados a Cristo. Quando um cristão erra, compartilhamos este erro e cuidados de suas necessidades. Quando aquele irmão é restaurado à comunhão, nós nos rejubilamos com ele.
Não podemos nos dar ao luxo de acreditar que não importa se estamos ativamente envolvidos nas lutas contra o mundo, ou se estamos flutuando a esmo com a maré. Quando perdemos a nossa paixão pela igreja (o corpo de Cristo) e ficamos envolvidos com nossas preocupações, nosso testemunho começa a afundar. Iremos submergir nas águas geladas da indiferença…
O mesmo acontece com a igreja local. Uma igreja preocupada com as suas próprias diferenças ou dilacerada pela divisão tornar-se uma boa candidata ao esquecimento final…
As diferenças devem ser tratadas sem mágoas. Dessa maneira, a igreja poderá exercitar a disciplina sem diminuir o seu impacto sobre o mundo. (Extraído da obra How in the World Can I Be Holy, de Erwin W. Lutzer)
Amaciarei teu leito na enfermidade
Amaciarei teu leito na enfermidade
O salmista escreveu o Salmo 41 num momento de grave enfermidade. Enquanto estivermos neste mundo, muitas vezes a enfermidade tocará nosso corpo. Jó, um homem íntegro como nenhum outro, ficou prostrado no leito de dor e agora Davi, vivendo uma vida de inteira dependência divina, sofre também as inclemências da enfermidade.
Muitas vezes Deus permite que a doença bata às portas de nossa vida, para que em nós “se manifestem as obras de Deus”. Louvemos o Seu nome se em meio às nossas lágrimas, Ele for glorificado. De outras vezes Deus permite que a doença chegue por algum motivo, redentivo-educativo que “ao presente não é motivo de gozo”, mas que o tempo se encarrega de mostrar-nos que Deus tinha razão. Será que através da doença, o Senhor não pode acordar-nos da letargia espiritual ou que a dor que vivemos no presente não está sendo um testemunho da misericórdia divina e da maldade do diabo diante das criaturas do Universo?
Enfim, o que realmente importa não é conhecer as causas, mas saber que na hora da enfermidade podemos contar com o conforto divino. “O Senhor o assiste no leito da enfermidade”, é a promessa do verso três, mas o salmista continua: “Tu lhe afofas a cama”.
A palavra hebraica hafak, usada na tradução como “afofas”, quer dizer literalmente “virar”, “trocar”. A ideia sugerida aqui pelo original é o conforto que o doente experimenta quando lhe é trocada a cama.
Dizem que uma das coisas que melhor revela a capacidade de uma enfermeira é quando ela é perfeitamente capaz de trocar a roupa de cama com o doente deitado sem que este sofra desconforto. Você pode perceber o que Deus está tentando dizer? Ele transformará o leito do sofrimento. Ele não promete sempre curar, mas promete proporcionar alívio e conforto ao doente e seus familiares.
“Não vos sobreveio nenhuma tentação [provação] senão humana; mas fiel é Deus, o qual não deixará que sejais tentados [provados] acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio da saída, para que o possais suportar” (I Coríntios 10:13).
Às vezes, quando visito alguém passando pelo vale do sofrimento, gostaria de ler para ele somente as promessas de cura e restauração, mas a realidade é que Deus não promete sempre curar. Às vezes, Deus diz: “A Minha graça te basta”. E como Paulo, temos que carregar o aguilhão na carne até o fim dos dias.
É ali que brilha a promessa do verso de hoje. As mãos divinas que abriram os olhos do cego, podem também vir para afofar o leito e confortar o coração aflito do doente e dos familiares.
Estou orando, enquanto escrevo esta mensagem. Orando e pensando em amigos queridos que passam pelo vale da dor e da enfermidade. Orando, para que possam experimentar a mão curadora ou a mão confortadora de Jesus, segundo a Sua boa vontade. – Alejandro Bullon
O salmista escreveu o Salmo 41 num momento de grave enfermidade. Enquanto estivermos neste mundo, muitas vezes a enfermidade tocará nosso corpo. Jó, um homem íntegro como nenhum outro, ficou prostrado no leito de dor e agora Davi, vivendo uma vida de inteira dependência divina, sofre também as inclemências da enfermidade.
Muitas vezes Deus permite que a doença bata às portas de nossa vida, para que em nós “se manifestem as obras de Deus”. Louvemos o Seu nome se em meio às nossas lágrimas, Ele for glorificado. De outras vezes Deus permite que a doença chegue por algum motivo, redentivo-educativo que “ao presente não é motivo de gozo”, mas que o tempo se encarrega de mostrar-nos que Deus tinha razão. Será que através da doença, o Senhor não pode acordar-nos da letargia espiritual ou que a dor que vivemos no presente não está sendo um testemunho da misericórdia divina e da maldade do diabo diante das criaturas do Universo?
Enfim, o que realmente importa não é conhecer as causas, mas saber que na hora da enfermidade podemos contar com o conforto divino. “O Senhor o assiste no leito da enfermidade”, é a promessa do verso três, mas o salmista continua: “Tu lhe afofas a cama”.
A palavra hebraica hafak, usada na tradução como “afofas”, quer dizer literalmente “virar”, “trocar”. A ideia sugerida aqui pelo original é o conforto que o doente experimenta quando lhe é trocada a cama.
Dizem que uma das coisas que melhor revela a capacidade de uma enfermeira é quando ela é perfeitamente capaz de trocar a roupa de cama com o doente deitado sem que este sofra desconforto. Você pode perceber o que Deus está tentando dizer? Ele transformará o leito do sofrimento. Ele não promete sempre curar, mas promete proporcionar alívio e conforto ao doente e seus familiares.
“Não vos sobreveio nenhuma tentação [provação] senão humana; mas fiel é Deus, o qual não deixará que sejais tentados [provados] acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio da saída, para que o possais suportar” (I Coríntios 10:13).
Às vezes, quando visito alguém passando pelo vale do sofrimento, gostaria de ler para ele somente as promessas de cura e restauração, mas a realidade é que Deus não promete sempre curar. Às vezes, Deus diz: “A Minha graça te basta”. E como Paulo, temos que carregar o aguilhão na carne até o fim dos dias.
É ali que brilha a promessa do verso de hoje. As mãos divinas que abriram os olhos do cego, podem também vir para afofar o leito e confortar o coração aflito do doente e dos familiares.
Estou orando, enquanto escrevo esta mensagem. Orando e pensando em amigos queridos que passam pelo vale da dor e da enfermidade. Orando, para que possam experimentar a mão curadora ou a mão confortadora de Jesus, segundo a Sua boa vontade. – Alejandro Bullon
A resposta à oração na perspectiva de Deus
A resposta à oração na perspectiva de Deus
Há surpresas quando Deus responde às nossas orações. Tenho descoberto quão pouco humanas são as maneiras como Deus pensa. Coisas que parecem tão certas, tão boas, tão oportunas, tão lógicas, tão óbvias para nós frequentemente são recusadas, substituídas e até mesmo revertidas por Deus quando Ele – sem jamais cometer um erro, errar o alvo, chegar cedo ou tarde demais – envia respostas tiradas de Sua mente onisciente.
Precisamos ver a oração da perspectiva de Deus. Devemos ver o quadro grande que o plano geral de Deus poderia ser e como cada pedido pequenino ou grande com a resposta que Ele dá se encaixa em seu propósito soberano. Quantas vezes questionamos quando Deus não responde da maneira que desejamos! Como resmungamos quando pensamos que Ele não respondeu, quando na realidade não reconhecemos a resposta que Ele deu! Ou quando, em rebeldia, resolvemos que, se é assim que Deus vai responder, nunca mais vamos orar.
Mas Deus nos contou as “coisas grandes e poderosas” que faria depois que Suas respostas fossem “coisas que não sabemos”. O processo mental onisciente de Deus determina Suas respostas às orações que Seus filhos terrenos fazem, bem como todas as coisas a que essas respostas dão início.
Também, a resposta de Deus geralmente produz orações ampliadas e mais fervorosas de nossa parte. Com Sua resposta, encontramo-nos no plano seguinte do qual então lançamos nosso próximo empreendimento através da oração.
Quantas vezes ouvimos: “Deus responde sempre, mas Suas respostas podem ser sim, não ou espere”. Em minha própria experiência, não tenho visto as respostas de Deus serem tão simplistas assim. Sua interação comigo em oração é muito mais completa e abrangente. Sua resposta sempre inclui: “Continue interagindo Comigo, minha filha. Tenho muito que desejo realizar através de Suas orações”. – Evelyn Christenson
Deus fala no silêncio
Deus fala no silêncio
Períodos de silêncio entre orações são um privilégio e uma bênção. Não entre em pânico quando houver uma calmaria – apenas ouça! A oração é uma conversa a dois com Deus.
Hoje o silêncio é quase uma arte perdida. Após alguns segundos se passarem sem oração audível, alguém geralmente sente-se compelido a pigarrear, remexer os pés ou manusear nervosamente um livro de hinos. De alguma forma achamos que temos de falar com Deus o tempo todo, mas há coisas maravilhosas que Deus quer nos dizer. Ele tem respostas às nossas perguntas, segredos que Ele quer partilhar conosco, e contudo o bombardeamos com nosso “muito orar”. Esquecemo-nos de que Deus está no Seu trono no céu apenas esperando para nos dizer algo grandioso se tão-somente lhe dermos oportunidade. Quão frustrado Ele deve ficar (se é que Deus se frustra) quando tem algo maravilhoso para dizer a mim e a você, e não ficamos quietos o tempo suficiente para ouvir o que Ele tem a dizer.
Certo dia, quando perguntei a meu filho sobre uma garota que mora perto de nós, ele respondeu:
- Oh, acho que ela é ótima, mamãe, se ela algum dia ficar quieta para a gente poder descobrir.
- O que você quer dizer? – perguntei.
- Bem, no ônibus escolar aquela garota fala o tempo inteirinho. Talvez seja uma garota realmente ótima, mas ela não se cala o tempo suficiente para que a gente descubra isso.
Será que Deus já pensou isso de mim algum dia? De você? Aprendemos a ficar quietos o tempo suficiente para Deus nos dizer algo? É no SILÊNCIO que a nossa comunicação se torna um diálogo. – Evelyn Christenson
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
A manifestação do reino milenar
A manifestação do reino milenar
Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário
- O ministério que seguimos e praticamos
Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos (Ap 20:4)
Mt 25:31-46; Lc 19:12-26; Hb 4:1; Ap 20:4; 21:1
O Senhor deseja nos dar responsabilidades em Seu reino. Em Lucas 19:12-26 vemos que aos servos fiéis o Senhor dará autoridade sobre cidades. Sua recompensa será proporcional ao esforço de cada servo. Quanto mais crescermos na vida divina e formos aperfeiçoados, mais autoridade o Senhor nos confiará.
Entretanto muitos cristãos ainda precisam de mais revelação acerca do reino dos céus. Apocalipse 21 e 22 falam da nova Jerusalém, que será a composição de todos os filhos de Deus, que foram redimidos e regenerados em Cristo. Todos os que creram no Senhor Jesus viverão eternamente com Ele. No entanto poucos são os que viram que haverá um período de mil anos que antecede a vinda da nova Jerusalém, no qual somente aqueles que cresceram e amadureceram em Cristo nesta era irão reinar com Ele sobre as nações que estarão na terra. Essas nações serão compostas pelas “ovelhas” descritas em Mateus 25:31-40.
Durante o período da grande tribulação, o anticristo irá perseguir os filhos de Deus na terra. Somente aqueles que adorarem a besta e sua imagem receberão sua marca na mão ou na fronte, e só assim as pessoas poderão comprar suprimentos naqueles dias (Ap 13:17). Aqueles que não adorarem a besta não receberão a marca, por isso não poderão comprar nada. Além disso, serão perseguidos pelo anticristo até a morte. Em meio a essa perseguição algumas pessoas que possuirão a marca irão ajudar ocultamente os filhos de Deus, dando-lhes alimentos, vestimentas, remédios e a assistência que precisarem. O Senhor irá recompensar essas pessoas bondosas, as quais Ele chama de “ovelhas”, e as colocará como as nações no reino milenar. Todavia aqueles que naqueles dias não prestarem socorro aos filhos de Deus, descritos nessa passagem como “cabritos”, serão lançados no castigo eterno (Mt 25:41-46).
Quanto a nós, filhos de Deus, uma vez que cresçamos em vida e sejamos aperfeiçoados hoje, seremos aqueles que governarão o mundo que há de vir (Hb 2:5-7). Por essa razão, as exigências e o padrão de Deus para nós, Seus filhos, são mais elevados. Esse padrão e essas exigências foram apresentados pelo Senhor em Mateus 5, 6 e 7. Nos próximos dias veremos quais exigências e que padrão o Senhor requer daqueles que reinarão sobre as nações. Que Ele nos encha com Sua graça
A realidade da vida da igreja
A realidade da vida da igreja
Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário
- O ministério que seguimos e praticamos
Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16:18)
Mt 16:13-18, 24; Lc 21:5-6
Após crermos no Senhor Jesus, somos introduzidos na igreja, que é Seu Corpo. No passado muitas interpretações foram atribuídas à revelação da igreja descrita em Mateus 16. Hoje devemos rogar ao Senhor que nos dê um coração puro e singelo, sem influência de conceitos passados, para recebermos Dele a revelação do que realmente é a igreja.
Como vimos em semanas anteriores, a igreja não é um lugar físico, mas um viver. Nesse viver, que inclui as reuniões semanais, a vida familiar, a vida social e nossa luta espiritual, o item principal é aprendermos a negar o ego caído, a vida da alma (Mt 16:24). Entretanto, mesmo sabendo dessa necessidade, ainda possuímos muito de nossa velha natureza, que impede o crescimento da vida de Deus.
Segundo a revelação das palavras em Mateus 16:24-27, quando o Senhor voltar, trará com Ele os Seus anjos, que representam os vencedores, e estabelecerá o Seu tribunal. Nesse dia Ele irá medir e avaliar o quanto da vida de Deus foi trabalhada em nós, ou seja, o quanto negamos a nós mesmos. Por isso, para que sejamos cheios da vida de Deus, primeiramente precisamos esvaziar-nos de nós mesmos, de nossa maneira natural de pensar e agir. Em outras palavras, precisamos nos arrepender. Quando praticamos isso, Sua vida tem como crescer em nosso interior, e a vontade de Deus encontra caminho em nós.
Todavia, ao falar de igreja, muitos filhos de Deus acabaram dando atenção apenas para as edificações e templos físicos, bem como para as organizações religiosas. Como os discípulos em Lucas 21:5-6, muitos ainda ficam deslumbrados com as obras edificadas pela mão do homem. Por isso tenhamos cuidado com nossos conceitos. Precisamos aprender a discernir a vontade de Deus, bem como as coisas que Dele provém.
No passado, embora tivéssemos visto que a igreja não é um prédio, nós também nos preocupávamos demais com os locais para reuniões. Ainda que eles tenham sido necessários, muitos recursos que poderiam ser investidos na obra de Deus foram direcionados para estruturas físicas. Na grande maioria dos casos, esses locais eram pouco usados, em média, duas ou três vezes na semana. Também concentrávamos a pregação do evangelho apenas nesses locais de reuniões, e poucas pessoas eram alcançadas pelo evangelho do reino.
Damos graças ao Senhor por nos ter revelado e concedido duas ferramentas para a pregação do evangelho do reino: a primeira é o bookafé (livros que levam à fé), e a segunda é a colportagem. Louvado seja o Senhor, por intermédio dessas ferramentas, inúmeras pessoas não salvas têm sido alcançadas pelo evangelho da graça, bem como muitos filhos de Deus têm recebido o evangelho do reino e sido despertados para o crescimento espiritual com vistas ao reino.
O Senhor não quer mais que fiquemos presos e limitados ao nosso local de reuniões. Todo aquele que tem a vida de Deus, não importa a doutrina que tenha recebido ou o lugar onde professe sua fé, deseja que o Senhor volte e que Seu reino venha para a terra. Mas como o Senhor irá voltar se não crescermos em Sua vida? Por isso precisamos pregar o evangelho do reino em todo lugar; quando fizermos isso, virá o fim (Mt 24:14).
Aperfeiçoados mediante o arrependimento
Aperfeiçoados mediante o arrependimento
Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário
- O ministério que seguimos e praticamos
Embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem(Hb 5:8-9)
Mt 10:7; Rm 8:5, 17
Inicialmente pensávamos que o arrependimento era meramente uma mudança de mente. Graças ao Senhor, hoje vemos que o arrependimento está relacionado à transformação de nossa alma, por meio de negar-nos a nós mesmos, ou seja, negar o ego caído. Isso porque a mente é a principal das três partes da alma, que também é composta de vontade e emoção. Segundo Romanos 8:5, a mente, como representante da alma, precisa inclinar-se para as coisas do Espírito para ter vida e paz.
O arrependimento é o principal requisito para entrarmos no reino dos céus. Em outras palavras, isso significa que devemos negar a vida da alma se queremos seguir o Senhor. Quando nos arrependemos, permitimos o crescimento da vida de Deus em nós, e é isso o que nos habilita para governar o mundo que há de vir, juntamente com Cristo. Por isso hoje Ele nos leva a viver a vida da igreja, a fim de aprendermos a nos esvaziar de nós mesmos por meio de nosso serviço aos irmãos. Nessa esfera somos batizados com Espírito Santo e com fogo, além de sermos aperfeiçoados pelo Senhor por meio das circunstâncias.
O próprio Senhor foi aperfeiçoado por meio das coisas que sofreu. Após receber o batismo do Espírito, Ele logo foi também batizado com fogo, quando foi levado ao deserto a fim de ser tentado pelo diabo. Após vencer as tentações do inimigo, iniciou Seu ministério, pregando na região da Galileia.
Junto ao mar da Galileia Ele chamou quatro discípulos, todos pescadores: os irmãos Pedro e André, depois Tiago e João, que também eram irmãos. Ao ouvirem o chamamento, eles abandonaram o barco, as redes e O seguiram. Depois, outros foram chamados. À medida que avançavam, pregavam que estava próximo o reino dos céus (Mt 10:7). Eles não apenas pregavam a salvação de Deus para o homem por meio de Jesus Cristo, mas também anunciavam a vinda do reino dos céus e a necessidade de nos prepararmos para esse dia.
Por muitos anos, de modo geral, quase todos os cristãos limitaram-se a pregar somente o evangelho da graça, não dando ênfase suficiente para o evangelho do reino. Graças ao Senhor, além de pregarmos o evangelho da graça, hoje vemos a necessidade de enfatizarmos a pregação do evangelho do reino, pois o reino dos céus está próximo.
O evangelho da graça reconcilia o homem com Deus, pois todo aquele que crê na obra redentora de Cristo é salvo. Esse é o primeiro passo no plano eterno de Deus. Por outro lado, o evangelho do reino prepara o homem regenerado, por meio de levá-lo a crescer em vida e amadurecer, tornando-o um herdeiro de Deus e um coerdeiro com Cristo (Rm 8:17). Esse é o evangelho completo de Deus, que não apenas salva o homem, mas também o prepara para reinar com Cristo
Deus se revestiu da natureza humana
Deus se revestiu da natureza humana
Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário
- O ministério que seguimos e praticamos
Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado (Rm 8:3)
Sl 133; Is 53:3; Jo 2:25; Hb 4:15
Nas mensagens anteriores vimos que, antes de o Senhor Jesus iniciar Seu ministério terreno, Ele recebeu o batismo de João Batista e foi ungido. Naquela ocasião, o Espírito de Deus desceu sobre Ele na forma de uma pomba. Desse modo, o Senhor Jesus foi ungido por Deus Pai.
Hoje, assim como na experiência de Arão registrada no salmo 133, esse óleo precioso, a unção que foi derramada sobre a Cabeça, que é o Senhor Jesus, desceu para todas as partes do Seu corpo, que é a igreja (Cl 1:24).
Todavia, antes de ser ungido e iniciar Seu ministério terreno, o Senhor Jesus teve um viver normal de homem por trinta anos. Ele era o próprio Deus, possuindo a natureza divina em Si, contudo ainda precisava ter experiências acerca da natureza humana por meio do viver humano. Em Jesus, Deus se fez homem, mesclando a natureza humana com a natureza divina.
Ele foi concebido pelo Espírito Santo e herdou Seu corpo físico de Maria, que era descendente de Davi (Lc 1:35). Ele tinha a semelhança da carne pecaminosa (Rm 8:3), mas sem pecado. Assim, toda a experiência de Seu viver humano foi acrescentada à natureza divina. Por isso Ele pode compadecer-se de nós (Hb 4:15; Is 53:3).
Desde o Seu nascimento, o Senhor Jesus sofreu privações e perseguições. A fim de escapar do decreto de Herodes, que tinha por objetivo matá-Lo, Seus pais o levaram para o Egito. Após a morte de Herodes, eles foram habitar em Nazaré, uma cidade pobre que ficava na região da Galileia. Assim, o Senhor Jesus cresceu em meio a muita pobreza e privação, sendo esse o Seu viver humano.
Por ter vivido como homem, Ele compreende as dificuldades provenientes de nossa vida da alma; por ter sido tentado à nossa semelhança, mas sem pecado, Ele se compadece de nossas fraquezas humanas decorrentes do pecado. Assim podemos ser consolados por meio do Seu Espírito e conduzidos ao arrependimento por causa de Sua bondade (Rm 2:4).
Ele conhecia bem a natureza humana (Jo 2:25), por isso sabia que a real necessidade do homem era o arrependimento, ou, em outras palavras, negar a vida da alma para seguir o Senhor. Por isso, dentre as muitas palavras que pregou, em certa ocasião revelou aos Seus discípulos que quem quisesse segui-Lo deveria negar-se a si mesmo (Mt 16:24).
Logo ao iniciar Seu ministério terreno, o Senhor Jesus passou a pregar e a dizer: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”. Enquanto pregava, passou a chamar Seus primeiros discípulos, que estavam junto ao mar da Galileia. Apesar de serem homens pecadores, iletrados e incultos (At 4:13), o Senhor os chamou e pacientemente lhes ensinava diariamente as coisas relativas ao reino e à vontade de Deus.
A responsabilidade de apascentar os irmãos
A responsabilidade de apascentar os irmãos
Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário
- O ministério que seguimos e praticamos
Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas (Jo 21:17)
Mt 7:14; 24:45-47; Jo 21:15-18
Devemos ser gratos ao Senhor por cada situação em que nossa vida da alma é exposta, uma vez que é por meio delas que podemos nos voltar ao Senhor e nos arrepender. A pergunta feita pelo Senhor a Pedro em João 21:18 também serve para nós hoje: “Amamos ao Senhor?”. Se O amamos, não nos sentiremos livres para andar como queremos, antes veremos que temos a responsabilidade de transmitir a vida de Deus aos conservos, alimentando-os no devido tempo (Mt 24:45-47). Isso só é possível quando negamos a vida da alma.
Quando negamos a nós mesmos, nos tornamos um modelo para encorajar outros irmãos a fazê-lo. Na vida da igreja praticamos o evangelho do reino. Assim, o crescimento da vida divina nos tornará filhos maduros, aptos a governar juntamente com Cristo.
Se temos ouvido essa palavra repetidas vezes é porque o Senhor sabe o quanto necessitamos praticá-la. Devemos reconhecer que repetidamente o Senhor nos tem falado sobre o mesmo assunto, porque ainda não crescemos tanto em vida. Não se trata da idade física nem de nosso tempo de vida cristã, mas da idade espiritual. Não se trata tampouco da quantidade de vezes que já ouvimos essa palavra, mas sim em que proporção a temos praticado. Será que aos olhos do Senhor já somos maduros ou ainda infantis? A prova de que estamos amadurecendo é que servimos ao Senhor juntamente com outros irmãos, e não individualmente.
Durante o tempo da igreja, vamos aplicar a cruz sempre que nosso ego se manifestar. A vida da igreja tem essa finalidade: fazer-nos amadurecer. Quanto mais permitimos que a vida de Deus nos governe, mais maduros nos tornamos. Quanto mais vida temos, mais autoridade podemos exercer nessa era contra as portas do Hades e, um dia, receberemos a autoridade para governar com o Senhor. Aleluia!
Negar a vida da alma constantemente
Negar a vida da alma constantemente
Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário
- O ministério que seguimos e praticamos
Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará (Lc 9:23-24)
Is 53:3; Jo 2:25; 21:18; Rm 8:14
Ao encarnar-se, o Senhor Jesus nasceu de Maria, que O concebeu do Espírito Santo. Ele nasceu de maneira humilde e foi colocado em uma manjedoura, porém foi honrado pelos magos como um rei. Ainda recém-nascido, foi perseguido pelo rei Herodes, que tentou tirar-Lhe a vida.
Jesus cresceu na desprezada cidade de Nazaré e em Sua infância e adolescência era submisso a José e Maria. Jesus foi criado por Sua família, tendo passado por todas as etapas do crescimento humano. Aos trinta anos de idade, foi até o Jordão para ser batizado por João Batista. Isso Ele fez para cumprir o que o Pai Lhe determinara; após isso, Ele foi ungido e, assim, começou Seu ministério.
Durante o tempo em que viveu na terra como Homem, o Senhor conheceu as dificuldades e limitações do ser humano. Ele também vivenciou situações de fraqueza, dor, solidão, tristeza e humilhação que Lhe ensinaram a compreender o que é a natureza humana (Jo 2:25; cf. Is 53:3). O Senhor nos conhece e está ciente das dificuldades que enfrentamos, causadas pela vida da alma. Por isso Ele pode nos socorrer e, pelo Espírito, nos fortalecer para negarmos a nós mesmos a fim de que a vida divina cresça em nós.
Na vida familiar, no viver conjugal, na vida social e profissional, é frequente a manifestação do nosso ego, o que dá origem a todo tipo de problemas e conflitos. Por vezes, a vida da alma nos influencia repetidamente durante o dia. Infelizmente, não nos é possível lidar com ela de uma vez por todas, sendo necessário fazê-lo constantemente. O que devemos fazer é vigiar e ser sóbrios a todo momento, a fim de identificar o ego e mortificá-lo pela cruz. Devemos negar a nós mesmos dia a dia (Lc 9:23).
Apenas ouvir e entender o ensinamento contido em Mateus 16 não é suficiente para nos fazer crescer em vida. Ainda precisamos praticar essa palavra, exercitando-nos constantemente em fazer morrer a nossa velha natureza. Isso é tomar a cruz e seguir o Senhor. Essa prática é necessária porque ainda estamos acostumados a viver como queremos, fazendo nossa própria vontade.
Em João 21, o Senhor disse a Pedro: “Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres” (v. 18). Aqui vemos que o fato de andar como queremos indica imaturidade espiritual, ao passo que sermos restringidos pelo Espírito demonstra o crescimento da vida divina em nossa alma.
Graças a Deus, por estarmos nesse processo de amadurecimento. No passado, nos sentíamos mais livres para agir conforme nossa própria vontade, mas hoje o Senhor tem nos restringido um pouco mais, porque a vida de Deus está crescendo (Rm 8:14).
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Podemos nos aproximar de Deus sem medo
Podemos nos aproximar de Deus sem medo
Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário
- O ministério que seguimos e praticamos
Não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna (Hb 4:15-16)
Nm 20:11-12; Ne 9:17; 1 Co 10:4; Hb 2:17-18
O Senhor Jesus se compadece de nossas fraquezas. Como Filho do Homem, Ele mesmo sabe o que é padecer e não tem necessidade de que Lhe expliquem acerca da natureza humana. No Antigo Testamento, a misericórdia de Deus ainda não havia sido plenamente dispensada à humanidade, estando vigente a era da lei. A lei foi dada por intermédio de Moisés, que fora escolhido por Deus para conduzir o povo de Israel pelo deserto até a boa terra da Canaã.
A entrada na boa terra representa o ingresso no reino. Os israelitas deixaram o Egito atravessando o Mar Vermelho, que hoje representa o batismo que nos liberta da escravidão do mundo. Contudo, mesmo libertos do Egito, os israelitas ainda não estavam livres da influência da vida da alma, a qual lhes causou muitos problemas durante o trajeto pelo deserto, até chegar à travessia do rio Jordão. Um desses problemas foi a murmuração do povo pela falta de água em Meribá. Por causa da dureza do coração do povo de Israel, Moisés, indignado, em vez de apenas falar à rocha, feriu-a pela segunda vez, desobedecendo à ordem de Deus. Nessa situação, Moisés deu vazão à vida da alma e foi desqualificado para entrar na boa terra (Nm 20:11-12).
A rocha da qual jorrou água representa Cristo, ferido uma única vez na cruz para perdoar nossos pecados (1 Co 10:4). Em razão da desobediência, Moisés não pôde entrar na boa terra, mesmo tendo rogado a Deus por perdão. Isso mostra que o velho homem, que está sob a influência da vida da alma, não pode entrar no reino dos céus, mas deve ser eliminado durante nossa trajetória cristã. Portanto, se preservamos nossa vida da alma, seremos impedidos de reinar com o Senhor.
Em Deuteronômio 3, lemos que embora Moisés tenha rogado a Deus que o deixasse entrar na boa terra, o Senhor não o permitiu e até pediu-lhe que não Lhe rogasse mais. Deus é misericordioso, mas naquela ocasião não seria possível conceder o que Moisés pedia. Isso mostra que, no Antigo Testamento, mesmo quando alguém se arrependia, isso não garantia o perdão de Deus.
No Novo Testamento, todavia, como Filho do Homem, o Senhor Jesus tornou a graça e a misericórdia de Deus ilimitadas e acessíveis a todo o que Nele crê e Dele se aproxima. Ele foi tentado em todas as coisas à nossa semelhança, mas sem pecado, por isso se compadece de nossas fraquezas e nos socorre (Hb 2:17-18; 4:15-16). Quando erramos, podemos nos arrepender e clamar pelo perdão de Deus; quando confessamos nossos pecados, por causa do sangue de Jesus, o Filho de Deus, somos perdoados e purificados de toda injustiça (1 Jo 1:7, 9). Ao orar e invocar o Seu nome, o Senhor inclina Seus ouvidos para nos ouvir e salvar. Por causa de Jesus, podemos nos aproximar do Pai com intrepidez, sem medo; por causa de Jesus, Deus pode nos alcançar e perdoar sempre.
O perdão proveniente da vida de Deus
O perdão proveniente da vida de Deus
Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário
- O ministério que seguimos e praticamos
Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia (Mq 7:18)
Mt 18:1, 21-22; Jo 21:3-17
Em Mateus 18 os discípulos perguntaram ao Senhor quem era o maior no reino dos céus. Ele lhes mostrou a necessidade de se humilharem e também de perdoarem as ofensas uns dos outros. Nesse instante, Pedro perguntou se seria suficiente perdoar a um irmão por sete vezes. Mesmo que consideremos aceitável o parâmetro apresentado por Pedro, o Senhor o considerou limitado. Talvez sete vezes seja o máximo que alguém consiga perdoar, pela vida herdada de seus pais segundo a carne, mas isso é insuficiente para preencher os requisitos exigidos no reino dos céus.
O Senhor lhe disse que não se deveria perdoar somente sete vezes, mas setenta vezes sete, indicando o padrão elevado do amor proveniente da vida de Deus (vs. 21-22). Quando abrimos mão de nosso parecer para exercitar o amor de Deus, Ele nos capacita a perdoar quem nos ofendeu de maneira ilimitada.
Assim como ocorreu com Pedro, nossa vida da alma se manifesta repetidas vezes, porque ainda nos sentimos livres para fazer o que bem entendemos. Por essa razão, existe a necessidade de que ouçamos novamente a palavra do Senhor sobre negar a nós mesmos. Apesar de às vezes pensarmos que já aprendemos a lição, na verdade ainda precisamos nos exercitar diariamente para praticar essa palavra.
João 21 registra que após a morte do Senhor, Pedro decidiu ir pescar e levou outros discípulos consigo. Embora fossem todos exímios pescadores, durante toda aquela noite nada pescaram. Ao clarear do dia, o Senhor apareceu-lhes na praia e ordenou que lançassem a rede à direita do barco. Foi quando apanharam uma grande quantidade de peixes, de modo que quase não conseguiam puxar a rede. Então reconheceram que era o Senhor que lhes falava. Isso mostra a importância de atendermos às palavras do Senhor em vez de tentarmos resolver os problemas por nós mesmos. Quando chegaram à praia, o Senhor já lhes havia preparado pão assado e peixe (vs. 3-13).
Após se alimentarem, o Senhor perguntou a Pedro se ele O amava. Pedro respondeu que sim e, por mais duas vezes, a pergunta se repetiu. Na terceira vez, Pedro se entristeceu, talvez por ter a impressão de que o Senhor não acreditasse nele. Provavelmente, nessa ocasião, Pedro se arrependeu, percebendo que, embora sentisse que amava o Senhor, nada sabia, e que o Senhor sabe todas as coisas.
Se realmente amamos o Senhor, devemos apascentar Seus cordeiros e ovelhas (vs. 15-17). Embora muitas vezes falhemos, o Senhor é cheio de amor e se compadece de nós quando nos arrependemos (Mq 7:18-19).
A grande necessidade de negar o ego
A grande necessidade de negar o ego
Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário
- O ministério que seguimos e praticamos
Quanto ao mais, irmãos meus, alegrai-vos no Senhor. A mim, não me desgosta e é segurança para vós outros que eu escreva as mesmas coisas(Fp 3:1)
Mt 17:1-5, 24-27; 2 Pe 1:12
Quando recebemos essa palavra sobre negar a vida da alma pela primeira vez, não sabíamos como praticá-la. Com o passar do tempo, de tanto ouvi-la, pensamos que já negamos a nós mesmos o suficiente e não percebemos quão terrível é o nosso ego. Não podemos encarar essa palavra como se fosse apenas mais uma doutrina, mas devemos reconhecer a grande necessidade que temos de negar a vida da alma; do contrário, não estaremos aptos a governar com Cristo em Seu reino.
Embora alguns possam achar desnecessária a repetição desse assunto, Deus ainda hoje vem nos falar da urgência que temos em praticar essa palavra (Fp 3:1; 2 Pe 1:12). Na realidade, quando negamos a nós mesmos, estamos praticando o principal item da vida da igreja: esvaziar-nos do ego para a vida divina nos preencher. Essa revelação não provém de elucidação humana, pois é o Espírito que nos tem indicado insistentemente o caminho de tomar a cruz. Se ultimamente o Senhor tem nos falado diversas vezes sobre isso, é porque precisamos ouvir e praticar, pois nossa vida da alma ainda se manifesta repetidamente.
Em Mateus 17 vemos que isso ocorreu com Pedro, quando estava com o Senhor Jesus no monte da transfiguração. Naquela ocasião, Elias e Moisés conversavam com Jesus, quando Pedro teve a ideia de armar três tendas: uma para cada um deles. Imediatamente, ouviu-se uma voz nos céus, que dizia: “Este é o meu Filho amado. A Ele ouvi” (v. 5). O episódio ocorrido com Pedro mostra o quanto a vida da alma, que se manifesta por meio de opiniões e atitudes precipitadas, nos impede de ouvir somente o Senhor Jesus.
Ainda em Mateus 17 consta que a vida da alma de Pedro voltou a se manifestar. Quando os cobradores de impostos lhe perguntaram se o Senhor pagava o tributo do templo, Pedro falhou ao responder rapidamente à pergunta, dizendo que Ele pagava. Assim que entrou na casa, Jesus lhe perguntou se os impostos são cobrados dos filhos ou dos estranhos, levando-o a perceber que, como Filho de Deus, estava isento do imposto do templo. Como, porém, a vida da alma de Pedro já havia se manifestado, ignorando a revelação recebida anteriormente, e respondido precipitadamente aos cobradores de imposto uma afirmação contrária ao que já lhe fora revelado, Jesus lhe ordenou que fosse pescar com anzol um peixe, em cuja boca encontraria um estáter para pagar o tributo pelo Senhor e por ele próprio (vs. 24-27). Cremos que, nessa situação, enquanto aguardava o peixe, Pedro se arrependeu de ter agido por seu impulso natural.
Aprendamos a abrir mão do que provém de nosso ser natural caído; se assim procedermos, a vida de Deus encontrará espaço para crescer em nós. Caso contrário, a vida do Senhor será para nós apenas teoria, e não prática.
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Governados pela vida de Deus
Governados pela vida de Deus
Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário
- O ministério que seguimos e praticamos
Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe [...]. Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade (Hb 12:5-6, 10b)
Mt 16:21-25; 22:13; 24:51; 25:30; Lc 13:28
Em Cesareia de Filipe, o Senhor antecipou para os discípulos as coisas que ocorreriam quando Ele fosse entregue nas mãos dos principais sacerdotes e escribas. Jesus prenunciou que padeceria muitos sofrimentos, incluindo ser crucificado. Isso contrariou Pedro, que O amava, por isso passou a reprová-Lo, pois não desejava que o Senhor fosse morto (Mt 16:21-22). Se o Senhor não morresse na cruz, não ressuscitaria nem providenciaria a salvação para todo aquele que Nele crê. Desse modo, a vida de Deus não estaria disponível e a igreja não seria gerada, tampouco teríamos o sangue redentor derramado em nosso favor.
Satanás tentou barrar o propósito de Deus utilizando a opinião de Pedro, proveniente de sua vida da alma. O Senhor Jesus, porém, repeliu Satanás e, na mesma ocasião, mostrou que o caminho para O seguirmos é negarmos a nós mesmos (vs. 23-24). Em outras palavras, Ele revelou que para vivermos a vida da igreja, devemos segui-Lo, renunciando a vida da alma e tudo o que dela provém. Quanto mais negamos a nós mesmos, mais ganhamos da vida de Deus e assim, salvamos nossa alma (v. 25).
O Senhor nos tem conduzido a praticar essa palavra, porque negar a vida da alma é o primeiro requisito para governarmos o mundo que há de vir. O mundo vindouro será entregue a pessoas cheias da vida de Deus e por Ele governadas. Como a vida divina não pode governar pessoas que se apegam ao próprio ponto de vista e opinião, devemos negar o ego todas as vezes que percebemos sua manifestação. Isso é tomar a cruz, com a qual mortificamos os feitos do velho homem.
Negar a si mesmo é uma prática de grande importância para todo filho de Deus, isto é, para todo aquele que já foi regenerado. Deus deseja que todos os Seus filhos amadureçam e reinem com Cristo no reino milenar. Se, porém, não negarmos a nós mesmos, estaremos despreparados para o reino e seremos lançados para as trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes (Mt 22:13; 24:51; 25:30; Lc 13:28). O milênio será a época destinada à disciplina e ao amadurecimento dos filhos de Deus que não aproveitaram a presente era para crescer na vida divina. Portanto o Senhor ainda usará de misericórdia com aqueles que não houverem amadurecido até a manifestação do reino, pois Ele é um Deus cheio de amor. Embora essa disciplina e amadurecimento visem à preparação para a nova Jerusalém, o desejo de Deus é que nos tornemos filhos maduros hoje, na igreja, permitindo que Sua vida nos governe.
Ouvir o Senhor de maneira nova
Ouvir o Senhor de maneira nova
Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário
- O ministério que seguimos e praticamos
A revelação das tuas palavras esclarece e dá entendimento aos simples (Sl 119:130)
Mt 16:12, 17-18; 1 Co 3:10-11
No capítulo 16 do Evangelho de Mateus, o Senhor Jesus levou Seus discípulos para as bandas de Cesareia de Filipe a fim de lhes dar revelação. Antes disso Ele os alertou para que se acautelassem acerca do ensinamento dos fariseus e saduceus (v. 12). Isso é muito significativo. Cesareia de Filipe era o ambiente adequado para que os discípulos recebessem a pura Palavra de Deus, pois ali, estavam longe de qualquer interferência religiosa ou doutrinária. Hoje ocorre o mesmo conosco: para ouvirmos a Palavra de Deus com exatidão, sem mistura, precisamos nos esvaziar dos antigos conceitos e tradições. Precisamos ouvi-Lo de maneira nova. Por outro lado, quando transmitimos a Palavra a outros, não devemos inserir nosso ensinamento particular. Isso também caracteriza o “fermento” que faz o alimento espiritual “levedar”, prejudicando a revelação que Deus deseja nos conceder.
Nessa ocasião, em Cesaréia de Filipe, Deus Pai revelou a Pedro a pessoa do Senhor Jesus (como Filho do Deus vivo) e Sua obra (como o Cristo). Jesus veio ao mundo para, como o Cristo, fazer a obra de Deus. Essa maravilhosa revelação não veio da mente de Pedro, mas sim do próprio Pai que está nos céus. Graças a Deus por conceder aos homens tão grandiosa revelação!
Ao ouvir as palavras faladas por Pedro, o Senhor ficou satisfeito e prosseguiu, dizendo: “Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (vs. 17-18). Embora Pedro houvesse recebido uma revelação proveniente diretamente do Pai, o Senhor lhe disse que a igreja não seria edificada sobre um ensinamento obtido por Pedro, mas sim sobre Ele próprio, a Rocha (1 Co 3:10-11).
Cristo é a única base e fundamento da igreja. Infelizmente, assim como Jesus foi confundido com alguns profetas do Antigo Testamento e com João Batista, o termo “igreja” tem sido utilizado erroneamente para designar um prédio físico ou uma determinada organização humana baseada em ensinamentos particulares.
A igreja é muito importante aos olhos do Senhor. Ela foi gerada a partir de Sua morte na cruz. Para que ela surgisse, foi necessário primeiramente que o Senhor, como o Cordeiro Pascal, se dirigisse a Jerusalém, onde foi examinado pelos principais escribas e fariseus durante quatro dias. Nele não se encontrou qualquer delito ou pecado. Assim, como Cordeiro de Deus, sem defeito, o Senhor Jesus foi crucificado e morto. Ele entregou a Si mesmo para gerar a igreja.
Além disso, foi dada à igreja a autoridade do Senhor, representada pelas chaves do reino dos céus. Quando edificamos sobre Cristo como a Rocha e crescemos na vida de Deus, possuímos autoridade para que as portas do Hades não prevaleçam contra a igreja. Com Sua autoridade podemos ligar na terra o que tem sido ligado nos céus. Mas, se edificamos sobre um ensinamento, sobre outra pessoa ou sobre nós mesmos, não somos investidos de qualquer autoridade. Apenas Cristo é o fundamento da igreja, pois somente Ele concede a autoridade que nos qualifica para o reino dos céus.
A vida da igreja é para o reino
A vida da igreja é para o reino
Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário
- O ministério que seguimos e praticamos
Sabeis, ainda, de que maneira, como pai a seus filhos, a cada um de vós, exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória (1 Ts 2:11-12)
Mt 24:14; Fp 3:13-14; 2 Pe 1:8
A igreja não é uma organização ou um templo, mas é um viver que o Senhor nos preparou para desfrutarmos da Palavra e crescermos em vida, para sermos aperfeiçoados e purificados a fim de sermos úteis a Ele. Esse viver é o caminho que nos conduz ao reino.
Hoje a nossa meta tem de ser o reino; por isso não paremos nossa corrida espiritual. Tampouco nos prendamos aos conceitos e tradições (Fp 3:13-14). Precisamos avançar! Hoje é tempo de praticarmos a revelação da Palavra para que a vontade de Deus seja feita e Seu reino seja estabelecido na terra.
As revelações das verdades que ouvimos não devem servir para nos manter estáticos, mas ativos, apressando a vinda do Senhor (2 Pe 1:8). Uma vez que o reino dos céus está tão próximo, precisamos dar atenção ao que o Senhor está nos falando hoje e viver o que é mais importante: negar o ego e crescer na vida divina, praticar a Palavra e ser aperfeiçoado em nossos ministérios, abrir nossos corações para acolher nossos irmãos em Cristo e pregar o evangelho do reino por toda a terra (Mt 24:14).
No passado estávamos focados em nós mesmos. Nossa atitude nos isolou da comunhão com muitos irmãos em Cristo. Hoje temos sido encorajados a ter muitos bookafés em cada cidade, para que possamos suprir a vida de Deus a todos e encorajar Seus filhos a crescer em vida para reinar com Cristo na era vindoura (1 Ts 2:11-12). Que todos nós ganhemos esse encargo e tenhamos parte nesse comissionamento. Jesus é o Senhor!
A maneira de seguir o Senhor na vida da igreja
A maneira de seguir o Senhor na vida da igreja
Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário
- O ministério que seguimos e praticamos
Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro e, no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem [...]. A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha (Ap 1:12-15)
Jo 6:63; 2 Co 3:6-9; 1 Pe 4:12-13
Não importando qual era nossa condição no passado, após nascermos de novo, Deus nos colocou na vida da igreja a fim de crescermos em Sua vida e sermos aperfeiçoados para desempenhar nossos serviços, cooperando com a obra do ministério, que é edificar o Corpo de Cristo. Essa edificação é uma questão de vida, isto é, da vida divina ser acrescentada a nós. Não é um prédio nem uma organização para impormos nossa autoridade; tampouco é uma questão de meras doutrinas ou conhecimento bíblico.
Para que essa edificação ocorra, precisamos do ministério que nos supre Espírito e vida (2 Co 3:6-9; Jo 6:63). Por meio do Espírito, ganhamos vida e aprendemos a viver pela vida de Deus. Além disso, por estarmos no espírito, enquanto servimos ao Senhor, aproveitamos as oportunidades para negar a vida da alma. Também precisamos ser aperfeiçoados em nossos ministérios a fim de, quando Jesus voltar, entrarmos no reino para servir e reinar com Ele.
A genuína vida da igreja é um viver de seguir o Senhor. Ao segui-Lo, deparamo-nos com o maior obstáculo: nosso ego, nossa vida da alma. Por isso é importante queimar o ego e suas opiniões no fogo do Espírito. Talvez a sua opinião seja boa, mas ela precisa passar pelo fogo purificador do Espírito, para que sua alma seja purificada e aprenda a depender somente do Senhor, a seguir apenas o Senhor. Esse é o caminho que nos conduz ao reino.
Depois que Pedro percebeu que havia o fogo do Espírito em seu interior, ele constantemente se voltava ao espírito e se arrependia, permitindo que esse fogo santo queimasse suas impurezas, sua vida da alma. Ao atingir a maturidade Ele disse: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando” (1 Pe 4:12-13).
Os cuidados do mundo, a fascinação das riquezas, os deleites e prazeres da vida, bem como nossas opiniões, são como os espinhos da parábola do semeador que nos impedem de crescer em vida. Não adianta tentar cortá-los, pois eles sempre crescem, aparecendo no nosso dia a dia e nos distraindo da vontade de Deus.
Precisamos aprender com Pedro, nas inúmeras situações que surgem em nossa vida e serviço ao Senhor, a nos voltar ao nosso espírito, onde há o fogo do Espírito, para queimar esses “espinhos”, negando a nós mesmos. Dessa maneira, poderemos seguir o Senhor e fazer Sua vontade.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
A importância da vida da igreja
A importância da vida da igreja
Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário
- O ministério que seguimos e praticamos
Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá (Jo 6:57).Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio (20:21)
Mt 24:14; Lc 19:17; Jo 5:39-40; Ef 4:13; Hb 3:11-12; Ap 20:6
Para vermos o reino de Deus e entrarmos nele, precisamos da vida divina (Jo 3:3-5). Por isso o homem precisa ser regenerado, nascer da vida de Deus. Quando cremos no Senhor Jesus, Sua vida entrou em nós como uma semente semeada em nosso interior (1 Pe 1:23). Agora essa semente tem de germinar e crescer até atingir a estatura de varão perfeito e ser conformada com Cristo (Ef 4:13). Tendo isso em vista, o Senhor nos introduziu na vida da igreja, que é o caminho a se tomar para que haja esse crescimento e possamos reinar com Cristo os mil anos (Ap 20:6; Hb 3:11-12).
Para que esse processo seja bem-sucedido, isto é, para crescer na vida de Deus, você precisa ser apascentado, cuidado e nutrido no viver da igreja. Os principais elementos dessa nutrição são a Palavra e a vida de Deus (Jo 5:39-40; 6:57). Com uma alimentação espiritual saudável e contínua, a vida da alma vai perdendo espaço para a vida divina. Por meio do Espírito, a vida divina vai sendo acrescentada e cresce a tal ponto que sua entrada no reino estará garantida.
Além disso, na vida da igreja somos encorajados a sair às ruas juntos com os irmãos para pregar o evangelho do reino (Mt 24:14; Jo 20:21). Dessa maneira, praticamos o negar a vida da alma. Precisamos ter nossa própria experiência de pregação a fim de estarmos aptos para ajudar a outros. Louvamos ao Senhor, pois junto com a igreja, podemos cumprir a comissão dada por Ele a nós e ainda apascentar as pessoas com Suas palavras, que são Espírito e vida (Jo 6:63). Quanto mais tivermos a vida divina crescida em nós e formos fiéis à comissão que o Senhor nos deu, maior autoridade teremos em Seu governo no mundo que há de vir (Lc 19:17).
Na vida da igreja estamos aprendendo a seguir o Senhor, negando o ego e suas muitas opiniões. Também estamos aprendendo a cooperar com Ele na pregação do evangelho do reino. Que possamos aproveitar todas as oportunidades e permitir que a vida divina cresça em nós até a manifestação do reino. Aleluia!
O problema da vida da alma
O problema da vida da alma
Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário
- O ministério que seguimos e praticamos
Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente com este propósito vim para esta hora (Jo 12:27).Se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus (Cl 3:1-3)
Mt 16:21-24; Jo 11:51-52; 12:24-25; Rm 6:6; 8:5; Hb 9:22
A revelação em Mateus 16 é progressiva. Inicialmente, Pedro recebeu a revelação do Pai de que Jesus era o Cristo, o Filho do Deus vivo (v. 17). Depois, Jesus revelou-lhe a igreja (v. 18). A seguir, a fim de revelar o que seria necessário para produzir o viver da igreja, Jesus disse aos discípulos que era necessário Ele ir para Jerusalém, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. Nesse momento, Pedro tentou dissuadi-Lo, dizendo que, de modo algum, isso deveria acontecer (vs. 21-22). O inimigo de Deus usou a parte boa da alma de Pedro, o qual amava muito o Senhor, para tentar convencer Jesus de não ir a Jerusalém para sofrer. O Senhor, entretanto, voltando-se a Pedro, disse: “Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens” (v. 23).
Logo a seguir, o Senhor aproveitou a oportunidade para revelar como podemos viver a vida da igreja, como podemos segui-Lo: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (v. 24). Negar a si mesmo implica negar não só a parte má da vida da alma que está em nós, mas também a parte boa. A parte má é facilmente identificada, mas a parte boa não. Vemos isso na experiência de Pedro, pois foi a parte boa de sua vida da alma que acabou sendo usada por Satanás para tentar impedir que Jesus fosse para a cruz. O problema da vida da alma é que ela impede a vontade de Deus de ser feita.
Que aconteceria se Jesus tivesse dado ouvidos para a “boa” sugestão de Pedro? Todavia o Senhor tinha clareza de que, indo para cruz, cumpriria a determinação de Deus, crucificando o velho homem (Rm 6:6). Ele também sabia que derramaria Seu sangue para resolver o problema do pecado (Jo 11:51-52; Hb 9:22) e liberaria a vida divina (Jo 12:24-25). Graças a Deus, Ele decidiu fazer a vontade de Deus, e não a dos homens.
Nós temos dificuldades de rejeitar a parte boa da vida da alma, pois, aos nossos olhos, não a vemos como uma coisa pecaminosa. Pelo contrário, até mesmo a apreciamos e deixamos que ela se manifeste através de nossas opiniões e atitudes. O ego é nossa vida da alma; ele é cheio de opiniões, por isso cogitamos das coisas dos homens, e não das de Deus (Rm 8:5).
Assim como Pedro, nós muitas vezes temos a vida da alma exposta em situações cotidianas. Contudo ele não se justificava; ao contrário, arrependia-se, o que deu oportunidade de O Espírito trabalhar em seu interior e remover as impurezas de sua alma. Que todos nós também trilhemos esse caminho.
A importância do crescimento de vida
A importância do crescimento de vida
Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário
- O ministério que seguimos e praticamos
Ele [Jesus] as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas (Mt 7:29).Seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor (Ef 4:15-16)
Mt 7:24-25; 1 Co 3:11; 10:4; 2 Co 13:10; 1 Pe 2:6-7
Louvamos ao Senhor pela revelação da igreja. Jesus advertiu Seus discípulos a que se acautelassem do fermento dos fariseus e dos saduceus e os levou para Cesareia, um lugar com atmosfera pura, para revelar-lhes a igreja. Ali, o Senhor lhes falou que edificaria a Sua igreja e lhe daria as chaves do reino dos céus a fim de que ela tivesse Sua autoridade na terra (Mt 16:19).
A autoridade da igreja provém da vida divina. Se você vive a vida da igreja em sua vida natural, e não deixa a vida divina crescer em você, não terá poder para usar as chaves do reino dos céus. Mas, se permitir que a vida de Deus cresça em você, mais autoridade terá para essa edificação (2 Co 13:10).
Para prosseguir crescendo em vida, é necessário negar a vida da alma (Mt 16:24). Há vários anos temos ouvido sobre essa necessidade, mas talvez a tenhamos praticado de maneira superficial, não a aplicando constantemente em nosso viver diário. Devemos sempre nos lembrar de que o mais importante no viver da igreja é negar a vida da alma para crescer na vida de Deus.
O crescimento de vida em cada um de nós é necessário para que a igreja seja edificada. Efésios 4:12 nos diz: “Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo”. Nessa passagem vemos que, para haver edificação, precisamos aperfeiçoar os santos, a fim de que cada um desempenhe o seu serviço. Quando cada um cresce na vida de Deus e coopera com sua parte, o Corpo é edificado (v. 16).
Para receber essa revelação, é necessário abrir mão da tradição e conceitos do passado. A igreja não é uma organização ou templo que edificamos com tijolos ou concreto, mas um viver onde somos edificados sobre a Rocha, que é Cristo, o Filho de Deus (1 Co 10:4; 1 Pe 2:6-7). Cristo é o único fundamento sobre o qual devemos edificar (1Co 3:11). Não edifique sobre a areia, sobre conceitos e tradições dos homens, pois, quando o vento e as chuvas vierem, sua edificação ruirá (Mt 7:24-25). Vamos edificar sobre a Rocha, Cristo; vamos crescer Nele. É nessa edificação com a vida divina que o Senhor nos entrega as chaves do reino para termos autoridade sobre as portas do Hades hoje, e, no mundo que há de vir, sobre as nações.
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Fogo purificador
Fogo purificador
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Ondas de incêndios atingiram florestas, cidades, tudo que estava em seu caminho. Os diversos focos de incêndio consumiram mais de 100 mil hectares de florestas e áreas residenciais da Califórnia, destruíram cerca de 800 casas e provocaram a retirada de pelo menos 280 mil pessoas de suas residências. Após a passagem do fogo, restaram apenas cinzas. O fogo tem esse poder devastador, porém, quando controlado e bem usado, tem, entre suas funções, a de purificar. É o que ocorre com o ouro. No processo de purificação do ouro bruto, o fogo em altas temperaturas é usado para derreter o ouro e retirar as impurezas que ficam na superfície. Na vida cristã, também estamos num processo de purificação. Podemos considerar esse fogo como situações que nos sobrevêm. Como temos encarado tais fatos?
Os nossos atos podem ser classificados em dois tipos: ouro, prata e pedras preciosas, o primeiro tipo; madeira, feno e palha, o segundo (cf. 1 Coríntios 3:12). Assim, ao passar pelo teste de fogo, apenas os materiais do primeiro tipo permanecerão: “Manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo” (1 Coríntios 3:13-15). À luz das Escrituras, percebemos que os materiais que subsistem ao fogo representam a Pessoa do Deus Triúno – o ouro representa a natureza de Deus; a prata, a obra redentora do Senhor Jesus; e as pedras preciosas, o resultado transformador do Espírito Santo.
Os materiais do segundo tipo podem ser considerados como uma vida de aparência, porém sem o selar de Deus. Tem a aparência mas não a essência. É o que vemos na parábola do joio (cf. Mateus 13:24-30). Ao fim da colheita, haverá a revelação de quem é o trigo e quem é o joio: “Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro” (13:30).
Hoje, o Senhor permite que incêndios passem por nossas vidas. Isso é o amor de Deus em fazer com que sejamos provados e aprovados na era da graça, pois temos o Espírito como consolador. “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também na revelação de sua glória vos alegreis exultando” (1 Pedro 4:12-13). Que possamos aceitar as provas do Senhor para ser purificados. “Farei passar a terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e aprovarei, como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei, direi: É meu povo, e ela dirá: O SENHOR é meu Deus” (Zacarias 13:9).
Texto extraído do Jornal Árvore da Vida, Número 180, publicado pela Editora Árvore da Vida.
A revelação da igreja e de sua autoridade
A revelação da igreja e de sua autoridade
Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário
- O ministério que seguimos e praticamos
Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus (Mt 16:19)
Mt 16:13-19
Ontem vimos dois requisitos para os discípulos receberem a revelação da igreja: uma atmosfera límpida e um coração livre do fermento das tradições e dos ensinamentos da velha religião. O Senhor os levou para as bandas de Cesareia de Filipe e lhes perguntou: “Quem diz o povo ser o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas” (Mt 16:13b-14). Essa era a maneira como o povo, sob a influência da tradição e da religião, via o Senhor Jesus. Ele, porém, não se deu por satisfeito com essa resposta e tornou a inquirir Seus discípulos, aqueles andavam com Ele: “Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (vs. 15-16).
O Senhor Jesus não é João Batista, não é Jeremias ou algum dos profetas. Ele é Cristo, o Filho do Deus vivo, cheio da vida de Deus (Cl 2:9). “Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus” (Mt 16:17-19).
Essa palavra nos revela que a edificação da igreja tem uma relação direta com a autoridade que vem da vida de Deus. Muitos almejam liderança na igreja e constituem grupos para estabelecer sua própria autoridade. Todavia a igreja não é uma organização, muito menos um templo de pedras e tijolos para os homens exercerem sua própria autoridade. A igreja é um viver no qual somos edificados sobre a Rocha que é Cristo, o Filho de Deus, e as portas do Hades não prevalecerão contra ela.
Após revelar a igreja, o Senhor falou que, para viver a vida da igreja, é necessário negar a si mesmo para segui-Lo (v. 24). Em nossa experiência sabemos que, quanto mais negamos a nós mesmos, mais a vida divina cresce em nós. Quanto mais vida, mais autoridade temos para usar as chaves do reino dadas à igreja.
Louvado seja o Senhor! Quando verdadeiramente somos iluminados, vemos o quanto precisamos do crescimento de vida para entrar no reino.
Os requisitos para se obter a revelação da igreja
Os requisitos para se obter a revelação da igreja
Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário
- O ministério que seguimos e praticamos
Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra(Rm 7:6)
Mt 16:5-13; 2 Pe 3:12; Ap 20:6
Nesta semana veremos a revelação da vida da igreja. A igreja foi revelada aos discípulos pelo próprio Senhor Jesus. Ele os levou para Cesareia de Filipe onde havia uma atmosfera límpida, livre da poluição religiosa presente em Jerusalém (Mt 16:13). No passado, pensávamos que a atmosfera de Cesareia era suficiente para os discípulos receberem a revelação da igreja. Porém, ao lermos os versículos que antecedem essa passagem, vemos que é preciso algo mais.
Jesus disse aos Seus discípulos: “Vede e acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus. Eles, porém, discorriam entre si, dizendo: É porque não trouxemos pão. Percebendo-o Jesus, disse: Por que discorreis entre vós, homens de pequena fé, sobre o não terdes pão? Não compreendeis ainda, nem vos lembrais dos cinco pães para cinco mil homens e de quantos cestos tomastes? Nem dos sete pães para os quatro mil e de quantos cestos tomastes? Como não compreendeis que não vos falei a respeito de pães? E sim: acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus. Então, entenderam que não lhes dissera que se acautelassem do fermento de pães, mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus” (vs. 6-12). Por causa da tradição religiosa arraigada neles, quando os discípulos ouviram a palavra “fermento”, logo pensaram em pão para alimento. Eles não conseguiram perceber que o Senhor os advertia sobre algo que poderia impedi-los de receber Suas palavras: a doutrina dos fariseus e dos saduceus.
Do mesmo modo, para recebermos a revelação da igreja, não basta estarmos em “Cesareia”, um lugar especial, aos pés do monte Hermon; precisamos estar abertos ao falar do Senhor com um coração simples e não nos apegar às tradições do passado contaminado com o fermento. Precisamos perceber que o Senhor quer nos revelar mais de Sua Palavra a fim de fazermos Sua vontade e apressarmos Sua vinda (2 Pe 3:12; Ap 20:6).
Precisamos tomar a Palavra todos os dias em oração, deixando o Espírito falar-nos o que Ele deseja que pratiquemos hoje. Para receber a Palavra em novidade de vida, precisamos nos despojar do fermento dos fariseus e dos saduceus. Assim, com um coração puro, receberemos mais revelações do Senhor.
A parábola da rede e a igreja em Laodiceia
A parábola da rede e a igreja em Laodiceia
Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário
- O ministério que seguimos e praticamos
Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te (Ap 3:18-19)
Mt 13:47-50; Ap 3:14-22
Infelizmente, depois de Filadélfia, ainda há a igreja em Laodiceia, cuja condição revela os que se consideram ricos e abastados, porém não percebem que são miseráveis, pobres, cegos e nus (Ap 3:17). Esses são os que, por terem muito conhecimento da Palavra de Deus, julgam ter tudo e não precisam de mais nada; esse conhecimento faz deles pessoas orgulhosas e mornas no espírito (vs. 15-16).
A sétima parábola, relacionada a essa igreja, é a da rede em Mateus 13:47-50: “O reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a praia e, assentados, escolhem os bons para os cestos e os ruins deitam fora. Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes”. A rede que foi lançada ao mar se enche e é trazida até a praia. Aparentemente há muito conteúdo nela, mas depois se descobre que nem tudo ali é peixe. Uma vez na praia, é preciso fazer a triagem. Os peixes vão para o cesto; os demais itens são deitados fora. Assim é todo aquele que é orgulhoso por seu conhecimento. Engana-se por pensar que tem muito, mas é pobre da presença do Senhor, cego em relação à vontade de Deus e nu em seu viver. Em uma igreja com tanta pompa, como Laodiceia, o Senhor só pode estar do lado de fora. Mesmo assim, o Senhor a chama ao arrependimento (Ap 3:19).
Espiritualmente, as condições das sete igrejas expõem a situação do povo de Deus em diferentes épocas e lugares. Historicamente, o período representado pelas três primeiras igrejas já passou. As quatro últimas igrejas permanecerão até a volta do Senhor: Tiatira prefigura os que introduziram a idolatria e ensinamentos pagãos; Sardes simboliza vários grupos que após a reforma só mantiveram a aparência e não completaram a obra de restauração; Filadélfia tipifica a restauração do viver adequado da igreja, um viver de amor fraternal; e Laodiceia representa os que se consideram ricos, por isso se tornaram orgulhosos e fechados.
Por misericórdia, o Senhor chama vencedores de todas as sete igrejas (2:7, 11, 17, 26; 3:5, 12, 21). Porém, se formos sábios, estaremos atentos a ouvir o que o Espírito diz às igrejas e buscaremos ter a realidade da igreja em Filadélfia – a única louvada por Deus –, sendo aqueles que invocam o nome do Senhor e desfrutam de Sua palavra (3:8). Se andarmos por esse caminho, não somente seremos poupados da tribulação que há de vir sobre o mundo inteiro, como também conservaremos a coroa, isto é, estaremos prontos para reinar com Cristo por mil anos no reino milenar (3:10-11; 20:6). Aleluia!
A parábola do tesouro e a igreja em Sardes, e a parábola da pérola e a igreja em Filadélfia
A parábola do tesouro e a igreja em Sardes, e a parábola da pérola e a igreja em Filadélfia
Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário
- O ministério que seguimos e praticamos
Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra. Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa (Ap 3:10-11)
Mt 13:44-46; Ap 3:1-13
Veremos hoje sobre a quinta igreja, a igreja em Sardes (Ap 3:1-6), cujo nome significa restauração. Ela prefigura o período da igreja a partir da reforma iniciada por Martinho Lutero, por volta do ano 1500. Com a reforma, a Bíblia, que antes era proibida às pessoas comuns e somente podia ser lida pelo clero em latim, foi traduzida para várias línguas e tornou-se acessível para todos. A invenção da imprensa contribuiu muito para a divulgação da Palavra de Deus.
Esse movimento abriu portas para diferentes interpretações da Bíblia e o surgimento de grupos cristãos baseados nessas interpretações. Assim o Corpo de Cristo se fragmentou em inúmeras “igrejas”. Por isso, para a igreja em Sardes, o Senhor diz: “Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te” (vs. 1b-3a). “Ter nome de que vive, mas estar morto” indica que não tomaram a Palavra de Deus como vida, mas apenas como doutrina.
A quinta parábola, que é a do tesouro escondido no campo, pode ser associada à igreja em Sardes (Mt 13:44). Embora o homem tenha encontrado o tesouro e pago todo o preço para comprar o campo, o tesouro continuou escondido. Em outras palavras, embora a Bíblia tenha sido aberta e muitas verdades restauradas, deixaram escondido o mais importante e usaram as diferentes interpretações da Palavra para causar divisão no Corpo de Cristo. Que o Senhor nos guarde de apenas estudar e analisar a Bíblia e assim causar divisões; antes, tomemos a Palavra no espírito, com oração, a fim de praticá-la, para que se torne realidade em nosso viver.
A sexta igreja descrita em Apocalipse é a igreja em Filadélfia, cujo nome significa amor fraternal (Ap 3:7-13). Ela simboliza aqueles que nos dias atuais, embora tenham pouca força, guardam a palavra do Senhor e não negam Seu nome, isto é, O invocam e não tomam nenhum outro nome além do nome do Senhor. Como resultado desse viver, estão mais no espírito, e ganham mais da vida de Deus.
Quanto mais a vida de Deus cresce em nós, mais manifestamos a característica principal dessa vida: o amor. O resultado de guardar a Palavra e da prática de invocar o nome do Senhor é o amor fraternal, daí o nome Filadélfia. Essa é a verdadeira restauração!
A parábola em Mateus 13 que se relaciona à igreja em Filadélfia é a da pérola: “O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra” (vs. 45-46). O que negocia é um especialista e sabe o valor da pérola que comprou. Aqui não diz que ele a escondeu, mas comprou-a para exibi-la. Hoje, quando saímos para pregar o evangelho em todos os lugares, utilizando os instrumentos que o Senhor nos deu, como os livros que revelam o evangelho do reino, estamos apresentando essa pérola de grande valor a todas as pessoas! Aleluia!
A parábola do fermento e a igreja em Tiatira
A parábola do fermento e a igreja em Tiatira
Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário
- O ministério que seguimos e praticamos
Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo (Cl 2:8).Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes (1 Tm 4:16)
Mt 4:4; 13:33; Ap 2:18-29
A quarta igreja de Apocalipse 2-3, a igreja em Tiatira (vs. 18-29), corresponde à parábola da mulher que colocou fermento nas três medidas de farinha: “Disse-lhes outra parábola: O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado” (Mt 13:33). A função do fermento é fazer a massa crescer e deixar o pão macio para ser ingerido. Um pão sem fermento, isto é, asmo, é mais difícil de ingerir.
As três medidas de farinha se referem ao Deus Triúno como suprimento de vida, segundo a pura palavra de Deus (cf. Gn 18:6; Lv 5:11). O fermento está relacionado aos ensinamentos e doutrinas errôneos (Mt 16:12; Gl 5:9) ou a pecados (1 Co 5:8). A mulher aqui se refere a Jezabel, e o fermento que levedou toda a massa são seus ensinamentos que induziram os servos de Deus a praticar a prostituição e a comer coisas sacrificadas aos ídolos (Ap 2:20; 1 Rs 16:31; 18:4; 21:25; 2 Rs 9:22).
Quando o fermento entrou, isto é, quando muitas doutrinas pagãs e até demoníacas foram introduzidas na igreja, especialmente na idade média, trouxe anormalidade. Esses ensinamentos fizeram com que a igreja crescesse e se expandisse rapidamente, pois as várias doutrinas e práticas pagãs tornaram a Palavra mais agradável aos povos, que assim não precisavam deixar suas práticas pagãs ao se converterem ao cristianismo. Além disso, foi introduzido o ensinamento sobre adorar Maria, e sutilmente o nome do Senhor Jesus foi deixado de lado, parou de ser invocado.
O pão que nós comemos tem de ser asmo, sem fermento, isto é, a palavra que falamos deve ser pura, sem mistura. Não devemos inserir filosofias, conceitos ou tradições de homens para deixar a Palavra mais agradável aos ouvidos das pessoas. Embora muitas vezes a palavra pura do Senhor seja de difícil assimilação, ainda assim devemos tomá-la no espírito, com oração, pois ela é alimento para nós e por ela devemos viver (cf. Mt 4:4).
A parábola do grão de mostarda e a igreja em Pérgamo
A parábola do grão de mostarda e a igreja em Pérgamo
Escrito por Dong Yu Lan
Alimento Diário
- O ministério que seguimos e praticamos
Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus(Mt 4:4)
Gn 1:11-12; Mt 13:31-32
A terceira parábola é a do grão de mostarda que, embora sendo uma hortaliça, cresceu a ponto de se tornar uma árvore em que até as aves se aninham (Mt 13:31-32). A mostarda é uma hortaliça que serve de alimento às pessoas e deve permanecer como tal. Esse crescimento é contrário ao princípio divino estabelecido em Gênesis 1 de que cada planta daria fruto segundo sua espécie (vs. 11-12). Portanto uma hortaliça crescer a ponto de se tornar árvore é um crescimento anormal.
Alguns interpretam erroneamente esse crescimento anormal e pensam que descreve o aumento de uma igreja em número, como se fosse algo positivo. Porém temos de nos lembrar de que “as aves do céu vêm aninhar-se nos seus ramos” (Mt 13:32). Segundo a própria interpretação do Senhor na parábola do semeador, as aves representam o maligno (vs. 4, 19). Portanto essa figura se refere ao crescimento anormal em número, ocorrido quando o cristianismo tornou-se a religião oficial adotada pelo império romano.
Essa parábola se relaciona à terceira igreja: Pérgamo. A palavra Pérgamo tem dois significados: um é torre alta, lugar elevado, outro é casamento. Isso estava relacionado ao fato de que naquele momento os cristãos obteriam na sociedade uma posição mais elevada e forte com o casamento entre a igreja e a política. Nos dias prefigurados pela igreja em Pérgamo, o inimigo de Deus deixou de usar o império romano para perseguir a igreja, pois a perseguição só ajudara a produzir um aumento no número de cristãos. Satanás mudou sua tática: a igreja que antes era perseguida, passou a ser exaltada.
Na época em que o imperador Constantino supostamente se converteu ao cristianismo, os cidadãos eram incentivados a se converter também, recebendo por isso benefícios materiais e isenção de impostos. Assim, por conveniência, muitos se tornaram cristãos, não por invocar o nome do Senhor, mas para obter benefícios. Isso levou a igreja a uma condição anormal. Com o passar do tempo, o número de cristãos nominais aumentou, e a autoridade eclesiástica passou a ser mais forte que a do império romano. Que o Senhor nos livre desse tipo de engano e nos mantenha sempre no caminho da vida!
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