ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 4 - QUARTA-FEIRA
NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 20: Negar a vida da alma (Mt 16:24-28)
Leitura bíblica: Mt 16:5-18, 24-27; Ef 4:14; 1 Tm 1:3-4
Ler com oração: Jesus lhes disse: Vede e acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus.[...] Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me (Mt 16:6, 24)
ACAUTELAI-VOS DO FERMENTO
Se quisermos estar na manifestação do reino dos céus, quando o Senhor vier na Sua segunda vinda, precisamos ser aqueles que negam a vida da alma hoje (Mt 16:24-27). Quando negamos a nós mesmos, abrimos espaço para que a vida de Deus cresça em nós e tome conta de nossa alma.
Quando estive na África para uma conferência realizada no Quênia, que contou com a presença de duzentos pastores daquele continente, alguns cooperadores do Brasil que estavam comigo compartilharam o desejo de realizar um aperfeiçoamento com aqueles líderes, a fim de lhes mostrar a maneira como vínhamos praticando as verdades na América do Sul.
A ideia inicial era de um treinamento que durasse três meses. No entanto eu disse aos cooperadores que era tempo demais e a duração precisaria ser reduzida. Depois de mais comunhão entre eles, me apresentaram uma proposta com duração de um mês. Ainda assim, eu insisti com eles que o tempo era longo e deveriam ser abordados apenas os pontos mais importantes. O resultado foi um treinamento bastante intensivo de uma semana em que enfatizamos os dois itens dos quais temos falado nas últimas semanas: invocar o nome do Senhor e negar a vida da alma.
O Senhor Jesus falou sobre a importância de negar a vida da alma pouco tempo depois de revelar a Seus discípulos sobre Sua igreja. Isso aconteceu aos pés do monte Hermon, nas regiões de Cesareia de Filipe, lugar que ficava afastado de Jerusalém (Mt 16:13-18). Antes disso, porém, Ele já havia feito um alerta a eles: “Vede e acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus”. Com isso, o Senhor se referia aos ensinamentos dessas duas seitas judaicas que se opunham às Suas palavras (vs. 5-12).
Atualmente, não lidamos diretamente com esse tipo de ensinamentos, mas com o que eles representam, isto é, com os ventos de doutrina, com a artimanha dos homens, com a astúcia com que induzem ao erro (cf. Ef 4:14), isto é, conceitos e tradições que tentam nos desviar da vontade de Deus, de Sua economia (cf. 1 Tm 1:3-4). Precisamos nos concentrar naquilo que é essencial, que nos ajuda a crescer na vida de Deus e nos prepara para reinar com Cristo no mundo que há de vir.
Muitos ensinamentos que recebemos, vêm de conceitos e tradições. Com respeito à igreja, por exemplo, quando o Senhor Jesus disse a Pedro: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”, muitos interpretam que a igreja seria uma organização edificada sobre este apóstolo. Contudo, a palavra igreja – ekklesía, no original grego – significa chamados para fora ou chamados para sair. Assim, a igreja não é algo estático, como um prédio; tampouco é uma organização regida por conceitos e tradições humanas, mas algo que está em constante movimento. A igreja é dinâmica e orgânica, portanto, segundo o contexto desse versículo, a igreja é o viver daqueles que seguem o Senhor Jesus.
Ponto-chave: Concentrar-nos no que é essencial.
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